• Nenhum resultado encontrado

DIREITO PROCESSUAL CIVIL AULA 2 PRINCÍPIOS PROCESSUAIS QUESTÕES COMENTADAS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "DIREITO PROCESSUAL CIVIL AULA 2 PRINCÍPIOS PROCESSUAIS QUESTÕES COMENTADAS"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DE PERNAMBUCO

DIREITO PROCESSUAL CIVIL – AULA 2 PRINCÍPIOS PROCESSUAIS

QUESTÕES COMENTADAS

1. (FCC - 2011 - DPE-RS - Defensor Público) Princípio dispositivo no Direito Processual Civil.

a) Contrapõe-se ao princípio inquisitivo, de modo que ao julgador é vedada iniciativa na produção de provas e na investigação dos fatos da causa, sob pena de comprometimento da sua imparcialidade, buscando- se, no processo civil, apenas a verdade formal, com o reconhecimento do caráter mítico e utópico da verdade real.

b) Com a modernização do processo civil, voltada, sobretudo, para a reaproximação entre direito material e processual, decorrência do movimento do acesso à justiça, o princípio dispositivo ganhou novos contornos, sendo permitido ao juiz determinar, de ofício, a produção de provas, mesmo que sejam determinantes para o resultado da causa.

c) Embora o princípio dispositivo possua limitações, não é dado ao julgador, sob pena de comprometimento da sua imparcialidade e de violação à característica da inércia da jurisdição, determinar, de ofício, as provas necessárias à instrução do processo, devendo julgar com base na regra de distribuição do ônus da prova.

d) De acordo com o atual estágio do processo civil brasileiro, marcado, notadamente, pelo caráter publicista, o princípio dispositivo, no que concerne à postura equidistante do julgador, está relacionado, tanto com a propositura da ação e com a fixação dos contornos da lide, quanto com a investigação dos fatos e com a produção de provas necessárias à instrução do processo.

e) A publicização do processo e o fenômeno da judicialização da política imprimiram maior efetividade ao princípio dispositivo, tanto no seu sentido material quanto formal, reduzindo as possibilidades de ser relativizado.

(2)

COMENTÁRIOS:

RESPOSTA LETRA B

PRINCÍPIO DISPOSITIVO. “Dois aspectos fundamentais devem ser examinados quando se analisa esse princípio. O primeiro concerne ao ajuizamento das ações, e o segundo, à iniciativa da investigação dos fatos e produção de provas. Como o processo civil, regra, versa sobre interesses disponíveis, que dizem respeito à esfera privativa do individuo, sempre prevaleceu o entendimento de que competia às partes a iniciativa para a propositura da demanda e a exclusividade na produção de provas. O juiz era duplamente inerte: não tinha poder para dar início ao processo, nem para determinar as provas que entendesse necessárias para sua convicção. Ficavam ressalvados os processos que tratassem de interesses indisponíveis. Daí concluía-se que, no processo civil, a busca era pela verdade formal: o juiz decidia de acordo com os elementos instrutórios que haviam sido trazidos pelas partes. Não tinha poderes para determinar outras provas, ainda que estas lhe parecessem imprescindíveis, para julgar adequadamente. (...) vigorava, pois, o princípio dispositivo, não só naquilo que se relacionava à propositura da demanda, mas à produção das provas. (...) A atual dinâmica do processo civil não se compadece mais com a imagem do juiz como mero espectador, que assiste passivamente à produção de provas pelas partes. É preciso distinguir: a iniciativa para a propositura da ação continua sendo das partes (salvo raríssimas exceções, como o inventário, que pode ser iniciado de ofício), cabendo a elas decidir o momento oportuno pra tanto. Compete-lhes também fixar os contornos os contornos objetivos da lide. Ao autor cumpre expor na petição inicial os fundamentos de fato em que se fundamenta o seu pedido, e ao réu, os da defesa, as motivações pelas quais entende que o pedido inicial deva ser acolhido. No entanto, proposta a ação o processo corre por impulso oficial, e o juiz, como destinatário das provas, deve ter participação ativa na sua produção. Deve indeferir a provas requeridas pelas partes, quando impertinentes ou desnecessárias, e , ainda, no silêncio delas, determinar as que lhe pareçam necessárias para um julgamento mais justo. Está ultrapassada a ideia de que, no processo civil, o juiz deve contentar-se com a com a verdade formal, quando a verdade real pode ser alcançada. Com isso ele não fere a sua imparcialidade, mas estará buscando a verdade e o cumprimento adequado do seu ofício. A principal função do Judiciário é dar efetiva tutela jurisdicional a quem tenha razão. As regras do ônus da prova só devem ser aplicadas em último caso. Se, depois de esgotados todos os meios possíveis, nada mais puder ser feito para que os fatos sejam esclarecidos, o juiz, obrigado a proferir sentença (vedada a pronúncia do non liquet), deve verificar a quem incumbia a obrigação de provar, julgando em seu desfavor, se tal obrigação não tiver sido cumprida. Não se pode mais, portanto, afirmar que o processo civil é regido pelo princípio dispositivo, senão no que se refere à propositura da ação e à fixação dos contornos objetivos da lide. Quanto à produção de provas, melhor seria dizer que vale o princípio inquisitivo, tendo o magistrado a possibilidade de investigar e determinar livremente as provas que entenda pertinente.” (GONÇALVES, Marcos Vinicius Rios. Novo curso de direito processual civil, vol. 1: teoria geral e processo de conhecimento (1ª parte) - 8ª ed.. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 55-56).

