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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA DIRETORIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA, PESQUISA E EXTENSÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PROJETOS EDITORIAIS IMPRESSOS E MULTIMÍDIA

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Academic year: 2018

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA, PESQUISA E EXTENSÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PROJETOS EDITORIAIS

IMPRESSOS E MULTIMÍDIA

Flash, Usabilidade e Web 2.0

ALUNO: Adamo Alighieri Reis PROFESSOR ORIENTADOR: Ana Elisa Novais

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Resumo

Este artigo trata de aspectos de usabilidade em sites desenvolvidos com a ferramenta Adobe Flash. Sua finalidade é apoiar pesquisadores, desenvolvedores e estudantes da área a projetarem interfaces que propiciem aos seus usuários uma interação fácil e transparente. Em tempos de mudanças nas formas de interação na internet, iremos abordar também a evolução da ferramenta com o universo Web 2.0, tal estudo possibilitará analisar as funcionalidades de interação para executar uma tarefa de forma colaborativa devido à evolução que o Flash vem acompanhado até

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Introdução

O que se espera ao acessar um site? Design, conteúdo, interatividade, funcionalidade? Todos esses são quesitos para um bom site, resumem a idéia de que ele deva ser fácil de usar, seus textos devem ser legíveis e suas informações devem ser encontradas com facilidade. O conceito que reúne todos esses atributos é o de usabilidade.

Usabilidade não é uma opção que o interagente deve escolher, é um direito que ele

tem para uma melhor navegabilidade e busca do seu conteúdo de maneira mais fácil possível. Quando o site é em desenvolvido em Flash, o que fazer para tornar a sua usabilidade fácil e acessível, uma vez que a ferramenta proporciona uma infinidade de possibilidades de desenvolvimento, com padrões de interação muito mais livres que os estilos de otimização? A resposta está na criatividade, estudo, experiência e principalmente no bom senso de cada profissional.

A Web 2.0 é uma geração de serviços online com característica de compartilhamento de informações, produção de forma colaborativa e interação entre os participantes do processo. Além disso, a Web 2.0 conecta as pessoas ou organizações, ela potencializa o surgimento das redes sociais, seja através de blogs, mensagens instantâneas ou sites de relacionamentos. Nesse modelo de Web, os membros que passam a ser chamados de interagentes ao invés de serem apenas usuários1.

Desenvolver sites em Flash na era 2.02 está cada vez mais desafiador, afinal, os interagentes não querem somente navegar pelo seu site, seja quão bonito ele for. Mais do que navegar é preciso conversar com a audiência, postar, colocar sua opinião e agregar conteúdo.

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Como um estudo sobre as interações no ciberespaço não pode levar em conta apenas os participantes humanos, considerar-se-á também os aparatos tecnológicos como interagentes. (PRIMO, Alex. O aspecto relacional das interações na Web 2.0. E-Compós (Brasília), v. 9, p. 1-21,2007)

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O Flash é enxergado por duas vertentes pelos profissionais e pesquisadores que o usam. De um lado os que vestem a camisa para o software da Adobe, porque acreditam na ferramenta e desenvolvem aplicações para diversos tipos de trabalho na Internet. De outro lado existe uma fatia considerável que abonima o seu uso, devido a problemas que envolvem conceitos como usabilidade, acessibilidade e SEO3. Para além dessa discussão, buscaremos nesse artigo estudar o perfil o perfil

de projetos mais adequados para a utilização da ferramenta. Descobrir o que é preciso para torná-lo mais acessível e funcional em seu desenvolvimento.

Neste artigo vamos explorar as questões acima levantadas, elencando heurísticas de usabilidade que podem ser aplicadas a sites em Flash e ilustrando a forma como alguns sites se apropriam (ou não) desses recursos.

Vários sites desenvolvidos em Flash, bons e ruins, foram estudados e analisados como exemplo de usabilidade, design, estrutura de arquitetura e peso4. Todos eles apresentaram bons tempos de carregamento, sendo que é o primeiro quesito ao acessar um site em Flash, o seu peso. Com a popularização da conexão de banda larga, os profissionais da área ganharam mais liberdade para criar sites um pouco mais robustos, a fim de ganhar em qualidade e criatividade. Por exemplo, inserindo arquivos de imagens pesadas e arquivos de vídeo. Porém, o desenvolvedor deve informar ao seu usuário sobre o peso do site informando-o a porcentagem do total de kb carregados, isso se faz antes mesmo da introdução do site.

