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Foi e f e t u a d o um e x p e r i m e n t o no Departamento de Zo- o t e c n i a da U n i v e r s i d a d e F e d e r a l Rural de Pernambuco, para v e r i f i - c a r a p o s s i b i l i d a d e da s u b s t i t u i ç ã o p a r c i a l ou t o t a l do m

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N O T A PREVIA S O B R E U S O D E AMILRCEO D E B A B A Ç U IORBIGNYA MARTIANA B A R B . R O D R . ), C O M O N O V A F O N T E ENERGETICA, EM R A Ç U E S P A R A C R E S C I M E N T O E ACABAMENTO D E S U T N O S .

~ 0 x 0 BAPTISTA OLIVEIRA DOS SANTOS JOSE HENRIQUE FILHO Prof. Adjunto do Dep. de Zootecnia Prof. Adjunto do Dep. de

da UFRPE. Zootecnia da UFRPE.

Foi e f e t u a d o um e x p e r i m e n t o no Departamento de Zo- o t e c n i a da U n i v e r s i d a d e F e d e r a l Rural de Pernambuco, para v e r i f i - c a r a p o s s i b i l i d a d e da s u b s t i t u i ç ã o p a r c i a l ou t o t a l do m i l h o por

" a m i l á c e o de babaçu", em r a ç ã o para c r e s c i m e n t o e acabamento de s u i n o s . U t i l i z a r a m - s e 4 2 s u í n o s , machos, c a s t r a d o s , m e s t i ç o s Lan- d r a c e , com aproximadamente 120 d i a s de i d a d e , no i n i c i o do e x p e r i - mento, d i s t r i b u i d o s num d e l i n e a m e n t o em b l o c o s ao a c a s o , com 3 t r a - t a m e n t o s e 7 r e p e t i ç õ e s com d o i s i n d i v i d u o s em cada uma: T i - M i l h o ;

~ ~ - ~ u b s t i t u i ~ ã o de 50% de m i l h o por 5 0 % da m i s t u r a de f a r e l o de so- ja/ami'láceo de babaçu; e T ~ - S u b s t i t u i ç ã o de 100% de m i l h o por 100%

da m i s t u r a de f a r e l o de s o j a / a r n i l á c e o de babaçu.As r a ç õ e s foram i- s o p r o t é i c a s e dadas ad libitum. O periodo experimental foi de 56 dias. O s r e s u l t a d o s mostraram que a s u b s t i t u i ç ã o de m i l h o por uma m i s t u r a i s o p r o t é i c a d e f a r e l o de s o j a / a m i Z á c e o de babaçu, em r a ç ã o para c r e s c i m e n t o e acabamento de s u i n o s , r e d u z , l i n e a r m e n t e , ganho de peso e e f i c i ê n c i a a l i m e n t a r . E s u g e r i d a a r e p e t i ç ã o do e x p e r i m e n - t o , usando-se melaço, como a g l u t i n a n t e , e s u p ~ e m e n t a ~ ã o com m e t i o - n i n a .

A u t i l i z a ç ã o de novas f o n t e s e n e r g é t i c a s , em a l i - mentação a n i m a l , como sucedâneas p a r c i a i s ou t o t a i s do m i l h o ( Z e a - maus L , . ) , vem sendo o b j e t o de c o g i t a ç ã o por p a r t e dos n u t r i c i o n i s :

t a s de quase t o d a s a s á r e a s do mundo. Assim é que, além de s o r g o s

Cad. &nega Univ. Fed. Rural P E . , R e c i f e , 2 ( 2 ) : 1 3 7 - 1 4 4 , d e z . 1 9 7 8

NOTA PREVIA SOBRE USO DE AMIlACEO DE BABAÇU (ORBIGNYA MARTIANA BARB. RODR.), COMO NOVA FONTE ENERGÉTICA, EM RAÇfiES PARA CRESCIMENTO E ACABAMENTO DE SUTNOS.

JOÃO BAPTISTA OLIVEIRA DOS SANTOS JOSÉ HENRIQUE FILHO Rrof. Adjunto do Dep. de Zootecnia Prof. Adjunto do Dep. de

da UFRPE. Zootecnia da UFRPE.

