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Respostas 1 O QUE É SEMÂNTICA LEXICAL

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Academic year: 2021

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1 O QUE É SEMÂNTICA LEXICAL

I. Semântica: é estudo sistemático do significado dentro do sistema linguístico, sem levar em conta elementos externos da língua.

Pragmática: é o estudo dos significados das palavras e das sentenças construídos no contexto; tem relação com o uso e com elementos externos à língua.

Exemplos: - ironias

- elementos dêiticos - implicaturas

II. A Semântica Referencial estuda a relação entre as palavras e sentenças de uma língua e a referência no mundo; vale-se de noções como valor de verdade. A Semântica Representacional estuda a relação entre a língua e construtos mentais.

III. A Semântica Lexical de cunho estruturalista tem como principais objetos de estudo os tipos de relações entre sentidos de palavras:

- o estudo do campo lexical (aplicável em fenômenos como metáfora e metonímia); por exemplo, as palavras do campo da culinária: colher, panela, comida, ingredientes, cozinhar, receita, chef, saboroso, etc.

- a análise componencial (decomposição do sentido das palavras em traços); por exemplo, uma palavra como menino pode ser decomposta como [+humano, - adulto, -feminino].

- a semântica relacional (estabelecimento de tipos de relações entre o sentido de palavras); por exemplo, gato/bichano (sinonímia), gato/felino (hiponímia), morto/vivo (antonímia), cabeça/corpo (meronímia), pasta -de objetos/pasta -de dente (homonímia), pé -parte do corpo/pé -parte de um móvel (polissemia).

A Semântica Lexical que parte da interface com a Sintaxe tem como principal objeto de estudo a relação entre o sentido dos verbos e propriedades sintáticas. A descrição do sentido dos verbos que é relevante para a Sintaxe é feita a partir de três principais abordagens:

- os papéis temáticos (relações semânticas estabelecidas entre verbo e argumentos); por exemplo, o sujeito de cair é um paciente, enquanto o sujeito de saltar é um agente.

- o aspecto lexical (estruturas temporais estabelecidas pelos verbos); por exemplo, o verbo saber descreve uma situação estática, enquanto o verbo saltar descreve uma situação dinâmica.

- a decomposição de predicados (estabelecimento de primitivos semânticos

relevantes para a sintaxe); por exemplo, o verbo esquentar possui em seu sentido

a noção de que algo/alguém faz algo/alguém ficar mais quente.

(2)

IV. Um bom exemplo de como a semântica restringe a Sintaxe é o caso das sentenças passivas (alguém quebrou o vaso/o vaso foi quebrado). Esse tipo de estruturação sintática é permitido a todos verbos transitivos que aceitam um agente na posição de sujeito. Outro bom exemplo é a alternância causativo-incoativa (alguém quebrou o vaso/o vaso quebrou), que só ocorre com verbos de mudança de estado que aceitam causas na posição de sujeito.

V. Classes verbais são agrupamentos de verbos que compartilham propriedades semânticas e sintáticas, ou que compartilham propriedades semânticas que tenham impacto no comportamento gramatical. Esses agrupamentos podem se dar em três níveis: fine-grained, médium-grained e coarse-grained. As classes fine-grained são mais específicas e podem ser exemplificadas pelo grupo de verbos que participam da alternância parte-todo (a perna do menino quebrou/o menino quebrou a perna); as classes médium-grained são as mais canônicas e podem ser exemplificadas pelo grupo de verbos de mudança de estado (quebrar, machucar, abrir, etc.); as classes coarse-grained são as mais amplas e podem ser exemplificadas pelo grupo dos verbos de accomplishment.

2 PAPÉIS TEMÁTICOS

I.

1. Agente 2. Paciente

3. Experienciador (Paciente) 4. Beneficiário

5. Objeto estativo 6. Resultativo 7. Tema 8. Agente 9. Agente 10. Causa 11. Locativo 12. Tema 13. Locativo 14. Beneficiário 15. Paciente

II. Por exemplo, em abalar:

a. Os pedreiros abalaram a estrutura do prédio (com escavadeiras).

abalar

1

: {Causa (Agente), Paciente}

b. Os resultados das provas abalaram os professores.

abalar

2

: {Causa, Experienciador}

III.

Os problemas apresentados são:

- as diferentes definições apresentadas pelos autores;

- a grande lista de papéis temáticos encontradas na literatura;

- a atribuição de mais de um papel temático para um mesmo argumento.

IV.

(3)

O menino andou pelas ruas. (Agente e Tema)

A moça decepcionou o rapaz. (Paciente e Experienciador)

V.