Introduções em sites Flash estão em desuso, muitas vezes por causar demora (no caso de uma introdução extensa, coloca-se um botão para pular a mesma) ou mesmo pela sua inutilidade na proposta de interação do site. A maioria dos sites apresentou boa usabilidade, apesar de alguns terem pecado no quesito design.

Efeitos sonoros e músicas são permitidos em sites Flash, porém, dois aspectos são importantes ao pensar em tais recursos: o primeiro é verificar a necessidade de som

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O termo SEO é a abreviatura do termo em inglês “Search Engine Optimization“, que significa otimização de sites ou otimização para buscas. SEO é um conjunto de técnicas que visam melhorar o seu website diante dos mecanismos de busca como Google, Yahoo e MSN. (brasilseo.com.br)

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no site, isto vai depender muito da idéia a ser divulgada. Caso seja permitido, é importante oferecer opções ao usuário se ele quer navegar com ou sem música, isso se faz logo após o carregamento do site. Nos sites analisados foram encontrados os dois casos, sites com opção para o usuário habilitar som e sites que não deram a opção para o usuário, este segundo pode causar um impacto negativo com relação ao site visitado.

Alguns sites proporcionaram algo a mais ao usuário, além da boa estrutura de usabilidade e design: a interatividade. No site da cantora norte-americana Tracy

Chapman (tracychapman.com), é possível deixá-lo com o visual personalizado com relação as cores através do menu “color your world”. Nos sites “Dia Mundial da Internet (diamundialdainternet.com.br) e Xixi no Banho (xixinobanho.org.br) além da boa estrutura de navegação, os sites trabalham com a idéia de Web 2.0, induzindo a participação do interagente.

Um site totalmente em Flash pode ser um equívoco como função de substituir o HTML ou simplesmente criar introduções animadas. O Flash é utilizado para atender à necessidades bem específicas que não estão disponíveis na plataforma HTML; tais recursos são animações, sons, vídeos e interatividade que envolva o usuário. Porém, nada impede que profissionais desenvolvam sites totalmente em Flash, definindo bem o briefing e dependendo do produto em questão, um site todo em Flash fica bem atrativo, caso sejam aplicados os conceitos e técnicas de usabilidade no projeto. O erro mais comum é a vontade de fazer coisas diferentes antes de saber a necessidade do projeto, encher o site de animações pode deixá-lo mais pesado, poluído, confuso, sem usabilidade e o fato de não levar o público em consideração.

Caso o a proposta do briefing permita utilizar elementos em Flash (por exemplo, uma banda musical, uma agência de publicidade, uma agência de modelos) é comum em

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A facilidade de manuseio e a capacidade de aprendizado rápido de um site fazem com que o usuário consiga se adaptar em pouco tempo com o sistema para efetuar as suas tarefas. Essa facilidade proporciona capacidade do usuário de retornar ao site sem precisar reaprender a operá-lo.

Devido à variedade de características envolvidas nas culturas de outros países, é importante também adaptar o projeto a essas especificações, portanto o processo de localização não atinge somente a região do público de interesse, na internet o seu

site não tem fronteiras, podendo ser acessado por qualquer parte do planeta. O Google é um exemplo de usabilidade e segmentação de regiões. Pelo link google.com/language_tools, o usuário consegue escolher o idioma do seu país tanto na linguagem verbal quanto na visual, representado pelas bandeiras de cada país. Porém, mesmo essa segmentação pode não ser 100% eficaz. Por exemplo, na Suíça falam-se quatro idiomas: francês, alemão, italiano e romanche. A exibição da bandeira, portanto, não resolve o problema.

Obter interfaces que satisfaçam a maior parte dos interagentes de um site não é uma tarefa das mais simples. São vários os fatores influentes nessa operação de navegar na internet. São tecnologias utilizadas nos desenvolvimentos do site, tais como linguagens de programação, plugins de áudio e vídeo, complementos para visualização e acessos (ex: Java, Flash, quicktime), sem contar a preferência dos milhares de navegadores que muitas vezes não são compatíveis a uma determinada tecnologia e pode causar erros na leitura visual e verbal de um site.

Análise de usabilidade em sites desenvolvidos em Flash

No livro e-Usabilidade, de Simone Bacellar (2008), a autora discute questões como a utilização de elementos, símbolos, composição de cores, interação, acessibilidade e

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Os requisitos apresentados abaixo serão descritos para caracterizar alguns pontos de usabilidade nos sites analisados. Tais requisitos possibilitam a uniformidade, reduz comportamentos inesperados e incompreensíveis, e permite generalizações, ou seja, estende o conhecimento do aspecto de um site para outros.

