Universidade Nova de Lisboa Ano Lectivo 2012/2013 Faculdade de Direito
Joao Amador
Durac;ao: 1h30m Paulo GOIH;alves
lVlicroeconomia
Topicos de resolu<;a,o do teste intermedio
I (30%)
COIllente a veracidade de apenas duas das seguintes afirmaG6e .. (Justifique detalhadamente as snas n~spostas, recorrendo tambem
a
analise grafica. 1\1axinlo de 15 linhas de texto, excluindo graficos).a)
0
Ullmento do mlmero de oPGoes disponiveis aumenta 0 custo de oportunidade.A afirmac;a,o
e
falsa. 0 custo de oportunidade e 0 valor da melhor alternativa recusada, logo nao aumenta necessarilllaente com nlais possibilidades de escolha. Apenas aUlllentara S8 as novas opgoes tiverem urn valor superior ao do anterior custo de OPOl" tunidade.
b)
0
equilibrio de mercado correspondea situaGao
onde bem-estar social e nlaximo.A afirrnagao e verdadeira. No equilibrio de mercado estao a ser produzidas e consum idas todas as unidades do bern para as quais 0 preGo de reserva esta acinla do rnininlO
que 0 produtor exig(~ para a sua produGao.
.s
f: '< C. ~~r.9(.)
tONSVtl; 0"'"'1
~---~---~ ~
c) As altera<;oes de preGos no rnercado levarn
a
revisao dos prec;os de reserva dos consurnidores.A afirma<;ao e falsa.
0
prec;o de reserva (rnaximo que 0 consurnidor esta disposto a pagar para cada unidade do bern) depende de outros elementos pararnetrizadores (rendinlento, pre<;o dos outros bens substitutos e complement ares, preferencias) que nao preGo. Deste ITlOdo, as alteragoes nos preGos de mercado alteram a decisao de consumo?LA~L,C>5 yC YlEScvLvA
( A
0 LCJ Nvc..)
9A
¥ ~c>tuVLA
)
(pois esta baseia-se na existencia de urn prcc;o de reserva acima do prego cobradaclo)
Inas nao os proprios pregos de reserva, i.e., existe uma diferenc;a entre deslocamentos ao
longo da procura e deslocamentos da curva da procura.
II (30%)
A LusiUlnia e uma regiao que integra a Dniao da Europa, com a qual comercia livremente software informatico e texteis. Os coeficientes tecnicos para a produ ao de texteis e software sao, respectivamente, 40 e 20 na LusiHinia, e 120 e 30 na DE. Existe ainda urn custo de transportc dc texteis entre a Lusitania e a DE E~quivalente
a 0.5 unidades de softwarc, i.e., pagam-se 0.5 unidadcs de software por cacla unidade
exportada de texteis. Considere que as trocas sao realizadas aos prec:os de autarcia (e nao ao prec;o de comercio internacional).
a) Qual 0 padrao de comercio que existc entre a Lusiania e a DE? Justifique.
CO Lusitania
r,s
40 = 2 20 COUE 120 = 4 LU<;i'lUc;
T,S 30 - 20 -1.. S ~ l-j S -J.
S Co Lusitania _ = 0.5 4 S,T 40+ \
T • -1 T COUE 30 = 0.25If'
S,T 120j
A Lusit'''nia export a Texteis pois ten1 vantagem cornparativa nesse bern, CO!/s~itania =
2
<
CO!jJ!; = 4. Concomitantemente, a DE tcm vantagem comparativa em softwareu
deve exp~rtar e se ben1. Note-se que os custos de transporte (pagos aos prec;os da DE)sao inferiores ao ganho de exportar uma unidade de texteis para a DE (que curret:lLJonde
a 2 de software).
LT
l~
b) Represente graficamente os ganhos de bem-estar decorrentes do cOln{~rcio e da
especializaga,o produtiva. Justifique.
uE
.fGA
AJ+/oj 9f:2
Co hEVZ L \ ()
Slto AnvLiAVoS (OT)
6PEc.i A<..i!:(.At ~1\ 0
t,,'y..ttACo.
, '')c..
.,,~.----+--~---->
T
T
\/
--A entrada de UlTI novo pais membro fez alterar 0 coeficente tecnico dos texteis na
DE para 30.
c) Conlo se altera 0 padrao de comercio?
CoLusitania 40
=
2 1',5 20 30 CO1',5 UE - =1 30 COLv,sitania 20 = 0.5 8,T 40 COUE 30 = 1 5,T 30A DE passa a ter vantagem comparativa nos texteis, CO~:~c.,~itania
=
2>
CO!!,~=
l.Na perspcctiva da Lusitania, pagando os custos d tran porte na DE, 0 cOluercio deixa
de ser vantajoso porque os ganho sao nulos .
+
1
S
--~. -I SComo forma de prornover a coesao econOlllca e social apos este alargamento, a
Dniao Europeia proporciona 0 acesso da Lusitania a fundos 8struturais. Estes fundns
podem ser utilizados para melhorar as infraestruturas rodoviarias, reduzindo os custos
de transporte para 0.25 unidades de software por unidade exportada de texteis, ou
para melhorar 0 nive} de capital humano do pa,is, redu:z;indo 0 coeficiellte tecnico da
programa<;ao para 5.
d) Qual a utili:z;a<;ao que daria aos fundos comunitarios? Justifique a sua op<;ao.
