• Nenhum resultado encontrado

Arranjos produtivos locais: a atuação dos atores e dos programas municipais

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Arranjos produtivos locais: a atuação dos atores e dos programas municipais"

Copied!
16
0
0

Texto

(1)

Arranj os Produt ivos Locais:

a at uação dos at ores e dos program as

m unicipais

Kilm e r Coe lh o Ca m pos

Dout or ando em Economi a Apl i cada pel a Uni ver si dade Feder al de Vi çosa Mest r e em Economi a Rur al pel a Uni ver si dade Feder al do Cear á ki l mer cc@bol . com. br

Fá t im a M a r ília An dr a de de Ca r va lh o

Pr of essor a do Depar t ament o de Economi a Apl i cada Uni ver si dade Feder al de Vi çosa f mac@uf v. br

1. Int rodução

Com as t r an sf or m ações est r u t u r ais ocor r idas, pr in cipalm en t e n a década d e 1 9 9 0 , a l g u m a s q u e st õ e s t i v e r a m f o r t e i m p a ct o n o co n t e x t o n a ci o n a l e in t er n acion al d as em p r esas, com o a cr ise d o p lan ej am en t o e d a in t er v en ção r egion al, a r eest r u t u r ação do m er cado, a m egam et r opolização, a globalização e aber t ur a econôm ica e a t ecnologia da infor m ação e t elecom unicações ( AMARAL FI LHO, 2 0 0 2 ) .

N o q u e t a n g e à c r i s e d o p l a n e j a m e n t o , c o n s t a t o u - s e q u e , c o m a d e s c e n t r a l i z a ç ã o d a s d e c i s õ e s e d o s i n v e s t i m e n t o s p e l a s a u t o r i d a d e s gov er nam ent ais, o poder local passou a t er m aior par t icipação nest es r ecur sos, o que ocasionou um m ov im ent o de v alor ização dos pequenos pr odut or es dest as r eg iões e seu con seq ü en t e d esen v olv im en t o local, lev an d o v ár ias em p r esas a se in st alar em n essas localidades por m eio de clu st er s ou dist r it os in du st r iais.

A econ om ia m u n d ial p assou p or su cessiv as t r an sf or m ações em d ir eção à int er nacionalização da pr odução e dos m er cados. O flux o de com ér cio m undial cr esceu m u it o r ap id am en t e, ex p an d in d o a p r od u ção m u n d ial e as econ om ias n a ci o n a i s t o r n a r a m - se m u i t o m a i s a b e r t a s. Assi m , a s f r o n t e i r a s n a ci o n a i s d ei x ar am d e ser o b st ácu l o s à m o b i l i d ad e d e b en s e ser v i ço s. Co m i sso , as em pr esas t iv er am qu e r edu zir cu st os e t or n ar - se alt am en t e f lex ív eis em su as decisões, ações e f or m as de pr odu zir ( NAKANO, 1 9 9 4 ) .

(2)

p r od u t os e ser v iços p ar a at en d er a d em an d a. Passou - se, con seq ü en t em en t e, a i n v e s t i r e m r e g i õ e s m a i s a f a s t a d a s d o s t e r r i t ó r i o s m e t r o p o l i t a n o s e d esen v olv id os. Alg u m as m icr or r eg iões t r an sf or m ar am - se em n ov as f on t es d e n eg ócios, p ois ap r esen t av am g r an d e car ên cia d e p r od u t os e ser v iços, o q u e con t r ib u iu p ar a o d esen v olv im en t o r eg ion al.

A con j u g ação d a t ecn olog ia d e in f or m ação e t elecom u n icações, com a r edução no cust o de t r anspor t es, m inim izar am o espaço, as possibilidades e os cu st os de t r an sm issão de in f or m ações, dan do u m gr an de im pu lso ao pr ocesso d e g lob alização d a econ om ia m u n d ial. As f r on t eir as n acion ais e as d ist ân cias ent r e as nações for am super adas pela conv er gência das capacidades t ecnológicas en t r e países desen v olv idos, pela ex pan são das em pr esas m u lt in acion ais e pelo desen v olv im en t o do m er cado in t er n acion al de capit ais ( NAKANO, 1 9 9 4 ) .

Na t ent at iv a de m udar ou super ar est as quest ões, passou- se a discut ir a id éia d e ag lom er ações d e em p r esas ou ar r an j os e sist em as p r od u t iv os locais de MPME ( m icr o, pequenas e m édias em pr esas) , buscando- se o apr ov eit am ent o de siner gias colet iv as or iginadas por suas int er ações e dest as com o am bient e on d e est ão sit u ad as. Ob j et iv am - se m aior d in am ism o t ecn ológ ico e p ot en ciais de desenv olv im ent o, v isando a r eduzir desequilíbr ios r egionais e m á dist r ibuição d e r en d a, n a t en t at iv a d e at r air g r an d es in v est im en t os p ú b licos e p r iv ad os, or igin ar opor t u n idades de em pr ego e r en da e con seqü en t em en t e, pr om ov er o desen v olv im en t o econ ôm ico local ( LASTRES et al, 2 0 0 2 ) .

N e s t e c o n t e x t o , a c a p r i n o - o v i n o c u l t u r a r e p r e s e n t a u m a a t i v i d a d e econôm ica ex plor ada em t odos os cont inent es, est ando pr esent e em ár eas que m o st r a m d i f er en ci a d a s ca r a ct er íst i ca s ed a f o cl i m á t i ca s. So m en t e em a l g u n s p aíses, p or ém , essa at iv id ad e d em on st r a ex p r essão econ ôm ica e con t a com av ançados m ecanism os t ecnológicos, sendo, na m aior ia dos casos, desenv olv ida d e f o r m a e m p ír i c a e e x t e n s i v a , a d o t a n d o b a i x o s n ív e i s d e t e c n o l o g i a e , con seq ü en t em en t e, b aix a p r od u t iv id ad e e r ed u zid a r en t ab ilid ad e ( NOGUEI RA FI LHO, 2 0 0 2 ) .

A capr in o- ov in ocu lt u r a, en t r et an t o, v em ocu pan do posição de dest aqu e en t r e as at iv idades desen v olv idas n o set or agr opecu ár io n as ú lt im as décadas, ex p er im en t an d o p ar t icip ação m ar can t e em t od os os set or es d a econ om ia. No se t o r p r i m á r i o , t e m - se a cr i a çã o d e ca p r i n o s e o v i n o s, e n q u a n t o n o se t o r secu n d ár i o o b ser v a- se a p r o d u ção d e car n e, l ei t e e p el es. Essas at i v i d ad es a b r a n g e m p r o d u t o s co m o ca r ca ça s, p r é - co zi d o s, e m b u t i d o s, l e i t e , q u e i j o , iogur t es, div er sos subpr odut os, w et - blues1, pr odut os acabados e m anufat ur ados.

Já no set or t er ciár io, t em - se a v enda de t odos os pr odut os no m er cado int er no e ex t er n o ( COUTO FI LHO, 2 0 0 2 ) .

Dian t e dest e cen ár io, a capr in o- ov in ocu lt u r a ex ibe- se com o u m n egócio pr om issor, h aj a v ist a a su a adapt abilidade às con dições locais, a possibilidade de ex plor ação por t odas as cat egor ias de pr odut or es, o cr escim ent o do m er cado

(3)

e o int er esse do em pr esar iado local pela at iv idade, com per spect iv as de inser ção com p et it iv a in t er n acion al ( BNB, 1 9 9 9 ) .

Com isso, sur ge a necessidade de r enov ação e desenv olv im ent o de nov as b ases p r od u t iv as, am p lian d o- se a com p et it iv id ad e sist êm ica e su st en t áv el d a est r ut ur a pr odut iv a br asileir a que pode ser t r abalhada por m eio da m obilização d e a r r a n j o s d e m i cr o e p e q u e n a s e m p r e sa s d i r e ci o n a d a s p a r a a t i v i d a d e s agr opecu ár ias. Daí a im por t ân cia de se av aliar o desem pen h o e a ar t icu lação das configur ações inst it ucionais, pois elas aux iliam pequenas e m édias em pr esas a u lt r apassar em con h ecidas bar r eir as ao cr escim en t o econ ôm ico, a pr odu zir em eficient em ent e e a com er cializar em pr odut os e ser v iços em m er cados dist ant es, qu er n acion ais ou in t er n acion ais ( LASTRES et al, 2 0 0 2 ) .