- Consistência - Feedback

- Níveis de habilidade de comportamento humanos - Percepção humana

- Metáforas

- Minimização de carga de memória

- Eficiência no diálogo, movimento e pensamentos - Classificação funcional dos comandos

- Manipulação direta

- Exibição exclusiva de informação relevante - Uso de rótulos, abreviações e mensagens claros - Uso adequado de janelas

- Projeto independente da resolução do monitor (Barcellar, 2008, p. 159)

Todos os sites escolhidos para análise possuem características de diferentes práticas de usabilidade, design e conceito. A maioria dos sites foi premiada como site do mês ou do dia pelo The FWA5. O Favourite Website Awards (FWA) foi criado em maio de 2000, para reconhecer os mais recentes e os melhores site desenvolvidos em Flash. Com sede na Inglaterra, é uma das principais referências em site como programa de premiação. Entre a comunidade de designers, o site pode ser comparado ao YouTube e recebe mais de um milhão de acessos ao mês.

O FWA divide os sites por categorias e os visitantes elegem o site do dia e do mês, ao final do ano uma votação pública é aberta na qual 12 vencedores disputam a vaga de site do ano.

Análise do uso do Flash em websites

Segundo Simone Bacellar (2008), relacionaremos alguns atributos referentes à exibição da informação:

Converse (converse.com)

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É uma loja americana de e-commerce que comercializa calçados para o público jovem, baseados em arte, skate, música e atualidades. Este site será analisado em relação aos critérios de consistência, níveis de habilidade de comportamento humanos, projeto independente de resolução do monitor (Bacellar, 2008).

Consistência: quando o site é carregado o conteúdo aparece em uma ordem estrutural de inicio, meio e fim. Os elementos como menu (topo), amostragem dos produtos (centro) e menu de informações sobre a loja (base) são apresentados de forma que o usuário faça a leitura visual de forma linear. Os menus são bem divididos de acordo com as características de cada produto. No item Buy os produtos são divididos pelo tipo de calçado, roupas e acessórios para ambos os sexos, e presentes. No item Make, o usuário pode manipular e produzir seu próprio calçado, utilizado dos modelos e adicionando cores e efeitos no produto. Esses recursos deixam o site mais atrativo, além de estimular o consumidor a efetuar a compra. A utilização de ícones fornece informações úteis sobre o significado imagens quando lidos pelos leitores, como é o exemplo do carrinho de compras localizado no topo do site, junto da nomenclatura do seu significado e em seguida o ícone de busca no site representado pela lupa.

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roupas e acessórios para ambos os sexos; presentes para crianças, eventos, etc. Interfaces acessíveis facilitam o acesso tanto por pessoas muito experientes, como por aquelas que as utilizam pela primeira vez.

Projeto independente da resolução do monitor: a resolução do monitor interfere na usabilidade dos sites. Como o projetista não tem controle de qual resolução o usuário irá acessar o site, é necessário planejá-lo na construção, que ele seja visualizado independente da resolução do monitor. A resolução da tela mínima utilizada mais usual é a de 1024x768 ou maior. O site Converse foi projetado para

ser todo visualizado com a configuração mínima de 1024x768, menos do que isso ele apresenta barras de rolagem horizontais, o que acarreta “perda” de conteúdo na tela do usuário.

The Phone House (phonehouse.pt)

O site de e-commerce The Phone House vende aparelhos celulares, computadores portáteis e acessórios para telefonia móvel. O primeiro acesso ao exibe uma sucinta visão ao usuário sobre o que é o propósito, uma vez que o usuário ainda não está no site propriamente dito. A tela inicial dá opções de navegação fullscreen (o site

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Classificação funcional dos comandos: os menus, botões e links de um site fornecem opções ao usuário a possibilidade de obter acesso a funções e utilitários solicitados. Clicando ou passando o mouse por cima de um determinado menu, o sistema responderá com o acesso a determinado conteúdo ou pode aparecer um submenu indicando mais opções de acesso a mais conteúdos. Ao trabalhar a funcionalidade dos comandos em sites em Flash é importante que ele esteja estruturado em níveis; significa que o site carregará determinado conteúdo somente quando este for solicitado, isto deixa o site mais leve com relação ao peso dos arquivos swf. O site The Phone House é todo dividido em níveis. A cada menu

acessado é carregado o conteúdo e seus subitens solicitados separadamente, proporcionando ao usuário um conteúdo com maior rapidez.

