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A EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA: DIÁLOGOS E POSSIBILIDADES

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Academic year: 2021

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A EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA:

DIÁLOGOS E POSSIBILIDADES

4º EDIÇÃO

Denise Grosso da Fonseca

Roseli Belmonte Machado

Francine Muniz Medeiros

Nicolas Fernandes de Souza

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2 ORGANIZADORES: FONSECA, Denise Grosso da; MACHADO, Roseli Belmonte;

MEDEIROS, Francine Muniz; SOUZA, Nicolas Fernandes.

A EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA:

DIÁLOGOS E

POSSIBILIDADES/ 4º EDIÇÃO

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3 Educação física na educação básica: diálogos e possibilidades 4ª Edição. /

Denise Grosso da Fonseca, Roseli Belmonte Machado, Francine Muniz Medeiros, Nicolas Fernandes de Souza (orgs.) – Porto Alegre:

ESEFID/GEDAF/UFRGS, 2021.

97 p.

ISBN: 978-65-00-26005-2 E-book

1. Edução infantil. 2. Ensino remoto. 3. Educação física escolar. 4.

Brincadeira. 5. Distanciamento social. I. FONSECA, Denise Grosso da, org.

II. MACHADO, Roseli Belmonte, org. III. MEDEIROS, Francine Muniz, org.

IV. Souza, Nicolas Fernandes de, org. V. Título.

DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)

DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)

Biblioteca da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança da UFRGS.

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APRESENTAÇÃO

Não há receitas para o novo. Não há poções mágicas. No contraisolamento, há tudo o que pensar e o que fazer. Educação é a possibilidade do pensamento. O pensamento é o vírus que devemos pegar (NARODOWSKI, 2020).

É necessário abrir esta produção situando o contexto do seu desenvolvimento.

O ano de 2020 trouxe a maior crise sanitária mundial deste início de século – a pandemia do Covid-19, em decorrência do vírus Sars-Cov-2 – fato que impactou os diferentes modos de vida. Como sabemos, um dos modos de contenção da propagação, amplamente divulgado pelos órgãos de saúde, foi a adoção do distanciamento social. No território brasileiro, grande parte dos estados e municípios, mesmo em contraponto ao Governo federal, adotou essa prática, ocasionando a cessão das aulas presenciais nas instituições de ensino, a partir de março de 2020, migrando para o modelo que ficou conhecido como ensino remoto.

Desde 2017 o Grupo de Estudos em Docência e Avaliação na Educação Física escolar da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (GEDAEF/ESEFID/UFRGS) tem desenvolvido cursos de formação continuada para professores de Educação Física da Educação Básica. Neste ano de 2020, diante do desafio das aulas remotas, além de pensar na formação docente, nos propusemos a compreender o momento que estava envolvendo a docência em educação Física escolar para um promover um debate e uma formação comprometida com este tempo. Realizamos um curso que teve como tema ―Educação Física escolar em tempos de distanciamento social‖, acessado por mais de 400 professores de todo o Brasil.

Após assistirem aos encontros virtuais do curso e de acompanharem e realizarem atividades propostas pela Plataforma Moodle, cada professor foi desafiado a mostrar como estava desenvolvendo a Educação Física escolar durante o ensino remoto, refletindo sobre as aprendizagens a partir do curso de formação. Desse grupo, alguns se dispuseram a compartilhar suas reflexões, produções e trabalhos conosco. Esses trabalhos foram os que reunimos e apresentamos neste E-book.

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5 Na esteira de pensar numa pedagogia do contraisolamento, destacada na epígrafe desta apresentação, compreendemos que esta foi uma oportunidade de se refletir, pensar e construir uma formação docente colaborativa e responsiva com o momento atual. As produções que seguem mostram a potência das discussões desenvolvidas no curso, oferece protagonismo aos professores e exemplifica a educação como possibilidade de pensamento.

Desejamos que tenham uma boa leitura.

*NARODOWSKI, Mariano. Onze teses urgentes para uma pedagogia do contraisolamento.

Enviado especialmente ao Pensar a Educação, Pensar o Brasil – 1822/2022 por Mariano Narodowski. Tradução para o português com o apoio de Tania Gil, 2020.

www.pansophia.org/contacto/

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Sumário

APRESENTAÇÃO ... 4

EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: COMPARTILHANDO IDEIAS NO DISTANCIAMENTO. ... 9

AULA REMOTA: DANÇA ... 11

BRINCADEIRAS POPULARES: UM MOMENTO DE EXTREITAR OS LAÇOS ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA ... 13

ATIVIDADE DESAFIOS DE GINÁSTICA... 14

ATIVIDADE FÍSICA E EXERCÍCIO FÍSICO EM UM CONTEXTO PANDÊMICO ... 16

TRILHA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ... 17

PETECA: DA CONSTRUÇÃO AO BRINCAR ... 18

ESPORTES DE REDE E PAREDE NA PERSPECTIVA REMOTA ... 20

POTEVITA: MÉTODO PARA EMPODERAR A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR ... 22

O RESGATE DAS BRINCADEIRAS POPULARES EM TEMPOS DE PANDEMIA ... 24

DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO FÍSICA EM TEMPOS DE PANDEMIA ... 25

ENLAÇANDO O CONHECIMENTO: DESAFIOS DE PESNAR A EDUCAÇÃO FÍSICA EM TEMPOS DE ISOLAMENTO SOCIAL ... 26

ENCONTRE O OBJETO ... 27

EDUCAÇÃO FÍSICA EM TEMPOS DE EDUCAÇÃO REMOTA: ... 28

CINEMA EM CASA ... 28

A EDUCAÇÃO FÍSICA E A PERMANÊNCIA DOS VÍNCULOS EM TEMPOS DE DISTANCIAMENTO SOCIAL ... 30

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR EM TEMPOS DE DISTANCIAMENTO SOCIAL: O PBL COMO RECURSO METODOLÓGICO ... 31

JOGO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ... 33

TRABALHO FINAL ... 34

BRINCADEIRAS FOLCLÓRICAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR EM TEMPOS DE DISTANCIAMENTO SOCIAL ... 35

ATIVIDADE FÍSICA ESCOLAR INTERDISCIPLINAR EM TEMPOS DE PANDEMIA... 36

BRINCADEIRA SEGUE O/A MESTRE/A: SERÁ QUE VIRTUALMENTE PODEMOS BRINCAR? . 38 CONSTRUÇÃO DE JOGOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS ... 39

BRINCADEIRAS E JOGOS ... 40

RELATO DE EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA: BRINCANDO EM CASA ... 41

MAIS UMA POSSIBILIDADE EM TEMPOS DE ENSINO REMOTO ... 42

EDUCAÇAO FISICA: APRENDER BRINCANDO ... 43

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(H)A EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA(?) ... 44

COMUNICAÇÃO ATRAVÉS DO MOVIMENTO ... 46

CAPOEIRA NA PANDEMIA ... 47

E A SAÚDE MENTAL EM TEMPOS DE DISTANCIAMENTO SOCIAL? O YOGA COMO PRÁTICA PARA O BEM-ESTAR... 48

A FLEXIBILIDADE PARA ALÉM DA APTIDÃO FÍSICA À SAÚDE: ... 49

AULA DE CAMBALHOTA (ROLO PARA FRENTE GRUPADO) ... 50

RESGATANDO AS BRINCADEIRAS ANTIGAS: RITMO, MÚSICA E MOVIMENTO ... 52

PRA QUE BRIGAR? VAMOS BRINCAR! ... 53

RELATO DE EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA NO PERÍODO DE DISTANCIAMENTO SOCIAL ... 55

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR REMOTA: PIQUE-BANDEIRA COMO UMA PROPOSTA DE ATIVIDADE DOMICILIAR ... 56

