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Rochas Ornamentais –
Tecnologias e Patologias
Maria Heloisa Barros de Oliveira Frascá
geóloga, doutora mheloisa2@yahoo.com.br
2
corpo sólido natural agregado de um ou mais minerais resulta de um processo geológico determinado(condições de temperatura e pressão)
ROCHA
3
substância sólida natural, inorgânica e homogênea possui composição química definida estrutura cristalina característicaMINERAL
4
Propriedades importantes dos
minerais
DUREZA:
resistência do mineral ao risco ou abrasão• medida pela resistência que a superfície do mineral oferece ao risco por outro mineral ou por outra
substância qualquer ⇒ CORTE
• é referida a uma escala padrão de dez minerais = Escala de Mohs
5
ESCALA DE MOHS
6
TENACIDADE
• resistência que os minerais oferecem à flexão, ao esmagamento, ao corte etc.
-
micas são flexíveis e elásticas-
quartzo, feldspatos, calcita são quebradiçosPESO ESPECÍFICO
• importante na determinação do peso da rocha
7
superfície de fratura plana, paralela a uma face do cristal tipo da estrutura cristalina determina a presença ou ausência de plano de clivagem,segundo uma ou mais direções
CLIVAGEM
8
MINERAIS SILICÁTICOS
estruturalmente apresentam o íon Si+4 situado entre 4
íons de O-2 compondo um arranjo tetraédrico (SiO4)-4.
O alumínio e os cátions Fe+3 e Mg+2 substituem
parcialmente o silício neste arranjo
são divididos em subclasses, conforme o tipo de ligação entre as estruturas tetraédricas
restante da estrutura dos silicatos é formada por cátions dos outros elementos comuns (Na+, K+, Ca+2
etc.), moléculas de água ou íons hidroxila (OH)
a despeito do pequeno número de elementos que compõem esses minerais se combinam, nas mais
diversas proporções, tornando muito grande o número de espécies, de composição variada e complexa
9
Minerais Silicáticos Comuns
10
MINERAIS NÃO SILICÁTICOS
• Elementos nativos - Au, Ag • Sulfetos - S • Óxidos - O • Hidróxidos - OH • Carbonatos - CO3 • Halóides - Cl • Sulfatos - SO4 MhB Serviços Geológicos
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Minerais não silicáticos comuns
12
TIPOS DE ROCHAS
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Ígneas
granitos
riólitos
Tufos
pegmatitos
Metamórficas
gnaisses / migmatitos
mármores
quartzitos
ardósias
Sedimentares
calcários
14
ROCHAS ÍGNEAS
Vulcânicas (ou extrusivas)
•
Formadas na superfície terrestre•
Geralmente material vítreo ou de granulação finaEx: Preto Absoluto, Azul Sucuru
Plutônicas (ou intrusivas)
• formadas em profundidade, no interior da crosta terrestre • lentos processos de resfriamento e solidificação do
magma
• material cristalino (fanerítico)
• Ex: Vermelho Capão Bonito, Branco Ceará ou Branco Polar, Cinza Mauá, Cinza Andorinha, Preto São Gabriel, Verde Labrador, Preto Piracaia, Ás de paus, Azul Bahia, Café Imperial, Verde Meruoca
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ROCHAS METAMÓRFICAS
• Derivadas de outras preexistentes
• Em resposta a alterações nas condições físicas e químicas
• Pressão entre 2 e 10 kb e temperaturas de até 800oC
(fusão da rocha)
16
Gnaisses: rochas usualmente quartzo-feldspáticas, moderada a forte isorientação de minerais =
ESTRUTURAÇÃO
Ex: Amarelo Santa Cecília, Arabesco, Itaúnas, Branco Saara
Principais tipos de rochas
metamórficas
Migmatitos: comercialmente conhecidas como “rochas movimentadas”, devido à sua composição e estruturação heterogêneas
ex: Kashimir Bahia, Kinawa
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Granitos brancos / “Gnaisses amarelos”
• rochas graníticas ou gnáissicas • granada, sillimanita e/ou cordierita
• (característica dos granitos brancos do S da BA e do N do ES, além de outros estados como CE)
• grupo de rochas geologicamente designados de granitos tipo S.
