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CIRCULAR Nº Documento normativo revogado pela Resolução 2.183, de 21/07/1995.

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CIRCULAR Nº 2209

Documento normativo revogado pela Resolução 2.183, de 21/07/1995.

Altera e consolida as normas que regulamentam a constituição e o funcionamento dos fundos de aplicação financeira e dos fundos de investimento em quotas de fundos de aplicação financeira. Comunicamos que a diretoria do BANCO CENTRAL DO BRASIL, em sessão realizada em 05.08.92, com base no art. 1º da resolução nº 1.787, de 1º.02.91, com a redação que lhe foi dada pelo art. 3º da resolução nº 1.791, de 26.02.91,

DECIDIU:

Art. 1º. Alterar e consolidar, nos termos do regulamento anexo, as normas pertinentes aos fundos de aplicação financeira e aos fundos de investimento em quotas de fundos de aplicação financeira.

Art. 2º. Esta circular entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 31.08.92.

Art. 3º. Ficam revogadas, a partir de 31.08.92, as circulares nºs 1.903, de 26.02.91, 1.909, de 27.02.91, 1.912 e 1.913, ambas de 06.03.91, 1.916, de 20.03.91, 1.923 e 1.925, ambas de 27.03.91, 1.929, de 04.04.91, 1.935, de 11.04.91, 1.938, de 16.04.91, 1.941, de 17.04.91, 1.945, de 24.04.91, 1.959, de 17.05.91, 1.990, de 18.07.91, 2.062, de 16.10.91, 2.079, de 07.11.91, e 2.107, de 30.12.91, o art. 3º da circular nº 2.063, de 16.10.91, os arts. 1º a 3º da circular nº 2.124, de 24.01.92, as cartas-circulares nºs 2.154, de 05.03.91, 2.163, de 06.05.91, 2.175, de 05.06.91, e 2.192, de 02.08.91, e os comunicados nºs 2.331, de 04.03.91, 2.337, de 20.03.91, 2.359, de 09.04.91, 2.360, de 10.04.91, 2.370, de 17.04.91, 2.377, de 30.04.91, 2.461, de 11.07.91, 2.722, de 21.02.92, e 2.802, de 13.04.92.

Art. 4º. permanecem em vigor as cartas-circulares nºs 2.150, de 28.02.91, e 2.164, de 13.05.91, editadas com fundamento na circular nº 1.903, de 26.02.91, cujas base regulamentar e citações passam a referir-se à presente circular.

Brasília (DF), 5 de agosto de 1992 Gustavo Jorge Laboissière Loyola Pedro Luiz Bodin De Moraes

Diretor Diretor

Este texto não substitui o publicado no DOU e no Sisbacen. Regulamento anexo

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Da Constituição e das características

Art. 1º. O fundo de aplicação financeira, constituído sob a forma de condomínio aberto, é uma comunhão de recursos destinados à aplicação em carteira diversificada de títulos de renda fixa.

Parágrafo único. O fundo terá prazo indeterminado de duração e de sua denominação, que não poderá conter termos incompatíveis com o seu objetivo, constará a expressão "aplicação financeira".

Art. 2º. A constituição de fundo de aplicação financeira, no prazo máximo de cinco dias contados de sua ocorrência, será objeto de comunicação por escrito à delegacia regional do banco central a que a instituição administradora estiver jurisdicionada, comunicação essa que deverá conter o nome do administrador responsável pelas operações do fundo e se fazer acompanhar de cópia do documento de constituição.

Parágrafo 1º. O documento de constituição, que será registrado em cartório de registro de títulos e documentos, deverá reproduzir o inteiro teor do regulamento do fundo e conter a qualificação de seus fundadores.

Parágrafo 2º. O banco central poderá, a qualquer tempo, determinar se proceda às alterações que entender necessárias no regulamento do fundo.

Art. 3º. O regulamento do fundo de aplicação financeira, ao qual, no ato de seu ingresso, deverão os condôminos aderir, conterá as seguintes informações:

I - taxa de administração, ou critério para sua fixação; II - demais taxas e/ou despesas;

III - condições de aplicação e resgate de quotas;

IV - disponibilidade de informações para os condôminos, na forma dos arts. 41 a 44.

Parágrafo único. As taxas, as despesas e os prazos serão idênticos para todos os condôminos.

Capítulo II

Da Administração

Art. 4º. A administração de fundo de aplicação financeira poderá ser exercida por banco múltiplo, banco comercial, banco de investimento, caixa econômica, sociedade de crédito, financiamento e investimento, sociedade corretora de títulos e valores mobiliários ou sociedade distribuidora de títulos e valores mobiliários, sob a supervisão e responsabilidade direta de administrador da instituição.

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Parágrafo 1º. Para fins do exercício da administração de fundo, a instituição administradora deverá estar credenciada no sistema de informações banco central - sisbacen.

Parágrafo 2º. A instituição administradora que não dispuser do credenciamento referido no parágrafo 1º deverá providenciá-lo junto ao banco central/departamento de informática (DEINF), em Brasília (DF), ou à respectiva representação na delegacia regional a que estiver jurisdicionada.

Parágrafo 3º. Cada conglomerado financeiro ou instituição independente poderá constituir e administrar somente um fundo.

Art. 5º. A instituição administradora de fundo de aplicação financeira, observadas as limitações deste regulamento, terá poderes para praticar todos os atos necessários à administração da carteira do fundo, bem assim para exercer todos os direitos inerentes aos títulos e valores mobiliários que a integrem, inclusive o de ação e o de comparecer e votar em assembléias gerais ou especiais.