1. comprar: {Agente, Tema (ou Objeto Estativo}

2. receber: {Beneficiário, Tema (ou Objeto Estativo)}

3. dar: {Agente, Tema (ou Objeto Estativo, Beneficiário}

4. odiar: {Experienciador, Objeto Estativo}

5. preocupar: {Causa, Experienciador (ou Paciente)}

6. envelhecer: {Paciente}

7. cair: {Tema}

8. ganhar: {Beneficiário, Tema (Objeto Estativo)}

9. acalmar: {Causa (Agente), Experienciador}

10. clarear: {Causa (Agente), Paciente}

11. apimentar: {Agente, Paciente}

12. correr até o portão: {Locativo}

13. desmoronamento: {Paciente (ou Tema)}

14. vaidoso: {Objeto Estativo}

15. diversão: {Experienciador}

VI.

Usando-se a proposta de Mioto et al., temos:

a. O pai disse que a mãe colocou o brinquedo no quarto.

b. O pai disse que a mãe comprou um brinquedo na loja.

Na sentença em (a), temos somente a interpretação de que o quarto é o lugar onde a mãe colocou o brinquedo, sendo, portanto, o argumento o quarto, um locativo do predicador. Em (b), temos uma interpretação ambígua: a loja pode ser o lugar em que a mãe comprou o brinquedo, ou a loja pode ser o lugar em que o pai disse algo. Temos, então, o argumento a loja podendo funcionar como adjunto de ambos os verbos, atribuindo assim a função de locativo do evento ao argumento a loja.

VII.

Exemplos:

Verbos de mudança de estado: {Causa (Agente, Paciente} (verbos como quebrar, acender, machucar...)

Verbos de atividade: {Agente} (verbos como correr, caminhar, dançar...)

VIII.

1. A professora encaixotou os livros. {Agente, Tema}

2. Os exercícios cansaram o atleta. {Causa, Paciente}

3. Aquele senhor reside em Belo Horizonte. {Objeto Estativo, Locativo}

4. O professor guardou os livros na estante. {Agente, Tema, Locativo}

Levando-se em conta a hierarquia proposta:

Agente ou Causa > Paciente ou Tema ou Resultativo > Objeto Estativo > Locativo

(4)

temos que em (1), o argumento que recebe o papel de agente ocupa a posição de sujeito, por ser mais proeminente na hierarquia em relação ao tema e o argumento que recebe o papel de tema ocupa a segunda posição de objeto direto; em (2), o argumento que recebe o papel de causa ocupa a posição de sujeito, por ser mais proeminente na hierarquia em relação ao paciente e o argumento que recebe o papel de paciente ocupa a segunda posição de objeto direto; em (3), o argumento que recebe o papel de objeto estativo ocupa a posição de sujeito, por ser mais proeminente na hierarquia em relação ao locativo e o argumento que recebe o papel de locativo ocupa a segunda posição de objeto direto; e em (4), o argumento que recebe o papel de agente ocupa a posição de sujeito, por ser mais proeminente na hierarquia em relação aos papéis de tema e de locativo; entre os papéis de tema e locativo, o tema é o mais proeminente, ocupando assim a posição de objeto direto; e o terceiro argumento, que recebe o papel de locativo, ocupa a terceira posição de objeto indireto.

IX.

1. A Adriana se queixa das dores de cabeça.

2. Alterou-se a documentação para abafar o escândalo.

3. O bebê se assustou com o grito da mãe.

4. Acredita-se que o urso pardo pode hibernar por até 7 meses.

5. O Marcos se levantou.

6. O gato se limpou com a própria saliva.

7. Há muito, o João foi-se embora daqui.

8. Caixas de papelão se rasgam com muita facilidade.

9. Os meninos se abraçaram.

Em (1), tem-se um se que parece ser algum resquício histórico, pois não tem nenhuma função, pode ser omitido e é fixo para alguns verbos, como no exemplo do verbo queixar-se. Na sentença, o se não é um argumento do verbo e não recebe papel temático.

Podemos confirmar tal proposta com a constatação de que o clítico em (1) é opcional: a Adriana queixa das dores de cabeça.

Em (2), o clítico se aparece como a marca da construção passiva sintética. Não pode ser apagado e aparece somente em posição pós-verbal. Na forma da passiva sintética, a agentividade continua presente, permitindo adjunções que denotem finalidade:

alterou-se a documentação para abafar o escândalo. O se nesse caso é o argumento agente do verbo, o agente da passiva. Além da obrigatoriedade do clítico, outro indício de seu caráter argumental é a impossibilidade de inserção do agente da passiva encabeçado pela preposição por nas passivas sintéticas: a documentação foi alterada pelo funcionário/ *alterou-se a documentação pelo funcionário.

Em (3), tem-se o clítico se como a marca da alternância da forma transitivo- causativa para a forma intransitivo-incoativa de um verbo: o grito da mãe assustou o bebê/o bebê (se) assustou com o grito da mãe. Esse se não recebe papel temático, não apresenta função sintática e pode ser omitido na sentença em alguns dialetos do português: o bebê assustou.

Em (4), o clítico se marca a indeterminação com verbos transitivos indiretos.

