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Apostila - PM BA

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

Língua

Língua

Portuguesa

Portuguesa

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....13

....13

1. Interpretação e Compreensão de Texto

1. Interpretação e Compreensão de Texto ...1717

2. Reescritura de Frases e Parágrafos do Texto

2. Reescritura de Frases e Parágrafos do Texto ...2323

3. Formação de Palavras

3. Formação de Palavras ...3030

4. Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa

4. Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa ...3636

5.

5. Emprego Emprego das das Classes Classes de de Palavras Palavras ...4343

6.

6. Sintaxe ...Sintaxe ...7070

7. Pontuação

7. Pontuação ...9292

8. Redação de Correspondências Oficiais

8. Redação de Correspondências Oficiais ...9696

Redação

Redação

...

...

...

...

...

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...

...

...

...

...

...

...

...102

...102

1. Redação

1. Redação para para Concursos Públicos Concursos Públicos ...103103

2. Dissertação Expositiva e Argumentativa

2. Dissertação Expositiva e Argumentativa ...114114

Matemática

Matemática

/

/

Raciocínio

Raciocínio

Lógico ....

Lógico ....

...

...

...

...

...

...

...

...

...132

...132

1. Teoria

1. Teoria dos Conjuntos dos Conjuntos ...134134

2. Conjuntos Numéricos

2. Conjuntos Numéricos ...139139

3. Razões e Proporções

3. Razões e Proporções...146146

4. Porcentagem e

4. Porcentagem e Juros ...Juros ...152152

5. Proposições

5. Proposições ...155155

6.

6. Psicotécnicos Psicotécnicos ...165165

História

História

do

do

Brasil

Brasil

...

...

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..

172

172

1. O

1. O Sistema Colonial Português Sistema Colonial Português na América na América ...175175

2. O Período Joanino e a Independência

2. O Período Joanino e a Independência ...191191

3. Brasil

3. Brasil Imperial ...Imperial ...195195

4. Brasil

4. Brasil República...República...206206

5. Revolução de 1930

5. Revolução de 1930 ...213213

6. Conjuração Baiana

6. Conjuração Baiana ...224224

7. Independência

7. Independência da Bahia...da Bahia...230230

8. A Revolta dos Malês e a Sabinada ...

8. A Revolta dos Malês e a Sabinada ...237237

9. Revolta de Canudos

9. Revolta de Canudos...243243

Geografia

Geografia

do

do

Brasil ...

Brasil ...

...

...

...

...

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...

...

...

...

....251

....251

1. O Território Nacional

1. O Território Nacional ...254254

2. O Espaço Natural Brasileiro

2. O Espaço Natural Brasileiro ...266266

3. Políticas

3. Políticas Públicas Ambientais Públicas Ambientais Brasileiras...Brasileiras...283283

4. Modelo Econômico Brasileiro

4. Modelo Econômico Brasileiro ...289289

5. A População Brasileira

5. A População Brasileira...302302

6. Políticas Territoriais e

6. Políticas Territoriais e Regionais Regionais ...317317

7. Características Gerais

7. Características Gerais do Território Baiano do Território Baiano ...325325

8. Aspectos Físicos (Geologia,

8. Aspectos Físicos (Geologia, Relevo e Relevo e Hidrografia do Território Baiano) Hidrografia do Território Baiano) 334334

9. Aspectos Físicos (Clima

9. Aspectos Físicos (Clima e Vegetação e Vegetação do Território Baiano) ...do Território Baiano) ...345345

10. Organização do

10. Organização do Espaço Econômico Espaço Econômico Baiano Baiano ...351351

11. Aspectos Sociais

11. Aspectos Sociais e Demográficos e Demográficos do Território do Território Baiano Baiano ...359359

12. Manifestações

12. Manifestações Socioculturais ...Socioculturais ...367367

13. A Organização do Espaço

13. A Organização do Espaço ...375375

Sumário

(2)
(3)

Noções

Noções

de

de

Direito

Direito

Constitucional ..

Constitucional ..

...

...

...

...

...

...

...

...

...380

...380

1. Teoria Geral da

1. Teoria Geral da Constituição ...Constituição ...384384

2. Direitos Fundamentais - Direitos e Garantias Individuais e Coletivos

2. Direitos Fundamentais - Direitos e Garantias Individuais e Coletivos ...391391

3. Direitos de Nacionalidade

3. Direitos de Nacionalidade ...412412

4. Direitos Políticos e

4. Direitos Políticos e Partidos Políticos ...Partidos Políticos ...419419

5. Organização Político-Administrativa do Estado

5. Organização Político-Administrativa do Estado ...426426

6. Administração Pública

6. Administração Pública ...437437

7. A Defesa do Estado e das Ins

7. A Defesa do Estado e das Instituições Democráticas tituições Democráticas ...458458

Noções

Noções

de

de

Direitos

Direitos

Humanos .

Humanos .

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...465

...465

1.

1. Evolução Evolução Histórica, Histórica, Classificação Classificação e Ce Características aracterísticas dos dos DireitosDireitos

Humanos

Humanos ...466466

2. Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH)

2. Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) ...470470

3. Convenção Americana sobre Direitos Humanos (CADH)

3. Convenção Americana sobre Direitos Humanos (CADH) ...477477

4. PIDESC e PIDCP

4. PIDESC e PIDCP ...496496

Noções

Noções

de

de

Direito

Direito

Administrativo ...

Administrativo ...

...

...

...

...

...

...

...

...

...515

...515

1.

1. Introdução ao DireiIntrodução ao Direito Administrativo to Administrativo ...518518

2. Administração Pública

2. Administração Pública ...522522

3.

3. Princípios Princípios Fundamentais Fundamentais da Ada Administração Pública...dministração Pública...531531

4.

4. Poderes Poderes e e Deveres Deveres Administrativos ...Administrativos ...537537

5.

5. Ato Ato Administrativo Administrativo ...545545

6.

6. Órgão Público Órgão Público ...552552

7.

7. Agentes Agentes Públicos Públicos ...555555

8. Lei nº 13.201 de 09 de Dezembro de

8. Lei nº 13.201 de 09 de Dezembro de 2014 ...2014 ...558558

Noções

Noções

de

de

Direito

Direito

Penal ...

Penal ...

...

...

...

...

...

...

...

...

...572

...572

1. Introdução ao Direito Penal e Aplicação da Lei Penal ...

1. Introdução ao Direito Penal e Aplicação da Lei Penal ...577577

2. Do Crime

2. Do Crime ...594594

3. Dos Crimes Contra

3. Dos Crimes Contra a Pessoa ...a Pessoa ...612612

4.

4. Dos Crimes Dos Crimes Contra o Contra o Patrimônio Patrimônio ...646646

5. Dos Crimes Contra a Dignidade Sexual

5. Dos Crimes Contra a Dignidade Sexual ...674674

6.

6. Dos Crimes Dos Crimes Contra a Contra a Paz Pública Paz Pública ...681681

Noções de

Noções de

Igualdade Racial e

Igualdade Racial e

de Gênero

de Gênero

...

...

...

...

...

...

...

...

....

....

684

684

1. Lei nº 7.716/1989 Lei de Discriminação Racial

1. Lei nº 7.716/1989 Lei de Discriminação Racial ...685685

2. Lei nº 11.340/2006 Lei Maria

2. Lei nº 11.340/2006 Lei Maria da Penha ...da Penha ...690690

3. Decreto nº 65.810, de 8 de Dezembro de 1969 ...

3. Decreto nº 65.810, de 8 de Dezembro de 1969 ...697697

4. Decreto nº 4.377, de 13 de Setembro de 2002 ...

4. Decreto nº 4.377, de 13 de Setembro de 2002 ...703703

5. Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação

5. Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação

contra a Mulher contra a Mulher ...704704 6. Lei nº 9.455, de 7 de Abril de 1997 ... 6. Lei nº 9.455, de 7 de Abril de 1997 ...710710 7. Lei nº 10.549, de 28 de Dezembro de 2006 7. Lei nº 10.549, de 28 de Dezembro de 2006 ...710710 8. Lei nº 12.212, de 04 de Maio de 2011 8. Lei nº 12.212, de 04 de Maio de 2011 ...713713 9. Lei nº 10.678, de 23 de Maio de 2003 9. Lei nº 10.678, de 23 de Maio de 2003 ...727727

Noções

Noções

de

de

Direito

Direito

Penal

Penal

Militar

Militar

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...729

...729

1. Código Penal Militar: dos Crimes em Espécie

1. Código Penal Militar: dos Crimes em Espécie ...730730

Sumário

(4)

    L     L      Í      Í    N    N     G     G     U     U     A     A     P     P     O     O     R     R     T     T     U     U     G     G     U     U     E     E     S     S     A     A

1.