Art. 6º. Incluir-se-ão entre as obrigações da instituição administradora de fundo de aplicação financeira:

I - manter, às suas expensas, atualizada e em perfeita ordem, de acordo com a boa técnica administrativa:

a - a documentação relativa às operações do fundo; b - o registro dos condôminos;

c - o livro de atas de assembléias gerais; d - o livro de presença de condôminos;

e - o arquivo dos pareceres do auditor independente; f - registro de todos os fatos contábeis referentes ao fundo; II - receber quaisquer rendimentos ou valores do fundo; III - custear as despesas de propaganda do fundo;

IV - divulgar, diariamente, no(s) periódico(s) de que trata o art. 22, item III, o valor do patrimônio líquido do fundo, o valor da quota e as rentabilidades acumuladas no mês e no ano a que se referirem as informações;

V - fornecer anualmente aos condôminos comprovante para efeito de declaração do imposto de renda.

Art. 7º. Será vedado à instituição administradora, no exercício específico de suas funções e utilizando-se dos recursos do fundo de aplicação financeira:

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I - conceder empréstimos ou adiantamentos, ou abrir créditos, sob qualquer modalidade;

II - prestar fiança, aval, aceite ou coobrigar-se sob qualquer outra forma;

III - negociar com outros títulos e valores mobiliários que não os referidos neste regulamento ou os que venham a ser autorizados pelo banco central;

IV - aplicar no exterior recursos captados no país;

V - adquirir quotas do próprio fundo, ou de qualquer outro fundo em condomínio; VI - pagar ou ressarcir-se de multas e/ou penas pecuniárias que lhe venham a ser impostas em razão do descumprimento de normas consubstanciadas neste regulamento;

VII - vender quotas do fundo a prestação;

VIII - prometer rendimento predeterminado aos condôminos;

IX - fazer, em sua propaganda ou outros documentos que vierem a ser apresentados aos investidores, promessas de retiradas ou de rendimentos, com base em seu próprio desempenho, no desempenho alheio ou no de títulos e valores mobiliários;

X - delegar poderes para gerir e administrar o fundo, salvo com autorização específica do banco central.

Art. 8º. A instituição administradora poderá, mediante aviso divulgado no(s) periódico(s) de que trata o art. 22, item III, ou por intermédio de carta ou telegrama endereçado a cada condômino, renunciar à administração do fundo de aplicação financeira, ficando obrigada a, no mesmo ato, convocar assembléia geral que decidirá sobre sua substituição ou sobre a liquidação do fundo, observado o disposto no art. 29.

Parágrafo único. Nas hipóteses de substituição da instituição administradora e de liquidação do fundo, aplicar-se-ão, no que couber, as normas em vigor sobre responsabilidade civil ou criminal de administradores, diretores e gerentes de instituições financeiras, independentemente das que regem a responsabilidade civil da própria instituição administradora. Art. 9º. A instituição administradora estipulará, a seu critério, remuneração a ser percebida pela prestação dos serviços de gestão e administração do fundo de aplicação financeira.

Capítulo III

Da Composição e da Diversificação da Carteira

Art. 10. As aplicações do fundo de aplicação financeira deverão estar representadas por:

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I - 45%, no mínimo, em:

a - títulos de emissão do tesouro nacional ou do banco central, remunerados a taxas de mercado; e

b - depósitos junto ao banco central remunerados à taxa referencial diária - trd, observado o mínimo de 25%;

b - depósitos junto ao Banco Central, observado o mínimo de 25% (vinte e cinco por cento), remunerados semanalmente pela Taxa Referencial - TR da data de ajuste da posição respectiva, "pro-rata die", considerado o número de dias úteis do período; (Redação dada pela Circular 2.304, de 04/05/1993.)

II - certificados de depósito bancário, letras de câmbio, letras hipotecárias, títulos de emissão do tesouro nacional ou do banco central, títulos das dívidas públicas estadual e municipal e debêntures, observado que até 25% do total dessas aplicações poderão estar representados por títulos e valores mobiliários integrantes da carteira de instituições habilitadas à realização de operações compromissadas, vinculados a compromissos de recompra por essas assumidos;

III - 10%, no mínimo, em títulos de desenvolvimento econômico (tde), vinculados a projetos credenciados no programa de fomento à competitividade industrial, de emissão de bancos múltiplos com carteira comercial ou de investimento, de bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento e caixas econômicas, remunerados à taxa referencial - tr, com prazo de vencimento compatível com os cronogramas financeiros dos projetos, admitido que até 50% do total dessas aplicações possam estar representados por:

a - títulos de idênticas características, vinculados a projetos de investimento na agricultura, de emissão da própria instituição administradora, se autorizada a captar depósitos de poupança rural, ou de instituição autorizada a captar referidos depósitos integrante do conglomerado financeiro a que pertença a instituição administradora;

b - letras hipotecárias emitidas com lastro em financiamentos habitacionais concedidos no âmbito do sistema financeiro da habitação, em se tratando de fundo administrado por caixa econômica;

IV - 3%, no mínimo, em quotas do fundo de desenvolvimento social - fds.

Parágrafo 1º. Os percentuais estabelecidos neste artigo deverão ser cumpridos com base no valor do patrimônio líquido do fundo, conforme definido no art. 17, observada a periodicidade prevista, caso a caso, neste regulamento.

Parágrafo 2º. Os percentuais de 45% em títulos de emissão do tesouro nacional ou do banco central e depósitos junto ao banco central é de 25% em títulos e valores mobiliários integrantes da carteira de instituições habilitadas à realização de operações compromissadas, estabelecidos, respectivamente, nos itens I e II, deverão ser cumpridos diariamente, com base no patrimônio líquido do dia útil imediatamente anterior.

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Parágrafo 3º. Relativamente aos títulos e valores mobiliários de que trata o item II:

a - o total de um mesmo emitente não excederá 10% do total das aplicações do fundo, ou 30% desse mesmo total em se tratando de títulos de emissão de instituição financeira;

b - o total de emissão ou coobrigação de um mesmo emitente, de seu controlador, de sociedades por ele direta ou indiretamente controladas e de suas coligadas sob controle comum não excederá 10% do total das aplicações do fundo, ou 30% desse mesmo total em se tratando de conglomerado integrado por instituição financeira;

c - os compromissos de revenda em operações compromissadas somente poderão ser pactuados com observância do que dispõe a regulamentação em vigor.