Nesse caso, o clítico tem papel de indicar que a referência do argumento do verbo que

ocupa a posição de sujeito é indeterminada (não se sabe qual é essa referência) ou é

irrelevante (dependendo da intenção do falante). Pode-se dizer, portanto, que o se

indeterminador é um argumento e recebe papel temático, já que ocupa uma posição

(5)

argumental do verbo, é utilizado para saturar seu sentido, não é opcional e pode ser substituído por um pronome indefinido em uma paráfrase: algumas pessoas acreditam que o urso pardo pode hibernar por até 7.

Em (5), a marca denominada “se médio” indica uma certa reflexividade do argumento em posição de sujeito, mas não recebe papel temático, nem exerce função sintática. Esse tipo de clítico se apenas ocorre com verbos que denotam algum tipo de movimento. Diferentemente da reflexiva, o se médio pode ser omitido em alguns dialetos do Brasil – o Marcos levantou - e a sentença não pode ser parafraseada com a expressão ele mesmo: *o Marcos levantou ele mesmo. Também, pode-se perceber que o se médio ocorre em sentenças eventivas que denotam a afetação do argumento sujeito da sentença como um todo; o Marcos não pode sentar parte de seu corpo.

Em (6), tem-se um exemplo da marca reflexiva que indica a mudança de voz, substituindo o argumento em posição de complemento; esse se continua a ser um argumento do verbo, recebendo papel temático e exercendo função de complemento. Nas sentenças reflexivas o se não pode ser omitido: *o gato limpou com a própria saliva.

Outro teste a ser feito é substituí o clítico se pela expressão ele mesmo: o gato limpou ele mesmo com a própria saliva.

Em (7), o se não exerce nenhuma função sintática, é o chamado “se enfático”.

Pode-se, intuitivamente, observar uma distinção semântica entre sentenças com e sem o se. Nesse caso, o se exerce uma função de reafirmar alguma propriedade do argumento sujeito do verbo, não é um argumento do verbo e não recebe papel temático. Indícios para essa natureza não argumental são a opcionalidade do clítico e o fato de que uma sentença em (7) já possui todas as posições argumentais do verbo preenchidas, não sendo necessário que o se entre para saturar o predicador. Também, não é possível substituir o clítico por um argumento do verbo em uma paráfrase.

Em (8), a princípio, o clítico se teria o mesmo papel do exemplo em (3), marcando a alternância do objeto para a posição de sujeito. Assim como na incoativa e na média, o clítico é opcional em alguns dialetos do português e não tem função de argumento ou de complemento do verbo. Entretanto, esse tipo de sentença derivada geralmente traz o verbo flexionado no tempo presente, parece precisar de uma marca adverbial para ter mais aceitabilidade e não denota mais o mesmo evento no mundo da sentença básica. Com isso, há uma alternância de aspecto do verbo, que tem como aspecto básico um accomplishment e torna-se um estado derivado nesse tipo de construção. Sentenças desse tipo, são chamadas de “mediais”, denotam genericidade em relação ao processo descrito pelo verbo e atribuem ao sujeito um tipo de estado, mais especificamente, uma propriedade de determinado indivíduo. Veja que sentenças mediais não aceitam uma finalidade, por serem estativas: *caixas de papelão se rasgam com muita facilidade para jogar no lixo.

Em (9), temos um exemplo de possível interpretação recíproca. Toda sentença em sua forma reflexiva com o clítico se, quando tem na posição de sujeito um sintagma que denote pluralidade, assume também uma leitura recíproca. Pode-se assumir que a possibilidade de se ter uma forma recíproca com sujeitos plurais também evidencia se uma sentença está na sua forma reflexiva ou não: os meninos abraçaram a si mesmos ou os meninos abraçaram uns aos outros.

X.

1. a. *Uma mansão (se) tem.

b. *Uma mansão é tida pelo cantor.

O verbo ter apresenta a seguinte estrutura argumental: ter: {Possuidor, Objeto Estativo}.

Com isso, ele não permite a alternância causativo-incoativa, pois essa só ocorre quando

(6)

se tem a possibilidade de apresentar a seguinte estrutura argumental: {Causa, Paciente}.

E a ocorrência da passiva se dá quando o verbo permite a ocorrência de um agente na posição de sujeito.

2. a. *Os filhos da Maria (se) tiveram em uma manjedoura.

b. Os filhos da Maria foram tidos em uma manjedoura.

Já na sentença em (2), o verbo ter apresenta um sentido distinto de (1), apresentando outra estrutura argumental: {Agente, Paciente}. Com isso, ele não permite a alternância causativo-incoativa, pois essa só ocorre quando se tem a possibilidade de apresentar a seguinte estrutura argumental: {Causa, Paciente}, mas permite a passiva, pois apresenta um agente na posição de sujeito.

