DIREITO ADMINISTRATIVO
Estrutura da Administração
Pública
Prof. Luís Gustavo
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO
DIRETA
Conjunto de órgãos e
agentes públicos
integrantes da União,
dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios
ADMINISTRAÇÃO
INDIRETA
Autarquias
Fundações Públicas
Empresas Públicas
Sociedades de Economia
Mista
A organização administrativa da União foi inicialmente
estabelecida no Decreto-lei 200/67. Através do qual fica
estabelecido que a Administração Pública Federal é
compreende:
Administração Direta: que se constitui dos serviços integrados
na estrutura administrativa da Presidência da República e dos
Ministérios
Administração Indireta: formada pelo conjunto de autarquias,
fundações públicas, empresas públicas e sociedades de
economia mista.
CONCEITO
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1(CESPE/TJRR/TecnicoJudiciario/2012) Administração pública, em sentido objetivo ou
material, consiste no conjunto de órgãos, agentes e pessoas jurídicas instituídas para a consecução dos objetivos do governo.
2(CESPE/TRE-MT/Analista Administrativo/2015) As atividades de polícia
administrativa, de prestação de serviço público e de fomento são próprias da administração pública em sentido objetivo.
3(CESPE/TRERJ/Analista Administrativo/2013) O estudo da administração pública, do
ponto de vista subjetivo, abrange a maneira como o Estado participa das atividades econômicas privadas.
4(CESPE/TCU/Procurador/2015) O poder de polícia e os serviços públicos são
exemplos de atividades que integram o conceito de administração pública sob o critério material.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
5(CESPE/DPU/2016) A administração pública em sentido formal, orgânico ou
subjetivo, compreende o conjunto de entidades, órgãos e agentes públicos no exercício da função administrativa. Em sentido objetivo, material ou funcional, abrange um conjunto de funções ou atividades que objetivam realizar o interesse público.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ÓRGÃOS PÚBLICOS
NÃO
possuem
personalidade jurídica
própria
NÃO
possuem
patrimônio próprio
ENTIDADES (OU ENTES
OU PESSOAS)
TODAS
possuem
personalidade jurídica
própria
TODAS
possuem
patrimônio próprio
ENTIDADES OU ENTES OU PESSOAS
ENTIDADE
POLÍTICA
ADMINISTRAÇÃO
DIRETA
(U/E/DF/M)
ENTIDADE
ADMINISTRATIVA
ADMINISTRAÇÃO
INDIRETA
ÓRGÃOS PÚBLICOS
Centros de Competência / Unidades de Atuação;
Integram a estrutura de uma Pessoa Jurídica
NÃO
possuem personalidade jurídica
NÃO
possuem patrimônio próprio
Criados e Extintos por Lei (
SEMPRE
)
Podem integrar a Administração Direta ou Indireta
(Lei 9.784/99)
ÓRGÃOS PÚBLICOS
Teoria dos Órgãos – Teoria da Imputação Volitiva
ALGUNS
possuem
Capacidade Processual (ou
Judiciária)
Resultam
da
DESCONCENTRAÇÃO
ÓRGÃO PÚBLICO
SEM PERSONALIDADE JURÍDICA
ALGUNS ÓRGÃOS
(INDEPENDENTES E AUTÔNOMOS)
CAPACIDADE PROCESSUAL (OU JUDICIÁRIA)
Súmula 525 - STJ
A Câmara de Vereadores não possui
personalidade jurídica, apenas personalidade
judiciária, somente podendo demandar em juízo
para defender os seus direitos institucionais.
Centralização x Descentralização
Concentração x Desconcentração
Centralização – o Estado exerce suas atribuições
diretamente através de seus órgãos e agentes da
Administração Direta.
Descentralização – o Estado exerce suas
atribuições através de outra pessoa física ou
jurídica. Poderá ocorrer por outorga ou por
delegação.
Descentralização por outorga – O Estado cria ou
autoriza a criação, por lei, de uma pessoa e pra
ela transfere a titularidade e a execução do
serviço.
Descentralização por delegação – O Estado
transfere somente a execução de determinado
serviço, sob sua fiscalização, através de ato ou
contrato administrativo.
Desconcentração – mera técnica admnistrativa de
distribuição interna de competências dentro de
uma mesma pessoa jurídica. Resulta na criação de
órgaõs públicos
DEVER DE CASA!
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
6(CESPE/STF/Analista Judiciário/2013) Segundo o entendimento do STJ,
a câmara municipal não possui personalidade jurídica, mas apenas personalidade judiciária, de modo que somente pode demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais, entendidos estes como sendo os relacionados ao funcionamento, à autonomia e à independência do órgão.
7(CESPE/CEF/Engenheiro/2014) Suponha que a administração pública
direta, após regular licitação, tenha transferido temporariamente a execução de determinado serviço público a empresa privada. Nessa situação, está caracterizado o fenômeno da prestação de serviço público por outorga.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
8(CESPE/TRE-RS/Analista Administrativo/2015) Ao promover a descentralização por serviço, o poder público transfere ao ente descentralizado não apenas a execução, mas também a titularidade do serviço.