Parágrafo 4º. Excetuam-se dos requisitos de diversificação estabelecidos no parágrafo 3º, alíneas "a" e "b", os títulos de emissão do tesouro nacional ou do banco central integrantes da carteira do fundo.

Parágrafo 5º. Os títulos das dívidas públicas dos Estados da Bahia, do Ceará, do Espírito Santo, de Minas Gerais, do Paraná, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e de São Paulo e da prefeitura do município de São Paulo, bem assim nos de outros estados e municípios que o banco central vier a especificar, integrantes da carteira do fundo, terão o seguinte tratamento:

Parágrafo 5º Os títulos das dívidas públicas estadual e municipal integrantes da carteira do Fundo terão o seguinte tratamento: (Redação dada pela Circular 2.519, de 15/12/1994.)

a - em se tratando de fundo administrado por instituição financeira oficial federal, poderão integrar o cômputo das aplicações em títulos de emissão do tesouro nacional ou do banco central, de que trata o item I, alínea "a", até o limite de 50% do total dessas aplicações;

b - em se tratando de fundo administrado por instituição controlada pelos correspondentes estados emissores ou por banco administrador de fundo de liquidez de títulos estaduais e/ou municipais cujos títulos tenham sido especificados pelo banco central:

1 - Poderão integrar o cômputo das aplicações em títulos de emissão do tesouro nacional ou do banco central, de que trata o item i, alínea "a";

2 - Não estarão sujeitos aos requisitos de diversificação estabelecidos no parágrafo 3º, alíneas "a" e "b".

Parágrafo 6º. As aplicações do fundo em títulos e valores mobiliários integrantes da carteira de instituições habilitadas à realização de operações compromissadas que se enquadrem nas condições estabelecidas no art. 1º da Circular nº 2.063, de 16.10.91, terão o seguinte tratamento:

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a - poderão integrar o cômputo das aplicações de que trata o item I, alínea "a", em se tratando daquelas operações tendo por objeto títulos de emissão do tesouro nacional ou do banco central;

b - estarão sujeitas, no que couber, ao tratamento previsto no parágrafo 5º, em se tratando daquelas operações tendo por objeto títulos públicos estaduais e municipais especificados pelo banco central;

b - estarão sujeitas, no que couber, ao tratamento previsto no parágrafo 5º, em se tratando daquelas operações tendo por objeto títulos das dívidas públicas estadual e municipal; (Redação dada pela Circular 2.519, de 15/12/1994.)

c - não serão consideradas para efeito de verificação da observância do percentual de 25% estabelecido no item II.

Art. 11. A exigibilidade de 10% do patrimônio líquido do fundo de aplicação financeira em TDE, de que trata o art. 10, item III, será calculada com base no quociente entre o montante desses títulos detido pelo fundo no último dia útil do período de cálculo e a média aritmética de seu patrimônio líquido no mesmo período.

Parágrafo 1º. Para efeito do disposto neste artigo, define-se período de cálculo como o espaço de tempo representado por duas semanas consecutivas, que se movem uma a uma, com início em uma segunda-feira e término na sexta-feira da semana subseqüente, considerados somente os dias úteis.

Parágrafo 2º. O cumprimento da exigibilidade de que trata este artigo deverá verificar-se no último dia útil do período de cálculo, ressalvado o disposto no parágrafo 3º.

Parágrafo 3º. Na hipótese de a instituição administradora deixar de cumprir integralmente a exigibilidade de que trata este artigo, o valor correspondente à diferença verificada deverá ser destinado à constituição de depósitos junto ao banco central por insuficiência na aquisição de TDE, observado o disposto nos arts. 14 a 16.

Art. 12. A exigibilidade de 3% do patrimônio líquido do fundo de aplicação financeira em quotas do FDS, de que trata o art. 10, item iv, será calculada com base no quociente entre a média do montante dessas quotas detido pelo fundo no mês anterior e a média aritmética de seu patrimônio líquido no mesmo mês.

Parágrafo 1º. O cumprimento da exigibilidade de que trata este artigo deverá verificar-se no segundo dia útil de cada mês.

Parágrafo 2º. A primeira aquisição de quotas do FDS será feita à razão de 3% da média do patrimônio líquido do fundo verificada no mês do início de suas atividades.

Parágrafo 3º. As quotas do FDS detidas pelo fundo não são resgatáveis, exceto na hipótese de que trata o parágrafo 4º, admitida a alienação de eventual excesso a outro fundo de aplicação financeira, desde que no próprio dia de cumprimento da exigibilidade de que trata este artigo.

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Parágrafo 4º. No caso de extinção de fundo de aplicação financeira, o administrador do FDS dará liquidez as quotas de sua emissão detidas pelo fundo em extinção.

Capítulo IV

Dos Depósitos Junto ao Banco Central

Art. 13. A exigibilidade de 25% do patrimônio líquido do fundo de aplicação financeira em depósitos junto ao banco central, de que trata art. 10, item i, alínea "b", será calculada com base na média aritmética do patrimônio líquido do fundo durante o período de cálculo.

Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, define-se período de cálculo como o espaço de tempo representado por duas semanas consecutivas, que se movem uma a uma, com início em uma segunda-feira e término na sexta-feira da semana subseqüente, considerados somente os dias úteis.

