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DIREITO ADMINISTRATIVO Estrutura da Administração Pública. Prof. Luís Gustavo. Fanpage: Luís Gustavo Bezerra de Menezes

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(1)

DIREITO ADMINISTRATIVO

Estrutura da Administração

Pública

Prof. Luís Gustavo

Fanpage: Luís Gustavo Bezerra de Menezes

Periscope: @ProfLuisGustavo

(2)

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

ADMINISTRAÇÃO

DIRETA

Conjunto de órgãos e

agentes públicos

integrantes da União,

dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios

ADMINISTRAÇÃO

INDIRETA

Autarquias

Fundações Públicas

Empresas Públicas

Sociedades de Economia

Mista

(3)

A organização administrativa da União foi inicialmente

estabelecida no Decreto-lei 200/67. Através do qual fica

estabelecido que a Administração Pública Federal é

compreende:

Administração Direta: que se constitui dos serviços integrados

na estrutura administrativa da Presidência da República e dos

Ministérios

Administração Indireta: formada pelo conjunto de autarquias,

fundações públicas, empresas públicas e sociedades de

economia mista.

(4)

CONCEITO

(5)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1(CESPE/TJRR/TecnicoJudiciario/2012) Administração pública, em sentido objetivo ou

material, consiste no conjunto de órgãos, agentes e pessoas jurídicas instituídas para a consecução dos objetivos do governo.

2(CESPE/TRE-MT/Analista Administrativo/2015) As atividades de polícia

administrativa, de prestação de serviço público e de fomento são próprias da administração pública em sentido objetivo.

3(CESPE/TRERJ/Analista Administrativo/2013) O estudo da administração pública, do

ponto de vista subjetivo, abrange a maneira como o Estado participa das atividades econômicas privadas.

4(CESPE/TCU/Procurador/2015) O poder de polícia e os serviços públicos são

exemplos de atividades que integram o conceito de administração pública sob o critério material.

(6)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

5(CESPE/DPU/2016) A administração pública em sentido formal, orgânico ou

subjetivo, compreende o conjunto de entidades, órgãos e agentes públicos no exercício da função administrativa. Em sentido objetivo, material ou funcional, abrange um conjunto de funções ou atividades que objetivam realizar o interesse público.

(7)

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

ÓRGÃOS PÚBLICOS

NÃO

possuem

personalidade jurídica

própria

NÃO

possuem

patrimônio próprio

ENTIDADES (OU ENTES

OU PESSOAS)

TODAS

possuem

personalidade jurídica

própria

TODAS

possuem

patrimônio próprio

(8)

ENTIDADES OU ENTES OU PESSOAS

ENTIDADE

POLÍTICA

ADMINISTRAÇÃO

DIRETA

(U/E/DF/M)

ENTIDADE

ADMINISTRATIVA

ADMINISTRAÇÃO

INDIRETA

(9)

ÓRGÃOS PÚBLICOS

Centros de Competência / Unidades de Atuação;

Integram a estrutura de uma Pessoa Jurídica

NÃO

possuem personalidade jurídica

NÃO

possuem patrimônio próprio

Criados e Extintos por Lei (

SEMPRE

)

Podem integrar a Administração Direta ou Indireta

(Lei 9.784/99)

(10)

ÓRGÃOS PÚBLICOS

Teoria dos Órgãos – Teoria da Imputação Volitiva

ALGUNS

possuem

Capacidade Processual (ou

Judiciária)

Resultam

da

DESCONCENTRAÇÃO

(11)

ÓRGÃO PÚBLICO

SEM PERSONALIDADE JURÍDICA

ALGUNS ÓRGÃOS

(INDEPENDENTES E AUTÔNOMOS)

CAPACIDADE PROCESSUAL (OU JUDICIÁRIA)

(12)

Súmula 525 - STJ

A Câmara de Vereadores não possui

personalidade jurídica, apenas personalidade

judiciária, somente podendo demandar em juízo

para defender os seus direitos institucionais.

(13)

Centralização x Descentralização

Concentração x Desconcentração

(14)

Centralização – o Estado exerce suas atribuições

diretamente através de seus órgãos e agentes da

Administração Direta.

Descentralização – o Estado exerce suas

atribuições através de outra pessoa física ou

jurídica. Poderá ocorrer por outorga ou por

delegação.

(15)

Descentralização por outorga – O Estado cria ou

autoriza a criação, por lei, de uma pessoa e pra

ela transfere a titularidade e a execução do

serviço.

Descentralização por delegação – O Estado

transfere somente a execução de determinado

serviço, sob sua fiscalização, através de ato ou

contrato administrativo.

(16)

Desconcentração – mera técnica admnistrativa de

distribuição interna de competências dentro de

uma mesma pessoa jurídica. Resulta na criação de

órgaõs públicos

(17)

DEVER DE CASA!

(18)

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

6(CESPE/STF/Analista Judiciário/2013) Segundo o entendimento do STJ,

a câmara municipal não possui personalidade jurídica, mas apenas personalidade judiciária, de modo que somente pode demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais, entendidos estes como sendo os relacionados ao funcionamento, à autonomia e à independência do órgão.

7(CESPE/CEF/Engenheiro/2014) Suponha que a administração pública

direta, após regular licitação, tenha transferido temporariamente a execução de determinado serviço público a empresa privada. Nessa situação, está caracterizado o fenômeno da prestação de serviço público por outorga.

(19)

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

8(CESPE/TRE-RS/Analista Administrativo/2015) Ao promover a descentralização por serviço, o poder público transfere ao ente descentralizado não apenas a execução, mas também a titularidade do serviço.

9(CESPE/TJDFT/Analista Judiciário/2015) De acordo com a teoria da

imputação, atualmente adotada no ordenamento jurídico brasileiro, a manifestação de vontade de pessoa jurídica dá-se por meio dos órgãos públicos, ou seja, conforme essa teoria, quando o agente do órgão manifesta sua vontade, a atuação é atribuída ao Estado.

