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Alessandra Maria Cerqueira Lima Horschutz66

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Academic year: 2019

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(1)

5º PAVIMENTO

Layout 5º pavimento − 1990

Fonte: Desenho da autora

Layout 5º pavimento − 2005

(2)

No 5º pavimento começa a planta de pavimento tipo, apesar de ele possuir pé-direito maior que os demais e área construída de 1.647m², também maior. A partir desse pavimento a área útil dos pavimentos passa a ser de 1.401m², sendo que a área dos escritórios é de 1.242m² (área útil menos sanitários, sala de ar-condicionado, sala de elétrica, sala de café e hall de elevadores).

Em 1990 quase metade do 5º pavimento era ocupada com salas de treinamento e a outra metade com CPD. Em 2005 as salas de treinamento foram eliminadas e a área de CPD diminuiu – mas se tornou um CPD de treinamento.

No restante do pavimento foram instalados escritórios tipo open office para funcionários e gerentes em metade do andar; e na outra pequena parte ao lado do CPD foram instaladas salas para gerente (uma exceção), para executivo, de reuniões e arquivo.

O quadro comparativo a seguir mostra que a densidade do pavimento aumentou muito, passou de 49,68m² para 10,35m² por pessoa. Esse aumento é explicado pela substituição das salas de treinamento para escritórios.

QUADRO COMPARATIVO - OCUPAÇÃO ANDAR 05

Área útil total do pavimento em m² 1242

1990 2005

Estações de trabalho em espaço aberto m² m²

Secretárias 2 3,36 2 2,24

Funcionários 21 3,36 106 2,24

Mobility 2,24

Call Center 0,90

Gerentes 7 5,12

Estações de trabalho em salas fechadas m² m²

Funcionários

Gerentes 1 9,38 4 9,38

Gerentes 1 14,06

Executivos 18,75 1 15,63

Áreas de suporte

Salas de apoio, impressões etc. 1 1

Salas de reuniões 3

Salas de treinamento 9

Salas diversas (laboratórios,arquivos etc.) 1 4

Recepção 1

Outros 2 1

Total das estações de trabalho 25 120

Densidade (m² por pessoa) 49,68 10,35

(3)

6º PAVIMENTO

Layout 6º pavimento − 1990

Fonte: Desenho da autora

Layout 6º pavimento − 2005

Fonte: Desenho da autora

(4)

não corresponde ao instalado nos demais pavimentos de escritórios. Em vez de ter duas circulações principais, aqui foram instaladas três circulações: uma no centro e duas periféricas. Isso ocorreu devido a uma necessidade especial do departamento instalado nesse pavimento: o grupo possui uma grande quantidade de funcionários de um mesmo nível hierárquico (além de poucos gerentes) e queriam que todos tivessem o mesmo tipo de estação de trabalho, com as mesmas condições e principalmente sem estarem ao lado da janela. Os armários dos funcionários, nesse caso, estão localizados embaixo das janelas. As salas fechadas estão alinhadas com o hall de elevadores sociais: sala de executivo, sala de apoio, reuniões e sala de break.

O quadro comparativo a seguir mostra que a densidade do pavimento aumentou, mas não tanto quando no 5º pavimento: passou de 10,89m² para 6,09m² por pessoa. Esse aumento se deve principalmente à mudança do tipo de ocupação que era de escritório panorâmico com mais de um tipo de sala fechada para gerentes e algumas salas de reunião e passou a ter uma ocupação de escritório open office, com estações de trabalho abertas medindo 1,40m x 1,60m para funcionários e 1,60m x 3,20m para gerentes, com menos salas de reunião.

QUADRO COMPARATIVO - OCUPAÇÃO ANDAR 06

Área útil total do pavimento em m² 1242

1990 2005

Estações de trabalho em espaço aberto m² m²

Secretárias 4 3,36 2 2,24

Funcionários 87 3,36 194 2,24

Mobility 2,24

Call Center 0,90

Gerentes 6 5,12

Estações de trabalho em salas fechadas m² m²

Funcionários

Gerentes 7 9,38 9,38

Gerentes 16 14,06

Executivos 18,75 2 15,63

Áreas de suporte

Salas de apoio, impressões etc. 1 1

Salas de reuniões 5 3

Salas de treinamento

Salas diversas (laboratórios,arquivos etc.) 2

Recepção 1 1

Outros 1 1

Total das estações de trabalho 114 204

(5)

8º PAVIMENTO

Layout 8º pavimento − 1990

Fonte: Desenho da autora

Layout 8º pavimento − 2005

Fonte: Desenho da autora

(6)

estações de trabalho no espaço aberto, com as características das estações da Escriba vistas anteriormente: medindo 2,10m x 1,60m. O layout panorâmico era difícil de ser identificado.

A partir de 1997 nesse pavimento foi instalado um grupo de call center e que com o 6º são os únicos que possuem o padrão de espaço diferenciado com três circulações principais. As estações de trabalho são iguais ao padrão descrito no capítulo anterior: estações de atendentes de telemarketing com 1m x 0,90m; estações de funcionários medindo 1,40m x 1,60m; e gerentes em estações de 1,60m x 3,20m.

Além de a quantidade de profissionais nesse pavimento quase ter triplicado, como a estação de call center, ela é a menor em dimensões, a densidade nesse pavimento aumentou bastante: passou de 16,56m² para 6,78m² por pessoa.

QUADRO COMPARATIVO - OCUPAÇÃO ANDAR 08

Área útil total do pavimento em m² 1242

1990 2005

Estações de trabalho em espaço aberto m² m²

Secretárias 4 3,36 2,24

Funcionários 52 3,36 2,24

Mobility 2,24

Call Center 213 0,90

Gerentes 2 5,12

Estações de trabalho em salas fechadas m² m²

Funcionários 5

Gerentes 9 9,38 9,38

Gerentes 4 14,06

Executivos 1 18,75 15,63

Áreas de suporte

Salas de apoio, impressões etc. 1

Salas de reuniões 9

Salas de treinamento

Salas diversas (laboratórios,arquivos etc.) 4 4

Recepção 1 1

Outros 1 5

Total das estações de trabalho 75 215

Densidade (m² por pessoa) 16,56 5,78

Quadro Comparativo da Ocupação do 8º Pavimento – entre 1990 e 2005

(7)

9º PAVIMENTO

Layout 9º pavimento − 1990

Fonte: Desenho da autora

Layout 9º pavimento − 2005

Fonte: Desenho da autora

(8)

era comum haver salas de arquivo para armazenagem de material comum ao departamento. Esse pavimento foi reformado em 2003 e foi o último pavimento de escritórios a sofrer modificação de layout para a instalação de escritórios open office.