Foi efetuado um experimento no Departamento de Zo- otecnia da Universidade Federal Rural de Pernambuco, para verifi- car a possibilidade da substituição parcial ou total do milho por

"amilãaeo de babaçu", em ração para crescimento e acabamento de suínos. Utilizaram-se 42 suínos^ machos, castrados, mestiços Lan- draoe, com aproximadamente 120 dias de idade, no inicio do experi- mento, distribuídos num delineamento em blocos ao acaso, com 2 tra- tamentos e 7 repetições com dois indivíduos em cada uma: T\-Milho;

T2-Substituição de 50% de milho por 50% da mistura de farelo de so- ja/amilãceo de babaçu; e T^-Substituição de 100% de milho por 100%

da mistura de farelo de soja/amilãaeo de babaçu.As rações foram i- soprotéicas e dadas ad libitum. O período experimental foi de 56 dias. Os resultados mostraram que a substituição de milho por uma mistura isoprotêioa de farelo de soja/amilãaeo de babaçu, em ração para crescimento e acabamento de suínos, reduz, linearmente, ganho de peso e eficiência alimentar. É sugerida a repetição do experimen- to, usando-se melaço, como aglutinante, e suplementação com metio- nina.

INTRODUÇÃO

A utilização de novas fontes energéticas, em ali- mentação animal, como sucedâneas parciais ou totais do milho (Zea- mays L..), vem sendo objeto de cogitação por parte dos nutricionisr tas de quase todas as áreas do mundo. Assim é que, além de sorgos

Cad. Ômega Univ. Fed. Rural PE., Recife, 2(2);127-144, dez, 1978

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(~Sorghurn b i c o t o r Moench), m a n d i o c a ( M a n i h o t e s c u t e n t a C r a n t z ) , a r r o z ( O r y z a s a t i v a L.) e t c . , t e m - s e e s t u d a d o a p o s s i b i l i d a d e d o a p r o v e i - t a m e n t o de r e s i d u o s i n d u s t r i a i s , como, p o r e x e m p l o , p o l p a d e f r u - t o s e m e l a ç o s .

C o n s i d e r a n d o o f a t o d e o s a l i m e n t o s e n e r g é t i c o s r e - p r e s e n t a r e m m a i s d e 70%, em p e s o , d a s r a ç õ e s b a l a n c e a d a s p a r a as es- p é c i e s d o m é s t i c a s n ã o r u m i n a n t e s , o emprego d e o u t r o s a l i m e n t o s d i s - p o n i v e i s , em s u b s t i t u i ç ã o ao m i 1 ho, p o d e r ã r e p r e s e n t a r uma e x p r e s - s i v a r e d u ç ã o , n o s c u s t o s do a r r a ç o a m e n t o , e, c o n s e q u e n t e m e n t e , um aumento, n a r e n t a b i l i d a d e e c o n ô m i c a das e x p l o r a ç õ e s z o o t g c n i c a s de t a i s e s p é c i e s .

A n o v a f a s e d e i n d u s t r i a l i z a ç ã o do b a b a ç u , em de- s e n v o l v i m e n t o n o E s t a d o d o M a r a n h ã o , c a r a c t e r i z a d a p e l o a p r o v e i t a - - m e n t o i n t e g r a l dos f r u t o s , e s t á e n s e j a n d o o f e r t a de uma s é r i e de sub- p r o d u t o s , i n c l u s i v e um, c o m e r c i a l m e n t e d e n o m i n a d o " a m i l ã c e o " , q u e a p r e s e n t a a m p l a s p o s s i b i l i d a d e s d e u t i l i z a ç ã o , em r a ç õ e s p a r a s u i - nos e b o v i n o s , como c o n s t i t u i n t e e n e r g é t i c o . P o r s e r e s t e um res'i- duo de n a t u r e z a ami l ã c e a , d e c i d i u - s e f a z e r um e x p e r i m e n t o , o b j e t i - vando e s t u d a r a v i a b i l i d a d e do s e u a p r o v e i t a m e n t o , como f o n t e e n e r - g é t i c a , em r a ç õ e s p a r a c r e s c i m e n t o e a c a b a m e n t o d e s u i n o s .