10(CESPE/TRE-MT/Analista Administrativo/2015) Os órgãos públicos não têm

personalidade jurídica e podem integrar tanto a estrutura da administração direta como a da administração indireta.

(20)

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

11(CESPE/DPU/2016) A desconcentração de serviços é caracterizada

pelas situações em que o poder público cria, por meio de lei, uma pessoa jurídica e a ela atribui a execução de determinado serviço.

(21)

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

1) CRIAÇÃO (CF, art. 37, XIX):

XIX – somente por

lei específica

poderá ser

criada

autarquia e

autorizada a instituição

de empresa

pública, de sociedade de economia mista e de

fundação, cabendo à

lei complementar, neste

último caso

, definir as áreas de sua atuação;

(22)

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

2) CARACTERÍSTICAS COMUNS:

Resultam da descentralização por outorga (ou por

serviço)

TODAS

possuem personalidade jurídica própria

TODAS

possuem capacidade judiciária

Patrimônio próprio

(23)

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

2) CARACTERÍSTICAS COMUNS:

Como regra, sujeitam-se às regras de licitação e

contratos (Lei 8.666/93) e a concurso público

Sujeitam-se à proibição de acumulação de cargos,

empregos e funções

Sujeitam-se ao controle externo pelo Poder

Legislativo, com auxílio do TCU

(24)

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

2) CARACTERÍSTICAS COMUNS:

De acordo com o novo Código Civil, não se

sujeitam à falência (regime falimentar)

(25)

RESUMÃO!

ADMINISTRAÇÃO DIRETA X

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

(26)

RESUMÃO!

UNIÃO

MINISTÉRIOS (PREVIDÊNCIA) SECRETARIAS DIRETORIAS

INSS

GABINETES DIRETORIAS SEÇÕES DESCENTRALIZAÇÃO D E S C O N C E N T R A Ç Ã O S U B O R D I N A Ç Ã O VINCULAÇÃO

(27)

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

12(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) Uma das diferenças entre a

desconcentração e a descentralização administrativa é que nesta existe um vínculo hierárquico e naquela há o mero controle entre a administração central e o órgão desconcentrado, sem vínculo hierárquico.

13(CESPE/TRE-MT/Analista Administrativo/2015) As autarquias e as

fundações públicas são subordinadas hierarquicamente a órgãos da administração direta.

14(CESPE/TREMS/Técnico Judiciário/2013) A chamada centralização

desconcentrada é a atribuição administrativa cometida a uma única pessoa jurídica dividida internamente em diversos órgãos

(28)

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

3) ENTIDADES EM ESPÉCIE:

a) Autarquias

b) Fundações Públicas

c) Empresas Públicas

(29)

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

A) AUTARQUIAS:

DL 200/67:

Serviço autônomo, criado por lei, com personalidade

jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar

atividades típicas da Administração Pública, que

requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão

administrativa e financeira descentralizada.

(30)

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

A) AUTARQUIAS:

Criadas e extintas por lei específica (CF, art. 37,

XIX), sem necessidade de registro

Exercem atividade típica do Estado

Personalidade jurídica de direito público, ou

seja, sujeita-se a regime jurídico de direito

público.

(31)

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

A) AUTARQUIAS:

Regime de Pessoal: regime jurídico único

estatutário

, reestabelecido através de medida

cautelar deferida pela Corte Suprema, no julgamento

da ADI 2.135/DF, de 02 de agosto de 2007.

Juízo Competente (Foro Processual):

União – Justiça Federal

(32)

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

A) AUTARQUIAS:

Imunidade tributária recíproca abrangendo

apenas os impostos sobre patrimônio, renda e

serviços vinculados às suas finalidades essenciais

ou às delas decorrentes (CF, art. 150,

§ 2º.)

(33)

a) AUTARQUIAS:

(34)

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

b) FUNDAÇÕES PÚBLICAS:

Lei específica só autoriza a criação (CF, art. 37,

XIX)

Função social sem fins lucrativos

Personalidade jurídica de direito público ou de

direito privado (depende da criação)

(35)

PERSONALDIADE JURÍDICA DAS FUNDAÇÕES

PÚBLICAS

FUNDAÇÃO PÚBLICA COM

PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO

CRIADA POR LEI ESPECÍFICA

FUNDAÇÃO AUTÁRQUICA

FUNDAÇÃO PÚBLICA COM

PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO

LEI ESPECÍFICA AUTORIZA A CRIACÃO

FUNDAÇÃO GOVERNAMENTAL

(36)

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

b) FUNDAÇÕES PÚBLICAS:

Regime de Pessoal: regime jurídico único

estatutário

, reestabelecido através de medida

cautelar deferida pela Corte Suprema, no julgamento

da ADI 2.135/DF, de 02 de agosto de 2007.

Juízo Competente (Foro Processual):

União – Justiça Federal

(37)

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

b) FUNDAÇÕES PÚBLICAS:

Imunidade tributária recíproca abrangendo

apenas os impostos sobre patrimônio, renda e

serviços vinculados às suas finalidades essenciais

ou às delas decorrentes (CF, art. 150,

§ 2º.)

(38)

b) FUNDAÇÕES PÚBLICAS:

(39)

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

c) Empresas Estatais (SEM e EP)

Lei específica só autoriza a criação (CF, art. 37, XIX)

Prestação de serviço público e/ou exploração de

atividade econômica

Personalidade jurídica de direito privado

Regime jurídico híbrido

(40)

DIFERENÇAS

DIFERENÇAS EMPRESAS PÚBLICAS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA

FORMAÇÃO DO CAPITAL Exclusivamente Público Majoritariamente Público

FORMA SOCIETÁRIA

Qualquer forma

permitida no Direito Só pode ser S/A

JUÍZO COMPETENTE

União – Justiça Federal Estado/Município –

Justiça Estadual

Justiça Estadual – U/E/DF/M

(41)

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

SÚMULA 517 - STF

“As sociedades de economia mista só têm foro na

justiça federal, quando a União intervém como

assistente ou oponente.”