1.

Interpretação

Interpretação

e

e

Compreensão de Texto

Compreensão de Texto

O que é Interpretar Textos?

O que é Interpretar Textos?

Interpretar textos é, antes de t

Interpretar textos é, antes de tudo, compreenderudo, compreender o que se leu. Para que haja essa compreensão, é o que se leu. Para que haja essa compreensão, é ne-cessária uma leitura muito atenta e algumas técnicas cessária uma leitura muito atenta e algumas técnicas que veremos no decorrer dos textos. Uma dica que veremos no decorrer dos textos. Uma dica im-portante é fazer o resumo do texto por parágrafos. portante é fazer o resumo do texto por parágrafos.

EXERCÍCIOS

EXERCÍCIOS COMENT

COMENTADOS

ADOS

Causas da infidelidade partidária no Brasil  Causas da infidelidade partidária no Brasil   A

 A infideliinfidelidade dade partidárpartidária ia é é uma uma peculiapeculiaridade ridade dada  polític

 política ba brasilerasileira. ira. Não Não é é rarraro oo observbservar ar parlamenparlamentares tares mi- mi- grar

 grarem de uma legeem de uma legenda para ounda para outra durtra durante o mandante o mandato.ato. Entre 1985 e 1998, por exemplo, cerca de 30% dos Entre 1985 e 1998, por exemplo, cerca de 30% dos depu-tados federais mudaram de sigla ao longo da legislatura. tados federais mudaram de sigla ao longo da legislatura. O fenômeno, pouco comum em qualquer democracia, O fenômeno, pouco comum em qualquer democracia, é recente no Brasil. No intervalo entre 1946 e 1964, não é recente no Brasil. No intervalo entre 1946 e 1964, não houve muitos casos de mudança de partido.

houve muitos casos de mudança de partido.

Identificar os motivos da infidelidade partidária foi o Identificar os motivos da infidelidade partidária foi o objetivo da tese de doutorado de Carlos Ranulfo Félix de objetivo da tese de doutorado de Carlos Ranulfo Félix de Melo, cientista político da Universidade Federal de Minas Melo, cientista político da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A pesquisa, realizada sobretudo junto à Gerais (UFMG). A pesquisa, realizada sobretudo junto à Câmara dos Deputados, contou também com outras Câmara dos Deputados, contou também com outras fon-tes, como artigos da imprensa. Ranulfo limitou o estudo tes, como artigos da imprensa. Ranulfo limitou o estudo ao período da democracia recente (entre 1985 e 1998) e ao período da democracia recente (entre 1985 e 1998) e constatou duas causas principais para a inconstância dos constatou duas causas principais para a inconstância dos  parlame

 parlamentarentares.s.

Em primeiro lugar, o cientista verificou que a maioria Em primeiro lugar, o cientista verificou que a maioria das trocas de legenda tem por trás a busca de maior das trocas de legenda tem por trás a busca de maior ex- pres

 pressão. “O chasão. “O chamado ‘baixmado ‘baixo cleroo clero’ proc’ procede dessede desse modoe modo  para ampliar seu

 para ampliar seu poder no poder no estado de estado de origemorigem, , adquiriradquirir cargos e recursos ou simplesmente prolongar a cargos e recursos ou simplesmente prolongar a carrei-ra, pois no Brasil, a renovação da câmara chega a ser de ra, pois no Brasil, a renovação da câmara chega a ser de 40%, contra uma média de 5% dos Estados Unidos”. Em 40%, contra uma média de 5% dos Estados Unidos”. Em  segun

 segundo do lugarlugar, , a a infideinfidelidade interesslidade interessa a aos líderes dosaos líderes dos  partido

 partidos, pois pers, pois permite que aummite que aumentem suentem suas bancadaas bancadas e,s e,  portan

 portanto, seu to, seu poderpoder. . “A tendênc“A tendência ia é é que o que o partido empartido em voga cresça”, constata Ranulfo. O PSDB, por exemplo, voga cresça”, constata Ranulfo. O PSDB, por exemplo, começou o ano de 1994 com 62

começou o ano de 1994 com 62 deputados federais e ter-deputados federais e ter-minou 1998 com 96.

minou 1998 com 96.

Ranulfo identifica ainda um outro tipo de políti Ranulfo identifica ainda um outro tipo de político queco que costuma flutuar entre os partidos: os chamados costuma flutuar entre os partidos: os chamados ‘caci-ques’. Nem sempre se pode ligar uma única legenda a ques’. Nem sempre se pode ligar uma única legenda a nomes como Jânio Quadros, Itamar Franco, Fernando nomes como Jânio Quadros, Itamar Franco, Fernando Collor ou César Maia. Segundo o cientista, o fenômeno Collor ou César Maia. Segundo o cientista, o fenômeno é típico da política brasileira, que personaliza a figura do é típico da política brasileira, que personaliza a figura do ‘salvador da pátria’ em detrimento da linha do

‘salvador da pátria’ em detrimento da linha do partido.partido.  A

 A infiinfidelidelidade dade partpartidáridária ia é é vistvista a por por RanuRanulfo lfo comcomo o pre pre-- jud

 judiciaicial para o prl para o proceocesso desso democrmocráticático. A tro. A troca de loca de legenegendada reflete uma alteração no comportamento do eleito: um reflete uma alteração no comportamento do eleito: um  polí

 polítictico com pero com perfil de ‘esfil de ‘esquerquerdistdista’ que se tra’ que se transfansfere paere parara uma agremiação de ‘direita’ desgasta a significação do uma agremiação de ‘direita’ desgasta a significação do  part

 partido ido e e enfenfraqraquecuece e a a reprepresresententação ação polípolíticatica..

Para Ranulfo, uma solução possível para o fim da Para Ranulfo, uma solução possível para o fim da in-fidelidade partidária poderia ser o

fidelidade partidária poderia ser o uso de mecanismosuso de mecanismos como o sistema de listas, praticado na Europa. “Mas a como o sistema de listas, praticado na Europa. “Mas a alternativa mais simples seria a adoção de uma nova alternativa mais simples seria a adoção de uma nova legislação”, avalia. A lei poderia, por exemplo, obrigar legislação”, avalia. A lei poderia, por exemplo, obrigar o deputado a permanecer na mesma legenda até o deputado a permanecer na mesma legenda até o fimo fim do mandato. Já existe um

do mandato. Já existe um projeto de lei para combaterprojeto de lei para combater a infidelidade partidária, que está em trâmite há algum a infidelidade partidária, que está em trâmite há algum tempo e nunca foi votado. “Evidentemente, por trás tempo e nunca foi votado. “Evidentemente, por trás disso, há um interesse dos próprios deputados”. disso, há um interesse dos próprios deputados”.

(FERREIRA, Pablo Pires. Ciência Hoje, mar. 2001.) (FERREIRA, Pablo Pires. Ciência Hoje, mar. 2001.) 01.

01. (UFPR) Indique a alternativa em que a expressão(UFPR) Indique a alternativa em que a expressão entre colchetes pode substituir o trecho grifado, entre colchetes pode substituir o trecho grifado, mantendo o mesmo sentido da expressão original. mantendo o mesmo sentido da expressão original.

a)

a) A infidelidade partidária é uma peculiaridadeA infidelidade partidária é uma peculiaridade da política brasileira. [é uma idiossincrasia] da política brasileira. [é uma idiossincrasia]

b)

b) (...) cerca de 30% dos deputados federais(...) cerca de 30% dos deputados federais mudaram de sigla ao longo da legislatura. mudaram de sigla ao longo da legislatura. [através da legislação]

[através da legislação]

c)

c) Ranulfo (...) constatou duas causas princi-Ranulfo (...) constatou duas causas princi-pais para a inconstância dos parlamentares. pais para a inconstância dos parlamentares. [para a inconsistência]

[para a inconsistência]

d)

d) Já existe um projeto de lei para combater aJá existe um projeto de lei para combater a infidelidade partidária, que está em trâmite infidelidade partidária, que está em trâmite (...). [está em transe]

(...). [está em transe]

e)

e) O chamado ‘baixo clero’ procede desseO chamado ‘baixo clero’ procede desse modo para ampliar seu poder no estado de modo para ampliar seu poder no estado de origem (...). [O grupo de políticos mais origem (...). [O grupo de políticos mais ex-pressivos]

pressivos]

RESPOSTA: A.

