salariômetro
mercado de trabalho e negociações coletivas
Boletim de
junho/2016
Maio: Após 10 meses, reajustes
salariais ficam acima da inflação
Este boletim traz a primeira estimativa dos resultados das negociações coletivas com início de vigência em maio de 2016 e atualiza as estimativas dos meses anteriores.
Até seu fechamento, a Fipe analisou 1266 negociações com início de vigência em maio. Apenas 736 trataram de ajustes salariais e 669 de pisos salariais.
Todos os dados e informações são extraídos dos acordos coletivos e das convenções coletivas depositados na página Mediador do Ministério do Trabalho e Emprego : http://www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/
Fo nte : M TE. Ela bo ra çã o: Fipe .
Documentos analisados
166 161 183 570 508 1083 736 669 1266Aumento salarial Piso salarial Total
Acordos Convenções
mercado de trabalho e negociações coletivas junho de 2016
Reajustes salariais
A mediana dos ajustes salariais com vigência em maio/2016 foi igual a 10%, ficando 0,2% acima da inflação acumulada nos 12 meses anteriores (INPC = 9,8%). Nas convenções coletivas, a mediana foi 9,8% e nos acordos coletivos foi 10%.
31,8% das negociações resultaram em ajustes salariais abaixo do INPC (no mês anterior foram 45,8%).
Dos 736 acordos coletivos que trataram de ajustes salariais, 20 estabeleceram redução de jornada acompanhada de redução de salários, e destes, apenas 5 utilizaram o PPE (Programa de Proteção ao Emprego).
Piso salarial
A mediana do piso salarial com vigência em maio/2016 foi R$1.100 (25% maior que o Salário Mínimo, de R$ 880). Nas convenções, o piso mediano foi R$1.071, enquanto nos acordos, foi R$1.111.
Folha salarial
A folha de salários é estimada a partir do volume de depósitos vinculados ao FGTS. O último dado dessazonalizado refere-se ao mês de março e equivale a R$ 95,8 bilhões, cifra
0,2% menor que a observada no mês anterior (R$ 96,0 bilhões) e 5,3% menor que em março de 2015 (R$ 101,2 bilhões).
O valor anualizado da folha salarial de março/2016 corresponde a uma folha anual de aproximadamente R$ 1,15 trilhão. Esta é a massa salarial anual do setor coberto pela CLT, que não inclui os rendimentos dos funcionários públicos estatutários e dos trabalhadores informais.
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Ajustes salariais
Fonte: MTE e IBGE. Elaboração: Fipe.
Ajustes salariais de convenções coletivas e acordos coletivos, mês-a-mês
(últimos 12 meses):
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2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2016 2016 2016 2016
Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai
INPC acumulado (12 meses) - % 8,8 9,3 9,8 9,9 9,9 10,3 11,0 11,3 11,3 11,1 9,9 9,8 Total 9,0 9,3 9,8 9,9 9,9 10,0 11,0 10,6 11,0 11,1 9,9 10,0
Convenções 9,0 9,3 9,8 9,9 9,9 10,3 11,0 11,0 11,1 11,1 9,9 9,8 Acordos 9,3 9,0 9,8 9,9 9,9 10,0 10,7 10,5 11,0 11,0 9,9 10,0
Ajuste mediano negociado (%)
Indicador 9, 0% 9,3% 9,8% 9,9% 9,9% 10,0 % 11 ,0 % 10 ,6 % 11 ,0 % 11 ,1 % 9, 9% 10 ,0 % 8, 8% 9,3% 9,8% 9,9% 9,9% 10 ,3 % 11 ,0 % 11 ,3 % 11 ,3 % 11 ,1 % 9, 9% 9, 8% 0, 2% 0, 0% 0, 0% 0, 0% 0, 0% -0 ,3 % 0, 0% -0 ,7 % -0 ,3 % 0, 0% 0, 0% 0,2% -5% -3% -1% 1% 3% 5% 7% 9% 11% 13%
jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16
A co rd os e C onv enç õe s
Ajustes salariais medianos e INPC - últimos 12 meses
Reajuste nominal INPC (12 meses) Reajuste real
Ajustes salariais abaixo do INPC
Fonte: MTE e IBGE. Elaboração: Fipe.
