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EDUCAÇÃO ESPECIAL NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA): RELATO DEE EXPERIÊNCIA

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Academic year: 2021

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ISSN 2176-1396

E ADULTOS (EJA): RELATO DEE EXPERIÊNCIA

Julia Jost Beras1 - UFSM César Augusto Robaina Filho2 – UFSM Grupo de Trabalho – Diversidade e Inclusão Agência Financiadora CAPES

Resumo

Este trabalho tem como objetivo relata as experiências de uma ação ligada ao subprojeto Educação Especial do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) da Universidade Federal de Santa Maria. Pretende-se aqui relatar uma das experiências realizadas com o acompanhamento dos bolsistas de iniciação à docência (BIDS), junto a dois alunos com deficiência intelectual incluídos na Educação de Jovens e Adultos em uma escola da rede Estadual de Ensino. Conforme os estudos realizados a Deficiência intelectual se configura pela incapacidade do sujeito, caracterizada por limitações significativas tanto no funcionamento intelectual (raciocínio, aprendizado, resolução de problemas) quanto ao comportamento adaptativo, que cobre uma gama de habilidades sociais e práticas do dia a dia. Dessa forma, as experiências desenvolvidas com os alunos tiveram a necessidade de realizar atividades na sala de recursos multifuncionais da escola e também atividades fora do ambiente escolar, onde essas práticas tinham como objetivo contemplar conteúdos que estavam relacionadas com as atividades de vida diárias (AVDs) que ambos os alunos realizam dentro e fora do ambiente escolar, pois entende-se que as atividades sabre a vida diária beneficiam os alunos que ali frequentam, são importantes para o desenvolvimento dos alunos, refletindo na sala regular e no convívio social. As AVDs são fundamentais para que o aluno consiga fazer suas próprias descobertas através da manipulação e exploração do ambiente físico social. Para isso podem, e devem ser exploradas situações referentes à alimentação, higiene pessoal, saúde, segurança, às atividades domésticas e vestuário também no ambiente escolar. Após a realização dos atendimentos com os alunos, os bolsistas do PIBID que realizaram as práticas, percebeu-se um desenvolvimento significativo dos alunos alvo do trabalho, com as ações propostas que contribuíram com o desenvolvimento e a aprendizagem desses alunos no contexto educacional, pessoal e social.

Palavras Chaves: Atividades de Vida Diária. Sala de Recursos Multifuncionais. Deficiência

Intelectual.

1 Graduanda do Curso de Educação Especial- UFSM. E-mail julia_beras@hotmail.com

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Introdução

A inclusão de alunos com deficiência no ensino regular tem sido um dos principais pontos de discussão no âmbito educacional. Tais discussões visam refletir acerca das demandas de um alunado que apresenta especificidades e possui o direito ao acesso e à permanência na escola regular.

A educação inclusiva é uma abordagem que procura responder às necessidades de aprendizagem de todas as crianças, jovens e adultos, com foco específico nas pessoas ou grupo de pessoas que estão excluídas da efetivação do direito à educação e que estão fora da escola ou enfrentam barreiras para a participação nos processos de aprendizagem escolar.

A intenção desse texto é relatar as experiências desenvolvidas, no âmbito do subprojeto de Educação Especial do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), as quais foram realizadas com alunos que estão incluídos na modalidade da educação de jovens e adultos (EJA). O trabalho desenvolvido com os alunos visa, estimular o desenvolvimento pessoal de dois alunos com deficiência intelectual, propondo atividades na Sala de Recursos Multifuncionais (SRM), que estimulassem a aprendizagem de práticas para a vida diária de ambos os alunos. As habilidades trabalhadas no AEE são importantes para o desenvolvimento dos alunos, refletindo na sala regular e no convívio social. As AVDs são fundamentais para que o aluno consiga fazer suas próprias descobertas através da manipulação e exploração do ambiente físico social. Para isso podem, e devem ser exploradas situações referentes à alimentação, higiene pessoal, saúde, segurança, às atividades domésticas e vestuário também no ambiente escolar.

Desenvolvimento

A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008)traz uma ampliação de conhecimentos, métodos e processos na escolarização das pessoas com deficiência.