3. a. *Várias casas (se) venderam.

b. Várias casas foram vendidas pelo corretor.

Na sentença em (3), o verbo vender apresenta a seguinte estrutura argumental: {Agente, Tema (ou Objeto Estativo}. Com isso, ele não permite a alternância causativo-incoativa, pois essa só ocorre quando se tem a possibilidade de apresentar a seguinte estrutura argumental: {Causa, Paciente}, mas permite a passiva, pois apresenta um agente na posição de sujeito.

4. a. Os fãs (se) impressionaram (com a Anita).

b. *Os fãs foram impressionados pela Anita.

Na sentença em (4), o verbo impressionar apresenta a seguinte estrutura argumental:

{Causa, Experienciador (ou Paciente)}. Com isso, ele permite a alternância causativo- incoativa, pois essa ocorre quando se tem a possibilidade de apresentar a estrutura argumental: {Causa, Paciente}; entretanto, não permite a passiva, pois apresenta uma causa na posição de sujeito.

5. a. O bebê (se) acalmou (com a mãe).

b. O bebê foi acalmado pela mãe.

Na sentença em (5), o verbo acalmar apresenta a seguinte estrutura argumental: {Causa (Agente), Experienciador (ou Paciente)}. Com isso, ele permite a alternância causativo- incoativa, pois essa ocorre quando se tem a possibilidade de apresentar a estrutura argumental: {Causa, Paciente}; e, também, permite a passiva, pois o verbo apresenta a possibilidade de ter um agente na posição de sujeito.

3 SELEÇÃO ARGUMENTAL

I.

1. Sim (o sujeito tem mais propriedades de proto-agente que o complemento) 2. Sim (o sujeito tem mais propriedades de proto-agente que o complemento) 3. Sim (o sujeito tem mais propriedades de proto-agente que o complemento

direto e o complemento direto tem mais propriedades de proto-paciente que o complemento indireto)

4. Sim (os argumentos têm as mesmas propriedades) 5. Sim (os argumentos têm as mesmas propriedades)

6. Sim (o complemento tem mais propriedades do proto-paciente que o sujeito)

(7)

II. Algumas evidências para a distinção entre os papéis de agente e causa são:

- verbos que aceitam somente causa na posição de sujeito não formam passivas, ao contrário dos verbos que aceitam um agente nessa posição;

- argumentos com papel de causa podem ocorrer em adjunção em sentenças incoativas, ao contrário de argumentos com papel de agente.

III.

1. Desencadeador

2. Desencadeador, Afetado 3. Afetado, Estativo

4. Desencadeador, Afetado

5. Desencadeador, Afetado, Estativo 6. Desencadeador, Estativo

7. Desencadeador, Estativo 8. Desencadeador, Estativo 9. Afetado, Estativo

10. Desencadeador, Afetado

IV.

1. Sim (único argumento desencadeador/com propriedades de proto-agente vai para a posição de sujeito)

2. Não, no caso da proposta de Dowty; sim, no caso da proposta do Capítulo 3 (o elemento que viola a hierarquia é marcado com preposição)

3. Sim (o afetado é mais alto que o estativo/o sujeito tem mais propriedades de proto-agente que o complemento)

4. Sim (o desencadeador é mais alto que o afetado/o sujeito tem mais propriedades de proto-agente que o complemento)

5. Não, no caso da proposta de Dowty; sim, no caso da proposta do Capítulo 3 (o elemento que viola a hierarquia é marcado com preposição)

6. Sim (o desencadeador é mais alto que o estativo/o sujeito tem mais propriedades de proto-agente que o complemento)

7. Sim (o desencadeador é mais alto que o estativo/o sujeito tem mais propriedades de proto-agente que o complemento)

8. Sim (o estativo possuidor é mais alto que o estativo posse/o sujeito tem mais propriedades de proto-agente que o complemento)

9. Sim (o afetado é mais alto que o estativo/o sujeito tem mais propriedades de proto-agente que o complemento)

10. Sim (o desencadeador é mais alto que o afetado/o sujeito tem mais propriedades de proto-agente que o complemento)

11. Não, no caso da proposta de Dowty; sim, no caso da proposta do Capítulo 3 (o elemento que viola a hierarquia é marcado com preposição)

12. Sim (o desencadeador é mais alto que o afetado/o sujeito tem mais propriedades de proto-agente que o complemento)

13. Sim (o desencadeador é mais alto que o afetado, que é mais alto que o estativo/o sujeito tem mais propriedades de proto-agente que o complemento direto, que tem mais propriedades se proto-paciente que o complemento indireto)

14. Sim (o desencadeador é mais alto que o afetado, que é mais alto que o

estativo/o sujeito tem mais propriedades de proto-agente que o complemento

(8)

direto, que tem mais propriedades se proto-paciente que o complemento indireto)

15. Sim (o desencadeador é mais alto que o afetado, que é mais alto que o estativo/o sujeito tem mais propriedades de proto-agente que o complemento direto, que tem mais propriedades se proto-paciente que o complemento indireto)

4 ASPECTO LEXICAL

I.

