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CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS DE SECAGEM SOLAR EM DESENVOLVIMENTO NA UFCG

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Academic year: 2022

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NANCY LIMA COSTA (UPE) - nancy.costa@upe.br

Ítalo de Andrade Gomes (UFCG) - eng.iagomes@gmail.com

Jonas Fernando de Souza Fernandes (UFCG) - jonasengmecanica@gmail.com João Marcos Domingues Botelho (UFCG) - jmarcos.b@hotmail.com

Marcelo Bezerra Grilo (UFCG) - griloufcg@yahoo.com.br

Maria Sousa Leite Filha (UFCG) - marialeitefilha@hotmail.com

Resumo:

Desde 2007 vem sendo desenvolvido, no Laboratório Experimental de Máquinas Térmicas (LEMT) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), sistemas de secagem solar para frutas que utilizam materiais de baixo custo, de fácil construção e operação acessíveis ao ambiente da agricultura familiar. A partir de 2015, as pesquisas no LEMT têm como foco novas estratégias para melhorar a eficiência mássica do processo de secagem e o rendimento térmico do secador solar de exposição indireta. O objetivo desse trabalho é apresentar, por meio de uma revisão bibliográfica, as principais características construtivas dos sistemas de secagem solar do LEMT que utilizam apenas energia solar como fonte de energia. São apresentados os materiais e métodos usados para aumentar a eficiência do processo de secagem e o rendimento térmico dos protótipos desenvolvidos entre 2015 e 2017. Os resultados obtidos já apontam para uma evolução no rendimento dos equipamentos e as conclusões mostram que o caminho e as estratégias utilizadas são positivas, mas a redução nos investimentos em C & T na Universidade e a redução na quantidade de bolsas na Pós Graduação são empecilhos para um maior avanço

Palavras-chave: Secador solar, Eficiência do processo, Rendimento térmico Área temática: Conversão Térmica com coletores planos

Subárea temática: Sistemas de conversão térmica para aplicações industriais, agrícolas e outras

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CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS DE SECAGEM SOLAR EM DESENVOLVIMENTO NA UFCG

Nancy Lima Costa – nancy.costa@upe.br Ítalo de Andrade Gomes – eng.iagomes@gmail.com Maria de Sousa Leite Filha – marialeiteflha@hotmail.com

Universidade Federal de Campina Grande, Pós-Graduação em Engenharia de Processos.

Jonas Fernando de Souza Fernandes - jonasengmecanica@gmail.com Universidade Federal de Campina Grande, Pós-Graduação em Engenharia Mecânica.

João Marcos Domingues Botelho – jmarcos.b@hotmail.com Marcelo Bezerra Grilo – griloufcg@yahoo.com.br

Universidade Federal de Campina Grande, Departamento de Engenharia Mecânica.

Resumo. Desde 2007 vem sendo desenvolvido, no Laboratório Experimental de Máquinas Térmicas (LEMT) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), sistemas de secagem solar para frutas que utilizam materiais de baixo custo, de fácil construção e operação acessíveis ao ambiente da agricultura familiar. A partir de 2015, as pesquisas no LEMT têm como foco novas estratégias para melhorar a eficiência mássica do processo de secagem e o rendimento térmico do secador solar de exposição indireta. O objetivo desse trabalho é apresentar, por meio de uma revisão bibliográfica, as principais características construtivas dos sistemas de secagem solar do LEMT que utilizam apenas energia solar como fonte de energia. São apresentados os materiais e métodos usados para aumentar a eficiência do processo de secagem e o rendimento térmico dos protótipos desenvolvidos entre 2015 e 2017. Os resultados obtidos já apontam para uma evolução no rendimento dos equipamentos e as conclusões mostram que o caminho e as estratégias utilizadas são positivas, mas a redução nos investimentos em C & T na Universidade e a redução na quantidade de bolsas na Pós Graduação são empecilhos para um maior avanço.

Palavras-chave: Secador solar, Eficiência do processo, Rendimento térmico.

1. INTRODUÇÃO

O Brasil é o terceiro produtor mundial de frutas, com participação de 4,8% na produção mundial (FAO, 2017).

Segundo dados da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (SEAD, 2017), mais de 50% dos alimentos que compõem a cesta básica brasileira são provenientes de sistemas de agricultura familiar. Nesse sistema a produção agrícola é realizada com poucos recursos financeiros devido ao baixo poder aquisitivo dos agricultores. Para incentivar o crescimento da agricultura familiar no país faz-se necessário o desenvolvimento de tecnologias de baixo custo e alta eficiência voltadas para o cultivo, processamento e distribuição da produção agrícola.