MATERIAL E METODOS

O e x p e r i m e n t o f o i r e a l i z a d o , n a s i n s t a l a ç õ e s do De- p a r t a m e n t o de Z o o t e c n i a d a U n i v e r s i d a d e F e d e r a l R u r a l d e Pernambuco (UFRPE), n o R e c i f e , M u n i c i p i o 6 da M i c r o r r e g i ã o Homogênea 1 1 1 2 , n o p e r i o d o d e 1978.08.16 a 1 9 7 8 . 1 0 . 1 0 .

Os a n i m a i s f o r a m m a n e j a d o s , em b o x e s com p i s o d e c i - m e n t o , com ã g u a e r a ç ã o f o r n e c i d o s a d l i b i t u r n . Foram u t i l i z a d o s 42 a n i m a i s , machos, c a s t r a d o s , m e s t i ç o s L a n d r a c e , i d a d e em t o r n o d e 1 2 0 d i a s n o i n i c i o do e x p e r i m e n t o , d i s t r i b u i d o s em um d e l i n e a m e n t o d e b l o c o s ao a c a s o , com t r ê s t r a t a m e n t o s e s e t e r e p e t i ç õ e s , com d o i s s u í n o s em c a d a uma. D u r a n t e a f a s e p r e p a r a t ó r i a , o c o r r e u um s u r t o de g r i p e , o q u e d e t e r m i n o u a p e r d a de d u a s p a r c e l a s . C o n s i s t i r a m as m e d i d a s s a n i t á r i a s em v a c i n a ç ã o c o n t r a p e s t e s u i n a , v e r m i f u g a ç õ e s e

Cad. Ôrnega U n i u . Fed. R u r a l Pã., R e c i f e , 2(2):137-144, dez. 1 9 7 8 (iSorghum b-ioolor Moench^j mandioca (Manihot esaulenta Crantz) .arroz (Oryp-a sativa L.) etc,, tem-se estudado a possibilidade do aprovei- tamento de resíduos industriais, conio, por exemplo, polpa de fru- tos e melaços.

Considerando o fato de os alimentos energéticos re- presentarem mais de 70*), em peso, das rações balanceadas para as es- pécies domésticas não ruminantes, o emprego de outros alimentos dis- poníveis, em substituição ao milho, poderá representar uma expres- siva redução, nos custos do arraçoamento, e, conseqüentemente, um aumento, na rentabilidade econômica das explorações zootécnicas de tais espécies.

A nova fase de industrialização do babaçu, em de- senvolvimento no Estado do Maranhão, caracterizada pelo aproveita- mento integral dos frutos, está enseiando oferta de uma série de sub- produtos, inclusive um, comercialmente denominado "amilãceò", que apresenta amplas possibilidades de utilização, em rações para suí- nos e bovinos, como constituinte energético. Por ser este um resí- duo de natureza amilãcea, decidiu-se fazer um experimento, objeti- vando estudar a viabilidade do seu aproveitamento, como fonte ener- gética, em rações para crescimento e acabamento de suínos.

MATERIAL E MÉTODOS

0 experimento foi realizado, nas instalações do De- partamento de Zootecnia da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), no Recife, Município 5 da Microrregião Homogênea lll2, no período de 1978.08.16 a 1978.10.10.

Os animais foram manejados, em boxes com piso de ci- mento, com ãgua e ração fornecidos ad lihitum. Foram utilizados 42 animais, machos, castrados, mestiços Landrace, idade em torno de 120 dias no início do experimento, distribuídos em um delineamento de blocos ao acaso, com três tratamentos e sete repetições, com dois suínos em cada uma. Durante a fase preparatória, ocorreu um surto de gripe, o que determinou a perda de duas parcelas. Consistiram as medidas sanitárias em vacinação contra peste suína, vermifugações e

Cad. Õmega Univ. Feã, Rural PÉ., Recife, 2 (2):137-141, dez, 1978

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a p l i c a ç õ e s de s a r n i c i d a s . As p e s a g e n s dos a n i m a i s e o c ô m p u t o das r a ç õ e s c o n s u m i d a s f o r a m e f e t u a d o s , com i n t e r v a l o s de 2 8 d i a s .