Essa política enfatiza a necessidade das escolas públicas e privadas adequarem-se a estrutura física e metodológica, incluído em seu espaço de ensino a educação especial, nesse contexto a educação especial se configura com o objetivo:“[...] identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena

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participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas” (BRASIL, 2008, p. 16). Considerando assim, a educação especial se configura extremamente importante para todos os níveis de ensino, entre esses o ensino médio e educação de jovens e adultos (EJA).

Com ênfase na EJA, entende-se que ao longo da história os sujeitos que fazem parte desse contexto, são jovens e adultos que estão em busca de uma aprendizagem e qualificação a qual não tiveram em seus primeiros anos de vida. No contexto educacional, a legislação que, pela primeira vez, faz referência à EJA é a Lei 5692/71, em capítulo próprio sobre o Ensino Supletivo. Dessa forma, conforme as ideias de Soares(2001, p. 201) ”esta modalidade de ensino foi regulamentada tendo as seguintes funções básicas: a suplência, o suprimento, a aprendizagem e a qualificação, mediante a oferta de cursos e exames supletivos”.

As políticas educacionais mais expressivas relacionadas à EJA têm seu início com a Constituição Federal de (1988), pois é ela que garante, no Título dos Direitos Individuais e Coletivos, o direito à Educação a todos os cidadãos brasileiros, observa-se também que a preocupação com aqueles que não tiveram condições de escolarização em idade própria. Para tanto, em cumprimento à Constituição Federal de 1988 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB Nº 9394/96, na qual define com mais clareza ao colocar a EJA como Modalidade da Educação Básica: “a Educação de Jovens e Adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental e Médio, na idade própria” (BRASIL, 1996).

Dentro desse grupo de estudantes, também podem ser encontrados sujeitos com diferentes deficiências, que perante as dificuldades acadêmicas e a falta de recursos, esses sujeitos não deram continuidade aos seus estudos. A partir da organização didática do sistema que destaca a Educação de Jovens e Adultos como modalidade de ensino a ser incorporada no conjunto das políticas de educação básica, oferecida regularmente pelos sistemas públicos e privados de ensino. Esta mesma lei, em seu capítulo V, que trata da Educação Especial como modalidade de ensino, estabelece que a matrícula de alunos com necessidades educacionais especiais deva ser realizada “preferencialmente na rede regular de ensino” (BRASIL, 1996), sem estabelecer critérios ou limites que estabelecem a natureza deste preferencialmente para a matrícula desses educandos.

Com base na educação de jovens e adultos, o presente trabalho tem como objetivo, relatar as experiências vivenciadas com alunos dessa modalidade de ensino, no âmbito do

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subprojeto da Educação Especial do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) da Universidade Federal de Santa Maria.

O PIBID/Educação Especial atualmente conta com quatro professoras do Departamento de Educação Especial/UFSM, três professoras supervisoras de escola e 22 alunos dos Cursos de Licenciatura em Educação Especial (diurno e noturno). Este grupo está organizado em três equipes de trabalho, cada equipe desenvolve suas ações em uma escola de educação básica da rede pública de ensino.

A escola de educação básica na qual foram realizadas as práticas a serem relatadas, é uma instituição de ensino localizada na periferia do município de Santa Maria no estado do Rio Grande de Sul, com aproximadamente 650 alunos, que residem nas proximidades do ambiente escolas, esses alunos compõem as séries iniciais, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos. As aulas da educação básica ocorrem nos turnos da manhã e da tarde e as aulas da EJA no turno da noite.

A educação inclusiva é uma abordagem que procura responder às necessidades de aprendizagem de todas as crianças, jovens e adultos, com foco específico nas pessoas ou grupo de pessoas que estão excluídas da efetivação do direito à educação e que estão fora da escola ou enfrentam barreiras para a participação nos processos de aprendizagem escolar.

Com relação a Educação de Jovens e Adultos, a escola conta com nove turmas, que incluem as totalidades de ensino que se referem ao ensino fundamental e ao ensino médio. Nessas turmas de EJA estão incluídos alguns sujeitos que possuem deficiência que necessitam do atendimento educacional especializado, os quais são acompanhados por bolsistas do PIBID.