Nos países em desenvolvimento, cerca de 30% a 40% da produção é perdida nas etapas de pós-colheita, processamento e distribuição (GUSTAVSSON et al., 2011). Uma alternativa para minimizar a perda da produção pós- colheita e aumentar o tempo de prateleira mantendo as propriedades nutricionais dos produtos, é através dos processos de secagem. De maneira simplificada, a secagem pode ser definida como um processo remoção de água, através da transferência de calor e massa, no produto ao ponto de reduzir a atividade biológica e as mudanças fisíco-químicas que ocorrem durante o armazenamento (MENEGHETI et al., 2012; BARBOSA et al., 2016).

A secagem pode ser realizada de forma natural ou de formas mais sofisticadas como a liofilização (GUIMARÃES, 2010). A secagem de produtos agrícolas ao sol de forma natural, por ser de baixo custo, é o método mais tradicional empregada na maioria dos países em desenvolvimento. Contudo, esse processo pode resultar em produtos de qualidade inferior devido a dependência das condições meteorológicas e ao ataque de poeira, sujeiras, chuvas, insetos, pragas e micro-organismos.

Em contrapartida, o uso de metódos convencionais, como estufas e fornos, que utilizam como fonte de energia a eletricidade e combustiveis fósseis têm custos elevados, principalmente devido a crise energética e ao aumento do preço dos combustíveis fósseis, exigindo a busca de novas alternativas (FALCÃO FILHO, 2011). Nesse contexto, a utilização de secador solar vem ganhando destaque por utilizar uma fonte de energa livre, renovável e não poluente e por isso tem sido objeto de estudo de pesquisadores de IES brasileiras e internacionais.

Diante desse cenário, o Grupo de Pesquisa em Energia e Desenvolvimento Sustentável (GEDS), da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), vem trabalhando no desenvolvimento e aprimoramento de sistemas de secagem solar de baixo custo que propiciem o desenvolvimento regional sustentável atendendo as demandas da agricultura familiar. Os equipamentos são construídos e testados no Laboratório de Máquinas Térmicas (LEMT) desde 2007. Em 2007 (Fig. 1), Moura desenvolveu um secador solar de exposição direta para ser utilizado em atividades didáticas na UFCG, após a verificação da funcionalidade deste equipamento foi desenvolvido um projeto de extensão para uma

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comunidade rural na cidade de Natuba (PB) para disseminar a utilização de secadores de exposição direta usados para a produção de banana passas (Fig. 2).

Figura 1. Secador Solar desenvolvido por Moura (2007) Figura 2. Projeto de Extensão (2007) Desde então, diversos protótipos foram construídos e testados, resultando em 5 Projetos de Iniciação Científica (PIBIC), 3 Trabalhos de Conclusão de Curso, 3 Dissertações de Mestrado e 4 Teses de Doutorado. Os resultados dessas pesquisas vêm sendo divulgado na comunidade acadêmica através de trabalhos científicos em eventos nacionais e internacionais, publicações em periódicos e em livros e capítulos de livros.

Este artigo teve como objetivo apresentar as principais características construtivas, o rendimento térmico dos secadores solares de exposição indireta desenvolvidos e testados no LEMT entre 2015 e 2017, e comprar a eficiência dos processos de secagem e das cinéticas de secagem dos trabalhos desenvolvidos cujo produto a ser seco tenha sido a banana prata (Mussa sapientum).

Foi realizada uma revisão bibliográfica das teses e dissertações sobre secagem solar desenvolvidas no LEMT no período de 2015 a 2017. A partir dos dados obtidos foi elencado as características do secador solar de exposição indireta, elaborado uma tabela comparativa com o desempenho dos equipamentos e a eficiência do processo de secagem da banana prata desenvolvidos nesse período.

Para avaliar o desempenho dos equipamentos e do processo de secagem, com a finalidade de aperfeiçoa-los, é necessário levar em consideração alguns parâmetros básicos no projeto dos secadores, Tais como: as dimensões, temperatura, umidade relativa do ar, fluxo de ar e característica dos produtos a serem secos (SILVEIRA, 2016).