Proporção de ajustes salariais abaixo do INPC:
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mercado de trabalho e negociações coletivas junho de 2016
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%
Proporção de ajustes salariais abaixo do INPC (Convenções e Acordos)
Proporção no mês Proporção acumulada nos 12 meses
2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2016 2016 2016 2016 Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Total 21,6 19,6 50,4 41,3 28,8 35,8 54,7 51,9 68,5 57,5 51,1 45,8 31,8
Convenções 22,5 17,1 31,1 19,4 36,0 34,2 48,2 50,0 62,3 61,0 41,3 36,7 35,3 Acordos 21,4 20,2 55,2 50,0 27,6 36,1 56,0 52,5 71,0 56,9 56,2 48,4 30,7
Indicador Proporção de ajustes salariais abaixo
0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% ju n /1 4 ju l/ 14 ag o /1 4 set /1 4 o u t/ 14 n o v/ 14 d ez /1 4 ja n /1 5 fe v/ 15 m ar /1 5 ab r/ 15 m ai /1 5 ju n /1 5 ju l/ 15 ag o /1 5 se t/ 15 o u t/ 15 n o v/ 15 d ez /1 5 ja n /1 6 fe v/ 16 m ar /1 6 ab r/ 16 m ai /1 6
INPC (12 meses) Reajustes
Mediana dos ajustes salariais nominais
Ajuste Mediano x Inflação (INPC)
A mediana dos ajustes salariais negociados para maio/2016 foi 10%, valor 0,2%
acima da inflação acumulada nos 12 meses anteriores (INPC = 9,8%).
Fonte: MTE e IBGE. Elaboração: Fipe.
Acordos coletivos com redução salarial
Por início de vigência
Por categoria econômica (2015 e 2016)
Fonte: MTE. Elaboração: Fipe.
Dos 441 acordos coletivos com redução salarial negociados entre janeiro/2015 e maio/2016, apenas 118 utilizaram o
Programa de Proteção ao Emprego – PPE.
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Mês Sem PPE Com PPE Total
jan/15 2 0 2 fev/15 0 0 0 mar/15 0 0 0 abr/15 13 0 13 mai/15 10 0 10 jun/15 24 0 24 jul/15 53 0 53 ago/15 25 4 29 set/15 40 5 45 out/15 32 17 49 nov/15 25 10 35 dez/15 14 12 26 jan/16 14 39 53 fev/16 23 13 36 mar/16 10 9 19 abr/16 23 4 27 mai/16 15 5 20 Total 323 118 441 2015 2016 Categoria Quantidade Mediana Quantidade Mediana
Agricultura, pecuária, serviços agropecuários e pesca 1 -18,2 0 0,0
Artefatos de borracha 2 -13,3 0 0,0
Assessoria, consultoria e contabilidade 5 -25,0 6 -20,0 Bares, restaurantes, hotéis, similares e diversão e turismo 1 -21,0 0 0,0
Comércio atacadista e varejista 14 -19,4 1 -5,9
Confecções, vestuário, calçados e artefatos de couro 4 -10,5 3 -22,1
Construção Civil 22 -15,0 11 -16,0
Educação, ensino e formação profissional 0 0,0 1 -25,0
Fiação e tecelagem 6 -14,3 3 -14,4
Gráficas e editoras 3 -12,0 3 -13,3
Hospitais, casas de saúde e serviços de saúde 0 0,0 1 -20,0
Indústria de joalheria 1 -15,0 0 0,0
Indústria do vidro 2 -16,0 0 0,0
Indústria metalúrgica 188 -16,7 107 -20,0
Indústria química, farmacêutica e de plásticos 18 -20,0 13 -20,0
Indústrias de alimentos 2 -23,0 0 0,0
Indústrias extrativas 2 -16,6 0 0,0
Limpeza urbana, asseio e conservação do meio ambiente 1 -20,0 1 -20,0
Organizações não governamentais 3 -20,0 0 0,0
Papel, papelão, celulose e embalagens 2 -20,0 0 0,0
Refeições coletivas 0 0,0 1 -10,0
Serviços a terceiros e fornecimento de mão-de-obra 0 0,0 1 -20,0 Transporte, armazenagem e comunicações 5 -20,0 1 -20,0 Telecomunicações, telemarketing, processamento de dados
e tecnologia da informação 2 -30,0 1 -20,0
Venda, compra, locação e administração de imóveis 2 -20,0 1 -30,0
Total 286 -17,2 155 -20,0
Mediana dos ajustes salariais reais
Fonte: MTE e IBGE. Elaboração: Fipe.
0,8% 0,2% 0,2% 0,1% 0,1% -1,4% -1,6% -1,9% -2,9% -3,9% Confecções / Vestuário
Bancos e serviços financeiros Bancos e serviços financeiros Reparação de eletro-eletrônicos Cemitérios e agências funerárias Atividade com trabalhador inorganizado Publicidade e propaganda Agronegócio da cana Feiras, eventos e divulgações Extração e refino de petróleo
por categoria
Mediana dos maiores e menores ajustes salariais reais, nos últimos 12 meses
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mercado de trabalho e negociações coletivas junho de 2016
0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% -1,1% -1,3% -1,3% -1,8% -2,2% Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul São Paulo Pará Mato Grosso do Sul Amazonas Rondônia Roraima Amapá
Mediana dos pisos salariais
Piso Salarial x Salário Mínimo
R$ 500 R$ 600 R$ 700 R$ 800 R$ 900 R$ 1.000 R$ 1.100 R$ 1.200 ju n/ 20 14 ju l/2 01 4 ag o/ 20 14 se t/ 20 14 ou t/ 20 14 no v/ 20 14 de z/ 20 14 ja n/ 20 15 fe v/ 20 15 m ar /2 01 5 ab r/ 20 15 m ai /2 01 5 ju n/ 20 15 ju l/2 01 5 ag o/ 20 15 se t/ 20 15 ou t/ 20 15 no v/ 20 15 de z/ 20 15 ja n/ 20 16 fe v/ 20 16 m ar /2 01 6 ab r/ 20 16 m ai /2 01 6
Salário Mínimo Pisos
Fonte: MTE. Elaboração: Fipe.