(42)

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

CUIDADO!

(CESPE/MP-RR/2012) A empresa pública tem

capital inteiramente público, razão por que dele

não pode participar sociedade de economia mista,

cujo capital é parcialmente privado.

(ERRADO)

(43)

EXEMPLOS

EMPRESA PÚBLICA SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA

(44)

CONCEITOS RELEVANTES

a) Agência Executiva:

Lei 9.649/98

Não configuram com o uma nova forma na

estrutura da Administração Pública.

Qualificação que pode ser dada pelo Poder

Executivo à autarquia ou fundação pública que

celebrar contrato de gestão com o respectivo

Ministério supervisor, com a finalidade de cumprir

objetivos e metas com este acertados.

(45)

CONCEITOS RELEVANTES

b) Agência Reguladora

Autarquias em regime especial (maior estabilidade

e independência);

Dirigentes nomeados pelo Presidente da República

após aprovação do Senado Federal;

Mandato fixo dos dirigentes;

Perda do mandato por renúncia, condenação

judicial transitada em julgado ou processo

administrativo disciplinar;

(46)

CONCEITOS RELEVANTES

c) Consórcios Públicos (Lei 11.107/05)

Art. 6

o

O consórcio público adquirirá personalidade

jurídica:

I – de direito público, no caso de constituir

associação

pública

, mediante a vigência das leis de ratificação do

protocolo de intenções;

II – de direito privado, mediante o atendimento dos

requisitos da legislação civil.

(47)

CONCEITOS RELEVANTES

c) Consórcios Públicos (Lei 11.107/05)

Código Civil, art. 41 – “São pessoas jurídicas de direito

público interno:

IV – as autarquias, inclusive as associações”

Art. 6

º,

§ 1

º

- O consórcio público com personalidade

jurídica de direito público integra a administração

indireta de todos os entes da Federação consorciados.

(48)

CONCEITOS RELEVANTES

d) Entidades Paraestatais

São pessoas jurídicas de direito privado que

atuam paralelamente ao Estado exercendo

(49)

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

15(CESPE/TJDFT/Oficial de Justiça/2015) A criação, pela União, de

sociedade de economia mista depende de autorização legislativa. Autorizada, a sociedade deverá assumir a forma de sociedade anônima, e a maioria de suas ações com direito a voto pertencerão à União ou a entidade da administração indireta.

16(CESPE/TRE-RS/Analista Administrativo/2015) Não se admite a

participação social de pessoas jurídicas de direito privado em empresas públicas, por ser público o seu capital.

(50)

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

17(CESPE/TJDFT/Juiz/2015) As autarquias são serviços autônomos,

criados por lei, com natureza jurídica de direito privado e personalidade jurídica própria.

18(CESPE/TJDFT/Juiz/2015) As empresas públicas e as sociedades de

economia mista são entidades com natureza jurídica de direito privado e capital exclusivo do ente estatal que as instituir.

19(CESPE/DPE-RN/Defensor Público/2015) As empresas públicas e a

sociedade de economia mista, entidades da administração indireta com natureza jurídica de direito privado, devem constituir-se sob a forma jurídica de sociedade anônima.

(51)

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

20(CESPE/TJCE/Analista Judiciário/2014) As autarquias são entidades

criadas pelos entes federativos para a execução atividades que requeiram gestão administrativa e financeira descentralizada, porém, o ente federativo continuará titular do serviço, sendo responsável, dessa forma, pelos atos praticados pela autarquia.

21(CESPE/PGEBA/Procurador/2014) Desde que presentes a relevância e

urgência da matéria, a criação da autarquia pode ser autorizada por medida provisória, devendo, nesse caso, ser providenciado o registro do ato constitutivo na junta comercial competente.

(52)

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

1 F 2 V 3 F 4 V 5 V 6 V 7 F 8 V 9 V 10 V 11 F 12 F 13 F 14 V 15 V 16 F 17 F 18 F 19 F 20 F 21 F

(53)

DIREITO ADMINISTRATIVO

Responsabilidade Civil do Estado

Prof. Luís Gustavo

Fanpage: Luís Gustavo Bezerra de Menezes

Periscope: @ProfLuisGustavo

(54)

RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

(CF, art. 37)

§

6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito

privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos

danos

que seus agentes, nessa qualidade, causarem a

terceiros, assegurado o direito de regresso contra o

responsável nos casos de dolo ou culpa.

(55)

RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

CF, art. 37, § 6º

Responsabilidade da

Administração Pública (Estado)

OBJETIVA Independe da comprovação de dolo ou culpa Responsabilidade do Agente Público (Servidor) SUBJETIVA

Depende da comprovação de dolo ou culpa

AÇÃO REGRESSIVA

(56)

EVOLUÇÃO HISTÓRICA

Irresponsabilidade do Estado

Responsabilidade Subjetiva do Estado Responsabilidade Objetiva do Estado

(Adotada atualmente na CF)

Teoria do Risco Administrativo (≠ Risco Integral)

(57)

EVOLUÇÃO HISTÓRICA

TEORIA DO RISCO

ADMINISTRATIVO

Admite fatores de redução ou exclusão da responsabilidade do

Estado

TEORIA DO RISCO

INTEGRAL

Não admite fatores de redução ou exclusão da responsabilidade do

Estado

(58)

EVOLUÇÃO HISTÓRICA

Responsabilidade Objetiva do Estado

(Adotada atualmente na CF)

Teoria do Risco Administrativo

Dano / Prejuízo

Nexo Causal (Causa e Efeito)

(59)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1(CESPE/TRT10/Analista Judiciário/2012) A responsabilidade civil do

Estado é objetiva, sendo obrigatória configuração da culpa para a eclosão do evento danoso.

2(CESPE/TJRR/Tecnico Judiciario/2012) A responsabilidade civil da

pessoa jurídica de direito público em face de particular que tenha sofrido algum dano pode ser reduzida, ou mesmo excluída, havendo culpa concorrente da vítima ou tendo sido ela a única culpada pelo dano.