2. SECADOR SOLAR

O uso de sistemas de secagem solar de produtos agrícolas é viável, econômico e ideal para agricultores em muitos países em desenvolvimento (MUSTAYEN et al. 2014). Diante da crise energética e da elevada disponibilidade de irradiação solar no Brasil, particularmente no Nordeste, a operação de secagem utilizando energia solar é uma opção viável para a secagem de diversas culturas por ser um equipamento simples, de baixo custo e adaptável desde a utilização domestica até a produção industrial.

Dentre as principais partes dos secadores solares estão: o espaço de secagem, conhecido como câmara de secagem, onde o material a ser seco é colocado e o coletor solar, onde o ar de secagem é aquecido através da conversão da radiação solar em radiação térmica, conhecido como efeito estufa (IMRE, 2015). O coletor solar é o principal componente do secador solar, pois desempenha o papel de fonte primária de energia (SILVEIRA, 2016). Ele é definido como um tipo específico de trocador de calor que visa o aquecimento do ar ambiente, que é o fluido de trabalho no processo de secagem (CARVALHO e SIONEK, 2015). Esse aquecimento ocorre através do efeito estufa.

Os secadores solares podem ser classificados como: secador de exposição direta, indireta ou misto, sob convecção natural ou forçada. No secador de exposição direta, o produto é depositado em bandejas no interior do coletor solar e recebe a radiação solar diretamente sobre o produto a ser seco, já no secador de exposição indireta a radiação solar incide sob coletor que aquece o fluido de trabalho sendo este conduzido para uma câmara de secagem onde se encontra o produto a ser seco, como ilustrado na Fig. 3.

Figura 3. Funcionamento de um secador solar de exposição indireta.

Fonte: SILVEIRA, 2011.

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Para otimizar o aproveitamento da irradiação incidente, os coletores solares devem ser posicionados de forma que a incidência da radiação ocorra o mais perpendicularmente possível ao plano da superfície coletora incidente (GRILO, 2007), em localidades situadas no hemisfério Sul recomenda-se que o equipamento esteja voltado para o Norte com uma inclinação de 10 a 15°C acrescida da latitude da região.

3. CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS DOS SECADORES DESENVOLVIDOS NO LEMT

Os secadores solares de exposição indireta desenvolvidos no LEMT são compostos, basicamente, por um coletor solar e uma câmara de secagem. As coberturas dos coletores solares são de policarbonato alveolar cristal, as caixas são de madeira do tipo MDF ultra e utiliza-se, como capacitor térmico, uma telha de fibrocimento pintada de preto fosco.

Os secadores desenvolvidos, a partir de 2015, apresentam dispositivo de ventilação forçada com a utilização de coolers, alimentados por um painel solar fotovoltaico de 12 V com função de propiciar a movimentação do ar de secagem através do sistema de convecção forçada.

Os componentes do secador solar desenvolvido por Gomes (2015), apresentado na Fig. 4, são: um coletor solar de 120 litros de volume interno com uma superfície transparente de 0,80 m² e uma câmara de secagem de 224 litros, apresentando, nesse equipamento o volume da câmara de secagem é duas vezes maior que o volume do coletor solar.

Foram realizados cinco testes experimentais na cidade de Patos (PB), cidade localizada no sertão paraibano e o produto a ser seco foi o abacaxi. O processo de secagem durou cerca de 1.200 min. As temperaturas foram medidas com um Multímetro digital portátil, modelo ET 1400, marca Minipa, com a utilização de termopares tipo k.

O secador solar desenvolvido por Nunes (2016), apresentado na Fig. 5, foi constituído por um coletor solar com volume interno de 176 litros e área de incidência 1,0 m² e uma câmara de secagem com volume interno de 67 litros.

Portanto, o volume do coletor solar é superior a 2,5 vezes ao volume da câmara. Nunes (2016) realizou 6 experimentos de secagem de banana prata, no solarium do LEMT no Campus da UFCG em Campina Grande, o tempo de secagem médio foi de 960 min.

No secador solar desenvolvido por Melo (2016), Fig. 6, o coletor solar possui 175 litros de volume interno e área de incidência de 1,0 m2, a câmara de secagem possui um volume interno de 35 litros. Neste caso, o volume do coletor foi 5 vezes maior que o volume da câmara de secagem. Melo (206) realizou 4 experimentos de secagem de banana para, no solarium do LEMT no Campus da UFCG de Campina Grande, o tempo médio de secagem foi de 840 min.