Com a expansão dos negócios da empresa e a conseqüente necessidade de contratação de novos profissionais, o aumento da densidade no edifício era muito importante para a sobrevivência da organização. Entretanto, faltava espaço para colocar mais pessoas (logo depois, no início de 2005, novos escritórios da empresa começam a surgir na cidade de São Paulo, pois o IBM Tutóia chegou ao seu limite de ocupação). Por isso, nesse pavimento foi instalado o maior centro de mobility da empresa, com o objetivo de otimizar ao máximo a densidade dos escritórios. São 75 estações de trabalho de mobility, cada uma com capacidade para receber quatro funcionários, ou seja, a capacidade máxima de profissionais que podem trabalhar nessa área de mobility é de 300. Esse é o pavimento mais denso do edifício, o que só foi possível devido à implantação do mobility, como mostra o quadro comparativo a seguir:

• em 1990 com escritório panorâmico eram 93 profissionais ocupando 13,35m² cada um;

• se somente tivesse sido instalado o layout open office, em 2006 o pavimento poderia receber 143 profissionais, onde cada um ocuparia 8,69m²;

• com a implantação do mobility, o pavimento pode receber até 368 profissionais, totalizando 3,38m² por pessoa.

QUADRO COMPARATIVO - OCUPAÇÃO ANDAR 09

Área útil total do pavimento em m² 1242

1990 2005 2005

Estações de trabalho em espaço aberto m² m² capacidade

Secretárias 6 3,36 2 2,24 2

Funcionários 60 3,36 33 2,24 33

Mobility 75 2,24 300

Call Center 0,90

Gerentes 16 5,12 16

Estações de trabalho em salas fechadas m² m²

Funcionários

Gerentes 22 9,38 17 9,38 17

Gerentes 5 14,06

(9)

12º PAVIMENTO

Layout 12º pavimento − 1990

Fonte: Desenho da autora

Layout 12º pavimento− 2005

Fonte: Desenho da autora

(10)

No centro do pavimento (lado esquerdo da planta) o que em 1990 era sala de reunião se transformou na única sala de videoconferência do edifício (que hoje não é mais tão utilizada). A quantidade total de salas de reuniões cresceu nesse pavimento, mas são salas menores que as anteriores.

Já no espaço aberto a mudança de conceito de ocupação e mobiliário foi total: o espaço que antes tinha um layout panorâmico com estações de trabalho padronizadas medindo 2,10m x 1,60m recebeu mobiliário integrado no padrão de ocupação mais recente, com estações que medem 1,40m x 1,60m. A densidade aqui é considerada boa para as duas épocas: de 12,80m² passou para 8,17m² por pessoa.

QUADRO COMPARATIVO - OCUPAÇÃO ANDAR 12

Área útil total do pavimento em m² 1242

1990 2005

Estações de trabalho em espaço aberto m² m²

Secretárias 3 3,36 4 2,24

Funcionários 77 3,36 123 2,24

Mobility 2,24

Call Center 0,90

Gerentes 18 5,12

Estações de trabalho em salas fechadas m² m²

Funcionários

Gerentes 15 9,38 4 9,38

Gerentes 1 14,06

Executivos 1 18,75 3 15,63

Áreas de suporte

Salas de apoio, impressões etc. 1 1

Salas de reuniões 8 9

Salas de treinamento

Salas diversas (laboratórios,arquivos etc.) 4 1 Recepção

Outros 1

Total das estações de trabalho 97 152

Densidade (m² por pessoa) 12,80 8,17

Quadro Comparativo da Ocupação do 12º Pavimento – entre 1990 e 2005

(11)

13º PAVIMENTO

Layout 13º pavimento − 1990

Fonte: Desenho da autora

Layout 13º pavimento − 2005

Fonte: Desenho da autora

(12)

na IBM de São Paulo, que na época da implantação possuía 68 estações de mobility, e hoje só diminuíram quatro estações para esse uso. A densidade nesse pavimento caiu de 10,62m² por pessoa para 3,40m² com o mobility.

Assim como no 9º pavimento, o planejamento previu que cada estação de trabalho pudesse receber quatro profissionais, esse centro de mobility possui capacidade para 248 profissionais. Foi nessa época que se estabeleceu a dimensão da estação mobility e suas características espaciais e tecnológicas. Como conseqüência da implantação dos espaços

mobility, foram instalados armários ao longo dos pavimentos com esse tipo de espaço (inclusive em locais onde nos demais pavimentos há estações de trabalho de funcionários): foi planejado um armário para cada quatro funcionários. O mobility também contou com a instalação de softwares especiais para agendamento e reserva das estações de trabalho

mobility; o mesmo software direciona o ramal do funcionário para estação mobility

reservada.

QUADRO COMPARATIVO - OCUPAÇÃO ANDAR 13

Área útil total do pavimento em m² 1242

1990 2005 2005

Estações de trabalho em espaço aberto m² m² capacidade

Secretárias 6 3,36 2 2,24 2

Funcionários 86 3,36 97 2,24 97

Mobility 62 2,24 248

Call Center 0,90

Gerentes 12 5,12 12

Estações de trabalho em salas fechadas m² m²

Funcionários

Gerentes 11 9,38 2 9,38 2

Gerentes 13 14,06

Executivos 1 18,75 4 15,63 4

Áreas de suporte

Salas de apoio, impressões etc. 1 1

Salas de reuniões 3 4

Salas de treinamento

Salas diversas (laboratórios,arquivos etc.) 6 1

Recepção 1

Outros

Total das estações de trabalho 117 179 365

Densidade (m² por pessoa) 10,62 6,94 3,40

Quadro Comparativo da Ocupação do 13º Pavimento – entre 1990 e 2005

(13)

16º PAVIMENTO

Layout 16º pavimento − 1990

Fonte: Desenho da autora

Layout 16º pavimento − 2005

Fonte: Desenho da autora

(14)

uma copa. Também era nesse pavimento que estavam localizadas duas salas de videoconferência, que, para funcionarem, precisavam de três salas adicionais de suporte, onde se localizavam os equipamentos eletrônicos para vídeo, projeção, som e depósito de móveis. Por conta de todas essas salas, a quantidade de profissionais era pequena se comparada aos demais andares: eram 62 pessoas ocupando 20,03m² cada uma.

Em 2006 esse pavimento possui 167 profissionais e a densidade aumentou bastante: 7,44m² por pessoa. Foram eliminadas quase todas as salas anteriores, mantendo-se algumas poucas de reunião, treinamento de software (departamento que ocupa esse pavimento) e laboratórios. Podemos dizer que a ocupação é mista: apesar das estações de trabalho de funcionários padrão e de algumas estações abertas para gerentes, esse pavimento não é 100% open office, pois ainda mantém dezenove salas individuais para gerentes (um número extremamente alto para os padrões de ocupação atuais). Esse é um exemplo típico de que as mudanças no espaço ao longo dos anos não conseguiram ser integralmente executadas: algumas vezes por resistência dos profissionais, outras por custo, ou pelos dois casos juntos.