(60)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

3(CESPE/TRT10/Analista Judiciário/2012) A teoria do risco integral

obriga o Estado a reparar todo e qualquer dano, independentemente de a vítima ter concorrido para o seu aperfeiçoamento.

4(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) À semelhança do que ocorre

no direto civil, o direito administrativo admite a culpa concorrente da vítima, considerando-a causa atenuante da responsabilidade civil do Estado.

5(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) O ordenamento jurídico

brasileiro adota a teoria da irresponsabilidade do Estado.

(61)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

6(CESPE/ANATEL/2008) A responsabilidade civil do Estado poderá ser

afastada se comprovada a culpa exclusiva da vítima, ou mitigada a reparação na hipótese de concorrência de culpa.

7(CESPE/CAPES/2012) A responsabilidade objetiva do Estado

fundamenta-se na teoria do risco administrativo.

(62)

ABRANGÊNCIA

PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO

U/E/DF/M

Autarquias

Agências Reguladoras

Fundações Autárquicas

PESSOA JURÍDICA DE DIREITO

PRIVADO PRESTADORA DE

SERVIÇO PÚBLICO

Fundações Governamentais Empresas Públicas

Sociedades de Economia Mista Concessionárias

Permissionárias Autorizatárias

(63)

OBSERVAÇÕES NOTÁVEIS

A regra do art. 37, § 6º. abrange, apenas, danos causados por

ação de seus agentes, sendo por atividade lícita ou ilícita;

EP e SEM exploradoras de atividade econômica respondem

de forma subjetiva (não é objetiva!) pelo dano causado por

seus agentes;

A responsabilidade objetiva abrange pessoa jurídica não

integrante da estrutura da Administração Pública;

(64)

OBSERVAÇÕES NOTÁVEIS

STF – a responsabilidade civil objetiva das prestadoras de

serviço público abrange os danos causados a terceiros

usuários e não-usuários do serviço público;

Para caracterizar a responsabilidade civil do Estado é

essencial que o agente causador do dano esteja atuando na

qualidade de agente público;

(65)

OBSERVAÇÕES NOTÁVEIS

STF – “não podendo o Estado ser responsabilizado

senão

quando o agente estatal estiver a exercer seu ofício ou

função, ou a proceder como se estivesse a exercê-la

”;

STF – quando o Estado estiver na custódia de coisas ou

pessoas (garante), haverá

responsabilidade objetiva

deste,

ainda que haja conduta

omissiva

de seus agentes;

(Teoria do

Risco Administrativo)

(66)

OBSERVAÇÕES NOTÁVEIS

STF – “É certo, no entanto, que o princípio da

responsabilidade objetiva não se reveste de caráter absoluto,

eis que

admite o abrandamento e, até mesmo, a exclusão

da

própria responsabilidade civil do Estado, nas hipóteses

excepcionais configuradoras de situações liberatórias –

como

caso fortuito e força maior

– ou evidenciadoras de ocorrência

de culpa atribuível à própria vítima”

(67)

OBSERVAÇÕES NOTÁVEIS

CF, art. 21, XXIII - d) a responsabilidade civil por danos

nucleares

independe

da

existência

de

culpa

(Responsabilidade Objetiva).

(68)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

8(CESPE/TRF-2/Juiz/2012) No caso de danos decorrentes de acidentes

nucleares, o Estado só responderá civilmente caso seja demonstrada a falha na prestação de serviço, podendo, inclusive, alegar caso fortuito e força maior.

9(CESPE/TRT10/Analista Judiciário/2012) Conforme jurisprudência do

STF, no caso de suicídio de detento que esteja sob a custódia do sistema prisional, configurar-se-á a responsabilidade do Estado na modalidade objetiva, devido a conduta omissiva estatal.

(69)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

10(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) Segundo a CF, a

responsabilidade civil do Estado abrange as pessoas jurídicas de direito público, as de direito privado prestadoras de serviços públicos e as executoras de atividade econômica.

11(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) Para configurar a

responsabilidade civil do Estado, o agente público causador do dano deve ser servidor público estatutário e possuir vínculo direto com a administração.

(70)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

12(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) Para configurar a

responsabilidade civil do Estado, o agente público causador do prejuízo a terceiros deve ter agido na qualidade de agente público, sendo irrelevante o fato de ele atuar dentro, fora ou além de sua competência legal.

13(CESPE/TJRR/Tecnico Judiciario/2012) As pessoas jurídicas de direito

público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos respondem objetivamente pelos eventuais danos que seus agentes causarem a terceiros ao prestarem tais serviços.

(71)

RESPONSABILIDADE

SUBJETIVA

DO ESTADO

TEORIA DA CULPA ADMINISTRATIVA OU CULPA ANÔNIMA OU

FAUTE DE SERVICE

STF – “tratando-se de

ato omissivo

do poder público, a

responsabilidade civil por tal ato é

subjetiva

, pelo que exige

dolo ou culpa, numa de suas três vertentes, negligência,

imperícia ou imprudência, não sendo, entretanto necessário

individualizá-la, dado que pode ser atribuída ao serviço público,

de forma genérica, a

faute de service

dos franceses.”

(72)

RESPONSABILIDADE

SUBJETIVA

DO ESTADO

TEORIA DA CULPA ADMINISTRATIVA OU CULPA ANÔNIMA OU FAUTE

DE SERVICE

Omissão do Estado

Falha do serviço

Falta do serviço Atraso do serviço

(Culpa especial) Não Prestação do serviço

(73)

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

14(CESPE/TRT10/Analista Judiciário/2012) Pela teoria da faute du

service, ou da culpa do serviço, eventual falha é imputada pessoalmente ao funcionário culpado, isentando a administração da responsabilidade pelo dano causado.

15(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) A responsabilidade civil do

Estado refere-se à obrigação de reparar os danos causados por seus agentes a terceiros em decorrência de suas atuações, mas não por suas omissões.