RESPOSTA: A. Este exercício exige do candidato co- Este exercício exige do candidato co-nhecimento de vocabulário. Da segunda até a nhecimento de vocabulário. Da segunda até a quintaquinta alternativa, observa-se que os

alternativa, observa-se que os termos entre colchetestermos entre colchetes alteram o significado dos períodos. Idiossincrasia é a alteram o significado dos períodos. Idiossincrasia é a disposição de um indivíduo para reagir de maneira disposição de um indivíduo para reagir de maneira especial à influência

especial à influência de certos agentes. “Ao longo dade certos agentes. “Ao longo da legislatura” não condiz com “através da legislatura”, legislatura” não condiz com “através da legislatura”, assim como inconstância (volubilidade, instabilidade) assim como inconstância (volubilidade, instabilidade) não tem o mesmo significado de inconsistência não tem o mesmo significado de inconsistência (in-coerente, sem fundamento); estar em trâmite (estar coerente, sem fundamento); estar em trâmite (estar a caminho) não é o

a caminho) não é o mesmo que estar em mesmo que estar em transe (estartranse (estar em crise) e “baixo clero” não tem relação com o em crise) e “baixo clero” não tem relação com o grupogrupo de políticos mais

de políticos mais expressexpressivos.ivos.

02.

02. (UFPR) Pode-se inferir, a partir das informações(UFPR) Pode-se inferir, a partir das informações do texto, que a motivação para o crescimento da do texto, que a motivação para o crescimento da bancada do PSDB no período d

bancada do PSDB no período de 1994 a 1998 foi:e 1994 a 1998 foi:

a)

a) A mobilização dos líderes do partido gover-A mobilização dos líderes do partido gover-nista para aumentar sua bancada.

nista para aumentar sua bancada.

b)

b) A ausência de “caciques” no partido.A ausência de “caciques” no partido.

c)

c) O enfraquecimento da oposição ao presi-O enfraquecimento da oposição ao presi-dente Fernando Henrique Cardoso.

dente Fernando Henrique Cardoso.

d)

d) A mudança na legislação eleitoral.A mudança na legislação eleitoral.

e)

e) A dificuldade de sobrevivência dos partidosA dificuldade de sobrevivência dos partidos pequenos.

pequenos.

RESPOSTA:

RESPOSTA: A.A.O que justifica a marcação da primeiraO que justifica a marcação da primeira alternativa como correta é o

(5)

    L      Í    N     G     U     A     P     O     R     T     U     G     U     E     S     A

interessa aos líderes dos partidos, pois permite que aumentem suas bancadas e, portanto, seu poder. “A tendência é que o partido em voga cresça”, constata Ranulfo. O PSDB, por exemplo, começou o ano de 1994 com 62 deputados federais e terminou 1998 com 96.

Ambiguidade

Ambiguidade ou anfibologia é a falta de clareza em um enunciado que lhe permite mais de uma inter-pretação. É conhecida, também, como duplo sentido. Observe os exemplos a seguir:

Exs.: Maria disse à Ana que sua irmã chegou. (A irmã é de Maria ou Ana?)

 A mãe falou com a filha caída no chão. (Quem es-tava caída no chão?)

Está em dúvida quanto à configuração da sua máquina? Então, acabe com ela agora mesmo! (Acabe com a dúvida, com a configuração ou com a máquina?)

Em alguns casos, especialmente na publicidade e nos textos literários, a ambiguidade é proposital; mas, para que ocorra a compreensão necessária, é preciso que o leitor tenha conhecimento de mundo suficiente para interpretar de maneira literal e não literal.

No entanto, ela se torna um problema nos textos quando causa dúvidas em relação à interpretação. Ela também pode gerar problemas e fazer com que o au-tor seja mal interpretado, como na frase “Sinto falta da galinha da minha mãe”.

Ao escrever, para que não haja problemas relacio-nados à ambiguidade, é necessária atenção do autor e uma leitura cuidadosa.

FIQUE LIGADO

É importante observar que os textos não são estáticos e dificilmente apresentarão apenas uma tipologia. É comum que o texto seja, por exemplo, dissertativo-argumentativo, narrativo-descritivo ou descritivo-instrucional. É importante, portanto, iden-tificar a tipologia que predomina.

Coesão e Coerência

Observe as orações a seguir:

 Mariana estava cansada. Viajou a noite toda. Foi trabalhar no dia seguinte.

Perceba que a relação entre elas não está clara. Agora, veja o que acontece quando são inseridos elementos de coesão:

 Mariana estava cansada porque viajou a noite to-da. Mesmo assim, foi trabalhar no dia seguinte.

Os elementos de coesão são responsáveis por criar a relação correta entre os termos do texto, tor-nando-o coerente.

Os elementos de coesão são representados pelas conjunções. As principais relações estabelecidas en-tre eles são:

Concessão Adversidade Conclusão Causa Tempo embora – ainda que – se bem que – mesmo que – por mais que. mas – contudo – no entanto – todavia – se bem que – porém – entretanto. dessa forma – logo – portanto – assim sendo – por conseguinte Porque – pois – já que – visto que – uma vez que quando – na hora em que – logo que – assim que Leia o trecho a seguir, publicado no jornal Correio Popular:

“Durante a sua carreira de goleiro, iniciada no Comercial de Ribeirão Preto, sua terra natal, Leão, de 51 anos, sempre impôs seu estilo ao mesmo tem-po arredio e disciplinado. Por outro lado, costu-mava ficar horas aprimorando seus defeitos após os treinos. Ao chegar à seleção brasileira em 1970, quando fez parte do grupo que conquistou o tricam-peonato mundial, Leão não dava um passo em falso. Cada atitude e cada declaração eram pensados com um racionalismo típico de sua família, já que seus outros dois irmãos são médicos.”

Correio Popular, Campinas, 20 out. 2000.

Observe que neste trecho há problemas de coerência. “(...) costumava ficar horas aprimorando seus de-feitos (...)”

Entende-se o que o redator do texto quis dizer, mas a construção é indevida, uma vez que a definição para aprimorar, segundo o dicionário, é aperfeiçoar, melhorar a qualidade de.  Portanto, se interpretada seguindo esta definição, entender-se-ia que o jogador melhorava seus defeitos.

Além da escolha inadequada do vocábulo, há tam-bém um problema causado pelo uso indevido dos ele-mentos de coesão. Observe o uso da expressão “Por outro lado”, que deveria indicar algo contrário ao que foi dito anteriormente, mas neste caso precede uma afirmação que confirma o que foi dito no período an-terior, deixando o texto confuso.

Perceba, portanto, que:

Coesão é a relação entre as afirmações do texto, de maneira a deixá-lo claro e fazer sentido:

Ontem o dia foi bom porque vi Lucas.

Ontem o dia foi bomapesar de eu ter visto Lucas. A relação de sentido estabelecida pela conjunção fará o sentido do texto.

Coerência é o sentido do texto, é o fato de o texto fazer sentido e ser compreendido pelo leitor em uma primeira leitura. O que torna um texto coerente, en-tre outras coisas, é a escolha correta das conjunções. Por isso, a coesão e a coerência do texto andam juntas e muitas vezes se confundem.

(6)

    L      Í    N     G     U     A     P     O     R     T     U     G     U     E     S     A

VAMOS PRATICAR

Os exercícios a seguir são referentes ao conteú-do: Interpretação e Compreensão de Texto.

É justo que as mulheres se aposentem mais cedo? A questão acerca da aposentadoria das mulheres em condições mais benéficas que aquelas concedi-das aos homens suscita acalorados debates com po-sições não somente técnicas, mas também com mui-to juízo de valor de cada lado.

Um fato é certo: as mulheres intensificaram sua participação no mercado de trabalho desde a segun-da metade do século 20.

Há várias razões para isso. Mudanças culturais e jurídicas eliminaram restrições sem sentido no mundo contemporâneo: um dos maiores e mais an-tigos bancos do Brasil contratou sua primeira escri-turária em 1969 e teve sua primeira gerente em 1984. Avanços no planejamento familiar e a dissemi-nação de métodos contraceptivos permitiram a re-dução do número de filhos e liberaram tempo para a mulher se dedicar ao mercado de trabalho.

Filhos estudam por mais tempo e se mantêm fora do mercado de trabalho até o início da vida adulta. Com is-so, o custo de manter a família cresce e cria a necessidade de a mulher ter fonte de renda para o sustento da casa.