Percepção Humana: a percepção ao sistema e modelos mentais das pessoas são influenciados por suas experiências, porém, ao navegar pela internet, as pessoas possuem experiências distintas umas das outras dependendo de vários fatores sociais, culturais, regionais, dentre outros. Apesar da forte tendência de utilizar elementos visuais gráficos, ainda existe muita informação textual que é relevante na hora de projetar um site. No site The Phone House o uso de elementos gráficos é bem explorado, além dos elementos textuais estarem bem descritos com relação a cada produto da loja. Entretanto, vale ressaltar um detalhe importante com relação ao menu: a disposição deles não parece ser lógica, por exemplo o menu “The Phone House” que mostra a descrição do que é a loja, está por último. Independente do tipo de segmento, a primeira coisa que um site deve informar ao seu leitor é sua localização, o menu teria um destaque maior sobre informações sobre a loja se estivesse posicionado como o primeiro dos demais menus.

Consistência com relação às atualizações: diferente dos aplicativos não destinados à web, os sites são dinâmicos. Uma vez disponibilizados, continuam sujeitos a não atualizações realizadas pela equipe que o desenvolveu. A falta de

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programação empregadas. Sites em Flash podem ser dinâmicos, possivelmente o site The Phone House foi desenvolvido para maximizar dinamicamente a quantidade de conteúdo que o site dispõe ao usuário. No menu “Campanha mensal lojas” é disposta novidades e produtos referentes ao mês corrente.

Tracy Chapman (tracychapman.com)

O site da cantora americana Tracy Chapman é bem típico para o tipo do seu trabalho. Não seguindo uma estrutura linear, o site foi desenvolvido na idéia de participação do usuário com relação ao design. Quando acessado o usuário visualiza o site todo ilustrado somente com traços de contorno e é convidado a colorir todo o site, portanto cada usuário terá uma experiência própria de navegação com relação a sua percepção de design. Este site será analisado em relação aos critérios de projeto independente da resolução do monitor, consistência com relação à disposição e à apresentação da informação, uso de rótulos, abreviações e mensagens claros (Bacellar, 2008).

Projeto independente da resolução do monitor: o site da cantora peca em relação à resolução configurada no monitor do usuário. Independente da resolução do monitor, o site não habilita barras de rolagens verticais e horizontais. Isso acarreta em perdas no conteúdo, pois o site não se ajusta às larguras independentes da configuração de tela. No modo 1024x768 ainda é possível visualizar o conteúdo necessário em toda a tela, porém, parte das ilustrações do site são perdidas. Caso a resolução for menor do que esta, boa parte do conteúdo se perde na tela.

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Mesmo com a possibilidade de tornar o site bem colorido, nas partes em que possui conteúdo relevante não é possível colorir, com isso a legibilidade do conteúdo não é prejudicada. Os elementos visuais estão bem divididos dos elementos textuais e ambos sincronizam entre si deixando o site mais harmonioso.

Uso de rótulos, abreviações e mensagens claros: deve-se tomar cuidado em adotar rótulos consistentes, abreviações padronizadas, cores previsíveis e evitar usar signos arbitrários para representar itens novos; é indispensável critério na escolha desses elementos, para evitar dúvidas quanto ao seu significado. Todos os

elementos localizados no site conceituam ilustração, até os menus localizados na base do site quanto à marca da cantora. Apesar da não linearidade padrão de menus no topo, marca a esquerda e no topo do site, os mesmos não se tornam imperceptíveis ao leitor.

Erros de usabilidade em sites em Flash

A usabilidade em sites em Flash é bem flexível, isso torna a criação bem a favor do que a imaginação do designer direcionar, portanto, é importante que o profissional não se limite apenas no conhecimento do software. Conhecer conceitos de semiótica, teoria das cores, técnicas de composição, leis da Gestalt e o impacto disso tudo no trabalho que está sendo feito faz toda diferença no projeto. Analisando os sites dolly.com.br, fastlanestudios.net, evangelcathedral.net e neisapantera.com vários ruídos de usabilidade foram encontrados. Os mais comuns e que devem ser evitados são:

Misturar publicidade com conteúdo (1): pode aumentar o número de cliques a curto prazo, mas quando os usuários acreditarem estar clicando em um link interno e descobrirem o equívoco, muitos não voltarão a acessar o site.