9(CESPE/TJDFT/Analista Judiciário/2015) De acordo com a teoria da
imputação, atualmente adotada no ordenamento jurídico brasileiro, a manifestação de vontade de pessoa jurídica dá-se por meio dos órgãos públicos, ou seja, conforme essa teoria, quando o agente do órgão manifesta sua vontade, a atuação é atribuída ao Estado.
10(CESPE/TRE-MT/Analista Administrativo/2015) Os órgãos públicos não têm
personalidade jurídica e podem integrar tanto a estrutura da administração direta como a da administração indireta.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
11(CESPE/DPU/2016) A desconcentração de serviços é caracterizada
pelas situações em que o poder público cria, por meio de lei, uma pessoa jurídica e a ela atribui a execução de determinado serviço.
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
1) CRIAÇÃO (CF, art. 37, XIX):
XIX – somente por
lei específica
poderá ser
criada
autarquia e
autorizada a instituição
de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à
lei complementar, neste
último caso
, definir as áreas de sua atuação;
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
2) CARACTERÍSTICAS COMUNS:
Resultam da descentralização por outorga (ou por
serviço)
TODAS
possuem personalidade jurídica própria
TODAS
possuem capacidade judiciária
Patrimônio próprio
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
2) CARACTERÍSTICAS COMUNS:
Como regra, sujeitam-se às regras de licitação e
contratos (Lei 8.666/93) e a concurso público
Sujeitam-se à proibição de acumulação de cargos,
empregos e funções
Sujeitam-se ao controle externo pelo Poder
Legislativo, com auxílio do TCU
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
2) CARACTERÍSTICAS COMUNS:
De acordo com o novo Código Civil, não se
sujeitam à falência (regime falimentar)
RESUMÃO!
ADMINISTRAÇÃO DIRETA X
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
RESUMÃO!
UNIÃO
MINISTÉRIOS (PREVIDÊNCIA) SECRETARIAS DIRETORIASINSS
GABINETES DIRETORIAS SEÇÕES DESCENTRALIZAÇÃO D E S C O N C E N T R A Ç Ã O S U B O R D I N A Ç Ã O VINCULAÇÃOEXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
12(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) Uma das diferenças entre a
desconcentração e a descentralização administrativa é que nesta existe um vínculo hierárquico e naquela há o mero controle entre a administração central e o órgão desconcentrado, sem vínculo hierárquico.
13(CESPE/TRE-MT/Analista Administrativo/2015) As autarquias e as
fundações públicas são subordinadas hierarquicamente a órgãos da administração direta.
14(CESPE/TREMS/Técnico Judiciário/2013) A chamada centralização
desconcentrada é a atribuição administrativa cometida a uma única pessoa jurídica dividida internamente em diversos órgãos
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
3) ENTIDADES EM ESPÉCIE:
a) Autarquias
b) Fundações Públicas
c) Empresas Públicas
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
A) AUTARQUIAS:
DL 200/67:
Serviço autônomo, criado por lei, com personalidade
jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar
atividades típicas da Administração Pública, que
requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão
administrativa e financeira descentralizada.
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
A) AUTARQUIAS:
Criadas e extintas por lei específica (CF, art. 37,
XIX), sem necessidade de registro
Exercem atividade típica do Estado
Personalidade jurídica de direito público, ou
seja, sujeita-se a regime jurídico de direito
público.
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
A) AUTARQUIAS:
Regime de Pessoal: regime jurídico único
estatutário
, reestabelecido através de medida
cautelar deferida pela Corte Suprema, no julgamento
da ADI 2.135/DF, de 02 de agosto de 2007.
Juízo Competente (Foro Processual):
União – Justiça Federal
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
A) AUTARQUIAS:
Imunidade tributária recíproca abrangendo
apenas os impostos sobre patrimônio, renda e
serviços vinculados às suas finalidades essenciais
ou às delas decorrentes (CF, art. 150,
§ 2º.)
a) AUTARQUIAS:
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
b) FUNDAÇÕES PÚBLICAS:
Lei específica só autoriza a criação (CF, art. 37,
XIX)
Função social sem fins lucrativos
Personalidade jurídica de direito público ou de
direito privado (depende da criação)
PERSONALDIADE JURÍDICA DAS FUNDAÇÕES
PÚBLICAS
FUNDAÇÃO PÚBLICA COM
PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO
CRIADA POR LEI ESPECÍFICA
FUNDAÇÃO AUTÁRQUICA
FUNDAÇÃO PÚBLICA COM
PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO
LEI ESPECÍFICA AUTORIZA A CRIACÃO
FUNDAÇÃO GOVERNAMENTAL
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
b) FUNDAÇÕES PÚBLICAS:
Regime de Pessoal: regime jurídico único
estatutário
, reestabelecido através de medida
cautelar deferida pela Corte Suprema, no julgamento
da ADI 2.135/DF, de 02 de agosto de 2007.