Foram os s e g u i n t e s os t r a t a m e n t o s : TI-Mi 1 ho; T2-Subs- t i t u i ç ã o d e 5 0 % d e m i l h o p o r 50% de uma m i s t u r a de f a r e l o d e s o j a / a m i l ã c e o d e b a b a ç u ; e T , - S u b s t i t u i ç ã o de 1 0 0 % d e m i l h o p o r 1 0 0 % d e uma m i s t u r a de f a r e l o d e s o j a / a m i l ã c e o d e b a b a ç u . As r a ç õ e s f o r a m c a l c u l a d a s , de modo q u e v i e s s e m a s e r i s o p r o t é i c a s . A c o m p o s i ç ã o do r e s í d u o e s t u d a d o é m o s t r a d a , no q u a d r o 1.

Q u a d r o 1 - C o m p o s i ç ã o do A m i l ã c e o de Babaçu*

Componente Q u a n t i d a d e %

Umidade Ami do P r o t e i n a s F i b r a s E. e t é r e o A ç ú c a r e s t o t a i s P e n t o s e s

T a n i n o M i n e r a i s

* A n á l i s e f o r n e c i d a p e l a Companhia I n d u s t r i a l T é c n i c a , de São L u i s , E s t a d o do M a r a n h ã o .

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O e x p e r i m e n t o t e v e uma d u r a ç ã o de 56 d i a s . Os p e - sos v i v o s m e d i o s dos s u i n o s , d u r a n t e o p e r i o d o de o b s e r v a ç ã o , s ã o a p r e s e n t a d o s , n o q u a d r o 2.

Cad. Ô m e g a Uniu. Fed. Rural PE., Recife, 2 f 2 ) : 1 3 7 - 1 4 4 , dez. 1 9 7 8

aplicações de sarnicidas. As pesagens dos animais e o cõmputo das rações consumidas foram efetuados, com intervalos de 28 dias.

Foram os seguintes os tratamentos: Tj-Milho; T^-Subs- tituição de 50% de milho por 50% de uma mistura de farelo de soja/

amilãceo de babaçu; e Ts-Substituição de 100% de milho por 100% de uma mistura de farelo de soja/ami1ãceo de babaçu. As rações foram calculadas, de modo que viessem a ser isoprotiicas. A composição do resíduo estudado é mostrada, no quadro 1.

Quadro 1 - Composição do Amilãceo de Babaçu1

Componente Quantidade

Umi dade Ami do Proteínas Fi bras E. etéreo Açúcares totais Pentoses

Tani no Mi nerai s

15,46 60,86 1 ,93 9,81 0,22 0,80 0,54 4,08 4,23

* Anãlise fornecida pela Companhia Industrial Técnica, de São Luis, Estado do Maranhão.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

0 experimento teve uma duração de 56 dias. Os pe- sos vivos médios dos suínos, durante o período de observação, são apresentados, no quadro 2.

Cad, Õmega Univ. Feã. RuvaL FÉ., Reaife, 2(2):137-144, dez. 1978

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Q u a d r o 2 - P e s o V i v o M é d i o dos S u i n o s , n o P e r i o d o E x p e r i m e n t a l .

- - - - - -

T r a t a m e n t o Peso v i v o m é d i o (em k g )

I n i c i a l Aos 2 8 d i a s Aos 56 d i a s

0 s g a n h o s d e p e s o v i v o e a c o n v e r s ã o a l i m e n t a r , a o s 28 d i a s , f o r a m de, r e s p e c t i v a m e n t e , 0,821 k g e 2,91 kg; 0,773 k g e 3,09 k g ; e 0,712 k g e 3,39 k g p a r a o s t r a t a m e n t o s TI, T2 e T 3 . A a n ã l i s e e s t a t i s t i c a r e v e l o u em d e c r é s c i m o l i n e a r s i g n i f i c a t i v o a n i v e l de I%, n a e f i c i ê n c i a a l i m e n t a r , c o n f o r m e a e q u a ç ã o Y = 2,88+

0,0048 X. Os r e s p e c t i v o s c o e f i c i e n t e s de v a r i a ç ã o f o r a m de 10,36%

e 5,72%.