QUADRO COMPARATIVO - OCUPAÇÃO ANDAR 16

Área útil total do pavimento em m² 1242

1990 2005

Estações de trabalho em espaço aberto m² m²

Secretárias 5 3,36 4 2,24

Funcionários 41 3,36 133 2,24

Mobility 2,24

Call Center 0,90

Gerentes 10 5,12

Estações de trabalho em salas fechadas m² m²

Funcionários

Gerentes 8 9,38 19 9,38

Gerentes 6 14,06

Executivos 2 18,75 1 15,63

Áreas de suporte

Salas de apoio, impressões etc. 2 1

Salas de reuniões 6 2

Salas de treinamento 1

Salas diversas (laboratórios,arquivos etc.) 9 4

Recepção 2

Outros

Total das estações de trabalho 62 167

Densidade (m² por pessoa) 20,03 7,44

(15)

4.5 O AUMENTO DA DENSIDADE E SUAS CONSEQÜÊNCIAS

Primeiramente vamos observar a densidade do edifício IBM Tutóia. A densidade de ocupação é o parâmetro mais utilizado para o dimensionamento de espaços de escritórios no Brasil (ANDRADE, 2005, p.4.38), e a estação de trabalho é o elemento principal e definidor dessa densidade. Dois aspectos levantados por Andrade são importantes para o entendimento da densidade de um edifício.

1. A densidade somente não constitui um fator de qualidade no ambiente de trabalho (também não significa falta de qualidade), mas é um elemento de desempenho do ambiente de trabalho, desde que analisada em conjunto com outros fatores como cultura organizacional, tipo de atividade da empresa e relação com as demais áreas do layout.

2. A densidade não corresponde à área destinada a cada funcionário, mas à divisão global do espaço entre as pessoas (o que muitas vezes não é percebido pelos usuários do edifício).

Com o objetivo de compreender melhor a dinâmica interna do IBM Tutóia, realizamos uma comparação da densidade ocupacional do edifício nas diferentes décadas.

O quadro comparativo a seguir – Esquema Vertical 3 – apresenta uma comparação entre os anos de 1990 e 2005, com foco na quantidade de estações de trabalho em cada pavimento e na população total. Nesse quadro são importantes duas observações.

1. Lembrar as siglas vistas no capítulo anterior e utilizadas a seguir: EXE = Executivo, MGR = Gerente, EMP = Funcionário, MOB = Mobility e CC = Call Center.

(16)

ESQUEMA VERTICAL 3 ESTAÇÕES DE TRABALHO

Área total útil do edifício 37974

1990 2005

EXE MGR EMP TOTAL EXE MGR EMP MOB CC TOTAL

TU20 2 20 102 124 3 20 119 142

TU19 2 25 87 114 4 28 124 18 174

TU18 - 20 127 147 2 22 24

TU17 - 20 127 147 10 15 94 119

TU16 2 14 46 62 1 29 137 167

TU15 3 15 112 130 1 14 168 183

TU14 1 19 100 120 1 19 159 179

TU13 1 24 92 117 4 14 99 62 179

TU12 1 16 80 97 3 22 127 152

TU11 1 24 102 127 18 142 160

TU10 - 14 120 134 11 109 120

TU09 - 27 60 87 33 35 75 143

TU08 1 14 61 76 2 213 215

TU07 - 20 122 142 25 130 155

TU06 - 23 87 110 2 6 196 204

TU05 - 2 23 25 1 11 108 120

TU04 - 1 6 7 6 6

TU03 - 2 4 6 3 3

TU02 - 7 69 76 6 6

TUTE - 1 17 18 112 112

Total estações 14 307 1527 1848 30 269 1784 155 213 2451 Densidade espacial (m²/estação) 20,55 15,49 Total população 1848 30 269 1784 620 426 3129 Densidade ocupacional (m²/população) 20,55 4:1 2:1 12,14

Esquema Vertical 3: Quantidade de estações de trabalho por pavimento − nos anos de 1990 e 2005

Fonte: Quadro executado pela autora, 2006

Com base nos números do Esquema Vertical 3 e no que estudamos, podemos analisar algumas mudanças.

A capacidade total de estações de trabalho cresceu 33%, ou 603 novas estações, aproximadamente 47 estações de trabalho por ano em quinze anos. Já a capacidade populacional cresceu 70%, ou 1.281 profissionais. O aumento de 33% em estações é conseqüência das ações para implantar novos escritórios tipo open office, de acordo com um único critério de ocupação que conseguiu ser mantido durante mais de dez anos. Entretanto, o aumento de 70% da capacidade de profissionais que o edifício pode receber é devido a ações para implantar novas formas de ocupação.

Houve duas novas formas de ocupação entre 1990 e 2006 implantadas no IBM Tutóia.

(17)

A segunda é a instalação de um pavimento de atividades de call center, com funcionamento 24 horas e que também compartilha estações de trabalho entre funcionários. Neste estudo foi considerado que uma estação de call center pode receber até dois profissionais.

No caso do mobility, lembramos que esse tipo de escritório não pôde ser instalado em mais pavimentos, pois somente profissionais da área de vendas ou consultoria podem trabalhar nesse local, já que suas funções não requerem que o profissional trabalhe dentro da empresa oito horas por dia. Também não são elegíveis a esse tipo de estação de trabalho executivos, gerentes, estagiários ou subcontratados.

Outro fator que teve uma pequena influência no aumento da densidade é a organização hierárquica da empresa. As mudanças entre os executivos não interferiram tanto no aumento da densidade; primeiro porque o total de salas para executivos aumentou para 16, mas esse aumento foi compensado pela diminuição da estação de executivos em 3,12m², mas esses profissionais continuam ocupando um espaço maior que os demais. Já a quantidade total de salas de gerentes diminuiu em 38, e junto com a redução do espaço individual ocupado por cada gerente (menos 6,60m² por estação), eles interferiram no aumento da densidade pois ocupam mais espaço que a maioria dos profissionais da empresa.

Constatamos então que a grande alteração da pirâmide hierárquica da empresa que influenciou na densidade foram os espaços ocupados pelos funcionários fixos, mobility, call center, estagiários e subcontratados. Em 1990 eles representavam 83% da população, hoje são 87% em número de estações de trabalho e 90% no número de profissionais da empresa. Independentemente do nível hierárquico (supervisores, coordenadores e às vezes até gerentes sem subordinados), eles são elegíveis a receberem uma estação de trabalho com a metade do m² do gerente.