(74)

AÇÃO DE REPARAÇÃO DO DANO E AÇÃO REGRESSIVA

A posição mais recente do STF é que a ação de reparação do dano deve ser contra a Administração, não podendo ser intentada diretamente

contra o agente público ou através de litisconsórcio passivo entre este e o Estado;

É inaplicável a denunciação da lide pela Adminstração a seus agentes públicos;

A ação regressiva é uma ação imprescritível (CF, art. 37, §5º.) ;

O direito de regresso só ocorre quando a Administração comprova que já foi condenada a indenizar a vítima;

(75)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

(CESPE/TRT10/Analista Judiciário/2012) Todos os anos, na estação

chuvosa, a região metropolitana de determinado município é acometida por inundações, o que causa graves prejuízos a seus moradores. Estudos no local demonstraram que os fatores preponderantes causadores das enchentes são o sistema deficiente de captação de águas pluviais e o acúmulo de lixo nas vias públicas.

Considerando essa situação hipotética, julgue os itens subsequentes.

(76)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

16. Caso algum cidadão pretenda ser ressarcido de prejuízos sofridos,

poderá propor ação contra o Estado ou, se preferir, diretamente contra o agente público responsável, visto que a responsabilidade civil na situação hipotética em apreço é solidária.

17. De acordo com a jurisprudência e a doutrina dominante, na hipótese

em pauta, casa haja danos a algum cidadão e reste provada conduta omissiva por parte do Estado, a responsabilidade deste será subjetiva.

(77)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

18(CESPE/TRT10/Analista Judiciário/2012) A reparação do dano à

pessoa lesada por ato emanado de agente público no exercício de suas funções pode ser consumada tanto na via administrativa, por acordo entre a pessoa jurídica civilmente responsável e o lesado, como por ação judicial de indenização.

19(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) O Estado será responsável

pelos danos que seus agentes causarem, sendo incabível a ação regressiva mesmo no caso de dolo e culpa do agente.

(78)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

20(CESPE/TCU/AFCE/2009) Se esse ilícito causar dano a terceiros, a

União responderá objetivamente, mas só poderá agir regressivamente contra o servidor se ficar comprovado que ele agiu dolosamente.

(79)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

GABARITO

Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 79

1 F 2 V 3 V 4 V 5 F

6 V 7 V 8 F 9 V 10 F 11 F 12 V 13 V 14 F 15 F 16 F 17 V 18 V 19 F 20 F

(80)

DIREITO ADMINISTRATIVO

Atos Administrativos

Prof. Luís Gustavo

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(81)

ATO ADMINISTRATIVO

1) CONCEITO:

É espécie de ato jurídico

Manifestação unilateral de vontade (volitiva) do Estado ou de quem lhe faça as vezes

Regime de direito público (prerrogativas do Estado) Finalidade de interesse público

(82)

ATO ADMINISTRATIVO

1) CONCEITO:

HLM:

“ato administrativo é toda manifestação

unilateral de vontade da Administração Pública que,

agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato

adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e

declarar direitos, ou impor obrigações aos

administrados ou a si própria”

(83)

ATO ADMINISTRATIVO

1) CONCEITO:

MSZP:

“a declaração do Estado

ou de quem o

represente

, que produz efeitos jurídicos imediatos com

observância da lei, sob regime jurídico de direito público

e sujeita a controle do Poder Judiciário”

(84)

ATO ADMINISTRATIVO

1) CONCEITO:

É bom frisar que a Administração também pratica atos

regidos predominantemente pelo Direito Privado

(desprovida de suas prerrogativas). Nesse caso, tem-se

um

ato da administração

(85)

ATO ADMINISTRATIVO

CUIDADO!

Ato da Administração – num sentido amplo, este conceito

engloba:

os atos administrativos propriamente dito

os atos regidos pelo direito privado

(86)

Quem emite ato administrativo?

Particulares

que

representem o Estado,

no

exercício

de

prerrogativas públicas.

Ex: concessionárias de

serviço público

(87)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1(CESPE/ANATEL/2009) Ato administrativo é aquele praticado no

exercício concreto da função administrativa pelos órgãos do Poder Executivo ou pelos órgãos judiciais e legislativos. Assim, um tribunal de justiça estadual, quando concede férias aos seus servidores, desempenha uma função administrativa.

2(CESPE/TJAL/Analista Administrativo/2012) Todo ato praticado no

exercício da função administrativa consiste em ato da administração.

3(CESPE/MMA/2009) Todo ato praticado no exercício de função

(88)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

4(CESPE/PC-AL/Delegado/2012) O fato administrativo é conceituado

(89)

ATO ADMINISTRATIVO

2) Elementos ou Requisitos de Validade do Ato Administrativo (Lei 4.717/65):

COMpetência

FInalidade elementos sempre vinculados FORma

Motivo

podem

ser elementos vinculados

ou não

OBjeto

(90)

ATO ADMINISTRATIVO

a) COMPETÊNCIA (≠ Capacidade)

Lei 9.784/99, art. 11 ao 17

Elemento sempre vinculado

Poder legal (LEI)

Irrenunciável,

intransferível,

imodificável

e

imprescritível

(91)

DELEGAÇÃO X AVOCAÇÃO

DELEGAÇÃO:

Passar / Transferir

Regra

→ Possibilidade (Ato Discricionário)

Exceção

→ Salvo se houver impedimento legal (art.

(92)

DELEGAÇÃO X AVOCAÇÃO

DELEGAÇÃO:

Pode ocorrer entre órgãos/autoridades com o mesmo

nível hierárquico

Parcial e por prazo determinado

Com ou sem ressalva de exercício

Revogável a qualquer tempo

(93)

DELEGAÇÃO X AVOCAÇÃO

DELEGAÇÃO:

Exige publicação oficial, bem como na sua revogação

A responsabilidade é de quem pratica (do delegado)

Razões: circunstâncias de ordem TJ TSE

(94)

DELEGAÇÃO X AVOCAÇÃO

MATÉRIAS INDELEGÁVEIS (Lei 9.784/99, Art. 13)

Matéria de competência exclusiva de órgão ou autoridade Edição de atos de caráter normativo

(95)

DELEGAÇÃO X AVOCAÇÃO

AVOCAÇÃO:

Puxar / Chamar

Medida de caráter excepcional e temporária Exige motivaçao

Exige relação de subordinação

(96)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

5(CESPE/TCU/2015) É proibido delegar a edição de atos

de caráter normativo.