BRINCANDO COM YOGA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E O DISTANCIAMENTO SOCIAL ... 58

CIRCUITO MOTOR COM MATERIAL RECICLAVEL ... 60

A PANDEMIA DESPERTOU A DOCÊNCIA ... 61

DO QUE MEU CORPO É CAPAZ? ... 62

ELEFANTE COLORIDO! QUE COR? ... 63

RITMO E DANÇA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA UTILIZANDO O APLICATIVO TIK TOK . 64 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E SUA APLICABILIDADE EM TEMPOS DE PANDEMIA ... 65

EDUCAÇÃO FÍSICA EM TEMPOS DE DISTANCIAMENTO SOCIAL: BRINCADEIRAS PARA FAZER EM CASA ... 66

PERCURSO PELO MEU CORPO – APROVEITANDO O TEMPO “SÓ”, PARA OLHAR PARA SI . 68 CIRCULANDO VIDAS VIVIDAS ... 69

EDUCAÇÃO FÍSICA, EDUCAÇÃO ESPECIAL E PANDEMIA: IMPACTO DO DISTANCIAMENTO SOCIAL EM UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL ... 71

LINGUAGEM CORPORAL ... 73

RELATÓRIO DE ATIVIDADES FÍSICA DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19 ... 74

EDUCAÇÃO FÍSICA COM DISTANCIAMENTO SOCIAL NO ENSINO MÉDIO ... 76

UMA LIVE DIVERTIDA – BRINCANDO NA AULA PELO COMPUTADOR... 77

ESTUDO DAS PRÁTICAS CORPORAIS FAMILIARES: RAÍZES ... 78

ENSINO REMOTO EMERGENCIAL E O DESAFIO DA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA ALUNOS SURDOS ... 79

GINCANA INTERATIVA ... 81

QUEIMADA PETELECA ... 82

TRABALHO MULTIDISCIPLINAR: OPÇÃO SENSÍVEL E FACILITADORA PARA A ESCOLA E ESPECIFICADAMENTE PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA EM TEMPOS DE PANDEMIA ... 84

FAZENDO A EDUCAÇÃO FÍSICA DIFERENTE ... 85

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TRABALHO FINAL ... 88

A DOCÊNCIA NOS DIAS ATUAIS: ... 89

EDUCAÇÃO FÍSICA E TECNOLOGIA. ... 89

DIANTE DO ATUAL CENÁRIO, COMO FICAM AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? ... 90

SER PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA DURANTE O ISOLAMENTO SOCIAL ... 92

AULA PARA DESENVOLVER A HABILIDADE MOTORA FUNDAMENTAL DE SALTO ... 93

UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS CASEIROS PARA CONSTRUÇÃO DE JOGOS E BRINCADEIRAS .. 94

EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA ... 95

CONSIDERAÇÕES ... 97

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EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: COMPARTILHANDO IDEIAS NO DISTANCIAMENTO.

Autor (a): Ádria Paulino (profadria05@gmail.com) Colégio Espírito Santo/Canoas-RS

Este relato emerge a partir de uma nova construção docente do que é dar aula de Educação Física em tempos de distanciamento social. Parti das reflexões propostas no Curso de Extensão para professores e estudantes de Educação Física da UFRGS, que se encontra na sua quarta edição, e traz como temática o momento em que vivenciamos como professores numa reconfiguração escolar que se instala forçosamente, sem tempos de analisarmos quais são as melhores opções. Acredito ser fundamental localizar minha área de atuação neste momento, que é a de uma professora de Educação Física para Educação Infantil, de uma escola da rede privada no município de Canoas. Local este que me possibilita acesso à internet, contato quase diário com meus pequenos alunos (mesmo que à distância), e de recursos materiais. As aulas ocorrem sempre por meio da plataforma Zoom Meeting e com auxílio de responsáveis da criança.

Em um de nossos encontros, o Professor Elisandro Wittizoreck (UFRGS), trouxe uma questão ― O quê do que sabemos pode ser utilizado nos tempos de hoje?‖, e acredito que esta seja uma pergunta que contribuiu bastante para que eu pudesse me sentir menos insegura para pensar quais saberes deveria levar a meus alunos, e o que seria essencial para eles neste momento. Dito isto, compartilho algumas brincadeiras que tenho desenvolvido.

Em um primeiro momento tracei os objetivos a serem alcançados, como exemplo trago a coordenação das habilidade manuais no atendimento adequado a seus interesses e necessidades em situações diversas (BNCC). Partindo dos objetivos da aula, passei a pensar nas brincadeiras e materiais que poderia utilizar para deixar mais lúdica a atividade. Todos os materiais são algo que as famílias possuam em casa, ou que seja de fácil acesso para eles como: tampinhas de garrafa ( de variados tamanhos), bolas de meia, garrafas plásticas, bolinhas de papel, cadarço, fita adesiva, baldes, caixas de papelão, sacos plásticos, balões, cadeiras, etc. As brincadeiras que compartilho, seguem o objetivo mencionado anteriormente, de aprimorar a coordenação das habilidades manuais em crianças de 4 a 5 anos.

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10 Brincadeira do Fantasminha :Utilizando sacolas plásticas, a criança desenhará o rostinho do seu fantasminha na sacola, depois deverá ajuda-lo a ―voar‖. No primeiro momento utilizando as duas mãos. Após um tempo, deverá ajuda-lo utilizando somente uma das mãos, e posteriormente alternando entre uma e outra.

Bola na cesta: Com um balde e bolinhas de meia, determine um espaço de onde a criança deverá jogar as bolas tentando acertá-las dentro do balde. A mesma brincadeira pode ser realizada com tampinhas de garrafa!

Zigue-zague do disco: A brincadeira consiste em passar pelos obstáculos ( garrafas de plástico dispostas em uma linha com um espaço entre elas) conduzindo um disco (pode ser papelão, pratinho plástico, ou um pano) com um cabo de vassoura (ou material similar).A criança deve ir e voltar conduzindo o disco.