1. aspecto gramatical perfectivo

2. aspecto gramatical imperfectivo contínuo 3. aspecto gramatical imperfectivo habitual 4. aspecto gramatical imperfectivo contínuo 5. aspecto gramatical imperfectivo habitual

II. Exemplos: (Há outros exemplos possíveis.)

Perfectivo: A cadelinha comeu a ração. (pretérito perfeito)

Imperfectivo contínuo: A cadelinha estava comendo/comia a ração na hora em que o veterinário chegou. (estar + gerúndio e pretérito imperfeito)

Imperfectivo habitual: A cadelinha comia/come a ração na hora do almoço.

(pretérito imperfeito e presente)

III. Uma boa evidência para mostrar a existência de aspectos gramatical e lexical é a interação entre as marcas gramaticais e o sentido do verbo, no que tange à noção de tempo interno de uma situação. Por exemplo, quando a semântica do tempo presente interage com a semântica lexical de verbos de accomplishment, atividade e achievement, tem-se como resultado a ideia de iteratividade, habitualidade:

A Paula escreve uma tese/pula/chega atrasada todos os dias.

Prova de que essa habitualidade deriva também do aspecto marcado lexicalmente no verbo é o fato de que esse sentido iterativo não é possível se o verbo for estativo:

*A Paula gosta do Carlos todos os dias.

IV. O aspecto lexical básico é aquele que está marcado no sentido do verbo. O aspecto lexical derivado depende de propriedades sentenciais e da interação entre o aspecto lexical básico e outros elementos. Por exemplo, o verbo comer tem aspecto lexical básico de accomplishment; porém, em composição com complementos que denotam grupos ou tipos de entidades, e flexionado no imperfeito, passa a ter aspecto derivado de atividade: o menino comeu o bolinho/o menino comia bolinhos.

V. Estados: Perfectivo

Atividades: Perfectivo e imperfectivo (habitual e contínuo) Accomplishments: Perfectivo e imperfectivo (contínuo) Achievements: Perfectivo e imperfectivo (contínuo) VI.

1. - accomplishment;

(9)

- a sentença o policial quase algemou o bandido é ambígua, mostrando que o advérbio quase tem escopo sobre os dois subventos do verbo, propriedade típica da classe dos accomplishments;

- o teste do quase evidencia a complexidade do evento.

2. - achievement;

- a sentença *a moça parou de entrar na sala naquele momento é agramatical, pois esse tipo de verbo, achievement, se caracteriza por apresentar a ausência de intervalos e com isso a situação descrita por ele não pode ser interrompida;

- o teste com parar de evidencia a ausência de intervalos.

3. - atividade;

- as atividades são evidenciadas pelo teste do paradoxo do imperfectivo: se o bebezinho estava chorando muito acarreta que o bebezinho chorou. O resultado esperado para verbos que denotam atividades é que a sentença com o aspecto contínuo marcado pela perífrase de gerúndio, no presente ou no passado, acarrete a sentença perfectiva, pois em qualquer parte da descrição contínua do evento está contido um mesmo evento

- esse teste evidencia a natureza atélica e dinâmica das atividades.

4. - estado;

- os verbos estativos, por serem estáticos, não podem formar sentenças que sejam adequadas para responder à pergunta o que aconteceu?, que indica situações dinâmicas:

A. O que acontecia?

B. *O João adorava a sua esposa;

- o teste usado evidencia a falta de dinamicidade da situação.

5. - estado;

- os verbos estativos, por serem estáticos, não podem formar sentenças que sejam adequadas para responder à pergunta o que aconteceu?, que indica situações dinâmicas:

A. O que acontece?

B. *Dez professores de Linguística compõem o departamento.

- o teste usado evidencia a falta de dinamicidade da situação.

6. - accomplishment;

- a sentença o homem quase ultrapassou o carro da frente é ambígua, mostrando que o advérbio quase tem escopo sobre os dois subventos do verbo, propriedade típica da classe dos accomplishments;

- o teste do quase evidencia a complexidade do evento.

7. - atividade;

- as atividades são evidenciadas pelo teste do paradoxo do imperfectivo: se os meninos jogavam futebol acarreta que os meninos jogaram futebol. O resultado esperado para verbos que denotam atividades é que a sentença com o aspecto contínuo marcado pela perífrase de gerúndio, no presente ou no passado, acarrete a sentença perfectiva, pois em qualquer parte da descrição contínua do evento está contido um mesmo evento

- esse teste evidencia a natureza atélica e dinâmica das atividades.

8. - estado;

- os verbos estativos, por serem estáticos, não podem formar sentenças que sejam adequadas para responder à pergunta o que aconteceu?, que indica situações dinâmicas:

A. O que acontecia?

(10)

B. *Os alunos admiravam o professor.

- o teste usado evidencia a falta de dinamicidade da situação.

