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RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO

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Academic year: 2019

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RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO

Mestrado Integrado em Medicina

Nova Medical School

/ Faculdade de Ciências Médicas

Universidade Nova de Lisboa

______________

Mariana Soares Branco

Aluna nº 2011328

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Índice

Lista de abreviaturas e acrónimos

BO - Bloco Operatório BP - Bloco de Partos

GO - Ginecologia e Obstetrícia HBA - Hospital Beatriz Ângelo HDE - Hospital Dona Estefânia

MCDs - Métodos Complementares de Diagnóstico MIM - Mestrado Integrado em Medicina

MGF - Medicina Geral e Familiar SU - Serviço de Urgência

UC - Unidade Curricular

1. Introdução 1

2. Objetivos Gerais 1

3. Estágio Profissionalizante - Síntese das Atividades Desenvolvidas 2

A. Estágio Parcelar de Cirurgia Geral 2

B. Estágio Parcelar de Medicina Interna 3

C. Estágio Parcelar de Saúde Mental 3

D. Estágio Parcelar de Medicina Geral e Familiar 4

E. Estágio Parcelar de Pediatria 4

F. Estágio Parcelar de Ginecologia e Obstetrícia 5

4. Estágio Clínico Opcional - Síntese das Atividades Desenvolvidas 6

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1. Introdução

O Mestrado Integrado em Medicina (MIM) constitui a formação médica pré-graduada, consistindo em duas vertentes fundamentais de aprendizagem: conhecimentos teóricos, complementados por procedimentos práticos - ambos visando todo o espetro de saúde, que se inicia na promoção da saúde e se estende até ao tratamento da doença.

O presente relatório incide sobre as atividades desenvolvidas ao longo do sexto e último ano, que se pretende profissionalizante - os alunos devem preparar-se para a prática clínica autónoma, aplicando as competências adquiridas nos cinco anos precedentes. Segue a seguinte estrutura: introdução; objetivos gerais, explicitando as metas comuns a todos os estágios; síntese das atividades desenvolvidas nos estágios parcelares e opcional; e posicionamento crítico, analisando o desempenho ao longo do ano, de acordo com os objetivos traçados.

2. Objetivos Gerais

Os objetivos que estabeleci de forma transversal a todos os estágios foram os seguintes: 1) Adquirir novos conhecimentos e aplicar aqueles previamente adquiridos na prática clínica; 2) Assumir autonomia no trato diário com os doentes, nomeadamente na realização de história clínica, exame objetivo, registos diários, requisição de métodos complementares de diagnóstico (MCDs) e propostas terapêuticas; 3) Fazer parte integrante da equipa dos serviços, relacionando-me com os demais profissionais de saúde; 4) Comunicar com os doentes e seus familiares, valorizando as suas expectativas e preocupações; 5) Contactar com os serviços de urgência (SU), de modo a conhecer a vertente aguda das patologias; 6) Contactar com a realidade portuguesa nas áreas de Saúde Mental, Medicina Geral e Familiar (MGF) e Pediatria, uma vez que nos anos clínicos passados essas unidades curriculares (UC) foram realizadas em Florença, Itália, ao abrigo do programa de mobilidade Erasmus; 7) Conciliar os estágios com o estudo para a Prova Nacional de Seriação.

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3. Estágio Profissionalizante - Síntese das Atividades Desenvolvidas

O Estágio Profissionalizante decorreu de 12 de Setembro de 2016 a 19 de Maio de 2017, distribuído, por ordem cronológica, por oito semanas de Cirurgia Geral, oito semanas de Medicina Interna, quatro semanas de Saúde Mental, quatro semanas de Medicina Geral e Familiar, quatro semanas de Pediatria e quatro semanas de Ginecologia e Obstetrícia.

A. Estágio Parcelar de Cirurgia Geral

O Estágio Parcelar de Cirurgia Geral, sob a coordenação do Prof. Doutor Rui Maio, decorreu no Hospital Beatriz Ângelo (HBA), sob a orientação do Dr. Vítor Moura Guedes, de 12 de Setembro a 4 de Novembro de 2016.