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AULA REMOTA: DANÇA

Autor (a): Alcilene Costa De Magalhães (tilenemagalhaes@gmail.com) EMEF Nossa Senhora Auxiliadora

Como Educadora a mais de 20 anos com objetivo de formar grandes cidadãos do bem, optei por redirecionar meu trabalho para a área de esporte e laser. Fiz o curso de Educação Física e passei a ministrar aulas em escolas publicas e ongs como educadora social. Hoje atendo mais de 500 crianças e tenho a missão de educá-las para a vida. Mas Lene, porque você dar aulas (manhã, tarde e noite) para essas crianças de escola pública, você trabalha muito e recebe tão pouco, vai pra academia que cada minuto, você recebe o triplo que a escola paga pelo seu trabalho, e não são 30 meninos numa turma, no máximo são 3 ou 4 alunos por hora. Ai eu respondo, ―trabalho pra ser feliz‖...a gratificação de ouvir, ―Professora eu consegui fazer tudo direitinho que a senhora pediu‖...e quando você chega na escola...‖Prof Lene, fiquei esperando a semana toda pela Senhora, Ed física é a melhor aula do mundo‖. Portanto, sou professora de educação física, essa é minha profissão e tenho muito orgulho de poder ensinar e formar outras gerações. Com o período de isolamento social, as escolas estão fechadas e estamos ministrando Aulas Remotas, uma opção que as redes de ensino buscam para amenizar os prejuízos na educação e sobre o ensino em tempos de Pandemia. O uso das tecnologias para dar continuidade as aulas fora da escola, aulas remotas na casa do aluno, foi um instrumento fabuloso. O mais difícil foi adequar os alunos a este sistema online, onde muitos não tem acesso a internet. Como ensinar atividades físicas no ambiente de isolamento social, como o aluno vai se comportar numa sala/cozinha ou num quarto/sala... movimentos corporais para movimentar o aluno e prever como é sua casa para que ele não se machuque. No meu plano de aula de Ed física na escola no 5º ano. Optei por aulas práticas de ginasticas e tarefas de ―perguntas e respostas‖ sobre vídeos e/ou imagens. Envio vídeos (https://youtu.be/cAMzsBrl2y8) para realização de exercicios em casa ou imagens (https://images.app.goo.gl/pCuWzq5iGU17MwKGA) quadro de exercicios físicos aos alunos num grupo de WhatsApp criado para os estudantes de cada turma, e os que não tem celular usam dos pais, para que eles executem as atividades solicitadas, eles por sua vez dão o retorno dos exercicios através

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12 de vídeo ou fotos das atividades realizadas e assim vamos avançando nos conteúdo. E para os alunos que não usam as redes sociais, criamos cadernos de atividades para que respondam as tarefas e devolvam para eu corrigi-las. E assim todos contribuímos para o processo de ensino e aprendizagem do grupo.

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BRINCADEIRAS POPULARES: UM MOMENTO DE EXTREITAR OS LAÇOS ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA

Autor (a): Alice Sonaglio de Vasconcellos (alicesonaglio@yahoo.com.br) Prefeitura Municipal de Taquari

Inspirada pela palestra ―Educação Física Escolar e as relações entre/com alunos e famílias nos tempos atuais‖, em especial, com a fala da Profª Silvane Isse, sobre o que podemos oferecer para os alunos e as famílias nesse momento. Propus uma aula com a temática de jogos e brincadeiras, que foi enviada para uma turma de quinto ano, composta por 10 alunos. A aula consistiu em dois momentos: Uma entrevista e a realização de atividades propostas. A entrevista deveria ser feita com uma ou duas pessoas com quem moram e consistiu em fazer duas perguntas: ―Qual a sua idade?‖ e

―Quais brincadeiras marcaram a sua infância? Descreva alguma delas‖. Após conhecer as brincadeiras, os alunos deveriam escolher uma delas para brincar. Posteriormente, trouxe a brincadeira amarelinha, em quatro formatos: tradicional (com 9 casas e céu), em caracol, africana e chinesa. Todas possuíam uma explicação, as regras, fotos e vídeos. E pedi que os alunos escolhessem duas delas para praticar. Recebi o retorno de 5 alunos. As entrevistadas eram avós e/ou mães e as brincadeiras relatadas foram:

esconde-esconde, passa anel, pula corda, pega-pega e jogar bola. Um fato interessante é que não pedi foto da entrevistada, porém o primeiro aluno a retornar, enviou uma foto abraçado na avó, que foi sua entrevistada. Isso resultou que os outros alunos, também enviassem fotos com as suas entrevistadas. O que foi muito interessante, pois encheu o grupo do whatsapp da turma, com fotos dos alunos com aquelas pessoas queridas, que participaram da atividade, tornando a experiência ainda mais divertida e interessante.

Sobre as amarelinhas enviadas para conhecer ou rever, a maioria escolheu brincar com a amarelinha tradicional, seguida pelas amarelinhas chinesa e africana. Por fim, considero que utilizei as provocações e colocações feitas pelos palestrantes do curso, não só nessa aula, mas nas aulas que fui montando e enviando, desde que comecei a fazer a formação. Tentando trazer atividades que sejam lúdicas, interessantes e que façam sentido para o momento que estamos vivendo.

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ATIVIDADE DESAFIOS DE GINÁSTICA

Autor (a): Amanda Moreira de Farias (Amanda_farias19@hotmail.com) Universidade La Salle

Essa é uma ideia de atividade a ser elaborada com os alunos de ensino médio, eu como estudante do curso de educação física, colocaria em prática nesse momento de aulas remotas, pois a ginástica possibilita o exercício da criatividade, da tomada de decisões e da resolução de problemas. Por estas serem competências importantes para o mundo do trabalho, elas se tornam ainda mais relevantes para os alunos do Ensino Médio. Peça para que os alunos executem os desafios a seguir nas aulas de Educação Física. À medida em que eles assimilarem as sequências, poderão adotá-las como pausas ativas entre os períodos longos de estudo.

MATERIAIS:

Uma bolinha de tênis, de meia ou similar.

COMO FAZER?

1. Lançar a bolinha para o alto com as duas mãos e recuperá-la com ambas. Jogar novamente e recuperar com a mão direita, com a mão esquerda e, alternadamente, jogar com a direita e recuperar com a esquerda e vice-versa.

2. Repetir os lançamentos, incluindo os membros inferiores. De pernas afastadas, realizar o movimento de transferência de peso do corpo de uma perna para a outra. Neste movimento, realizar os mesmos lançamentos na postura estática.

3. Lançar a bolinha para o alto com as duas mãos e bater uma palma. Após o domínio deste lançamento, aumentar para duas palmas, três, quatro até o máximo de palmas que conseguir. Assim que os alunos dominarem esta sequência, solicite uma variação deste desafio: realizar os lançamentos com as palmas, marchando, primeiramente no lugar e, depois, com deslocamentos para frente e para trás.

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15 4. Realizar movimentos circulares com os braços, iniciando com a bolinha na mão direita. Executar uma abdução dos ombros, levando os braços para o alto da cabeça. Pegar a bolinha com a mão esquerda e levá-la para baixo, entregando para a mão direita. Após 3 a 4 movimentos circulares, a troca da bolinha embaixo deverá ser nas costas, permitindo abertura de peitorais.

5. Ainda trabalhando mobilidade e alongamento de cadeia posterior, realizar uma flexão de tronco. Com as pernas afastadas, desenhar o número 8 dentro e fora das pernas, trocando a bolinha de mão sempre que estiver entre as pernas. Ao final de 4 a 6 repetições, descer o tronco na máxima amplitude, tentando tocar a bolinha, que estará segura por ambas as mãos, no chão

6. Para finalizar, realizar elevação de joelhos alternada, lançando a bolinha por baixo da perna que está elevada e pegando com a mão oposta. O desafio será lançar a bolinha cada vez mais alto.