Juízo Competente (Foro Processual):
União – Justiça Federal
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
b) FUNDAÇÕES PÚBLICAS:
Imunidade tributária recíproca abrangendo
apenas os impostos sobre patrimônio, renda e
serviços vinculados às suas finalidades essenciais
ou às delas decorrentes (CF, art. 150,
§ 2º.)
b) FUNDAÇÕES PÚBLICAS:
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
c) Empresas Estatais (SEM e EP)
Lei específica só autoriza a criação (CF, art. 37, XIX)
Prestação de serviço público e/ou exploração de
atividade econômica
Personalidade jurídica de direito privado
Regime jurídico híbrido
DIFERENÇAS
DIFERENÇAS EMPRESAS PÚBLICAS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA
FORMAÇÃO DO CAPITAL Exclusivamente Público Majoritariamente Público
FORMA SOCIETÁRIA
Qualquer forma
permitida no Direito Só pode ser S/A
JUÍZO COMPETENTE
União – Justiça Federal Estado/Município –
Justiça Estadual
Justiça Estadual – U/E/DF/M
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
SÚMULA 517 - STF
“As sociedades de economia mista só têm foro na
justiça federal, quando a União intervém como
assistente ou oponente.”
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
CUIDADO!
(CESPE/MP-RR/2012) A empresa pública tem
capital inteiramente público, razão por que dele
não pode participar sociedade de economia mista,
cujo capital é parcialmente privado.
(ERRADO)
EXEMPLOS
EMPRESA PÚBLICA SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
CONCEITOS RELEVANTES
a) Agência Executiva:
Lei 9.649/98
Não configuram com o uma nova forma na
estrutura da Administração Pública.
Qualificação que pode ser dada pelo Poder
Executivo à autarquia ou fundação pública que
celebrar contrato de gestão com o respectivo
Ministério supervisor, com a finalidade de cumprir
objetivos e metas com este acertados.
CONCEITOS RELEVANTES
b) Agência Reguladora
Autarquias em regime especial (maior estabilidade
e independência);
Dirigentes nomeados pelo Presidente da República
após aprovação do Senado Federal;
Mandato fixo dos dirigentes;
Perda do mandato por renúncia, condenação
judicial transitada em julgado ou processo
administrativo disciplinar;
CONCEITOS RELEVANTES
c) Consórcios Públicos (Lei 11.107/05)
Art. 6
oO consórcio público adquirirá personalidade
jurídica:
I – de direito público, no caso de constituir
associação
pública
, mediante a vigência das leis de ratificação do
protocolo de intenções;
II – de direito privado, mediante o atendimento dos
requisitos da legislação civil.
CONCEITOS RELEVANTES
c) Consórcios Públicos (Lei 11.107/05)
Código Civil, art. 41 – “São pessoas jurídicas de direito
público interno:
IV – as autarquias, inclusive as associações”
Art. 6
º,§ 1
º- O consórcio público com personalidade
jurídica de direito público integra a administração
indireta de todos os entes da Federação consorciados.
CONCEITOS RELEVANTES
d) Entidades Paraestatais
São pessoas jurídicas de direito privado que
atuam paralelamente ao Estado exercendo
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
15(CESPE/TJDFT/Oficial de Justiça/2015) A criação, pela União, de
sociedade de economia mista depende de autorização legislativa. Autorizada, a sociedade deverá assumir a forma de sociedade anônima, e a maioria de suas ações com direito a voto pertencerão à União ou a entidade da administração indireta.
16(CESPE/TRE-RS/Analista Administrativo/2015) Não se admite a
participação social de pessoas jurídicas de direito privado em empresas públicas, por ser público o seu capital.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
17(CESPE/TJDFT/Juiz/2015) As autarquias são serviços autônomos,
criados por lei, com natureza jurídica de direito privado e personalidade jurídica própria.
18(CESPE/TJDFT/Juiz/2015) As empresas públicas e as sociedades de
economia mista são entidades com natureza jurídica de direito privado e capital exclusivo do ente estatal que as instituir.
19(CESPE/DPE-RN/Defensor Público/2015) As empresas públicas e a
sociedade de economia mista, entidades da administração indireta com natureza jurídica de direito privado, devem constituir-se sob a forma jurídica de sociedade anônima.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
20(CESPE/TJCE/Analista Judiciário/2014) As autarquias são entidades
criadas pelos entes federativos para a execução atividades que requeiram gestão administrativa e financeira descentralizada, porém, o ente federativo continuará titular do serviço, sendo responsável, dessa forma, pelos atos praticados pela autarquia.
21(CESPE/PGEBA/Procurador/2014) Desde que presentes a relevância e
urgência da matéria, a criação da autarquia pode ser autorizada por medida provisória, devendo, nesse caso, ser providenciado o registro do ato constitutivo na junta comercial competente.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
1 F 2 V 3 F 4 V 5 V 6 V 7 F 8 V 9 V 10 V 11 F 12 F 13 F 14 V 15 V 16 F 17 F 18 F 19 F 20 F 21 FDIREITO ADMINISTRATIVO
Responsabilidade Civil do Estado
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RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
(CF, art. 37)
§
6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito
privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos
danos
que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
CF, art. 37, § 6º
Responsabilidade da
Administração Pública (Estado)
OBJETIVA Independe da comprovação de dolo ou culpa Responsabilidade do Agente Público (Servidor) SUBJETIVA
Depende da comprovação de dolo ou culpa
AÇÃO REGRESSIVA
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Irresponsabilidade do Estado
Responsabilidade Subjetiva do Estado Responsabilidade Objetiva do Estado
(Adotada atualmente na CF)
Teoria do Risco Administrativo (≠ Risco Integral)
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
TEORIA DO RISCO
ADMINISTRATIVO
Admite fatores de redução ou exclusão da responsabilidade do
Estado
TEORIA DO RISCO
INTEGRAL
Não admite fatores de redução ou exclusão da responsabilidade do
Estado
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Responsabilidade Objetiva do Estado
(Adotada atualmente na CF)
Teoria do Risco Administrativo
Dano / Prejuízo
Nexo Causal (Causa e Efeito)
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1(CESPE/TRT10/Analista Judiciário/2012) A responsabilidade civil do
Estado é objetiva, sendo obrigatória configuração da culpa para a eclosão do evento danoso.
