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Avaliação da Unidade de Prática Profissional (UPP4)

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Avaliação da Unidade de Prática Profissional (UPP4)

4ª série do Curso de Enfermagem – 1º Semestre/2015

Grupo de Avaliação

2015

SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO,

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO.

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SUMÁRIO

Considerações iniciais ... 3

Método ... 3

Resultados ... 4

1. Proposta da Unidade de Prática Profissional ... 19

2. Processo de Ensino-Aprendizagem ... 19

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C

ONSIDERAÇÕES INICIAIS

A Unidade de Prática Profissional 4 - UPP4 tem como propósito que o estudante, ao longo da série, possa construir autonomia e domínio no desenvolvimento do cuidado em saúde, na perspectiva da vigilância em saúde, contemplando o cuidado individual, coletivo e organização do processo de trabalho em saúde (FAMEMA, 2015, p. 6-7).

A UPP4 tem como referencial a integralidade no cuidado em saúde, o qual fundamenta o processo de cuidar e a organização do trabalho. Está em consonância com os princípios e diretrizes do SUS, conforme aponta o Projeto Pedagógico do Curso de Enfermagem.

A Unidade é desenvolvida nos cenários dos Serviços de Saúde da Rede Básica e Rede Hospitalar. Na rede hospitalar a prática é desenvolvida nos Hospitais de Clínicas I, II e III, nas Unidades de Internação Clínica e Cirúrgica de Adultos, Pediatria e Obstetrícia. Na Rede Básica, a prática é desenvolvida na Estratégia Saúde da Família. Nesses cenários, o estudante é acompanhado por enfermeiros denominados preceptores e por professores da série (FAMEMA, 2015).

Tomando-se como base a proposta de trabalho da UPP4, os marcos teóricos da aprendizagem significativa, do currículo orientado por competência na abordagem dialógica e do modelo de cuidado integral à saúde, a avaliação dessa unidade busca identificar a percepção de estudantes e professores envolvidos no seu desenvolvimento, no sentido de contribuir para o planejamento e reorganização da série.

M

ÉTODO

A avaliação da Unidade Educacional UPP4, Formato 5 foi realizada por 25 estudantes, sendo 12 inseridos na rede hospitalar e 13 na rede básica de atenção. Dos 12 formatos entregues referentes à rede hospitalar, dois estavam em branco e outros dois estavam apenas registrados o conceito “Satisfatório”, sem qualquer outra pontuação nos diversos campos do formato. Desse modo foram analisados oito formatos. No referente à rede de atenção básica, dos 13 formatos entregues, haviam

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três não preenchidos, sendo então analisados 10. Quanto aos professores/preceptores, 16 entregaram o formato, sendo que seis atuam na rede hospitalar, sete na básica, um na hospitalar e na básica, e dois não assinalaram. Em todos os formatos foram registrados o conceito “Satisfatório” em cada um dos itens, constando as respectivas justificativas.

Em decorrência da escassez de dados nos campos do formato, optou-se por trabalhar com a totalidade dos 34 formatos (F5).

Nesses instrumentos foram analisados os registros dos campos “proposta da unidade”, “processo de ensino-aprendizagem”, “organização da unidade educacional” e “comentários adicionais e/ou sugestões/recomendações”.

Para garantir o sigilo, os depoimentos foram identificados por códigos alfanuméricos, “E” para estudante, “P” para professor seguido pelo número dado a cada participante e, “RB” para o cenário da rede básica e “RH” para o cenário da rede hospitalar.

R

ESULTADOS

No campo referente à proposta da Unidade Educacional, foi identificado que a UPP4 é diferente das demais séries, e a pertinência para a formação está em sua contribuição para a construção do perfil generalista preconizado pelas DCN e também a atuação em promoção da saúde, prevenção e controle de doenças e reabilitação na rede básica de atenção.

