• Nenhum resultado encontrado

QFL0606. Ataualpa Braga Bl. 5 sup. - sala

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "QFL0606. Ataualpa Braga Bl. 5 sup. - sala"

Copied!
7
0
0

Texto

(1)

QFL0606

Equil´ ıbrio Qu´ ımico Ataualpa Braga Bl. 5 sup. - sala 552 e-mail: ataualpa@iq.usp.br

Os equil´ ıbricos s˜ao dinˆamicos

Na

+

radioativo ´e adicionado em solu¸c˜ao saturada

Note que o NaCl se dissolve/recristaliza continuamente.

Equil´ ıbrio Qu´ ımico

N

2

(g) + 3H

2

(g)

2NH

3

A constante de equil´ ıbrio

N

2

O

4

(g)

2NO

2

(g)

(2)

Express˜ao da constante de equil´ ıbrio (K

eq

)

Lei da a¸c˜ao das massas: Guldbert e Waage (1864)

aA+bB�cC+dD

Keq= [C]c[D]d

[A]a[B]b Keq= PcCPdD PaAPbB

• Keq depende da estequiometria;

• Keq N˜AO depende do mecanismo;

• Keq n˜ao depende das quantidades iniciais de reagentes e produtos;

• Presen¸ca de substˆancias inertes n˜ao afetam a Keq;

• Keq varia com a temperatura.

Exemplos de express˜oes de K

eq

2O3(g) � 3O2(g) Keq = (PO2)3

(PO3)2

Ag+(aq) + 2NH3(aq) � Ag(NH3)+2(aq) Keq = [Ag(NH3)+2]

[Ag+(aq)][NH3]2

Justificativa termodinˆamica para K

eq

Equil´

ıbrio qu´ımico e energia de Gibbs

νAA(g) +νBB(g) � νYY(g) +νZZ(g)

• Desejamos determinar a situa¸c˜ao de equil´ıbrio, ou seja quando a varia¸c˜ao de entropia da rea¸c˜ao ´e zero, que equivale a dizer que a varia¸c˜ao da energia de Gibbs ´e zero.

• G =G(T,P,nA,nB,nY,nZ)

dG =

G

T

P,nj

dT+

G

∂P

T,nj

dP +

∂G

nA

T,P,nj�=A

dnA+

∂G

nB

T,P,nj�=B

dnB +

G

nY

T,P,nj�=Y

dnY+

∂G

nZ

T,P,nj�=Z

dnZ

Substituindo as derivadas parciais pelas fun¸c˜oes termodinˆamicas equivalentes:

Justificativa termodinˆamica para K

eq

Equil´

ıbrio qu´ımico e energia de Gibbs

dG = −SdT+VdP+µAdnABdnBYdnYZdnZ

• Ao mantermos T e P constantes, a energia livre apenas depende dos potenciais qu´ımicos e da varia¸c˜ao do n´umero de mols.

dG = µAdnABdnBYdnYZdnZ

dG =

j

µjdnj

• Para se acompanhar a comportamento da energia de Gibbs, define-se ξ como a vari´avel que expressa o avan¸co, o progresso da rea¸c˜ao (em mols).

(3)

Justificativa termodinˆamica para K

eq

Equil´

ıbrio qu´ımico e energia de Gibbs

νAA(g) +νBB(g) � νYY(g) +νZZ(g)

nA=nA0−νAξ nB=nB0−νBξ Reagentes nY =nY0Yξ nZ =nZ0Zξ Produtos

• Note que a varia¸c˜ao do n´umero de mols das esp´ecies, em rela¸c˜ao ao avan¸co da rea¸c˜ao, depende dos coeficientes estequiom´etricos.

dnA=−νAdξ dnB=−νBdξ Reagentes dnYYdξ dnZZdξ Produtos

• Substituindo estas express˜oes na equa¸c˜ao que relaciona dG e dnj, teremos:

Justificativa termodinˆamica para K

eq

Equil´

ıbrio qu´ımico e energia de Gibbs

dG = µAdnABdnBYdnYZdnZ

dG = −µAνAdξ−µBνBdξ+µYνYdξ+µZνZdξ dG = (µYνYZνZ−µAνA−µBνB)dξ

�∂G

∂ξ

T,P

= µYνYZνZ−µAνA−µBνB

ΔrG = µYνYZνZ−µAνA−µBνB

�∂G

∂ξ

T,P

= ΔrG =

produtos

µνr

reagentes

µνp

• ΔrG ´e a varia¸c˜ao (por mol) da energia de Gibbs em rela¸c˜ao a ξ.