2(CESPE/TJRR/Tecnico Judiciario/2012) A responsabilidade civil da
pessoa jurídica de direito público em face de particular que tenha sofrido algum dano pode ser reduzida, ou mesmo excluída, havendo culpa concorrente da vítima ou tendo sido ela a única culpada pelo dano.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
3(CESPE/TRT10/Analista Judiciário/2012) A teoria do risco integral
obriga o Estado a reparar todo e qualquer dano, independentemente de a vítima ter concorrido para o seu aperfeiçoamento.
4(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) À semelhança do que ocorre
no direto civil, o direito administrativo admite a culpa concorrente da vítima, considerando-a causa atenuante da responsabilidade civil do Estado.
5(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) O ordenamento jurídico
brasileiro adota a teoria da irresponsabilidade do Estado.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
6(CESPE/ANATEL/2008) A responsabilidade civil do Estado poderá ser
afastada se comprovada a culpa exclusiva da vítima, ou mitigada a reparação na hipótese de concorrência de culpa.
7(CESPE/CAPES/2012) A responsabilidade objetiva do Estado
fundamenta-se na teoria do risco administrativo.
ABRANGÊNCIA
PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO
U/E/DF/M
Autarquias
Agências Reguladoras
Fundações Autárquicas
PESSOA JURÍDICA DE DIREITO
PRIVADO PRESTADORA DE
SERVIÇO PÚBLICO
Fundações Governamentais Empresas Públicas
Sociedades de Economia Mista Concessionárias
Permissionárias Autorizatárias
OBSERVAÇÕES NOTÁVEIS
A regra do art. 37, § 6º. abrange, apenas, danos causados por
ação de seus agentes, sendo por atividade lícita ou ilícita;
EP e SEM exploradoras de atividade econômica respondem
de forma subjetiva (não é objetiva!) pelo dano causado por
seus agentes;
A responsabilidade objetiva abrange pessoa jurídica não
integrante da estrutura da Administração Pública;
OBSERVAÇÕES NOTÁVEIS
STF – a responsabilidade civil objetiva das prestadoras de
serviço público abrange os danos causados a terceiros
usuários e não-usuários do serviço público;
Para caracterizar a responsabilidade civil do Estado é
essencial que o agente causador do dano esteja atuando na
qualidade de agente público;
OBSERVAÇÕES NOTÁVEIS
STF – “não podendo o Estado ser responsabilizado
senão
quando o agente estatal estiver a exercer seu ofício ou
função, ou a proceder como se estivesse a exercê-la
”;
STF – quando o Estado estiver na custódia de coisas ou
pessoas (garante), haverá
responsabilidade objetiva
deste,
ainda que haja conduta
omissiva
de seus agentes;
(Teoria do
Risco Administrativo)
OBSERVAÇÕES NOTÁVEIS
STF – “É certo, no entanto, que o princípio da
responsabilidade objetiva não se reveste de caráter absoluto,
eis que
admite o abrandamento e, até mesmo, a exclusão
da
própria responsabilidade civil do Estado, nas hipóteses
excepcionais configuradoras de situações liberatórias –
como
caso fortuito e força maior
– ou evidenciadoras de ocorrência
de culpa atribuível à própria vítima”
OBSERVAÇÕES NOTÁVEIS
CF, art. 21, XXIII - d) a responsabilidade civil por danos
nucleares
independe
da
existência
de
culpa
(Responsabilidade Objetiva).
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
8(CESPE/TRF-2/Juiz/2012) No caso de danos decorrentes de acidentes
nucleares, o Estado só responderá civilmente caso seja demonstrada a falha na prestação de serviço, podendo, inclusive, alegar caso fortuito e força maior.
9(CESPE/TRT10/Analista Judiciário/2012) Conforme jurisprudência do
STF, no caso de suicídio de detento que esteja sob a custódia do sistema prisional, configurar-se-á a responsabilidade do Estado na modalidade objetiva, devido a conduta omissiva estatal.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
10(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) Segundo a CF, a
responsabilidade civil do Estado abrange as pessoas jurídicas de direito público, as de direito privado prestadoras de serviços públicos e as executoras de atividade econômica.
11(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) Para configurar a
responsabilidade civil do Estado, o agente público causador do dano deve ser servidor público estatutário e possuir vínculo direto com a administração.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
12(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) Para configurar a
responsabilidade civil do Estado, o agente público causador do prejuízo a terceiros deve ter agido na qualidade de agente público, sendo irrelevante o fato de ele atuar dentro, fora ou além de sua competência legal.
13(CESPE/TJRR/Tecnico Judiciario/2012) As pessoas jurídicas de direito
público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos respondem objetivamente pelos eventuais danos que seus agentes causarem a terceiros ao prestarem tais serviços.