A at uação inst it ucional é m uit o im por t ant e na m edida em que as m icr o e p eq u en as em p r esas n ecessi t am , cad a v ez m ai s, d e p o l ít i cas q u e l ev em em consider ação aspect os com o a inov ação, int er ação, cooper ação e apr endizagem , p r op or cion an d o, assim , a in ser ção e o d esen v olv im en t o d essas em p r esas n o m er cad o com p et it iv o e g lob alizad o.

Est e t r ab alh o t em com o ob j et iv o con h ecer o n ív el d e p ar t icip ação d os at o r es l o cai s em p r o g r am as d e ap o i o a cap r i n o - o v i n o cu l t u r a; i d en t i f i car o s p r ocessos d e ap r en d izad o colet iv o d esen v olv id os en t r e os ag en t es d o ar r an j o p r o d u t i v o e an al i sar su as ex p er i ên ci as d e co o p er ação l o cal v o l t ad as p ar a a cap r i n o - o v i n o cu l t u r a.

2. Referencial Teórico

No Br a si l , a d o t a - se a t e r m i n o l o g i a a r r a n j o s p r o d u t i v o s l o ca i s, p a r a ag lom er ad os t er r it or iais d e ag en t es econ ôm icos, p olít icos e sociais, com f oco em um conj unt o específico de at iv idades econôm icas e que dem onst r am v ínculos e int er dependência. Há ainda a idéia de sist em as pr odut iv os e inov ador es locais, q u e r e p r e se n t a m a r r a n j o s p r o d u t i v o s cu j a i n t e r d e p e n d ê n ci a , a r t i cu l a çã o e v ín cu l o s co n si st e n t e s r e su l t a m e m i n t e r a çã o , co o p e r a çã o e a p r e n d i za g e m , p ossib ilit an d o in ov ações d e p r od u t os, p r ocessos e f or m at os or g an izacion ais, ocasion an do m aior com pet it iv idade em pr esar ial e capacit ação social ( LASTRES et al, 2002) .

Co n f o r m e A M A RA L FI LH O ( 2 0 0 2 ) , o s a r r a n j o s i n c l u e m e l e m e n t o s est r u t u r an t es com u n s, n o qu e diz r espeit o ao capit al social, r epr esen t ado pelo acú m u lo de com pr om issos sociais con st r u ídos pelas in t er ações sociais em u m a d et er m i n a d a l o ca l i d a d e; a est r a t ég i a co l et i v a d e o r g a n i za çã o d a p r o d u çã o , r ef let or a de decisões coor den adas en t r e pr odu t or es, sobr e qu em vai pr odu zir, o qu e e com o pr odu zir ; a est r at égia colet iv a de m er cado, ao r ef let ir decisões p ar a se at in g ir os m er cad os p ot en ciais; e a ar t icu lação p olít ico- in st it u cion al, con st it u in t e d o m ecan ism o p elo q u al o n ú cleo p r od u t iv o se r elacion a com as o r g a n i z a ç õ e s p ú b l i c a s e p r i v a d a s r e s p o n s á v e i s p e l a s p o l ít i c a s d e d esen v olv im en t o d as MPME.

(4)

se faz cr iar um a inst it ucionalidade das polít icas de MPME; t om ar algum as ações que t r agam infor m ação, capacit ação e sensibilização par a MPME; e cr iar polít icas de in ov ação par a MPME.

De acor do com o ex post o, um a inst it ucionalidade das polít icas de MPME pode ser in st it u ída com a in ser ção h ier ár qu ica polít ico- in st it u cion al do apar at o de apoio e supor t e às MPME, a análise do m odus oper andi das ações de polít icas, dos pr incipais obj et iv os per seguidos pelas polít icas e dos m ecanism os de polít icas a d o t a d o s.

Com r esp eit o à in ser ção in st it u cion al d as p olít icas d e ap oio às MPME, const at a- se um a clar a t endência ou int enção de elev ada inst it ucionalização das p olít icas d e p r om oção e f om en t o às MPME, d ev en d o- se d est acar, t am b ém , a ev olu ção dest a in ser ção in st it u cion al, u m a v ez qu e en t idades gov er n am en t ais r esponsáv eis pela elabor ação das polít icas ganhar am m aior espaço na est r ut ur a do Est ado na m edida em que se per cebeu o aum ent o da im por t ância das MPME.

Qu an t o à an ál i se d o m o d u s o p er an d i d as açõ es d e p o l ít i cas, n o t a- se u m a pr eocu pação básica em au m en t ar a ef iciên cia das polít icas de MPME por m e i o d a d e sce n t r a l i za çã o d a i m p l e m e n t a çã o d e ssa s p o l ít i ca s a o l o n g o d a s esf er as g o v er n am en t ai s.

Ab or d an d o se os p r in cip ais ob j et iv os p er seg u id os p elas p olít icas, t em -se o aspect o social das MPME, na ger ação de post os de t r abalho e r enda, e o aum ent o da com pet it iv idade com a inser ção das MPME na er a do conhecim ent o, t ant o do pont o de v ist a de alocação ( aum ent o da eficiência pr odut iv a no m anej o d o s r ecu r so s escasso s) , q u an t o so b o p r i sm a d a co m p et i t i v i d ad e au t ên t i ca, in cor p or an d o- se o p r og r am a t écn ico n as at iv id ad es d esen v olv id as.

D e n t r e a s p r i n c i p a i s a ç õ e s i m p l e m e n t a d a s p a r a u m a n o v a in st it u cion alid ad e d as p olít icas d e MPME, h á a d if u são d o em p r een d ed or ism o, d a n d o o p o r t u n i d a d e s p a r a o a p e r f e i ç o a m e n t o d a q u a l i f i c a ç ã o d e n o v o s e m p r e s á r i o s ; a e x p a n s ã o d a i n f r a - e s t r u t u r a l o c a l d a s e m p r e s a s , c o m par t icipação de incubador as, univ er sidades e inst it ut os de pesquisa; a dim inuição da bur ocr acia quant o às leis e r egulam ent os; e o apoio financeir o por int er m édio d e ca p i t a l d e r i sco , co o p e r a t i v a s d e cr é d i t o , m i cr o cr é d i t o , cl u st e r b a n k e g ar an t i as.

No que t ange a ações v olt adas par a se obt er infor m ação, capacit ação e sen sib ilização d as MPME, p od e- se sen sib ilizar e m ob ilizar seg m en t os sociais r e l e v a n t e s p a r a a i m p o r t â n ci a d e d e se n v o l v e r si st e m a s l o ca i s d e MPME; p r o m o v er o em p r een d ed o r i sm o e a ca p a ci t a çã o d e co n j u n t o s d e MPME em ar r anj os e sist em as pr odut iv os locais; capacit ar agent es locais de int er m ediação e s u p o r t e a s i s t e m a s l o c a i s d e M PM E; e p r o m o v e r u m a i n f r a - e s t r u t u r a i n st i t u ci o n a l v o l t a d a p a r a cr i a r co m p et ên ci a s n a g er a çã o , si st em a t i za çã o e d i f u são d e i n f o r m açõ es e co n h eci m en t o s r el ev an t es à at u ação em p r esar i al , bem com o às pr ópr ias agên cias de su por t e às MPME ( ALBAGLI , 2 0 0 2 ) .

(5)

d e i d é i a s e e x p e r i ê n ci a s, i n f o r m a çõ e s e co n h e ci m e n t o s so b r e t e cn o l o g i a s, pr át icas de or gan ização, m er cados, design de pr odu t os e m ar k et in g com er cial de pr odut os, assim com o o est abelecim ent o de r efer ências colet iv as, na t ent at iv a de se ocu par segm en t os de m er cado m ais lu cr at iv os.