PONTOS DE ATENÇÃO: Peça aos alunos que fiquem atentos à existência de lâmpadas ou outros objetos frágeis no local

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ATIVIDADE FÍSICA E EXERCÍCIO FÍSICO EM UM CONTEXTO PANDÊMICO

Autores (as): Amanda Corrêa Ricardo da Silva, Marcela do Nascimento Colvara e Victória Leizer dos Santos Hostyn (amandacorrearicardo@gmail.com ,

victorialeizer@gmail.com e marcelacolvara1@hotmail.com)

Estudantes de Bacharelado em Educação Física UFRGS, ACM Cruzeiro do Sul e Prefeitura Municipal de Guaíba

Ao final do curso ―Educação física escolar em tempos de distanciamento social‖

temos a difícil tarefa de sintetizar uma possível prática, ou prática possível, em tempos pandêmicos, ressaltamos que aqui traremos uma possibilidade, que para ser realizada necessita de uma boa avaliação de contexto e de aplicabilidade. Esta atividade foi aplicada pela professora Marcela Colvara em uma escola da rede municipal de Guaíba- RS.

A atividade consiste em uma conversa com os estudantes, sobre o entendimento deles acerca das diferenças dos conceitos de ―atividade física‖ e ―exercício físico‖, com base nos relatos a professora foi introduzindo apontamentos sobre o conteúdo e caminhando para o entendimento da turma. Após um debate sobre essas questões foram acrescidas perguntas a fim de entender o contexto em que aqueles estudantes estão inseridos, foram elas ―quais práticas acontecem no seu bairro?‘‘, ― tu praticas mais atividade física ou exercício físico?‖, ―como são os espaços públicos no teu bairro?‘‘,

―esses espaços são utilizados para alguma prática de atividade/exercício?‖, ―quais são a práticas que você mais vê e ou pratica?‖, além dessas outras perguntas foram surgindo inclusive por parte dos estudantes.

Após uma conversa com as respostas e reflexões sobre o tema, foi proposto que os estudantes pensassem quais dessas práticas podem ser feitas no contexto atual, levando em consideração o espaço familiar, a infraestrutura dos discentes, o acesso a internet e todas as outras variáveis que perpassam o ensinar em tempos pandêmicos.

Das respostas podemos escolher uma ou algumas e tentar a prática, pensando em todo o aprendizado acumulado no debate e sem a necessidade de algo perfeito, focando apenas na tentativa de construir algo significativo e coletivo, que leve em consideração as vivências dos estudantes e que dialogue com a realidade em que vivemos.

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TRILHA DA EDUCAÇÃO FÍSICA

Autor (a): André Benami Baratz (andre_baratz@hotmail.com)

Servidor público da SEDUC da prefeitura de Canoas-RS – EMEF Barão de Mauá O ensino ―remoto‖ foi implementado no município de Canoas pouco depois da suspensão das aulas presenciais. Nossas escolas organizaram-se no sentido de tentar atender remotamente os alunos da rede escolar deste município já no final de março e início de abril. Para mim não foi nada fácil adaptar-me a este novo modo de trabalho.

Ainda mais com turmas dos anos iniciais do ensino fundamental com as quais trabalho.

Num primeiro momento passei a enviar tutoriais descrevendo regras de alguns jogos de sala como damas, varetas, dominós, enfim, atividades utilizadas em nossas aulas nos dias de chuva. Além disto, enviei vídeos de brincadeiras como Morto Vivo para as crianças dos primeiros anos. Passado esses dias iniciais fui diversificando minhas aulas sempre tentando atender os objetivos do referencial curricular de Canoas. Tenho enviado atividades para os alunos dos grupos pré e pós-alfabetização.

Uma atividade enviada para os alunos do pós-alfabetização chamou-me atenção por tratar-se de uma atividade única envolvendo vários objetivos. Trata-se de uma trilha enviada por whatsapp com 34 ―casas‖ desenhadas num papel onde, através de um dado ou do sorteio de seis papéis numerados e colocados num copo, desloca-se pela trilha de acordo com o número sorteado. Durante o trajeto pela trilha intitulada ―Trilha da Educação Física‖ há casas com comandos de recuar ou avançar. Também há comandos de execução de exercícios como, faça dez polichinelos, ou agachamentos, ou saltitos.

Além disto, existem casas com questões relacionadas ao esporte como, por exemplo, dê um exemplo de esporte coletivo. Caso acerte, avance três casas, caso erre, volte três casas. Por fim, adicionei desafios do tipo, jogue par ou ímpar ou Jokempô. Se vencer, avance cinco casas, se perder, fique uma rodada sem jogar.

Enfim trata-se de uma atividade envolvendo a execução de alguns exercícios, algum conhecimento teórico, sorte nos desafios e jogado de forma lúdica. Creio ter atendido bem aos meus objetivos e aos do RCC( Referencial Curricular de Canoas) criado a partir da BNCC.

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PETECA: DA CONSTRUÇÃO AO BRINCAR

Autores (as): Bethânia Elias Ceschini, Fernando de Oliveira Alves e Lucindo Scholenberg Jr (bc.rcc@hotmail.com, fernandoalves798@gmail.com e

lucindojunior@dohms.org.br)

Colégio Sinodal Tramandaí, Centro de Ensino Médio Pastor Dohms – Unidade Alvorada e Centro de Ensino Médio Pastor Dohms – Unidade Higienópolis

Tendo em vista a proposição da Base Nacional Comum Curricular da inserção de jogos de matriz indígena nas aulas de Educação Física e levando em consideração a realidade do ensino domiciliar, bem como o contexto dos alunos neste período de isolamento social em virtude da pandemia, na semana em que foi comemorado o dia do índio (19 de abril), foi sugerida a criação de uma peteca.

Tal brinquedo foi escolhido pela facilidade de construção e por utilizar materiais recicláveis acessíveis a todos os alunos: duas sacolas plásticas, tesoura, três folhas de jornal ou tecido (para fazer volume) e um pedaço de barbante ou a própria alça da sacola para amarrar. Um vídeo com uma pequena explanação sobre os costumes, hábitos e brincadeiras da cultura indígena, assim como o professor ensinando o passo a passo da confecção da peteca e orientações de como usá-la foi encaminhado aos alunos (um material impresso contendo as mesmas informações foi criado para os alunos com impossibilidades de acessar o vídeo).

Partindo do brinquedo concluído, foram propostas várias práticas que possibilitassem a descoberta da peteca de forma lúdica e lançados pequenos ―desafios‖

cujas execuções contribuíssem para o desenvolvimento das habilidades motoras dos alunos, como atividades simples de manipulação e lateralidade, por exemplo: jogar a peteca para cima usando somente a mão esquerda e depois a mão direita; fazer o mesmo movimento anterior, porém, revezando as mãos; bater com uma das mãos projetando a peteca para o alto e bater palmas antes de pegar o objeto novamente; jogar a peteca bem alto e antes de apanhá-la, tocar com as duas mãos na cabeça, visando velocidade de reação e noção tempo-espaço; lançar a peteca em um alvo (tentar acertar em um recipiente como um balde); jogar a peteca com alguém, utilizando uma rede adaptada

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19 (um cabo de vassoura apoiado sobre duas cadeiras), dentre outras atividades, sempre progredindo das mais simples para as mais complexas.