A forma de inserção do estudante na unidade de saúde possibilita que conheçam como funciona uma Unidade de Saúde da Família (USF) e atuem como profissionais assumindo a responsabilidade pela mesma, juntamente com a enfermeira, permitindo mais autonomia e capacidade para tomada de decisão, ter visão do serviço de enfermagem, melhorando a sua competência e qualificação e, o desenvolvimento do trabalho em equipe, que a partir da vivência da prática favoreceu a aprendizagem e que a forma como a UPP insere no cenário de prática faz com que poss[am] atuar de forma como um profissional formado, favorecendo segurança, autonomia e aprendizagem a cada dia (E94137 - RH), que há a possibilidade de realização de várias técnicas e que mesmo a unidade de internação hospitalar tendo

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problemas de infraestrutura, esta realidade promoveu o crescimento do estudante em conhecimentos e habilidades e, a ter noção da gerência.

A UPP 4 permite ainda a prática dos conhecimentos até então apreendidos, e a aquisição de novos conhecimentos, no cuidado individual de saúde, cuidado coletivo, planejamento em saúde e modelos de gestão.

É uma experiência muito boa e diferente de outras UPP melhora o olhar da enfermagem (E 94117 - RB).

A nossa passagem pela rede básica é muito importante para o momento em que nos encontramos do curso, pois como as DCN preconizam, é uma atuação generalista com atuação em promoção da saúde, prevenção e controle de doenças e reabilitação. Além disso, pudemos vivenciar um período incomum de epidemia de dengue (E 94108 - RB).

Para um conhecimento maior de como funciona e qual a finalidade da USF. Podendo enxergar como enfermeiro atua neste local, quais os deveres, e a importância do trio gestor (E 94142 - RB).

Avalio como sendo muito pertinente, principalmente por colocar os acadêmicos como profissionais de saúde na unidade a qual estamos inseridos, realizando consultas de enfermagem, procedimentos de enfermagem, etc. (E 94143 - RB).

Conferir a realidade para ser articulada e questionada com a teoria, e a partir dos conhecimentos e articulação, ter uma mudança na visão do serviço de enfermagem e melhorar as nossas competências cada dia mais, nos tornando profissionais qualificados (E 94059 - RB).

Permite ao aluno atuar na unidade aplicando seus conhecimentos e gerando novos, adquirindo mais autonomia e capacidade para tomada de decisão; compreender a inserção do profissional enfermeiro na unidade primária e na rede de atenção; compreender o trabalho em equipe e a importância do modelo de gestão aplicada; praticar as habilidades no cuidado individual; desenvolver olhar coletivo e o planejamento em saúde (E 93941- RB).

Por ser uma ala [hospitalar] que atende as diversas clínicas proporciona a realização de várias técnicas sem esquecer as

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noções de gerência que também nos aproximamos (E94179 – RH).

É bastante pertinente para a minha formação, apesar de ser um espaço antigo e com bastante problemas na estrutura [hospital], com relação à qualidade da assistência é uma ótima unidade, nos dá a oportunidade de conhecer e aprender sobre diversos assuntos, doenças e pessoas (E 93932 – RH).

A prática profissional oferece vivenciar a rotina diária de enfermeiro, podendo fazer e aprender gerenciamento da Unidade, consultas agendadas, a partir deste, enriquecer conhecimento e colocando em prática todo conhecimento adquirido (P 9 - RB).

A pertinência justifica-se pela autonomia que o estudante desenvolve inserido no cenário de prática (P 7 – RH).

[Um] cenário beneficia muito o desenvolvimento da UPP4 pois trabalha em equipe, desenvolve PTS, procura desenvolver gestão compartilhada. [Outro] cenário interessante por oferecer muitas oportunidades, sobretudo técnicas (P 5 – RB) Para os estudantes os conhecimentos explorados na UPP foram adequados para esta fase de sua formação, sentem-se mais maduros e revelam o crescente grau de domínio e autonomia da competência ao longo dos anos. Já para os professores/preceptores tais conhecimentos os levam a refletir sobre sua prática e aprimorá-la.

