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Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

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Acórdãos STA Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Processo: 0806/10

Data do Acordão: 16-12-2010

Tribunal: 2 SECÇÃO

Relator: ANTÓNIO CALHAU

Descritores: EXECUÇÃO FISCAL

PLURALIDADE DE EXECUÇÕES SOBRE OS MESMOS BENS BENS PENHORÁVEIS

SUSTAÇÃO DA EXECUÇÃO INCONSTITUCIONALIDADE

Sumário: I - Por força do que dispõe o n.º 3 do artigo 218.º do

CPPT, nos casos em que são penhorados bens apreendidos por outro tribunal, a execução fiscal não é sustada, ao contrário do que sucede nas execuções comuns, em que, nos termos do artigo 871.º do CPC, pendendo mais de uma execução sobre os mesmos bens, é sustada, quanto a estes, aquela em que a penhora tenha sido posterior.

II - O artigo 218.º, n.º 3 do CPPT ao estabelecer um

regime diferente para as execuções fiscais, tendo em conta os interesses públicos que estão subjacentes à aplicação do processo de execução fiscal, que reclamam um processo executivo mais célere que o comum, não viola qualquer princípio constitucional.

Nº Convencional: JSTA000P12461 Nº do Documento: SA2201012160806

Recorrente: A...

Recorrido 1: FAZENDA PÚBLICA

Votação: UNANIMIDADE

Texto Integral: Acordam, em conferência, na Secção de Contencioso Tributário do Supremo Tribunal Administrativo:

I - A A…, CRL, com os sinais dos autos, não se conformando com a decisão do Mmo. Juiz do TAF de Viseu que lhe indeferiu o pedido de arguição de nulidade de todos os actos posteriores à penhora do imóvel,

incluindo a venda, adjudicação e deferimento da remição, realizada no âmbito do processo de execução fiscal n.º 2739200701006100, dela vem interpor recurso para este Tribunal, formulando as seguintes conclusões:

1.ª- Sobre o prédio em apreço nos autos existia penhora registada à ordem deste processo em 19/03/2009.

2.ª- A anteceder esta penhora existiam outras,

designadamente, a registada a favor da Fazenda Nacional

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em 03/06/2005; a registada a favor da B…, Lda., em 05/12/2005; a registada a favor da C…, Lda., em 19/07/2006, sendo que a registada a favor da ora recorrente data de 23/12/2009.

3.ª- Sustada, nos termos do art.º 871.º do CPC, a execução quanto àquele bem imóvel no proc.º n.º 103/06.8TBVZL, intentado pela recorrente, em virtude de existirem

penhoras com registo anterior, esta veio reclamar os seus créditos na execução com registo averbado em primeiro lugar, à ordem da Fazenda Nacional (de 03/06/2005).

4.ª- Obtida a informação de que aquela execução fiscal se extinguiu, a recorrente foi reclamar o seu crédito no processo de execução 193/05.0TBFAG-A, com penhora subsequente de 5/12/2005.

5.ª- O imóvel, porém, acabou por vir a ser vendido a 10/02/2010, à ordem dos presentes autos de execução fiscal, cuja penhora fora registada apenas em 19/03/2009, tendo assim duas outras a anteceder-lhe, ou seja, a da B…, Lda., e a da C…, Lda..

6.ª- Considerando aquela factualidade, e porque fora violado o disposto no art.º 871.º do CPCivil, a recorrente arguiu a nulidade de todos os actos posteriores à penhora do imóvel, incluindo a venda, adjudicação e deferimento da remição, e requereu que aqueles actos fossem

considerados sem qualquer efeito, determinando-se a sua nulidade.

7.ª- A sustação da execução nos termos do n.º 1 do art.º 871.º do CPC deve ser ordenada pelo juiz logo que se apercebe, ainda que tardiamente – mesmo que já tenha sido ordenado o cumprimento do disposto no art.º 864.º do citado diploma, a até à notificação das partes para se

pronunciarem sobre a modalidade de venda – que estão reunidos os respectivos pressupostos (ac. do STJ de 26/02/2004: CJ/STJ, 2004, 1.º - 82 e Prov.