Assi m , o p r ocesso d e ap r en d i zag em é i m p or t an t e n a m ed i d a em q u e r e f l e t e o u s o d e i n f o r m a ç õ e s e a g e r a ç ã o e d i f u s ã o d e c o n h e c i m e n t o s , r epr esen t an do u m a at iv idade colet iv a qu e in t egr a a ex per iên cia de in div ídu os e or gan izações. Seu desen v olv im en t o efet iv o en con t r a- se v in cu lado à n at u r eza d as in t er ações d os d if er en t es at or es sociais e ao est ab elecim en t o d e can ais eficient es de com unicação que r et r at am as condições do am bient e social, cult ur al e inst it ucional, onde est á inser ido o ar r anj o pr odut iv o ( AMI N; WI LKI NSON, 1999) .

A s e n s i b i l i z a ç ã o e c o n s c i e n t i z a ç ã o s o b r e a i m p o r t â n c i a d e i n o v a r d i ssem i n an d o i n f o r m açõ es p ar a ag en t es, em p r esas e i n st i t u i çõ es d e ap o i o , en f at i zan d o b en ef íci o s d o ap r en d i zad o i n t er at i v o e d a g er ação d e i d éi as; a capacit ação e t r einam ent o de pessoas em pr át icas de cooper ação ent r e em pr esas e en t r e est as e ou t r as in st it u ições com u so de n ov as t ecn ologias par a aplicar n a s u a g e s t ã o e p r o d u ç ã o ; a a r t i c u l a ç ã o e n t r e a g e n t e s l o c a i s p a r a e st a b e l e ci m e n t o d e a çõ e s co n j u n t a s q u e a t u a m , d e sd e o p l a n e j a m e n t o e d e s e n v o l v i m e n t o a t é a c o m e r c i a l i z a ç ã o d o s p r o d u t o s ; e o i n c e n t i v o e a in t en sif icação d o d esen v olv im en t o con j u n t o, ap er f eiçoam en t o, in cor p or ação e d i f u sã o d e p r o cesso s e p r o d u t o s, a ssi m co m o o est ím u l o à v a l o r i za çã o d e v ocações, cu lt u r as, r ecu r sos e esp ecif icid ad es d e cad a ar r an j o, r ep r esen t am polít icas de inov ação que cont r ibuem par a a pr om oção dos ar r anj os pr odut iv os ( LEMOS, 2 0 0 2 ) .

3. Referencial Analít ico

A análise e a int er pr et ação dos dados for am efet uadas de acor do com o m ét odo descr it iv o, com a ut ilização de fr eqüência absolut a e r elat iv a das v ar iáv eis se l e ci o n a d a s, co n f o r m e o s p r i n ci p a i s e l e m e n t o s t e ó r i co s e co n ce i t u a i s q u e i n t e g r a m a a n á l i se so b r e a r r a n j o s p r o d u t i v o s l o ca i s, t e n d o co m o b a se a abor dagem dada pela REDESI ST ( Rede de Pesqu isa em Sist em as Pr odu t iv os e I n ov at iv os Locais) sob r e sist em as d e in ov ação.

Est a análise env olv e um a sist em at ização dos pr incipais elem ent os t eór icos e conceit uais que int egr am os ar r anj os e sist em as pr odut iv os e inov at iv os locais t en do com o base o en f oqu e ev olu cion ist a sobr e m u dan ça t ecn ológica qu e t em or ig em n o t r ab alh o p ion eir o d e Nelson e Win t er ( 1 9 8 2 ) e a ab or d ag em n eo-s c h u m p e t e r i a n a eo-s o b r e eo-s i eo-s t e m a eo-s d e i n o v a ç ã o p r o p o eo-s t a p o r a u t o r e eo-s c o m o Fr eem an ( 1 9 8 7 ) e Lu n d v all ( 1 9 8 8 ) . Tais ab or d ag en s ex p lor am a im p or t ân cia asso ci ad a às co n f i g u r açõ es i n st i t u ci o n ai s n o sen t i d o d e d ar su st en t ação às t r a j e t ó r i a s d e ca p a ci t a çã o i n o v a t i v a d a s f i r m a s, a o m e sm o t e m p o e m q u e e n f a t i za m o p a p e l d o co n h e ci m e n t o e d o a p r e n d i za d o i n t e r a t i v o e n q u a n t o elem en t os cen t r ais n o p r ocesso d e m u d an ça t ecn ológ ica.

(6)

são o conhecim ent o, o apr endizado e a inov ação. I nicialm ent e, o conhecim ent o en con t r a- se n a b ase d o p r ocesso in ov at iv o e a su a cr iação e d if u são são a font e básica na m udança econôm ica e t ecnológica. O apr endizado é o m ecanism o ch a v e n o p r o cesso d e a cu m u l a çã o d o co n h eci m en t o , o co r r en d o a t r a v és d e f o r m a s q u e a p r e s e n t a m d i f e r e n t e s g r a u s d e i n é r c i a , c o n t e x t u a l i d a d e e co m p l em en t a r i d a d e.

A in ov ação con sist e n u m f en ôm en o sist êm ico n o sen t id o d e q u e seu s pr ocessos que t êm lugar no nív el da fir m a são, em ger al, ger ados e sust ent ados por r elações int er - fir m a e por um a com plex a r ede de r elações int er - inst it ucionais. Nest e con t ex t o, a fir m a passa a ser r edefin ida com o u m a or gan ização v olt ada par a o apr endizado e inser ida num cont ex t o inst it ucional m ais am plo ( NELSON; WI NTER, 1 9 8 2 ) .

A per spect iv a da in ov ação a par t ir da v isão sist êm ica con st it u i- se n u m r efer encial abr angent e par a per m it ir a análise de sist em as a par t ir de difer ent es d i m e n sõ e s. D e ssa f o r m a , si st e m a s d e i n o v a çã o p o d e m a p r e se n t a r a l ca n ce su p r an acion al, n acion al, m as t am b ém p od em ser an alisad os a p ar t ir d e su a d i m e n sã o se t o r i a l , r e g i o n a l o u l o ca l . Em a l g u n s ca so s, a s r e l a çõ e s e n t r e d i f e r e n t e s a t o r e s q u e i n t e g r a m u m si st e m a p o d e m a p r e se n t a r m a i o r n e x o q u an d o an al i sad as a p ar t i r d a su a d i m en são set o r i al , em o u t r o s caso s t ai s r elações são m ais clar am en t e ex p licad as a p ar t ir d a su a d im en são t er r it or ial ou local ( EDQUI ST, 1 9 9 7 ) .

As ev idên cias em pír icas dem on st r am qu e as fir m as e in ov ações t en dem a ag r u p ar - se esp acialm en t e e q u e as r eg iões g eog r áf icas f r eq ü en t em en t e se e s p e c i a l i z a m e m c e r t a s á r e a s i n d u s t r i a i s o u t e c n o l ó g i c a s . O c h a m a d o “ con h ecim en t o colet iv o” r elacion ado à pr ox im idade t er r it or ial t en de a con du zir o c o m p o r t a m e n t o d e u m a r e g i ã o e m r e l a ç ã o à “ c o m o f a z e r a s c o i s a s ” si g n i f i ca n d o q u e o d e se n v o l v i m e n t o r e g i o n a l t e n d e a co n v e r g i r p a r a u m a t r aj et ór ia p at h d ep en d en t2 ( EHRNBERG; JACOBSSON, 1 9 9 7 ) .

O pr ocesso de apr en dizado r ef let e o u so de in f or m ações e a ger ação e d i f u sã o d e co n h e ci m e n t o s ( t á ci t o s o u co d i f i ca d o s) , co n st i t u i n d o - se n u m a at iv idade colet iv a qu e in t egr a a ex per iên cia de in div ídu os e or gan izações. Seu d e se n v o l v i m e n t o e f e t i v o e n co n t r a - se , p o r t a n t o , v i n cu l a d o à n a t u r e za d a s i n t e r a çõ e s e n t r e d i f e r e n t e s a t o r e s so ci a i s e a o e st a b e l e ci m e n t o d e ca n a i s eficient es de com unicação que, por sua v ez, r eflet em as condições do am bient e social, cu lt u r al e in st it u cion al ( AMI N; WI LKI NSON, 1 9 9 9 ) .