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ESPORTES DE REDE E PAREDE NA PERSPECTIVA REMOTA

Autor (a): Braian De Brito Lezcano (braian.brito@outlook.com) Prefeitura Municipal De Gramado

O meio proporcionado para as aulas de Educação Física remota não está nos permitindo utilizar-se de uma característica tão importante em nossa área, a troca de conhecimentos através das interações corporais, os conteúdos conceitual e procedimental estão sendo mais bem explorados ao atitudinal. Outra barreira bastante impactante se fez por conta da limitação de acesso por parte dos alunos aos recursos tecnológicos e de internet, sendo na maior parte restrito a um único aplicativo de comunicação. Desta forma, fomos obrigados a buscar alternativas para proporcionar a melhor maneira possível para desenvolver nosso trabalho. Tendo dito isto, venho agora apresentar como ocorreram as primeiras semanas de aula de Educação Física escolar durante o período de distanciamento social, no contexto específico de duas turmas de quarto e quinto ano, de uma escola municipal da cidade de Gramado, Rio Grande Do Sul.

O conteúdo abordado seguiu uma progressão do que vinha acontecendo no primeiro mês de aula, onde estávamos trabalhando os esportes de rede e parede, mais especificamente o badminton. Foram criados materiais audiovisuais (infográficos e vídeos), que apresentaram conceitos e materiais do esporte específico, seguido por algumas regras de jogo. Depois, elaboramos de forma interdisciplinar junto com a disciplina de Arte uma sugestão para confecção de petecas, fazendo o uso de material reciclável. Por fim, sugeriu-se aos alunos que jogassem junto aos seus familiares, buscando criar formas de interação, adaptando-se as individualidades e ao espaço disponível.

O contato com os alunos/famílias se fez exclusivamente por grupos de turma, através de um aplicativo de comunicação (WhatsApp), nestes casos específicos, todos os

alunos tiveram acesso aos materiais. Os feedbacks foram positivos tanto vindo de pais como de alunos, que puderam utilizar o material criado para além do momento dito de aula. Logo em seguida, as atividades escolares foram realizadas de forma comum a toda

rede, onde os professores foram reunidos por turmas (iniciais e finais) e áreas (no caso da Educação Física, linguagens) para que desta forma, pudessem elaborar aulas/atividades de forma interdisciplinar, onde todas as escolas da rede municipal

ofereceram o mesmo material de forma padrão.

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DETETIVES EM BUSCA DA APRENDIZAGEM

Autor (a): Carla Bueno Medina (Carlabuenomedina@hotmail.com) Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul

Em tempos de distanciamento social, os professores precisam estar atentos as necessidades dos seus alunos. Lembrando que as crianças tiveram suas rotinas alteradas e provavelmente estão sentindo falta do ambiente e dos colegas. Portanto, o desenvolvimento motor, social e cognitivo não pode parar nesse período e com diferentes estratégias deve ser estimulado. Conforme falou a professora Roseli a escola vai até a casa dos alunos e precisamos utilizar o que eles têm na mesma para preparar as atividades.

Uma atividade que poderia ser facilmente desenvolvida com diferentes faixas etárias é a proposta dos detetives (detetives do prédio azul, desenho e filme conhecido por alguns). O objetivo desta aula é usar o espaço da casa para aprender. Os alunos receberiam uma carta com alguns enigmas para serem descobertos pelos(as) detetives.

Para isso acontecer, eles teriam que passar por alguns desafios, estes seriam utilizados para desenvolver diferentes habilidades. O primeiro desafio para a primeira pista seria pular 10x em um pé só. Após os saltos, os alunos poderiam abrir a primeira pista que seria um lugar da casa, por exemplo: cozinha. Na cozinha eles teriam que pegar alguns objetos como colher, garfo e um copo. Assim seguindo, um próximo desafio para liberar a outra pista como: rolar no chão. Em seguida, poderiam descobrir o próximo lugar da casa que seria a sala e nela teriam que pegar mais alguns objetos como brinquedo, caneta e chinelo. Após passarem por todos os desafios e pegarem todos os objetos, os alunos teriam que colocar esses objetos na mesma ordem em que eles estariam na carta. Depois cada objeto seria trocado por uma letra (preparadas pelo professor), assim formando uma palavra ou frase.

Conforme algumas palavras do professor Elisandro o Ensino à Distância não irá substituir o ensino, mas ele irá auxiliar para manter uma ligação ensino-aprendizagem e manter uma conexão entre professor e aluno. Assim como o professor Fabiano disse: a educação não deve ser feita sozinha, quanto mais os professores de educação física criarem junto com outros professores, mais todos serão uma base de ensino para essas crianças.

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POTEVITA: MÉTODO PARA EMPODERAR A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Autor (a): Carlos Alex Martins Soares (carlos.alex@ufrgs.br)

Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Rede Escolar do Rio Grande do Sul Prefeitura Municipal de Rio Grande

Busco, há mais de duas décadas, fazer com que minha práxis seja diferenciada, desde as aulas regulares até as equipes esportivas que posso organizar. Porém, cabe destacar que estou envolvido com a Educação Física há 40 anos: aluno, atleta, discente da graduação e da pós-graduação e professor. Desde meu primeiro ano de docência procuro entender o desinteresse de alguns alunos pela prática e concluí que minha missão deveria ser empoderar os jovens através da assimilação e construção de conhecimentos relativos à atividade física, aos exercícios e aos esportes de maneira que a prática permanecesse em suas vidas quando atingissem a idade adulta.

Portanto, meu objetivo é permitir que meus alunos comparem os (1) malefícios de não ser fisicamente ativo com (2) os benefícios que a prática regular de esportes e de atividades físicas proporcionam e, assim, sejam capazes de escolher a segunda opção — pois também dominam estes conhecimentos pela prática regular — e os utilizem como um meio para uma vida plena e saudável.

Neste momento de distanciamento social e com o desenvolvimento de aulas remotas, estou construindo o processo dialético através de algumas ferramentas (Podcast, Texto, Vídeo e Tarefa), representadas pelo acrônimo PoTeViTa (partindo da ideia de pote de vida). A ideia é apropriação e (re)construção do conhecimento pelos alunos, permitindo que adicionem as suas reflexões tais elementos e que estes contribuam para que vivenciem mais a Educação Física. Portanto, o Podcast CEFE (Cantinho da Educação Física Escolar) é a forma de comunicação, os textos baseados nos componentes curriculares são reforçados pelos vídeos garimpados no youtube (adequados a idade e com conteúdo atrativo) e, finalmente, o reforço ocorre com as tarefas (por exemplo: montar jogos de salão ou prática de alongamentos ou um recordatório alimentar).

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23 Tudo isto vinculado ao universo da Educação Física, sempre tendo em mente que a educação ainda é um privilégio de poucos e a educação não é bancária, como afirmou o professor Fabiano Bossle em uma citação indireta de Paulo Freire.

Acrescento que, em função dessas declarações, deve ser uma premissa fundamental ofertar o melhor aos escolares e que a Educação Física é a melhor forma de aprendizado do ambiente escolar, afinal ela não é bancária.

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O RESGATE DAS BRINCADEIRAS POPULARES EM TEMPOS DE PANDEMIA

Autor (a): Caroline Conrado Pereira (carolconradop96@gmail.com) Universidade Luterana do Brasil - Ulbra Canoas

O presente trabalho traz um relato na realização do Estágio Supervisionado com os Anos Iniciais do Ensino Fundamental, foi solicitado para que trabalhasse o resgate das brincadeiras populares, com o início da pandemia da Covid-19 começamos a trabalhar de forma remota e seguimos a mesma linha de trabalho.