No início deste estágio estabeleci como objetivos identificar e avaliar as principais síndromes cirúrgicas, conhecendo os processos de atuação e hierarquizando-as em urgentes e eletivas; executar técnicas de pequena cirurgia e conhecer as técnicas de anestesia e de assépsia para isso necessárias; e participar em atos cirúrgicos.

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B. Estágio Parcelar de Medicina Interna

O Estágio Parcelar de Medicina Interna, sob a coordenação do Prof. Doutor Fernando Nolasco, decorreu no serviço de Medicina 1.2 do Hospital de São José, sob a tutoria da Dr.ª Carmen Marques, de 7 de Novembro de 2016 a 13 de Janeiro de 2017.

Neste estágio delineei como objetivos conhecer as patologias médicas crónicas mais prevalentes, bem como os MCDs e tratamento adequados às mesmas; assumir autonomia no acompanhamento e registo diários dos doentes; avaliar corretamente situações clínicas de multimorbilidade; e contactar com as patologias médicas descompensadas e com o seguimento destes episódios agudos no SU.

Atendendo ao caráter intrinsecamente médico da especialidade estive maioritariamente na Enfermaria, onde me eram atribuídos diariamente 2 ou 3 doentes, perfazendo um total de 35 doentes. Realizei diariamente anamneses, exames objetivos e diários clínicos, bem como algumas técnicas básicas como punções arteriais e venosas. Elaborei ainda 5 notas de alta. No SU, acompanhei as atividades da equipa de banco da minha tutora em 5 dias. No componente teórico, assisti às sessões teórico-práticas programadas na UC, bem como às reuniões diárias, ao journal club, às reuniões multi-disciplinares e às sessões de formação. No final do estágio, apresentei em grupo uma revisão sobre mieloma múltiplo.

C. Estágio Parcelar de Saúde Mental

O Estágio Parcelar de Saúde Mental, sob a coordenação do Prof. Doutor Miguel Xavier, decorreu no Hospital Júlio de Matos, sob a orientação do Dr. Marco Gonçalves, de 23 de Janeiro a 17 de Fevereiro de 2017.

Estabeleci como objetivos conhecer a realidade dos cuidados de saúde mental em Portugal, prestando particular atenção ao estigma da doença psiquiátrica no nosso país; adquirir e sedimentar atitudes e competências diagnósticas e terapêuticas em Psiquiatria; e compreender o doente como um todo, no seu contexto social, laboral e familiar.

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As atividades iniciaram-se com dois dias de sessões teórico-práticas com o Prof. Doutor Miguel Xavier, sobre a abordagem de situações clínicas psiquiátricas delicadas. Já no hospital incidiram no Internamento de Patologias Afectivas e Perturbações Obsessivas e Compulsivas, onde acompanhei as entrevistas clínicas diárias de 10 doentes, na Consulta Externa, algumas das quais no âmbito da Sexologia, observando 21 doentes, em dois períodos de SU e nas reuniões hospitalares, nomeadamente reuniões de serviço e de formação, realizadas ambas uma vez por semana.

D. Estágio Parcelar de Medicina Geral e Familiar

O Estágio Parcelar de Medicina Geral e Familiar, sob a coordenação da Prof.ª Doutora Isabel Santos, decorreu na Unidade de Saúde Familiar de Monte Pedral em Lisboa, sob a orientação do Dr. Guilherme Ferreira, de 20 de Fevereiro a 17 de Março de 2017.

Os objetivos por mim definidos consistiram em conhecer a realidade da MGF em Portugal; compreender a especialidade como base para a saúde de uma população; desenvolver a relação médico-doente e explorar o seu poder terapêutico; e contactar com a globalidade da especialidade e o seu leque alargado de patologias.