9. - accomplishment;

- a sentença o doutor quase enfaixou a mão do paciente é ambígua, mostrando que o advérbio quase tem escopo sobre os dois subventos do verbo, propriedade típica da classe dos accomplishments;

- o teste do quase evidencia a complexidade do evento.

10. - achievement;

- a sentença *a moça parou de sair exatamente naquele dia é agramatical, pois esse tipo de verbo, achievement, se caracteriza por apresentar a ausência de intervalos e com isso a situação descrita por ele não pode ser interrompida;

- o teste com parar de evidencia a ausência de intervalos.

11. - atividade;

- as atividades são evidenciadas pelo teste do paradoxo do imperfectivo: se a menina estava sorrindo acarreta que a menina sorriu. O resultado esperado para verbos que denotam atividades é que a sentença com o aspecto contínuo marcado pela perífrase de gerúndio, no presente ou no passado, acarrete a sentença perfectiva, pois em qualquer parte da descrição contínua do evento está contido um mesmo evento

- esse teste evidencia a natureza atélica e dinâmica das atividades.

12. - achievement;

- a sentença *o cãozinho de estimação das crianças parou de adoecer naquela noite é agramatical, pois esse tipo de verbo, achievement, se caracteriza por apresentar a ausência de intervalos e com isso a situação descrita por ele não pode ser interrompida;

- o teste com parar de evidencia a ausência de intervalos.

13. - atividade;

- as atividades são evidenciadas pelo teste do paradoxo do imperfectivo: se o menino estava desenhando a tarde toda acarreta que o menino desenhou.

O resultado esperado para verbos que denotam atividades é que a sentença com o aspecto contínuo marcado pela perífrase de gerúndio, no presente ou no passado, acarrete a sentença perfectiva, pois em qualquer parte da descrição contínua do evento está contido um mesmo evento

- esse teste evidencia a natureza atélica e dinâmica das atividades.

14. - estado;

- os verbos estativos, por serem estáticos, não podem formar sentenças que sejam adequadas para responder à pergunta o que aconteceu?, que indica situações dinâmicas:

A. O que acontece?

B. *Os meninos gostam de estudar.

- o teste usado evidencia a falta de dinamicidade da situação.

15. - accomplishment;

- a sentença o pirata quase enterrou o tesouro nas montanhas é ambígua, mostrando que o advérbio quase tem escopo sobre os dois subventos do verbo, propriedade típica da classe dos accomplishments;

- o teste do quase evidencia a complexidade do evento.

16. - accomplishment;

(11)

- a sentença o Hugo quase comprou um carro importado é ambígua, mostrando que o advérbio quase tem escopo sobre os dois subventos do verbo, propriedade típica da classe dos accomplishments;

- o teste do quase evidencia a complexidade do evento.

17. - achievement;

- a sentença *a esposa do Fernando parou de falecer o ano passado é agramatical, pois esse tipo de verbo, achievement, se caracteriza por apresentar a ausência de intervalos e com isso a situação descrita por ele não pode ser interrompida;

- o teste com parar de evidencia a ausência de intervalos.

18. - atividade;

- as atividades são evidenciadas pelo teste do paradoxo do imperfectivo: se no passado, os senhores estiveram chicoteando os escravos acarreta que no passado os senhores chicotearam os escravos. O resultado esperado para verbos que denotam atividades é que a sentença com o aspecto contínuo marcado pela perífrase de gerúndio, no presente ou no passado, acarrete a sentença perfectiva, pois em qualquer parte da descrição contínua do evento está contido um mesmo evento

- esse teste evidencia a natureza atélica e dinâmica das atividades.

19. - estado;

- os verbos estativos, por serem estáticos, não podem formar sentenças que sejam adequadas para responder à pergunta o que aconteceu?, que indica situações dinâmicas:

A. O que acontece?

B. *A casa custa cem mil reais.

- o teste usado evidencia a falta de dinamicidade da situação.

20. - achievement;

- a sentença *a menina parou de escorregar na casca de banana ontem à tarde é agramatical, pois esse tipo de verbo, achievement, se caracteriza por apresentar a ausência de intervalos e com isso a situação descrita por ele não pode ser interrompida;

- o teste com parar de evidencia a ausência de intervalos.

VII.

1. - aspecto derivado: atividade - aspecto básico: achievement

- teste para evidenciar atividade: paradoxo do imperfectivo –> Se a moça estava saindo cedo todos os dias, então acarreta que a moça saiu cedo.

2. - aspecto derivado: accomplishment - aspecto básico: atividade

- teste para evidenciar accomplishment: ambiguidade com quase -> O linguista quase leu o livro do Chomsky.