(18)

Quantidade de pessoas por nível hierárquico

1990 2005

Executivo 14 30

Gerente 307 269

Funcionário fixo 1527 1784

Funcionário mobility 620

Funcionário call center 426

Área ocupada por nível hierárquico

1990 2005

Executivo 18,75m² 15,63m²

Gerente 11,72m² 5,12m²

Funcionário fixo 3,36m² 2,24m²

Funcionário mobility 2,24m²

Funcionário call center 0,90m²

Fonte: Quadros executados pela autora, 2006

Seguindo essa mesma linha de raciocínio vamos observar a área ocupada pelas estações de trabalho e profissionais. Considerando a mesma área útil (já que não foram adicionadas áreas na construção ao longo dos anos), a densidade espacial – que considera apenas a quantidade de estações de trabalho – passou de 20,55m² para 15,49m² por estação: em média uma diminuição de 5,06m², ou 25%, no espaço individual de trabalho de cada profissional. Ao analisarmos a densidade ocupacional – a que considera a capacidade máxima de funcionários que o edifício pode suportar–, o espaço que um funcionário ocupa passou de 20,55m² para 12,14m², diminuindo 8,41m², ou 41%, em média para cada indivíduo.

(19)

trabalho individual. (ANDRADE, 2005, p.4.22) Esses dois conceitos (comunicação e privacidade), apesar de opostos, caminham juntos, por isso é necessário que na padronização da estação e no planejamento do conjunto de estações exista a preocupação em chegar ao equilíbrio entre esses dois conceitos. Nesse caso, o planejamento deve levar em consideração as características visuais (como cores, acabamentos, informações ou qualquer outra característica que possa distrair o profissional no seu ambiente de trabalho, o que pode ocorrer nos espaços de trabalho aberto ou na sala fechada toda em vidro) e acústicas (como excesso de ruído causado por pessoas falando, alto tráfego, equipamentos, máquinas de ar-condicionado etc.), tanto quanto as características de integração e comunicação (como distâncias pequenas entre subordinados e chefes, proximidade de departamentos, acesso fácil aos locais de apoio, como locais de reunião e impressoras, assim como também às informações, etc).

Para suportar essas instalações bem mais densas que originalmente planejadas, vamos observar as várias alterações que foram necessárias a fim de atender à nova demanda populacional.

SALAS DE REUNIÕES

Originalmente as salas de reuniões ocupavam vários andares e havia salas dedicadas a departamentos inteiros ou aos executivos. Atualmente não existem salas de reuniões dedicadas, a não ser para projetos especiais ou para a presidência. O planejamento da quantidade de salas de reuniões no prédio segue uma norma corporativa, que leva em consideração a capacidade de cada sala e a quantidade total de funcionários no edifício. As salas estão distribuídas da seguinte forma:

• no pavimento térreo foi construído o auditório São Paulo para aproximadamente 200 pessoas;

• no 2º pavimento foi construído o Meeting Center (Centro de Reuniões), com 21 salas que comportam entre seis e cinqüenta lugares;

• no 10º pavimento foi construído o Conference Center (Centro de Conferências), com dezesseis salas que acomodam entre seis e vinte lugares;

(20)

• os espaços de mobility possuem salas de reuniões dedicadas (somente no 9º e 13º pavimentos);

• em todos os demais pavimentos estão espalhadas salas menores com capacidade de oito a quatro pessoas, destinadas a pequenas e rápidas reuniões.

(1) (2)

Conference Center, 10º pavimento − 2001 (1) Recepção (2) Sala de reuniões Rio de Janeiro − 2001

Fonte: (1) e (2) Fotos da autora

(21)

Todos esses locais possuem uma decoração diferente e é geralmente onde os profissionais se encontram informalmente e realizam reuniões ou trabalhos que não necessitam que eles estejam na sua estação de trabalho.

A maioria dessas alterações em áreas de reuniões ocorreu após o ano de 2000, e possuir um auditório e mais dois centros de salas de reuniões foi fundamental para a empresa atender às necessidades desse tipo de espaço. Hoje qualquer funcionário de qualquer departamento ou nível hierárquico pode ter acesso à reserva dessas salas de reuniões, que é feito eletronicamente.

RESTAURANTE E LANCHONETE

Como vimos nas plantas, alguns espaços de convivência social e reuniões no pavimento do restaurante foram diminuídos para ampliar o refeitório, onde todo mobiliário foi substituído por uma quantidade bem maior de mesas e cadeiras retangulares e prontas para receber as pessoas na hora da refeição. O espaço da cozinha não foi modificado, mas os equipamentos para o preparo dos alimentos (como fogões, fornos, geladeiras etc.) foram totalmente substituídos. Foi preciso também modificar a forma de servir a refeição para conseguir atender a toda população - há três pratos principais prontos.

Como a cozinha, a lanchonete mudou equipamentos e ampliou o espaço destinado a mesas e cadeiras.

O restaurante junto com a lanchonete são uma das áreas de maior convívio social dentro da empresa. A facilidade de almoçar no local de trabalho, o baixo valor da refeição e a pouca diversidade de restaurantes na região fazem com que muitos funcionários prefiram fazer a refeição no restaurante do edifício.

SANITÁRIOS

(22)

• um sanitário feminino com quatro ou cinco vasos e quatro cubas no lado “A” do edifício;

• um sanitário masculino com dois vasos e sete mictórios no lado “A” do edifício;

• um sanitário feminino com quatro vasos, quatro cubas e uma cabine para deficientes físicos, que inclui um vaso e uma cuba, no lado “B” do edifício;

• um sanitário masculino com dois vasos, quatro cubas, quatro mictórios e uma cabine para deficientes físicos, que inclui um vaso e uma cuba, no lado “B” do edifício.

Segundo o Código de Obras do Município de São Paulo são necessários uma bacia e um lavatório para cada vinte pessoas, os sanitários devem ser divididos por sexo e no sanitário masculino 50% das bacias podem ser substituídas por mictórios. Considerando que as instalações sanitárias por pavimento totalizam dez vasos para mulheres e quinze vasos/mictórios para homens, esse cálculo atende ao 8° pavimento que possui a maior população: 215 pessoas.

(1) (2)

(1) Sanitário não reformado no 11º pavimento − 2003 (2) Sanitário reformado no 10º pavimento − 2003

Fonte: (1) e (2) Fotos da autora

(23)

Todas as instalações elétricas e de telecomunicações possuem uma área dedicada em cada pavimento: a sala de elétrica e o rack de telecom estão localizados nos núcleos perimetrais do pavimento tipo. Desses locais, as instalações são distribuídas entre as estações de trabalho e as salas através de eletrocalhas do forro.