Aos 56 d i a s , os g a n h o s d e p e s o v i v o e c o n v e r s ã o a - l i m e n t a r f o r a m de, r e s p e c t i v a m e n t e , 0,793 k g e 3,22 k g ; 0,751 k g e 3,54 k g ; e 0,645 k g e 4,05 k g p a r a os t r a t a m e n t o s TI, T 2 e T a . A a n ã l i s e e s t a t i s t i c a r e v e l o u um d e c r é s c i m o l i n e a r s i g n i f i c a t i v o a n l v e l de I%, p a r a g a n h o d e p e s o e e f i c i ê n c i a a l i m e n t a r , c o n f o r m e as e q u a ç õ e s Y = 0,804 - 0,00148 e Y = 3,19 + 0,0083 X. Os r e s p e c t i v o s c o e f i c i e n t e s de v a r i a ç ã o f o r a m d e 9,74% e 5,89%.

O e f e i t o n e g a t i v o r e g i s t r a d o , q u a n d o s e p r o m o v e u a s u b s t i t u i ç ã o d e m i l h o p e l a m i s t u r a i s o p r o t é i c a d e f a r e l o de s o j a / a m i l ã c e o d e b a b a ç u , p o d e s e r a t r i b u i d a não a p e n a s a uma p r o v ã v e l r e d u ç ã o do n i v e l de e n e r g i a m e t a b o l i z ã v e l , como também ao e l e v a d o t e o r t â n i c o do a m i l ã c e o de b a b a ç u . F a l t a m i n f o r m a ç õ e s a c e r c a d e u m p o s s i v e l ~ e f e i t o d e p r e s s i v o d e t a n i n o , s o b r e s u i n o s , embora s e s a i - ba que, em a v e s e r a t o s , e l e o c o r r a 6,3.2 Q U E I R O Z ~ ~ ~ a t i i , q u a n d o e s t u d a r a m o n i v e l de t a n i n o s o b r e os c o e f i c i e n t e s de d i g e s t i b i l i - - dade a p a r e n t e do g r ã o de s o r g o t r i t u r a d o , c o n c l u y r a m q u e o m i l h o po- de s e r s u b s t i t u i d o p o r s o r g o s d e b a i x o ou a l t o t a n i n o , sem q u e h a - j a p r e j u i z o n o g a n h o d e p e s o dos l e i t õ e s .

Cad. Ô m e g a Uniu. F e d . R u r a l P E . , R e c i f e , 2 1 2 ) : 1 3 7 - 1 4 4 , d e z . 1 9 7 8

Quadro 2 - Peso Vivo Midio dos Suínos, no PerTodo Experimentai.

Tratamento Peso vivo médio (em kg) Inicial Aos 28 dias Aos 56 dias Ti 34,2 57,2 78,5 Ta 33,7 55,4 76,1 Ta 33,9 53.8 70.0

Os ganhos de peso vivo e a conversão alimentar, aos 28 dias, foram de, respectivamente, 0,821 kg e 2,91 kg; 0,773 kg e 3,09 kg; e 0,712 kg e 3,39 kg para os tratamentos Ti, Ta e T3. A analise estatística revelou em decréscimo linear significativo a nível de 1%, na eficiência alimentar, conforme a equação Y = 2,88+

0,0048 X. Os respectivos coeficientes de variação foram de 10,36%

e 5,72%.

Aos 56 dias, os ganhos de peso vivo e conversão a- limentar foram de, respectivamente, 0,793 kg e 3,22 kg; 0,751 kg e 3,54 kg; e 0,645 kg e 4,05 kg para os tratamentos Tj, Ta e T3. A análise estatística revelou um decréscimo linear significativo a nível de 1%, para ganho de peso e eficiência alimentar,conforme as equações Y = 0,804 - 0,00148 e Y = 3,19 + 0,0083 X. Os respectivos coeficientes de variação foram de 9,74% e 5,89%.

0 efeito negativo registrado, quando se promoveu a substituição de milho pela mistura isoprotéica de farelo de soja/

amilaceo de babaçu, pode ser atribuída não apenas a una provável redução do nível de energia metabolizãvel , como também ao elevado teor tãnico do amilaceo de babaçu. Faltam informações acerca de um possível efeito depressivo de tanino, sobre suínos, embora se sai- ba que, em aves e ratos, ele ocorra 6,3.2 QUEIROZ5et alii, quando estudaram o nível de tanino sobre os coeficientes de digestibili—

dade aparente do grão de sorgo triturado, concluíram que o milho po- de ser substituído por sorgos de baixo ou alto tanino, sem que ha- ja prejuízo no ganho de peso dos leitões.