Com certeza. Foram momentos nos quais pudemos resgatar estudos anteriores e agregar outros conhecimentos, tanto em prática quanto em teoria. A vivência em uma unidade de saúde, com grande autonomia nos dá segurança e nos motiva para nossa atuação. Tivemos oportunidade de realizar consultas, VDs, prevenção, procedimentos e participamos de campanha, até mesmo de uma epidemia (E 94108 - RB).

Nos vemos mais amadurecidos para aprender os conhecimentos aplicados durante esse ano (E 94056 - RB). Foram [adequados], porém alguns assuntos que aprendemos um pouco no terceiro ano e mais nesse ano deveriam ser estudados desde o primeiro ano (E 94101- RB).

Creio que a aproximação com os discentes estimula o enfermeiro a estar sempre refletindo sobre a sua prática,

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mudando, construindo e desconstruindo, logo, penso que toda a aproximação com o aluno é importante e leva ao exercício da enfermagem com maior humanização e técnica ao mesmo tempo (P 3 – RB).

Alguns professores/preceptores identificaram que os conhecimentos dos estudantes foram construídos significativamente ao sentirem-se estimulados e sensíveis a buscar fundamentação a partir da prática vivenciada.

Os conhecimentos foram adequados porque houve o estímulo e desenvolveram sensibilidade para a busca dos assuntos que não dominavam. E construído a partir daí seu aprendizado (P 11 – RH)

Em contrapartida, na visão de outros professores/preceptores, os estudantes apresentaram dificuldades na exploração dos conhecimentos em função da defasagem construída até o momento e, de desenvolver autonomia e domínio.

Apresentaram muitas dificuldades nesta fase em função da defasagem de conhecimentos construídos até então (P10). Os estudantes apresentaram necessidades de aprendizagem que, segundo eles, ainda não tinham sido abordados da forma como foi explorado na série, como no cuidado individual, a dificuldade de trabalhar desde a coleta de dados de forma mais integrada. No entanto percebo que a dificuldade foi do estudante em executar o desempenho com autonomia e domínio esperado para a série (P1 – RB).

A cada ciclo pedagógico desenvolvido na UPP4 foi possível adquirir mais habilidades para a vida profissional. A vivência da prática com a realização de tarefas próprias do enfermeiro em uma unidade de saúde, com grande autonomia, favoreceu conhecer realmente o mundo do trabalho trazendo segurança, motivação, qualificação e eficiência para a atuação.

Os estudantes têm contato com os pacientes, familiares, técnicas de procedimentos, gestão proporcionando o cenário real da vivência futura enquanto profissional (P 14 – RH).

Sim, pois os conhecimentos explorados permitiram ao estudante desenvolver o cuidado embasados no referencial de necessidades de saúde e de clínica ampliada (P 6 – RB).

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Trouxeram grande ganho neste momento, e experiência de prática (E 94135 - RB).

O que vimos na literatura contribuiu para que minha atuação na prática fosse de maior qualidade e eficiência (E 94142 - RB). Me auxiliaram na formação do meu conhecimento sobre trabalho em equipe, gestão e saúde coletiva com a comunidade (E 94165 - RB).

No referente ao processo de ensino e aprendizagem desenvolvido na UPP4, foi reportado nos depoimentos de estudantes e de professores/preceptores que estão sendo desenvolvidos todos os passos do ciclo pedagógico, que foi possível a mobilização dos recursos cognitivos, psicomotores e afetivos no desempenho das atividades propostas para a identificação dos problemas de saúde das pessoas e, permitiu ainda, mobilizar todos os conhecimentos adquiridos e aplicá-los na prática e adquirir novos conhecimentos.

(...), pois lidar com pacientes em todas as fases da vida (criança, gestante, adulto, idoso), requer de nós raciocínio clínico, recursos cognitivos, psicomotores e afetivos (E 94105 - RB). A academia segue construindo proposta de estudo segundo as diretrizes curriculares, fazendo com que adquirimos conhecimentos ampliados durante a UPP, para desenvolver as tarefas propostas (E 94059 - RB).

Contribuiu de maneira satisfatória para a mobilização dos recursos cognitivos, afetivos e psicomotores, identificação das necessidades de saúde e resolução de problemas (E94112 – RH).

