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CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE MENTAL. Ata nº 1/2012

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CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE MENTAL

Ata nº 1/2012

A 11 de janeiro de 2012, reuniu no edifício do Ministério da Saúde, no nº 9 da Avenida João Crisóstomo, em Lisboa, o Conselho Nacional de Saúde Mental (CNSM), com a composição definida pelo Decreto-Lei nº 304/2009, de 22 de outubro, com a alteração introduzida pelo Decreto-Lei nº 22/2011, de 10 de fevereiro, reunião presidida pelo Senhor Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Dr. Fernando Leal da Costa, com a seguinte Ordem de Trabalhos, constante da Convocatória, emitida em 23 de dezembro último:

Ponto único - O desenvolvimento do Plano Nacional de Saúde Mental, à luz do Programa do XIX Governo e do Plano Nacional de Saúde 2012-2016

Estiveram presentes:

O Presidente do CNSM, Dr. António Leuschner;

Em representação do Ministério da Solidariedade e Segurança Social, a Dra Luísa Matias, da Direção-Geral da Segurança Social, em representação da Drª Isabel Saldida;

Em representação do Ministério da Economia e do Emprego, a Drª Maria da Conceição Moita, do Instituto de Emprego e Formação Profissional;

Em representação do Ministério da Justiça, a Drª Ana Correia Lopes;

O Diretor do Programa Nacional para a Saúde Mental, Dr. Álvaro Andrade de Carvalho;

O representante da Administração Central do Sistema de Saúde, I.P., Dr. Alexandre Lourenço;

Em representação do Instituto da Droga e da Toxicodependência, I.P., a Drª Graça Vilar;

Em representação do Grupo Estratégico para os Cuidados Primários de Saúde, a Profª Drª Cristina Ribeiro Gomes, Assessora do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, em representação do respetivo Coordenador, Dr Vítor Ramos;

Os Presidentes dos Conselhos Regionais de Saúde Mental do Algarve, do Centro e do Norte, respetivamente, Drs Ana Cristina Trindade, Horácio Firmino e Alcindo Maciel Barbosa;

Em representação dos profissionais de Enfermagem, os Enf.os Maria da Glória Leal Costa Durão Butt, Prof. Doutor Enfº José Carlos Pereira dos Santos e Arlete de Fátima Amaro Correia, indicados pela respectiva Ordem Profissional;

Em representação dos profissionais de Psicologia, o Prof.s Drs Samuel Antunes e Constança Biscaia, por indicação da respectiva Ordem Profissional;

Em representação dos profissionais de Serviço Social, as Dras Ana Martinho e Patrícia Teixeira da Silva, designadas pela Associação dos Profissionais do Serviço Social;

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Em representação das instituições particulares de solidariedade social com intervenção na área da saúde mental, a Drª Fátima Monteiro, da Federação Nacional de Entidades de Reabilitação de Doentes Mentais (FNERDM);

O Dr Pedro Pires, representante do Colégio da Especialidade de Psiquiatria da Infância e da Adolescência da Ordem dos Médicos, que representou igualmente a Associação de Psiquiatria da Infância e da Adolescência;

Em representação da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, o Dr. Pedro Varandas, por impossibilidade do Prof. Doutor António Palha, que representava também o Instituto das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus;

O Dr João Redondo, em representação da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Saúde Mental;

A Profª Doutora Graça Cardoso, em representação da Associação Portuguesa de Psiquiatria de Ligação;

Em representação da Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, o Prof.

Doutor Enfº Luís Sá, por impossibilidade do Prof. Doutor Enfº Carlos Sequeira;

Em representação da União das Misericórdias Portuguesas, a Drª Sílvia Garcia, por impossibilidade do Dr. João Amado;

Em representação do Instituto de S. João de Deus, o Dr Vítor Cotovio;

Em representação da Rede Nacional das Pessoas com Experiência de Doença Mental, o Dr.

Orlando Silva;

Em representação da Equipa de Projecto da Coordenação dos Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental, a Drª Paula Domingos;

O Dr José Madeira Serôdio em representação do Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P..