03B3134.dgsi.net).

8.ª- A dependência de mais de uma execução a que se reporta o art.º 871.º do CPC tem subjacente razões de certeza jurídica e de protecção tanto do devedor/executado como dos credores/exequentes, exigindo-se com essa disposição situações de dinâmica processual efectiva e normal.

A regra é, pois, a de que, proferido o despacho a que alude o art.º 871.º do CPC, o credor reclame o seu crédito na execução que detenha penhora registada sobre o bem (ou bens) imóvel, registada em primeiro lugar na

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Conservatória respectiva, por forma a ali poder garantir (se o valor do bem for suficiente) o seu crédito pelo produto da venda do bem e isto quer se trata de execução comum, quer se trate de execução fiscal.

9.ª- A análise do art.º 871.º do CPCivil permite precisar que a lei não quer que em processos diferentes se opere a adjudicação ou a venda dos mesmos bens; a liquidação tem de ser única e há-de fazer-se no processo em que os bens foram penhorados em primeiro lugar (A. dos Reis, Processo de Execução, vol. III, reimp., pág. 287), sendo que é indiferente para efeitos de sustação da execução, prevista no art.º 871.º, n.º 1 do CPCivil, a natureza fiscal ou comum do processo em que a penhora seja mais antiga – Ac. RE de 16/06/1998: BMJ, 478.º-469; e, em caso de pluralidade de execuções sobre os mesmos bens, a circunstância de terem natureza (cível, fiscal ou de outro tipo) e trâmites diversos não obsta à aplicação do art.º 871.º do CPCivil; é que a lei visa impedir a adjudicação ou a venda dos mesmos bens em processos diferentes,

impondo uma única liquidação – Ac. RL de 18/06/1998:

BMJ, 478.º-447; Ac. RE de 04/02/1999: BMJ, 484.º-449.

10.ª- Outro entendimento obrigaria o credor a reclamar o seu crédito quer na penhora (não fiscal) registada em 1.º lugar, quer na penhora fiscal registada posteriormente, posto que o credor/reclamante ficaria sempre na incerteza se o bem em questão era vendido à ordem de um, ou de outro dos processos, em primeiro lugar, já que a penhora em execução fiscal posterior a uma outra em execução comum não impede a venda nesta.

11.ª- O exercício de um direito deve situar-se dentro dos limites impostos pelas regras de boa fé, dos bons costumes e da conformidade com o fim social ou económico para que a lei conferiu esse direito (art.º 334.º do CCivil); o abuso do direito, pressupondo logicamente a existência de um direito subjectivo ou de um poder legal, cujo titular se excede no seu exercício, consiste justamente na utilização do poder contido na estrutura do direito para a

prossecução de um interesse que exorbita do fim próprio do direito ou do contexto em que deve ser executado.

12.ª- No caso dos autos foram claramente violados os princípios da boa fé, da equidade e da confiança jurídica, incorrendo a decisão revidenda em claro abuso de direito, até porque a suscitada nulidade e o requerido nesse âmbito está sobejamente documentado e comprovado nos autos, sendo sustentada em factos e princípios inderrogáveis de

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direito que aquela decisão de indeferimento liminar claramente viola.

13.ª- A decisão de indeferimento liminar está ferida de inconstitucionalidade, como ferido de

inconstitucionalidade está o disposto no art.º 218.º, n.º 3 do CPPT, porque contende com princípios estruturais e fundamentais da Constituição da República Portuguesa, nomeadamente em termos dos direitos do homem e do cidadão, da equidade e igualdade estatuída naquele diploma legal, o que determina que, por força daquela decisão, e da aplicação do art.º 218.º, n.º 3 do CPPT, resulta violado o disposto nos art.ºs 12.º, n.º 2; 13.º, n.º 1;

18.º, n.ºs 1 a 3; 20.º, n.ºs 4 e 5; 22.º, 202.º, n.º 2; 203.º e 204.º, todos da Lei Fundamental (Constituição da República Portuguesa).