A tecnologia também colaborou: máquinas de lavar roupa, fornos micro-ondas, casas menores e outras parafernálias da vida moderna reduziram a necessidade de algumas horas nos afazeres domés-ticos e liberaram tempo para o trabalho fora de casa. A inserção feminina no mercado de trabalho ocorreu, mas com limitações. Em relação aos ho-mens, mulheres têm menor taxa de participação no mercado de trabalho, recebem salários mais baixos e ainda há a dupla jornada de trabalho. Quando voltam para a casa, ainda têm que se dedicar à família e ao lar. Essas dificuldades levam algumas pessoas a de-fender formas de compensação para as mulheres por meio de tratamento previdenciário diferenciado. Já que as mulheres enfrentam dificuldades de inserção no mercado de trabalho, há de compensá-las por meio de uma aposentadoria em idade mais jovem.

A legislação brasileira incorpora essa ideia. Ho-mens precisam de 35 anos de contribuição para se aposentar no INSS; mulheres, de 30. No serviço pú-blico, que exige idade mínima, as mulheres podem se aposentar com cinco anos a menos de idade e tempo de contribuição que os homens.

(Marcelo Abi-Ramia Caetano, Folha de São Paulo, 21/12/2014.)

01. (FGV) O tema contido na pergunta que serve de título ao texto

a) é defendido por uma opinião pessoal do

autor.

b) é contestado legalmente no corpo do texto.

c) é visto como uma injustiça em relação ao homem.

d) é tido como legal, mas moralmente injusto.

e) é observado de forma técnica e legal.

02. (FGV) “A questão acerca da aposentadoria

das mulheres em condições mais benéficas que aquelas concedidas aos homens suscita acalorados debates com posições não somente técnicas, mas também com muito juízo de  valor de cada lado.”

Ao dizer que há “muito juízo de valor de cada lado”, o autor do texto diz que na discussão aparecem

a) questões que envolvem valores da Previ-dência.

b) problemas que prejudicam

economica-mente os empregadores.

c) posicionamentos apoiados na maior

expe-riência de vida.

d) opiniões de caráter pessoal.

e) questionamentos injustos e pouco inteli-gentes.

03. (FGV) Dizer que as mulheres intensificaram sua participação no mercado de trabalho desde a segunda metade do século XX equivale a dizer que

a) o trabalho feminino não existia antes dessa época.

b) a atividade de trabalho até essa época apelava para a força física.

c) as mulheres entraram no mercado de

trabalho há pouco tempo.

d) os homens exploravam as mulheres até a época citada.

e) as famílias passaram a ter menos filhos desde o século XX.

04. (FGV) “Mudanças culturais e jurídicas elimina-ram restrições sem sentido no mundo contem-porâneo: um dos maiores e mais antigos bancos do Brasil contratou sua primeira escriturária em 1969 e teve sua primeira gerente em 1984.” Os exemplos citados nesse segmento do texto

a) comprovam as mudanças citadas.

b) contrariam as modificações culturais e ju-rídicas.

c) demonstram o atraso cultural das mulheres.

d) indicam a permanência de determinadas restrições.

e) provam o despreparo das mulheres para o mercado de trabalho masculino.

(7)

    L      Í    N     G     U     A     P     O     R     T     U     G     U     E     S     A

05. (FGV) Segundo o texto, a necessidade ou pos-sibilidade de a mulher trabalhar se prende a diferentes motivos.

As opções a seguir apresentam motivos presentes no texto, à exceção de uma. Assinale-a.

a) Aumento do tempo livre, em função da redução do número de filhos.

b) O desenvolvimento tecnológico, que auxilia nos trabalhos domésticos.

c) A manutenção dos filhos por mais tempo.

d) O desequilíbrio econômico da Previdência. e) Os métodos contraceptivos, que limitam o

número de filhos.

06. (FGV) Assinale a opção que indica duas razões que mostram as limitações femininas no mercado de trabalho.

a) Dupla jornada de trabalho / tecnologia de

apoio doméstico.

b) Tecnologia de apoio doméstico / necessi-dade de força física.

c) Necessidade de força física / interrupções legais do período de trabalho.

d) Interrupções legais do período de trabalho / salários mais baixos.

e) Salários mais baixos / dupla jornada de

trabalho.

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Árvores de Araque

— Você está vendo alguma coisa esquisita nessa paisagem? — perguntou o meu amigo Fred Meyer. Olhei em torno. Estávamos no jardim da residência da Embaixada do Brasil no Marrocos, onde ele vive — é o nosso embaixador no país — cercados de tamareiras, palmeiras e outras árvores de diferentes tipos. Um casal de pavões se pavoneava pelo gramado, uma dezena de galinhas d’angola ciscava no chão, passa-rinhos iam e vinham. No terraço da casa ao lado, onde funciona a Embaixada da Rússia, havia um mar de parabólicas, que devem captar até os suspiros das autoridades locais. Lá longe, na distância, mais tamarei-ras e palmeitamarei-ras espetadas contra um céu azul de doer. Tudo me parecia normal.

— Olha aquela palmeira alta lá na frente.

Olhei. Era alta mesmo, a maior de todas. Tinha um ninho de cegonhas no alto. — Não é palmeira. É uma torre de celular disfarçada.

Fiquei besta. Depois de conhecer sua real identidade, não havia mais como confundi-la com as demais; mas enquanto eu não soube o que era, não me chamara a atenção. Passei os vinte dias seguintes me divertindo em buscar antenas disfarçadas na paisagem. Fiz dezenas de fotos delas, e postei no Facebook, onde causaram sensa-ção. A maioria dos meus amigos nunca tinha visto isso; outros já conheciam de longa data, e mencionaram até espécimes plantados no Brasil. Alguns, como Luísa Cortesão, velha amiga portuguesa que acompanho desde os tempos do Fotolog, têm posição radicalmente formada a seu respeito: odeiam. Parece que Portugal está cheio de falsas coníferas. [...]

A moda das antenas disfarçadas em palmeiras começou em 1996, quando a primeira da espécie foi plantada em Cape Town, na África do Sul; mas a invenção é, como não podia deixar de ser, Made in USA. Lá, uma empresa sediada em Tucson, Arizona, chamada Larson Camouflage, projetou e desenvolveu a primeiríssima antena metida a árvore do mundo, um pinheiro que foi ao ar em 1992. A Larson já tinha experiência, se não no conceito, pelo menos no ramo: começou criando paisagens artificiais e camuflagens para áreas e equipamentos de serviço.

Hoje existem inúmeras empresas especializadas em disfarçar antenas de telecomunicações pelo mundo afora, e uma quantidade de disfarces diferentes. É um negócio próspero num mundo que quer, ao mes-mo tempo, boa conexão e paisagem bonita, duas propostas mais ou menos incompatíveis. Os custos são elevados: um disfarce de palmeira para torre de telecomunicações pode sair por até US$ 150 mil, mas há fantasias para todos os bolsos, de silos e caixas d’água à la Velho Oeste a campanários, mastros, cruzes, cactos, esculturas.

A Verizon se deu ao trabalho de construir uma casa cenográfica inteira numa zona residencial histórica em Arlington, Virgínia, para não ferir a paisagem com caixas de switches e cabos. A antena ficou plantada no quintal, pintada de verde na base e de azul no alto; mas no terreno em frente há um jardim sempre conservado no maior capricho e, volta e meia, entregadores desavisados deixam jornais e revistas na porta. A brincadeira custou cerca de US$ 1,5 milhão. A vizinhança, de início revoltada com a ideia de ter uma antena enfeiando a área, já se acostumou com a falsa residência, e até elogia a operadora pela boa manutenção do jardim.

Claro que, a essa altura, já existem incontáveis projetos artísticos sobre as antenas que não ousam dizer seu nome. O que achei mais interessante foi o do fotógrafo sul-africano Dillon Marsh, que saiu catando árvores artificiais pelo seu país e fez um ensaio com doze imagens que dão, se não motivo para pensar, pelo menos razão para umas boas risadas.

(8)

    L      Í    N     G     U     A     P     O     R     T     U     G     U     E     S     A 07. (CESGRANRIO) No seguinte trecho do texto,

a vírgula pode ser retirada mantendo-se o sentido e assegurando-se a norma-padrão:

a) “cercados de tamareiras, palmeiras” (l. 3)

b) “gramado, uma dezena de galinhas

d’angola” (l. 4)

c) “o que era, não me chamara a atenção” (l. 12)

d) “fotos delas, e postei no Facebook” (l. 13)

e) “Luísa Cortesão, velha amiga

portugue-sa” (l. 15)

08. (CESGRANRIO) No trecho “casa ao lado, onde” (l. 5) a palavra onde pode ser substituí-da, sem alteração de sentido e mantendo-se a norma-padrão, por a) que b) cuja c) em que d) o qual e) no qual

Os cientistas já não têm dúvidas de que as tempe-raturas médias estão subindo em toda a Terra. Se a atividade humana está por trás disso é uma questão ainda em aberto, mas as mais claras evidências do fenômeno estão no derretimento das geleiras. Nos últimos cinco anos, o fotógrafo americano James Balog acompanhou as consequências das mudanças climáticas nas grandes massas de gelo. Suas andan-ças lhe renderam um livro, que reúne 200 fotogra-fias, publicado recentemente.