• K-feldspato é notavelmente branco (ou amarelo quando intemperizado) e a biotita é marrom escuro
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granitos / pegmatitos (r. ígneas)
gnaisses / migmatitos (r. metamórficas)
•
Rochas com composição semelhante: quartzo,feldspatos (feldspato potássico e plagioclásio) e biotita e/ou hornblenda. Minerais acessórios: titanita, zircão, apatita, magnetita, pirita, hematita, granada, minerais de urânio
•
Porém com características distintas, devido à seu modo de formação19
Características distintivas
granitos • homogeneidade textural e estrutural – maior uniformidade das propriedades físicas e mecânicas – maior variedade de usos – maior facilidade de controle de qualidade e recepção de material Gnaisses / Migmatitos • disposição preferencial dos minerais • respondem pela heterogeneidade textural e estrutural e pela abundância de padrões estéticos – propriedades diferem de acordo com os planos de orientação da rocha PEGMATITOS granulação extremamente grossa grande heterogeneidade textural • propriedades heterogeneamente distribuídas • resistências mecânicas heterogêneas e relativamente menores MhB Serviços Geológicos20
Outras rochas metamórficas
Mármores: rochas com mais de 50% de minerais
carbonáticos (calcita e/ou dolomita)
Ex: Carrara, Pighes, Paraná, Espírito Santo
Quartzitos: rochas muito duras, formados quase que
exclusivamente de quartzo
• cor branca, variações para vermelho (presença de hidróxidos de ferro) ou tons de amarelo
• quartzitos foliados naturalmente exibem superfície rugosa e não são submetidos a processos de processamento
oneroso (ex. pedra mineira, pedra Luminárias, pedra São Tomé, pedra Goiás)
– acabamento naturalmente rústico das placas, aliado ao baixo desgaste abrasivo, torna-os adequados para pisos e pavimentos de exteriores, de alto tráfego e áreas molhadas (bordas de
piscinas, por exemplo) – sericita confere o brilho
21
Ardósias: compostas essencialmente de sericita e quartzo
• granulação muito fina e orientação planar muito intensa ( clivagem ardosiana)
• fissilidade: propriedade da rocha se romper facilmente em finas “fatias”
Europa: usadas principalmente como telhas, por resistir à flexão suficiente para suportar o peso da neve e por
proporcionar isolamento térmico
Brasil: usadas principalmente no revestimento de pisos e pavimentos, aliando seu padrão natural e baixo custo de extração e produção
Metaconglomerados: rochas constituídas de fragmentos
arredondados, de dimensões centimétricas a decimétricas, dispostos em matriz de granulação fina, de composição variada
•
cores disponíveis no mercado : verde, vermelha, preta principalmente22
ROCHAS SEDIMENTARES
Formada pela consolidação de partículas minerais resultantes da:
• desagregação e transporte de rochas preexistentes
(sedimentos) = arenitos (rochas com > 50% de grãos de quartzo + fedspatos; com tamanho entre 2 e 0,06 mm). São mais porosos e menos resistentes que as outras rochas e necessitam de cuidadoso dimensionamento, especialmente da espessura
ou
precipitação química ou de ação biogênica = calcários: rochas carbonáticas com mais de 50% do mineral calcita (em geral, 80% a 100%). Ex: botticino, crema marfil
Travertinos: calcário com estrutura vacuolar, marcadamente
laminada Ex: travertino romano, bege Bahia ou travertino nacional
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Características distintivas entre
mármores e calcários
Mármores: cor mais comum: branca ou: rosada,
cinzenta, esverdeada, marrom (presença de outros minerais). Mais resistente que os calcários.
Calcários: com tonalidades pastéis, principalmente bege
• menor resistência ao desgaste abrasivo, relativamente aos outros grupos
• nem todos os tipos e acabamentos são adequados para usos em exteriores.
24
Rochas exóticas
• Padronagem rara
• usualmente utilizadas em revestimentos de interiores • estruturação muito heterogênea
• baixas resistências mecânicas
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OUTRAS “ROCHAS”
• Rochas aglomeradas: Produtos usualmente feitos com agregados rochosos cimentados tanto por resina e
carga mineral como cimento e água (componentes da pasta) ou uma mistura de polímero/cimento e adições (como fibras, cargas eletricamente condutoras/isolantes etc.)
• Rochas artificiais: geralmente material rochoso fundido: marmoglass, nanoglass etc.
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DEFINIÇÕES E
NOMENCLATURA
27
Conceitos
28
• Rochas ornamentais: todos os materiais rochosos
aproveitados pela sua aparência estética para utilização em trabalhos artísticos, como estatuária, como elemento
decorativo (tampos, balcões e outros) e como materiais para construção.
• Rochas para revestimento: aplicação específica no revestimento de edificações, seja em pisos, paredes ou
fachadas (e a principal aplicação das rochas ornamentais na construção civil), dos produtos do desmonte de materiais rochosos em blocos, de seu subsequente desdobramento em chapas, processamento e corte em placas e ladrilhos
• Rochas decorativas: rochas usualmente utilizadas em
revestimentos de interiores, geralmente exibindo estruturação muito heterogênea, baixas resistências mecânicas e produção limitada. Abrange parte das rochas comercialmente designadas de “exóticas”.
FRASCÁ (2007, 2010)
29
Clássica
•
cor predominante + localização geográfica damina: Branco Ceará, Vermelho Capão Bonito, Azul Macaúbas, ....
Fantasia
•
conforme “inspiração” dos vários segmentos dosetor: Kinawa, Cinza Andorinha, Lapidus, Iron Red....
Nomenclatura
30
Grupos Comerciais de
Rochas Ornamentais
• Granitos (inclui gnaisses e migmatitos)
• Mármores (inclui os calcários e travertinos)
• Quartzitos (inclui arenitos)
• Ardósias
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PROPRIEDADES
32
•
Rochas elementos nos quais são construídas obras deengenharia, como túneis e barragens, as fundações dos vários tipos de edificações, ou,
materiais usados na sua construção: agregados e rochas ornamentais e para revestimento•
Cada rocha tem suas características intrínsecas, exclusivas e inerentes à natureza geológica do corpo rochoso que condicionam suas propriedades, designadas de engenharia, por orientarem seu uso na construção civil33
PROPRIEDADES
IMPORTANTES
34
Estruturas
•
Estruturas: compreende a orientação e as posiçõesde massas rochosas em uma determinada área, bem como as feições resultantes dos diversos processos geológicos
•
rochas ígneas: usualmente, são maciças →características físicas e mecânicas homogêneas (isotropia)
•
rochas metamórficas e sedimentares: podem exibir estruturas e isorientação mineral → anisotropia(variação espacial das propriedades mecânicas, conforme o plano de orientação dos minerais).