Os momentos da UPP 4 são articulados de modo que podemos ter diversos conhecimentos e aprimora-los nas diversas áreas (E94137 – RH).

Um ponto forte neste quesito, foi possível realizar ciclos pedagógicos, o que ajuda na elaboração do raciocínio lógico do estudante frente às problemáticas vivenciadas na Unidade (P 2 – RB).

A UPP contribui para a formação e a exploração dos recursos cognitivos, afetivos e psicomotores (P 11 – RH).

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O estudante traz suas vivências, o que é utilizado como disparador para um processo de reflexão e construção coletiva (P7 – RH).

As atividades articuladas (EAPP, EAC, ciclo pedagógico e supervisão no campo) permitem a mobilização dos recursos cognitivos, afetivos e psicomotores. Estes movimentos levam o estudante a uma reflexão de sua prática, podendo identificar “gaps” e propor ações efetivas para identificar e resolver problemas a partir das necessidades de saúde “percebidas” (P4 – RB).

Em contrapartida, para outros professores/preceptores, houve a necessidade de se desenvolver ciclos pedagógicos para abordar recortes de conhecimento do cuidado coletivo em decorrência da lacuna de conhecimento identificada nos estudantes.

Tivemos que abordar conhecimentos iniciais sobre cuidado coletivo, considerando que os estudantes tinham pouco acúmulo sobre esta área de conhecimento, tendo que construir ciclo no cenário de prática profissional, articulando com o EAPP e o EAPS (P1 – RB).

A UPP contribuiu para a formação e exploração dos recursos cognitivos, afetivos e psicomotores. Embora alguns alunos demonstraram dificuldades de correlaciona-los com a prática em questão quando se tratava do coletivo, tendo dificuldades para elaborar plano de cuidados, identificar necessidades de saúde e formular os problemas (P11 – RH).

O sucesso na realização das tarefas propostas, entretanto não depende somente da inserção do estudante na equipe de saúde da USF, mas também do vínculo efetivo da mesma com a comunidade e de sua aproximação com os usuários o que permite a identificação de necessidades de saúde e o estabelecimento da proposta de intervenção, mesmo que haja necessidade de mudanças de estratégias ao longo da UPP.

É uma unidade que possui importante vínculo com a comunidade, e isso facilitou a nossa aproximação com os pacientes, conhecendo melhor alguns, possibilitando a adequada identificação das necessidades e consequente intervenção (E 94108 - RB).

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Mesmo que em pouco tempo, devido a epidemia de dengue, nossas atividades nas USF foram modificadas, mas nada que não servisse como aprendizagem, colaborada com a literatura (E 94142 - RB).

Contribuiu para o estudante desenvolver o cuidado individual, coletivo e gestão nas perspectivas da clínica ampliada e buscando atender às necessidades de saúde da população (P 6 – RB).

Para alguns estudantes e professores/preceptores os passos do processo pedagógico foram desenvolvidos de forma eficiente embora alguns estudantes ainda demonstrem dificuldades.

Seguimos todos os passos de forma eficiente (E 94135 - RB). Está sendo realizado, porém com algumas dificuldades ainda (E 94143 - RB).

Satisfatório. As lacunas de conhecimento da observação/ ação nos ajudaram no desenvolvimento do processo pedagógico (E 94056 - RB).

Uma preceptora relatou dificuldades iniciais devido sua pouca experiência, porém, com o apoio da supervisora, contemplou as tarefas propostas.

As alunas sempre se mobilizaram em todos os aspectos e conseguindo sempre identificando as necessidades de saúde, nesta unidade, no começo tivemos um pouco de trabalho para levantar alguns dados por minha pouca experiência, porém sempre pedindo orientações a supervisora, assim conseguimos avançar em algumas tarefas propostas, e quando fomos sempre orientadas as alunas sempre buscaram medida importante para promover a saúde (P 9 – RB).

Para outros estudantes há dificuldades na problematização das situações vivenciadas que por vezes ocorre, mesmo de maneira subentendida, não estando estruturado de acordo com o preconizado, seja por responsabilidade do professor ou por dificuldades do estudante.