Participei nas consultas de Saúde de Adultos, Saúde Infantil, Planeamento Familiar, Hipertensão Arterial e Consulta Aberta - destaco a última, pois correspondeu a muitas horas de estágio, englobando todas as áreas da medicina e faixas etárias. Ainda no âmbito da mesma, realizei algumas consultas autonomamente, com posterior supervisão. Por fim, assisti a alguns atos de enfermagem. No final do estágio, realizei e apresentei uma história clínica que abordava um caso de insuficiência cardíaca descompensada.

E. Estágio Parcelar de Pediatria

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Neste estágio estabeleci como objetivos conhecer a realidade pediátrica em Portugal; entender a Pediatria como medicina integral de um grupo etário específico, aprofundando o contacto com as suas patologias mais frequentes; aperfeiçoar práticas de medicina preventiva; praticar o método de colheita de história clínica num doente pediátrico; reconhecer critérios de gravidade; e compreender a importância da comunicação na tríade criança-pais-médico, indissociável da terapêutica nesta especialidade.

As atividades nas quais participei foram no âmbito de Enfermaria, onde acompanhei um total de 30 doentes, de Consulta Externa, onde acompanhei 9 doentes e de Consulta de Imuno-alergologia, onde acompanhei 6 doentes. Participei ainda no SU durante três períodos, atingindo uma visão abrangente da criança através do seu acompanhamento nestas diferentes situações. Realizei uma história clínica no contexto de uma bronquiolite aguda, assisti às reuniões de serviço e às sessões de formação do HDE e apresentei, em grupo, uma revisão sobre anemia ferropénica na idade pediátrica.

F. Estágio Parcelar de Ginecologia e Obstetrícia

O Estágio Parcelar de Ginecologia e Obstetrícia (GO), sob a coordenação da Prof.ª Doutora Teresa Ventura, decorreu no Hospital de Vila Franca de Xira, sob a orientação da Dr.ª Rita Passarinho e da Dr.ª Raquel Robalo, de 24 de Abril a 19 de Maio de 2017.

No início deste estágio estabeleci como objetivos compreender as particularidades da medicina da mulher, sedimentando competências na área de GO; acompanhar a assistência ao trabalho de parto, participando em procedimentos no Bloco de Partos (BP); interpretar MCDs específicos à especialidade, como ecografias ou histeroscopias; tomar contacto com o planeamento familiar; conhecer os rastreios em ginecologia.

Integrei as atividades na Enfermaria, onde observei 20 doentes. No âmbito da Consulta Externa assisti às consultas de Patologia do Colo, onde observei 10 doentes e realizei sob supervisão colpocitologias, e Ginecologia Geral, onde observei 9 doentes. No âmbito dos procedimentos diagnósticos, observei ecografias ginecológicas (9 doentes), ecografias

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obstétricas (9 doentes) e histeroscopias (3 doentes). No BO observei 3 cirurgias uroginecológicas. No SU, que decorreu durante um dia completo cada semana, além das doentes observadas em regime ambulatório, estive no BP - onde observei 5 partos vaginais e 1 cesariana, tendo participado como segunda ajudante em 2 cesarianas, uma com recuso a fórceps. Apresentei, no final do estágio, os novos consensos sobre distócia de ombros, de Maio de 2017, do Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia.

4. Estágio Clínico Opcional - Síntese das Atividades Desenvolvidas

Apesar desta UC não ser componente do Estágio Profissionalizante, ser mais um potno de contacto com a clínica justifica a pertinência da sua menção. Assim sendo, o Estágio Clínico Opcional, sob a regência do Prof. Doutor José Delgado Alves, decorreu no serviço de Imagiologia do Hospital dos Lusíadas, chefiado pela Dr.ª Maria de Graça Correia, tendo sido orientado pelo Dr. Tiago Monteiro. Decorreu entre 22 de Maio e 2 de Junho de 2017. O que motivou a minha escolha foi o grande interesse que sempre nutri pela área, com a qual tive muito contacto no curso no âmbito de outras especialidades mas com a qual nunca tinha lidado diretamente. Deste modo, o principal objetivo foi exatamente o tomar contacto com a especialidade. As áreas da Imagiologia cujas atividades pude acompanhar foram as seguintes: Ecografia; Mamografia; Tomografia Computorizada; Tomografia Computorizada Cardíaca; Ressonância Magnética; e Neuroradiologia.