Icebergs partidos ao meio e lagos recém-forma-dos pela água derretida das calotas de gelo são exem-plos. Esse derretimento é sazonal. O gelo volta nas estações frias − mas muitas vezes em quantidade menor, e por menos tempo. Há três meses um re-latório da Nasa, feito a partir de imagens de satéli-tes, mostrou que boa parte da superfície de gelo da Groenlândia foi parcialmente derretida − trans-formada em uma espécie de lama de neve − em um tempo recorde desde os primeiros registros, feitos trinta anos atrás. Outro relatório, elaborado pela National Snow and Ice Data Center, mostra que o gelo do Ártico, durante o verão do hemisfério norte, teve a maior taxa de derretimento da história, supe-rando o recorde anterior, de 2007.

Nem sempre, porém, menos gelo significa más notícias. A alta da temperatura na Groenlândia per-mitiu a volta da criação de gado leiteiro e o cultivo de vários tipos de vegetais, como batata e brócolis. Além disso, o derretimento do gelo no Ártico vai

permitir a exploração de reservas de petróleo e abrir novas rotas de navegação. O que se vê nas fotos de James Balog é um mundo em transformação.

(Adaptado de Carolina Melo. Veja, 7 de novembro de 2012, p. 121-122)

09. (FCC) Percebe-se claramente no texto

a) a necessidade do desenvolvimento da agropecuária em uma região carente de recursos, submetida a condições de tem-peratura excessivamente baixa.

b) a ocorrência de fenômenos naturais que confirmam plenamente as análises de cien-tistas sobre as consequências da presença do homem em algumas regiões da Terra.

c) a importância das imagens obtidas por

satélites, que permitem observação mais eficaz de fenômenos naturais ocorridos em regiões distantes, muitas vezes inacessíveis.

d) o papel fundamental dos relatórios feitos com base em estudos científicos, que propõem medidas de contenção do der-retimento de geleiras em todo o mundo.

e) o emprego de recursos auxiliares, como o oferecido pela fotografia, nos estudos  voltados para a preservação das belezas

naturais existentes no mundo todo.

10. (FCC) O último parágrafo do texto expressa

a) as previsões alarmistas que, ao

conside-rarem os dados resultantes das pesquisas sobre o aquecimento global, vêm confir-mar os riscos de destruição do planeta.

b) a possibilidade de destruição total de uma  vasta região do planeta, pondo em risco a sobrevivência humana, por escassez de água e de alimentos.

c) as conclusões dos cientistas a respeito das evidências do atual aquecimento mais rápido do planeta, fenômeno que preju-dica a agricultura nas regiões polares.

d) um posicionamento otimista quanto às consequências de um fenômeno que, em princípio, é visto como catastrófico para o futuro do planeta.

e) uma opinião pouco favorável à

explora-ção econômica, ainda inicial, de uma das regiões mais frias do planeta, coberta por geleiras.

(9)

    L      Í    N     G     U     A     P     O     R     T     U     G     U     E     S     A 01 E 06 D 02 D 07 D 03 C 08 C 04 A 09 C 05 D 10 D

GABARITO

ANOTAÇÕES

(10)
(11)

      R       E       D       A       Ç        Ã      O

1. Redação para

Concursos Públicos

Os editais de concurso público disponibilizam o conteúdo programático das matérias que serão cobradas nas provas, mas nem sempre deixam ex-plícito como se preparar para a prova discursiva, ou prova de redação – que, na grande maioria dos con-cursos, é uma etapa eliminatória.

Portanto, é necessário preparar-se com bastante antecedência, para que possa haver melhoras grada-tivas durante o processo de produção de um texto.

Posturas em Relação à Redação

Antes de começar a desenvolver a prática de es-crita, é preciso que ter algumas posturas em relação ao processo de composição de um texto. Em posse dessas posturas, percebe-se que escrever não é tão complexo se você estiver orientado e fizer da escrita um ato constante.

Leitura

Apenas a leitura não garante uma boa escrita. En-tão, deve-se associar a leitura constante com a escrita constante, pois uma prática complementa a outra.

E o que ler?

Direcione sua prática de leitura da seguinte forma: fique atento às ATUALIDADES, que é um conteúdo geralmente previsto na prova de conhecimentos ge-rais. Ademais, conheça a instituição e o cargo a que  você pretende candidatar-se, como as FUNÇÕES e RESPONSABILIDADES exigidas, as quais estão pre- vistas no edital de abertura de um concurso. E, tam-bém, tenha uma visão crítica sobre os conhecimentos específicos, porque a tendência dos concursos é rela-cionar um tema ao contexto de trabalho.

Considere que, nas provas de redação, também po-dem ser abordados temas sobre algum assunto desa-fiante para o cargo ao qual o candidato está concorren-do. Uma dica é estar atento às informações veiculadas sobre o órgão público no qual pretende ingressar.

Produção do Texto

A produção de um texto não depende de talento ou de um dom. No processo de elaboração de um texto, pode-se dizer que um por cento (1%) é inspi-ração e noventa e nove por cento (99%) é trabalho. Escrever um excelente texto é um processo que exige esforço, planejamento e organização.

Escrita

O ato de escrever é sempre desta maneira: basta começar. Escrever para ser avaliado por um corretor

é colocar pensamentos organizados e articulados, num papel, a partir de um posicionamento sobre um tema estabelecido na proposta de redação.

Tema

O seu texto deve estar cem por cento (100%) ade-quado à proposta exigida na prova, ou seja, você não pode escrever o que quer, mas o que a proposta de-termina. Desse modo, antes de começar a escrever, é necessário entender o TEMA da prova.

O tema é o assunto proposto que deve ser desenvol- vido. Portanto, cabe a você entendê-lo, problematizá

-lo e delimitá-lo, com base no comando da proposta.

Objetividade

Seu texto deve ser objetivo, isto é, o enfoque do assunto deve ser direto, sem rodeios. Além disso, as bancas dão preferência a uma linguagem simples e objetiva. E não confunda linguagem simples com co-loquialismos, pois é necessário sempre manter a sua escrita baseada na norma padrão da língua portuguesa. Além disso, é fundamental o candidato colocar-se na posição do leitor. É um momento de estranha-mento do próprio texto para indagar-se: o que es-crevi é interessante e de fácil entendimento?

Apresentação do Texto

Para que se consiga escrever um bom texto, é preciso aliar duas posturas: ter o hábito da leitura e praticar a escrita de textos. Além disso, é importante conhecer as propostas das bancas e saber quais são os critérios de correção previstos em edital.

Letra - Legibilidade

Escreva sempre com letra legível. Pode ser letra cursiva ou de imprensa. Tenha atenção para o espa-çamento entre as letras/palavras e para a distinção entre maiúsculas e minúsculas.

Respeito às Margens

As margens (tanto esquerda quanto direita) exis-tem para serem respeitadas, portanto, não as ultra-passe no momento em que escreve a versão definiti- va. Tampouco deixe “buracos” entre as palavras.

Indicação de Parágrafos

É preciso deixar um espaço antes de iniciar um parágrafo (mais ou menos dois centímetros).

Título

Colocar título na redação vale mais pontos? Se o título for solicitado, ele será obrigatório. Caso não seja colocado na redação, haverá alguma

(12)

      R       E       D       A       Ç        Ã      O

perda, mas não muito. Os editais, em geral, não in-formam pontuações exatas. No caso de o título não ser solicitado, ele se torna facultativo. Logo, se o candidato decidir inseri-lo, ele fará parte do texto, sendo analisado como tal, mas não terá um valor ex-tra por isso.

O título era obrigatório, e não o coloquei... E agora?

Quando há a obrigatoriedade, a ausência do título não anula a questão, a menos que haja essa orientação nas instruções dadas na prova. Não há um desconto considerável em relação ao esqueci-mento do título, porque a maior pontuação, em uma redação para concurso, está relacionada ao conteúdo do texto.

É preciso pular linha após o título?

Em caso de obrigatoriedade do título, procure não pular linha entre o título e o início do texto, por-que essa linha em branco não é contada durante a correção.

Quando se deve escrever o título?

O título é a síntese de sua redação, portanto, pre-fira escrevê-lo ao término da redação.

Erros na Versão Final

Quando você está escrevendo e, por distração, erra uma palavra, você deve passar um traço sobre a palavra e escrevê-la corretamente logo em seguida:

exeção exceção

FIQUE LIGADO

Não rasure seu texto.