Na área de eletricidade houve ampliações: uma nova subestação foi instalada para atender às necessiades especiais de suprimento de energia. Paralelamente, foram realizadas algumas ações para diminuir o consumo de energia no edifício. Uma delas e a mais importante foi o retrofit48das luminárias, existentes em todos os pavimentos (exceto em

áreas de recepção, lobby, sanitários, hall de elevadores sociais, auditório, restaurante e lanchonete), a cada dois módulos do forro, ou seja, a cada área de 1,25m x 2,50m há uma luminária instalada. O retrofit dessas luminárias consiste na substituição de alguns componentes e lâmpadas, mantendo o corpo principal e instalando novos acessórios, com o objetivo de refletir melhor a luz e oferecer maior luminosidade (o corpo foi revestido de alumínio, foram instaladas novas lâmpadas de 32W e novas aletas).

O sistema de ar-condicionado foi modernizado: as máquinas dos andares, a rede de distribuição e dutos de insuflamento foram substituídas. Entretanto se manteve o conceito original, onde cada pavimento é dividido em quatro zonas de resfriamento e todo o ambiente do escritório é atendido por um volume constante de ar.

Os elevadores não sofreram modificações até 2006; entretanto foi adotado um sistema para atendimento aos principais andares nos horários de pico.

FORRO E PISO

O forro original do edifício, estruturado em uma modulação de 1,25m x 1,25m, era removível e de lã de vidro, que aos poucos vem sendo substituído por um novo forro, com a mesma modulação e com placas de lã de rocha com acústica melhor.

Não há piso elevado em nenhuma área do edifício (exceto nas de data center, que precisam deste piso para ter espaço para passagem de instalações especiais de ar-condicionado, de elétrica e de telecomunicações para alimentar as máquinas e computadores), e todos os andares possuem piso acabado instalado diretamente na laje.

48

(24)

Nos escritórios estão instalados carpetes em placas, que, além de auxiliarem na acústica, podem ser facilmente retirados para manutenção, limpeza ou substituição.

O forro em placas de lã de rocha, o piso em placas e o mobiliário revestido em tecido são os principais aspectos que auxiliam na acústica dos escritórios.

SEGURANÇA

Com relação à segurança física do edifício, além de guaritas externas (posteriores à primeira ocupação), foi instalado um sistema de controle de acesso em todas as entradas do edifício, que somente é acionado com a passagem do crachá pessoal. Em alguns pavimentos ou áreas restritas esse sistema de controle de acesso também funciona.

Também para manter a segurança física do edifício, alguns jardins com grades e muros foram instalados nos acessos principais. Esta alteração fez com que as grandes áreas de passagem e convivência ao ar livre se tornassem semipúblicas ou com acesso totalmente restrito aos usuários do edifício.

(1) (2)

Entrada pela avenida 23 de Maio (1) Espaço era aberto ao público − 1999 (2) Espaço fechado com muro e gradil − 2002

(25)

manobristas levam os carros para estacionamentos vizinhos. Executivos possuem vagas demarcadas no terreno da IBM.

FACHADA

A fachada do edifício foi reformada com o objetivo de recuperar o concreto aparente e de eliminar infiltrações decorrentes do ressecamento das gaxetas, que não vedavam mais as esquadrias e permitiam a entrada de água nos ambientes internos. A situação era ainda pior nos pavimentos inferiores, correspondentes à fachada inclinada, onde, além das infiltrações, os vidros laminados estavam em péssimas condições: alguns estavam descolando (perdendo a laminação), outros trincados e todos tinham dificuldade de reposição. Para substituir as gaxetas, era necessário tirar os vidros e parte das esquadrias que não podiam ser repostas. Adicionalmente havia infiltrações diversas nas áreas do subsolo, oriundas das plazas de acesso ao edifício.

O resultado foi um projeto que incluía: a substituição parcial das esquadrias de alumínio por um novo sistema de vedação em silicon glazing, a instalação de novas persianas, a substituição total dos vidros das fachadas e a substituição total dos pisos externos para a instalação de nova manta de impermeabilização.

(1) (2)

Perspectiva da fachada principal da rua Tutóia com a fachada lateral da avenida 23 de Maio (1) Antes da reforma − 1998 (2) Depois da reforma − 2005

Fonte: (1) e (2) Fotos da autora

(26)

diminuísse bastante em relação aos vidros anteriores. Essa característica também permite que o ar-condicionado dos ambientes internos trabalhe melhor, proporcionando uma temperatura mais agradável e mais bem controlada.

A substituição dos vidros, a recuperação do concreto aparente e os novos pisos externos, além de modernizar as instalações da sede da empresa, revitalizaram a sua imagem através da renovação de um marco arquitetônico moderno brutalista da cidade de São Paulo.

(1) (2)

(1) Detalhe da fachada de concreto reformada− 2005 (2) Detalhe da fachada de vidro reformada − 2005

Fonte: (1) e (2) Fotos da autora

ACESSIBILIDADE

Na área de acessibilidade o edifício também foi adaptado. Durante cada reforma interna foram adapatados as circulações entre estações de trabalho e salas para passagem de cadeirantes; os sanitários foram reformados de acordo com a NBR9050, assim como as alturas das bancadas nas recepções, a área do restaurante e da lanchonete; toda sinalização interna recebeu placas em braille; a altura de corrimãos de escadas e rampas foi adaptada; o auditório foi projetado para receber pessoas com qualquer tipo de necessidade especial; foram demarcadas no subsolo vagas para deficientes físicos etc.

(27)

(1) (2) (1) Sanitário adaptado para pessoa portadora de necessidade especial − 2001 (2) Detalhe do piso podotátil instalado nas áreas externas − 2005

Fonte: (1) e (2) Fotos da autora

(3) (4)

(3) Escada de acesso ao estacionamento adaptada − 2005 (4) Nova rampa externa − 2002

Fonte: (3) e (4) Fotos da autora

(28)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

“Acreditamos que para exprimir nosso pensamento sobre a Arquitetura, a melhor maneira é fazendo arquitetura.” (Gian Carlo Gasperini, in GASPERINI, 1997, p.3)

Observamos um pouco a história dos edifícios de escritórios, com foco nos edifícios destinados a serem sede de uma corporação ou integralmente ocupados por uma única empresa. Essas organizações investem pesadamente em suas construções e, entre outros objetivos, pretendem destacar sua imagem através de seu patrimônio. Vimos que a arquitetura de edifícios de escritórios corporativos é bastante dinâmica e geradora de novas tendências, que os espaços de escritórios são mutantes e vêm se transformando principalmente em função de novas tecnologias e de novas necessidades empresariais.

Ainda no início do século XX alguns profissionais começaram a se preocupar com a distribuição espacial dos trabalhadores e com os conceitos organizacionais das empresas. O taylorismo, com toda sua rigidez, burocracia, hierarquia e autoritarismo, se tornou o principal conceito que norteou a organização do trabalho durante quase meio século. Um pouco antes de meados do século, cada vez mais os espaços internos dos edifícios de escritórios passaram a receber maior atenção por parte dos profissionais que o projetavam, e surgiram os conceitos de escritórios panorâmicos e de open office, caracterizados por ambientes de trabalho únicos e abertos.