5. Posicionamento crítico

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no contacto com os doentes e seus familiares, como depois na melhor organização da exposição dos seus casos. Reconheço que a aprendizagem ainda não está concluída, provavelmente nunca o estará na profissão médica, mas até nesse sentido evoluí este ano - ao perceber que pedir ajuda é um ato de humildade e não deve ser nunca uma causa de vergonha. Ainda a referir terem sido cumpridos os objetivos de contactar com os SU e com a realidade portuguesa das especialidades supramencionadas, o que me pareceu interessante ao poder compará-los com o panorama italiano.

Em seguida comento a minha experiência em cada um dos estágios. Porque a avaliação é a única verdadeira possibilidade de melhoria, destaco os seus pontos fortes e fracos.

Assim, quanto ao estágio de Cirurgia Geral, foi o que mais me desiludiu. Cumpri o aprofundamento dos síndromes cirúrgicos e a participação em atos cirúrgicos, mas o rácio aluno-tutor 3:1 no HBA impossibilita participar em tantas intervenções quantas seria desejável. Consequentemente, considero o tempo despendido em BO excessivo - seria mais proveitoso aplicado noutras vertentes. De referir ainda que o SU e a opcional de Cuidados Intensivos foram atividades quase puramente médicas, não me tendo permitido praticar pequena cirurgia nem contactar com patologia cirúrgica - como tal, não me parece que tenham cabimento num estágio profissionalizante de cirurgia geral.

O estágio de Medicina Interna foi o mais proveitoso. Tive verdadeiramente autonomia, executando diariamente um exercício de observação, registo e propostas terapêuticas - seguido de discussão com a minha tutora e a sua equipa. Deste processo diário decorreu uma grande aprendizagem, teórica e prática, que me foi valiosa e muito motivadora. Como único ponto negativo aponto a impossibilidade de assistir a consultas externas, impedindo o acompanhamento de doentes estáveis em contexto extra-internamento.

No estágio de Saúde Mental, reconheci a importância de combater o estigma da doença psiquiátrica e de olhar para o doente como um todo, ambos amplamente discutidos nas sessões teóricas e práticas do estágio. A clínica onde estive tinha patologias muito variadas, o que foi um ponto crucial na integração das possibilidades diagnósticas.

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Em relação a MGF, foi um estágio muito proveitoso em termos de aprendizagem teórica nas consultas abertas, que apesar de não serem o típico acompanhamento em MGF, me permitiram contactar com um vasto leque de patologia. Na prática, destaco a autonomia que tive e o valor que aprendi a dar à relação médico-doente. O contacto com esta especialidade durante o curso é manifestamente escasso, o que em combinação com a qualidade do estágio me leva a defender que o seu tempo letivo poderia ser estendido. Relativamente ao estágio de Pediatria, creio que aproveitei os imensos conhecimentos teóricos do meu tutor para expandir também os meus. Destaco a prática da colheita de história clínica em pediatria, que tendo muitas particularidades contribuiu para melhorar esta valência. Ainda assim, como ponto negativo, não posso deixar de referir a pouca liberdade dada aos alunos no serviço para interagirem com os doentes e suas famílias. Por fim, o estágio de Ginecologia, como proposto inicialmente, contribuiu para a consolidação de conhecimentos da medicina da mulher. Ao passar por várias valências, tive uma visão abrangente da especialidade, nomeadamente cumpri os objetivos ao participar ativamente no trabalho do BP, ponto que destaco na minha formação. Como ponto menos positivo, considero que as horas destinas ao SU teriam melhor proveito caso houvesse maior flexibilidade acerca que quando acontecem as mesmas.

Não posso deixar de referir que estes estágios, transversalmente, desenvolveram a minha componente humana, quer no relacionamento com os demais profissionais de saúde, quer com os doentes e seus familiares - duas áreas humanas frequentemente esquecidas no decorrer do curso, mas cruciais no dia-a-dia da profissão médica.

Referências

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