A busca de um a ex plicação endógena par a o pr ocesso de t r ansfor m ação d o co n h e ci m e n t o a p l i ca d o e m si st e m a s e co n ô m i co s r e p r e se n t a o p r i n ci p a l desafio do esfor ço de t eor ização ev olucionár io e neo- shum pet er iano. Sob v ár ios asp ect o s, o d esen v o l v i m en t o d essas ab o r d ag en s h et er o d o x as n a an ál i se d o p r o c e s s o d e m u d a n ç a t e c n o l ó g i c a r e f l e t e o d e s c o n f o r t o c o m r e l a ç ã o a o

(7)

r efer encial or t odox o onde, t r adicionalm ent e, o pr ocesso de cr iação e acum ulação d e con h ecim en t o se en con t r a f or a d o escop o d e an álise d os m od elos. Assim , u m d os m aior es av an ços d a ab or d ag em ev olu cion ár ia em r elação ao en f oq u e n e o c l á s s i c o c o n s i s t e , j u s t a m e n t e , n o r e c o n h e c i m e n t o d a i m p o r t â n c i a d esem p en h ad a p elo ap r en d izad o n o p r ocesso d e m u d an ça t ecn ológ ica. Nest e n ov o con t ex t o, o apr en dizado passa a ser descr it o com o a for m a pela qu al as em p r esas con st r oem , su p lem en t am e or g an izam con h ecim en t os e r ot in as em t or no de com pet ências e cult ur a iner ent es, ao m esm o t em po em que adapt am e d e se n v o l v e m su a e f i ci ê n ci a o r g a n i z a ci o n a l a t r a v é s d a m e l h o r i a d e st a s com p et ên cias ( DODGSON, 1 9 9 6 ) .

De acor do com JOHNSON e GREGERSEN ( 1997) , quase t odos os pr ocessos d e a p r en d i za d o sã o so ci a i s e i n t er a t i v o s, sen d o o co n h eci m en t o a f et a d o e t r an sfor m ado at r av és de pr ocessos per m eados pela in t er ação social e on de as pr ópr ias inst it uições m udam com o r esult ado dessa int er ação v olt ada par a cr iação de n ov os con h ecim en t os. Dessa f or m a, as in st it u ições são apr esen t adas com o u m e l e m e n t o b á s i c o n o p r o c e s s o d e e v o l u ç ã o s o c i a l n a m e d i d a e m q u e pr opiciam , at r av és do m er cado, u m am bien t e de seleção par a as in ov ações e cu m pr em u m papel r elev an t e n a acu m u lação e t r an sm issão de con h ecim en t os de um per íodo a out r o.

A s c o n f i g u r a ç õ e s i n s t i t u c i o n a i s a f e t a m a g e r a ç ã o , a c u m u l a ç ã o , d ist r ib u ição, u so e d est r u ição d o con h ecim en t o n a m ed id a em q u e m old am a p e r c e p ç ã o e a s d e c i s õ e s d o s a g e n t e s e c o n ô m i c o s . D a m e s m a f o r m a , a s inst it uições t am bém condicionam o pr ocesso de ger ação de v ar iedade e seleção t e n d o e m v i s t a s e u p a p e l c o m r e l a ç ã o à s t r a n s f o r m a ç õ e s t é c n i c a s e or g an izacion ais. Assim , a ev olu ção d os p ad r ões d e ap r en d izad o con st it u i- se num a decor r ência do cont ex t o inst it ucional e do gr au de int er ação est abelecido en t r e os dif er en t es at or es n o sist em a ( THOMSON, 1 9 9 3 ) .

Por t ant o, baseando- se nest e enfoque de m udança t ecnológica, pr ocessos d e i n o v ação , co o p er ação , t r ei n am en t o e ap r en d i zad o i n t er at i v o s, co m o b ase p ar a u m cr escen t e d esen v o l v i m en t o d a cap r i n o - o v i n o cu l t u r a, p o d e- se f azer u m diagn óst ico das con f igu r ações in st it u cion ais do ar r an j o pr odu t iv o.

A análise do nív el de par t icipação de at or es econôm icos, polít icos e sociais i n s e r i d o s n o a r r a n j o c a p r i n o - o v i n o c u l t o r, a v e r i f i c a ç ã o d o s p r o c e s s o s d e a p r e n d i za d o co l e t i v o e n t r e p r o d u t o r e s e i n st i t u i çõ e s ( a g e n t e s l o ca i s) e a id en t if icação d e at iv id ad es coop er at iv as em âm b it o t er r it or ial en t r e os at or es r e g i o n a i s p o d e m co n t r i b u i r p a r a u m m e l h o r e n t e n d i m e n t o d o co n t e x t o d e ag lom er ações d e p r od u t or es n u m a m esm a d im en são t er r it or ial, assim com o, dir ecion ar a elabor ação de polít icas pú blicas qu e ger em ben ef ícios em t er m os de ger ação de em pr ego e r en da local.

4. Área de Est udo e Origem dos Dados

(8)

Os dados são de nat ur eza pr im ár ia, colet ados at r av és de pesquisa dir et a, r ea l i za d a p o r m ei o d e q u est i o n á r i o s t est a d o s p r ev i a m en t e, f o r n eci d o s p el a Redesist ( Rede de pesquisa em sist em as pr odut iv os e inov at iv os locais) aplicados com os p r od u t or es ( cap r in o- ov in ocu lt or es) n o ar r an j o p r od u t iv o.

Ut i l i zou - se o p r ocesso d e am ost r ag em p r ob ab i l íst i ca d o t i p o al eat ór i o sim ples, pr opost o por Coch r an ( 1 9 7 7 ) , em qu e f or am selecion ados pr odu t or es d o ar r an j o p r od u t iv o, seg u n d o o t am an h o d o r eb an h o, em m icr o, p eq u en os, m éd ios e g r an d es p r od u t or es.

Os m icr o pr odut or es são aqueles que apr esent am um r ebanho de at é 15 cab eças d e an im ais. Os p eq u en os são aq u eles com r eb an h os com p r een d id os en t r e 1 6 e 5 0 cabeças. Os m édios possu em r eban h os en t r e 5 1 e 2 0 0 cabeças de ov in os e/ ou capr in os e os gr an des pr odu t or es apr esen t am u m r eban h o de m ais de 2 0 0 cabeças de an im ais.

Dad a a p op u lação d e 1 6 0 p r od u t or es cad ast r ad os n o Pr oj et o Ap r isco, que desenv olv e at iv idades v olt adas par a o acom panham ent o da cadeia pr odut iv a d a c a p r i n o - o v i n o c u l t u r a n o s m u n i c íp i o s a b r a n g i d o s p e l o a r r a n j o , f o r a m sel eci o n a d a s a m o st r a s r ep r esen t a t i v a s d a p o p u l a çã o , d et er m i n a n d o - se seu t am an h o: 1 7 pequ en os pr odu t or es, 4 7 m édios e 6 gr an des.

5. Result ados e Discussão

5. 1. At ividades cooperat ivas e principais parceiros

Da am ost r a, t ot al de 1 7 pequ en os, 4 7 m édios e 6 gr an des pr odu t or es, r espect iv am en t e, 9 4 , 1 % , 9 3 , 6 % e 8 3 , 3 % est iv er am en v olv idos em at iv idades cooper at iv as e de par cer ia, f or m ais ou in f or m ais, com ou t r os pr odu t or es e/ ou ór gãos m u n icipais e agen t es locais do r espect iv o ar r an j o.

Alguns agent es locais indicar am par t icipação m ar cant e no desenvolvim ent o d e a t i v i d a d e s co o p e r a t i v a s, co n t r i b u i n d o p a r a o cr e sci m e n t o d a ca p r i n o -o v i n -o c u l t u r a n -o a r r a n j -o . D -o s p e q u e n -o s p e c u a r i s t a s , 2 3 , 5 % c i t a r a m -o s con cor r en t es locais com o par ceir os im por t an t es, 2 3 , 5 % apon t ar am os cen t r os de capacit ação localizados no ar ranj o, com o o CVT ( Cent r o Vocacional Tecnológico) e Escola Agr ícola e 76, 5% m encionar am os ór gãos de apoio e pr om oção, com o as pr efeit ur as m unicipais, Secr et ar ia de Agr icult ur a, SEBRAE, ent r e out r os.