Justificativa termodinˆamica para K

eq

Varia¸c˜ao da

ΔrG

de acordo com a com o avan¸co da rea¸c˜ao

�∂G

∂ξ

T,P

rG =µYνYZνZ−µAνA−µBνB

• Exergˆonica, endergˆonicas e em equil´ıbrio

Lembrando...

Varia¸c˜ao de G

j

com a P

J

(mistura de gases ideais)

G = H−TS

dG = dH−TdS−SdT H = U+pV

dH = dU+pdV+Vdp Substituindo em dG:

dG = dU+pdV+Vdp−TdS−SdT U = q+w

dU = dq+dw dqrev = TdS dwrev = −pdV

dU = TdS−pdV Substituindo em dG:

dG = TdS−pdV+pdV+Vdp−TdS−SdT dG = ✘✘TdS−✟✟pdV✟+✟✟pdV+Vdp−✘✘TdS−SdT dG = Vdp−SdT

(4)

Lembrando...

Varia¸c˜ao de G

j

com a P

j

(mistura de gases ideais)

dG = Vdp−SdT

dG = Vdp (T constante)

Integrando desde p1 at´e p2, tomando-se p1 como Po (press˜ao padr˜ao, definida como 1 bar) e p2 uma press˜ao P qualquer durante o processo:

G(P) = G(Po) +

P PoVdp Para um g´as ideal V = nRTP

P

PoVdp =

P

Po

nRT P dp

P

PoVdp = nRT

P Po

1 Pdp

P

PoVdp = nRTln (P Po)

Justificativa termodinˆamica para K

eq

Varia¸c˜ao de G

j

com a P

J

(mistura de gases ideais)

G = Go+nRTln Pj

Po µj = µjo+RTlnPj

Po

Sabendo-se quePo ´e a press˜ao padr˜ao, definida como 1 bar, a maioria das vezes n˜ao a escrevemos. Assim:

µj = µjo+RTlnPj

De maneira an´aloga temos express˜oes correlatas para concentra¸c˜ao de cada composto J da mistura:

µj = µjo+RTln[J]

Justificativa termodinˆamica para K

eq

Calcular

ΔrG

da rea¸c˜ao

aA

+

bB�cC

+

dD ΔrG =

prod

µ−

reag

µ

prod

µ = c[µCo+RTln PC] +d[µDo +RTln PD]

prod

µ = cµCo +dµDo+cRTln PC+dRTln PD

prod

µ = cµCo +dµDo+RTln PCc+RTln PDd

prod

µ = cµCo +dµDo+RTln PCcPDd

reag

µ = aµAo+bµBo+RTln PAaPBb

Justificativa termodinˆamica para K

eq

Calcular

ΔrG

da rea¸c˜ao

aA

+

bB�cC

+

dD ΔrG =

prod

µ−

reag

µ

ΔrG = cµCo+dµDo +RTln PCcPDd

− [aµAo+bµBo +RTln PAaPBb]

ΔrG = cµCo+dµDo −aµAo−bµBo

� �� �

ΔrGo

+ RTlnPCcPDd PAaPBb

� �� �

Q

ΔrG = ΔrGo+RTlnQ paraqualquerponto Q´e chamado de quociente reacional

(5)

Justificativa termodinˆamica para K

eq

No equil´

ıbrio Q = KP

ΔrG = ΔrGo+RTlnQ ΔrG= 0 e Q=KP

0 = ΔrGo+RTln

PCcPDd PAaPBb

ΔGro = RTlnKP

KP ´e a constante de equil´ıbrio envolvendo um equil´ıbrio de gases.