35
Granulação / textura
• Composição mineralógica/granulação: refletem a composição
química e as condições de formação e de alteração de cada mineral constituinte da rocha. Tem influência decisiva nas propriedades e na durabilidade
• Granulação: tamanho dos grãos
– diferencia, macroscopicamente, rochas ígneas vulcânicas (mais finas: afaníticas) e plutônicas (mais grossas: faneríticas)
– maior resistência mecânica das vulcânicas é devido ao maior imbricamento e coesão dos minerais
• Textura: arranjo espacial microscópico dos minerais
– muitas vezes exclusivos para alguns tipos de rochas
– intimamente relacionada à mineralogia e às condições físicas vigentes durante a formação
– porosidade/permeabilidade e as resistências mecânicas, em parte, dependem da textura, que também reflete o grau de coesão da rocha
36
Porosidade
Poros
• refletem o espaçamento entre grãos (rochas
sedimentares), estado microfissural (rochas ígneas e metamórficas) e grau de alteração intempérica
Microfissuras
• produtos das tensões sobre as rochas, pois são materiais rígidos e não tendem a se deformam pela redistribuição dos esforços (elasticidade)
• são as vias de acesso da água ao interior da rocha, que por sua vez, juntamente com os íons e impurezas que carreia, propicia condições para a degradação da rocha
37
Cores
Minerais: relacionada com a composição química e defeitos
estruturais contidos no mineral
• pode ser característica de um determinado mineral (ex. pirita) • no geral, é variável para um mesmo mineral (ex. quartzo,
feldspato)
Rochas: resulta da mistura dos diferentes minerais
– feldspatos (ortoclásio e plagioclásio) – quartzo
– micas (muscovita e biotita)
– silicatos ferromagnesianos hornblenda, augita) • Ou de produtos de alteração
– hidróxidos de ferro
38
CARACTERIZAÇÃO
TECNOLÓGICA
39
Caracterização Tecnológica
•
Realizada de acordo com ensaios e análises normalizados•
Em laboratórios especializados,•
Compreende a obtenção de parâmetros petrográficos,físicos e mecânicos que permitam a caracterização
tecnológica da rocha para uso na construção civil ou no revestimento de edificações
•
Procuram representar as diversas solicitações às quais a rocha é submetida, desde a extração, esquadrejamento, serragem dos blocos em chapas, polimento das placas, recorte em ladrilhos, etc., até seu emprego final, incluindo-se as variadas formas de aplicação de cargas que poderá vir a suportar no uso especificado•
aproveitamento econômico e elaboração de projetos –PROPRIEDADES DE ENGENHARIA
40
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas ASTM – American Society for Testing and Materials CEN – European Committee for Standardization
(TC 246 – Natural Stone; TC 178 – Paving Units and Kerbs; TC 128 – Roof covering for
discontinuous laying and products for wall cladding)
BSI – British Standard Institution DIN – Deutche Institut für Normung
outras: AENOR (Espanha), AFNOR (França), UNI (Itália)
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas ASTM – American Society for Testing and Materials CEN – European Committee for Standardization
(TC 246 – Natural Stone; TC 178 – Paving Units and Kerbs; TC 128 – Roof covering for
discontinuous laying and products for wall cladding)
BSI – British Standard Institution DIN – Deutche Institut für Normung
outras: AENOR (Espanha), AFNOR (França), UNI (Itália)
Entidades Normalizadoras
41 n o r m a s d e e n s a i o s MhB Serviços Geológicos
42
ENSAIOS
TECNOLÓGICOS
43
• Ferramenta que permite visualizar a rocha e estabelecer a classificação petrográfica
• Compreende a descrição macroscópica (estruturação, cor) e microscópica de seção delgada ( com 0,03 mm de espessura) em microscópio óptico de luz
polarizada, contendo: composição mineralógica, granulação, estado de alteração, microfissuramento. • Fornecendo assim a classificação petrográfica e
parâmetros para entendimento das propriedades físicas e mecânicas, bem como subsídios para
estimativa da alterabilidade de rocha
Análise Petrográfica (ABNT /CEN)
44
COLORAÇÃO SELETIVA DE FELDSPATOS
TÉCNICAS AUXILIARES
45
Densidade, Absorção e Porosidade
• Densidade: importante parâmetro para o cálculo de cargas em construções, o dimensionamento de
embalagens, os custos e meios de transporte, entre outras aplicações.
• Absorção de água: considerada, em rochas para revestimento, como o valor numérico que reflete a capacidade de incorporação de água
• Porosidade: relativamente baixa nas rochas ígneas e metamórficas, quando comparada à de rochas
sedimentares. Os “poros”, naquelas, não são
representados por “vazios”, como nas sedimentares, mas sim pelas microfissuras, alterações em minerais, contatos entre grãos, etc.