Não foram apresentadas contra-alegações.

O Exmo. Magistrado do MP junto deste Tribunal emite parecer no sentido de que o recurso não merece

provimento, devendo ser confirmado o julgado recorrido.

Colhidos os vistos legais, cumpre decidir.

II – É do seguinte teor o despacho recorrido:

«Apreciação liminar:

Veio a A…, CRL, no dia 17-02-2010, alegar a nulidade da venda realizada no dia 10-02-2010, nos autos de execução fiscal n.º 2739200701006100, isto porque a referida

execução, face à penhora a favor de “B…, LDA., com registo anterior, nunca poderia prosseguir sobre o

identificado imóvel, impondo-se a sua sustação nos termos do artigo 871.º do Código de Processo Civil, devendo, se fosse o caso, a Fazenda Nacional reclamar os seus créditos naqueles autos de execução n.º 193/05.0TBFAG-A da Secção Única do Tribunal Judicial de Fornos de Algodres.

O órgão de execução fiscal pronunciando-se sobre a alegada nulidade manteve a decisão de venda e alertou para a norma do artigo 218.º, n.º 3, excluindo, no que respeita às execuções fiscais, a aplicação do artigo 871.º do Código de Processo Civil. Para o efeito citou também doutrina e aludiu a acórdãos do STA.

A fls. 107, e, 2010-03-18 foi proferido o seguinte despacho:

“Dê conhecimento à requerente do despacho de fls. 91 e 92, esclarecendo-a de que, face ao aí referido, que constitui enquadramento legal que subscrevemos, bem como aos fundamentos invocados na petição inicial e o estipulado no artigo 257.º do Código de Procedimento e

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de Processo Tributário se perspectiva uma apreciação liminar de indeferimento do pedido”.

Reagiu a requerente defendendo a inconstitucionalidade do n.º 3 do artigo 218.º do CPPT.

Face ao que veio de dizer-se o que aqui cumpre decidir é o de saber se se aplica neste processo o disposto no art.º 871.º do CPC ou se o regime a aplicar é o da “prevalência da execução fiscal” resultante do art.º 218.º, n.º 3 do Código de Procedimento e de Processo Tributário.

Estando em causa a interpretação/aplicação dos preceitos acabados de referir, vejamos as normas:

Art.º 871.º do CPC

(Pluralidade de execuções sobre os mesmos bens)

Pendendo mais de uma execução sobre os mesmos bens, é sustada, quanto a estes, aquela em que a penhora tenha sido posterior, mediante informação do agente de execução, a fornecer ao juiz nos dez dias imediatos à realização da segunda penhora ou ao conhecimento da penhora anterior, ou, a todo o tempo, a requerimento do exequente, do executado ou de credor citado para reclamar o seu crédito.

Art.º 218, n.º 3 do CPPT

(Levantamento da penhora. Bens penhoráveis em execução fiscal)

Podem ser penhorados pelo órgão de execução fiscal os bens apreendidos por qualquer tribunal, não sendo a execução, por esse motivo, sustada nem apensada.

A norma acabada de transcrever insere-se na subsecção II, cujo título é PENHORA e abrange os artigos 215.º até 236.º.

Analisando-a, conjugadamente com a primeira é inequívoco o regime especial nela previsto pois, ao contrário desta, não ocorre sustação ou apensação da execução instaurada em segundo lugar, neste caso a execução fiscal. Por outro lado, cumpre referir que as normas do CPC são de aplicação supletiva, ou seja, quando ocorrerem casos omissos, cfr. art.º 2.º, al. e) do CPPT. Neste particular não há omissão, há sim um regime próprio. A diferença de regimes explica-se pela

diversidade de realidades que a lei pretende acautelar com a execução comum e com a execução fiscal.