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Evitar abrir links em nova janela (3): permita ao usuário escolher o destino dele, se o site for interessante o usuário voltará ao site independentemente se ele foi direcionado para outro site na mesma janela.

Evitar cores fortes e brilhantes (4): a legibilidade está diretamente relacionada com a usabilidade do site. Backgrounds e imagens imcompatíveis com as cores das fonte utilizadas, não são eficientes na transmissão da mensagem.

1. neisapantera.com 2. evangelcathedral.net

3. fastlanestudios.net 4. fastlanestudios.net

Outros ruídos contribuem para a má usabilidade de um site, são atributos desnecessários, como tomar cuidado com vídeos, músicas, cores de textos que ao invés do sentido de agregar conteúdo e “beleza”, acarretam em desconforto para o usuário.

Vídeos ou músicas: caso for utilizar vídeo ou música, evitar que os mesmos toquem automaticamente na hora que o usuário acesse o site, se ele optar por escutar a música ou assistir o vídeo, ele vai escolher fazê-lo.

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pessoas precisam desses botões (quem não possui teclado, por exemplo – entre esses grupos, o dos deficientes físicos).

Evitar sublinhar ou mudar as cores do texto de conteúdo: usuários identificam palavras sublinhadas e palavras com outras cores como links. Utilizar múltiplas cores no texto sem finalidade pode acabar confundindo o usuário.

Consistência: não desenvolver cada página interna diferentes das demais do site. Isso inclui cor de texto, fundo, posicionamento de menu e design no geral.

Flash na era Web 2.0

A Web 2.0 tem repercussões sociais importantes, que potencializam processos de trabalho coletivo, de troca afetiva, de produção e circulação de informações, de construção social de conhecimento apoiada pela informática. São essas formas interativas, mais do que os conteúdos produzidos ou as especificações tecnológicas em jogo, que serão aqui discutidas (PRIMO, 2007).

Na internet as pessoas buscam além de informação, interatividade e interação. O conceito de interação se associa do encontro de dois sujeitos que por meio desse encontro produzem uma ação; também pode ser direta ou indireta mediada por um veículo de comunicação. Na interatividade potencializa a atividade humana de agir sobre a máquina, recebendo em troca uma realimentação. Interatividade compreenderia instâncias palpáveis, desde a simples representação de um objeto no computador, até sua manipulação, mas igualmente outras menos tangíveis.

Muito se debate sobre o comportamento do uso do Flash em tempos de Web 2.0, portanto é importante ressaltar que Web 2.0 é um conceito e não um padrão de linhas de códigos, de desenvolvimentos de sites ou restrições a linguagens de

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evolução, o Flash se tornou no ambiente Web 2.0 uma ferramenta suporte de interatividade, design e interação. Vários sites na internet mostram que o conceito Web 2.0 e a utilização de Flash podem andar de mãos dadas. De acordo com os requisitos relacionados à exibição da informação (Barcellar, 2008) analisaremos os sites quanto à metáfora e interação.

Dia Mundial da Internet (diamundialdainternet.com.br)

No dia 17 de maio, comemora-se o Dia Mundial da Internet, data instituída pela ONU

(Organização das Nações Unidas). Neste ano, 2009, a agência mineira Surf Comunicação Interativa, junto com outros parceiros elaboraram uma ação online para que o usuário participasse de uma enquête sobre a importância da internet na vida das pessoas.

Metáfora: o ícone é um pictograma que indica visualmente a existência de uma aplicação ou representa uma função, um objeto, uma ação, uma propriedade, um link ou qualquer outro conceito. O site Dia Mundial da Internet mescla ícones e textos, os ícones são bem intuitivos ao conceito Web 2.0.

Interação: O site permite comentar sobre a ação na própria página ou através do Twitter. Uma caixa de diálogo é exibida para que o interagente poste seu comentário. Essa interação foi toda desenvolvida em Flash, com utilização de linguagens de programação e banco de dados.

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A nova campanha da SOS Mata Atlântica, criada pela F/Nazca, propõe uma ação inusitada para economizar de água: fazer "xixi" no banho. O objetivo é alcançar uma economia de até 4.380 mil litros de água por ano. O lançamento da campanha coincidiu com o principal evento da SOS Mata Atlântica, o Viva a Mata, que

aconteceu de 22 a 24 de maio, no Parque Ibirapuera, em São Paulo.