(3)

a) o princípio da eventualidade concerne aos limites do pedido inicial formulado.

b) a coerência dos argumentos expostos caracteriza o princípio da congruência ou adstrição.

c) o princípio isonômico previsto processualmente é meramente formal e abstrato, ao contrário de igual princípio constitucional.

d) o princípio da iniciativa da parte rege o processo civil, não comportando exceções.

e) é possível ao juiz, por sua própria iniciativa, determinar as provas que entender necessárias à instrução do processo, indeferindo diligências inúteis ou meramente procrastinatórias.

COMENTÁRIOS:

RESPOSTA LETRA E

a) PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE. “Toda a matéria de defesa deve ser alegado

na contestação, tanto as matérias de fato como as de direito. Deve ser observado, aqui, o princípio da eventualidade. Trata-se de princípio que se faz presente não só na contestação como em todas as demais manifestações das partes no processo. Tal princípio significa que todas as legações da parte devem ser produzidas de uma só vez, na primeira oportunidade que ela tenha para se manifestar, ainda que contraditórias entre si. (...) Toda a matéria de defesa deve ser alegada na contestação sob pena de o réu perder a faculdade de argüir tais defesas no processo (preclusão). Excetuam-se, apenas, a relativa a direito superveniente, as questões que o juiz possa conhecer de ofício ou aquelas matérias que, por expressa autorização legal, possam ser argüidas em qualquer grau de jurisdição, como a prescrição.” (CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de direito processual civil, vol. I – 21ed.. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2011, p. 331-332).

b) PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA. Também denominado princípio da vinculação

do juiz ao pedido, princípio da correlação entre a provimento e demanda “quer significar que, mormente quando analisada de uma perspectiva mais ‘tradicional’, que o juiz só pode decidir e, mais amplamente, agir, de acordo com aquilo que lhe foi pedido. Como a jurisdição é inerte, a sua provocação inicial acaba por vincular o tipo de atuação que se espera legitimamente do Estado-Juiz. De acordo com esta formulação, a ‘sentença’ – sempre entendida como sinônimo de qualquer “decisão” que vincule tutela jurisdicional – deve ficar limitada ao que o autor, qualitativa e quantitativamente, requereu quando