6(CESPE/TCU/2015) Ao delegar a prática de

determinado ato administrativo, a autoridade delegante

transfere a titularidade para sua prática.

(97)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

7(CESPE/MP-RR/2012) De acordo com a legislação aplicável à

matéria, a decisão de recursos administrativos pela

autoridade competente não pode ser objeto de delegação.

8(CESPE/TCU/2011) Delegação não transfere competência,

mas somente, e em caráter temporário, transfere o exercício

de parte das atribuições do delegante.

9(CESPE/FUB/2015) A competência, finalidade, forma, o

motivo, objeto e a legalidade são considerados requisitos dos

atos administrativos.

(98)

ATO ADMINISTRATIVO

b) FINALIDADE

Elemento sempre vinculado

Finalidade geral ↔ interesse público (Princípio da

Impessoalidade)

Finalidade específica ↔ resultado específico a ser

(99)

ABUSO DE PODER

1) Excesso de Poder:

Ocorre quando o agente público excede os limites de

sua competência

2) Desvio de Poder:

Ocorre quando o agente público pratica ato com

finalidade diversa do interesse público (geral) ou

quando a lei não prevê aquela finalidade (específica)

(100)

RESUMÃO

EXCESSO DE PODER

VÍCIO DE COMPETÊNCIA

DESVIO DE PODER (DE

FINALIDADE)

(101)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

10(CESPE/TREMS/Analista Administrativo/2012) Configura excesso de poder o

ato do administrador público que remove um servidor de ofício com o fim de puni-lo.

11(CESPE/TJRR/Tecnico Judiciario/2012) Caracteriza desvio de finalidade,

espécie de abuso de poder, a conduta do agente que, embora dentro de sua competência, se afasta do interesse público, que deve nortear todo o desempenho administrativo, para alcançar fim diverso daquele que a lei lhe permitiu.

12(CESPE/TRE-RS/Técnico Judiciário/2015) O fenômeno da tredestinação lícita

se aplica a atos administrativos de desapropriação, quando a finalidade específica é alterada, mas mantém-se a finalidade genérica, de modo que o interesse público continue a ser atendido.

(102)

ATO ADMINISTRATIVO

c

) FORMA:

Elemento sempre vinculado

O ato administrativo não pode ser praticado de forma livre,

devendo possuir a forma prevista em lei

(103)

ATO ADMINISTRATIVO

d) MOTIVO (≠ MOTIVAÇÃO):

Pode ser elemento vinculado (AV) ou não-vinculado (AD)

É a situação de fato ou de direito que autoriza ou determina

a prática do ato.

(104)

ATO ADMINISTRATIVO

d) OBJETO (= CONTEÚDO):

Pode ser elemento vinculado (AV) ou não-vinculado (AD)

É o efeito imediato decorrente do ato administrativo

(105)

RESUMÃO

COM

petência ↔ QUEM?

FI

nalidade ↔ PARA QUE?

FOR

ma ↔ COMO?

MO

tivo ↔ POR QUE?

(106)

OBSERVAÇÕES RELEVANTES

1) MOTIVAÇÃO (≠ MOTIVO)

É a justificativa da prática do ato (expor o motivo)

É a exposição da situação de fato ou de direito que autoriza

ou determina a prática do ato

Como regra, a motivação é obrigatória em todos os atos

(vinculados ou discricionários)

(107)

OBSERVAÇÕES RELEVANTES

1) MOTIVAÇÃO (≠ MOTIVO)

Lei 9.784/99, art. 50

A ausência de motivação, quando ela é obrigatória,

caracteriza

vício de forma

Exemplo de ato que dispensa motivação: nomeação e

(108)

OBSERVAÇÕES RELEVANTES

1) MOTIVAÇÃO (≠ MOTIVO)

Explícita, clara e congruente

Motivação expressa ou alliunde (em forma de

considerandos, por referência)

(109)

OBSERVAÇÕES RELEVANTES

2) TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES

Consiste em apurar a ocorrência da justificativa utilizada

pela Administração Pública na prática do ato.

Não importa se o ato deveria ou não ser motivado. O que

importa é que o ato foi motivado.

(110)

OBSERVAÇÕES RELEVANTES

2) TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES

Através desta teoria, o agente público fica

vinculado aos motivos expostos, sob pena de

nulidade do ato administrativo

CUIDADO!

Esta teoria não transforma o ato

(111)

OBSERVAÇÕES RELEVANTES

3) MÉRITO DO ATO ADMINISTRATIVO

É a possibilidade de o administrador praticar ou não o ato,

de acordo com a sua oportunidade e conveniência

É formado pelo conjunto motivo + objeto, nos atos

discricionários.

NÃO HÁ MÉRITO EM ATO VINCULADO!

O Poder Judiciário não controla o mérito dos atos

administrativos, porém, sempre haverá controle de legalidade.

(112)

RESUMÃO

MÉRITO DO ATO ADMINISTRATIVO

ATO DISCRICIONÁRIO

MOTIVO + OBJETO

(113)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

13(CESPE/TCU/2009) De acordo com a disciplina prevista na Lei da Ação

Popular, o ato administrativo apresenta os seguintes elementos ou requisitos: competência, forma, objeto, motivo e finalidade.

14(CESPE/TRF-2/Juiz/2012) Em razão da teoria dos motivos

determinantes, no caso de exoneração ad nutum de ocupante de cargo em comissão, de livre nomeação e exoneração, não há necessidade de motivação, mas, caso haja motivação, o administrador ficará vinculado a seus termos.