46
Cálculos
•
a partir dos pesos de corpos-de-prova nas condições seca, saturada com água e submersa em água47
Dureza
•
Desgaste abrasivo por atrito, simulando o tráfego de pessoas ou veículos: adota-se o tribômetro Amsler, que consiste na medição da redução de espessura (mm) que placas de rocha apresentam após um percurso abrasivo de 1.000 m, com o uso de areia essencialmente quartzosa como abrasivo•
Microdureza Knoop (HK ou HKN): objetiva a dureza das rochas. É realizada ao microscópio e consiste em pressionar a superfície polida da rocha com uma força conhecida, com uma ponta de diamante48
•
indica a redução de espessura (mm) em placas de rocha, após o percurso abrasivo de 500 m e 1.000 m, namáquina Amsler
Desgaste Abrasivo Amsler
•
permite uma estimativa da durabilidade relativa do polimento conforme o tráfego de pedestre•
permite a escolha adequada de materiais na paginação de pisos MhB Serviços Geológicos49
Dilatação Térmica
•
Para a determinação do coeficiente de dilatação térmica linear (10-3 mm/m.oC) a rocha é submetida a variaçõesde temperatura em um intervalo entre 0oC e 50oC
•
Finalidade: dimensionamento do espaçamento dasjuntas em revestimentos, destacadamente, de exteriores (pisos, paredes e fachadas)
50
Compressão
• Resistência à compressão (MPa): tensão que provoca a ruptura da rocha, quando submetida a esforços compressivos
• É determinada nas condições seca e saturada, concordante e paralelamente à estruturação da rocha (no caso de gnaisses, migmatitos etc.) σc = resistência à compressão (MPa) P = carga total de ruptura (N) A = área de aplicação da carga (mm2) •Fonte: C170/90(1999) Determinação da resistência à compressão, perpendicular (esquerda) e paralelamente (direita)
51
Compressão
• Importante indicativo da integridade física da rocha • A presença de descontinuidades (fissuras, fraturas),
alteração ou outros aspectos que interfiram na coesão dos minerais → em valores menores do que aqueles
característicos para o tipo rochoso em questão
• Finalidade: fornecer parâmetros para o dimensionamento do material rochoso utilizado como elemento estrutural, ou seja, com a finalidade de suportar cargas
52
Flexão
• Flexão (módulo de ruptura): solicitações de flexão em rochas empregadas em edificações - telhas (ardósias), pisos elevados, degraus de escadas, tampos de pias e balcões. Nesses casos, também são produzidos
esforços de tração em certas partes da rocha
• Flexão (ou flexão por carregamento em quatro
pontos): esforços flexores em placas de rocha,
simulando o esforço do vento em placas de rocha fixadas em fachadas com ancoragens metálicas
53
Módulo de ruptura
σtf = resistência à tração na flexão (MPa) P = carga total de ruptura (N)
L = vão (cm) b = largura (cm) d = espessura (cm)
Fonte: C 99/87(2000)
Ilustração esquemática da determinação da resistência à tração na flexão
54
Flexão
σf = resistência à flexão (MPa) P = W = carga máxima (N)
L = distância entre os cutelos inferiores (mm) (L = 10d)
b = largura do corpo-de-prova (mm) (10 cm) d = espessura do corpo-de- prova (mm)
Fonte: ASTM, 2005 - C 880/98
Ilustração esquemática da determinação da resistência à flexão
55
•
resistência ao impacto, determinada pela altura da queda (m) de uma esfera de aço (1 kg) em que ocorre a quebra de um corpo-de-prova, sobre um colchão de areia, com 20 cm x 20 cm x 3 cm.•
indicativo da tenacidade da rochaImpacto de Corpo Duro
56
Velocidade de Propagação de
Ondas Ultrasônicas longitudinais
• avaliação relativa do grau de alteração e coesão da rocha
• é um dos poucos ensaios não destrutivos disponíveis para verificação de propriedades rochosas
• permite distinguir exemplares mais ou menos alterados num conjunto de corpos-de-prova de uma mesma
amostra, ou entre amostras petrograficamente semelhantes
• muito empregado na avaliação da degradação de
rochas nos estudos sobre o estado de conservação de monumentos históricos
57
ESPECIFICAÇÕES E
REQUISITOS
58
• Especificações (comuns em normas americanas –
ASTM): constituem-se na proposição de valores limites, máximos e mínimos, para as propriedades determinadas nos diferentes materiais rochosos, com o objetivo de auxiliar na avaliação da qualidade tecnológica das rochas, independentemente, em princípio, do tipo de utilização futura dos produtos beneficiados.
• Requisitos (comuns nas normas europeias – CEN): são basicamente parâmetros estatísticos de tolerância para valores dimensionais e propriedades físicas e
mecânicas, visando o controle de qualidade de materiais fornecidos em dimensões específicas, nas obras,para incrementar a beleza e a uniformidade do trabalho final.