(4)

rompeu coma inércia da jurisdição. Daí ser vedado ao julgador proferir sentença de natureza diversa do pedido ou condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do que foi pedido. (...) A violação ao princípio da ‘vinculação do juiz ao pedido produz determinados efeitos nos atos decisórios em geral. Quando a sentença vai alem do pedido, isto é, quando a sentença dá ao autor mais do que ele pediu, é ela ultra petita. A sentença que concede ao autor providencia não pleiteada (de natureza ou objeto não requerido) é extra petita. Trata-se, nesse caso, de dar ao autor coisa diversa da que pediu. Também quando a sentença levar em conta quem não é parte do processo ou que nele não interveio a título algum ela é extra petita. Quando a sentença deixa de apreciar algum pedido formulado pelo autor, inclusive um dos pedidos formulados (art. 288, 289e 292) ou parcela do pedido, é ela infra ou citra petita.” (BUENO, Cássio Scarpinella. Curso sistematizado de direito processual civil: teoria geral do direito processual civil, 1 – 5ª ed.. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 539-540).

c) PRINCÍPIO DA ISONOMIA. “Sob o ponto de vista processual, a isonomia

revela-se pela necessidade de dar às partes tratamento igualitário (art. 125, I, do CPC). A paridade, no entanto, não pode ser meramente formal. Não basta tratar igualmente a todos, que nem sempre tem as mesmas condições econômicas, sócias ou técnicas. O tratamento formalmente igualitário pode ser causa de grandes injustiças. É preciso que a igualdade seja substancial, tal como revelada na vetusta formula: ‘tratar os iguais igualmente, e os desiguais desigualmente, na medida de sua desigualdade.’” (GONÇALVES, Marcos Vinicius Rios. Novo curso de direito processual civil, vol. 1: teoria geral e processo de conhecimento (1ª parte) - 8ª ed.. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 44).

d) Ver comentário da 1ª questão.

e) Art. 130 do CPC:

“Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte,

determinar as provas necessárias à instrução do processo, indeferindo as

diligências inúteis ou meramente protelatórias”.

3. (FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do Trabalho) - Pelo princípio da eventualidade, deve o

a) réu comportar-se de modo leal no processo, salvo eventual contraposição à má-fé processual do autor.

b) juiz aproveitar os atos processuais, ainda que praticados por forma equivocada, se atingiram sua finalidade e não houve prejuízo à parte adversa.

(5)

c) juiz fundamentar cada tópico da sentença, para a hipótese de interposição de eventual recurso de apelação.

d) juiz ater-se ao pedido formulado, ao proferir sentença, salvo eventual matéria aferível de ofício.

e) réu alegar toda a defesa que tiver contra o autor, na contestação, de forma especificada.

COMENTÁRIOS:

RESPOSTA LETRA E

“Toda a matéria de defesa deve ser alegado na contestação, tanto as matérias de fato como as de direito. Deve ser observado, aqui, o princípio da eventualidade. Trata-se de princípio que se faz presente não só na contestação como em todas as demais manifestações das partes no processo. Tal princípio significa que todas as legações da parte devem ser produzidas de uma só vez, na primeira oportunidade que ela tenha para se manifestar, ainda que contraditórias entre si. (...) Toda a matéria de defesa deve ser alegada na contestação sob pena de o réu perder a faculdade de argüir tais defesas no processo (preclusão). Excetuam-se, apenas, a relativa a direito superveniente, as questões que o juiz possa conhecer de ofício ou aquelas matérias que, por expressa autorização legal, possam ser argüidas em qualquer grau de jurisdição, como a prescrição.” (CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de direito processual civil, vol. I – 21ed.. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2011, p. 331-332).

4. (FCC - 2009 - DPE-MT - Defensor Público) O princípio processual da congruência ou adstrição significa:

a) o juiz deve ser coerente na fundamentação de sua sentença e adstrito aos fatos da causa.

b) veda-se ao juiz proferir sentença de natureza diversa da pedida, ou condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do pedido inicial.

c) o réu deve rebater, coerentemente, toda a matéria levantada na inicial em sua contestação, sob pena de preclusão.

d) após a contestação, o juiz vincula-se ao pedido e à causa de pedir iniciais, que não podem ser alterados.