RESPONSABILIDADE
SUBJETIVA
DO ESTADO
TEORIA DA CULPA ADMINISTRATIVA OU CULPA ANÔNIMA OU
FAUTE DE SERVICE
STF – “tratando-se de
ato omissivo
do poder público, a
responsabilidade civil por tal ato é
subjetiva
, pelo que exige
dolo ou culpa, numa de suas três vertentes, negligência,
imperícia ou imprudência, não sendo, entretanto necessário
individualizá-la, dado que pode ser atribuída ao serviço público,
de forma genérica, a
faute de service
dos franceses.”
RESPONSABILIDADE
SUBJETIVA
DO ESTADO
TEORIA DA CULPA ADMINISTRATIVA OU CULPA ANÔNIMA OU FAUTE
DE SERVICE
Omissão do Estado
Falha do serviço
Falta do serviço Atraso do serviço
(Culpa especial) Não Prestação do serviço
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
14(CESPE/TRT10/Analista Judiciário/2012) Pela teoria da faute du
service, ou da culpa do serviço, eventual falha é imputada pessoalmente ao funcionário culpado, isentando a administração da responsabilidade pelo dano causado.
15(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) A responsabilidade civil do
Estado refere-se à obrigação de reparar os danos causados por seus agentes a terceiros em decorrência de suas atuações, mas não por suas omissões.
AÇÃO DE REPARAÇÃO DO DANO E AÇÃO REGRESSIVA
A posição mais recente do STF é que a ação de reparação do dano deve ser contra a Administração, não podendo ser intentada diretamente
contra o agente público ou através de litisconsórcio passivo entre este e o Estado;
É inaplicável a denunciação da lide pela Adminstração a seus agentes públicos;
A ação regressiva é uma ação imprescritível (CF, art. 37, §5º.) ;
O direito de regresso só ocorre quando a Administração comprova que já foi condenada a indenizar a vítima;
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
(CESPE/TRT10/Analista Judiciário/2012) Todos os anos, na estação
chuvosa, a região metropolitana de determinado município é acometida por inundações, o que causa graves prejuízos a seus moradores. Estudos no local demonstraram que os fatores preponderantes causadores das enchentes são o sistema deficiente de captação de águas pluviais e o acúmulo de lixo nas vias públicas.
Considerando essa situação hipotética, julgue os itens subsequentes.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
16. Caso algum cidadão pretenda ser ressarcido de prejuízos sofridos,
poderá propor ação contra o Estado ou, se preferir, diretamente contra o agente público responsável, visto que a responsabilidade civil na situação hipotética em apreço é solidária.
17. De acordo com a jurisprudência e a doutrina dominante, na hipótese
em pauta, casa haja danos a algum cidadão e reste provada conduta omissiva por parte do Estado, a responsabilidade deste será subjetiva.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
18(CESPE/TRT10/Analista Judiciário/2012) A reparação do dano à
pessoa lesada por ato emanado de agente público no exercício de suas funções pode ser consumada tanto na via administrativa, por acordo entre a pessoa jurídica civilmente responsável e o lesado, como por ação judicial de indenização.
19(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) O Estado será responsável
pelos danos que seus agentes causarem, sendo incabível a ação regressiva mesmo no caso de dolo e culpa do agente.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
20(CESPE/TCU/AFCE/2009) Se esse ilícito causar dano a terceiros, a
União responderá objetivamente, mas só poderá agir regressivamente contra o servidor se ficar comprovado que ele agiu dolosamente.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
GABARITO
Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 79
1 F 2 V 3 V 4 V 5 F
6 V 7 V 8 F 9 V 10 F 11 F 12 V 13 V 14 F 15 F 16 F 17 V 18 V 19 F 20 F
DIREITO ADMINISTRATIVO
Atos Administrativos
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ATO ADMINISTRATIVO
1) CONCEITO:
É espécie de ato jurídico
Manifestação unilateral de vontade (volitiva) do Estado ou de quem lhe faça as vezes
Regime de direito público (prerrogativas do Estado) Finalidade de interesse público
ATO ADMINISTRATIVO
1) CONCEITO:
HLM:
“ato administrativo é toda manifestação
unilateral de vontade da Administração Pública que,
agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato
adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e
declarar direitos, ou impor obrigações aos
administrados ou a si própria”
ATO ADMINISTRATIVO
1) CONCEITO:
MSZP:
“a declaração do Estado
ou de quem o
represente
, que produz efeitos jurídicos imediatos com
observância da lei, sob regime jurídico de direito público
e sujeita a controle do Poder Judiciário”
ATO ADMINISTRATIVO
1) CONCEITO:
É bom frisar que a Administração também pratica atos
regidos predominantemente pelo Direito Privado
(desprovida de suas prerrogativas). Nesse caso, tem-se
um
ato da administração
ATO ADMINISTRATIVO
CUIDADO!
Ato da Administração – num sentido amplo, este conceito
engloba:
os atos administrativos propriamente dito
os atos regidos pelo direito privado
Quem emite ato administrativo?
Particulares
que
representem o Estado,
no
exercício
de
prerrogativas públicas.
Ex: concessionárias de
serviço público
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1(CESPE/ANATEL/2009) Ato administrativo é aquele praticado no
exercício concreto da função administrativa pelos órgãos do Poder Executivo ou pelos órgãos judiciais e legislativos. Assim, um tribunal de justiça estadual, quando concede férias aos seus servidores, desempenha uma função administrativa.
