• Nenhum resultado encontrado

UFPE – ´ AREA II – Prof. Fernando J. O. Souza MA129 (c´ alculo 4) – 2012.2 – turmas Q3 e Q6 autovalores e autofun¸ c˜ oes em problemas de contorno:

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "UFPE – ´ AREA II – Prof. Fernando J. O. Souza MA129 (c´ alculo 4) – 2012.2 – turmas Q3 e Q6 autovalores e autofun¸ c˜ oes em problemas de contorno:"

Copied!
2
0
0

Texto

(1)

UFPE – ´ AREA II – Prof. Fernando J. O. Souza MA129 (c´ alculo 4) – 2012.2 – turmas Q3 e Q6 autovalores e autofun¸ c˜ oes em problemas de contorno:

exemplos resolvidos – v. 1.0

Resolveremos, aqui, dois problemas de contorno que aparecem como pro- blemas auxiliares no m´etodo de separa¸c˜ao para EDPs em v´arias situa¸c˜oes e exemplos importantes. As respostas deles ser˜ao fornecidas no 3

o

E.E.

Seja L um n´ umero real positivo. Para cada um dos itens abaixo, calcu- lar todos os poss´ıveis valores reais λ tais que o problema de contorno possui solu¸c˜ao n˜ao-trivial

1

X(x) definida e cont´ınua em [0, L]. Para cada um destes calores, calcular encontrar tais solu¸c˜oes.

a.

X

′′

(x) + λ X(x) = 0,

X(0) = 0 = X(L); b.

X

′′

(x) + λ X(x) = 0, X

(0) = 0 = X

(L).

Obs. Em ambas os itens, podemos interpretar o problema de contorno como o problema de autovalores (no caso, −λ) para o operador linear D e

2

= d

2

dx

2

e autofun¸c˜oes (autovetores X) associados a eles, submetendo-se `as condi¸c˜oes de contorno de cada item. O autoespa¸co associado a cada autovalor em quest˜ao consiste de todas as autofun¸c˜oes associadas a ele e da fun¸c˜ao 0 identicamente nula em [0, L], a qual ´e o vetor nulo no espa¸co vetorial em quest˜ao:

D e

2

[X(x)] = −λ X(x).

RESOLU ¸ C ˜ AO

Lidaremos primeiro com a solu¸c˜ao geral da EDO comum aos itens. Da sua equa¸c˜ao auxiliar r

2

+ λ = 0, temos 3 casos de acordo com o sinal do discriminante ∆ = −4λ, os quais correspondem aos 3 casos do sinal de λ.

Denotaremos a raiz principal de |λ| por µ = p

|λ| ≥ 0:

Caso λ = 0: r

2

= −λ = 0 ∴ r = 0 com multiplicidade 2 ∴ X(x) = Ax + B, onde A, B ∈ R ∴ X

(x) = A;

1

Ou seja, X(x) n˜ ao ´e a fun¸c˜ ao identicamente nula em [0, L].

1

(2)

Caso λ < 0: r

2

= −λ = |λ| ∴ r = ±µ ∴ X(x) = Ae e

µx

+ B e exp

−µx

, onde A, e B e ∈ R . Este formato ´e inconveniente para a an´alise de autofun¸c˜oes e, por- tanto, tomaremos um conjunto fundamental (base) de solu¸c˜oes consistindo de uma fun¸c˜ao par e uma ´ımpar: X(x) = A cosh (µx) + B senh (µx), onde A, B ∈ R ∴ X

(x) = µ [A senh (µx) + B cosh (µx)];

Caso λ > 0: r

2

= −λ ∴ r = ±iµ ∴ X(x) = A cos (µx) + B sen (µx), onde A, B ∈ R ∴ X

(x) = µ [−A sen (µx) + B cos (µx)].

a. Caso λ = 0: 0 = X(0) = A · 0 + B · 1 = B ∴ X(x) = Ax. J´a 0 = X(L)

= A L. Mas L > 0 ∴ A = 0 ∴ X ≡ 0 (n˜ao h´a autofun¸c˜ao);

Caso λ < 0: 0 = X(0) = A · 1 + B · 0 = A ∴ X(x) = B senh (µx). J´a 0 = X(L) = B senh (µL). Mas µ, L > 0 ∴ µL > 0, donde