(29)

Em São Paulo, os edifícios de escritórios do início do século XX eram de uso misto (comercial e residencial), e suas plantas eram divididas em salas para receber diversas empresas ou departamentos de uma única empresa. Quando começaram a surgir os primeiros edifícios corporativos, com plantas abertas e ocupação única, seus conceitos organizacionais implantados foram influenciadas por empresas estrangeiras que começaram a se instalar na cidade. Dessa forma foram incorporados à cultura organizacional brasileira diversos conceitos importados dos Estados Unidos e da Europa.

Até 1950 os edifícios do centro da cidade possuíam plantas sem flexibilidade, com muitas interferências estruturais, e sua ocupação era bastante hierarquizada, seguindo ainda um modelo burocrático de organização. Nessa mesma época, nos Estados Unidos e na Europa já se iniciava a utilização de escritórios panorâmicos e construíam-se edifícios mais eficientes, com elementos estruturais modulares, plantas livres etc., como foi o caso do edifício Seagram (1954) em Nova York.

Em meados do século XX, na avenida Paulista foram instalados os primeiros edifícios de escritórios modernos de São Paulo, com plantas simétricas e retangulares, nos quais alguns arquitetos se preocupavam com as características organizacionais da empresa que iria ocupá-los, como foi o caso da torre da Fiesp-Ciesp-Sesi (1969). Entretanto, a organização interna dos escritórios brasileiros até a década de 1970 ainda privilegiava a hierarquia organizacional, muito típica do taylorismo.

A década de 1970 foi bastante próspera para o surgimento de edifícios de escritórios corporativos no país, impulsionado pelo investimento de empresas nacionais e multinacionais. Foi uma época de grande desenvolvimento das técnicas construtivas, de intensificação dos setores econômicos que rodeavam as construções de escritórios e quando foi introduzido o escritório panorâmico no Brasil, que passou a seguir principalmente o modelo dos escritórios norte-americanos, espelhado nas sedes das multinacionais que se instalaram no país, entre elas a IBM.

(30)

Até a última década do século XX, a forma de utilização desses edifícios corporativos foi se transformando advindo de novas tecnologias construtivas, características arquitetônicas, tecnologia de informação, infra-estrutura predial etc. Essa década priorizou no mundo e no Brasil a contenção econômica através da otimização do uso do espaço, da qualidade dos produtos e dos serviços da empresa através do maior apuro das áreas de trabalho e da consolidação de imagens corporativas por meio da adoção de padrões estéticos-funcionais coerentes com a empresa.

A década de 1990 também apresentou fortes mudanças para a sociedade brasileira, e o planejamento ou a remodelação dos ambientes internos dos edifícios-sede, era essencial para a sobrevivência das empresas. Através da importação de padrões, ou da execução de testes no ambiente de trabalho, ou ainda das mudanças na cultura organizacional surgiram novos padrões de espaço e conceitos de ocupação (e ainda continuam surgindo), auxiliando na flexibilidade, simplificação e redução de custos das instalações. Dos dezessete imóveis que a IBM foi proprietária, no ano de 2000, restaram treze escritórios instalados em espaços alugados e três edifícios próprios; todos mais modernos ou em processo de modernização.

Na virada do século XX para o XXI, herdamos do estilo moderno a produção em massa e a possibilidade de escolha de acabamentos e itens que compõem o escritório, entre tantas outras excessivamente expostas pela publicidade. A diferença é que hoje em dia a tecnologia na fabricação desses produtos teve um grande avanço, assim como a diversidade de escolhas. Podemos dizer que com a competição global capitalista e com a crescente velocidade da circulação de idéias, as linguagens transformaram-se em modismos de curta duração, e a procura por novas imagens e novos produtos é bastante desejada.

Verificamos que o ambiente de trabalho neste século precisa ter:

1. flexibilidade para adaptar-se às rápidas mudanças tecnológicas e organizacionais;

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6. ser organizado e funcional;

7. e proporcionar integração dos ambientes e comunicação entre os departamentos.

A cultura organizacional passa a ser marcante e definidora de características do espaço de trabalho; e esses aspectos, unidos a uma arquitetura diferenciada, demonstram qual o perfil de cada empresa. De acordo com a seção de Chicago do AIA, a fim de executar projetos de qualidade, com base na relação entre profissionais e clientes na área de arquitetura corporativa deve haver a noção de que é preciso primeiro se concentrar na missão da empresa e depois definir a concepção e espaços do projeto.

“O AIA destaca também a importância de envolver o maior número de pessoas da empresa cliente no projeto, fazendo dele um exercício de flexibilidade e criatividade. Ao arquiteto cabe refinamento da proposta, para que as necessidades funcionais do cliente recebam uma adequada e elevada solução estética.”

(OFFICE, 2001, nº 63, p.35)

A história da IBM se confunde com a história da tecnologia tanto no mundo quanto no Brasil. Após participar ativamente da trajetória de invenção e aperfeiçoamento do computador, de fabricar máquinas de alta tecnologia (servidores de dados, computadores pessoais tipo desktops ou laptops etc.), produzir e distribuir novos softwares, hoje a empresa está voltada para a prestação de serviços na área de tecnologia da informação, principalmente no Brasil. Assim, os espaços ocupados por ela são somente de escritórios (não há mais fábricas ou áreas de manufatura), e são nesses ambientes que a empresa funciona. Não é de admirar que a cultura organizacional da IBM se preocupe tanto com os ambientes de trabalho de seus profissionais.

O desenvolvimento e o sucesso da IBM e do setor de tecnologia de informação no Brasil contribuíram para a manutenção de sua sede no mesmo edifício até hoje. Entretanto, este trabalho demonstrou que a renovação total dos ambientes dos escritórios do IBM Tutóia só foi possível porque na década de 1970 sua arquitetura foi pensada para permitir que adaptações fossem feitas ao longo dos anos, e constatamos isso ao observar que as principais características arquitetônicas do edifício foram mantidas.

(32)

mobiliários, nova infra-estrutura, novos espaços etc. Toda essa reestruturação interna veio acompanhada de uma nova mentalidade empresarial, menos hierarquizada e burocrática.

Para aumentar a densidade dos escritórios, houve a necesidade de implantação da ocupação compartilhada em alguns ambientes e de espaços de suporte.