(6)

e) não havendo prejuízo, os atos processuais devem ser aproveitados, ainda que não atendam a seus requisitos formais.

COMENTÁRIOS:

RESPOSTA LETRA B

Também denominado princípio da vinculação do juiz ao pedido, princípio da correlação entre o provimento e demanda “quer significar que, mormente quando analisada de uma perspectiva mais ‘tradicional’, que o juiz só pode decidir e, mais amplamente, agir, de acordo com aquilo que lhe foi pedido. Como a jurisdição é inerte, a sua provocação inicial acaba por vincular o tipo de atuação que se espera legitimamente do Estado-Juiz. De acordo com esta formulação, a ‘sentença’ – sempre entendida como sinônimo de qualquer “decisão” que vincule tutela jurisdicional – deve ficar limitada ao que o autor, qualitativa e quantitativamente, requereu quando rompeu coma inércia da jurisdição. Daí ser vedado ao julgador proferir sentença de natureza diversa do pedido ou condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do que foi pedido. (...) A violação ao princípio da ‘vinculação do juiz ao pedido produz determinados efeitos nos atos decisórios em geral. Quando a sentença vai alem do pedido, isto é, quando a sentença dá ao autor mais do que ele pediu, é ela ultra petita. A sentença que concede ao autor providencia não pleiteada (de natureza ou objeto não requerido) é extra petita. Trata-se, nesse caso, de dar ao autor coisa diversa da que pediu. Também quando a sentença levar em conta quem não é parte do processo ou que nele não interveio a título algum ela é extra petita. Quando a sentença deixa de apreciar algum pedido formulado pelo autor, inclusive um dos pedidos formulados (art. 288, 289e 292) ou parcela do pedido, é ela infra ou citra petita.” (BUENO, Cássio Scarpinella. Curso sistematizado de direito processual civil: teoria geral do direito processual civil, 1 – 5ª ed.. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 539-540).

5. (FCC - 2009 - TJ-MS - Juiz) - É princípio informativo do processo civil o princípio

a) dispositivo, significando que o juiz não pode conhecer de matéria a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte.

b) da inércia, significando que o processo se origina por impulso oficial, mas se desenvolve por iniciativa da parte.

c) da congruência, significando que o juiz deve ser coerente na exposição de suas razões de decidir.

d) da eventualidade, significando que as partes devem comparecer em todos os atos do processo, manifestando- se eventualmente.

e) da instrumentalidade das formas, significando que o ato deve ser considerado em si mesmo, sem preocupações teleológicas.

(7)

COMENTÁRIOS:

RESPOSTA LETRA A

b) PRINCÍPIO DA INÉRCIA. “A jurisdição é inerte no sentido de que ela não é prestada de ofício. Os interessados no exercício da função jurisdicional devem requerê-la, devem provocar a atuação do Estado-juiz. (...) A inércia da jurisdição quer significar que a atuação do Estado-juiz depende de provocação que a rompa, que a quebre (art. 2º). Desde que provocado, o Estado-juiz agirá mas a sua inércia tem que ser entendida como forma de assegurar outros valores fundamentais do direito processual civil, o ‘modelo constitucional do processo civil’. Mas, uma vez rompida essa inércia inaugural, a atuação do Estado-juiz dá-se ‘de ofício’, por seu próprio impulso, ‘por impulso oficial’.” (BUENO, Cássio Scarpinella. Curso sistematizado de direito processual civil: teoria geral do direito processual civil, 1 – 5ª ed.. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 295-296).

c) PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA. Também denominado princípio da vinculação do juiz ao pedido, princípio da correlação entre o provimento e demanda “quer significar que, mormente quando analisada de uma perspectiva mais ‘tradicional’, que o juiz só pode decidir e, mais amplamente, agir, de acordo com aquilo que lhe foi pedido. Como a jurisdição é inerte, a sua provocação inicial acaba por vincular o tipo de atuação que se espera legitimamente do Estado-Juiz. De acordo com esta formulação, a ‘sentença’ – sempre entendida como sinônimo de qualquer “decisão” que vincule tutela jurisdicional – deve ficar limitada ao que o autor, qualitativa e quantitativamente, requereu quando rompeu coma inércia da jurisdição. Daí ser vedado ao julgador proferir sentença de natureza diversa do pedido ou condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do que foi pedido. (...) A violação ao princípio da ‘vinculação do juiz ao pedido produz determinados efeitos nos atos decisórios em geral. Quando a sentença vai alem do pedido, isto é, quando a sentença dá ao autor mais do que ele pediu, é ela ultra petita. A sentença que concede ao autor providencia não pleiteada (de natureza ou objeto não requerido) é extra petita. Trata-se, nesse caso, de dar ao autor coisa diversa da que pediu. Também quando a sentença levar em conta quem não é parte do processo ou que nele não interveio a título algum ela é extra petita. Quando a sentença deixa de apreciar algum pedido formulado pelo autor, inclusive um dos pedidos formulados (art. 288, 289e 292) ou parcela do pedido, é ela infra ou citra petita.” (BUENO, Cássio Scarpinella. Curso sistematizado de direito processual civil: teoria geral do direito processual civil, 1 – 5ª ed.. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 539-540).

d) PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE. “Toda a matéria de defesa deve ser alegado na contestação, tanto as matérias de fato como as de direito. Deve ser observado, aqui, o princípio da eventualidade. Trata-se de princípio que se faz presente não só na contestação como em todas as demais manifestações das partes no processo. Tal princípio significa que todas as legações da parte devem ser produzidas de uma só vez, na primeira oportunidade que ela tenha para se manifestar, ainda que contraditórias entre si. (...) Toda a matéria de defesa deve ser alegada na contestação sob pena de o réu perder a faculdade de argüir tais defesas no processo (preclusão). Excetuam-se, apenas, a relativa a direito superveniente, as questões que o juiz possa conhecer de ofício ou aquelas matérias que, por expressa autorização legal, possam ser argüidas em qualquer grau de jurisdição, como a prescrição.” (CÂMARA, Alexandre Freitas.

(8)

Lições de direito processual civil, vol. I – 21ed.. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2011, p. 331-332).

e) PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS. Os atos processuais solenes, tendo sido praticados sem a observância das formalidades impostas pela lei, ainda assim serão válidos, desde que atinjam a sua finalidade essencial. Valoriza-se, assim, o conteúdo do ato, em detrimento de sua forma, o que se faz mesmo nos atos solenes. Verifica-se, aqui, uma profunda distinção entre o sistema do Direito Processual e o do Direito Civil. Neste, quando um ato solene é praticado sem que se observe estritamente a forma prevista em lei, a conseqüência é a invalidade do ato. Já no Direito Processual, anda que praticado por forma diversa da prescrita me lei, será válido o ato que atingir sua finalidade essencial. (CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de direito processual civil, vol. I – 21ed.. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2011, p. 247-248). Esse princípio está consagra nos seguintes artigos do CPC:

Art. 154: “Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão

quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.”

Art. 244: “Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.”

6. (FCC - 2010 - TCE-RO - Procurador) A garantia do juiz natural

a) permite a criação de tribunal para julgar determinado caso.

b) confere aos tribunais, indiscriminadamente, o poder de avocação de processos.

c) possibilita a derrogação e a disponibilidade das competências.

d) inviabiliza a edição de regras de competência determinada por prerrogativa de função.

e) admite a pré-constituição, por lei, de critérios objetivos de determinação da competência.