Não estiveram presentes, a Drª Inês Guerreiro, da Unidade de Missão para os Cuidados Continuados Integrados, o Presidente do Conselho Regional de Saúde Mental do Alentejo, Dr. José António Palma Góis, o Enfº Jacinto Oliveira, em representação dos profissionais de Enfermagem, o Prof. Doutor José Luís Pio de Abreu, representante do Colégio da Especialidade de Psiquiatria da Ordem dos Médicos, o Dr João Carlos Dias, em representação da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, o Dr. Luís Alberto Silva, em representação da União das Mutualidades Portuguesas e a Drª Irene Mendes, representante da Federação Nacional das Associações de Famílias Pró-Saúde Mental.

Não foram ainda designados o Presidente do Conselho Regional de Saúde Mental de Lisboa e Vale do Tejo e o representante dos outros profissionais.

Verificado o quórum, foram iniciados os trabalhos, tendo o Presidente informado que, dado o carácter excecional da reunião, não seria feita a leitura da minuta da Acta da reunião anterior, nº 3/2011, que havia sido enviada oportunamente aos membros do Conselho, o que será feito na próxima reunião.

Tomou então a palavra o Senhor Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde (SEAMS), Dr. Fernando Leal da Costa, que começou por cumprimentar e agradecer a todos

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os membros do Conselho, tendo assegurado que a Saúde Mental é um dos vetores prioritários das políticas do Ministério da Saúde, que tem pautado a sua ação por uma perspetiva mais ‘sanitarista’ do que ‘assistencialista’, com o objetivo central de diminuir a carga de doença.

Assim, prosseguirá a política de desinstitucionalização, que contará com verbas próprias apesar das restrições orçamentais, sendo dado novo impulso ao desenvolvimento da Rede de Cuidados Continuados de Saúde Mental.

Entretanto, na sequência da extinção das Coordenações Nacionais, foi criado, entre outros, no âmbito da Direcção-Geral da Saúde, o Programa Nacional para a Saúde Mental e nomeado o respetivo Diretor, Dr Álvaro de Carvalho, que antes desempenhava as funções de Coordenador Nacional, cuja ação se irá pautar por um reforço do papel das ARSs no acompanhamento da implementação do Plano Nacional de Saúde Mental.

Referiu igualmente as implicações da extinção do Instituto da Droga e da Toxicodependência, que não representa um desinvestimento nesta área, mas antes uma reorganização dos serviços e de um alargamento do seu âmbito à abordagem de outros comportamentos aditivos e integrando a área da prestação de cuidados no SNS, através das ARSs.

Recordou também algumas medidas de reorganização das áreas hospitalares já encetadas, de que são exemplo a integração do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e a reorganização das urgências psiquiátricas em Lisboa.

Salientou, por fim, a importância que o Conselho pode vir a ter, debruçando-se sobre assuntos específicos, para o que será fundamental a constituição de subcomissões especializadas, após o que se disponibilizou para esclarecer os membros do Conselho que tenham quais quer dúvidas.

O Dr Horácio Firmino referiu as duas recomendações da Comissão Técnica de Acompanhamento do Plano Nacional, enviadas ao anterior Gabinete Ministerial, uma sobre a política de fornecimento de antipsicóticos pelos serviços e outra sobre a consideração dos atos não médicos na contratualização das atividades dos hospitais, tendo o Senhor SEAMS informado que está em estudo a elaboração de um formulário específico para a saúde mental, com vista à revisão do regime de comparticipação dos medicamentos, e que a valorização dos atos não médicos esbarra com a dificuldade de obter meios financeiros que o venham a permitir.

O Dr Pedro Varandas colocou a questão do arranque das experiências piloto no âmbito dos cuidados continuados de saúde mental, tendo o Senhor SEAMS reiterado que é intenção do Ministério dar-lhes sequência até ao final do corrente ano.