2(CESPE/TJAL/Analista Administrativo/2012) Todo ato praticado no
exercício da função administrativa consiste em ato da administração.
3(CESPE/MMA/2009) Todo ato praticado no exercício de função
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
4(CESPE/PC-AL/Delegado/2012) O fato administrativo é conceituado
ATO ADMINISTRATIVO
2) Elementos ou Requisitos de Validade do Ato Administrativo (Lei 4.717/65):
COMpetência
FInalidade elementos sempre vinculados FORma
Motivo
podem
ser elementos vinculados
ou não
OBjetoATO ADMINISTRATIVO
a) COMPETÊNCIA (≠ Capacidade)
Lei 9.784/99, art. 11 ao 17
Elemento sempre vinculado
Poder legal (LEI)
Irrenunciável,
intransferível,
imodificável
e
imprescritível
DELEGAÇÃO X AVOCAÇÃO
DELEGAÇÃO:
Passar / Transferir
Regra
→ Possibilidade (Ato Discricionário)
Exceção
→ Salvo se houver impedimento legal (art.
DELEGAÇÃO X AVOCAÇÃO
DELEGAÇÃO:
Pode ocorrer entre órgãos/autoridades com o mesmo
nível hierárquico
Parcial e por prazo determinado
Com ou sem ressalva de exercício
Revogável a qualquer tempo
DELEGAÇÃO X AVOCAÇÃO
DELEGAÇÃO:
Exige publicação oficial, bem como na sua revogação
A responsabilidade é de quem pratica (do delegado)
Razões: circunstâncias de ordem TJ TSE
DELEGAÇÃO X AVOCAÇÃO
MATÉRIAS INDELEGÁVEIS (Lei 9.784/99, Art. 13)
Matéria de competência exclusiva de órgão ou autoridade Edição de atos de caráter normativo
DELEGAÇÃO X AVOCAÇÃO
AVOCAÇÃO:Puxar / Chamar
Medida de caráter excepcional e temporária Exige motivaçao
Exige relação de subordinação
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
5(CESPE/TCU/2015) É proibido delegar a edição de atos
de caráter normativo.
6(CESPE/TCU/2015) Ao delegar a prática de
determinado ato administrativo, a autoridade delegante
transfere a titularidade para sua prática.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
7(CESPE/MP-RR/2012) De acordo com a legislação aplicável à
matéria, a decisão de recursos administrativos pela
autoridade competente não pode ser objeto de delegação.
8(CESPE/TCU/2011) Delegação não transfere competência,
mas somente, e em caráter temporário, transfere o exercício
de parte das atribuições do delegante.
9(CESPE/FUB/2015) A competência, finalidade, forma, o
motivo, objeto e a legalidade são considerados requisitos dos
atos administrativos.
ATO ADMINISTRATIVO
b) FINALIDADE
Elemento sempre vinculado
Finalidade geral ↔ interesse público (Princípio da
Impessoalidade)
Finalidade específica ↔ resultado específico a ser
ABUSO DE PODER
1) Excesso de Poder:
Ocorre quando o agente público excede os limites de
sua competência
2) Desvio de Poder:
Ocorre quando o agente público pratica ato com
finalidade diversa do interesse público (geral) ou
quando a lei não prevê aquela finalidade (específica)
RESUMÃO
EXCESSO DE PODER
VÍCIO DE COMPETÊNCIA
DESVIO DE PODER (DE
FINALIDADE)
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
10(CESPE/TREMS/Analista Administrativo/2012) Configura excesso de poder o
ato do administrador público que remove um servidor de ofício com o fim de puni-lo.
11(CESPE/TJRR/Tecnico Judiciario/2012) Caracteriza desvio de finalidade,
espécie de abuso de poder, a conduta do agente que, embora dentro de sua competência, se afasta do interesse público, que deve nortear todo o desempenho administrativo, para alcançar fim diverso daquele que a lei lhe permitiu.
12(CESPE/TRE-RS/Técnico Judiciário/2015) O fenômeno da tredestinação lícita
se aplica a atos administrativos de desapropriação, quando a finalidade específica é alterada, mas mantém-se a finalidade genérica, de modo que o interesse público continue a ser atendido.
ATO ADMINISTRATIVO
c
) FORMA:
Elemento sempre vinculado
O ato administrativo não pode ser praticado de forma livre,
devendo possuir a forma prevista em lei
ATO ADMINISTRATIVO
d) MOTIVO (≠ MOTIVAÇÃO):
Pode ser elemento vinculado (AV) ou não-vinculado (AD)
É a situação de fato ou de direito que autoriza ou determina
a prática do ato.
ATO ADMINISTRATIVO
d) OBJETO (= CONTEÚDO):
Pode ser elemento vinculado (AV) ou não-vinculado (AD)
É o efeito imediato decorrente do ato administrativo
RESUMÃO
COM
petência ↔ QUEM?
FI
nalidade ↔ PARA QUE?
FOR
ma ↔ COMO?
MO
tivo ↔ POR QUE?