Art. 14. Os depósitos junto ao banco central por insuficiência na aquisição de tde, de que trata o art. 11, parágrafo 3º, serão classificados de acordo com o seguinte:

I - em substituição a títulos a serem emitidos em decorrência de projetos já credenciados, mas cujo desembolso de recursos ainda não ocorreu, hipótese em que deverá ser mantida na instituição administradora, à disposição do banco central, a documentação relativa ao credenciamento do projeto e ao compromisso de aquisição pelo fundo, junto ao emissor, dos correspondentes títulos;

II - em razão da não disponibilidade de títulos. Art. 15. Os depósitos de que tratam os arts. 13 e 14:

I - Terão sua constituição e movimentação efetuadas exclusivamente via conta "reservas bancárias";

II - serão remunerados a taxa referencial diária - TRD;

II - serão remunerados semanalmente pela Taxa Referencial - TR da data de ajuste da posição respectiva,"pro-rata die", considerado o número de dias úteis do período; (Redação dada pela Circular 2.304, de 04/05/1993.)

III - serão atualizados diariamente, agregando-se aos saldos correspondentes a respectiva remuneração.

III - na hipótese de liberação de depósito para fins de aquisição de Títulos de Desenvolvimento Econômico - TDE durante o período de indisponibilidade, os rendimentos serão creditados "pro-rata die", considerado o número de dias úteis em que o depósito permaneceu no Banco Central. (Redação dada pela Circular 2.304, de 04/05/1993.)

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Parágrafo 1º. Com vistas à viabilização do disposto no item i, a instituição administradora não detentora de conta "reservas bancárias" deverá firmar convênio com banco múltiplo com carteira comercial, banco comercial ou caixa econômica.

Parágrafo 2º. O convênio previsto no parágrafo 1º não implica nenhuma responsabilidade por parte da instituição financeira detentora da conta "reservas bancárias" perante o banco central, ressalvada a hipótese de os lançamentos por ela transitados não serem impugnados até o primeiro dia útil subseqüente ao evento.

Art. 16. Os depósitos de que tratam os arts. 13 e 14 serão constituídos, automaticamente, na quarta-feira da semana seguinte ao término do período de cálculo ou, se não útil, no primeiro dia útil posterior, permanecendo indisponíveis até a terça-feira da semana subseqüente.

Parágrafo 1º. Exclusivamente para fins de aquisição de tde, os depósitos de que trata o art. 14 poderão ser parcial ou totalmente liberados no decorrer do período de indisponibilidade.

Parágrafo 2º. Para efeito da liberação antecipada de que trata o parágrafo 1º, a instituição administradora deverá formalizar solicitação à delegacia regional do banco central a que estiver jurisdicionada, esclarecido que o crédito correspondente será lançado em sua conta "reservas bancárias" ou na conta da instituição financeira conveniente, conforme o caso, no próprio dia do pedido.

Capítulo V

Do Patrimônio Líquido

Art. 17. Entender-se-á por patrimônio líquido do fundo de aplicação financeira a soma do disponível mais o valor da carteira, mais os valores a receber, menos as exigibilidades.

Parágrafo único. Para efeito da determinação do valor da carteira, serão observados os critérios estabelecidos no plano de contas referido no art. 33, parágrafo único.

Capítulo VI

Da Emissão, da Colocação e do Resgate de Quotas

Art. 18. As quotas de fundo de aplicação financeira, as quais serão intransferíveis, corresponderão a frações ideais desse, assumirão a forma nominativa e serão mantidas em contas de depósito em nome de seus titulares.

Parágrafo único. A qualidade de condômino presume-se pelo registro das quotas na conta de depósito aberta em seu nome nos livros da instituição depositária.

Art. 19. Os extratos das contas de depósito comprovarão a obrigação de a instituição administradora cumprir as prescrições contratuais constantes do regulamento do fundo de aplicação financeira e as normas do presente regulamento.

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Parágrafo único. Reputar-se-á como não escrita qualquer cláusula restritiva ou modificativa da obrigação referida neste artigo.

Art. 20. Os extratos das contas de depósito referir-se-ão a número inteiro e/ou fracionário de quotas, conforme dispuser o regulamento do fundo de aplicação financeira.

Parágrafo único. Quando for adotada a sistemática de quotas inteiras, o valor residual dos investimentos será mantido em conta corrente para futuras inversões ou, ainda, se solicitado, será pago ao condômino em dinheiro.

Art. 21. As quotas de fundo de aplicação financeira somente poderão ser colocadas por:

I - banco múltiplo; II - banco comercial; III - banco de investimento; IV - caixa econômica;

V - sociedade de crédito, financiamento e investimento; VI - sociedade corretora de títulos e valores mobiliários; VII - sociedade distribuidora de títulos e valores mobiliários.

Art. 22. Deverão ser fornecidos ao investidor, gratuitamente, no ato de seu ingresso no fundo de aplicação financeira:

I - exemplar do regulamento do fundo;

II - documento de que constem claramente as taxas e/ou despesas com as quais o investidor tenha arcado;

III - indicação do(s) periódico(s) utilizado(s) para divulgação de informações do fundo.

Parágrafo único. Admitir-se-á o envio dos documentos referidos neste artigo por ocasião da confirmação da primeira aplicação.

Art. 23. As quotas de fundo de aplicação financeira terão seu valor calculado diariamente, com base em avaliação patrimonial realizada de acordo com o contido no art. 17 e as normas do plano de contas referido no art. 33, parágrafo único.

Art. 24. A aplicação e o resgate de quotas de fundo de aplicação financeira serão efetuados em dinheiro, cheque, ordem de pagamento, débito e crédito em conta corrente ou documento de ordem de crédito.

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Parágrafo único. Em casos especiais, ouvido preliminarmente o banco central, o resgate poderá ser efetuado em títulos.

Art. 25. Na emissão de quotas de fundo de aplicação financeira, será utilizado o valor da quota em vigor no dia da efetiva disponibilidade dos recursos confiados pelo investidor à instituição administradora, em sua sede ou dependências.

Parágrafo único. Para o cálculo do número de quotas a que tem direito o investidor, serão deduzidas do valor entregue à instituição administradora as taxas e/ou despesas convencionadas.