Fizemos a observação de como as brincadeiras foram perdendo espaço com o grande avanço da tecnologia e enquanto educadores precisamos manter e levar o conhecimento corporal através de jogos, brincadeiras, ritmo e expressões, pois sabemos que contribui para o desenvolvimento de suas coordenações motoras, habilidades visuais, auditivas, raciocínio criativo e etc.

As aulas foram enviadas para as turmas de 4º e 5º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual de Ensino Médio Visconde de Mauá no município de Butiá/RS, ao início do trabalho foi solicitado que fizessem pesquisas sobre brincadeiras antigas e após começamos com o envio das atividades com vídeos de apoio para a realização, buscamos trabalhar com materiais de sucata, construções de materiais e em duplas, trios, para que as atividades envolvessem a família naqueles minutos de aprendizagem.

Foi um período de grande aprendizado pois foi preciso de reinvenção, utilização da ferramenta da tecnologia para darmos sequência no trabalho, pude perceber uma melhora significativa ao longo do período através dos vídeos de retorno encaminhados pelos alunos e os feedbacks passados com algumas surpresas de atividades em que não conheciam, mesmo de forma remota foi uma experiência incrível, pois pude perceber que levei novidades e possibilidades de brincadeiras para esse período de distanciamento social.

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DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO FÍSICA EM TEMPOS DE PANDEMIA

Autores (as): Caroline Maciel da Silva e Débora Raquel da Silva (carolinemaciel78@gmail.com e debora.raquel@acad.pucrs.br)

Prefeitura Municipal de Canoas/RS

Este texto tem por objetivo trazer um relato de experiência baseado nas aulas de duas professoras da disciplina de Educação Física, ministradas em duas escolas de um município da Região Metropolitana de Porto Alegre/RS. Diante de todos os acontecimentos, nos perguntamos: o que se faz quando não podemos fazer o que sabemos fazer? O processo de escolarização precisou ser rapidamente reinventado, demandando que diversas ações fossem executadas pelo professorado desse município, para que os estudantes tivessem acesso às tarefas das escolas, como criações de salas de aulas virtuais, grupos de comunicação via smartphones e atividades impressas.

Um exemplo de atividade realizada e que repercutiu positivamente através do relato dos estudantes, foi um jogo onde os alunos deveriam jogar em duplas (um contra o outro) ou mais pessoas. Marca-se no chão, com uma pequena distância, os números 1,2,3,4. O jogador inicia a partida falando uma sequência aleatória por exemplo: 2,4,1,3.

Quem terminar a sequência primeiro, sem errar marca o ponto. Pode se variar o jogo aumentando os números ou para aqueles alunos/as de inclusão que estão em cadeira de rodas, pode-se mostrar em uma folha de papel e pode ser marcado com as mãos.

Nesse momento o exercício da reinvenção, do estudo e compreensão de pontos importantes relacionados com a nossa prática pedagógica é de suma importância, como por exemplo, a readequação do conteúdo em relação ao tempo e condições de ensino e aprendizagem. Ao repensar estratégias para o trabalho de forma remota, tentamos ir ao encontro dos estudantes buscando uma forma de nos aproximarmos, apesar da necessidade de estarmos distantes.

Como será o retorno para a Educação Física? Não sabemos, na verdade não temos ideia. Sabemos que o ensino remoto é emergencial e que as escolas retornarão com suas atividades presenciais. O que podemos pensar é que voltaremos com outras prioridades e outros propósitos, como a valorização do ser humano, dos movimentos e manifestações sociais.

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ENLAÇANDO O CONHECIMENTO: DESAFIOS DE PESNAR A EDUCAÇÃO FÍSICA EM TEMPOS DE ISOLAMENTO SOCIAL

Autor (a): Caroline Gomes de Oliveira (Carolineoliveira.edfisica@gmail.com) Estado de Educação de Minas Gerais

Pensar a Educação Física em tempos de isolamento social tem sido um grande desafio, pois entendo a disciplina como uma das mais valiosas experiências corpóreas dentro do cenário educacional. È difícil conceber uma pratica educacional da área que não esteja conectada com o encontro com o outro, principalmente quando se trata a disciplina como a cultura corporal de movimentos que se entende que o movimentar-se humano é a maneira que os sujeitos tem de se comunicar com o mundo, sendo o mesmo atravessado pela cultura a qual se insere.1 Na tentativa de aproximar as minhas atividades no regime de tele trabalho com a concepção de Educação Física escolar que acredito, realizei no mês de Junho/Julho com os estudantes atividades referentes ao papagaio/pipa, já que nesse período do ano, por ter ventos favoráveis com a atividade é sempre possível se vê-las enfeitando o céu, e por ser uma brincadeira cultural aqui em Belo Horizonte, alem de se aproximar da vivencia dos estudantes foi muito pertinente abordá-la nas atividades. Após a atividade obtive um retorno positivo dos alunos com vídeos, fotos e relatos sobre a experiência, que serão usados para a avaliação da atividade. Os estudantes abordaram em suas narrativas como foi importante em meio ao cenário conturbado de isolamento, onde a cada dia eles são sobrecarregados com muitas atividades escolares poderem fazer uma atividade que fosse próxima da vivencia deles e que os motivasse a movimentar-se criativamente, já que para alguns era uma vivencia totalmente nova. Ademais foi levantadas questões de gênero nas brincadeiras, da importância de valorizar a cultura popular, isso foi importante para que pudesse avaliar como os estudantes têm se apropriando dos temas que já haviam sido debatidos em aula.

1 Ver em BRACHT (2005). Por fim, torna-se importante, pensar formas de trazer o conteúdo da Educação Física para próximo dos estudantes, sem cair em armadilhas sobre o tem sido revividas sobre a área em algumas instituições.

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ENCONTRE O OBJETO

Autor (a): Charline Avila de Arruda (charline.arruda@gmail.com) Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Durante as lives do curso conversamos muito sobre ter consciência da falta de acessibilidade de muitos alunos, da falta de suporte, da carência de materiais e também da falta de motivação. Tivemos a excelente live em que discutimos sobre a educação inclusiva, que atualmente está ainda mais excludente, tendo em vista que a educação especial está praticamente toda parada. Sendo assim, resolvi criar uma aula que abranja esses alunos, pois eles também precisam muito das atividades, da relação com o professor e outros colegas, mesmo que de forma virtual. Planejei uma aula em uma turma de Educação Especial, mesmo sabendo que o acesso será bem limitado e, provavelmente, com poucos alunos, mas acredito que se conseguirmos alcançar ao menos um aluno já obteremos sucesso. Nesta aula realizaremos uma atividade ―simples‖ e que, possivelmente, todos alunos presentes conseguirão realizar, a brincadeira escolhida é ―Encontre o objeto‖. Para que a brincadeira ocorra é necessário uma conversa inicial com o adulto responsável para verificar se o aluno tem em casa os objetos e para solicitar que deixem os objetos em algum lugar de fácil acesso, para que um aluno cadeirante consiga pegar, por exemplo. Após a conversa com o adulto responsável escolhemos alguns objetos simples como: panela, escova de dente, copo plástico, chinelo, cabide de roupas e travesseiro. A brincadeira ocorre da seguinte maneira: a prof solicita um objeto por vez e começa dando dicas para os alunos sobre qual objeto quer, por exemplo: é um objeto de metal;

geralmente, tem um cabo; usamos para fazer comida; se alguém ainda não souber, podemos dizer as sílabas: começa com PA, a segunda sílaba é NE e a última é LA, assim que as crianças descobrirem qual o objeto, elas vão buscá-lo, caso a criança não tenha possibilidade de ir até o objeto, o adulto que estiver junto pode pegar e alcançar para ela. Em seguida, vamos ao próximo objeto, com novas dicas e sempre evitando ao máximo dizer qual a palavra para a criança, tentando com que ela se esforce para descobrir.