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É difícil isso, pois cada professor exige de uma maneira, onde acho isso totalmente errado. Mas consigo fazer todos os passos sem muitos problemas (E 94101- RB).

Não está estruturado de acordo com o método, porém a problematização das abordagens ocorre, gerando demanda de estudos (E 93941- RB).

Está caminhando a cada dia para melhorar mais. Acho que cada professor avalia de um jeito o processo pedagógico (E 94059 - RB).

Fazíamos esses passos nas nossas supervisões, mesmo que subentendido (E 94105).

No depoimento de um estudante em particular, o mesmo pontua que o processo de ensino e aprendizagem está organizado adequadamente, somente os alunos que não estão prontos para agir da maneira esperada (E94179 – RH), ou seja, falta amadurecimento nas vivências da prática profissional.

Segundo os estudantes e professores/preceptores, a UPP4 foi avaliada como uma unidade educacional organizada, que existe a articulação de todos os cenários envolvidos para o desenvolvimento desta, que está organizada para que o estudante identifique problemas e proponha planos para resolução dos mesmos, contemplando as necessidades individuais e coletivas de saúde. É dinâmica, reflexiva, propicia a construção do conhecimento articulado à prática e favorece crescente autonomia do estudante e que o portfólio permite observar o quanto o conhecimento do estudante é construído mediante ao que ele acompanha e vivencia na UPP4.

A UPP é organizada para que o aluno consiga identificar e propor planos para a resolução dos problemas identificados contemplando o individual e coletivo (P13 – RH).

Dinâmica, reflexiva, construindo e desconstruindo saberes constantemente. Penso que há uma evolução muito interessante no quarto ano de enfermagem da Famema, pois ao ler os portfólios vejo o quanto o conhecimento do aluno está atrelado ao que ele pode acompanhar e viver na unidade prática, creio que conforme forem ocorrendo as aproximações isto tende a melhorar (P3 – RB).

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Observa-se que alguns professores/preceptores e estudantes, ao preencherem o formato de avaliação, confundiram a Unidade Educacional com a Unidade de Saúde e que ambas foram consideradas organizadas. A unidade educacional também foi citada como bem estruturada contemplando as necessidades de aprendizagem. Na USF, apesar do espaço físico limitado, a equipe acolhe os estudantes da UPP, além de receber os da residência médica e multiprofissional e, que se sentiram também acolhidos pelas equipes das respectivas unidades de cuidado hospitalar. Os preceptores que consideraram a unidade bem organizada apontaram aspectos diversos, o atendimento ao usuário acolhedor e humanizado; os estudantes conseguiram identificar e proporem planos de resolução e a interação entre os profissionais.

Para que houvesse melhor aproveitamento os estudantes acreditam que deveriam passar mais tempo em cada cenário de aprendizagem.

Tem contemplado as necessidades de aprendizagem (E 94142 - RB).

É uma unidade bastante organizada quanto à equipe, o que facilita o acolhimento de estudantes da UPP4, além de receber a residência médica e a multiprofissional. O espaço físico é limitado, mas não compromete a qualidade do serviço (E 94108 - RB).

Avalio como efetiva [a organização], mas acredito que deveríamos passar mais tempo nos cenários, para que houvesse um melhor aproveitamento (E 94165 - RB).

Organização adequada para atendimento ao usuário de forma acolhedora e humanizada onde a equipe está toda inserida e preparada (P12 – RH).

A unidade está organizada por tarefas, porém nas discussões tentamos avaliar e mostrar aos estudantes a relação entre as equipes e fazemos juntos o movimento de interação entre os profissionais (P14 – RH).

Para um professor/preceptor particularmente a organização é realizada por um grupo gestor e por conta do trabalho estar voltado para a demanda da Unidade de Saúde não tem conseguido seguir o proposto.

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Esta organização é gerenciada pelo grupo gestor, sendo assim, no momento não estamos conseguindo uma organização, pois devido a demanda ser intensa, temos muito trabalho atrasado, e por conta deste fato o nosso planejamento é voltado especialmente para a demanda (P 9 – RB).