Não escreva a palavra entre parênteses, mesmo se estiver riscada: (exeção) (exeção).

Não use a expressão “digo”.

Translineação

Quando não dá para escrever uma palavra com-pleta ao final da linha, deve-se escrever até o limite, sem ultrapassar a margem direita da linha, e o sinal de separação será sempre o hífen.

Sempre respeite as regras de separação silábica. Nunca uma palavra será separada de maneira a des-respeitar as sílabas:

tran-sformação

Caso a próxima sílaba não caiba no final da linha, embora ainda haja um espaço, deixe-a e continue na próxima linha.

trans-formação

FIQUE LIGADO

Em relação ao posicionamento do hífen de separa-ção, deixe-o ao lado da sílaba. Nunca acima.

Quando a palavra for escrita com hífen e a se-paração ocorrer justo nesse espaço, você deve usar duas marcações. Por exemplo: entende-se

entende--se

Se a palavra não tiver hífen em sua estrutura, use apenas uma marcação:

apresen-tação

Impessoalidade

O texto dissertativo (expositivo-argumentativo) é impessoal. Portanto, pode-se escrever com verbos em:

- 3ª pessoa:

A qualidade no atendimento precisa ser prioridade. Percebe-se que a qualidade no atendimento é es-sencial.

Notam-se várias mudanças no setor público. - 1ª pessoa do plural:

Observamos muitas mudanças e melhorias no serviço público.

FIQUE LIGADO

NÃO escreva na 1ª pessoa do singular: Observo mu-danças significativas.

Adequação Vocabular

Adequação vocabular diz respeito ao desempe-nho linguístico de acordo com o nível de conheci-mento exigido para o cargo/área/especialidade, e a adequação do nível de linguagem adotado à produ-ção proposta.

Portanto, devem-se escolher palavras adequadas, evitando-se o uso de jargões, chavões, termos muito técnicos que possam dificultar a compreensão.

(13)

      R       E       D       A       Ç        Ã      O

Domínio da Norma Padrão da Língua

Deve-se ficar atento aos aspectos gramaticais, principalmente:

Estrutura sintática de orações e períodos Elementos coesivos

Concordância verbal e nominal Pontuação

Regência verbal e nominal Emprego de pronomes Flexão verbal e nominal

Uso de tempos e modos verbais Grafia

Acentuação

Repetição

Prejudica a coesão textual, e ocorre quando se usa muitas vezes a mesma palavra ou ideia, as quais pode-riam ser substituídas por sinônimos e conectivos.

Informações Óbvias

Explicações que não precisam ser mencionadas, pois já se explicam por si próprias.

Generalização

É percebida quando se atribui um conceito que é específico de uma forma generalizada.

Os menores infratores saem dos centros de res-socialização e retornam ao o do crime.  (isso ocorre com todos?)

É preciso que o governo tome medidas urgentes  para resolver esse problema. (que medidas?)

Gerúndio

É muito comum usarmos o gerúndio na fala, mas não se usa com tanta recorrência na escrita.

O Texto Dissertativo

Dissertar é escrever sobre algum assunto e pres-supõe ou defender uma ideia, analisá-la criticamen-te, discuti-la, opinar, ou apenas esclarecer conceitos, dar explicações, apresentar dados sobre um assunto, tudo de maneira organizada, quer dizer, com início, meio e fim bem claros e objetivos.

A dissertação pode ser classificada quanto à ma-neira como o assunto é abordado:

I - EXPOSITIVA: são expostos fatos (de conhe-cimento e domínio público, divulgados em diversos meios de comunicação), mas não é apresentada uma discussão, um ponto de vista.

FIQUE LIGADO

 A dissertação expositiva também é usada quando a  proposta exige um texto técnico. Este tipo de texto po-de ter duas abordagens: Estudo po-de Caso (em que é feito um parecer a partir de sua situação hipotética) e Questão Teórica (em que é preciso apresentar conceitos, normas, regras, diretrizes de um determinado conteúdo).

II - ARGUMENTATIVA: há a exposição de pon-tos de vista pessoais, com juízos de valor sobre um fato ou assunto.

E qual a melhor maneira de abordar um assunto numa prova de redação para concursos públicos?

Para que seu texto seja MUITO BEM avaliado, o ideal é conseguir chegar a uma forma mista de abor-dagem, ou seja, escrever um texto dissertativo em que você expõe um assunto e, ao mesmo tempo, dá sua opinião sobre ele. Desse modo, os fatos que são conhecidos (domínio público) podem se transfor-mar em exemplificação atualizada, a qual pode ser relacionada à sua argumentação de forma contex-tualiza e crítica.

Aspectos Gerais da Produção de

Textos

Em face da limitação de espaço, é muito difí-cil apresentar muitos enfoques relativos ao tema. Por essa razão, dependendo do limite em relação à quantidade de linhas, a dissertação deve conter de 4 a 5 parágrafos, sendo UM para Introdução, DOIS a TRÊS para Desenvolvimento e UM para Conclusão. Além disso, cada parágrafo deve possuir, no mí-nimo, dois períodos. Cuidado com as frases frag-mentadas, ambiguidades e os erros de paralelismo.

Procure elaborar uma introdução que contenha, de maneira clara e direta, o tema, o primeiro enfo-que, o segundo enfoenfo-que, etc. E mantenha sempre o caráter dissertativo. Por isso, no desenvolvimento, dê um parágrafo para cada enfoque selecionado, e empregue os articuladores adequados. Por fim, fun-damente sempre suas ideias.

FIQUE LIGADO

Nunca use frases feitas, chavões.

Não repita palavras ou expressões. Use sinônimos.  Jamais converse com o leitor: nunca use você ou tu. Não empregue verbos no imperativo.

(14)

      R       E       D       A       Ç        Ã      O

Quanto aos exemplos, procure selecionar aque-les que sejam de domínio público, os que tenham saído na mídia: jornais, revistas, TV. E nunca analise temas por meio de emoções exageradas – especial-mente política, futebol, religião, etc.

Estrutura de um Texto Dissertativo

Para escrever uma dissertação, é preciso que haja uma organização do texto a fim de que se obtenha um texto claro e bem articulado:

I- INTRODUÇÃO: consiste na apresentação do assunto a fim de deixar claro qual é o recorte temáti-co e qual a ideia que será defendida e/ou esclarecida, ou seja, a TESE.

II- DESENVOLVIMENTO: é a parte em que são elaborados os parágrafos argumentativos e/ou infor-mativos, nos quais você explica a sua TESE. É o mo-mento mais importante do texto, por isso, É NECES-SÁRIO que a TESE seja explicada, justificada, e isso pode ser feito por meio de exemplos e explicações.

III- CONCLUSÃO: esta parte do texto não traz informações novas, muito menos argumentos, por-que consiste no fechamento das ideias apresentadas, ou seja, é feita uma reafirmação da TESE. Depen-dendo do comando da proposta de redação e do te-ma, pode ser apresentada uma hipótese de solução de um problema apresentado na TESE.

TESE 

Introdução - Assunto- Recorte temático - TESE

Desenvolvimento  justificativa- Tópico/TESE +

Conclusão - Retomada da introdução - Reafirmação da TESE

Introdução

É o primeiro parágrafo e serve de apresentação da dissertação, por essa razão deve estar muito bem elaborada, ser breve e apresentar apenas informa-ções sucintas. Deve apenas apresentar o TEMA e os ENFOQUES e ter em torno de cinco linhas.

Desenvolvimento

É a redação propriamente dita. Deve ser consti-tuído de dois a três parágrafos (a depender do tema da proposta), um para cada enfoque apresentado na Introdução. É a parte da redação em que argu-mentos são apresentados para explicitar, em um pa-rágrafo distinto, cada um dos enfoques. Cada pará-grafo deve ter de 5 a 8 linhas. Pode-se desenvolver os argumentos por meio de relações que devem ser usadas para deixar seu texto coeso e coerente.

• Conectores

As relações comentadas acima são estabelecidas com CONECTORES:

Prioridade, relevância: em primeiro lugar, antes de mais nada, antes de tudo, em princípio, primeira-mente, acima de tudo, principalprimeira-mente, primordial-mente, sobretudo.

Tempo: atualmente, hoje, frequentemente, constantemente às vezes, eventualmente, por ve-zes, ocasionalmente, sempre, raramente, não raro, ao mesmo tempo, simultaneamente, nesse ínterim, enquanto, quando, antes que, depois que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, então, enfim, logo, logo depois, imediatamente, logo após, a princípio, no momento em que, pouco antes, pouco depois, anteriormente, posteriormente, em seguida, afinal, por fim, final-mente, agora.