As únicas excepções que o anotador Jorge de Sousa indica para o regime previsto no n.º 3 do artigo 218.º são as apreensões ocorridas em processo-crime ou contra-

ordenacional. Mas estas são bem compreensíveis dadas a

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função probatória e outras e também o facto de tais processos serem regidos por direito público ao contrário das execuções movidas por particulares na jurisdição comum.

As apreensões ali referidas abrangem, fundamentalmente, as resultantes de penhoras. Na verdade, a penhora não é mais do que uma apreensão judicial, sendo os bens penhorados retirados da livre disposição e fruição por parte do executado ficando à disposição do órgão executivo.

O disposto no art.º 871.º do Código de Processo Civil, a única fundamentação da nulidade da venda, não é aplicável à execução fiscal pois esta rege-se, neste particular, pela norma prevista no n.º 3 do art.º 218.º do CPPT. Vejam-se, entre outros, os acórdãos do STA de 09- 04-2003 e 06-10-2005, respectivamente, nos recursos n.ºs 2029/02 e 417/05.

A norma vinda de referir não vislumbramos que padeça de inconstitucionalidade dado que a diferença relativamente ao regime geral não é arbitrária antes responde a

diversidade de realidades em presença. De um ponto de vista de “iure constituendo” sempre diremos que poderia cogitar-se uma uniformidade entre os regimes aplicáveis às execuções que correm nos tribunais comuns e as

execuções fiscais no que respeita à sustação das execuções com penhoras mais recentes pelo que, ponderando

vantagens e desvantagens da coexistência dos aludidos regimes podem as últimas ser superiores às primeiras.

Assim, sem necessidade de mais considerações, indefere- se liminarmente o pedido.

Custas pela requerente.

Viseu, 2010-04-30».

III – Vem o presente recurso interposto da decisão do Mmo. Juiz do TAF de Viseu que indeferiu a arguição de nulidade de todos os actos posteriores à penhora do imóvel, incluindo a venda, com o fundamento de que a norma do artigo 871.º do CPC não é aplicável à execução fiscal, a qual se rege pelo disposto no n.º 3 do artigo 218.º do CPPT que não padece de inconstitucionalidade.

Alega a recorrente que a sustação da execução, nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 871.º do CPC, que tem subjacente razões de certeza jurídica e de protecção tanto do devedor/executado como dos credores/exequentes, deve ser ordenada pelo juiz logo que se aperceba que estão reunidos os respectivos pressupostos.

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A decisão recorrida que afastou a aplicação de tal norma está, assim, ferida de inconstitucionalidade, no entender da recorrente, como ferido de inconstitucionalidade está o disposto no artigo 218.º, n.º 3 do CPPT, por violação de princípios estruturais e fundamentais da CRP,

designadamente dos princípios ínsitos nos seus artigos 12.º, n.º 2, 13.º, n.º 1, 18.º, n.ºs 1 a 3, 20.º, n.ºs 4 e 5, 22.º, 202.º, n.º 2, 203.º e 204.º.

Vejamos. A questão que constitui o objecto do presente recurso é, pois, a de se saber se se aplica ao processo de execução fiscal o artigo 871.º do CPC, o qual dispõe que pendendo mais de uma execução sobre os mesmos bens é sustada, quanto a estes, aquela em que a penhora tenha sido posterior, mediante informação do agente de execução, a fornecer ao juiz nos dez dias imediatos à realização da segunda penhora ou ao conhecimento da penhora anterior, ou, a todo o tempo, a requerimento do exequente, do executado ou de credor citado para reclamar o eu crédito.

Estabelece, porém, o n.º 3 do artigo 218.º do CPPT que podem ser penhorados pelo órgão da execução fiscal os bens apreendidos por qualquer tribunal, não sendo a execução, por esse motivo, sustada nem apensada.