Substituindo P=VnRT=cRT KP =

(PC/Po)c(PD/Po)d (PA/Po)a(PB/Po)b

KP =

cCccDd cAacBb

��RT Po

(c+d)(a+b)

Justificativa termodinˆamica para K

eq

Rela¸c˜ao entre

KP

e

Kc

• Multiplicando e dividindo por co(1mol.L−1).

KP =

�cCccDd cAacBb

��RT Po

(c+d)(a+b)

×

�co co

KP =

�(cC/co)c(cD/co)d (cA/co)a(cB/co)b

��coRT Po

(c+d)(a+b)

KP = Kc

�coRT Po

Δν

• Embora Po e co normalmente n˜ao aparecem expl´ıcitamente nas equa¸coes, porque equivalem a 1bar e 1mol.L1,

respectivamente, ´e importante estar atento `as suas unidades para usar o valor correto da constante R.

Rela¸c˜ao entre

K

e

Q

O sentido espontˆaneo da rea¸c˜ao ´e dado pela compara¸c˜aoQ vs. Keq. ΔrG = ΔrGo+RTlnQ

ΔrG = RTlnKeq+RTlnQ ΔrG = RTln Q

Keq

K

eq

depende da temperatura

Equa¸c˜ao de van’t Hoff

ΔrGo = RTlnKeq

lnKeq = ΔrGo

RT diferenciando por T dlnKeq

dT = 1 R

drGo/T) dT

Usando a equa¸c˜ao de Gibbs-Helmholtz d(ΔrGo/T)

dT = ΔrHo

T2 Gibbs-Helmholtz dlnKeq

dT = ΔrHo RT2

ΔrHo>0K aumenta com a temperatura (endot´ermica)

ΔrHo<0K diminui com a temperatura (exot´ermica)

Aten¸c˜ao: deve-se analisar a “tangente” dlnKdTeq. SeΔrHo>0 a

“tangente” ´e positiva. No caso deΔrHo<0 a varia¸c˜ao de lnKeq em rela¸c˜ao `a T produz uma pendente negativa. Ao integrar-sefica mais claro a an´alise de como varia lnK em rela¸c˜ao a T.

(6)

K

eq

depende da temperatura

Equa¸c˜ao de van’t Hoff

K2

K1

dlnKeq

dT =

T2

T1

ΔrHo RT2 lnK2

K1 =

T2

T1

ΔrHo RT2 lnK2

K1

= −ΔrHo R

� 1 T2 − 1

T1

• Coeficiente angular =ΔrHo/R

Justificativa termodinˆamica para K

eq

ΔrGo = −RTln Keq K = eΔRTHrΔRSr

Rea¸c˜ao endot´ermica tende a K<1, enquantoK>1 ´e mais frequente em rea¸c˜oes exot´ermicas.

Exemplo b´asico da aplica¸c˜ao da K

eq

H

2

(g) + I

2

(g)

2HI(g)

Sendo Keq = 50,5 a 448oC, iniciando a rea¸c˜ao com 1 mol de H2 e 2 mols de I2 em um frasco de 1 L. Quais as press˜oes parciais no equil´ıbrio? Dado: R = 0,0821 L.atm.(mol.K)1

Resolu¸c˜ao

1. Considerando os gases como ideais, use P= nRTV para calcular as press˜oes parciais iniciais.

2. Chamamos de x a varia¸c˜ao entre a Pinicial e a Peq

3. Press˜ao parcial dos reagentes no equil´ıbrio ´e igual `a Pinicial - x

Keq= (PHI)2 PH2PI2

Resolu¸c˜ao

H2(g) I2(g) 2HI(g) Inicial 59,19 atm 118,4 atm 0 atm

Varia¸c˜ao -x -x +2x

Equil´ıbrio 59,19 - x 118,4 - x +2x Keq = (PHI)2

PH2PI2

Keq = (2x)2

(59,19−x)(118,4−x) = 50,5

46,5x2−8,97x103x+ 3,54x105 = 0 x= 137,6 e 55,3

PH2 = 59,19−x= 59,19−55,3= 3,85 atm PI2 = 118,4−x= 118,4−55,3= 63,1 atm PHI = 2x= 2(55,3) = 110,6 atm

(7)

Manipula¸c˜ao das equa¸c˜oes qu´ ımicas e a K

eq

Lembrando...

