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Saúde Popular, combina com você é pra mudar o SUS e fazer acontecer. Alyne Silva Macedo, Vivência

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Academic year: 2021

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Texto

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“Saúde Popular, combina com você

é pra mudar o SUS e fazer acontecer”

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RELATÓRIO

VER – SUS

2016.2

10 a 23 de dezembro de 2016, Moreno – Região Metropolitana do Recife.

INTRODUÇÃO

O Projeto de Vivências e Estágio na Realidade do Sistema Único de Saúde (VER-SUS), tem como principal finalidade a imersão por completa de acadêmicos da saúde na rotina dos usuários e

profissionais do SUS, com foco direto na compreensão, abordagem, direcionamento da execução e atuação desses profissionais.

O seguinte relatório, busca registrar a dinâmica, metodologia e seguimento da vivência realizada na Região Metropolitana do Recife, especificamente, no Pré – Assentamento Che Guevara, localizado próximo ao município de Moreno, no período de 10 a 23 de dezembro de 2016.

1. Pré – Assentamento

A comunidade Che Guevara, antigo Várzea do Una, está instalada nas proximidades do município de Moreno a 9 anos, e segue aguardando a liberação judicial para a fixação definitiva do Assentamento.

A escola local foi fechada pelo prefeito do município de Moreno, dessa forma, os estudantes locais vão a outras regiões como Bonansa e Vitória de Santo Antão, através de um transporte disponibilizado pela prefeitura local.

A dinâmica da comunidade é prezada pela partilha do coletivo tradicional de comunidades MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra).

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PROCESSO

1º DIA – 10 de dezembro de 2016

Acolhimento

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- Apresentação entre duplas e ao grupo, seguido de dinâmica. - Divisão de NB (Núcleo de Base) e GV (Grupo de Vivência).

NB1 - HÁBRASUS

NB2 – Claúdia, “ Eu nasci para ser Claúdia bandida, represento as mulheres sem voz e sem vida”.

NB3 – Todas as Marias NB4 - TERRASUS NB5 – MULTIVERSUS

GV4 – com a representantes da CO, Juliana e Gabriela.

- Debates sobre o SUS, de suas impressões iniciais e da exibição de um filme (“O que é o SUS pra você”) - Acolhimento da comunidade Che Guevara, através de uma conversa com os viventes.

- Reunião Geral para a Criação do Contrato/Acordo de Convivência

2º DIA – 11 de dezembro de 2016

-

Mística para recebimento da bolsa do VER – SUS

- Construção de Origamis de peixes, correlação com a sociedade através da dinâmica peixes e tubarão. Peixes = Sociedade

Tubarão = Capistalismo

 Leitura do texto: “Se os tubarões fossem homens” e debate no NB, divisão de tópicos e explanação ao grande grupo.

- Compreensão das diretrizes de classe trabalhadora e mais valia

- Debate em NB do texto “ O papel do homem na transformação do macaco em homem”; e apresentação lúdica ao grande grupo sobre o tema.

- Exibição de dois vídeos

- Ida a um terreiro de Umbanda no município de Moreno, com o grande grupo. Explanação sobre a dinâmica da instituição e teorias da religião, debates e tira dúvidas com o Pai de santo Cloves Oyá Alabá.

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3º DIA – 12 de dezembro de 2016

-

Debate sobre racismo com a convidada Iyalê Tahyrine, do Levante Popular da Juventude de Recife (RMR).

O racismo não é velado

1. Apropriação Cultural

O capitalismo torna tudo mercado, inclusive à luta; a resistência.

- Leitura do texto ““Por que o senhor atirou em mim?”, perguntou jovem a PM que o matou, diz mãe”, discussão em NB:

 Extermínio da juventude negra  O que é esse extermínio?

 Incentivos da Redução da Maioridade  A guerra não é as drogas, é aos negros

- Criação de uma paródia com a temática para apresentar ao grande grupo

Paródia: Boladona – Tati Quebra Barraco

Na madruga boladona Acordada pra trampar Tá armado todo esquema Esperando eu passar

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Pra levar um baculejo Ou até me exterminar

Sou negona, favelada Não adianta me calar Vou soltar minha voz pro meu povo libertar (2X)

Seja Cláudia ou Dandara Vocês vão me aturar o espaço eu não tenho só me resta traficar

Do campão ao boqueirão fui calada e levei tiro

censuraram o meu tráfico, me jogaram no presídio.