Semelhança, comparação, conformidade: de acordo com, segundo, conforme, sob o mesmo ponto de vista, tal qual, tanto quanto, como, assim como, como se, bem como, igualmente, da mesma forma, assim também, do mesmo modo, semelhan-temente, analogamente, por analogia, de maneira idêntica, de conformidade com.

Condição, hipótese: se, caso, eventualmente. Adição, continuação: além disso, demais, ade-mais, outrossim, ainda ade-mais, por outro lado, tam-bém, e, nem, não só ... mas tamtam-bém, não só... como também, não apenas ... como também, não só ... bem como, com, ou (quando não for excludente).

Dúvida: talvez, provavelmente, possivelmente, quiçá, quem sabe, é provável, não é certo, se é que.

Certeza, ênfase: certamente, decerto, por certo, inquestionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com toda a certeza.

Ilustração, esclarecimento: por exemplo, só para ilustrar, só para exemplificar, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou por outra, a saber, ou seja, aliás.

Propósito, intenção, finalidade: com o fim de, a fim de, com o propósito de, com a finalidade de, com o intuito de, para que, a fim de que, para.

Resumo, recapitulação, conclusão: em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, por-tanto, assim, dessa forma, dessa maneira, desse mo-do, logo, dessa forma, dessa maneira, assim sendo.

Explicação: por consequência, por conseguinte, como resultado, por isso, por causa de, em virtude de, assim, de fato, com efeito, tão (tanto, tamanho)... que, porque, porquanto, pois, já que, uma vez que,  visto que, como (= porque), portanto, logo, que (= porque), de tal sorte que, de tal forma que, haja vista.

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      R       E       D       A       Ç        Ã      O

Contraste, oposição, restrição: pelo contrá-rio, em contraste com, salvo, exceto, menos, mas, contudo, todavia, entretanto, no entanto, embora, apesar de, apesar de que, ainda que, mesmo que, posto que, conquanto, se bem que, por mais que, por menos que, só que, ao passo que, por outro la-do, em contrapartida, ao contrário do que se pensa, em compensação.

Contraposição: É possível que... no entanto... É certo que... entretanto...

É provável que ... porém...

Organização de ideias: Em primeiro lugar ..., em segundo ..., por último ...; por um lado ..., por outro ...; primeiramente, ...,em seguida, ..., finalmente, ....

Enumeração: É preciso considerar que ...; Tam-bém não devemos esquecer que ...; Não podemos deixar de lembrar que...

Reafirmação/Retomada: Compreende-se, en-tão, que ...

É bom acrescentar ainda que ... É interessante reiterar ...

Conclusão

É o último parágrafo. Deve ser breve, contendo em torno de cinco linhas. Na conclusão, deve-se re-tomar o tema e fazer o fechamento das ideias apre-sentadas em todo o texto e não somente em relação às ideias contidas no último parágrafo do desenvol- vimento.

Pode-se concluir:

- Fazendo uma síntese das ideias expostas.

- Esclarecendo um posicionamento e/ou ques-tionamento, desde que coerente, com o desenvolvi-mento.

- Estabelecendo uma dedução ou demonstrando uma consequência dos argumentos expostos.

- Levantando uma hipótese ou uma sugestão coerente com as afirmações feitas durante o texto.

- Apresentando possíveis soluções para os pro-blemas expostos no desenvolvimento, buscando prováveis resultados.

• Conectores

Pode-se iniciar o parágrafo da conclusão com: Assim; Assim sendo; Portanto; Mediante os fa-tos exposfa-tos; Dessa forma; Diante do que foi dito; Resumindo; Em suma; Em vista disso, pode-se con-cluir que; Finalmente; Nesse sentido; Com esses da-dos, conclui-se que; Considerando as informações apresentadas, entende-se que; A partir do que foi discutido.

Critérios de Correção da Redação

para Concursos Públicos

Conteúdo

Neste critério, observa-se se há apresentação marcada do recorte temático, o qual deve nortear o desenvolvimento do texto; se o recorte está contex-tualizado no texto, por exemplo: quando a proposta propuser uma situação hipotética, ela deve estar di-luída em seu texto.

Lembre-se: a proposta não faz parte de seu texto, ou seja, sua produção não pode depender da pro-posta para ter sentido claro e objetivo.

FIQUE LIGADO

O único gênero textual que permite a referência ao texto motivador, bem como a cópia de alguns trechos, é o estudo de caso, pois é preciso fazer uma análise em relação a uma situação hipotética.

Em outras palavras: se há algum texto ou uma coletânea de textos, eles têm caráter apenas motiva-dor. Portanto, não faça cópias de trechos dos textos, tampouco pense que o tema da redação é o assunto desses textos. É preciso verificar o recorte temático, o qual fica evidente no corpo da proposta.

Gênero

Neste critério, verifica-se se a produção textual está adequada à modalidade redacional, ou seja, se o texto expressa o domínio da linguagem do gênero: narrar, relatar, argumentar, expor, descrever ações, etc.

Os concursos públicos, quase em sua totalidade, têm como gênero textual a dissertação argumentati- va ou o texto expositivo-argumentativo. Desse mo-do, a banca avalia a objetividade e o posicionamento frente ao tema, a articulação dos argumentos, a con-sistência e a coerência da argumentação.

Isso significa que há uma valorização quanto do conteúdo do texto: a opinião, a justificativa dessa opi-nião e a seletividade de informações sobre o tema.

Coerência

Neste critério, avalia-se se há atendimento total do comando, com informações novas que eviden-ciam conhecimento de mundo e que atestam ex-celente articulação entre os aspectos exigidos pela proposta, o recorte temático e o gênero textual re-quisitado. Ou seja, é preciso trazer informações ao texto que não estão disponíveis na proposta. Além disso, é essencial garantir a progressão textual, quer dizer, seu texto precisa ter uma evolução e não pode trazer a mesma informação em todos os parágrafos.

(16)

      R       E       D       A       Ç        Ã      O

Coesão e Gramática

Neste critério, percebe-se se há erros gramaticais; se os períodos estão bem organizados e articulados, com uso de vocabulário e conectivos adequados; e se os parágrafos estão divididos de modo consciente, a fim de garantir a progressão textual.

Critérios de Correção da Bancas

Cada Banca Examinadora delimita, na publi-cação do edital de abertura de um concurso, que critérios serão utilizados para corrigir as redações. Por isso, é essencial que se conheça quais são esses critérios e como cada Banca os organiza. A seguir, são apresentados critérios de algumas Bancas. Você perceberá que são predominantemente os mesmos itens; o que muda é a nota atribuída para cada um e como a proposta é organizada.

Banca Cespe

Aspectos Macroestruturais

1. Apresentação (legibilidade, respeito às mar-gens e indicação de parágrafos) e estrutura textual (organização das ideais em texto estruturado).

2. Desenvolvimento do tema Tópicos da proposta Aspectos Microestruturais Ortografia Morfossintaxe Propriedade vocabular

FIQUE LIGADO

Quando forem apresentados tópicos, deve-se escre-ver 1 parágrafo para cada tópico.

Banca FCC

O candidato deverá desenvolver texto disser-tativo a partir de proposta única, sobre assunto de interesse geral. Considerando que o texto é único, os itens discriminados a seguir serão avaliados em estreita correlação:

Conteúdo – até 40 (quarenta) pontos:

˃ perspectiva adotada no tratamento do

tema;

˃ capacidade de análise e senso crítico em

relação ao tema proposto;

˃ consistência dos argumentos, clareza e

coe-rência no seu encadeamento.

Obs.: A nota será prejudicada, proporcional-mente, caso ocorra abordagem tangencial, parcial ou diluída em meio a divagações e/ou colagem de textos e de questões apresentados na prova.

Estrutura – até 30 (trinta) pontos:

˃ respeito ao gênero solicitado;

˃ progressão textual e encadeamento de

ideias;

˃ articulação de frases e parágrafos (coesão

textual).

Expressão – até 30 (trinta) pontos:

A avaliação da expressão não será feita de modo estanque ou mecânico, mas sim de acordo com sua estreita correlação com o conteúdo desenvolvido. A avaliação será feita considerando-se:

˃ desempenho linguístico de acordo com

o nível de conhecimento exigido para o cargo/área/especialidade;

˃ adequação do nível de linguagem adotado à

produção proposta e coerência no uso;

˃ domínio da norma culta formal, com

atenção aos seguintes itens: estrutura sin-tática de orações e períodos, elementos coesivos; concordância verbal e nominal; pontuação; regência verbal e nominal; emprego de pronomes; flexão verbal e nominal; uso de tempos e modos verbais; grafia e acentuação.