Art. 26. O resgate de quotas de fundo de aplicação financeira será efetivado, sem a cobrança de qualquer taxa ou despesa, no próprio dia ou no primeiro dia útil subseqüente ao da solicitação respectiva.

Parágrafo único. No resgate, será utilizado o valor da quota em vigor no próprio dia ou no primeiro dia útil antecedente ao do pagamento respectivo, conforme dispuser o regulamento do fundo.

Art. 27. O regulamento do fundo de aplicação financeira poderá dispor sobre a reaplicação de valores correspondentes a resgates de quotas solicitados e não procurados por condôminos no prazo de trinta dias.

Capítulo VII

Da Assembléia Geral

Art. 28. Será da competência privativa da assembléia geral de condôminos de fundo de aplicação financeira:

I - tomar, até 30 de abril de cada ano, as contas do fundo, elaboradas pela instituição administradora, e deliberar sobre as demonstrações financeiras desse;

II - alterar o regulamento do fundo;

III - deliberar sobre a substituição da instituição administradora;

IV - deliberar sobre transformação, fusão, incorporação, cisão ou liquidação do fundo.

Parágrafo único. O regulamento do fundo poderá ser alterado independentemente de assembléia geral, sempre que tal alteração decorrer exclusivamente da necessidade de atendimento a exigências do banco central, em conseqüência de normas legais ou regulamentares, devendo ser providenciada, no prazo de trinta dias, a necessária comunicação aos condôminos.

Art. 29. A convocação da assembléia geral de condôminos de fundo de aplicação financeira far-se-á mediante anúncio publicado no(s) periódico(s) de que trata o art. 22, item iii,

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do qual constarão, obrigatoriamente, dia, hora e local em que será realizada a assembléia e, ainda que de forma sucinta, os assuntos a serem tratados.

Parágrafo 1º. A primeira convocação da assembléia geral deverá ser feita com oito dias de antecedência, no mínimo, contado o prazo de publicação do primeiro anúncio.

Parágrafo 2º. Nas hipóteses do art. 28, itens III e IV, não se realizando a assembléia geral, será publicado novo anúncio de segunda convocação, com antecedência mínima de cinco dias.

Parágrafo 3º. Salvo motivo de força maior, a assembléia geral realizar-se-á no local onde a instituição administradora tiver a sede; quando houver de efetuar-se em outro, os anúncios indicarão, com clareza, o lugar da reunião, que em nenhum caso poderá realizar-se fora da localidade da sede.

Parágrafo 4º. Independentemente das formalidades previstas neste artigo, será considerada regular a assembléia geral a que comparecerem todos os condôminos.

Art. 30. Além da reunião anual de prestação de contas, a assembléia geral de condôminos de fundo de aplicação financeira poderá, ainda, reunir-se para tratar das matérias referidas no art. 28, itens II a IV, por convocação da instituição administradora ou de condôminos possuidores de quotas que representem 30%, no mínimo, do total.

Art. 31. Na assembléia geral de condôminos de fundo de aplicação financeira, que poderá ser instalada com qualquer número, as deliberações serão tomadas pelo critério da maioria absoluta de quotas de condôminos presentes, correspondendo a cada quota um voto.

Parágrafo 1º. Nas deliberações tomadas em assembléia geral referente às hipóteses do art. 28, itens III e IV, a maioria absoluta será computada em relação ao total de quotas emitidas.

Parágrafo 2º. As deliberações serão tomadas por maioria de quotas de condôminos presentes à assembléia geral, mesmo nas hipóteses do art. 28, itens III e IV, quando não alcançado o "quorum" da maioria absoluta de quotas emitidas em conclave realizado em primeira convocação.

Parágrafo 3º. Somente poderão votar na assembléia geral os condôminos registrados até três dias antes da data fixada para sua realização.

Parágrafo 4º. Tem qualidade para comparecer à assembléia geral os representantes legais dos condôminos ou seus procuradores devidamente constituídos.

Capítulo VIII

Das Demonstrações Financeiras

Art. 32. o fundo de aplicação financeira terá escrituração contábil destacada da relativa à instituição administradora.

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Art. 33. As demonstrações financeiras de fundo de aplicação financeira estarão sujeitas às normas de escrituração expedidas pelo conselho monetário nacional e pelo banco central.

Parágrafo único. Para efeito da avaliação dos ativos integrantes da carteira do fundo, bem assim da apropriação de receitas e despesas a esses inerentes, deverão ser observadas as normas constantes do plano de contas editado pelo banco central.

Art. 34. O fundo de aplicação financeira será auditado semestralmente por auditor independente registrado na comissão de valores mobiliários.

Capítulo IX

Da Prestação de Informações ao Banco Central

Art. 35. A instituição administradora de fundo de aplicação financeira deverá prestar ao banco central/departamento de operações bancárias (DEBAN), com no mínimo dois dias úteis antes do início das atividades do fundo, via transação correio do sisbacen, as seguintes informações:

I - denominação e número de inscrição no cadastro geral de contribuintes (cgc), próprios e do fundo;

II - denominação da instituição financeira em cuja conta "reservas bancárias" será processada a movimentação dos depósitos de que tratam os arts. 13 e 14;

III - data em que terão início as atividades do fundo.

Parágrafo 1º. As informações de que trata este artigo destinam-se ao cadastramento do fundo e constituem pré-requisito ao acesso da instituição administradora À transação pfaf500 do sisbacen.

Parágrafo 2º. Na hipótese de a instituição administradora do fundo não deter conta "reservas bancárias", a instituição financeira conveniente deverá manifestar sua conformidade, nas mesmas condições e prazo previstos neste artigo.

Art. 36. A instituição administradora de fundo de aplicação financeira deverá informar ao banco central/departamento de estudos especiais e acompanhamento do sistema financeiro (DEASF), via transação correio do sisbacen, a taxa anual a ser percebida pela prestação dos serviços de gestão e administração do fundo.