2

senh (µL) > 0 ∴ B = 0 ∴ X ≡ 0 (n˜ao h´a autofun¸c˜ao e, portanto, −λ n˜ao ´e autovalor);

Caso λ > 0: 0 = X(0) = A · 1 + B · 0 = A ∴ X(x) = B sen (µx). J´a 0 = X(L) = B sen (µL) ∴ B = 0 (solu¸c˜ao trivial, nula) ou sen (µL) = 0. Mas µL > 0 ∴ µL = nπ ∴ µ = nπ/L para n = 1, 2, 3 . . . Obtemos, assim, as so- lu¸c˜oes n˜ao-triviais, m´ ultiplas n˜ao-nulas de X

n

(x) = sen nπx

L

, que s˜ao as

autofun¸c˜oes associadas ao autovalor −λ

n

= nπ L

2

, para n inteiro positivo.

b. Caso λ = 0: 0 = X

(0) = A = X

(L) ∴ X(x) = Bx. Obtemos, assim, solu¸c˜oes n˜ao-triviais, m´ ultiplos n˜ao-nulos de X

0

(x) = 1, que s˜ao as autofun¸c˜oes associadas ao autovalor −λ

0

= 0;

Caso λ < 0: 0 = X

(0) = µ[A · 0 + B · 1] = µB. Sendo µ > 0, temos que B = 0 ∴ X(x) = A cosh (µx). J´a 0 = X

(L) = µA senh (µL). Mas µ > 0 e, do mesmo modo que foi deduzido acima (no Item a), senh (µL) > 0 ∴ A = 0 ∴ X ≡ 0 (n˜ao h´a autofun¸c˜ao e, portanto, −λ n˜ao ´e autovalor);

Caso λ > 0: 0 = X

(0) = µ[−A · 0 + B · 1] = µB. Sendo µ > 0, temos que B = 0 ∴ X(x) = A cos (µx). J´a 0 = X

(L) = −µA sen (µL) ∴ A = 0 (e X ≡ 0 ) ou sen (µL) = 0. Mas µL > 0 ∴ µL = nπ ∴ µ = nπ/L para n = 1, 2, 3 . . . Logo, as solu¸c˜oes n˜ao-triviais s˜ao os m´ ultiplos n˜ao-nulos de X

n

(x) = cos nπx

L

, autofun¸c˜oes associadas a −λ

n

= nπ L

2

, para cada inteiro positivo n.

2

senh ´e estritamente crescente porque senh

= cosh, m´edia de duas exponenciais (posi- tivas em todo R) e, portanto, positiva em todo R.

2

Referências

Documentos relacionados

Na Macrozona de Estruturação Urbana, o substitutivo definiu uma nova macroárea, resultante da divisão da Macroárea de Qualificação da Urbanização Consolidada, que

Address GPS Coordinates Zona Industrial Pintéus Manjoeira..

Primeiro, apresentamos alguns exemplos de problemas de contorno que ilustram o fato destes problemas poderem ter exatamente uma solu¸c˜ao, m´ ul- tiplas solu¸c˜oes e at´e mesmo

Pelo m´etodo da separa¸c˜ ao de vari´ aveis, reescrever a EDP e as condi¸c˜oes homogˆeneas como dois problemas (um em x e um t) e, a partir deles, calcular a s´erie formal que

Pelo m´etodo da separa¸c˜ao de vari´aveis, calcular a solu¸c˜ao u(x, t) da EDP abaixo submetida `as condi¸c˜oes homogˆeneas, expressando-a como uma s´erie formal (as dicas podem

Pelo m´etodo da separa¸c˜ ao de vari´ aveis, reescrever a EDP e as condi¸c˜oes homogˆeneas como dois problemas (um em x e um t) e, a partir deles, calcular a s´erie formal que

Resolveremos, aqui, dois problemas de contorno que aparecem como pro- blemas auxiliares no m´etodo de separa¸c˜ao para EDPs em v´arias situa¸c˜oes e exemplos importantes.. As

Dar solu¸c˜ oes leg´ıveis e justificadas, escrevendo os passos, detalhes e propriedades relevantes. Ler as solu¸c˜oes de uma sess˜ao s´o depois dela... Quest˜ ao 1.. Calcular