Assim sendo, por força do que dispõe este normativo, e ao invés do que sucede nas execuções comuns em que, nos termos do artigo 871.º do CPC, pendendo mais de uma execução sobre os mesmos bens, é sustada, quanto a estes, aquela em que penhora tenha sido posterior, na execução fiscal, nos casos em que são penhorados bens apreendidos por qualquer tribunal, a execução fiscal não é sustada.

Aliás, como refere Jorge Lopes de Sousa, in CPPT comentado e anotado, volume II, pág. 444, o STA tem vindo a entender, uniformemente, já desde o tempo de vigência do CPCI e do CPT, cujos artigos 193.º, § único, e 300.º, n.º 2, respectivamente, são idênticos ao n.º 3 do artigo 218.º do CPPT, que os casos de suspensão da execução comum, designadamente o previsto no artigo 871.º do CPC, não se aplicam ao processo de execução fiscal – v., neste sentido, entre outros, os acórdãos de 6/10/05, 20/2/08 e de 30/4/08, proferidos nos recursos n.ºs 417/05, 975/07 e 248/08, respectivamente.

E compreende-se, segundo o autor citado, a razão da não sustação da execução fiscal nos termos do referido artigo 871.º do CPC, com o seu corolário que seria a reclamação na execução comum do crédito que é objecto da execução

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fiscal, ao abrigo do n.º 4 do artigo 240.º do CPPT (que corresponde ao n.º 3 do artigo 865.º do CPC), pois a aplicação de tal regime teria consequência a postergação dos interesses públicos que estão subjacentes à aplicação do processo de execução fiscal, que reclamam um

processo executivo mais célere do que o comum.

Nestas situações em que houver mais que uma penhora sobre os mesmos bens, o credor que obteve penhora na execução comum pode reclamar o seu crédito na execução fiscal, ao abrigo do citado n.º 4 do artigo 240.º do CPPT.

Por outro lado, também se não vislumbra como foram violados os princípios da boa fé, da equidade e da confiança jurídica e muito menos que a actuação da AT possa configurar qualquer abuso de direito.

Do mesmo modo, se não descortina inconstitucionalidade alguma na interpretação da norma aplicada na resolução do caso em apreço (n.º 3 do artigo 218.º do CPPT), designadamente por violação dos princípios da

universalidade, da igualdade, da proporcionalidade, da aplicação imediata dos preceitos constitucionais, da vinculação de todas as entidades públicas do acesso ao direito e da tutela jurisdicional efectiva, ínsitos nos artigos 12.º, 13.º, 18.º, 20.º e 22.º da CRP.

A propósito da violação do princípio da proporcionalidade emergente dos artigos 13.º e 18.º da CRP pela norma aqui em causa também já o STA se pronunciou, negativamente, no acórdão de 9/4/03, no recurso n.º 2029/02

De resto, nem a própria recorrente demonstra, ficando, como salienta o Exmo. PGA no seu parecer, pelo plano da remissão genérica para as normas constitucionais, em que termos é que a não aplicação do artigo 871.º do CPC contende, no caso sub judice, com os valores

constitucionais acolhidos nos referidos normativos da CRP.

Acresce dizer que a norma do n.º 3 do artigo 218.º do CPPT ao estabelecer um regime diferente para as execuções fiscais diferente do regime das execuções comuns não o faz de forma arbitrária mas antes tendo em conta a diversidade de realidades em presença que a lei pretende acautelar com o processo de execução fiscal, nomeadamente a defesa dos interesses públicos que estão subjacentes à aplicação deste processo.

E, assim sendo, naturalmente que improcede toda a argumentação da recorrente.

IV – Termos em que, face ao exposto, acordam os Juízes

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da Secção de Contencioso Tributário do STA em negar provimento ao recurso, confirmando-se, em consequência, a decisão recorrida.

Custas pela recorrente.

Lisboa, 16 de Dezembro de 2010. – António Calhau (relator) – Miranda de Pacheco – Pimenta do Vale.

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