COMENTÁRIOS:

RESPOSTA LETRA E

“Mais um dos corolários do devido processo legal, este princípio também possui assento constitucional, como se verifica da leitura dos incisos XXXVII e LIII do art. 5º da Constituição da República. A Lei Maior proíbe a existência de juízos de exceção, garantindo ainda que ninguém será sentenciado pelo autoridade competente. Da leitura das normas constitucionais referidas, extraí-se, facilmente, o alcance do

(9)

princípio. Há que se afirmar, preliminarmente, porém, que o princípio do juiz natural só será entendido em todos os seus aspectos se ficar claro que a garantia tem duas faces: uma primeira, ligada ao órgão jurisdicional, ou seja, ao juízo, e não propriamente à pessoa natural do juiz. Um segunda faceta do mesmo princípio, porém , diz respeito à pessoa do juiz, e está ligada a sua imparcialidade. É o primeiro aspecto do princípio que a Constituição consagra, ao proibir juízos de exceção e ao determinar que os processos tramitem perante o juízo competente. Por essa razão, nada impede que se denomine este primeiro aspecto do princípio do juiz natural de ‘princípio do juiz constitucional’. (...) Há, porém, um outro aspecto do princípio do juiz natural que muitas vezes é esquecido e quês está ligado diretamente à pessoa natural que exerce no processo, a função de juiz. Trata-se da exigência de imparcialidade, essencial para que se tenha um processo justo. É essencial que o juiz a que se submete o processo seja imparcial, sob pena de se retirar toda a legitimidade de sua decisão. Por esta razão, alias, é que as leis processuais estabelecem relações de vícios de parcialidade dos juízes, enumerados sob a denominações genéricas de causas de impedimento e suspeição. (CPC, arts. 134 e 135).” (CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de direito processual civil, vol. I – 21ed.. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2011, p. 45-47).

7. (FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do Trabalho) - O Código de Processo Civil prevê que o comparecimento espontâneo do réu aos autos supre a falta de sua citação. Nessa norma vislumbra-se o princípio processual

a) da instrumentalidade dos atos processuais. b) da eventualidade.

c) da congruência ou adstrição.

d) da persuasão racional.

e) do livre convencimento do juiz.

COMENTÁRIOS:

RESPOSTA LETRA A

a) Os atos processuais solenes, tendo sido praticados sem a observância das formalidades impostas pela lei, ainda assim serão válidos, desde que atinjam a sua finalidade essencial. Valoriza-se, assim, o conteúdo do ato, em detrimento de sua forma, o que se faz mesmo nos atos solenes. Verifica-se, aqui, uma profunda distinção entre o sistema do Direito Processual e o do Direito Civil. Neste, quando um ato solene

(10)

é praticado sem que se observe estritamente a forma prevista em lei, a conseqüência é a invalidade do ato. Já no Direito Processual, anda que praticado por forma diversa da prescrita me lei, será válido o ato que atingir sua finalidade essencial. (CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de direito processual civil, vol. I – 21ed.. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2011, p. 247-248). Esse princípio está consagra nos seguintes artigos do CPC:

Art. 154: “Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão

quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.”

Art. 244: “Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.”

Referências

Documentos relacionados

Quando conciliado o treinamento concorrente aos alongamentos houve redução de sintomas de fadiga 23,28,29 , depressão 23,27 e ansiedade 28 , bem como aumento da qualidade de vida

O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de

Diante desse cenário, que envolve a apresentação e discussão de tantas consequências desfavoráveis às instituições de ensino, bem como da necessidade

em andamento. D) Atos processuais realizados sob a vig•ncia de lei processual penal anterior ˆ nova lei ser‹o considerados inv‡lidos. E) Nova lei processual penal

Como regra geral, portanto, os salários dos dias de paralisação não deverão ser pagos, salvo no caso em que a greve tenha sido provocada justamente por atraso no pagamento

Sou graduado em Direit o pela Universidade Federal do Paraná ( UFPR) e pós- graduado em Direit o Processual. Est ou env olvido com concurso público há 08 anos, aprox im adam ent

a) Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as regras da CLT. b) O direito

O juiz nomeará curador especial ao: (...) II - réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado... c) É necessária