En t r e o s m é d i o s p e cu a r i st a s, 1 9 , 2 % r e f e r i r a m - se a o s co n co r r e n t e s int er nos com o par ceir os im por t ant es, 6, 4% indicar am a em pr esa de consult or ia ( GP Capr inos e Ov inos Lt da) sit uada em Quix adá, 10, 6% apont ar am os cent r os de capacit ação en con t r ados n o ar r an j o e 8 3 , 0 % , a par t icipação dos ór gãos de ap oio e p r om oção.

(9)

Po r t a n t o , a g r a n d e m a i o r i a d o s p r o d u t o r es est i v er a m en v o l v i d o s em at iv idades cooper at iv as e de par cer ia, for m ais ou infor m ais, com m aior dest aque par a os ór gãos de apoio e pr om oção e at iv idades cooper at iv as com concor r ent es l o ca i s.

5. 2. Formas de cooperação

For am desen v olv idas div er sas f or m as de cooper ação ou par cer ias en t r e pr odu t or es e dest es com ór gãos m u n icipais, em pr esas de con su lt or ia, cen t r os de capacit ação pr ofissional e assist ência t écnica e ór gãos de apoio e pr om oção.

Co n s t a t o u s e n a p e q u e n a e m p r e s a q u e 4 1 , 2 % d e s s e s c a p r i n o -o v i n -o cu l t -o r es t i v er a m c-o n t r i b u i çã -o v -o l t a d a p a r a a ca p a ci t a çã -o d e r e cu r s-o s hum anos por m eio de or ient ações t écnicas na pr opr iedade e cur sos e palest r as sob r e a cad eia p r od u t iv a d e cap r in os e ov in os, 5 , 9 % r ealizar am r eu n iões em gr u po com a f in alidade de obt en ção de f in an ciam en t o par a at iv idade e 9 4 , 1 % desen v olv er am ações cooper at iv as v olt adas par a in ov ações t ecn ológicas, com o m elh or am en t o g en ét ico d e an im ais p elos ór g ãos m u n icip ais p or in sem in ação a r t i f i c i a l , t r a n s f e r ê n c i a d e e m b r i õ e s e e m p r é s t i m o d e r e p r o d u t o r e s g en et icam en t e m elh or ad os p ar a p r od u t or es.

Na m éd ia em p r esa, 4 , 3 % d os p r od u t or es r ealizar am com p r a con j u n t a de insum os e equipam ent os, 2, 1% par t icipar am de v enda conj unt a de anim ais, 5 1 , 1 % t iv er am con t r ib u ição v olt ad a p ar a t r ein am en t o d e r ecu r sos h u m an os, 2 , 1 % r eunir am - se par a obt er financiam ent o, 4 , 3 % par t icipar am conj unt am ent e de feir as e 85, 1% desenv olv er am for m as de cooper ação v olt adas par a t écnicas m o d e r n a s d e r e p r o d u çã o d e a n i m a i s e a ssi st ê n ci a t é cn i ca p a r t i cu l a r co m em p r esas d e con su lt or ia.

Na gr ande em pr esa, 16, 7% desenv olv er am at iv idades cooper at iv as, com o co m p r a co n j u n t a d e i n su m o s e eq u i p a m en t o s, v en d a co n j u n t a d e a n i m a i s, cap acit ação d e r ecu r sos h u m an os e p ar t icip ação con j u n t a em f eir as e 6 6 , 7 % cit ar am at iv id ad es t ecn ológ icas, com o os p r og r am as d e in sem in ação ar t if icial d esen v o l v i d o s p el a Pr ef ei t u r a, a t r o ca e em p r ést i m o d e r ep r o d u t o r es en t r e p r o d u t o r es ( p o r ex em p l o , t r o ca d e u m a n i m a l p u r o p o r t r ês m est i ço s) e a con t r at ação d e assist ên cia t écn ica p ar t icu lar.

Logo, t em - se o dest aque de ações cooper at iv as v olt adas par a inov ações t e cn o l ó g i ca s, co m o p r o g r a m a s d e i n se m i n a çã o a r t i f i ci a l , t r a n sf e r ê n ci a d e em b r iões e em p r ést im o d e an im ais r ep r od u t or es.

5. 3. Ações conj unt as realizadas

(10)

Na m é d i a e m p r e sa , p a r a 3 6 , 2 % d o s p r o d u t o r e s, h o u v e m e l h o r i a n a qualidade dos anim ais, 55, 3% afir m ar am m elhor a nos seus pr ocessos pr odut iv os, 4 0 , 4 % m el h o r ar am a cap aci t ação d e r ecu r so s h u m an o s, 2 , 1 % i n t r o d u zi r am in ov ações or g an izacion ais e ev it ar am a con san g ü in id ad e d e an im ais.

Já n a g r an d e em p r esa, 3 3 , 3 % m elh or ar am a q u alid ad e d os an im ais e 5 0 , 0 % r e e s t r u t u r a r a m s e u s p r o c e s s o s p r o d u t i v o s , 3 3 , 3 % m e l h o r a r a m a capacit ação de pessoas qu e t r abalh am n a at iv idade, 1 6 , 7 % m odif icar am su as co n d i çõ es d e co m er ci al i zação e p assar am a t er m ai o r i n ser ção n o m er cad o e x t e r n o .

As ações conj unt as r ealizadas ent r e pr odut or es e agent es locais t r oux er am g r an d es r esu lt ad os, p r in cip alm en t e, q u an t o a m elh or ia e r eest r u t u r ação d os p r ocessos p r od u t iv os.

5. 4. Processos de t reinament o e aprendizagem

Com o r esu lt ado dos pr ocessos de t r ein am en t o e apr en dizagem , f or m ais e in f or m ais, d esen v olv id os en t r e p r od u t or es e ag en t es locais, h ou v e m elh or cap aci t ação d o s p r o d u t o r es, p o i s 8 8 , 2 % e 6 4 , 7 % d o s p eq u en o s p r o d u t o r es m e l h o r a r a m a u t i l i z a çã o d a s t é cn i ca s p r o d u t i v a s e a p r e se n t a r a m m e l h o r capacit ação par a r ealização de m odificações e m elhor ias de anim ais e pr ocessos.

Den t r e os m édios pr odu t or es, 8 5 , 1 % e 6 8 , 1 % apr esen t ar am m elh or ias n a u t i l i z a ç ã o d a s t é c n i c a s p r o d u t i v a s e m a i o r c a p a c i t a ç ã o p a r a r e a l i z a r m u d an ças n a est r u t u r a or g an izacion al.

Já en t r e os g r an d es p r od u t or es, 8 3 , 3 % p assar am a u t ilizar m elh or as t écnicas de pr odução, equipam ent os e insum os e apr esent ar am m aior habilidade par a r ealização de m elh or ias dos an im ais e dos pr ocessos. Com o r esu lt ado de ap r en d izag em , f or am cit ad as t écn icas ad eq u ad as d e m an ej o v olt ad as p ar a a v er m ifugação, cast r ação e cor t e do casco de anim ais, a colet a de sangue par a iden t if icação de doen ças, iden t if icação da idade e das doen ças n os an im ais e m elh or u t ilização d e f or r ag em .

Po r t a n t o , co m o r e su l t a d o d e g r a n d e i m p o r t â n ci a p a r a a a t i v i d a d e , ob ser v ou - se a m elh or u t ilização d e t écn icas p r od u t iv as e m elh or cap acit ação d o s p r o d u t o r e s p a r a r e a l i z a r m u d a n ç a s d e p r o c e s s o s e n a e s t r u t u r a o r g a n i za ci o n a l .