- Debate relacionado ao feminismo com a convidada Gleyce da Marcha Mundial das Mulheres de Recife  Leitura do texto: “Sobre a capacidade profissional das mulheres e sobre a falta de

mulheres em posições de liderança”

1) Como um agente de saúde pode interferir no acolhimento da mulher? 2) TEMÁTICA: Mulher no mundo de trabalho

- Debate relacionado a LGBTfobia com os convidados Taísa Rodrigues e Jhosi, do Levante Popular da Juventude de Recife (RMR).

 Leitura do texto: “Política Nacional de Saúde LGBT traz avanços, mas muda pouco a realidade dessa parcela da população”

- Discussão em NB

4º DIA – 13 de dezembro de 2016

- Vivência do Quilombo substituída pela discussão da 1ª Vivência no Terreiro de Umbanda (dia 11/12/16). EIXO: Determinantes Sociais da Saúde e Populações Específicas

 Discussão do texto em NB: A saúde e seus determinantes sociais

- Discussão nos NB’s: “O que você sabe sobre o índio brasileiro? ”; apresentação para o grande grupo e convidadas.

1) Tribos isoladas e as que interagem com outras culturas; 2) Diálogo Dificultoso;

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3) Diversidade cultural; necessidade de encaixá-los em nosso sistema econômico; 4) Não tem como falar neles sem falar no extermínio, uma população silenciada; dificuldade dessa população ao acesso a saúde?

5) Eles não tem visibilidade, a cultura não é “explorada”; 6) Papel da FUNAI;

7) O que entendem como saúde? Como levar saúde a eles? 8) Cuidado com a exotização;

9) Não pertencimento ao território; 10) Pouca representatividade política; 11) Problemas com crack;

- Explanação das convidadas, a antropóloga Flávia Viera e a enferemeira especialista em comunidades indígenas Andreza Graciete.

- Avaliação da Metodologia da Coordenação do VER – SUS 2016.2 1) Estrutura

2) Facilitadores 3) Metodologia 4) Convidados

5) Contrato/Acordo de Convivência

- Discussão relacionada ao texto do dia (A saúde e seus determinantes sociais) e explanação através de arte em camisas.

 O que é promover saúde?  Determinantes Sociais

5º DIA – 14 de dezembro de 2016

- Compreensão de Políticas Públicas

- Divisão dos NB’s para discussão e elaboração cronológica da Reforma Sanitária  NB Cláudia: 3º Período da Reforma Sanitária

- 30 Vargas, Nova Constituição; - Centralização Política; - Urbanização, industrialização;

- Êxodo rural = favelização = imigrações; - Ministério da Saúde

- Leis Trabalhistas, Mulheres - Sindicatos

- CAPS; IAPS; Etc.

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- Estudo de Promoção e Prevenção da Saúde - Exibição de Documentário Sicko

6º DIA – 15 de dezembro de 2016

- Vivência

GV4: Unidade Básica de Saúde,

Praia do Sol

– Barra de Jangada, Jaboatão dos Guararapes. Fomos recebidos pela gestora Fátima e estudantes de enfermagem Jaqueline e Silvana.

A unidade funciona a 20 anos, e possui demanda urbana e rural, funciona das 7h as 17h. Apesar da estrutura precária, nossas receptoras nos informaram que está melhor e que tem passado por reformas. Realiza apenas campanhas municipais e não locais, e seu público em maior parte é hipertensivo e diabético. Não há buscativa. A demanda LGBT é pouca.

As funcionárias não se sentem contempladas pelo sistema. Equipe:

1 clinico geral, 2 pediatras, 1 hiperdia, 1 dermatologista, 1 ginecologista, 1 dentista, 1 enfermeiro (a menos de 1 ano), 3 técnicos de assistente de saúde pública.

- Divisão dos NB’s para a discussão das Vivências

7º DIA – 16 de dezembro de 2016

- Vivência

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Fomos recebidos pela psicóloga Veruska, que está na instituição desde sua implantação no ano de 2012. O público alvo é de pessoas adultas (maiores de 18 anos) com transtorno mental.