Cad. ômega Univ. Fed. Rural PE.3 Recife, 2(2):137-144, dez. 1978

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convém s a l i e n t a r que o m a i o r consumo de r a ç ã o , nos t r a t a m e n t o s T2 e Tg, pode s e r a t r i b u r d o , em p a r t e , à s elevadas p e r - d a s p r o v o c a d a s p e l a s c a r a c t e r í s t i c a s f i s i c a s do a m i l ã c e o que é c o n s t i t u i d o de p a r t i c u l a s t e n u i s s i m a s e e x t r e m a m e n t e l e v e s .

CONCLUSUES

C o n s i d e r a d a s a s c i r c u n s t a n c i a i s l i m i t a ç õ e s e x p e r i - m e n t a i s , o s r e s u l t a d o s o b t i d o s permitem a s s e g u i n t e s c o n c l u s õ e s :

a ) a s u b s t i t u i ç ã o do m i l h o p o r uma m i s t u r a i s o p r o - t g i c a de f a r e l o de s o j a / a m i l ã c e o de b a b a ç u , em r a ç õ e s p a r a s u i n o s , r e d u z , l i n e a r m e n t e , o ga- nho de p e s o v i v o e a e f i c i ê n c i a a l i m e n t a r ; b ) é n e c e s s ã r i a a r e p e t i ç ã o da p e s q u i s a , u t i l i z a n -

d o - s e t r a t a m e n t o s com s u p l e m e n t a ç ã o de m e t i o n i - n a ;

c ) o b j e t i v a n d o r e d u z i r a s p e r d a s de r a ç õ e s , é a - c o n s e l h ã v e l i n t r o d u z i r melaço de cana-de-açÜcar, ã g u i s a de a g l u t i n a n t e ;

d ) c o n s i d e r a n d o a p o t e n c i a l m e n t e enorme o f e r t a e o b a i x o c u s t o do a m i l ã c e o de b a b a ç u , além d e s u a e l e v a d a p a r t i c i p a ç ã o , nas r a ç õ e s e x p e r i m e n t a i s ( 3 1 % , no t r a t a m e n t o T 2 e 6 1 % , no t r a t a m e n t o T 3 ) , mesmo e x e r c e n d o d e p r e s s ã o , n o ganho de p e s o v i v o e na e f i c i ê n c i a a l i m e n t a r , . uma a n á l i s e dos c u s - t o s de p r o d u ç ã o p o d e r i a recomendar o s e u usosem r a ç õ e s p a r a c r e s c i m e n t o e acabamento de s u i n o s . ABSTRACT

An e z p e r i m e n t was done, a t t h e Department o f Zdo- t e c h n y o f R u r a l ~ é d e r a ~ U n i v e r s i t y i n Pernarnbuco S t a t e , B r a z i Z , w i t h a v i e w t o s t u d y t h e p o s s i b i z i t y o f p a r t i a 2 o r t o t a l s u b s t i - t u t i o n o f c o r n (Zea mays'L.1 by amyZaceous babaçu b y - p r o d u c t , i n r a t i o n s f o r s w i n e growing and f i n i s h i n g . F o r t y two Landrace e m s -

Cad. ;?nega Uniu. Fed. Rural P E . , R e c i f e , 2 ( 2 ) : 1 3 7 - 1 4 4 , d e z . 1978 Convém salientar que o maior consumo de ração, nos tratamentos T2 e T3, pode ser atribuído, em parte, ãs elevadas per- das provocaoas pelas características físicas do amilãceo que é constituído de partículas tenuíssimas e extremamente leves.