O espaço compartilhado caracteriza-se pela implantação de ambientes com estações de trabalho “sem dono”, ou seja, cada estação poderá ser ocupada por vários funcionários em um mesmo dia. No IBM Tutóia a geração desse tipo de ambiente foi possível devido a implantação de dois conceitos de ocupação: o call center e o mobility. O call center veio atender a uma nova necessidade de negócio da empresa, o telemarketing, que precisava de espaços com características específicas para execução dessa função e que seguem normas e padrões do mercado. O mobility foi gerado dentro da empresa para atender os funcionários que exercem funções de vendas ou de consultoria, as quais exigem que o profissional trabalhe grande parte do tempo fora da empresa, como por exemplo em reuniões nos ambientes dos clientes. Para serem bem aceitos entre os funcionários que o utilizam o espaço compartilhado, a empresa investiu em tecnologia e planejamento. Por exemplo, para o mobility foi criado um software para agendamento das estações de trabalho e estabelecidas regras espaciais e de utilização.

Consequentemente, surgiu a necessidade de novos espaços de suporte para atender a alta densidade, que caracterizam-se principalmente por ambientes de uso comum, onde podem ser exercidas funções que anteriormente eram executadas em ambientes particulares. No IBM Tutóia por exemplo, surgiram dois centros de salas de reuniões para uso coletivo, em consequência da eliminação de salas de reuniões individuais. Em razão da grande quantidade de funcionários que passaram a ocupar o espaço mobility, foram criadas áreas de armazenamento de uso comum e dedicadas ao mobility. A diminuição do espaço de trabalho individual e o aumento da densidade foram possíveis devido ao grande investimento em infra-estrutura, serviços de suporte centralizadas e aumento das áreas de convívio social.

(33)

A dinâmica do mercado imobiliário de escritórios e das atividades das próprias empresas, aliada aos novos parâmetros da economia globalizada e do desenvolvimento da informática, está impulsionando o surgimento de um novo desenho de escritórios. Os espaços compartilhados compõem o conceito mais importante e, depois de implantados, o resultado imediato é o aumento da densidade de funcionários por andar, a otimização dos custos e a melhoria de sua eficiência.

A IBM investe em alguns testes de ocupação pilotos, realizados nos escritórios brasileiros e/ou outros trazidos dos escritórios estrangeiros da empresa. Seu objetivo é de continuar desenvolvendo soluções para ter escritórios contemporâneos ao longo dos próximos anos. Se essas novas formas de ocupação não forem bem-sucedidas no IBM Tutóia, crescerá o desafio dos responsáveis pelas construções e manutenção dos escritórios da IBM no Brasil: prover novos espaços que atendam ao crescimento da empresa, com rapidez, qualidade, funcionalidade, flexibilidade, comunicação, integração e baixos custos. Como o escritório é um recurso importante para as empresas alcançarem seus objetivos estratégicos, esses novos espaços devem ser construídos ou modificados com a mesma velocidade que a tecnologia e os negócios da empresa avançam.

Com o crescimento da empresa em São Paulo, as novas necessidades de espaços de escritórios já ultrapassam os limites físicos do IBM Tutóia, como vimos com a incorporação dos novos escritórios da IBM Água Branca. É um novo caminho, contrário aos já traçados pela empresa, quando ela possuía nove instalações de escritórios na cidade e decidiu construir um edifício-sede para abrigar todas as instalações e o possível crescimento. Trinta anos depois, mesmo após diversas fases de mudanças, os escritórios do IBM Tutóia não comportam mais a expansão da empresa.

Os novos escritórios são densos, principalmente porque precisam ter instalações mais baratas que as anteriores e proporcionar integração e comunicação entre os seus ocupantes; os ambientes devem ser flexíveis e facilmente adaptáveis às mudanças estruturais; e todo o projeto deve estar de acordo com a legislação vigente, considerar aspectos funcionais, ergonômicos, estéticos e de conforto.

(34)

Nos Estados Unidos a IBM adotou um sistema de utilização de carrinhos para guardar os pertences dos funcionários que utilizam o conceito de mobility, e esses carrinhos ficam armazenados numa sala (como se fosse uma garagem) com compartimentos com dimensões bem menores que os armários existentes hoje.

Ao observarmos os layouts nos demais espaços do edifício, fica evidenciado que a empresa possui um padrão uniforme de ocupação. Há poucos padrões de estações de trabalho, entretanto mais de 80% da população, independente do andar, função ou departamento, ocupa o mesmo tipo de estação de trabalho, com as mesmas dimensões e características semelhantes. Ao analisarmos, para exemplificar melhor, as estações de trabalho das secretárias (que realizam uma função bastante específica de recepção e secretariado), percebemos que elas são idênticas às estações dos funcionários com funções administrativa, financeira ou do departamento de Recursos Humanos. O maior objetivo desta padronização uniforme de espaços está na cultura organizacional, que visa privilegiar a coletividade, o pragmatismo e a redução da antiga e visível hierarquia funcional. A conseqüência é a redução de custos das instalações, melhor organização do espaço físico, facilidade de realização de mudanças de layout e auxílio na definição do partido do projeto.

A utilização e disseminação do microcomputador como instrumento comum a todos os profissionais que exercem as mais diversas atividades no ambiente de trabalho, pode sem dúvida, ser considerado o grande responsável por essa uniformidade e padronização de ocupação nos escritórios. O seu uso aliado a novas tecnologias como a rede wireless, e aos softwares atuais, facilitam e padronizam o ambiente de trabalho de diferentes funções e hierarquias. Assim, é possível que o funcionário administrativo utilize o mesmo modelo de

laptop que o seu gerente, e qualquer um deles pode trabalhar em um espaço compartilhado, dentro de uma sala de reunião, em casa, no hotel enfim, de qualquer lugar. A IBM, por ser uma empresa de tecnologia de informação e por seus funcionários terem acesso às mais recentes tecnologias, possui escritórios onde essa característica uniforme de utilização de uma mesma ferramenta de trabalho é extremamente visível.

(35)

Através da análise de uma grande obra da arquitetura moderna brutalista paulista, podemos concluir como é importante o investimento financeiro e intelectual em um edifício bem projetado, para se estabelecer não só um modelo de escritórios dentro da empresa, mas também ser um exemplo para outras empresas e profissionais do ramo. Uma boa arquitetura transcende ao tempo, mesmo que seu uso e seus espaços internos precisem ser renovados ao surgirem novas necessidades organizacionais, humanas ou tecnológicas. Mesmo assim, teremos que preservá-la, restaurá-la, pois somente através desta arquitetura é que poderemos contar nossa história no futuro.

O arquiteto é o profissional mais bem preparado para determinar os tipos de espaços construídos e é ele quem poderá dizer qual a melhor maneira para se planejar um escritório. E isso é somente possível estudando as formas e as proporções dos itens dentro de um espaço de escritórios e transmitindo para este espaço as intenções do usuário e de seus gestores. Cabe também ao arquiteto identificar o papel dos grandes capitais e dos agentes sociais no processo da construção dos edifícios corporativos.