Dentre as peças da campanha estão o site xixinobanho.org.br, anúncios em periódicos como a "Gazeta Mercantil" e "Metronews", filme veiculado pelas principais emissoras de TV aberta e por canais a cabo, como a Sony, Record News e CNN, spot nas rádios Alpha Fm e Eldorado, além de ações de mídia exterior. (http://www.propmark.com.br/)

Metáfora: o site é bem intuitivo, as metáforas e cores remetem ao universo representado a ação proposta e trabalha muito o aspecto visual com ícones, ilustrações, infográficos, animações e vídeos que compõem os links e conteúdos. A composição textual também se mistura às ilustrações que sintonizam harmonia e o conceito da ação. O estudo de cores do site remete ao objeto principal, à urina e compõe também o verde que faz alusão a Mata Atlântica. Os elementos do site são metafóricos e fazem alusão ao ambiente do banheiro. As gotas do carregador remetem a economia de água, as gotinhas que ficam dançando representam cada usuário do site, os ícones dos papéis remetem ao papel higiênico, etc.

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deixar o seu recado no site é aberta caso o usuário escolha a opção para acessar o site nominalmente. O site possui links que integram varias redes sociais, o usuário pode divulgar a ação através da rede social que mais lhe convier.

Photoshop.com (photoshop.com)

Denominado Adobe Community Help é um serviço online para a instrução, inspiração e apoio que permite integrar profissionais para trocar experiências referentes aos produtos da Adobe, atualmente em beta público.

Metáfora: na página inicial, é possível acessar o botão “teste drive” para entender o funcionamento da rede social. A interface é bem intuitiva, menus no topo para identificar os objetos, fotos, contatos do perfil. À esquerda um menu referente ao menu corrente, no centro o conteúdo referente às opções selecionadas e na base botões com funções específicas de cada ação.

Interação: o mais interessante da rede é o menu “My Library”. Dividido por “Library”, “Albuns” e “Other sites”. É possível editar uma fotografia e compartilha-la através do Facebook, Flickr, Photobucket e Picasa, redes de compartilhamento de fotografias, além de postar comentários, compartilhar com os amigos da sua rede no photoshop.com, enviar por email, imprimir e fazer outras diversas funções. Toda interação no site foi desenvolvida em Flash utilizando linguagens de programação e banco de dados.

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A autora do livro E-usabilidade, Simone Barcelar Leal conclui que é fundamental avaliar todo o projeto, alguns requerem uma interface mais complexas, outros mais simples. Para obter interfaces que atendam as necessidades e as expectativas de seus usuários, deve-se atentar aos requisitos relacionados à entrada de dados e à exibição de informação, de modo a garantir que a toda comunicação se faça eficaz.

Neste artigo apresentamos uma visão ampla do que o Flash pode ser favorável em determinados projetos de acordo com o grau de complexidade. O estudo de cada caso analisado serve de parâmetro para conceber ao usuário interação, design e

usabilidade. Contudo, o desenvolvimento sem planejamento, sem um bom briefing e técnicas causam além da má impressão no projeto, aversão a ferramenta. Os princípios de usabilidade vão desde a simples disposição de menus até a preocupação com cores, design, site projetado independente do monitor do usuário, peso do site, principalmente se tratando de sites em Flash, conteúdo e facilidade na busca da informação.

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Referências Bibliográficas

FERREIRA, Simone Barcellar Leal, e-Usabilidade / Simone Barcellar Leal Ferreira, Ricardo Rodrigues Nunes. - Rio de Janeiro: LTC, 2008.

TORRES, Elisabeth Fátima, Conteúdos digitais multimídia: o foco na usabilidade e acessibilidade / Elisabeth Fátima Torres, Alberto Angel Mazzoni. - Brasília, v. 33, n. 2, p. 152-160, maio/ago. 2004

PRIMO, Alex. O aspecto relacional das interações na Web 2.0. E- Compós (Brasília), v. 9, p. 1-21, 2007

MARTINEZ, Maria Laura, Usabilidade no Design Gráfico de Web Sites - UPS (São Paulo), p. 1-10, 2003

WEBDESING, Revista, I Love Flash + SEO + Acessibilidade + Usabilidade - Editora Arteccom, Agosto, ano 6, nº 68, 2009

MACHADO, Irene. Tudo o que você queria saber sobre as novas mídias mas não teria coragem de perguntar a Dziga Viertov. São Paulo, ´p. 1-9, 2003.

Referências

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