Lima (2017), desenvolveu um secador solar cujas características construtivas são semelhantes ao desenvolvido por Nunes (2016), com o diferencial da realização de uma comparativo entre a secagem solar, a secagem mista (solar e elétrica) e secagem elétrica. Lima (2017) realizou um experimento utilizando a secagem solar sem controle das propriedades termodinâmicas do ar e um com o controle das propriedades. O produto utilizado foi de banana prata, o experimento foi realizado no solarium do LEMT, o tempo médio de secagem foi de 840 min.

Diante do exposto, percebe-se a preocupação dos pesquisadores com: a relação entre o volume do coletor solar e da câmara de secagem e a área de incidência de radiação solar no coletor. Com o aumento do volume do coletor solar em relação ao volume da câmara de secagem e o aumento de 25% na área de incidência de radiação solar, percebeu-se uma redução de 120 min no tempo de secagem de banan prata.

4. AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS E DO PROCESSO DE SECAGEM

A partir do conceito básico de rendimento termodinâmico, como sendo a razão entre a potência entregue pelo sistema e a potência disponível ao mesmo, Guerra e Varella (2014) afirmam que o rendimento de um secador solar pode ser determinado pela Eq. 1

(1) Figura 4: Secador Solar

desenvolvido por Gomes (2015)

Figura 5: Secador Solar desenvolvido por Nunes (2016)

Figura 6: Secador Solar desenvolvido por Melo (2016)

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onde, – rendimento do secador solar [%]; – potência transferida ao fluido de trabalho [W]; - área de cobertura transparente [m2]; - média da radiação solar incidente [W/m2].

A potência transferida ao fluido de trabalho, no caso do secador solar é o ar ambiente, também denominada de potência útil, pode ser obtida pela Eq. 2. Essa potência representa a quantidade de energia transferida ao fluido de trabalho.

(2) onde, - vazão mássica do fluido de trabalho [kg/s]; - calor específico do fluido de trabalho [J/kg.K]; – variação de temperatura [K].

O rendimento térmico de um coletor solar é expresso em função da potência útil, da irradiação solar incidente, da área de cobertura transparente e da vazão do fluido de trabalho, do calor específico do mesmo e da variação de temperatura obtida (NUNES, 2016). Em secador solar que possuem sistema de medição da umidade relativa do ar e temperatura, na entrada e saída de cada parte que compõe o sistema de secagem, como os desenvolvidos por Nunes (2016) e Lima (2017), o rendimento térmico do equipamento pode ser calculado a partir da aplicação do Balanço de Energia em cada parte do equipamento e o Princípio de Conservação da Energia (1ª Lei da Termodinâmica) ao volume de controle.

Ao analisar separadamente o volume de controle do coletor solar e da câmara de secagem; aplicar o Princípio de Conservação de Massa; e considerar que: a energia cinética e a energia potencial na entrada e saída tanto do coletor quanto da câmara de secagem são iguais, devido as características construtivas e operacionais do coletor solar; o trabalho realizado pelo coletor solar e pela câmara de secagem é nulo, pois este é um equipamento térmico e não uma máquina térmica; e a massa que entra no coletor é igual a massa que saí, a massa que sai da câmara de secagem é maior do que a massa que entra, uma vez que sai a massa de ar que entrou, vindo do coletor solar, mais a massa de água que é retirada da fruta durante o processo de secagem. Para este caso se obtém o rendimento térmico do sistema de secagem aplicando a Eq. 3 e Eq. 4 no coletor solar e na câmara de secagem.

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onde; , , e representa a vazão mássica da energia retirada da fruta durante o processo de secagem; é a entalpia da água saturada como vapor saturado na temperatura média de saída, em [kJ/kg].

O rendimento do sistema de secagem ( ) é igual ao produto entre o rendimento do coletor solar ( ) e o rendimento da câmara de secagem ( ). Já a eficiência mássica do processo de secagem, pode ser obtida através da medição da variação das massas do produto a ser seco, através da Eq. 5.

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onde; - eficiência mássica do processo [%]; - massa inicial do produto [kg]; - massa final do produto [kg]; - massa total de água presente no produto a ser secado [kg].

4.1 Avaliação dos Secadores Solares desenvolvidos no LEMT

Nos experimentos realizados foram medidas, no intervalo de 60 min, a variação de massa do produto a ser seco, temperatura do ar ambiente, temperatura do ar na entrada do coletor solar, temperatura do ar no interior do coletor solar, temperatura do ar na junção do coletor solar com a câmara de secagem e a temperatura do ar na saída da câmara de secagem.