59
Especificações - granito
60
Especificações:
Mármores e
quartzitos
61
Especificações - ardósias
62
Normativa europeia: Amostra-referência
- várias peças com tamanho suficiente para indicar
a aparência do trabalho final
→ dimensões entre 0,01 m2 e 0,25 m2
→ deve mostrar a variação de aparência: cor,
estrutura, padrão de distribuição de veios, lentes etc. e o acabamento superficial
63
- todas as características exibidas na(s)
amostra(s)-referência devem ser consideradas típicas da rocha e não como defeitos. Portanto, não se constituirão critérios para rejeição, a não ser que se tornem excessivos e descaracterizem o material fornecido
- comparação entre a amostra de produto e a
amostra-referência deve ser feita colocando-as lado a lado e observando-as a cerca de dois metros, em condições normais, sob a luz do sol
Amostra-referência
64
Normas
requisitos - CEN
65
A ESCOLHA DA ROCHA
66
• definição do uso →
- solicitações do ambiente (exteriores ou interiores) - características do projeto
• aspecto estético → disponibilidade de material para cumprimento dos compromissos e situação de uso • ensaios tecnológicos → decisão técnica
• ensaios de alteração →
- desempenho em ambientes agressivos
- orientação nos trabalhos rotineiros de manutenção
Parâmetros
67
• Principal aplicação: em revestimento, como placas ou ladrilhos, em pisos e escadas de interiores e exteriores (também denominados
revestimentos horizontais), fachadas e paredes de interiores e exteriores (ou revestimentos verticais).
• Também são consumidas na forma de peças acabadas e
semi-acabadas, como tampos de mesas e de bancadas de cozinhas ou de lavatórios e arte funerária
• Pavimentação: empregadas em calçadas, ruas, sarjetas etc., geralmente em estado natural, sem processamento, na forma de paralelepípedos e lajotas
• Alvenaria:
elementos estruturais em edificações, compondo principalmente paredes. Além das funções estéticas, desempenham importante função de sustentação (ou loading-bearing), suportando cargas compressivas
empregada na forma natural na construção de muros, comum em várias regiões do Brasil, executados por artífices que empregam técnicas artesanais, cujos métodos praticamente não foram objetos de registro
Usos
68
absorção influência em manchamentos e na deterioração
dilatação térmica estabilidade física do revestimento
resistência mecânica revestimento fachadas pisos suspensos
desgaste abrasivo pisos
Parâmetros relevantes
69
Nota: = obrigatória; = muito importante; = importante; - = desnecessária.
((a) especialmente pias de cozinha. ((b) tráfego de pedestres e de veículos
Propriedades x Usos
70
Roteiro para seleção da rocha
Fonte: Frascá 2010
71
Solicitações de Uso
Fonte: Frascá (2010), modificado
72
Físicas
oscilações de temperatura e de umidade ventosQuímicas
atmosferas poluídas procedimentos rotineiros de limpezaFísicas e mecânicas
solicitações de atrito (tráfego de pessoas) peso das rochas sobrejacentessolicitações
73
• Acabamento = duas funções básicas: • Estética
• funcionalidade
• O aspecto aqui enfatizado é a funcionalidade, ou seja, a relação tipo de acabamento versus uso.
• Genericamente = dois grupos: polido e rústico.
Acabamento Superficial x
ambiente/solicitações
74
Acabamento Polido
•
acabamento plano, liso, lustroso e altamente refletivo, produzido por abrasão mecânica e polimento•
muito usado no revestimento de pisos em interiores e de paredes ou fachadas.75
• a superfície é áspera e irregular,
• obrigatório no revestimento de pisos em exteriores, visto a necessidade de prevenir acidentes, como escorregões e quedas de pessoas, quando molhados.
• também desejável, quando se trata de grandes áreas comerciais, a depender da intensidade de tráfego,
condições de declividade do local, intermitente presença de umidade (por ocasião de chuvas). Nestes casos é sugerido não se utilizar acabamentos polidos, exceto em detalhes decorativos, como em rodapés e suas
proximidades.
Acabamento Rústico
76
•
algumas rochas, como quartzitos, arenitos, ardósias e pedra miracema, os acabamentos é naturalmenterústico.
•
Devido a suas peculiaridades geológicas, a extração é feita pela separação de placas ao longo de estratosnaturais, facilmente destacáveis.
•
Faz-se ressalva à ardósia que em áreas externas pode se tornar escorregadia quando molhada.Acabamento Rústico Natural
77
•
Para os outros tipos de rochas, especialmente granitos, há hoje uma grande variedade de acabamentos rústicos, obtidos no processamento da rocha, após a serragem em chapasEx: levigado, apicoado, flameado (ou térmico)
•
Notar que as características visuais, como cores e tons, se tornam menos proeminentes do que no polido, ou seja, em geral tornam-se um pouco mais claras.Acabamento Rústico Industrial
78
Assentamento - recomendações
• remover (lavar) “lama” de serraria que tenha permanecido na face não polida (tardoz), especialmente em rochas brancas • procurar manter o ambiente de obra limpo, durante e após o
assentamento da rocha, tomando-se cuidado, entre outros, com o pó de raspagem de assoalhos em madeira
•
em edificações térreas, impermeabilizar o contrapiso, para evitar manchas de umidade/deterioração dos ladrilho•
utilizar argamassas compostas por cimento branco e areia lavada, “secas”, ou argamassas colantes•
evitar composições com materiais rochosos com resistência ao desgaste muito distintas (ex. mármores e granitos), em pisos de alto tráfego de pedestres (ex. shopping centers)79
•
deve se aguardar a cura da argamassa de fixação ou assentamento de rochas.NÃO é recomendável a aplicação de tratamentos de
superfície em rocha disposta sobre argamassa por pelo menos quatro semanas após a instalação
•
evitar o uso de rejuntes impermeabilizantes, caso não tenha sido aguardada a completa cura das argamassas do contrapiso e de assentamentoAssentamento - recomendações
SECAGEM DA ARGAMASSA
80
Fachadas
• ABNT NBR 15846:2010: Rochas para
revestimento - Projeto, execução e inspeção de