Parágrafo único. A informação de que trata este artigo deverá ser prestada por ocasião do início das atividades do fundo ou quando alterada referida taxa, em ambos os casos até o primeiro dia útil subseqüente à data da respectiva ocorrência.

Art. 37. A instituição administradora de fundo de aplicação financeira que vier a administrar, concomitantemente, fundo(s) de liquidez de dívida mobiliária estadual ou municipal

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deverá informar essa condição ao banco central/departamento de estudos especiais e acompanhamento do sistema financeiro (DEASF), via transação correio do sisbacen.

Parágrafo 1º. A informação de que trata este artigo deverá ser prestada até o primeiro dia útil subseqüente à data da respectiva ocorrência, bem assim se fazer acompanhar de informações sobre a denominação e o número de inscrição no cadastro geral de contribuintes (cgc) da própria instituição administradora, do fundo de aplicação financeira e do(s) fundo(s) de liquidez de dívida mobiliária estadual ou municipal administrados.

Parágrafo 2º. A perda da condição de instituição administradora de fundo de liquidez de dívida mobiliária estadual ou municipal deverá igualmente ser informada ao banco central, nas mesmas condições e prazo previstos neste artigo.

Art. 38. A instituição administradora de fundo de aplicação financeira deverá prestar diariamente ao banco central, via transação pfaf500 do sisbacen, as seguintes informações relativas ao fundo:

I - saldos das aplicações em:

a - títulos de emissão do tesouro nacional; b - títulos de emissão do banco central;

c - títulos e valores mobiliários privados (certificados de depósito bancário, letras hipotecárias, letras de câmbio e debêntures);

d - títulos das dívidas públicas estadual e municipal:

d - títulos das dívidas públicas estadual e municipal; (Redação dada pela Circular 2.519, de 15/12/1994.)

1 - Relacionados no art. 10, parágrafo 5º, e outros que o banco central vier a especificar;

2 - Não especificados pelo banco central; e - operações compromissadas:

1 - Não enquadradas nas condições estabelecidas no art. 1º da circular nº 2.063, de 16.10.91, tendo por objeto:

. títulos de emissão do tesouro nacional ou do banco central; . títulos das dívidas públicas estadual e municipal;

(15)

2 - Enquadradas nas condições estabelecidas no art. 1º da circular nº 2.063, de 16.10.91, tendo por objeto:

. títulos de emissão do tesouro nacional ou do banco central; . títulos das dívidas públicas estadual e municipal:

- relacionados no art. 10, parágrafo 5º, e outros que o banco central vier a especificar;

- não especificados pelo banco central;

2. enquadradas nas condições estabelecidas no art. 1º da Circular nº 2.063, de 16.10.91, tendo por objeto:

. títulos de emissão do Tesouro Nacional e/ou do Banco Central;

. títulos das dívidas públicas estadual e municipal; (Redação dada pela Circular 2.519, de 15/12/1994.)

f - TDE e, se for o caso:

1 - Títulos vinculados a projetos de investimento na agricultura, de emissão da própria instituição administradora, se autorizada a captar depósitos de poupança rural, ou da instituição autorizada integrante do conglomerado financeiro a que pertença a instituição administradora;

2 - Letras hipotecárias emitidas com lastro em financiamentos habitacionais concedidos no âmbito do sistema financeiro da habitação, em se tratando de fundo administrado por caixa econômica;

g - quotas do FDS;

II - valor do patrimônio líquido;

III - rentabilidades no dia e acumuladas no mês e no ano, com duas casas decimais;

III - valor da quota; (Redação dada pela Circular 2.528, de 28/12/1994.) IV - montante, em cruzeiros, das quotas emitidas no dia;

V - montante, em cruzeiros, das quotas resgatadas no dia.

Parágrafo 1º. As informações de que trata este artigo poderão ser prestadas com defasagem de até três dias úteis, ressalvadas as relativas ao último dia do período de cálculo dos depósitos junto ao banco central de que tratam os arts. 13 e 14, que deverão ser prestadas até o dia útil imediatamente anterior à data de constituição desses depósitos.

(16)

Parágrafo 2º. A instituição administradora que vier a prestar ou alterar as informações de que trata este artigo após o prazo referido no parágrafo 1º deverá formalizar solicitação nesse sentido à delegacia regional do banco central a que estiver jurisdicionada.

Parágrafo 3º. A prestação ou alteração das informações de que trata este artigo após o prazo previsto no parágrafo 1º, bem assim a modificação do valor dos depósitos junto ao banco central, sujeitam a instituição administradora ao pagamento de:

a - multa, por dia útil de atraso na prestação das informações ou em razão de sua alteração, no valor de cr$ 500.000,00 (quinhentos mil cruzeiros), corrigidos mensalmente pela variação do índice de atualização da unidade fiscal de referência - UFIR mensal; e

b - pena pecuniária, a ser calculada sobre o valor da eventual deficiência na constituição dos referidos depósitos.

b - custo financeiro, a ser calculado sobre o valor da eventual deficiência na constituição dos referidos depósitos. (Redação dada pela Circular 2.301, de 04/05/1993.)

Parágrafo 4º. A pena pecuniária de que trata o parágrafo 3º, alínea "B", será calculada tomando-se por base a taxa média ajustada de todas as operações de financiamento registradas no sistema especial de liquidação e de custódia (SELIC), independente mente das características dos títulos, acrescida de juros de 30% ao ano, considerado o número de dias úteis decorridos entre a data da constituição dos depósitos junto ao banco central e o dia da regularização das informações a esses pertinentes, deduzida a variação da taxa referencial diária - TRD no período.