O PIBID/Educação Especial conta com três professoras do Departamento de Educação Especial/UFSM, três professoras supervisoras de escola e 22 alunos dos Cursos de Licenciatura em Educação Especial (diurno e noturno). Este grupo está organizado em três equipes de trabalho assim dispostos: uma professora do Departamento de Educação Especial; uma professora supervisora de escola e sete/oito alunos. Cada equipe desenvolve suas ações em uma escola de educação básica da rede pública de ensino.

Nesse sentido, o PIBID Educação Especial tem por objetivo atender alunos considerados público alvo da educação especial. Entre esses, alunos com deficiência intelectual, autismo, deficiência visual, entre outras deficiências buscando auxiliar no desenvolvimento pessoal de cada aluno.

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Os objetivos da equipe PIBID – Educação Especial abrangem três eixos de trabalho: ensino colaborativo, atendimento educacional especializado e produção de recursos pedagógicos.

Tais eixos resultam da demanda pedagógica das escolas no desenvolvimento de alunos com necessidades educacionais especiais, visto que, a superação das barreiras que dificultam a aprendizagem destes alunos requer a interlocução do professor do Ensino Comum e do professor do Atendimento Educacional Especializado. Assim, o eixo do Ensino Colaborativo, visa atender as necessidades da aluna e do professor no cotidiano da sala de aula do Ensino Comum, além de identificar os apoios necessários nesta ação diária. No eixo do Atendimento Educacional Especializado, busca-se intensificar os apoios e trabalhar diretamente nas habilidades que precisam ser desenvolvidas pela aluna a fim de construir os conhecimentos trabalhados em sala de aula, além de atender outras demandas, no que diz respeito à socialização e hábitos da vida cotidiana. A produção de recursos pedagógicos contempla o terceiro eixo do trabalho desenvolvido pela equipe de bolsistas e supervisora da escola e caracteriza-se como momento prático de confecção de jogos e estratégias de ensino que contemplem as necessidades específicas da aluna, ou seja, concretiza-se na ação do bolsista, juntamente com a supervisora e professora da AEE confeccionar materiais e estratégias que serão disponibilizados aos professores e à aluna.

Com o objetivo de destacar as experiências vivenciadas no eixo do Atendimento Educacional Especializado, será relatado as práticas vivenciadas com dois alunos que fazem parte da modalidade de ensino Educação de Jovens e Adultos (EJA), pois entende-se que as atividades desenvolvidas na sala de recursos multifuncionais (SRM), auxiliam positivamente a vida acadêmica dos sujeitos que possuem deficiência, pois contemplam a mediação da aprendizagem de cada sujeito que frequenta esse ambiente. Assim destacamos que:

O Atendimento Educacional Especializado tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. As atividades desenvolvidas no Atendimento Educacional Especializado diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas a escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela (BRASIL, 2008 p. 10).

Sob essa perspectiva, o AEE pode ser ofertado na Sala de Recursos Multifuncional (SRM) a qual se configura como um:

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[...] espaço destinado para o atendimento das diversas necessidades educacionais especiais e, também, para o desenvolvimento das diferentes complementações ou suplementações curriculares. Assim, a SRM deverá ser organizada com diferentes equipamentos e materiais, de modo a atender, conforme cronograma e horários, alunos com deficiência, altas habilidades/superdotação, dislexia, hiperatividade, deficit de atenção ou outras necessidades educacionais especiais (MILANESI, 2012, p, 24).

O AEE deve ser realizado por um profissional da área da Educação Especial, junto a SRM, que se caracteriza por um espaço de aprendizagem, com recursos que podem ser de tecnologia assistiva, recursos tecnológicos, mobiliários, materiais e jogos pedagógicos e recursos de acessibilidade.

De acordo com o MEC (BRASIL, 2006, p.17). O professor da Sala de Recursos Multifuncionais, deverá ter curso de graduação, pós-graduação e ou formação continuada que o habilite para atuar em áreas da educação especial para o atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos. A formação docente, de acordo com sua área específica, deve desenvolver conhecimentos acerca de: Comunicação Aumentativa e Alternativa, Sistema Braille, Orientação e Mobilidade, Soroban, Ensino de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), Ensino de Língua Portuguesa para Surdos, Atividades de Vida Diária, Atividades Cognitivas, Aprofundamento e Enriquecimento Curricular, Estimulação Precoce, entre outros.

Ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino evidenciam a necessidade de confrontar as práticas discriminatórias e criar alternativas para superá-las, a educação inclusiva assume espaço central no debate acerca da sociedade contemporânea e do papel da escola na superação da lógica da exclusão. A partir dos referenciais para a construção de sistemas educacionais inclusivos, a organização de escolas e classes especiais passa a ser repensada, implicando uma mudança estrutural e cultural da escola para que todos os alunos tenham suas especificidades atendidas.

Os atendimentos que originaram este artigo foram realizados com dois alunos, o aluno A que possui 19 anos no qual está incluído na turma totalidade 9 da EJA. O aluno B, possui 16 anos e está incluído na turma da totalidade 5 da EJA. Ambos alunos residem nas proximidades da escola e vivem apenas com as mães, são considerados alunos de família de classe econômica baixa e os dois alunos tem Deficiência Intelectual. Conforme a AAMR (2006):

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Deficiência intelectual é uma incapacidade caracterizada por limitações significativas tanto no funcionamento intelectual (raciocínio, aprendizado, resolução de problemas) quanto ao comportamento adaptativo, que cobre uma gama de habilidades sociais e práticas do dia a dia. Esta deficiência se origina antes da idade de 18 anos. (AAMR, 2006).

Assim, com o decorrer dos atendimentos realizados tanto com o aluno A como também com o aluno Observou-se que ambos, necessitavam não somente de atividades pedagógicas, que envolvem conteúdos acadêmicos, mas também atividades de vida diária. Com essa analise buscou-se metodologias que influenciassem significativamente a vida dos dois alunos, pois considera-se que o ambiente escolar também é responsável pelo auxílio da construção desses sujeitos. Dessa maneira, entendemos que as atividades que envolvem o cotidiano de cada aluno é de extrema importância, como FINGER (1986, p. 50) cita:

As Atividades de Vida Diária (AVDs), como diz o nome são aquelas realizadas no dia a dia de cada educando, como por exemplo: amarrar sapatos, vestir-se, escovar dentes, tomar banho etc. Essas atividades requerem o desenvolvimento de certas habilidades, pois para que se aprenda a realizá-las é necessário que se desenvolva habilidades específicas para cada atividade como desenvolvimento da coordenação motora.

Com base no destacado até o momento, onde percebemos a importância do Atendimento Educacional Especializado para os sujeitos que fazem parte da Educação de Jovens e Adultos, iremos relatar as experiências vivenciadas a partir da proposição das atividades de vida diária que foram propostas com os alunos A e B.

Com o aluno A foram realizadas atividades que envolvesse a locomoção do aluno pela cidade, onde por meio desta atividade o aluno pode realizar demais tarefas que facilitam o seu dia a dia e a convivência com a sociedade. As tarefas realizadas estavam relacionadas com as necessidades individuais do aluno, como por exemplo, pagamentos de contas em diversas lojas no centro da cidade, movimentação efetuou compras em um supermercado, onde teve que escolher diferentes produtos no qual teve que selecionar a funcionalidade de cada produto sendo entre esses produtos de limpeza e higiene, grãos, frutas e verduras.

Após, essa breve sistematização de atividades fora do ambiente escolar, o aluno A retornou aos atendimentos individualizados, com uma pequena aprendizagem das ações que podem ser vivenciadas cotidianamente. Para que houvesse uma exploração além da prática, os bolsistas trouxeram para o AEE dinâmicas que propuseram que o aluno A aprendesse a fazer um currículo, com o objetivo de incentivar o aluno a se inserir no mercado de trabalho, pois mesmo que esse possua algumas limitações acreditasse que ele poderá vir a desempenhar e

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efetuar tarefas simples que o mercado de trabalho exige. Nesse sentido citamos Tanaka e Manzini (2005, p. 235):

Destarte, a simples existência de leis, por si só não se constitui uma medida segura para garantir o acesso e a permanência da pessoa com deficiência no trabalho. Mesmo que o seu direito ao trabalho já esteja assegurado por lei, na prática, a jornada ainda é bastante longa, pois existem alguns fatores que precisam ser analisados antes de se pensar em uma inserção efetiva e eficiente dessa população no mercado de trabalho. Dentre eles, o preparo profissional e social da pessoa com deficiência que está buscando o mercado de trabalho e também as condições estruturais, funcionais e sociais do ambiente que irá recebê-la como funcionário, para que não se corra o risco de admiti-la simplesmente por benevolência ou mera obrigatoriedade de lei.