Nesta subseção será suprimido os resultados obtidos por Lima (2017) com a secagem mista; e a eficiência do processo de secagem obtido por de Gomes (2015), pois o teor inicial de água do abacaxi é maior que o teor de água da banana, e a massa de água do produto a ser seco está diretamente relacionada a esse parâmetro. Os valores apresentados nas Tab. 1 e 2 foram obtidos através da média aritmética dos dados obtidos experimentalmente.

Como pode ser observado na Tab. 1, o teor de água em base úmida final ( [%]) está compatível com a Resolução RDC n° 272/05 da ANVISA, dentro dos padrões exigidos para comercialização que deve ser menor que 25%. Quanto a eficiência mássica do processo de secagem ), as inovações realizadas no período em estudo dos secadores desenvolvidos na UFCG resultaram no aumento de 7% na eficiência do processo.

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Tabela 1. Parâmetros de massa e eficiência mássica

De acordo com a Tab. 2, o rendimento do equipamento está de acordo com os reportados na literatura (FUDHOLI et al., 2014; HUBACKOVA et al.,2014). Além disso, levando em consideração as melhorias realizadas no secador solar no período de 2015 a 2017, é observado um aumento na potência útil e no rendimento térmico dos secadores solares.

Tabela 2. Parâmetros medidos no processo de secagem.

- Temperatura entrada da câmara; - Temperatura saída da câmara; - Umidade relativa do ar na entrada do coletor; – Umidade relativa do ar na entrada da câmara.

5. CONCLUSÕES

Analisando os aspectos construtivos dos sistemas de secagem solar apresentados é possível concluir que estes equipamentos são tecnicamente viáveis para realização do processo de secagem de frutas e, por serem fabricados com materiais de baixo custo, configuram-se como de tecnologia social que pode ser utilizados pelos agricultores da região e que contribuem para promover o desenvolvimento sustentável, pois agregam valor aos produtos comercializados e utiliza como fonte energética apenas energia solar.

As pesquisas realizadas mostram um aperfeiçoamento desses modelos ao longo dos anos. Ao realizar a comparação entre os experimentos realizados nas cidades de Patos e Campina Grande, fica nítido que a região da realização do experimento é relevante na análise do processo, uma vez que a localização altera fatores importantes no processo de secagem, principalmente, a temperatura e a umidade relativa do ar de secagem.

Os resultados obtidos apontam para uma evolução no rendimento dos equipamentos e as conclusões mostram que o caminho e as estratégias utilizadas são positivas, mas a redução nos investimentos em C & T na Universidade e a redução na quantidade de bolsas na Pós Graduação são empecilhos para um maior avanço e para continuidade das pesquisas.

Agradecimentos

Os autores agradecem o apoio da CAPES no desenvolvimento deste trabalho, através da concessão de bolsa de pesquisa.

REFERÊNCIAS

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Autor Data [%] [%]

Nunes (2016) 25 a 26/02/2016 68,24 23,58 86,00

Melo (2016) 08 a 09/06/2016 65,30 25,70 81,63

Lima (2017) Sem controle 07 a 08/06/2016 70,00 17,44 90,95

Com controle 03 a 04/10/2016 70,00 24,22 86,30

Autor [%] [%] [ [

[ [

[

Nunes (2016) 720,00 144,63 20,00 28,67 47,71 34,27 49,00 24,00

Melo (2016) 618,13 179,48 29,00 35,00 52,38 41,25 46,50 19,25

Lima (2017) 572,62 167,66 29,27 32,49 49,96 35,25 48,00 30,65

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CHARACTERISTICS OF UFCG DEVELOPING SOLAR DRYING SYSTEMS

Abstract. Since 2007, the Experimental Laboratory of Thermal Machines (LEMT) of the Federal University of Campina Grande (UFCG) has been developing solar drying systems for fruits that use low cost materials that are easy to build and operate in the family farming environment. As of 2015, LEMT research has focused on new strategies to improve the drying process mass efficiency and the thermal efficiency of the indirect exposure solar dryer. The aim of this paper is to present, through a literature review, the main constructive characteristics of LEMT solar drying systems that use only solar energy as a source of energy. The materials and methods used to increase the efficiency of the drying process and the thermal efficiency of the prototypes developed between 2015 and 2017 are presented. The results already point to an evolution in the equipment performance and the conclusions show that the path and the strategies used They are positive, but the reduction in investments in S&T at the University and the reduction in the amount of scholarships in the Graduate are obstacles to further progress.

Key words: Solar Dryer, Process Efficiency, Thermal Yield.

Referências

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