Consideraram como pontos fortes a boa organização da Unidade educacional e da equipe de saúde, a vivência da prática profissional do enfermeiro, a estrutura e complexidade das situações de agravo à saúde que levaram as pessoas à hospitalização e a possibilidade de poder realizar mais procedimentos/técnicas. Elogiaram a equipe de saúde e o trio gestor da Unidade de Saúde da Família e citaram a riqueza do cenário para o desenvolvimento das práticas e para o aprendizado, enfatizando a possibilidade de atuar na realidade e desenvolver habilidades próximos da comunidade.

A UPP está organizada de forma satisfatória e articulada com todos os cenários (...) os pontos fortes são o contato direto com a prática de um profissional enfermeiro (E94137 – RH).

Fomos bem acolhidos pelas equipes (E94112 – RH).

Como pontos fortes considero a complexidade dos casos de internação e consequentemente um aprendizado diferente das séries anteriores, podendo realizar também mais procedimentos de enfermagem (E94152 – RH).

Equipe organizada e bastante acolhedora; trio gestor unido e comprometido; vínculo com a comunidade (E 94108 - RB). Mostra um cenário real, onde podemos atuar e pôr em prática o que aprendemos até agora (E 94142 - RB).

Equipe maravilhosa e muito cooperativa (E 94101 - RB).

Dentre os pontos fortes está a oportunidade de poder atuar em um local real, sem situações simuladas (E 94143 - RB).

(...) é que podemos trabalhar mais próximo com a comunidade, podemos desenvolver nossas habilidades (E 94165 - RB).

...nº de pacientes idosos e crianças bem distribuídos; médico e dentista da unidade cooperam para a inserção dos alunos na Unidades... Procedimentos feitos na USF diferenciados (ex.: DIU colocação, pequenas cirurgias; diversidade de população, área

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de favela, população com convênios e dependentes do SUS (P 2 – RB).

Tem como pontos fortes o atendimento ao indivíduo em todos os ciclos de vida, também diversos agravos transmissíveis e não transmissíveis e o atendimento a uma clientela com inúmeras necessidades de saúde (autonomia, vínculo, acesso e boas condições de vida) (P 6 – RB).

Quanto à organização da Unidade Educacional os estudantes apontam como fragilidade a falta de transporte fornecido pela Instituição para as unidades de saúde mais distantes; a carga horária pequena destinada para algumas atividades e ainda que as práticas simuladas têm sido diferentes da realidade vivenciada. O trabalho do estudante, na sua percepção, não é visto pelo professor da supervisão.

Quanto à Unidade de Saúde fizeram algumas considerações quanto ao espaço físico, algumas atividades que poderiam ser desenvolvidas e, em uma das unidades, a falta de cooperação do médico com os demais membros da equipe.

Tempo curto para muitas atividades, cenário simulado diferente da realidade (E94056 - RB).

Pouco tempo [no cenário] (E 94105 - RB).

Às vezes não é visto nosso trabalho realmente pelo professor da supervisão (E 94117 - RB).

Não dá suporte ao aluno para transporte a lugares muito longe (E 94059 - RB).

Espaço físico restrito [da USF], por ser uma casa adaptada; falta realizar mais grupos de orientações (E 94108 - RB).

Não consigo analisar, a partir do momento em que passamos por uma mudança nas atividades devido à epidemia de dengue (E 94142 - RB).

Médica não coopera muito com a equipe (E 94101- RB).

Já os professores/preceptores apontaram como fragilidade a organização da rede de saúde do município que por algumas vezes prejudicou o planejamento e a execução das tarefas propostas, também o pouco tempo no cenário e, que os estudantes chegam na quarta série com fragilidades nos atributos cognitivos, afetivos e psicomotores, levando ao sofrimento dos mesmos.

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Ponto frágil é o pouco tempo no convívio e poucas horas no cenário, poucos funcionários e a grande demanda, isso acaba atrapalhando um bom planejamento para prevenção e promoção à saúde ao usuário (P 9 – RB).