Relatando as atividades desenvolvidas com o aluno B, que se deram a partir das observações de alguns (AEE), percebeu-se que tinha habilidades na área da informática, mas não recebia o estimulo necessário para realização dessas atividades. Assim houve a necessidade de trabalhar atividades que envolvesse o cuidado que o aluno deveria ter consigo mesmo. Dessa forma, foi trazido para AEE algumas dicas de cuidado e postura que o aluno poderia ter, pois se entende que esse é um sujeito que está com quase dezessete anos e passa por momentos de desenvolvimento.

Assim, com o objetivo de desenvolver a autonomia do aluno B, tanto nos hábitos do dia-a-dia quanto nos cuidados pessoais e estimular a responsabilidade, trabalhou-se atividades, como por exemplo, a manipulação de produtos de higiene pessoal, onde o aluno teve a oportunidade de conhecer o produto e a sua real utilização, para assim adquirir o conhecimento e levar para o cotidiano.

Outra atividade trabalhada com o aluno B, foi a realização de pesquisas pedagógicas nas quais o aluno deveria realizar com o uso do computador. Dessa forma os bolsistas proporcionaram ao aluno o conhecimento das diferentes ferramentas que os softwares possuem, como a confecção de tabelas, apresentações e textos.

Com a realização das atividades citadas a cima, entendemos que ambas foram de extrema importância para o desenvolvimento do aluno B, pois compreende-se que os ensinamentos ofertados pela escola, para as pessoas com deficiência, perpassam os conteúdos acadêmicos. Mas também sendo que por vezes, os ensinamentos que são utilizados no dia a dia desses sujeitos, podem interferir de uma maneira significativa para o desenvolvimento pessoal e social desse aluno.

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Dessa forma, concluísse que presente trabalho desenvolvido com os alunos público alvo da educação especial, que estão incluídos na modalidade de ensino Educação de Jovens e Adultos, se configurou como um trabalho de extrema importância para esses sujeitos. Pois, a união das atividades executadas pelos bolsistas do projeto PIBID, juntamente com o ensino da sala regular auxiliaram no desenvolvimento desses alunos.

Considerações finais

O trabalho da educação especial, no eixo do atendimento educacional especializado se configura de suma importância para os sujeitos que fazem parte da educação de jovens e adultos, pois compreende-se que alguns dos sujeitos que fazem parte desse contexto podem apresentar algumas necessidades educacionais especiais, que por vezes precisam de apoio de um profissional que os auxiliem no momento de aprendizagem.

No presente trabalho, foi destacado as práticas elaboradas e realizadas pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência subprojeto Educação Especial da Universidade Federal de Santa Maria, com dois alunos da EJA os quais possuem diagnóstico de Deficiência Intelectual.

Considera-se assim que apesar das suas limitações os alunos, também apresentaram potencialidades para o desenvolvimento das tarefas que estão sendo ensinadas. Pois a partir do momento que o professor de educação especial proporciona ao aluno um novo ensinamento e estimula essa aprendizagem, o aluno apresentará os resultados sendo eles na maioria das vezes positivos.

Dessa forma destaca-se a importância do Atendimento Educacional Especializado para os sujeitos público da EJA. Apesar de suas idades avançadas o processo de aprendizagem e desenvolvimento se mostra constante na vida desses sujeitos.

REFERÊNCIAS

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AAMR, 2006.

BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. 2008.

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Multifuncionais: espaço para atendimento educação especializado. Brasília: 2006.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9394/96. Brasília: 1996. BRASIL, Constituição: República Federativa do Brasil. Brasília: 1988.

FINGER, J. A. Terapia ocupacional. São Paulo: Sarvier, 1986.

MILANESI, J. B. Organização e funcionamento das salas de recursos multifuncionais em

um município paulista. 2012. 183 f. Dissertação (Mestrado em Educação Especial) –

Programa de Pós-Graduação em Educação Especial da Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2012.

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TANAKA, Elisa D.O.: MANZIN, Eduardo José. O que empregadores pensam sobre o

trabalho da pessoa com deficiência? Revista Brasileira de Educação Especial, Marília, v. 11 n 2, p. 273-294, 2005.

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