O CAPS Acolher é o único do município de Moreno, e funciona das 8h às 16h, possui 6 profissionais no momento 1 médico psiquiatra, 1 psicóloga, 1 enfermeira, 1 assistente social; 1 técnico de enfermagem e 1 artesão. A equipe sugere sua ampliação. Suas atividades se dividem em:

1) 3 encontros sobre conscientização do CAPS e sua dinâmica; papel da família; crise e reinserção social.

2) Oficinas de artesanato;

Terapia Ocupacional e psicológica – trabalhos sobre saúde e qualidade de vida; Assistente Social - conceitos de reinserção social (ex.: passeios) 3) A cada 15 dias educadores corporais do NASF executam atividades

Estrutura Física

2 consultórios, 1 cozinha, 1 espaço para encontros e confraternização, 1 quarto para descanso, 1 almoxarifado, 1 farmácia, 2 banheiros para os usuários e 1 para funcionários.

Obs.: A equipe sugere modificações no espaço

As medicações saem da própria farmácia ou são transferidas da Beiral Uchoa, ou farmácia popular (70% da demanda).

Os profissionais afirmam que a maior causa de descompensamento dos usurários são por questões sociais.

- Discussão das vivências entre os NB’s

- Leitura de Casos em NB e resolução segundo a Declaração ALMA - ATA  Caso 2

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8º DIA – 17 de dezembro de 2016

- Discussão em NB sobre movimentos sociais no campo - Levada a discussão dos NB’s ao grande grupo

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9º DIA – 18 de dezembro de 2016

- Explanação e debate com membros do assentamento referentes a Reforma Agrária, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, a comunidade e a saúde na mesma.

- Discussão em NB’s sobre a temática anterior e noções de Jornada Socialista

- Elaboração e apresentação de uma Jornada Socialista Lúdica para membros do assentamento, referentes a sua história e dinâmica

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10º DIA – 19 de dezembro de 2016

- Diálogos sobre a interligação entre Movimentos Sociais e Sistema Único de Saúde - Exibição de filmes sobre o tema

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- Explanação do debate entre os NB’s ao grande grupo - Retomada dos quesitos posteriores de avaliação do projeto

11º DIA – 20 de dezembro de 2016

- Vivência

GV4:

CTA Beiró Uchoa

– em Moreno.

A unidade é nova, e está com um funcionamento recente, de forma a ter apenas três funcionários: 1 uma Assistente Social, 1 Biomédica e 1 um porteiro.

Obs: A equipe está em formação

A abordagem inicial do processo se dá a partir do Acolhimento/Entrevista, ficha para anamnese e possivelmente exames. Sendo que os resultados do último, é articulado atualmente pela assistente social e futuramente pela psicóloga.

Os atendimentos são feitos espontaneamente e por agendamento (psf).

A unidade é bem abastecida em relação a demanda de utensílios de campanha ao combate a DST’s. Recebe-se cerca de 500 unidades de camisinhas feminina; e 50 grosas da masculina; também lubrificantes e panfletos de conscientização.

- Discussão nos NB’s em relação a cada visita - Exibição de filme

- Leitura de texto relacionado a OSCIPS, OS, filantropia e afins, para discussão no NB’s e apresentação ao grande grupo sobre o tema relacionado as vivências – A derrocada das OSs na saúde em Pernambuco - Exibição de filme

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12º DIA – 21 de dezembro de 2016

- Discussão sobre a articulação e importância do graduando na Saúde e Sociedade - Debates sobre o Movimento Estudantil na transformação da Sociedade e Saúde - Discussão em NB’s sobre Projeto Popular e elaboração de paródia:

Paródia: Cavalo Manco – Calypso

Chega pra cá, meu bem que eu vou te mostrar

o que é de fato o Projeto Popular É o Claúdia que vem para mudar Chamando o povo todo para mudar.

Junta a mulher, o povo preto e as bichas também Que a cidade e o campo se organiza

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Fique a vontade para chegar e se juntar com o povão Que o projeto vai mudar sua vida e da população

Não para não, vem cá, me dá a tua mão Quero que venha junto fazer revolução Palhaço branco agora eu vou te mostrar

Que nem com golpe você vai conseguir nos parar - Cibedebate

13º DIA – 22 de dezembro de 2016

- Reflexão sobre a vivência e estágio

- Elaboração geral das cartas aos colegas de vivência, coordenação e assentamento - Abertura das cartas

Referências

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