...a SMS agendou reuniões de última hora mais de uma vez no horário de supervisão, não sendo possível ter a participação da enf. (P 1 – RB).

Desorganização da rede básica no município – reuniões de equipe para produtos, falta gestão participativa, sistema de informação ineficaz (P 4 – RB).

Os estudantes chegam à quarta série com muitas dificuldades cognitivas, afetivas e psicomotoras, que culminam num sofrimento grande para atingirem os desempenhos propostos (P10).

Na unidade hospitalar os estudantes identificaram como fragilidades o fechamento de leitos e a adaptação em se trabalhar em momento de crise com falta de materiais e equipamentos para trabalhar de forma correta e segura (E94089 – RH), além da falta de mais profissionais (E94177 – RH) e a falta de recursos das instituições onde são realizadas as práticas.

Os pontos frágeis são a falta de recursos que às vezes a instituição não oferece para o aprendizado (E94137 – RH). Houve o relato de uma preceptora que a diferença de graduação dos elementos das equipes pode prejudicar a integralidade do cuidado.

... Há certa fragmentação do cuidado, em equipe de nível superior e nível médio. Houve saída de uma das enfermeiras, sem reposição até hoje, mas com substitutas variadas (P 5 – RB e RH)

Nos depoimentos dos estudantes ao avaliarem os recursos educacionais, destacaram que os mais utilizados foram o laboratório morfofuncional, a biblioteca e as consultorias.

Para um estudante e um professor/preceptor em particular, algumas atividades da ESF não foram realizadas devido ao trabalho realizado no controle da epidemia de dengue.

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Faltou participarmos de reuniões de equipe, que não estavam acontecendo devido ao período de epidemia (E 94108- RB). A epidemia da dengue prejudicou, por um lado, o aprimoramento de outras áreas e prioridades da ESF neste semestre (P2 – RB).

Na avaliação dos estudantes os recursos educacionais utilizados contribuíram com sua aprendizagem e foram considerados como complementares e essenciais para a sua formação.

Ao utilizarem também os sistemas de informação tiveram oportunidade de desenvolver habilidades do cuidado coletivo e organização do processo de trabalho.

Sim [contribuíram com a aprendizagem], complementaram meus estudos (E 94105 - RB).

São recursos essenciais para a formação do aluno (E 94059 - RB).

Tivemos oportunidade de nos aproximar mais em questões de cuidado coletivo, individual e gestão. Utilizamos sistemas de informação (E 94108 - RB).

As fortalezas das atividades práticas foram sendo apontadas ao longo dos outros itens da avaliação da unidade. Consideraram que tais atividades e a UPP são essenciais para sua formação. O laboratório morfofuncional está bem estruturado, bem como a biblioteca que teve seu acervo renovado e ampliado, além do novo espaço do laboratório de informática.

São recursos que trazem sentido e complementariedade para nosso estudo. (E 94105 - RB).

A biblioteca está rica em termos de livros novos e com ano de publicação recente [e] o laboratório morfofuncional está bem estruturado sendo de extrema importância para formação do aluno (E 94059 - RB).

As atividades práticas e a UPP, que já foi avaliada, e é essencial para a formação do aluno. Biblioteca com livros novos, morfofuncional com ambiente rico em materiais práticos e as consultorias importantes para revermos nossa prática (E94056 - RB).

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Laboratório morfofuncional com bonecos que auxiliam no aprendizado e biblioteca com livros interessantes (E94137 – RH).

Da biblioteca a sala nova de computadores, do morfofuncional os instrumentos (E94177 - RH).

Como fragilidades dos recursos educacionais foram apontadas as poucas atividades práticas desenvolvidas nesse ano, a falta de consultorias, a falta de um fotocopiadora na biblioteca e os manequins do laboratório morfofuncional que na visão dos estudantes precisam ser renovados.

O Morfofuncional precisa disponibilizar melhor os recursos, como os bonecos novos (E 94059 - RB).

Não há consultorias no último ano, isso é ruim (E 94059 - RB). Como a Xerox faz parte do único recurso que utilizei, avalio que faz muita falta (E 94101- RB).