revestimento de fachadas de edificações com
placas fixadas por insertos metálicos, com dois
anexos:
Anexo A: Projeto de revestimento de fachadas de
edificações com placas de rocha fixadas por insertos metálicos
Anexo B: Execução e inspeção de revestimento de
fachadas de edificações com placas de rocha fixadas por insertos metálicos
81
ALTERAÇÃO E
ALTERABILIDADE
(DURABILIDADE)
82
• desintegração mecânica e decomposição química das rochas e minerais
• agentes: água, vento, variações na temperatura, oxigênio e gás carbônico do ar (e também os poluentes) e organismos vivos
• somatória dos processos de natureza física, química ou biológica que atuam na superfície terrestre
• intensidade clima, relevo e composição das rochas
• é um fenômeno natural, que ocorre nas rochas ao
serem expostas na superfície terrestre, em resposta às novas condições
Intemperismo
83
•
agente auxiliar nos processo de intemperismo físico e químico: atividade biológica•
químico: provoca a decomposição química dos minerais e a formação de novos produtos, mais estáveis nas condições atmosféricas•
principal agente: água- em geral levemente acidificada (pH<7), presença de CO2 e ácidos húmicos
- mais efetiva em climas naturalmente mais quentes
•
físico: processos acumulativos que culminam na quebra mecânica (fraturamento) das rochas e sua desintegraçãoTipos de Intemperismo
84
Clima e agentes degradadores
• Umidade – Chuva – Névoa • Temperatura
– insolação e resfriamento • Vento e energia cinética
– ação abrasiva sobre as paredes
• Sais hidrossolúveis (ambientes marinhos, climas úmidos) • Poluentes atmosféricos (gasosos e aerossóis)
85
i = fatores intrínsecos: tipo e natureza da rocha,
mineralogia, alterações preexistentes , fissuramento, porosidade e configuração do sistema poroso, etc.
Também considerar os “defeitos” – como microfissuras – gerados na extração, corte etc.
e = fatores extrínsecos: características ambientais
(temperatura, pH, Eh, umidade, forças bióticas) e correta manutenção.
Leva-se a intensidade e o caráter cíclico das variações externas
t = tempo
(Aires-Barros 1991)
Alterabilidade - Aptidão da rocha em
se alterar
86
Durabilidade de Rochas (ASTM)
• Capacidade da rocha em manter a aparência e as
características essenciais e distintivas, de estabilidade e resistência à degradação, ao longo do tempo. Esse
tempo dependerá do meio ambiente, do uso e da finalidade da rocha em questão (por exemplo, em exteriores ou interiores).
• Está fundamentalmente relacionada à conservação.
87
DETERIORAÇÕES
88 • Deterioração, numa definição simples, é o conjunto de mudanças nas
propriedades dos materiais de construção no decorrer do tempo,
quando em contato com o ambiente natural. Implica a degradação e o declínio na resistência e aparência estética, nesse período (Viles, 1997).
• Relativamente às rochas
–
alteração é considerada qualquer modificação do material, masnão implica necessariamente o empobrecimento de suas características
–
degradação ou deterioração, por sua vez, é uma modificação domaterial rochoso que supõe sempre uma degeneração, sob a óptica da conservação
Deteriorações x Patologias (Frascá 2007, 2010)
Patologias, em rochas para revestimento, são as degradações que
ocorrem durante ou após uma obra, como resultado de procedimentos inadequados de colocação, de limpeza e de manutenção, muitas vezes em decorrência da adoção de critérios incorretos na escolha e
dimensionamento da rocha.
Envelhecimento são as que modificações (acomodações naturais) que
ocorrem ao longo do tempo, mesmo sob condições adequadas de uso e manutenção
89
TIPOS DE DEGRADAÇÕES
• Glossário do ICOMOS – importante fonte de consulta http://www.international.icomos.org/publications/monume nts_and_sites/15/index.htm http://www.international.icomos.org/publications/monume nts_and_sites/15/pdf/Monuments_and_Sites_15_ISCS_ Glossary_Stone.pdf http://www.international.icomos.org/publications/monume nts_and_sites/15/pdf/Icomos_Glossar_deutsch-englisch[1].pdf MhB Serviços Geológicos
90
Pátina biológica
estrato sutil e homogêneo, aderido à superfície, de evidente natureza biológica, com cor variável, em geral verde
Fraturamento ou fissuração
degradação que se manifesta com a formação de aberturas no material, independente do deslocamento
recíproco das partes
Pátina
alteração estritamente limitada às modificações naturais da superfície dos materiais, perceptíveis como uma variação da
cor original
91
Mancha
alteração que se manifesta com pigmentação acidental e localizada da superfície. Relacionada à presença de material
estranho ao substrato
Manchamento (eu - Frascá)
Em rochas
ornamentais
, o manchamento também está relacionado a modificações físico-químicas dosminerais formadores, que resultam na alteração cromática da superfície visível
92
Desagregação granular
perda de coesão, caracterizada pela separação de grânulos ou cristais sob os menores esforços mecânicos
Eflorescência
material, geralmente esbranquiçada, de aspecto cristalino, pulverulento ou filamentoso formado sobre a superfície do
material
Esfoliação
degradação que se manifesta com a separação, quase sempre seguido do destacamento, de um ou mais estratos
superficiais, paralelos entre si (lâminas)
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Subeflorescência: refere-se à cristalização de sais
(principalmente sulfatos) carreados com a água da
argamassa, em microfissuras subparalelas à face polida da placa de revestimento. É um fenômeno verificado
predominantemente em rochas, destacadamente quando assentadas com argamassa, em pisos térreos de
edificações – residenciais ou comerciais
EFEITOS
Inchamento: levantamento superficial e localizado do material,
que pode assumir forma e consistência variáveis
Escamação: degradação que se manifesta pela separação total
ou parcial de zonas (escamas) do material original. As escamas têm formas e espessuras irregulares e desenvolvimento tridimensional.