CONCLUSÕES

Consideradas as circunstanciais limitações experi- mentais, os resultados obtidos permitem as seguintes conclusões:

a) a substituição do milho por uma mistura isopro- teica de farelo de soja/amilãceo de babaçu, em rações para suínos, reduz, linearmente, o ga- nho de peso vivo e a eficiência alimentar;

b) é necessãria a repetição da pesquisa, utilizan- do-se tratamentos com suplementação de metioni- na;

c) objetivando reduzir as perdas de rações, é a- conselhãvel introduzir melaço de cana-de-açúcar, ã guisa de aglutinante;

d) considerando a potencialmente enorme oferta e o baixo custo do amilãceo de babaçu, além de sua elevada participação, nas rações experimentais (31%, no tratamento T2 e 61%, no tratamento T3), mesmo exercendo depressão,no ganho de peso vivo e na eficiência alimentar, uma analise dos cus- tos de produção poderia recomendar o seu uso,em rações para crescimento e acabamento de suínos.

ABSTRACT

An experíment wds dune, at the Department of lóo- teohny of Rural Federal University in Pernambuco State, Brazil, with a view to stuãy the poasibility of partial or total substi—

tution of com (Zea mays^L..' by amylaaeous babaçu by-produot, in rations for swine growing and finishing. Forty two Landraoe cros-

Cad. Õmega Univ. Fed. Rural PE., Recife, 2(2):137-144, dez. 1978

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s b r e d , male, c a s t r a t e d s w i n e s were u s e d , 220 d a y s a l d a t t h e beg- i n n i n g o f t h e e x p e r i m e n t , d i s t r i b u t e d i n t o random b l o c k s w i t h t h r e e t r e a t m e n t s and s e v e n r e p e t i t i o n s w i t h two individuais i n each: Ti-Corn; T 2 - S u b s t i t u t i o n o f 50% c o r n by a m i x t u r e o f soybean meal/babaçu amy l a c e o u s b y - p r o d u c t ; and T s - S u b s t i t u t i o n o f 200% c o m by a m i x t u r e o f soybean meal/babaçu amylaceous b y - p r o d u c t . R a t i o n s were c a l c u l a t e d s p t h a t t h e y become i s o p r o t e i c , and were g i v e n ad libitum. The e x p e r i m e n t a l p e r i o d was o f 56 d a y s . The r e s u l t s ha- ve shown t h a t t h e s u b s t i t u t i o n o f c o r n by a i s o p r o t e i c m i x t u r e o f s o y b e a n meal/babaçu amylaceous b y - p r o d u c t , i n r a t i o n s f o r swine growing and f i n i s h i n g , r e d u c e s , l i n e a r l y , w e i g h t g a i n and f e e d c o n v e r s i o n . I t i s e u g g e s t e d t h e r e p e t i t i o n o f t h e e z p e r i m e n t , u s i n g sugar cane moZasse a s an a g g l u t i n a n t , and s u p p l e m e n t a t i o n w i t h m e t h i o n i n e .

AGRADECIMENTOS

Ao D r . P a u l o P o n c e de L e o n F i l h o , E n g e n h e i r o A g r ô - nomo e M é d i c o V e t e r i n á r i o , do S e r v i ç o d e D e f e s a S a n i t á r i a A n i m a l , da D e l e g a c i a F e d e r a l de A g r i c u l t u r a n o E s t a d o d e Pernambuco, e ao P r o f . S i l v i o P a r e n t e V i a n a , P r o f e s s o r A d j u n t o de N u t r i ç ã o A n i m a l , da U n i v e r s i d a d e F e d e r a l R u r a l de Pernambuco, p e l a s s u g e s t õ e s apre- s e n t a d a s n a r e v i s ã o do m a n u s c r i t o d e s t e t r a b a l h o .

A Companhia I n d u s t r i a l T é c n i c a , s e d i a d a n a c i d a d e de São L u i s , E s t a d o d o M a r a n h ã o , p e l a p r o v i s ã o do a m i l á c e o de b a - b a ç u e da a n á l i s e q u r m i c a .

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AGRADECIMENTOS

Ao Dr. Paulo Ponce de Leon Filho, Engenheiro Agrô- nomo e Medico Veterinário, do Serviço de Defesa Sanitária Animal, da Delegacia Federal de Agricultura no Estado de Pernambuco, e ao Prof. Silvio Parente Viana, Professor Adjunto de Nutrição Animal, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, pelas sugestões apre- sentadas na revisão do manuscrito deste trabalho.

A Companhia Industrial Técnica, sediada na cidade de São Luis, Estado do Maranhão, pela provisão do amilãceo de ba- baçu e da análise química.

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Referências

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