Banca Cesgranrio

A Redação será avaliada conforme os critérios a seguir:

˃ adequação ao tema proposto;

˃ adequação ao tipo de texto solicitado; ˃ emprego apropriado de mecanismos de

coesão (referenciação, sequenciação e de-marcação das partes do texto);

˃ capacidade de selecionar, organizar e

rela-cionar de forma coerente argumentos per-tinentes ao tema proposto; e

˃ pleno domínio da modalidade escrita da

norma-padrão (adequação vocabular, or-tografia, morfologia, sintaxe de concordân-cia, de regência e de colocação).

Banca Esaf

A avaliação da prova discursiva abrangerá:

˃ Quanto à capacidade de

desenvolvimen-to do tema proposdesenvolvimen-to: a compreensão, o conhecimento, o desenvolvimento e a adequação da argumentação, a conexão e a pertinência, a objetividade e a sequência lógica do pensamento, o alinhamento ao assunto abordado e a cobertura dos tópicos apresentados, valendo, no máximo, 20 (vinte) pontos para cada questão, que serão aferidos pelo examinador com base nos cri-térios a seguir indicados:

(17)

      R       E       D       A       Ç        Ã      O

Conteúdo da resposta (seguem os pontos a dedu-zir para cada questão):

Capacidade de argumentação (até 6 ) Sequência lógica do pensamento (até 4 ) Alinhamento ao tema (até 4 )

Cobertura dos tópicos apresentados (até 6 ) Quanto ao uso do idioma: a utilização correta do vocabulário e das normas gramaticais, valendo, no máximo, 10 (dez) pontos para cada questão, que serão aferidos pelo examinador com base nos crité-rios a seguir indicados:

Tipos de erro (seguem os pontos a deduzir): Aspectos formais:

Erros de forma em geral e erros de ortografia (-0,25 cada erro)

Aspectos Gramaticais:

Morfologia, sintaxe de emprego e colocação, sin-taxe de regência e pontuação (-0,50 cada erro)

Aspectos Textuais:

Sintaxe de construção (coesão prejudicada); con-cordância; clareza; concisão; unidade temática/es-tilo; coerência; propriedade vocabular; paralelismo semântico e sintático; paragrafação (-0,75 cada erro) Cada linha excedente ao máximo exigido (-0,40) Cada linha não escrita, considerando o mínimo exigido (-0,80).

Propostas de Redação

Proposta 01

As vendas de automóveis de passeio e de veículos comerciais leves alcançaram 340 706 unidades em  junho de 2012, alta de 18,75%, em relação a junho de 2011, e de 24,18%, em relação a maio de 2012, segundo informou, nesta terça-feira, a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Segundo a entidade, este é o melhor mês de junho da história do setor automobilístico.

Disponível em: <http://br.financas.yahoo.com>. Acesso em: 3  jul. 2012 (adaptado).

Na capital paulista, o trânsito lento se estendeu por 295 km às 19 h e superou a marca de 293 km, registrada no dia 10 de junho de 2009. Na cidade de São Paulo, registrou-se, na tarde desta sexta-feira, o maior congestionamento da história, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Às 19 h, eram 295 km de trânsito lento nas vias monitora-das pela empresa. O índice superou o registrado no dia 10 de junho de 2009, quando a CET anotou, às 19 h, 293 km de congestionamento.

Disponível em: <http://noticias.terra.com.br>. Acesso em: 03  jul. 2012 (adaptado).

O governo brasileiro, diante da crise econômica mundial, decidiu estimular a venda de automóveis e, para tal, reduziu o imposto sobre produtos indus-trializados (IPI). Há, no entanto, paralelamente a essa decisão, a preocupação constante com o desen- volvimento sustentável, por meio do qual se busca a promoção de crescimento econômico capaz de in-corporar as dimensões socioambientais.

Considerando que os textos acima têm caráter unicamente motivador, redija um texto dissertati- vo sobre sistema de transporte urbano sustentável,

contemplando os seguintes aspectos:

˃ Conceito de desenvolvimento sustentável;

(valor: 3,0 pontos)

˃ Conflito entre o estímulo à compra de

 veículos automotores e a promoção da sus-tentabilidade; (valor: 4,0 pontos)

˃ Ações de fomento ao transporte urbano

sustentável no Brasil. (valor: 3,0 pontos)

Proposta 02

I

Venham de onde venham, imigrantes, emigran-tes e refugiados, cada vez mais unidos em redes so-ciais, estão aumentando sua capacidade de incidên-cia política sobre uma reivindicação fundamental: serem tratados como cidadãos, em vez de apenas como mão de obra (barata ou de elite).

(Adaptado de: http://observatoriodadiversidade.org.br)

II

A intensificação dos fluxos migratórios interna-cionais das últimas décadas provocou o aumento do número de países orientados a regulamentar a imi-gração. Os argumentos alegados não são novos: o medo de uma “invasão migratória”, os riscos de de-semprego para os trabalhadores autóctones, a perda da identidade nacional.

III

Ainda não existe uma legislação internacional sóli-da sobre as migrações internacionais. Assim, enquan-to que os direienquan-tos relativos ao investimenenquan-to estran-geiro foram se reforçando cada vez mais nas regras estabelecidas para a economia global, pouca atenção  vem sendo dada aos direitos dos trabalhadores.

(II e III adaptados de: http://www.migrante.org.br)

Considerando o que se afirma em I, II e III, de-senvolva um texto dissertativo-argumentativo, po-sicionando-se a respeito do seguinte tema:

(18)

    M     A     T     E     M      Á    T     I     C     A     /     R     A     C     I     O     C      Í    N     I     O     L      Ó    G     I     C     O

1. Teoria dos Conjuntos

Nesta seção, estão os principais conceitos sobre conjuntos e suas operações. Um assunto importante e de fácil aprendizagem.

Definições

O conceito de conjunto é redundante visto que se trata de um agrupamento ou reunião de coisas, que serão chamadas de elementos do conjunto.

Ex.: Se quisermos montar o conjunto das vogais do alfabeto, oselementos serão a, e, i, o, u.

FIQUE LIGADO

 A nomenclatura dos conjuntos é formada pelas le-tras maiúsculas do alfabeto.

 Ex.:Conjunto dos estados da região sul do Brasil:  A = {Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul}.

Representação dos Conjuntos

Os conjuntos podem ser representados tanto em chaves como em diagramas.

Representação em Chaves

Ex.: Conjuntos dos estados brasileiros que fazem  fronteira com o Paraguai:

B = {Paraná, Mato Grosso do Sul}.

Representação em Diagramas

Ex.: Conjuntos das cores da bandeira do Brasil:

Verde

Azul

Amarelo

Branco

D

Elementos e Relação de Pertinência

Quando um elemento está em um conjunto, dize-mos que ele pertence a esse conjunto. A relação de pertinência é representada pelo símbolo (pertence). Ex.: Conjunto dos algarismos pares: G = {2, 4, 6, 8, 0}. Observe que:

4 G 7 G

Conjunto Unitário e Conjunto Vazio

Conjunto unitário: possui um só elemento. Ex.: Conjunto da capital do Brasil: K = {Brasília} Conjunto vazio: simbolizado por Ø ou {}, é o conjunto que não possui elemento.

Ex.: Conjunto dos estados brasileiros que fazem  fronteira com o Chile: M = Ø.

Subconjuntos

Subconjuntos são partes de um conjunto.

Ex.: Conjunto dos algarismos: F = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 0}.

Ex.: Conjunto dos algarismos ímpares: H = {1, 3, 5, 7, 9}.

Observe que o conjunto H está dentro do conjunto F sendo, então, o conjunto H um subconjunto de F.

As relações entre subconjunto e conjunto são de: “está contido = ” e “contém = ”.

Os subconjuntos estão contidos nos conjuntos e os conjuntos contém os subconjuntos. Veja:

H F F H

FIQUE LIGADO

Todo conjunto é subconjunto de si próprio (D D); O conjunto vazio é subconjunto de qualquer con- junto (Ø D);

 Se um conjunto A possui “p” elementos, então ele  possui 2p subconjuntos;

O conjunto formado por todos os subconjuntos de um conjunto A, é denominado conjunto das partes de  A. Assim, se A = {4, 7}, o conjunto das partes de A, é

dado por {Ø, {4}, {7}, {4, 7}}.

Operações com Conjuntos

União de conjuntos: a união de dois conjuntos quaisquer será representada por “A ∪ B” e terá os

elementos que pertencem a A “ou” a B, ou seja, to-dos os elementos.

Referências

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