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Por quê? 1) Breve escorço da mensagem anterior

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Academic year: 2021

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Texto

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Por quê?

Texto Bíblico: Jó 1.9-12:

9. Então, respondeu Satanás ao SENHOR:

Porventura, Jó debalde teme a Deus?

10. Acaso, não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e os seus bens se multiplicaram na terra.

11. Estende, porém, a mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face.

12. Disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está em teu poder; somente contra ele não estendas a mão. E Satanás saiu da presença do SENHOR.

1) Breve escorço da mensagem anterior

Vimos, na mensagem passada, que Jó era um homem íntegro, reto, temente a Deus e se desviava do mal. Ou seja, tratava-se de um homem irrepreensível.

Vimos que essas qualidades encontradas em Jó foram identificadas pelo próprio Deus, que, inclusive, disse que, na terra, não havia ninguém semelhante a ele - Jó.

Vimos, também, que, apesar desse caráter irrepreensível, Jó era um homem pecador – como todos os demais – e tinha consciência disso.

Vimos, ainda, que Jó foi um exemplo de como ser um adorador, em meio às circunstâncias contrárias; que ele olhou para dentro de si, objetivando encontrar falhas de caráter que ele poderia ter – mesmo sendo íntegro; e que não deixou de reconhecer que ele próprio poderia ser a causa de seus problemas.

Vimos, por fim, que, apesar de ser reconhecido por Deus como um homem íntegro, reto, temente a Deus e que se desviava do mal, Jó não foi poupado das tragédias que se abateram sobre ele.

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Hoje, veremos as razões dessas tragédias que se abateram sobre Jó.

2) As causas da aflição de Jó

Por que Deus permitiu que tragédias ocorressem na vida de um homem como Jó?

Ao observarmos o texto lido no princípio dessa mensagem (Jó 1.9-10), concluímos que o diabo acusou Deus de comprar a fidelidade de Jó, e, como consequência, acusou este de ser um interesseiro, que servia a Deus, não por amor ao Eterno, mas, por causa das benesses que Ele – Deus – lhe concedia.

O comentarista ANDERSEN1 anota que, segundo o diabo, “a piedade de Jó é artificial. Nunca foi provada por um teste. E Deus não está numa situação melhor, pois fez com que fosse fácil para Jó ser bom. Obteve a devoção de Jó mediante o suborno, e protege-o do dano.”.

Deus, então, com a finalidade de provar que as acusações do diabo eram infundadas, permitiu que este se insurgisse contra os bens e a família de Jó, conforme se constata pela leitura do versículo 12, a seguir, transcrito:

12. Disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está em teu poder; somente contra ele não estendas a mão. E Satanás saiu da presença do SENHOR

Entretanto, como visto na mensagem passada, mesmo após perder os bens e os filhos, Jó permaneceu fiel ao Senhor e temente a Este, o que motivou satanás a continuar com suas acusações levianas:

4. Então Satanás respondeu ao SENHOR: Pele por pele, e tudo quanto o homem tem dará pela sua vida.

5. Estende, porém, a mão toca-lhe nos ossos e na carne e verás se não blasfema contra ti na tua face. – Jó 2.4-5.

1 ANDERSEN, Francis I. Jó: Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2006, p. 81.

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Deus, uma vez mais, permitiu que Satanás investisse contra Jó, desta feita, tocando no corpo dele:

6. Disse o SENHOR a Satanás: Eis que ele está em teu poder; mas poupa-lhe a vida (Jó 2.6)

Jó foi acometido de terrível enfermidade (a Bíblia descreve-a como

“tumores malignos” que o afligiram “desde a planta do pé até ao alto da cabeça” – Jó 2.7), ao ponto de ele ter ficado assentado em cinza (ANDERSEN2 diz que “a referência provavelmente diz respeito ao depósito de lixo fora da cidade”, acrescentando que “Esta auto-abnegação era mais provavelmente sua própria maneira triste de aceitar sua nova condição social de lixo humano...”) raspando-se com um caco.

Ainda assim, Jó permaneceu fiel a Deus, ao ponto de a Bíblia relatar que “Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios”. (Jó 2.10).

Necessário se dizer, no entanto, que essa permissão de Deus, para que satanás investisse contra Jó, não tinha o condão de defender o próprio Deus, pois Ele não precisa de defesa, já que é o Todo-poderoso.

E essa ressalva é importante porque pode parecer, em princípio, que ao ser acusado de comprar a fidelidade de Jó, Deus autorizou as investidas de satanás contra este para provar que Ele – Deus – não era o que o diabo dizia ser.

Pensar assim, no entanto, seria pensar que Deus teria optado pela solução mais cômoda para Ele: permitir que Jó sofresse para que a Sua reputação – de Deus – não fosse manchada.

No entanto, Deus permitiu que satanás investisse contra Jó, não para provar que Ele não era quem o diabo dizia ser, mas, para provar que Jó não era venal – como o acusador dizia. Deus quis provar para o diabo que Jó era, realmente, íntegro.

2 ANDERSEN, Francis I. Jó: Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2006, p. 89.

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Não podemos olvidar que satanás é o pai da mentira, e em assim sendo quando ele fala uma mentira, fala do que lhe é próprio, conforme consta em João 8.44:

“Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.”.

Ou seja, quando o diabo profere uma mentira, ele realmente acredita no que diz, já que a mentira lhe é ínsita, e, portanto, caso não haja uma prova em contrário, ele dissemina essa mentira como se verdade fosse.

Assim necessário seria que Jó fosse submetida a provas que desmascarassem a tese satânica.

Um Pai que ama o filho como Deus amava Jó não poderia permitir que a integridade deste fosse questionada pelo pai da mentira. Por isso a permissão de Deus para que satanás investisse contra os bens e a família de Jó.

3) As lições extraídas do texto

Do texto em comento colhem-se as seguintes lições:

3.1. O diabo não conhece os verdadeiros servos de Deus (e isso comprova as suas limitações). Ele pensa que os servos de Deus são como os dele: venais e interesseiros. Então, quando vê um servo fiel a Deus, tenta demovê-los da ideia de servirem ao Senhor.

3.2. O diabo não pode ir além daquilo que Deus permite. Deve ser observado que durante todo o tempo Deus manteve-se no controle da situação, já que o diabo não fez nada além daquilo que lhe foi permitido pelo Eterno.

3.3. Deus sabe, exatamente, até onde podemos suportar as provações, pois, ao contrário do diabo, Ele nos conhece por inteiro.

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4) O que Deus fez – permitindo que satanás investisse contra Jó – foi bom para este?

O fato de Deus permitir que o diabo investisse contra Jó, objetivando que a tese satânica fosse desmascarada, foi a única razão para as provações enfrentadas por Jó?

Como Jó poderia identificar algo de bom em meio a toda a provação?

Essa resposta buscaremos na próxima mensagem.

Sejam abençoados.

Referências

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