OBSERVAÇÕES RELEVANTES
1) MOTIVAÇÃO (≠ MOTIVO)
É a justificativa da prática do ato (expor o motivo)
É a exposição da situação de fato ou de direito que autoriza
ou determina a prática do ato
Como regra, a motivação é obrigatória em todos os atos
(vinculados ou discricionários)
OBSERVAÇÕES RELEVANTES
1) MOTIVAÇÃO (≠ MOTIVO)
Lei 9.784/99, art. 50
A ausência de motivação, quando ela é obrigatória,
caracteriza
vício de forma
Exemplo de ato que dispensa motivação: nomeação e
OBSERVAÇÕES RELEVANTES
1) MOTIVAÇÃO (≠ MOTIVO)
Explícita, clara e congruente
Motivação expressa ou alliunde (em forma de
considerandos, por referência)
OBSERVAÇÕES RELEVANTES
2) TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES
Consiste em apurar a ocorrência da justificativa utilizada
pela Administração Pública na prática do ato.
Não importa se o ato deveria ou não ser motivado. O que
importa é que o ato foi motivado.
OBSERVAÇÕES RELEVANTES
2) TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES
Através desta teoria, o agente público fica
vinculado aos motivos expostos, sob pena de
nulidade do ato administrativo
CUIDADO!
Esta teoria não transforma o ato
OBSERVAÇÕES RELEVANTES
3) MÉRITO DO ATO ADMINISTRATIVO
É a possibilidade de o administrador praticar ou não o ato,
de acordo com a sua oportunidade e conveniência
É formado pelo conjunto motivo + objeto, nos atos
discricionários.
NÃO HÁ MÉRITO EM ATO VINCULADO!
O Poder Judiciário não controla o mérito dos atos
administrativos, porém, sempre haverá controle de legalidade.
RESUMÃO
MÉRITO DO ATO ADMINISTRATIVO
ATO DISCRICIONÁRIO
MOTIVO + OBJETO
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
13(CESPE/TCU/2009) De acordo com a disciplina prevista na Lei da Ação
Popular, o ato administrativo apresenta os seguintes elementos ou requisitos: competência, forma, objeto, motivo e finalidade.
14(CESPE/TRF-2/Juiz/2012) Em razão da teoria dos motivos
determinantes, no caso de exoneração ad nutum de ocupante de cargo em comissão, de livre nomeação e exoneração, não há necessidade de motivação, mas, caso haja motivação, o administrador ficará vinculado a seus termos.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
15(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) O motivo do ato não se
confunde com a motivação da autoridade administrativa, pois a motivação diz respeito às formalidades do ato.
16(CESPE/TJRO/Oficial de Justica/2012) A nomeação de cidadão para
cargo público em comissão deverá ser feita por autoridade competente, que é obrigada a apresentar os motivos dessa nomeação por escrito, conforme o princípio da motivação.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
17(CESPE/TJAL/Auxiliar Judiciário/2012) Segundo a teoria dos motivos
determinantes, a motivação expressa — declaração pela administração pública das razões para a prática do ato — é exigível apenas para os atos vinculados.
18(CESPE/DPE-TO/2012) Por ter sido adotado na CF o princípio da
inafastabilidade da jurisdição, o mérito do ato administrativo pode ser controlado pelo Poder Judiciário em qualquer circunstância.
ATO ADMINISTRATIVO
3) Atributos do Ato Administrativo:
Presunção de Legitimidade ↔ Presente em todos os atos
Imperatividade
Auto-executoriedade
Não estão presentes em todos
Tipicidade
os atos
ATO ADMINISTRATIVO
a) Presunção de Legitimidade ou de Legalidade:
Como decorrência de tal presunção, os atos administrativos
devem ser cumpridos, mesmo que contenham vício, até que
sejam anulados pela autoridade competente.
ATO ADMINISTRATIVO
a) Presunção de Legitimidade ou de Legalidade:
O ônus da prova é de quem alega a existência do vício na
formação do ato
Não se confunde com a presunção de veracidade dos atos
administrativos
ATO ADMINISTRATIVO
b)
Imperatividade:
Não está presente em todos os atos
É a possibilidade de a Administração
impor
os seus atos aos
particulares, independentemente da aquiescência deles
(unilateralmente)
ATO ADMINISTRATIVO
c) Auto-executoriedade:
Não está presente em todos os atos
É a possibilidade de a Administração executar os seus atos
direta
e
imediatamente,
independentemente
de
manifestação prévia do Poder Judiciário
ATO ADMINISTRATIVO
c) Auto-executoriedade:
Tal atributo não impede apreciação posterior por parte do
Poder Judiciário
Para alguns autores este atributo só existe quando
expressamente previsto em lei ou em situações de urgência
ATO ADMINISTRATIVO
c) Auto-executoriedade:
Exemplos de atos auto-executórios:
demolição de construções irregulares
apreensão de mercadorias irregulares
aplicação de multa
ATO ADMINISTRATIVO
c) Auto-executoriedade:
Exemplo de ato sem auto-executoriedade:
COBRANÇA
de
multa ou de dívida ativa
Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade
funcionam como limitadores de tal atributo
IMPORTANTE
CABM -
Exigibilidade e Executoriedade:
a) Exigibilidade – obrigação que o administrado tem de
cumprir o ato administrativo. Permite a utilização de
meios
indiretos
de coerção.
a) Executoriedade – possibilidade de a própria Administração
Pública praticar o ato administrativo ou compelir o
administrado a praticá-lo. Permite a utilização de
meios
diretos
de coerção.