5. 5. Cont ribuição de sindicat os, associações e cooperat ivas locais

(11)

Qu an t o aos m éd ios cr i ad or es, 1 4 , 9 % ob t iv er am i n f or m ações v olt ad as p a r a a a s s i s t ê n c i a t é c n i c a e m a s s e n t a m e n t o s r u r a i s p e l o s i n d i c a t o d o s t r ab al h ad o r es r u r ai s e p at r o n al , i n f o r m açõ es em cu r so s so b r e o m an ej o d e cap r i n o s e o v i n o s d esen v o l v i d o s p o r asso ci ação d e p r o d u t o r es em p ar cer i a co m o SENAR ( Ser v i ço Na ci o n a l d e Ap r en d i za g em Ru r a l ) e SEBRAE; 4 , 3 % t iv er am a con t r ib u ição d e coop er at iv a n a id en t if icação d e f on t es e f or m as d e f i n an ci am en t o ; 2 , 1 % p ar t i ci p ar am d a p r o m o ção d e açõ es co o p er at i v as p el a associação, por m eio da m obilização dos pr odu t or es par a v acin ação de ov in os ( v er m ifugação e cr ost idiose) ; 2, 1% apont ar am a apr esent ação de r eiv indicações com u n s pela cooper at iv a; 6 , 4 % in dicar am com o de alt a im por t ân cia, t am bém , a p r om oção d e ações d ir ig id as à cap acit ação t ecn ológ ica d as em p r esas p elo for necim ent o de t r at or par a pr odução de for r agem pela associação de pr odut or es e 7 2 , 3 % d o s p r o d u t o r es n ã o t i v er a m n en h u m a co n t r i b u i çã o d e si n d i ca t o s, associações e coop er at iv as.

Analisando os gr andes pr odut or es, 100, 0% afir m ar am que não r eceber am n en h u m a con t r ib u ição d e sin d icat os, associações e coop er at iv as d o ar r an j o, v olt ada par a o desen v olv im en t o ou cr escim en t o da at iv idade.

Co n c l u i - s e q u e , n ã o h o u v e p a r t i c i p a ç ã o o u a p o i o d e s i n d i c a t o s , a s s o c i a ç õ e s e c o o p e r a t i v a s c o m d e s e n v o l v i m e n t o d e p r o g r a m a s q u e con t r ibu íssem par a m elh or ia do per f il do pr odu t or.

5. 6. Part icipação e avaliação dos programas de apoio

Consult ando a par t icipação dos pequenos cr iador es de capr inos e ov inos n o a r r a n j o e m p r o g r a m a s d e se n v o l v i d o s p e l o s g o v e r n o s f e d e r a l , e st a d u a l , m unicipal/ local e por ór gãos de apoio e pr om oção, com o o SEBRAE, const at ou-se qu e m ais de 8 8 , 2 % dest es ov in ocapr in ocu lt or es con h ecem e par t icipam de pr ogr am as desenv olv idos pelos ór gãos m unicipais e SEBRAE, com o o Pr ogr am a Be r r o Pu r o , d e se n v o l v i d o p e l a Pr e f e i t u r a Mu n i ci p a l d e Qu i x e r a m o b i m e o Pr o g r a m a Ap r i sco , d e se n v o l v i d o p e l a s Pr e f e i t u r a s Mu n i ci p a i s d e Qu i x a d á e Qu ix er am obim em par cer ia com o SEBRAE. Apen as 5 , 9 % con h ecem , m as n ão p ar t icip am d est es p r og r am as.

Na m édia em pr esa, m ais de 8 9 , 4 % dos capr in o- ov in ocu lt or es con h ecem e p a r t i ci p a m d e p r o g r a m a s co m o o Be r r o Pu r o e o Ap r i sco . Ap e n a s 6 , 4 % con h ecem , m as n ão par t icipam , dada a am ost r a con su lt ada.

Já en t r e o s g r a n d es p ecu a r i st a s, 6 6 , 7 % co n h ecem e p a r t i ci p a m d o s p r og r am as or a m en cion ad os e 3 3 , 3 % con h ecem , m as n ão p ar t icip am d est es p r o g r a m a s.

(12)

En t r e os p r od u t or es d a m éd ia em p r esa, 7 6 , 6 % f izer am u m a av aliação posit iv a, 4, 3% fizer am um a av aliação negat iv a e 19, 1% não t inham elem ent os p a r a a v a l i a r a s a çõ e s d e se n v o l v i d a s p e l o s ó r g ã o s m u n i ci p a i s. Qu a n t o a o s p r o g r a m a s p a r c e i r o s d o S EB RA E ( Pr o g r a m a A p r i s c o ) , 6 2 , 2 % a v a l i a r a m posit iv am en t e e 3 7 , 8 % n ão av aliar am a par t icipação dest es pr ogr am as.

An alisan do a gr an de em pr esa, 8 3 , 3 % f izer am u m a av aliação posit iv a e 1 6 , 7 % n ão op in ar am sob r e as ações d esen v olv id as p elos ór g ãos m u n icip ais. Qu a n t o a o s p r o g r a m a s p a r ce i r o s d o SEBRAE ( Pr o g r a m a Ap r i sco ) , 6 6 , 7 % a v a l i a r a m p o s i t i v a m e n t e e 3 3 , 3 % n ã o a v a l i a r a m a p a r t i c i p a ç ã o d e s t e s p r o g r a m a s.

Assim , os pr ogr am as t r abalhados no Município e pelo SEBRAE cont r ibuír am posit iv am ent e par a a m aior ia dos pr odut or es, t r azendo m elhor am ent o genét ico d o s a n i m a i s d o a r r a n j o p el a i n sem i n a çã o a r t i f i ci a l r ea l i za d a p el o Pr o g r a m a Ber r o Pur o e com o for necim ent o de assist ência t écnica e de or ient ações sobr e o m el h o r am en t o d as t écn i cas d e m an ej o san i t ár i o , r ep r o d u t i v o e al i m en t ar d esen v olv id o p elo Pr og r am a Ap r isco.

5. 7. Polít icas públicas x aument o da eficiência compet it iva

Co n f o r m e o s p e q u e n o s p e cu a r i st a s, d e n t r e a s p o l ít i ca s p ú b l i ca s q u e poder iam cont r ibuir par a t or nar sua em pr esa m ais com pet it iv a, 2 3 , 5 % cit ar am a cr iação de pr ogr am as de capacit ação pr ofissional e t r einam ent o t écnico; 5, 9% v êem a necessidade de est ím ulos à ofer t a de ser v iços t ecnológicos, com o, por ex em plo, u t ilização de t r at or es par a pr odu ção de for r agem ; 2 9 , 4 % apon t am a a b er t u r a d e l i n h a s d e cr éd i t o e o u t r a s f o r m a s d e f i n a n ci a m en t o ; e 7 6 , 5 % m en cion ar am ou t r as p olít icas, com o o ap oio à com er cialização, elim in an d o o a t r a v e ssa d o r e e st i m u l a n d o a cr i a çã o d e co o p e r a t i v a s, o f o r n e ci m e n t o d e incent iv os par a desenv olv im ent o da at iv idade com j ur os baix os que sat isfaçam p eq u en os e m éd ios p r od u t or es.

En t r e o s m é d i o s p e cu a r i st a s, 3 8 , 3 % ci t a r a m o d e se n v o l v i m e n t o d e p r og r am as d e cap acit ação p r of ission al e t r ein am en t o t écn ico; 4 , 3 % v ir am a n ecessi d a d e d e m el h o r i a s n a ed u ca çã o b á si ca ; 8 , 5 % p l ei t ei a m a o f er t a d e ser v iços t ecn ológicos; 2 , 1 % n ecessit am de pr ogr am as de acesso à in f or m ação sob r e p r od u ção, t ecn olog ia e m er cad os; 4 6 , 8 % d et ect ar am a n ecessid ad e d e linhas de cr édit o e out r as for m as de financiam ent o; 8, 5% apont am a ex ist ência d e p r o g r a m a s d e est ím u l o a o i n v est i m en t o ; e 4 8 , 9 % esp eci f i ca r a m o u t r a s p olít icas p ú b licas, com o p r in cip alm en t e, o m elh or am en t o g en ét ico d e an im ais se m cu st o p a r a o p r o d u t o r p e l a i n se m i n a çã o a r t i f i ci a l e t r a n sf e r ê n ci a d e e m b r i õ e s.

(13)

desenv olv im ent o de pr ogr am as de est ím ulo ao inv est im ent o; e 83, 3% pr ior izam ou t r as polít icas, com o a aqu isição de r epr odu t or es gen et icam en t e m elh or ados p a r a a l u g u e l o u e m p r é st i m o e n t r e o s p r o d u t o r e s, m a i o r i n t e n si f i ca çã o d e assist ência t écnica, m elhor am ent o genét ico de anim ais e a const r ução de poços, b ar r ag en s, açu d es e ad u t or as.