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EDUCAÇÃO FÍSICA EM TEMPOS DE EDUCAÇÃO REMOTA:

CINEMA EM CASA

Autor (a): Cíntia Menezes Guimarães (cintia.mguima@hotmail.com) Universidade Federal do Rio Grande do Sul

A Educação Física está vivendo um momento de muitos desafios com o ensino através das aulas remotas, é uma disciplina reconhecida pela experimentação, pelo movimento e pela coletividade, o que nos desafia muito na hora de elaborar as aulas e propor atividades. Não é fácil manter a atenção dos alunos em sala de aula, tão pouco, manter essa atenção, o interesse, a prática, a motivação dentro de casa.

A proposta da aula seria indicar um filme sobre esporte para os alunos olharem e a partir das suas impressões solicitar que se imaginassem como seria ser o personagem principal do filme com suas características e então relatar como se sentiriam, reagiriam, dificuldades, etc. Após o aluno escolheria um esporte de sua preferência e um atleta dessa modalidade e tentaria representar através de uma foto (Selfie), colocando nessa foto as características que chamam atenção desse atleta sem identificar o nome, depois compartilhar com o restante da turma, via whatsapp, até que consigam adivinhar de quem se trata.

Minha proposta pedagógica é baseada na BNCC, podendo ser utilizada para o ensino médio ou ensino fundamental II. Consiste em uma aula com o objetivo geral de trabalhar com a unidade temática de esportes, utilizando a tecnologia digital e o uso de filmes como inspiração. Nessa aula pretendo desenvolver a linguagem corporal, a expressão, a comunicação, ampliar o repertório cultural e a cultura digital, estimular o pensamento crítico, científico e criativo, além dos valores. Os objetivos específicos são:

conhecer um filme sobre esporte e seus valores; propor aos alunos atividades práticas e criativas sobre o filme; utilizar o filme como uma ferramenta pedagógica; aprimorar o uso de ferramentas digitais; desenvolver as competências de autoconhecimento e autocuidado; refletir sobre características físicas e de desempenho próprias e dos outros;

discutir sobre a mídia e a sociedade;

O curso me fez refletir sobre vários aspectos, um deles é a individualização e o isolamento que aumentou com o distanciamento social, ainda sim vejo na minha

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29 proposta uma possibilidade de interação entre os alunos, mesmo que de forma virtual, naturalmente não se pode ter isso em todas as aulas, mas sempre que possível precisamos pensar em maneiras de proporcionar isso para os alunos e amenizar os efeitos da falta de coletividade. São as reinvenções de que tanto falamos! Além disso, devemos estimular sempre o protagonismo do aluno dentro dos limites e o contexto de cada um.

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A EDUCAÇÃO FÍSICA E A PERMANÊNCIA DOS VÍNCULOS EM TEMPOS DE DISTANCIAMENTO SOCIAL

Autor (a): Cláudia da Rosa Romero (claudiaromerosb@gmail.com) EMEF Francisco Xavier Kunst – Novo Hamburgo

Não estávamos preparados e ainda não estamos, mas algo precisa ser pensado e colocado em prática para que possamos de alguma forma manter algum tipo de vínculo com nossos alunos, não é simplesmente fechar as portas da escola e virar as costas para a comunidade, onde sempre tivemos o cuidado e a preocupação de manter no mínimo o afeto e o entrelaçamento das relações, para nos proteger no conforto dos nossos lares.

Pensar a Educação Física tendo que levar em conta o distanciamento entre os corpos que o momento exige, acaba sendo um desafio extremamente difícil, mas vamos lá, professor, agora o momento exige criatividade, pró atividade e coragem, a final de contas precisamos justificar nossos salários. Pensando nisso no decorrer de alguns meses planejei alguns desafios corporais para que eles pudéssem se ocupar por algum tempo e lembrar que estamos ali, mesmo que virtualmente dentro de uma telinha.

Pensando nessa proposta procurei trazer alguns convidados que despertasse neles também algo que os fizessem se sentir representados e que os situasse na sociedade, como exemplo: Desafio com a recordista mundial de embaixadinhas, pensando nas meninas da escola e suas auto estima, aula de treinamento físico com uma nadadora paralímpica, pensando em desacomodá-los da preguiça e dos jogos free-fire (que foi a febre no momento da pandemia), jogos de cinco marias instigando a trazer avós, pais e tios para a brincadeira, e outros.

O desafio foi grande em planejar e montar essas atividades, mas o limitador maior foi o fator acessibilidade e isso foi amplamente discutido no decorrer do curso de extensão, então, não podemos ter a ilusão de que a tecnologia está aí a nosso favor e para nos ajudar, precisamos sim antes de tudo ter a consciência das diversas realidades, ter empatia e a preocupação de que o nosso aluno possa ter o mínimo e com isso não colaborar para o aumento da desigualdade social.

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EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR EM TEMPOS DE DISTANCIAMENTO SOCIAL:

O PBL COMO RECURSO METODOLÓGICO

Autor (a): Cleber dos Santos Ferreira (cleber.ferreira@ifb.edu.br) Instituto Federal de Brasília – IFB

Frente ao cenário de distanciamento social vivenciado a partir de uma pandemia que atingiu a todos, fomos instigados a procurar ferramentas que nos possibilitassem novas formas de configurar tanto o ensino-aprendizagem quanto a relação professor-aluno. Preocupados com a sobrecarga de tarefas e demais empecilhos que poderiam surgir com as aulas não presenciais, os professores do Ensino Médio Técnico em Alimentos do Instituto Federal de Brasília – Campus Gama, decidiram adotar uma metodologia onde fosse possível abordar os conteúdos considerando o estudante como centro do processo de ensino-aprendizagem, dando sentido as aprendizagens dentro do atual contexto.

A escolha por uma metodologia ativa era consenso entre os professores e nesse pensamento foi iniciada ainda no mês de abril uma formação em PBL. Do inglês, Problem Based Learning, ou Aprendizagem Baseada em Problemas, essa metodologia aproximou os componentes curriculares e deu autonomia aos estudantes que passam a construir seu próprio conhecimento a partir do debate e trabalhos em grupo para resolução de um determinado problema. Mas como a Educação Física se encaixa nessa proposta? Os componentes foram divididos em áreas de conhecimento (Humanas, Exatas e Técnicas), sendo a Educação Física inserida nas Humanas. A cada semana, são apresentados aos estudantes, problemas para serem analisados e resolvidos em temas que envolvem a grande área (e por consequências, os componentes específicos e seus conteúdos), ficando os professores com o papel de tutores na mediação do estudo. As turmas e grupos revezam entre as áreas a cada semana. Os problemas permeiam todos os componentes de forma indireta, sendo os estudantes instigados na busca pelo conhecimento para que o problema seja resolvido ao final da semana. O PBL possibilita o diálogo entre componentes e a abordagem de conteúdos significativos dentro de uma mesma atividade, evitando-se assim o acúmulo de tarefas de forma isolada. A Educação

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32 Física dialoga com as demais áreas para que o estudante trabalhe sua autonomia e reconheça em um problema, as possibilidades de atuação e consequente resolução.