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Revista PROJETO DESIGN, n° 262, dezembro de 2001. p . 35. Artigo: Rino Levi, Cem Anos.

Revista PROJETO DESIGN, n° 269, julho de 2002. p. 4 6-54. Artigo: SOM, Sede de Banco, São Paulo.

Revista PROJETO DESIGN, n° 283, setembro de 2003. p . 61-67. Artigo: Centro Empresarial Itaúsa: Soluções com Novos Revestimentos Marcam Projeto.

Revista PROJETO DESIGN, n° 286, dezembro de 2003. p . 42-47. Artigo: Edo Rocha Espaços Corporativos, Edifício Administrativo.

Revista TIME, Volume 168, n° 3, 17 de julho de 2006 . p. 42-44. Artigo: Business - Redrawing the Cube.

Revista URBS, n° 30, 2003. p. 47-49. Artigo: O Mirante de São Paulo.

Revista VEJA, edição 1911, ano 38, n° 26, 29 de jun ho de 2005.

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INTERNET

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(44)

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www.lloyds.com

www.piratininga.org

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www.steelcase.com.br

www.vivaocentro.org.br/images/bancodados/centrosp

ARQUIVOS

IBM - Arquivo de plantas e desenhos sobre o edifício IBM Tutóia.

CBRE - Arquivo de da Empresa CBRE Richard Ellis.

ESCRIBA - Arquivo da empresa moveleira Escriba.

A&G - Arquivo dos escritórios Aflalo & Gasperini Arquitetos Ltda.

(45)

ANEXO: ENTREVISTA COM GIAN CARLO GASPERINI

Entrevista concedida à autora em 26 de outubro de 2006; no escritório Aflalo & Gasperini Arquitetos Associados.

Gian Carlo Gasperini: O exemplo da IBM é muito típico para os prédios, da mudança que houve entre aquilo que eram chamados os prédios modernos, até uma certa época, e os mais contemporâneos a partir desse mesmo momento, porque quem fez essa grande mudança foram justamente os computadores. E quando nós fizemos o prédio da IBM naquela época, por que o prédio foi feito em forma de torre e depois alargando em baixo? Porque o espaço reservado para o computador no embasamento do prédio era muito grande. Depois os computadores foram encolhendo, encolhendo, encolhendo...e aquele espaço começou a sobrar. Aí gerou uma série de modificações internas de layout etc. Mas o ponto importante, historicamente falando, foi justamente esse, quer dizer, a partir do momento em que houve uma grande evolução da tecnologia (...) etc.. é que se procedeu a toda uma modificação interna de layout, de acordo com a necessidade. Essa é uma tese belíssima que você pode defender, um exemplo claríssimo de atualidade.

Alessandra Horschutz: Como o senhor foi contratado pela IBM e como foi essa contratação?

GCG: Foi chamada uma firma direta, houve a contratação de uma empresa que se dispôs a construir para a IBM... São Paulo, Recife, Fortaleza, Belo Horizonte, ou seja, eram três ou quatro prédios dentro de um pacote único que a empresa se dispôs a construir e a alocar o prédio. Não sei bem qual foi o arranjo técnico e econômico nessa história. Sei que foi um período muito duro, muito difícil, porque pegou uma inflação violenta, paralisaram algumas obras, houve reajuste, vários com relação à redução das obras daqui da Tutóia. Tinha, agora preciso me lembrar quem era... um cidadão americano (...) que se aproveitou de todas as ligações com os Estados Unidos para impor aqui esse tipo de contrato, um contrato completamente estranho. Agora, não sei como é que acabou a história, só sei que a certa altura rescindiram o contrato de construção com ele e houve uma outra empreitada que terminou a obra.

AH: E qual era o escopo de vocês?

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houve essa confusão com o projeto de arquitetura – que agora não sei te dizer direito como é que foi –, a IBM nos chamou para completar o projeto, porque não podia construir em cima de um projeto que não tinha condições técnicas de serem executadas e com todos os parâmetros que a IBM queria que fossem respeitados. Certas exigências disso e daquilo etc., inclusive layouts. Então, houve várias hipóteses de layout de acordo com as possibilidades nos espaços disponíveis que geraram a definição do projeto final. Eu quero descobrir onde é que estão esses dados desse projeto para ver as datas. Aí você pode ver qual foi a data de execução e os projetos que foram feitos naquele tempo. É uma pesquisa que eu gostaria de fazer, porque me interessa bastante essa transformação que houve. Mas eu não tenho acesso aos dados que você pode ter, todos esses dados administrativos, técnicos, de contrato, parte legal e tudo mais, entendeu? Mas o que eu posso fazer é pesquisar nos nossos arquivos o que nós temos de projetos executivos, e com certeza temos este projeto executivo, pelo menos eu acho que tem. Naquela época, era praxe: uma vez terminada a obra, os arquitetos entregarem todos os documentos para a empresa... Então é possível que a gente tenha cópias, cópias heliográficas, cópias simples, mas os originais têm que estar em algum lugar.

AH: Há um tempo os desenhos que a IBM possuía foram digitalizados, mas nem todos os desenhos desse projeto foram encontrados. Provavelmente alguns originais se perderam com o tempo e com as mudanças...

GCG: Se você descobrir, isso vai servir justamente para o teu trabalho de pesquisa; e se nós descobrirmos pelo menos onde estão algumas; eram cópias, não heliográficas, eram aquelas cópias transparentes.

AH: E como era a distribuição interna dos escritórios? Vocês chegaram a participar desse trabalho/escolha? Utilizavam-se postos de trabalho abertos? Esse conceito era utilizado naquela época?

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GCG: Foi, foi. Inovador. Nós sempre fomos acompanhando toda a evolução da arquitetura, e naquela época nós estávamos passando por um período de transformação também interna, na maneira de pensar. Nós éramos extremamente miesianos, toda nossa arquitetura era muito bem definida em termos miesianos: coluna, (...) coluna, isso, aquilo etc. quando fizemos a IBM. Por isso que aqueles croquis que você deve ter uma cópia mostram justamente qual era a evolução da tendência. O fato de ter feito isso assim nasceu justamente dessa necessidade, nós queríamos fazer o prédio com aquele embasamento, sabe? Era a supersolução da moda naquela época; parece que o Conjunto Nacional na avenida Paulista foi justamente um dos parâmetros mais significativos de evolução da arquitetura paulistana. Eu pessoalmente queria fugir daquilo lá, queria fazer realmente uma coisa um pouco mais dinâmica... Numa viagem aos Estados Unidos, se não me engano foi em San Francisco, tinha um prédio com um pouco dessa estrutura assim...

AH: Esse projeto de San Francisco é anterior à IBM?

Referências

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