3. - aspecto derivado: atividade - aspecto básico: accomplishment

- teste para evidenciar atividade: paradoxo do imperfectivo –> Se o rapaz estava comprando carros antigos, então acarreta que ele comprou carros antigos.

4. - aspecto derivado: achievement - aspecto básico: accomplishment

- teste para evidenciar achievement: agramaticalidade com a expressão parar

de -> *A perna do João parou de anestesiar.

(12)

5. - aspecto derivado: estado - aspecto básico: accomplishment

- teste para evidenciar estado: pergunta “o que aconteceu?” -> Açúcar cristaliza rapidamente. (resposta inadequada)

6. - aspecto derivado: atividade - aspecto básico: achievement

- teste para evidenciar atividade: paradoxo do imperfectivo –> Se o professor estava chegando atrasado sempre, então acarreta que ele chegou atrasado.

7. - aspecto derivado: achievement - aspecto básico: estado

- teste para evidenciar achievement: agramaticalidade com a expressão parar de -> *Os estudantes pararam de estar sabendo Semântica.

8. - aspecto derivado: atividade - aspecto básico: accomplishment

- teste para evidenciar atividade: paradoxo do imperfectivo –> Se a Maria estava empacotando mercadorias, então acarreta que ela empacotou mercadoria.

9. - aspecto derivado: accomplishment - aspecto básico: atividade

- teste para evidenciar accomplishment: ambiguidade com quase -> O escritor quase escreveu um livro.

10. - aspecto derivado: estado - aspecto básico: achievement

- teste para evidenciar estado: pergunta “o que aconteceu?” -> Flores murcham

rapidamente. (resposta inadequada) 11. - aspecto derivado: accomplishment - aspecto básico: atividade

- teste para evidenciar accomplishment: ambiguidade com quase -> A costureira quase costurou o bolso da calça.

12. - aspecto derivado: estado - aspecto básico: atividade

- teste para evidenciar estado: pergunta “o que aconteceu?” -> Louça de cristal lava fácil. (resposta inadequada)

13. - aspecto derivado: atividade - aspecto básico: accomplishment

- teste para evidenciar atividade: paradoxo do imperfectivo –> Se a prefeitura estava despoluindo a lagoa todos os anos, então acarreta que a prefeitura despoluiu a lagoa.

14. - aspecto derivado: accomplishment - aspecto básico: atividade

- teste para evidenciar accomplishment: ambiguidade com quase -> O artista quase pintou um quadro.

15. - aspecto derivado: achievement - aspecto básico: estado

- teste para evidenciar achievement: agramaticalidade com a expressão parar de -> *O menino parou de estar gostando de verduras.

16. - aspecto derivado: estado - aspecto básico: accomplishment

- teste para evidenciar estado: pergunta “o que aconteceu?” Os operários

despreparados danificam máquinas rapidamente. (resposta inadequada)

(13)

17. - aspecto derivado: accomplishment - aspecto básico: achievement

- teste para evidenciar accomplishment: ambiguidade com quase -> o antiquário quase enferrujou o prego.

18. - aspecto derivado: estado - aspecto básico: atividade

- teste para evidenciar estado: pergunta “o que aconteceu?” -> Pessoas cuidadosas limpam bem as casas. (resposta inadequada)

19. - aspecto derivado: atividade - aspecto básico: accomplishment

- teste para evidenciar atividade: paradoxo do imperfectivo –> Se o menino abria uma barra de chocolate todos os dias, então acarreta que o menino abriu uma barra de chocolate.

20. - aspecto derivado: achievement - aspecto básico: accomplishment

- teste para evidenciar achievement: agramaticalidade com a expressão parar de -> *A jarra parou de partir.

VIII. Um verbo semelfactivo como espirrar traz lexicalmente a informação de um evento pontual que ocorre repetidas vezes; esses verbos podem ser classificados como as atividades, com as seguintes características: dinâmicos, atélicos e durativos.

IX. (Há outros exemplos possíveis.) Conhecer

O professor conhece o assunto. (estado)

Eu conheci meu noivo na festa. (accomplishment)

X.

1. Inergativo (atividade) 2. Inacusativo (achievement) 3. Inacusativo (achievement) 4. Inergativo (atividade)

5 A DECOMPOSIÇÃO DE PREDICADOS

I. Enquanto para a Semântica Gerativa a Semântica é o componente central da arquitetura da gramática, para a Sintaxe Gerativa, trata-se da Sintaxe. Na primeira abordagem, a estrutura profunda da gramática tem motivação semântica, enquanto que, na última, essa mesma estrutura tem motivação sintática.

II. O legado dos semanticistas gerativos é a ideia de decomposição do sentido dos itens lexicais. A composicionalidade semântica dos verbos pode ser comprovada por inúmeros testes e explorada por diferentes correntes teóricas, tendo se mostrado muito importante para a explicação de diferentes fenômenos linguísticos.