Se os custos de transporte se reduzirem, sendo pagos na DE, os ganhos para a
Lusitania correspondenl a ~ =0.25 de text<:~is. Se 0 coeficiente tecnico se alterar,pagando
os custos de transporte na Lusitania, os ganhos currespondem ~ = 0.375 de texteis. Logo
a utiliz,ac;ao dos fundos para capital hurnano e melhor.
.0:!s,.,
-
tT
~~-
lU5:1T Ut E.~~~~9C
-.LT Crp..N_1.+
.L
2- +tT -.1-
(... T~"u ~"0
~.:n:: '-, ~ t,+-
I 5 ~ - \ ~ 'SM'ic.,) 3 Lu.s'lr
U Novo <:,~N,-c:
UAN ~ .;.l..
- ..LT I T - '2 CN, (...c::><-
"2\
S
- , S
0III (40%)
Suponha que 0 mercado do leite e caracterizado pdas fun<;oes procura P = 1500
-
Q
e oferta P = 100+
Q
a) Deternline, algebrica e graficamente, 0 equilibria deste mercado.
~
-X
.$ 1500 - Q 100+Q Q 7009
00 P 800 ')~1-
0 (.,)b) Re orrendo ao Modelo de Procura e Oferta, avalie graficamente os ({eitos dos
seguint fenolnenos sobre 0 equilibrio do mercado do leite:
(i) Aumento do pre<;o das ra<;oes que sao utilizadas na alimenta<;ao das vacas.
DAiDvt 5 C\...l~r05
Co IIVPuT,S
7A~~ ~,
'?
L-'L~j)u 0 VLr
(ii) Carnpanha de promo<:ao dos beneficios de cansurIlO de 1eitL--?f>AG-1\ ~c..> E'S'f'ft9e>
~ (~ €l..c>s
7: :
pc..t.c>'!}u~
j)
)7A40l..-\. VALc..>V'1.t+
crto
YeS C cN Sur'r.J?o \.1. e:::
1
Nr::-~ c.f1rSc:.> A o f .1.11 A I AJ1-3~n Cc>.;1J~.9'
I~I "."\ .---~--~~ ~(iii) Politica de disponibiliza<;ao de terras aos agricultores, a preGos controlados, para
utiliza<;ao na produ<;ao de forragens (utilizadas na alimenta<;ao dos animais).
4 'n~}J()vt c\...) ~(D ~
con
IN{JU\ ~PA
A V'l.Q -Du\ vs
.---I~~----~_~
Q
1--7
Sendo 0 leite Uln bern essencial para 0 consumo, as autoridades deddem promover medidas que contrariem 0 aumento de prec;os verificado nos ultimos meses. Assim, ponderam-se duas medidas alternativas de politica economica, a fixac;ao de urn pre '0 maximo ou a atribui<)io de urn subsidio aos produtores que tcnha 0 mesn10 irnpacto no pre<.;o de n1ercado que 0 pr <';0 n1aximo. Suponha ainda que tern acesso a urn estudo que conclui que 0 leite tern uma procura muito rigida e Ulna oferta muito elastica.
c) Compare aquelas duas medidas de politica economica, avaliando qual delas teria uma menor carga excedente.
CAVZ~A ....yCe.PeN~
CI
pl.((' Cc.J n){XIno
po ss:
v;c,... \.( (./nE-~(A:Pc:. ~ PI.t.c! 'Cl .00 ~ \-'l-1.u!)ui ll~ c/ SI,) ...,Sff
1'1..0(, ~ ____> I - - - . " - - - _ t l f - - - C<s 'toJ)uAI
Oc.:>"'t, (;1 ~(,.I.~~(/:f)1 ~ " - - - 4 - - - _ - - . J . . ._ _ _~Q LCrl A ~\~ hA\.!> RAsnc..f\Q
E 1\ .p~ ~c L\A.~
,.'"lm
S v2{ ~'9A ?t..te.::-0
c) ~\,( (c'c,u 77 Ay i 1')0 v /T\ SE 11
AX
i 0VI <: U\~.9 c) <: A!)A \,Ie:t
he.
~<:J.5It? -Qul\!Jv
rAe
/to Su ....'5\ 0 (.)Existen1 dois tipos d leite ernbalado, 0 leite UHT (ou leite ultra-pasteurizado) e
o leitn pasteurizado, sendo que este ultimo apresenta uma qualidade maior mas tern custos logisticos de distribui<;fio mais elevados, por se tratar de urn tipo de leite com un1 prazo de validade menor do que 0 leite UHT. Em Portuo'al, a grande maior'ia do leite consun1ido
e
leite UHT, enquanto que noutros pais0s curopeus conson1em-se grandcs quantidades de leite ultra-pasteurizado.d) Recorrendo ao :L\10delo de Procura e Oferta, queira mostrar graficamente que urn aumento da perc p<.;ao, por parte dos consumidores, de que 0 leite pasteurizado apresenta Ulna qualidade maior do que 0 lcite UHT, podera levar os produtores a apostar na venda de leite pasteurizado, apcsar deste ter custos logisticos de distribui<';3n majores.