A Enfª Glória Butt congratulou-se com a valorização da desinstitucionalização e da promoção da saúde mental, para o que salientou a importância do papel dos cuidados de saúde primários, tendo o Senhor SEAMS referido a dificuldade de demonstrar o impacto imediato destas medidas, a prioridade ao reforço do comprometimento dos profissionais não médicos, admitindo que se torna necessário conseguir recruta-los.

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O Prof. Doutor Enfº José Carlos Santos interroga sobre a existência de dados sobre o suicídio e de programas específicos de prevenção, ao que o Senhor SEAMS confirma que apenas estão disponíveis os dados referentes a 2009, em parte pela diversidade das entidades responsáveis pela recolha desses dados, bem como pela inexistência da obrigatoriedade de notificação dos suicídios, o que espera venha a ser ultrapassado após a introdução do certificado de óbito eletrónico, que permitirá uma maior disponibilidade dos dados e o seu cruzamento, facilitando a identificação dos doentes em risco.

O Prof. Samuel Antunes chamou a atenção para as preocupações europeias na prevenção dos riscos psicossociais da crise, nomeadamente para o burnout dos profissionais, tendo o Senhor SEAMS confirmado a necessidade do comprometimento das áreas do Emprego e da Segurança Social, na perspetiva da ‘Saúde em todas as políticas’, da avaliação das necessidades dos grupos de risco e do combate à desertificação, como enfatizou a importância da saúde no trabalho dos profissionais de saúde.

O Dr Horácio Firmino colocou as questões da necessidade de um plano para as demências, das condições de funcionamento de alguns lares e das vantagens do recurso à teleassistência, ao que o Senhor SEAMS esclareceu não haver ainda um plano estruturado para as demências, mas havendo a intenção de alargar os cuidados continuados às situações demenciais, reiterando que importará corrigir tudo o que esteja a ser mal feito, nomeadamente evitando a replicação de modelos obsoletos, havendo toda a disponibilidade para integrar modelos de teleassistência que possam revelar-se úteis na prestação de cuidados de saúde a este grupo populacional.

A este propósito, o Prof. Doutor Enfº José Carlos Santos referiu o exemplo do Saúde 24, como um bom modelo de apoio em teleassistência.

A Drª Graça Vilar manifestou o seu agrado com o que ouviu do Senhor SEAMS quanto à integração do IDT no SNS, tendo sido referido que ela deverá passar por uma maior aproximação com as estruturas da saúde mental.

O Dr João Redondo declarou-se também agradado com a referência à promoção e prevenção, estratégias fundamentais na área da violência familiar, tendo o Senhor SEAMS referido a iniciativa da Secretaria de Estado da Igualdade e a necessidade de prestar atenção a um problema que tem passado desapercebido, o da mutilação genital feminina, após o que se ausentou, por razões de agenda.

Após a saída do Senhor SEAMS, o Dr Álvaro de Carvalho deu a conhecer em detalhe o despacho anunciado de criação do Programa Nacional de Saúde Mental e da nomeação do respetivo Diretor, bem como das suas competências.

Antes de terminar, foram referidas as Subcomissões já constituídas – Trabalho multiprofissional em Cuidados Continuados de Saúde Mental, Gestão do Património dos Doentes Mentais e Articulação com os Cuidados Primários, entre outras – incitando-se os vários membros à participação ativa, uma vez que a primeira tem efetivamente desenvolvido trabalho, para o que foi solicitada a assunção da função da sua coordenação.

Nada mais havendo a registar, foi agendada a próxima reunião do Conselho para o dia 26 de março de 2012, às 14H00, no mesmo local, ou noutro a designar, devendo os membros

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enviar sugestões para inclusão na Ordem de Trabalhos até ao dia 27 de fevereiro próximo, sendo propostos os temas da articulação dos cuidados de saúde mental e dos cuidados continuados e uma apresentação sobre indicadores, para o que foi sugerido o convite ao Enfº José Carlos Gomes, da Escola Superior de Enfermagem de Leiria, que integra um projecto europeu sobre o tema, como previsto na anterior reunião de 30 de maio.

Referências

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