III. Utilize paráfrases como as propostas por Lakoff e Wunderlich ou aplique o teste do

quase para evidenciar que os verbos a seguir são compostos por elementos semânticos

menores:

(14)

IV. coroar:

O Papa coroou a rainha./O Papa proveu a rainha com uma coroa.

O Papa quase coroou a rainha: ambíguo

empacotar

O vendedor empacotou a encomenda./O vendedor colocou a encomenda no pacote.

O vendedor quase empacotou a encomenda: ambíguo

encaixotar

O dono da loja encaixotou os livros./O dono da loja colocou os livros no caixote.

O dono da loja quase encaixotou os livros: ambíguo

encerar

A faxineira encerou o chão./A faxineira proveu o chão com cera.

A faxineira quase encerou o chão: ambíguo

fortalecer

O fisioterapeuta fortaleceu os músculos do atleta./ O fisioterapeuta fez os músculos do atleta ficarem mais fortes

O fisioterapeuta quase fortaleceu os músculos do atleta: ambíguo

infantilizar

A convivência com o irmão infantilizou o Paulo./ A convivência com o irmão fez o Paulo ficar infantilizado.

(O teste do quase não se aplica porque o verbo não aceita agente na posição de sujeito.)

V. A estrutura recorrente é a parte da semântica do verbo que se repete em outros itens da mesma classe. A raiz é a parte da semântica do verbo que é idiossincrática, única desse item, e que não se repete sistematicamente em outros verbos. Na estrutura de decomposição de predicados, a raiz é representada entre colchetes angulados, enquanto todo o resto da representação, fora dos colchetes angulados, é a estrutura recorrente. Por exemplo, na estrutura: amolecer: [[X ACT

(VOLITION)

] CAUSE [BECOME [Y <MOLE>]]], <MOLE> é a raiz e [[X ACT

(VOLITION)

] CAUSE [BECOME [Y é a estrutura recorrente. É importante lembrar que a categoria ontológica das raízes, <STATE> no caso exemplificado, faz parte da estrutura recorrente.

VI. A sintaxe da metalinguagem de decomposição de predicados é simples: predicados pedem um ou dois argumentos para serem saturados e também podem ser modificados. Na estrutura acima, podemos observar os predicados ACT, CAUSE, BECOME e MOLE. ACT e MOLE tomam um argumento apenas, X e Y respectivamente; BECOME também é monoargumental e toma [Y <MOLE>] como argumento; CAUSE toma dois argumentos: [X ACT] e [BECOME [Y <MOLE>]].

Um modificador na estrutura é um elemento que não é predicado pelo verbo, mas de certa forma acrescenta informação semântica ao seu sentido. Na estrutura acima, VOLITION é o modificador, que atribui volição à ação de X.

VII. Azulejar

(15)

Exemplo: O pedreiro azulejou a parede do banheiro.

Propriedades: acarreta y ficar com algo, é bieventivo, não aceita a alternância causativo-incoativa, é estritamente agentivo, aceita PP cognato de posse

Estrutura: [[X ACT

VOLITION

] CAUSE [BECOME [Y POSS <AZULEJO>]]]

Classe: verbos de mudança de posse

Aquecer

Exemplo: O padeiro aqueceu o forno.

Propriedades: acarreta y ficar estado, é bieventivo, aceita a alternância causativo- incoativa, aceita agente ou causa na posição de sujeito

Estrutura: [[X ACT

(VOLITION)

] CAUSE [BECOME [Y <AQUECIDO>]]]

Classe: verbos de mudança de estado

Guardar

Exemplo: O menino guardou a bola no armário.

Propriedades: acarreta y ficar estado em algum lugar, é bieventivo, pede três argumentos, não aceita a alternância causativo-incoativa, é estritamente agentivo, aceita a passiva com locativo

Estrutura: [[X ACT

VOLITION

] CAUSE [BECOME [[Y <GUARDADO>] LOC Z]]]]

Classe: verbos de mudança de estado locativo

Empacotar

Exemplo: O vendedor empacotou a encomenda.

Propriedades: acarreta y ficar em determinado lugar, é bieventivo, não aceita a alternância causativo-incoativa, é estritamente agentivo, aceita PP cognato de lugar Estrutura: [[X ACT

VOLITION

] CAUSE [BECOME [Y LOC <PACOTE>]]]

Classe: verbos de mudança de lugar

VIII. As vantagens de se usar a decomposição de predicados em detrimento dos papéis temáticos são as seguintes:

- a distinção entre diferentes tipos de mudança (o que, em uma abordagem por papéis temáticos, seria generalizado no papel de Paciente);

- a derivação do aspecto lexical (impossível a partir da grade temática) e da grade temática;

- a distinção entre estrutura e raiz (inexistente na abordagem por papéis temáticos);

- a possibilidade de análise das classes em diferentes níveis (na abordagem por papéis

temáticos deve-se sempre escolher um nível de análise).

Referências

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