Resu m idam en t e, den t r e as polít icas pú blicas pr im or diais par a au m en t ar a e f i c i ê n c i a d o s p r o d u t o r e s , c i t o u - s e o f o r n e c i m e n t o d e i n c e n t i v o s p a r a d esen v olv im en t o d a at iv id ad e com j u r os b aix os, o m elh or am en t o g en ét ico d e an im ais sem cu st o par a o pr odu t or, m aior in t en sificação de assist ên cia t écn ica e a con st r u ção de poços, bar r agen s, açu des e adu t or as.

5. 8. Acesso às font es ext ernas de financiament o

Dados os pr in cipais obst ácu los qu e dificu lt am o acesso dos cr iador es às f o n t es d e f i n an ci am en t o , d o t o t al d e p eq u en o s p r o d u t o r es, 5 , 9 % ci t ar am a in ex ist ên cia d e lin h as d e cr éd it o ad eq u ad as às n ecessid ad es d os p r od u t or es, 3 5 , 3 % apon t ar am as dif icu ldades ou en t r av es bu r ocr át icos par a se u t ilizar as f o n t e s d e f i n a n ci a m e n t o e 7 0 , 6 % m e n ci o n a r a m o u t r o s o b st á cu l o s, co m o p r in cip alm en t e, a ex ist ên cia d e j u r os b an cár ios elev ad os p ar a f in an ciam en t o da at iv idade. Além disso, o descon h ecim en t o e f alt a de in f or m ações sobr e as lin h as, f on t es e pr ogr am as de f in an ciam en t o e a in adim plên cia de pr odu t or es em con seq ü ên cia d e d ív id as p assad as t am b ém f or am m en cion ad as.

Den t r e os m édios pr odu t or es, 8 , 5 % cit ar am a in ex ist ên cia de lin h as de cr édit o adequ adas às n ecessidades dos pr odu t or es, 3 6 , 2 % apon t ar am par a as dif icu ldades ou en t r av es bu r ocr át icos ex igidos pelos ór gãos de f in an ciam en t o, 8 , 5 % especificar am a ex igência de av al/ gar ant ias por par t e das inst it uições de f in an ciam en t o e 7 2 , 3 % m en cion ar am ou t r os en t r av es, com o a ex ist ên cia d e j u r os el ev ad os n as i n st i t u i ções f i n an ci ad or as, o d escon h eci m en t o e f al t a d e in f or m ações sobr e as lin h as, f on t es e pr ogr am as de f in an ciam en t o.

Con sid er an d o os g r an d es p r od u t or es, 5 0 , 0 % ex p u ser am a in ex ist ên cia d e l i n h a s d e c r é d i t o a d e q u a d a s à s n e c e s s i d a d e s d o s c r i a d o r e s , 3 3 , 3 % m encionar am a bur ocr acia dos bancos par a ut ilizar as font es de financiam ent o, 1 6 , 7 % esp ecif icar am a ex ig ên cia d e av al/ g ar an t ias p or p ar t e d as in st it u ições de financiam ent o e 83, 3% enfat izar am t am bém a ex ist ência de j ur os bancár ios m u it o alt os.

Por t an t o, o g r an d e en t r ev e con st it u i os j u r os elev ad os d as in st it u ições f i n an ci ad o r as e o d esco n h eci m en t o e f al t a d e i n f o r m açõ es so b r e as l i n h as, f on t es e p r og r am as d e f in an ciam en t o.

6. Conclusões

(14)

at iv idades cont r ibuír am par a a r ealização de inov ações em pr odut os, pr ocessos, est r ut ur a or ganizacional e m elhor ia do conhecim ent o t écnico ( m anej o alim ent ar, r epr odu t iv o e san it ár io) dos pr odu t or es n a at iv idade.

Os p r og r am as t r ab alh ad os p elo Mu n icíp io e p elo SEBRAE con t r ib u ír am posit iv am ent e par a a m aior ia dos pr odut or es, t r azendo m elhor am ent o genét ico dos anim ais do ar r anj o por m eio insem inação ar t ificial r ealizada pelo Pr ogr am a Ber r o Pur o e com o for necim ent o de assist ência t écnica e de or ient ações sobr e o m el h o r am en t o d as t écn i cas d e m an ej o san i t ár i o , r ep r o d u t i v o e al i m en t ar d esen v olv id o p elo Pr og r am a Ap r isco.

En t r et an t o, p er ceb e- se q u e est es p r og r am as são im ed iat ist as, ou sej a, não apr esent am dur abilidade suficient e at é se obt er r esult ados efet iv os. Ex cluem o m i c r o e o p e q u e n o p r o d u t o r, q u e v i v e m d a a g r i c u l t u r a e p e c u á r i a d e subsist ência e não possuem acom panham ent o t écnico pelos ór gãos m unicipais. Consider ando que a capr ino- ov inocult ur a da r egião é const it uída em sua gr ande m aior ia por m icr o e pequenos pr odut or es, há um a ex clusão social de pr odut or es na m edida que os pr ogr am as lim it am a par t icipação par a apenas cr iador es que apr esen t ar em u m det er m in ado n ú m er o de an im ais e est r u t u r a física adequ ada p ar a d esen v olv im en t o d a at iv id ad e.

Ou t r o f a t o i m p o r t a n t e e s t á r e l a c i o n a d o a o s r e s u l t a d o s d a s a ç õ e s d esen v olv id as p or est es p r og r am as, p ois m u it os cr iad or es af ir m ar am q u e as i n s e m i n a ç õ e s a r t i f i c i a i s f o r a m f a l h a s e t a r d i a s . O u t r o s c o n f i r m a r a m a pr olif er ação de doen ças em det er m in ada r egião do ar r an j o, ocasion adas pelas p r át icas ad ot ad as p elos p r og r am as. Con seq ü en t em en t e, n a m ed id a q u e est es pr ogr am as m u n icipais e est adu ais con t r ibu ír am par a o m elh or am en t o gen ét ico d o r eb an h o n a r eg ião, t r ou x er am g r an d e d escon t en t am en t o e p r ej u ízos p ar a alg u n s p r od u t or es locais.

Não é d i f íci l p er ceb er q u e p ar a u m cr escen t e d esen v o l v i m en t o d esse a r r a n j o , sã o n e ce ssá r i a s m a i o r e s p a r t i ci p a çã o e co n t i n u i d a d e d a s p o l ít i ca s pú blicas dir ecion adas par a in cen t iv ar os m icr o e pequ en os pr odu t or es qu e n ão sã o a ssi st i d o s e p o ssu em b a i x a p r o d u çã o , m a s p o ssu em el ev a d o p o t en ci a l p ar a ex p an são d a at iv id ad e n a Reg ião.

A r ealização de m aior es inv est im ent os pelos ór gãos públicos, env olv endo t oda a cadeia pr odut iv a ( pr odução, com er cialização e consum o) , dando at enção esp ecial ao m an ej o alim en t ar, r ep r od u t iv o e san it ár io d os an im ais, além d e opções v iáv eis de com er cialização, são ações que dev em ser pr ior izadas. Com o a Região r epr esent a um cent r o de pr odução de int ensas r elações de com pr a e v en da, u m a m elh or gest ão, m aior apoio or gan izacion al e u m r igor oso con t r ole f it ossan it ár io n o com ér cio d os an im ais são n ecessár ios.

(15)

Ref er ênci as

ALBAGLI, S. Capaci t ação, sensi bi l i zação e i nf or mação em ar r anj os e si st emas de MPME. In: LASTRES, H. M. M. et al . Int er agi r par a compet i r : pr omoção de ar r anj os pr odut i vos e i novat i vos no Br asi l . Br asíl i a:

SEBRAE: FINEP: CNPq, 2002. p. 63-94.

AMARAL FILHO, J. do. É negóci o ser pequeno, mas em gr upo. Desenvol vi ment o em debat e 3: pai néi s do

desenvol vi ment o br asi l ei r o – II (BNDES), dez. / 2002. p. 85-118.

AMIN, A. ; WILKINSON, F. Lear ni ng, pr oxi mi t y and i ndust r i al per f or mance: na i nt r oduct i on. Cambr i dge Jour nal of Economi cs, v. 23, n. 2, p. 121-125, mar ch, 1999.