K

eq

e atividade s˜ao n´umeros “puros” ou adimensionais

Keq =([C]/co)c([D]/co)d ([A]/co)a([B]/co)b

Keq =([PC]/Po)c([PD]/Po)d ([PA]/Po)a([PB]/Po)b

co= 1mol.L1,Po = 1bar

Manipula¸c˜ao das equa¸c˜oes qu´ ımicas e a K

eq

Lembrando QG

K

eq

e atividade s˜ao n´umeros “puros” ou adimensionais

Keq= (aC)c(aD)d (aA)a(aB)b

aJ= [J]/co aJ =PJ/Po

Equil´ ıbrio Qu´ ımico

Exemplos

1. O bromo molecular est´a 24% dissociado a 1600 K e 1,00 bar no equil´ıbrio Br2(g)2Br(g). Sabendo queΔrHo= 112kJmol1no intervalo de temperatura considerado calcule K em duas temperaturas: (a) 1600 K e (b) 2000 K. (c), vocˆe espera que K aumente ou diminua com a T.

Explique.

2. A press˜ao de equil´ıbrio do H2sobre o urˆanio s´olido e o hidreto de urˆanio, UH3, ´e 139 Pa a 500 K. Calcule a energia de Gibbs padr˜ao de forma¸c˜ao do UH3(s) a 500 K.

3. Qual a entalpia-padr˜ao de rea¸c˜ao de uma rea¸c˜ao cuja constante de equil´ıbrio (a) ´e duplicada, (b) ´e dividida por dois quando a temperatura aumente de 15 K a partir de 310 K?

4. A press˜ao de vapor da dissocia¸c˜ao do NH4Cl ´e 608 kPa a 427oC, e ´e 1115 kPa a 459oC. Calcule (a) a constante de equil´ıbrio, (b) a energia de Gibbs padr˜ao da rea¸c˜ao, (c) a entalpia-padr˜ao, (d) a entropia-padr˜ao de dissocia¸c˜ao, tudo a 427oC. Admita comportamento de g´as perfeito para o vapor e queΔrHo eΔrSo sejam independendentes da temperatura, no intervalo mencionado.

Referências

Documentos relacionados

Este estudo reforça a conclusão de outros estudos sobre a predação de ninhos artificiais realizados em Minas Gerais, de que fragmentos de matas de até 330 ha, com formatos semelhan-

Se no cadastro da administradora, foi selecionado na aba Configurações Comissões, para que as comissões fossem geradas no momento da venda do contrato, já é

Certamente, quando o RiskMetrics (1994) definiu o VaR como uma métrica única e simples sobre qual risco determinada carteira está sujeito, assumindo normalidade nos retornos

Suponha que a quantidade semanal demandada dos pneus radiais Super Titan esteja relacionada com seu pre¸ co unit´ ario pela equa¸c˜

A an´ alise da variˆ ancia baseia-se na premissa que, sendo verdadeira a hip´ otese H 0 , existem trˆ es maneiras pelas quais a variˆ ancia σ 2 comum a todas as popula¸ c˜ oes,

Ora, j´ a vimos que as ´ unicas solu¸c˜ oes da equa¸c˜ ao de Legendre usual que permanecem limitadas nos extremos ±1 (assim como suas derivadas) s˜ao os polinˆ omios de Legendre P

Obteremos agora rela¸c˜ oes de ortogonalidade para os polinˆomios de Legendre associados, rela¸c˜ oes essas de grande importˆ ancia na An´alise Harmˆ onica e que inspiram

Obteremos agora rela¸c˜ oes de ortogonalidade para os polinˆ omios de Legendre associados, rela¸c˜ oes essas de grande importˆancia na An´alise Harmˆ onica e que inspiram