(114)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

15(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) O motivo do ato não se

confunde com a motivação da autoridade administrativa, pois a motivação diz respeito às formalidades do ato.

16(CESPE/TJRO/Oficial de Justica/2012) A nomeação de cidadão para

cargo público em comissão deverá ser feita por autoridade competente, que é obrigada a apresentar os motivos dessa nomeação por escrito, conforme o princípio da motivação.

(115)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

17(CESPE/TJAL/Auxiliar Judiciário/2012) Segundo a teoria dos motivos

determinantes, a motivação expressa — declaração pela administração pública das razões para a prática do ato — é exigível apenas para os atos vinculados.

18(CESPE/DPE-TO/2012) Por ter sido adotado na CF o princípio da

inafastabilidade da jurisdição, o mérito do ato administrativo pode ser controlado pelo Poder Judiciário em qualquer circunstância.

(116)

ATO ADMINISTRATIVO

3) Atributos do Ato Administrativo:

Presunção de Legitimidade ↔ Presente em todos os atos

Imperatividade

Auto-executoriedade

Não estão presentes em todos

Tipicidade

os atos

(117)

ATO ADMINISTRATIVO

a) Presunção de Legitimidade ou de Legalidade:

Como decorrência de tal presunção, os atos administrativos

devem ser cumpridos, mesmo que contenham vício, até que

sejam anulados pela autoridade competente.

(118)

ATO ADMINISTRATIVO

a) Presunção de Legitimidade ou de Legalidade:

O ônus da prova é de quem alega a existência do vício na

formação do ato

Não se confunde com a presunção de veracidade dos atos

administrativos

(119)

ATO ADMINISTRATIVO

b)

Imperatividade:

Não está presente em todos os atos

É a possibilidade de a Administração

impor

os seus atos aos

particulares, independentemente da aquiescência deles

(unilateralmente)

(120)

ATO ADMINISTRATIVO

c) Auto-executoriedade:

Não está presente em todos os atos

É a possibilidade de a Administração executar os seus atos

direta

e

imediatamente,

independentemente

de

manifestação prévia do Poder Judiciário

(121)

ATO ADMINISTRATIVO

c) Auto-executoriedade:

Tal atributo não impede apreciação posterior por parte do

Poder Judiciário

Para alguns autores este atributo só existe quando

expressamente previsto em lei ou em situações de urgência

(122)

ATO ADMINISTRATIVO

c) Auto-executoriedade:

Exemplos de atos auto-executórios:

demolição de construções irregulares

apreensão de mercadorias irregulares

aplicação de multa

(123)

ATO ADMINISTRATIVO

c) Auto-executoriedade:

Exemplo de ato sem auto-executoriedade:

COBRANÇA

de

multa ou de dívida ativa

Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade

funcionam como limitadores de tal atributo

(124)

IMPORTANTE

CABM -

Exigibilidade e Executoriedade:

a) Exigibilidade – obrigação que o administrado tem de

cumprir o ato administrativo. Permite a utilização de

meios

indiretos

de coerção.

a) Executoriedade – possibilidade de a própria Administração

Pública praticar o ato administrativo ou compelir o

administrado a praticá-lo. Permite a utilização de

meios

diretos

de coerção.

(125)

IMPORTANTE

CABM -

Exigibilidade e Executoriedade:

Segundo o autor: “Quer-se dizer, pela exigibilidade pode-se

induzir à obediência, pela executoriedade pode-se compelir,

constranger fisicamente”

(126)

ATO ADMINISTRATIVO

d) Tipicidade:

Decorre do princípio da legalidade (CF, art. 5º)

É o atributo pelo qual o ato administrativo deve

corresponder a figuras definidas previamente pela lei como

aptas a produzir determinados resultados

(127)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

19(CESPE/TJAL/Analista Administrativo/2012) A imperatividade é um

atributo de todos os atos administrativos.

20(CESPE/MCTI/Apoio Administrativo/2012) O ato administrativo goza

do atributo da exigibilidade, ou seja, só se pode exigir o seu cumprimento por meio de ação judicial.

21(CESPE/DPE-RO/2012) Todo ato administrativo goza do atributo da

autoexecutoriedade, a exemplo das obrigações pecuniárias como os tributos, que são exigíveis e autoexecutáveis.

(128)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

22(CESPE/ANCINE/Técnico em Regulação/2012) A imperatividade,

atributo inerente aos atos administrativos, é definida como o poder que a administração pública possui de executar diretamente os seus atos sem o controle do Poder Judiciário, admitindo-se o uso da força se autorizado pela lei.

(129)

ATO ADMINISTRATIVO

4) Principais formas de extinção do ato administrativo:

ANULAÇÃO X REVOGAÇÃO

CONTROLE DA

(130)

ANULAÇÃO X REVOGAÇÃO

ANULAÇÃO

REVOGAÇÃO

MOTIVO Ilegalidade/Ilegitimidade/Vício na Formação do Ato Inconveniência/ Inoportunidade PRESSUPOSTO Ato Inválido Ato Válido

CONTROLE De Legalidade De Mérito

QUEM FAZ

Poder Judiciário (mediante provocação) ou a própria Administração Pública (de

ofício ou mediante provocação)

Somente pela própria

Administração Pública (de ofício ou mediante provocação)

(131)

ANULAÇÃO X REVOGAÇÃO

ANULAÇÃO

REVOGAÇÃO

EFEITOS Retroativo (Ex-tunc) (Ex-nunc) Proativo DIREITO ADQUIRIDO Como regra, não respeita Respeita

NATUREZA Ato Vinculado (DEVE) Ato Discricionário (PODE)

(132)

ANULAÇÃO X REVOGAÇÃO

ATOS IRREVOGÁVEIS:

os atos consumados os atos vinculados

os atos que geram direitos adquiridos

os atos que integram um procedimento administrativo

os “meros atos administrativos” (certidões, pareceres, atestados)

(133)

ANULAÇÃO X REVOGAÇÃO

Lei 9.784/99, art. 54:

“O direito da Administração de anular os atos

administrativos de que decorram efeitos favoráveis para

os destinatários decai em 5 anos, contados da data em

que foram praticados, salvo comprovada má-fé.”