IMPORTANTE
CABM -
Exigibilidade e Executoriedade:
Segundo o autor: “Quer-se dizer, pela exigibilidade pode-se
induzir à obediência, pela executoriedade pode-se compelir,
constranger fisicamente”
ATO ADMINISTRATIVO
d) Tipicidade:
Decorre do princípio da legalidade (CF, art. 5º)
É o atributo pelo qual o ato administrativo deve
corresponder a figuras definidas previamente pela lei como
aptas a produzir determinados resultados
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
19(CESPE/TJAL/Analista Administrativo/2012) A imperatividade é um
atributo de todos os atos administrativos.
20(CESPE/MCTI/Apoio Administrativo/2012) O ato administrativo goza
do atributo da exigibilidade, ou seja, só se pode exigir o seu cumprimento por meio de ação judicial.
21(CESPE/DPE-RO/2012) Todo ato administrativo goza do atributo da
autoexecutoriedade, a exemplo das obrigações pecuniárias como os tributos, que são exigíveis e autoexecutáveis.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
22(CESPE/ANCINE/Técnico em Regulação/2012) A imperatividade,
atributo inerente aos atos administrativos, é definida como o poder que a administração pública possui de executar diretamente os seus atos sem o controle do Poder Judiciário, admitindo-se o uso da força se autorizado pela lei.
ATO ADMINISTRATIVO
4) Principais formas de extinção do ato administrativo:
ANULAÇÃO X REVOGAÇÃO
CONTROLE DA
ANULAÇÃO X REVOGAÇÃO
ANULAÇÃO
REVOGAÇÃO
MOTIVO Ilegalidade/Ilegitimidade/Vício na Formação do Ato Inconveniência/ Inoportunidade PRESSUPOSTO Ato Inválido Ato Válido
CONTROLE De Legalidade De Mérito
QUEM FAZ
Poder Judiciário (mediante provocação) ou a própria Administração Pública (de
ofício ou mediante provocação)
Somente pela própria
Administração Pública (de ofício ou mediante provocação)
ANULAÇÃO X REVOGAÇÃO
ANULAÇÃO
REVOGAÇÃO
EFEITOS Retroativo (Ex-tunc) (Ex-nunc) Proativo DIREITO ADQUIRIDO Como regra, não respeita Respeita
NATUREZA Ato Vinculado (DEVE) Ato Discricionário (PODE)
ANULAÇÃO X REVOGAÇÃO
ATOS IRREVOGÁVEIS:
os atos consumados os atos vinculados
os atos que geram direitos adquiridos
os atos que integram um procedimento administrativo
os “meros atos administrativos” (certidões, pareceres, atestados)
ANULAÇÃO X REVOGAÇÃO
Lei 9.784/99, art. 54:
“O direito da Administração de anular os atos
administrativos de que decorram efeitos favoráveis para
os destinatários decai em 5 anos, contados da data em
que foram praticados, salvo comprovada má-fé.”
CONVALIDAÇÃO
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie
não acarretarem
lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros
, os atos
que apresentarem
defeitos sanáveis
poderão
ser convalidados
pela própria Administração.
Possibilidade de a Administração Pública consertar vícios sanáveis existentes em alguns elementos do ato administrativo.
TEORIA DUALISTA
QUANTO À VALIDADE:
1) Ato válido – elementos de acordo com a lei
2) Ato nulo – vício insanável (não cabe convalidação)
CONVALIDAÇÃO
Ou sanatória ou saneamento ou aperfeiçoamento Natureza: Ato Discricionário (Lei 9.784/99, art. 55) Só pode ser feita pela própria Administração
Não pode causar prejuízo ao interesse público e nem prejuízo a terceiros
CONVALIDAÇÃO
Vícios sanáveis (competência não exclusiva e forma não
essencial)
Efeitos: retroativos (ex-tunc)
Incidência: Ato vinculado ou discricionário
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
23(CESPE/TJRO/Oficial de Justica/2012) A anulação de ato administrativo
ocorre mediante ação judicial, ao passo que a revogação ocorre por meio de processo administrativo.
24(CESPE/DPRF-Agente Administrativo/2012) A anulação de um ato
administrativo depende de determinação do Poder Judiciário. A revogação, por outro lado, pode se dar por meio de processo administrativo.
25(CESPE/INSS/2016) Em decorrência do princípio da autotutela, não há
limites para o poder da administração de revogar seus próprios atos segundo critérios de conveniência e oportunidade.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
26(CESPE/Câmara Municipal/2015) Ao extinguir por meio de revogação, um ato
administrativo discricionário válido, a administração pública tem de fazê-lo em razão de oportunidade e conveniência, respeitando os efeitos já produzidos pelo ato até o momento.
27(CESPE/ENAP/Administrador/2015) O direito de a administração anular seus
próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, implica a desnecessidade de garantir o contraditório e a ampla defesa ao terceiro prejudicado.
28(CESPE/CGE-PI/Auditora/2015) A administração pode anular os próprios atos,
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada a apreciação judicial, bem como pode revogá-los quando eles estiverem eivados de vícios que os tornem ilegais.