A mediana dos pisos com vigência em maio/2016 foi R$1.100 (25% maior que
o Salário Mínimo, de R$ 880). Nas convenções coletivas, o piso mediano foi
R$1.071, enquanto nos acordos coletivos foi R$1.111.
2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2016 2016 2016 2016 Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai
Salário Mínimo (R$) 788 788 788 788 788 788 788 880 880 880 880 880 Total 964 978 1.010 1.127 994 1.053 1.080 950 931 1.016 1.030 1.100 Convenções 1.022 1.000 1.029 935 995 1.009 1.050 937 1.000 1.012 950 1.071 Acordos 943 975 1.000 1.183 992 1.062 1.104 960 931 1.030 1.047 1.111 Piso mediano negociado (R$)
Indicador
Mediana dos pisos salariais por
categoria e por UF
Fonte: MTE. Elaboração: Fipe.
Maiores e menores pisos salariais nos últimos 12 meses (R$):
1.260 1.221 1.205 1.185 931 928 906 906 903 Distribuição cinematográfica Indústria metalúrgica Artefatos de borracha Reparação de eletro-eletrônicos Atividade com trabalhador inorganizado Hospitais e serviços de saúde Administração pública Agronegócio da cana Lavanderias e tinturarias Confecções / Vestuário
por categoria
1.116 1.100 1.086 1.078 989 918 907 906 893 889 Santa Catarina Paraná São Paulo Rio Grande do Sul Rio de Janeiro Acre Paraíba Piauí Roraima Rio Grande do Nortepor UF
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mercado de trabalho e negociações coletivas junho de 2016
103,2 101,2 101,0 100,6 99,8 98,7 98,4 97,8 97,7 99,8 97,6 98,0 96,0 95,8 90 92 94 96 98 100 102
fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 mar/16
Valor real da folha salarial
dessazonalizado (R$ bi)* -0,2% (fevereiro/16x março/16) -5,3% (março/15 x março/16)Folha salarial (CLT)
Fonte: CEF. Elaboração: Fipe.
Nota (*): valores atualizados pelo IPCA para R$ de março de 2016
O último dado dessazonalizado refere-se à folha salarial do mês de março, com valor de R$ 95,8 bilhões, a cifra 0,2% menor do que a observada em fevereiro (R$ 96,0 bilhões), e 5,3% menor que o valor de março de 2015 (R$ 101,2 bilhões)
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mercado de trabalho e negociações coletivas
O boletim Salariômetro é uma iniciativa da Fipe para disponibilizar informações e análises sobre o mercado de trabalho brasileiro. Para sua elaboração, são coletados e analisados os resultados negociações coletivas, incluindo reajustes e pisos salariais; bem como a evolução da folha de salários do conjunto das empresas brasileiras. Os informes são elaborados no 20º. dia de cada mês e incluem todos os acordos e convenções com início de vigência até o mês anterior.
Equipe técnica
Hélio Zylberstajn (Coordenador) Bruno Teodoro Oliva
Eduardo Zylberstajn Flávia Teixeira Motta Gabriela Scorza Gabriel Cardoso
Gabriel Silva de Oliveira Giovana Stein da Silva Lilian Karen de Souza Lucas Gerez Foratto Mateus Santos Rodrigues
Matheus Sérgio Custódio de Aquino Natalia Camargo
Neon Vitor Belfante Pedro Possani Raí Chicoli
Rodrigo Beiro Dias Victoria Gerenutti
Informações e contato
www.salarios.org.br contato@salarios.org.br
O acompanhamento das negociações coletivas é realizado por meio dos acordos e convenções depositados na
página Mediador do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A Fipe coleta os dados e informações na Internet,
tabulando os valores observados para reajustes e pisos salariais.
As médias e as medianas dos reajustes e pisos salariais não são ponderadas pela quantidade de trabalhadores
cobertos, uma vez que essa informação não é disponibilizada no texto dos acordos e das convenções. Além disso, os valores referente aos reajustes e pisos, divulgados nos informes, podem ser modificados em edições futuras, já
que as novas edições podem incluir acordos e convenções que ainda não tinham sido depositados no site do
Mediador.
O acompanhamento da folha salarial do setor celetista se baseia nas informações disponibilizadas pela Caixa
Econômica Federal (CEF). A CEF disponibiliza a informação um mês após o recolhimento e este se dá no mês
seguinte ao mês gerador do salário. Por essa razão, a atualização dessa informação nos informes do Salariômetro ocorre sempre com uma defasagem de 2 meses.