(134)

CONVALIDAÇÃO

Art. 55. Em decisão na qual se evidencie

não acarretarem

lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros

, os atos

que apresentarem

defeitos sanáveis

poderão

ser convalidados

pela própria Administração.

Possibilidade de a Administração Pública consertar vícios sanáveis existentes em alguns elementos do ato administrativo.

(135)

TEORIA DUALISTA

QUANTO À VALIDADE:

1) Ato válido – elementos de acordo com a lei

2) Ato nulo – vício insanável (não cabe convalidação)

(136)

CONVALIDAÇÃO

Ou sanatória ou saneamento ou aperfeiçoamento Natureza: Ato Discricionário (Lei 9.784/99, art. 55) Só pode ser feita pela própria Administração

Não pode causar prejuízo ao interesse público e nem prejuízo a terceiros

(137)

CONVALIDAÇÃO

Vícios sanáveis (competência não exclusiva e forma não

essencial)

Efeitos: retroativos (ex-tunc)

Incidência: Ato vinculado ou discricionário

(138)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

23(CESPE/TJRO/Oficial de Justica/2012) A anulação de ato administrativo

ocorre mediante ação judicial, ao passo que a revogação ocorre por meio de processo administrativo.

24(CESPE/DPRF-Agente Administrativo/2012) A anulação de um ato

administrativo depende de determinação do Poder Judiciário. A revogação, por outro lado, pode se dar por meio de processo administrativo.

25(CESPE/INSS/2016) Em decorrência do princípio da autotutela, não há

limites para o poder da administração de revogar seus próprios atos segundo critérios de conveniência e oportunidade.

(139)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

26(CESPE/Câmara Municipal/2015) Ao extinguir por meio de revogação, um ato

administrativo discricionário válido, a administração pública tem de fazê-lo em razão de oportunidade e conveniência, respeitando os efeitos já produzidos pelo ato até o momento.

27(CESPE/ENAP/Administrador/2015) O direito de a administração anular seus

próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, implica a desnecessidade de garantir o contraditório e a ampla defesa ao terceiro prejudicado.

28(CESPE/CGE-PI/Auditora/2015) A administração pode anular os próprios atos,

por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada a apreciação judicial, bem como pode revogá-los quando eles estiverem eivados de vícios que os tornem ilegais.

(140)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

GABARITO

1 V 2 V 3 F 4 V 5 V 6 F 7 V 8 V 9 F 10 F 11 V 12 V 13 V 14 V 15 V 16 F 17 F 18 F 19 F 20 F 21 F 22 F 23 F 24 F 25 F 26 V 27 F 28 F

(141)

DIREITO ADMINISTRATIVO

Poderes Administrativos

Prof. Luís Gustavo

Fanpage: Luís Gustavo Bezerra de Menezes

Periscope: @ProfLuisGustavo

(142)

PODERES ADMINISTRATIVOS

HLM

a) Poder Vinculado

b) Poder Discricionário

c) Poder Hierárquico

d) Poder Disciplinar

e) Poder Regulamentar

f) Poder de Polícia

MSZP

a) Poder Hierárquico

b) Poder Disciplinar

c) Poder Regulamentar

d) Poder de Polícia

(143)

PODERES ADMINISTRATIVOS

a) Poder Vinculado (ou Regrado):

Emite

atos

vinculados,

onde

o

administrador possui pouca ou nenhuma

liberdade de atuação

(144)

PODERES ADMINISTRATIVOS

b) Poder Discricionário (≠ Arbitrário):

Emite atos discricionários, onde o

administrador possui certa margem de

liberdade para sua atuação

(145)

RESUMÃO

MÉRITO DO ATO ADMINISTRATIVO

ATO DISCRICIONÁRIO

MOTIVO + OBJETO

(146)

PODERES ADMINISTRATIVOS

c) Poder Hierárquico:

Hierarquia

Relação de Subordinação

Controle Hierárquico

Função Administrativa

(147)

PODERES ADMINISTRATIVOS

c) Poder Hierárquico:

Superior / Subordinado (Subordinação)

Ordenar / Revisar / Controlar / Fiscalizar / Dar ordens /

Corrigir

Aspectos de Legalidade / Mérito

Obedercer ordens superiores (Lei 8.112/90, art. 116, IV –

exceto as manifestamente ilegais

)

Delegação

*

e Avocação

(148)

PODERES ADMINISTRATIVOS

c) Poder Hierárquico:

Não há hierarquia entre

Pessoas jurídicas distintas

Entidades políticas

Poderes da República

Administração Direta e Indireta

PL e PJ na função típica

(149)

PODERES ADMINISTRATIVOS

d) Poder Disciplinar:

Para Maria Sylvia Di Pietro o poder disciplinar é o que cabe

à Administração Pública para apurar infrações e aplicar

penalidades aos servidores públicos e demais pessoas

sujeitas à disciplina administrativa; é o caso dos que com ela

contratam.

Estão submetidos a ele os servidores públicos e todos

aqueles que possuam algum vínculo jurídico específico

com a Administração

(150)

PODERES ADMINISTRATIVOS

d) Poder Disciplinar:

Poder de Polícia (vínculo geral) x Poder Disciplinar (vínculo

específico)

Não se confunde com o poder punitivo do Estado (Poder

Judiciário)

É tido pela doutrina como um poder discricionário

(graduação da sanção / conceitos jurídicos indeterminados)

(151)

PODERES ADMINISTRATIVOS

e) Poder Regulamentar:

É a prerrogativa concedida à Administração Pública de

editar atos gerais para complementar as leis e permitir sua

efetiva aplicação.

O Poder Regulamentar, em sentido estrito,

consubstancia-se na autorização,

ao Chefe do Poder Executivo

, para a edição

de decretos e regulamentos.

Referências

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