Geralmente se constituem de material aparentemente intacto, mas embaixo delas podem ser observadas eflorescências
94
Cristalização de sais – subeflorescências
cristalização de sais é um dos agentes intempéricosmais poderosos, pois é por meio dela que ocorre a
degradação de rochas em ambientes marítimos, climas úmidos e ambientes poluídos
o mecanismo de degradação é a pressão decristalização dos sais e depende do grau de saturação e do tamanho do poro
exemplo, em uma edificação, nas proximidades do solo, uma solução salina pode ascender através da rocha por capilaridade até a altura potencial de ascensãocapilar, denominada zona capilar, na qual ocorre a evaporação e consequente cristalização dos sais.
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MECANISMOS DE
ALTERAÇÃO E
ENSAIOS DE
ENVELHECIMENTO
MhB Serviços Geológicos96
Estudos diagnósticos
• Propiciam o conhecimento dos processos e mecanismos de degradação
• Subsidiam os projetos e procedimentos de restauração e conservação
Procedimentos de Campo
Inspeção visual e táctil das rochas Registro fotográficoRegistro das feições observadas em planilhas e croquis.
Procedimentos Analíticos
PetrografiaDifratometria de raios X
Microscopia eletrônica de varredura (MEV)
97
Principais mecanismos de
alteração
• oxidação → relacionada ao comportamento do ferro (potencial de oxidação em ambientes exógenos) - pH ácido ou sob influência da temperatura e umidade • lixiviação → casos mais específicos:
granitos pretos ou verdes
- provável lixiviação do ferro em ambientes ácidos = oxidantes
• cristalização de sais → inchamento, escamação e até esfoliação
98
Ensaios de alteração acelerada
• visam a verificação da durabilidade da rocha em relação aos agentes intempéricos
• permitem
uma previsão de desempenho na situação em foco e são especialmente úteis na escolha demateriais rochosos para uso em exteriores
• não permitem
a extrapolação entre o tempo de aparecimento de efeitos em corpos-de-prova com aquele em que esses poderiam ocorrer em situações reais99
Ensaios de Alteração Acelerada
100
ALTERAÇÃO
modificação do
material rochoso
que não implica
necessariamente em
empobrecimento de
suas características
DEGRADAÇÃO
modificação do
material rochoso,
que supõe sempre
uma degeneração
sob a óptica da
conservação
CONSERVAÇÃO
ação realizada para prevenir a degradação
101
- Uma vez instalada a deterioração, não se dispõe, ainda, de técnicas eficientes para a restauração e/ou recuperação do material rochoso.
- Busca-se, então, a prevenção das deteriorações por meio do desenvolvimento de ensaios de alteração acelerada ou pelo melhor conhecimento de suas características, através dos estudos diagnósticos
Prevenção: Por que???
102
• Conservação se refere a qualquer ação para prevenir a degradação de materiais (Feilden, 1994)
• A regra principal da conservação é a da mínima intervenção, e a prevenção é a ação mais indicada, devendo ser efetivada por meio de procedimentos adequados de manutenção e limpeza
• A preservação enfoca a manutenção do estado já existente, de modo a evitar a continuidade de deterioração porventura instalada.
Conservação, Manutenção
103
• característica comum a todos os exemplos de degradação e patologias mencionados é a irreversibilidade
• ressalta, mais uma vez, a importância da prevenção: – parte dela já contemplada na correta e criteriosa
escolha da rocha e na elaboração de projetos arquitetônicos, subsidiados pelas propriedades
tecnológicas da rocha especificada e pelos ensaios de alteração adequados ao uso em foco
– como em muitos casos, a negligência ou a
irregularidade na manutenção é a principal causa das deteriorações, é mister o projeto também estabelecer um plano de conservação, contendo os custos
envolvidos, além dos programas de limpeza e manutenção.
Conservação
104
•
controles periódicos dos elementos arquitetônicos e dos tratamentos neles empregados•
para evitar futuras intervenções; complicadas, custosas e traumáticasManutenção
105
•
operação delicada, se realizada incorretamente poderá danificar o material de maneira irrecuperável•
fundamental para valorizar as qualidadesarquitetônicas das edificações e para uma adequada conservação dos materiais que as compõem
•
não deve modificar a superfície com abrasão ou microfissuras•
devem ser empregados produtos com fórmulas perfeitamente conhecidas e já experimentadas em materiais rochososLimpeza
106
Limpeza profissional
Recomendada para áreas comerciais, fachadas ou situações emergenciais em residências
Deve envolver técnicas, equipamentos, produtos e pessoal especializados que utilizarão métodos diversificados, conforme o material rochoso, alterações presentes, grau de sujidade e outros.