BNB. Pr ogr ama de desenvol vi ment o sust ent ável da capr i no-ovi nocul t ur a no Nor dest e. For t al eza: Banco

do Nor dest e, 1999.

CASSIOLATO, J. ; MACHADO, M. ; PALHANO, A. A i nst i t uci onal i zação das pol ít i cas de MPME: uma anál i se i nt er naci onal . In: LASTRES, H. M. M. et al . Int er agi r par a compet i r : pr omoção de ar r anj os pr odut i vos e

i novat i vos no Br asi l . Br asíl i a: SEBRAE: FINEP: CNPq, 2002. p. 17-61.

COCHRAN, W. G. Técni cas de amost r agem. Ri o de Janei r o: Fundo de Cul t ur a, 1977.

COUTO FILHO, C. Pl at af or ma r egi onal de pel e de capr i nos e ovi nos. For t al eza: 2002.

DODGSON, M. Lear ni ng, t r ust and i nt er -f i r m t echnol ogi cal l i nkages: some t heor et i cal associ at i ons. In: Technol ogi cal col l abor at i on, 1996.

EDQUIST, C. Syst ems of i nnovat i on: t echnol ogi es, i nst i t ut i ons, and or gani zat i ons. Sci ence, t echnol ogy

and t he i nt er nat i onal pol i t i cal economy ser i es, London. Washi ngt on: Pi nt er, 1997.

EHRNBERG, E. ; JACOBSSON, S. Technol ogi cal Di scont i nui t i es and Incumbent ’ s Per f or mance: an Anal yt i cal Fr amewor k. In: EDQUIST, C. (ed. ) Syst ems of Innovat i on: Technol ogi es, Inst i t ut i ons and Or gani zat i ons.

Londr es: Pi nt er, 1997.

FREEMAN, C. Technol ogy and Economi c Per f or mance: Lessons f r om Japan, London: Pi nt er Publ i sher s,

1987.

JOHNSON, B. ; GREGERSEN, B. Eur opean Int egr at i on and Nat i onal Syst ems of Innovat i on. Repor t f or t he

commi ssi on and t he Dani sh Soci al Sci ence r esear ch Counci l , Aal bor g, Mar ch 1997.

LASTRES, H. M. M. ; ALBAGLI, S. ; MACIEL, M. L. ; LEGEY, L. ; LEMOS, C. R. ; SZAPIRO, M. ; CASSIOLATO, J. E.

Int er agi r par a compet i r : pr omoção de ar r anj os pr odut i vos e i novat i vos no Br asi l . Br asíl i a: SEBRAE: FINEP:

CNPq, 2002.

LEMOS, C. Inovação par a ar r anj os e si st emas pr odut i vos de MPME. In: LASTRES, H. M. M. et al . Int er agi r par a compet i r : pr omoção de ar r anj os pr odut i vos e i novat i vos no Br asi l . Br asíl i a: SEBRAE: FINEP: CNPq,

2002. p. 95-134.

LUNDVALL, B. A. Innovat i on as an i nt er act i ve pr ocess: f r om user -pr oducer i nt er act i on t o t he nat i onal syst em of i nnovat i on. In DOSI, G. et al . (eds. ) Techni cal Change and Economi c Theor y. London: Pi nt er, 1988.

MALERBA, F. Publ i c pol i cy i n i ndust r i al dynami cs: An evol ut i onar y per pect i ve. Rel at ór i o pr oduzi do par a o pr oj et o ISE (Innovat i on Syst ems and Eur opean Int egr at i on), Mi l an, December, 1996.

NAKANO, Y. Gl obal i zação, compet i t i vi dade e novas r egr as de comér ci o mundi al . Revi st a de Economi a Pol ít i ca. São Paul o, vol . 14, nº 4 (56), p. 07-30, out . -dez. / 1994.

NELSON, R. ; WINTER, S. An Evol ut i onar y Theor y of Economi c Change, The Bel knap Pr ess of Har var d

(16)

NOGUEIRA FILHO, A. Pot enci al i dades da capr i no-ovi nocul t ur a na r egi ão Nor dest e do Br asi l . For t al eza:

Banco do Nor dest e/ Et ene, 2002.

THOMSON, R. Lear ni ng and t echnol ogi cal change. Nova Yor k: St . Mar t i n’ s Pr ess, 1993.

Ar r an j os Pr odu t i vos Locai s: a at u ação dos at or e s e dos pr ogr am as muni ci pai s

RESUMO: O obj et i vo dest e est udo é anal i sar o nível de par t i ci pação dos at or es

l ocai s em pr ogr amas de apoi o a capr i no-ovi nocul t ur a e a at uação dos pr ogr amas muni ci pai s vol t ados par a a at i vi dade nos Muni cípi os de Qui xadá e Qui xer amobi m no Est ado do Cear á. Os dados de nat ur eza pr i már i a f or am col et ados por mei o de ent r evi st as e apl i cação de quest i onár i os com 70 capr i no-ovi nocul t or es. Ut i l i zou- se o m ét odo descr i t i vo na anál i se e i nt er pr et ação dos dados. Os pr odut or es par t i ci par am at i vament e de pr ocessos de apr endi zado e cooper ação c om ou t r os p r od u t or e s e age n t e s l oc ai s. O ar r an j o ap r e se n t a gr an d e s pot enci al i dades que cont r i buem par a o desenvol vi ment o da at i vi dade, al ém da p ar t i c i p aç ão at i v a d e p r ogr am as e sp e c í f i c os v ol t ad os p ar a a c ap r i n o-ovi nocul t ur a.

Palavras-chave: Ar r anj os pr odut i vos l ocai s, Pr ogr amas Muni ci pai s, Capr i

no-ovi nocul t ur a, Cear á.

Códigos JEL: R1; R4

Local Pr oduct ive Ar r agement s: T he act or s’ par t icipat ion in t he municipal pr ogr a ms

ABST RACT: The goal of t hi s st udy i s t o know t he degr ee of par t i ci pat i on of t he l ocal act or s i n suppor t i ng pr ogr am s t o sheep and goat r ear i ng and t he per f or m ance of t he m uni ci pal pr ogr am s l i nked t o t he act i vi t ei s i n t he Muni ci pal i t i es of Qui xadá and Qui xer amobi m i n t he St at e of Cear á. The pr i mar y dat a wer e col l ect ed by i nt er vi ews and quest i onnai r e appl i cat i ons t o 70 f ar mer s. The met hod ut i l i zed was an descr i pt i ve anal ysi s and dat a i nt er pr et at i on. The pr oducer es par t i ci pat ed act i vel l y i n t he l ear n and cooper at i on pr ocess wi t h ot her l ocal pr oducer s and agent s. The ar r angement pr esent s gr eat possi bi l i t i es whi ch cont r i but e t o an act i vi t y devel opment , besi des t he act i ve par t i ci pat i on i n speci f i c pr ogr ams di r ect ed t o sheep and goat r ear i ng.

Key wor ds: Local pr oduct i ve ar r angement s, Muni ci pal Pr ogr ams, sheep and goat , Cear á.

Referências

Documentos relacionados

sional Nursing Prac i ce ; four lines of research: Theore i cal- Philosophical Founda i ons of Care in Health and Nursing; Health, Educa i on, and Nursing Policies and Prac i

The evalua i on at the EAPP has a privileged area in the PPP of the Course, i.e., one of construc i ng and reconstruct- ing professional prac i ce, which involves the students’

The following variables were considered for sta s cal analysis: gesta onal age and weight at me of inser on, device material, number of inser on a empts, occurrence

t hough t he m ain issue in t his paper is t he et hnic and polit ical aspect s.. of social int egr at ion, it w ill also t ouch upon t he issues of int egr

Apesar da inexistência de um diagnóstico preciso sobre o número de ações judiciais relativas à saúde no Brasil, o Fórum Nacional do Judiciário para monitoramento e

No que se refere à execução da perícia contábil judicial, esta se dá em três fases, segundo aponta Santos (2011): Fase Preliminar, que é a perícia requerida ao

Os valores elevados de pH registrados durante todos os períodos de estudo caracterizam as águas da lagoa Jacuném como alcalinas e com pouca variação entre

c Effect of recombinant BthTx-I intraplantar injection on the pain threshold and d on paw volume, at different doses.. e Comparison between native and recombinant BthTx-I