Parágrafo 4º. O custo financeiro de que trata a alínea "b" do parágrafo anterior será calculado tomando-se por base a taxa média ajustada de todas as operações de financiamento registradas no sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC), independentemente das características dos títulos, acrescida de 30% (trinta por cento) ao ano, considerado o número de dias úteis decorridos entre a data de ajuste dos depósitos junto ao Banco Central e o dia da regularização das informações a esses pertinentes, deduzida a Taxa Referencial (TR), "pro - rata die", da mesma data de ajuste. (Redação dada pela Circular 2.301, de 04/05/1993.)

Parágrafo 5º. Os fatores diários e a taxa referencial diária - trd, utilizados para fins do cálculo da pena pecuniária, de que trata o parágrafo 4º, poderão ser obtidos mediante consulta, respectivamente, às transações ptax880 - opção 14 e ptax860 - opção 17 do sisbacen.

Parágrafo 6º. A multa e a pena pecuniária de que trata o parágrafo 3º serão devidas no primeiro dia útil subseqüente ao da regularização das informações de que trata este artigo.

Parágrafo 7º. As modificações no valor dos depósitos junto ao banco central, quando decorrentes de solicitação da instituição administradora, inclusive no sentido da prestação ou alteração das informações de que trata este artigo após o prazo previsto no parágrafo 1º, não ensejarão lançamentos valorizados.

(17)

Parágrafo 8º. para fins de consulta às informações de que trata este artigo, a instituição administradora disporá da transação pfaf600 do sisbacen.

Art. 39. O Banco Central/departamento de estudos especiais e acompanhamento do sistema financeiro (DEASF) poderá solicitar à instituição administradora a prestação de outras informações sobre o fundo de aplicação financeira.

Capítulo X

Da Publicidade e da Remessa de Documentos

Art. 40. A instituição administradora de fundo de aplicação financeira será obrigada a divulgar, ampla e imediatamente, qualquer ato ou fato relevante a ele atinente, de modo a garantir a todos os condôminos acesso às informações que possam, direta ou indiretamente, influir em sua decisão quanto à permanência no fundo.

Parágrafo 1º. A divulgação das informações a que se refere este artigo deverá ser feita por intermédio de publicação no(s) periódico(s) de que trata o art. 22, item III.

Parágrafo 2º. A instituição administradora deverá fazer as publicações previstas neste regulamento sempre no(s) mês mo(s) periódico(s), devendo qualquer mudança ser precedida de aviso aos condôminos.

Art. 41. A instituição administradora de fundo de aplicação financeira deverá, no prazo máximo de dez dias após o encerramento de cada mês, colocar à disposição dos condôminos, em sua sede e dependências, as informações de que trata o art. 42, com base nos dados relativos ao último dia do mês a que se referirem.

Art. 42. A instituição administradora de fundo de aplicação financeira deverá remeter a cada condômino, anualmente, com base nos dados do fundo relativos ao último dia do mês de dezembro, documento contendo informações sobre o número de quotas de sua propriedade e o respectivo valor, bem assim a rentabilidade do fundo no ano.

Parágrafo único. A remessa das informações de que trata este artigo não será obrigatória aos condôminos:

a - detentores de quotas cujo valor total seja inferior a cr$ 500.000,00 (quinhentos mil cruzeiros), corrigidos mensalmente pela variação do índice de atualização da unidade fiscal de referência - UFIR mensal;

a - detentores de quotas cujo valor total seja inferior ao equivalente, em cruzeiros reais, a 300 (trezentas) Unidades Fiscais de Referência - UFIR mensal; (Redação dada pela Circular 2.352, de 04/08/1993.)

b - cuja última remessa de informações tenha sido devolvida por incorreção no endereço declarado e que não tenham procedido a respectiva atualização.

(18)

Art. 43. A instituição administradora de fundo de aplicação financeira deverá publicar, anualmente, com base nos dados relativos ao último dia do mês de dezembro, documento contendo as seguintes informações referentes ao fundo:

I - rentabilidade e valor nominal da quota nos últimos três anos, tomados sempre como base exercícios completos;

II - valor e composição da carteira, discriminando quantidade, espécie e cotação dos títulos e valores que a integram, valor de cada aplicação e sua percentagem sobre o valor total da carteira;

III - balanços e demais demonstrações financeiras, acompanhados do parecer do auditor independente;

IV - relação das entidades encarregadas da prestação do serviço de custódia dos títulos e valores mobiliários integrantes da carteira;

V - os encargos debitados ao fundo em cada um dos três últimos anos, conforme disposto no art. 47, devendo ser especificado seu valor e percentual em relação ao patrimônio líquido médio mensal do fundo em cada ano.

Art. 44. As providências previstas nos arts. 42 e 43 deverão ser adotadas no prazo máximo de sessenta dias após o encerramento do ano a que se referirem.

Capítulo XI Das normas gerais

Art. 45. Os títulos e valores mobiliários integrantes da carteira de fundo de aplicação financeira serão obrigatoriamente custodiados em banco múltiplo com carteira comercial ou de investimento, banco comercial, banco de investimento, bolsa de valores ou entidade autorizada à prestação desse serviço pelo banco central ou pela comissão de valores mobiliários.

Art. 46. Os valores constitutivos da carteira de fundo de aplicação financeira não poderão ser objeto de locação, empréstimo, penhor ou caução, salvo nos casos expressamente autorizados pelo banco central.

Art. 47. Constituirão encargos do fundo de aplicação financeira, além da remuneração dos serviços de que trata o art. 9º, as seguintes despesas, que lhe poderão ser debitadas pela instituição administradora:

I - taxas, impostos ou contribuições federais, estaduais, municipais ou autárquicas, que recaiam ou venham a recair sobre os bens, direitos e obrigações do fundo;

II - despesas com impressão, expedição e publicação de relatórios, formulários e informações periódicas, previstas no regulamento do fundo ou na regulamentação pertinente;

(19)

III - despesas com correspondências de interesse do fundo, inclusive comunicações aos condôminos;

IV - honorários e despesas dos auditores encarregados da revisão do balanço e das contas do fundo e da análise de sua situação e da atuação da instituição administradora;

V - emolumentos e comissões pagas sobre as operações do fundo;

VI - honorários de advogados, custas e despesas correlatas feitas em defesa dos interesses do fundo, em juízo ou fora dele, inclusive o valor da condenação, caso o fundo venha a ser vencido;

VII - quaisquer despesas inerentes à constituição ou liquidação do fundo ou à realização de assembléia geral de condôminos;

VIII - taxas de custódia de valores do fundo.