Variedades:
• físico-mecânicos: não modificam a natureza química dos materiais a eliminar, porém, fazem uso de instrumentos abrasivos, jatos de “areia”
• mecânicos e químicos: unem a ação mecânica com a química. Tipos: pulverização com água, aparelhos de ultrassom, vapor d’água, jatos d’água
• químicos: alteram as moléculas das sujeiras, combinando ou solubilizando seus componentes. Tipos: nebulização de água, substâncias absorventes
107
Limpeza doméstica
• rochas polidas → envolve somente o uso de água limpa e detergente neutro, aplicados por meio de pano e
esfregão, ou em lavagens, quando a sujidade o requerer
• acabamentos levigados ou texturizados (flameado,
apicoado, rústico ou jateado) → periódica lavagem com escovação, usando água limpa e produtos de limpeza neutros (pH 7), levemente abrasivos.
108
Ensaios auxiliares
manutenção e limpeza
109
Resistência ao Manchamento
(ABNT NBR 13.819/87, Anexo G, modificado)
Verificação da ação deletéria de agentes manchantes
selecionados, de uso cotidiano doméstico e/ou comercial, quando acidentalmente em contato com a rocha.
Objetiva à orientação do uso da rocha como tampos de pias de cozinha ou de mesas residenciais ou de
escritórios.
Agentes de uso culinário: café, refrigerante, maionese, mostarda, vinho e outros.
Agentes de uso não culinário: massa para vidro, oleo lubrificante, oxido de ferro, tintas de caneta etc.
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Resistência ao Ataque Químico
(ABNT NBR 13.819/87, Anexo H, modificado)
Consiste na exposição, por tempos predeterminados, da superfície polida da rocha a alguns reagentes comumente utilizados em produtos de limpeza, para verificar-se a
susceptibilidade da rocha ao seu uso.
111
TRATAMENTO DE
ROCHAS
112
1 - proteção de superfície preservação
aplicação de filme superficial em rocha inalterada, que agirá como barreira para os poluentes atmosféricos e água da chuvaTratamento da rocha
2 - consolidação restauração
impregnação da superfície da rocha alterada e
também de parte substancial da camada sã abaixo desta por substâncias adesivas
preencher fissuras e outras descontinuidades menores aumentar a resistência mecânica prevenir a penetração de água e poluentes113
Ensaio de intemperismo artificial
– câmara CU-V
•
simula a alteração da cor frente à radiação ultravioleta e oxidação por ciclos de umedecimento e secagem•
ciclos de 4 horas de radiação ultravioleta (UV) (60oC) ede 4 horas de condensação (50oC)
•
especialmente aplicável para verificação de fotodegradação de resinas•
avaliação visual dos efeitos ao final da exposição pelo ensaio da gota ou medida de cor114
Bibliografia
AIRES-BARROS, L. Alteração e alterabilidade de rochas. Instituto Nacional de Investigação Científica, Lisboa: Universidade Técnica de Lisboa, 1991. 384p. FRASCÁ, M.H.B.O. Caracterização tecnológica de rochas ornamentais e de revestimento: estudo por meio de ensaios e análises e das patologias
associadas ao uso. III SRONE, Recife-PE/Brasil, 2002a.
FRASCÁ, M.H.B.O. Estudos experimentais de alteração acelerada em rochas graníticas para revestimento. São Paulo: USP, 2003. 281p. Tese (Doutorado em Ciências), Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
FRASCÁ, M.H.B.O. Rocha como material de construção. In: Materiais de construção e princípios de ciência e engenharia de Materiais. 2ª ed. São Paulo : IBRACON, 2010, v.1, p. 437-479. 2010
FRASCÁ, M.H.B.O.; SARTORI, P.L.P. Minerais e rochas. In: OLIVEIRA,
A.M.S.; BRITO. S.N.A. (Ed.) Geologia de engenharia. São Paulo: ABGE, 1998. p. 15-38.
FRASCÁ, M. H. B. O., MELLO, I. S. C., QUITETE, E. B. Rochas Ornamentais e de revestimento do Estado de São Paulo. São Paulo : IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas, CD_ROM, 2000.
115
Bibliografia
KLEIN, C.; HURLBURT JR., C.S. Manual of mineralogy (after James D. Dana). 21st ed. New York: John Wiley & Sons, 1999. 681 p.
LÓPEZ JIMENO, C. (Ed.). Manual de rocas ornamentales: prospección, explotación, elaboración y colocación. Madrid: Entorno, 1996. 696 p.
MELLO, I.S.C., CHIODI FILHO, C.; CHIODI, D.K. Atlas de rochas ornamentais da Amazônia brasileira. São Paulo: CPRM, 2011, 300 p.
MESONES, F.L.G, VILLÁN, J.E., AGGUIRRE, G.N. Manual para el uso de la piedra em la arquitectura. Bilbao: IT & B, S.L., 2001. 400 p.
MONTANI, C. Stone 2010: world marketing handbook. Faenza: Gruppo Editoriale Faenza, 2010. 265 p.
TEIXEIRA, W. et al. (Org.). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000. 557 p.
WINKLER, E.M. Stone in architecture: properties, durability. 3rd ed. Berlin: Springer-Verlag, 1997. 313 p.