Outro diferencial é a avaliação, que é feita por pares, auto avaliação e avaliação pelo tutor. As aulas são realizadas pelo Google Meets para apresentação do problema e depois acompanhadas pelo Google Classroom com dicas de materiais para consulta, realização de diários de bordo, relatório do grupo e avaliações. No final da semana é retomada no Google Meets para debate em grupo com o tutor e apresentação da resolução do problema. Todo planejamento é realizado semanalmente pelo grupo de professores das áreas para elaboração de um novo problema. Apesar do retorno das aulas na rede federal de Brasília ter se concretizado apenas no mês de agosto, o retorno dos estudantes e professores tem sido com depoimentos favoráveis à nova metodologia adotada, destacando a autonomia nos estudos e o protagonismo exercido por cada integrante na proposta.

O curso de extensão ofertado pelo GEDAEF, proporcionou uma reflexão acerca de uma nova configuração e formato de aulas não presenciais, oportunizando aos professores de Educação Física o debate em questões relevantes ao se pensar o fazer pedagógico. E a metodologia PBL acaba por encaixar-se nas propostas debatidas, destacando aqui fatores relevantes a serem considerados no planejamento das aulas como: dar sentido às aprendizagens, conteúdo x cuidado com o estudante e professor, aproximar-se no distanciamento, o construir coletivamente, o pensar sobre o ainda não pensado, a participação/inclusão de todos, o sujeito que aprende em sua realidade....

tudo isso dentro de um novo contrato da Educação Física que surge a partir de uma reflexão do modelo presencial a partir de propostas não presenciais.

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JOGO DA EDUCAÇÃO FÍSICA

Autor (a): Cristina Borges Cafruni (ccafruni@hotmail.com) Colégio de Aplicação da UFRGS

O presente relato descreve uma proposta de atividade de Educação Física destinada às séries iniciais (3º, 4º e 5º anos) realizada no mês de junho de 2020, no contexto de Ensino Remoto (ER) do Colégio de Aplicação da UFRGS. Tais atividades de ER tinham, nesta fase, o objetivo de manter o vínculo escolar dos estudantes. Por esse motivo, e considerando as diferentes condições de acesso à internet, não foi solicitado algum retorno da atividade por parte dos alunos. Todas as atividades de ER eram publicadas semanalmente no site da escola, e as famílias também poderiam optar por retirá-las no próprio colégio. A atividade foi dividida em dois dias. No primeiro dia, os alunos receberam um jogo de tabuleiro, elaborado em uma folha A4 na horizontal. O jogo foi construído especialmente para este fim, e continha 30 casas para serem percorridas por uma peça, que poderia ser um botão ou pedaço de papel. O número de jogadores deveria ser de, no mínimo, dois. Nas instruções do jogo era sugerida a participação de um familiar. Em cada casa do jogo poderia conter uma pergunta ou desafio. Após o sorteio de um dado, ou de números de papel, o jogador deveria andar com sua peça até a casa correspondente ao número sorteado e responder à pergunta ou realizar o desafio. As perguntas e desafios eram relacionadas aos conteúdos de educação física, englobando as dimensões conceituais e procedimentais. Nas casas do tabuleiro, ainda foram colocadas algumas imagens para ilustrar as questões ou os desafios que seriam realizados. O vencedor do jogo seria o jogador que chegasse primeiro à casa de número 30. No segundo dia, foi proposto que os alunos construíssem o seu próprio jogo. Assim, foi enviado um percurso de tabuleiro vazio, e cada aluno deveria: a) escolher o nome do jogo; b) preencher livremente as casas, seja com desafios ou perguntas. A atividade proposta buscou promover o jogo ou a brincadeira entre as crianças no contexto de isolamento social. Ao mesmo tempo, trouxe alguns conceitos trabalhados na Educação Física. Buscou-se também, proporcionar o protagonismo dos alunos, através da criação do segundo jogo.

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TRABALHO FINAL

Autor (a): Daniela do Santo Abreu (daniela98dosantoabreu@gmail.com) Universidade Federal do Rio Grande do Sul

No contexto crucial em que vivemos, as opções de atividades para serem

realizadas em casa são totalmente diferentes daquelas às quais eram praticadas de forma presencial. Tivemos que nos adaptar, mudar nossas perspectivas, iniciar novos projetos de maneira totalmente modificada, e acima de tudo nos adequar a novas planejamentos.

Neste sentido as melhores opções além de conversar e escutar os alunos, saber como eles estão e como tem sido o tempo em casa, é a promoção de brincadeiras recreativas e que possam envolver o grupo familiar, não sendo só uma educação física para o aluno e sim para a família toda. Além de promover a interação do grupo familiar, podemos também fazer a confecção de materiais caseiros para a prática, podendo induzir a produção ou até mesmo pedir para que façam.

As atividades seriam jogos recreativos e divertidos envolvendo o desenvolvimento das funções cognitivas e a coordenação motora, como por exemplo a brincadeira de se deslocar com uma perna só até determinado ponto e voltar com a outra perna, é uma brincadeira que pode ser feita com mais de uma pessoa e é divertida! Para que possamos passar por este momento não só modificando a nossa maneira de olhar para a Educação Física, mas também a visão que a família tem sobre a prática.

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BRINCADEIRAS FOLCLÓRICAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR EM TEMPOS DE DISTANCIAMENTO SOCIAL

Autor (a): Débora Vieira de Oliveira (deboravo22@gmail.com) Rede Municipal de Portão, RS.

A escola é um local de compartilharmos experiências, principalmente aquelas repassadas de geração em geração. As brincadeiras folclóricas resgatam a história e vivências dos nossos antepassados. Sendo assim, é de suma importância buscarmos essas práticas, principalmente com os nossos familiares. Deste modo, esse é um interessante tema a ser desenvolvido em uma turma de 5º ano do Ensino Fundamental.

Parte-se de uma pesquisa que os alunos fazem nas suas casas, investigando quais eram as brincadeiras que os pais, avós brincavam quando criança. Na proposta, cada um aprenderá a brincar com os familiares. O retorno certamente surpreenderá, pois, o entusiasmo é sempre notório nas atividades que envolvem compartilhamento de experiências de vida das famílias. O educador pode complementar o projeto com a proposta da construção de brinquedos folclórico de cada educando com a sua família, instigando e ampliando cada vez mais o repertório cultural dos envolvidos. Essa prática trará um resgate muito significativo, pois será latente o resgate da identidade de cada um e da autoestima, levando assim, a uma valorização da cultura local através de um processo de construção coletiva, participativa e, certamente, solidária, tão importantes em tempos de distanciamento social.

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