Parágrafo único. Quaisquer despesas não previstas como encargos do fundo correrão por conta da instituição administradora.

Art. 48. No prazo máximo de cinco dias contados da ocorrência, serão objeto de comunicação por escrito à delegacia regional do banco central a que a instituição administradora estiver jurisdicionada, acompanhada dos documentos correspondentes, os seguintes atos relativos a fundo de aplicação financeira:

I - alteração de regulamento;

II - substituição da instituição administradora; III - transformação;

IV - fusão; V - incorporação; VI - cisão;

VII - liquidação.

Art. 49. O descumprimento das normas consubstanciadas neste regulamento será considerado falta grave, sem prejuízo da aplicação, à instituição administradora de fundo de aplicação financeira e ao administrador responsável pelas operações desse, das demais sanções previstas na legislação e regulamentação em vigor, podendo, ainda, o banco central determinar a convocação de assembléia geral de condôminos para decidir sobre uma das seguintes alternativas:

(20)

II - Liquidação do fundo.

Parágrafo único. O descumprimento das normas de que tratam os capítulos III, IV e IX poderá acarretar, sem prejuízo da aplicação de outras sanções, o descredenciamento sumário da instituição administradora por parte do banco central.

CAPÍTULO XII

Do Fundo de Investimento em Quotas de Fundos de Aplicação Financeira

Art. 50. As instituições referidas no art. 4º, alternativamente à constituição e administração de fundo de aplicação financeira, poderão constituir e administrar fundo de investimento cujos recursos serão destinados, exclusivamente, à aquisição de quotas de fundos de aplicação financeira.

Parágrafo 1º. A constituição e o funcionamento do fundo de investimento referido neste artigo, designado fundo de investimento em quotas de fundos de aplicação financeira, subordinam-se, no que couber, às normas estatuídas neste regulamento, observado o seguinte:

a - de sua denominação deverá constar a expressão "investimento em quotas de fundos de aplicação financeira";

b - para efeito do exercício de sua administração, será facultativo o credenciamento da instituição administradora no sisbacen;

c - sua carteira será composta, integralmente, de quotas de fundos de aplicação financeira, subordinando-se as aplicações respectivas ao requisito de diversificação de, no máximo, 25% em quotas de um mesmo fundo;

d - as informações de que trata o art. 38, itens II a V, a esse relativas, deverão, com base no último dia útil do mês a que se referirem, ser encaminhadas ao banco central/departamento de estudos especiais e acompanhamento do sistema financeiro (deasf), até o terceiro dia útil após o encerramento de cada mês.

Parágrafo 2º. Em ocorrendo atraso ou incorreção na prestação das informações de que trata a alínea "d", aplica-se à instituição administradora de fundo de investimento em quotas de fundos de aplicação financeira a multa de que trata o art. 38, parágrafo 3º, alínea "A".

Parágrafo 3º. Para fins de cadastramento de fundo de investimento em quotas de fundos de aplicação financeira constituído após a data da entrada em vigor do presente regulamento, a instituição administradora deverá prestar ao banco central/departamento de estudos especiais e acompanhamento do sistema financeiro (deasf), com no mínimo dois dias úteis antes do início das atividades do fundo, as seguintes informações:

a - denominação e número de inscrição no cadastro geral de contribuintes (cgc), próprios e do fundo;

(21)

Capítulo XIII

Dos fundos de aplicação financeira dívida estadual e/ou municipal

Art. 51. As instituições administradoras de fundo de liquidez da dívida pública estadual e/ou municipal, independentemente do disposto no art. 4º, parágrafo 3º, poderão constituir e administrar fundo de aplicação financeira - dívida pública estadual e/ou municipal, regido, no que couber, pelas normas estatuídas neste regulamento, cujos recursos serão destinados, exclusivamente,à aquisição de títulos de emissão do(s) correspondente(s) estado e/ou município, conforme o caso.

Parágrafo 1º. Admitir-se-á que até 30% dos recursos do fundo estejam representados por títulos de emissão do(s) correspondente(s) estado e/ou município, conforme o caso, integrantes da carteira da própria instituição administradora, vinculados a compromissos de recompra por essa assumidos em operações compromissadas.

Parágrafo 2º. Cada conglomerado financeiro oficial estadual somente poderá constituir e administrar um único fundo de aplicação financeira - dívida pública estadual e/ou municipal.

Art. 52. Somente poderão aplicar recursos em fundo de aplicação financeira - dívida pública estadual e/ou municipal o(s) tesouro(s) respectivo(s) e as autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações vinculadas, controladas ou mantidas pelo(s) correspondente(s) estado e/ou município.

Parágrafo único. Caberá à instituição administradora do fundo a verificação do atendimento da condição prevista neste artigo, devendo a documentação respectiva ser mantida à disposição do banco central.

Art. 52. Somente poderão aplicar recursos em fundo de aplicação financeira - dívida pública estadual e/ou municipal os tesouros do próprio estado e de seus municípios, bem assim as autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações a esses vinculadas ou por eles controladas ou mantidas.

Parágrafo único. Caberá à instituição administradora do fundo a verificação do atendimento da condição prevista neste artigo, devendo a documentação respectiva ser mantida à disposição do Banco Central. (Redação dada pela Circular 2.357, de 12/08/1993.)

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