Falta de livros atualizados e biblioteca sem recursos de Xerox (E94137 – RH).

Da biblioteca falta um pouco de livros, pois vezes fui buscar algo e os livros estavam emprestados ou não tinham para serem levados para casa, precisando tirar Xerox (E 94177 – RH).

Não foram observados nas avaliações comentários adicionais e poucas sugestões foram feitas.

Os estudantes recomendam que seja realizada capacitação dos professores para a uniformização da compreensão sobre o processo pedagógico. Sugerem ainda que poderiam ser abertas mais vagas para seus estágios na área hospitalar, em especial no Hospital Materno Infantil, e ainda que sejam oferecidas mais práticas, não só no 4º ano, mas desde o início do curso.

Há necessidade de uma capacitação integral dos professores, para que todos entendam o processo pedagógico (E 94059 - RB).

Acho que poderia ter mais vagas na área hospitalar, como por exemplo, no HMI (E 94059 - RB).

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Deveria haver mais atividades práticas desde o nosso primeiro ano (E 94105 - RB).

Neste item, somente dois professores/preceptores se manifestaram apontando que sentem falta da estratégia de Educação permanente e continuada.

Creio que haverá EP no segundo semestre, considero a EP importante para que possamos manter as trocas entre os profissionais que ficam com os alunos e assim construir mais saberes juntos (P 3 – RB).

Poder capacitar os professores que ajudam no cenário de prática profissional. (P 9 – RB).

No aspecto quantitativo observa-se que de uma forma geral os professores/preceptores e estudantes avaliaram positivamente a UPP4, conforme apresentado nas tabelas 1, 2 e 3.

Tabela 1 – Distribuição da avaliação do F5 da UPP 4 por estudantes de enfermagem, 1º semestre de 2015. Rede Básica

Satisfatório Insatisfatório Não

Respondido Não se aplica Valor Absoluto 1. Proposta da Unidade de Prática Profissional: 100% (13) 0,00% (00) 0,00% (00) 0,00% (00) 13 2. Processo de ensino-aprendizagem: 100% (13) 0,00% (00) 0,00% (00) 0,00% (00) 13 3. Organização da Unidade de Prática Profissional: 100% (13) 0,00% (00) 0,00% (00) 0,00% (00) 13 4. Recursos Educacionais: 100% (13) 0,00% (00) 0,00% (00) 0,00% (00) 13 Avalie: 100% (13) 0,00% (00) 0,00% (00) 0,00% (00) 13 Conceito final: 100% (13) 0,00% (00) 0,00% (00) 0,00% (00) 13

Tabela 2 – Distribuição da avaliação do F5 da UPP 4 por estudantes de enfermagem inseridos na Rede Hospitalar, 1º semestre de 2015.

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Satisfatório Insatisfatório Não Respondido Não se aplica Valor Absoluto 1. Proposta da Unidade de Prática Profissional: 100% (012) 0,00% (00) 0,00% (00) 0,00% (00) 12 2. Processo de ensino-aprendizagem: 100% 12) 0,00% (00) 0,00% (00) 0,00% (00) 12 3. Organização da Unidade de Prática Profissional: 100% (12) 0,00% (00) 0,00% (00) 0,00% (00) 12 4. Recursos Educacionais: 100% (12) 0,00% (00) 0,00% (00) 0,00% (00) 12 Avalie: 100% (12) 0,00% (00) 0,00% (00) 0,00% (00) 12 Conceito final: 100% (12) 0,00% (00) 0,00% (00) 0,00% (00) 12

Tabela 3 – Distribuição da avaliação do F5 da UPP4 por professores/preceptores, 1,º semestre de 2015.

Aspectos Satisfatório Insatisfatório Não

Respondido Não se aplica Valor absoluto 1. Proposta da Unidade de Prática Profissional 93,75% (15) 6,25% (01) 0,00% (00) 0,00% (00) 16 2. Processo de Ensino-Aprendizagem 100% (16) 0,00% (00) 0,00% (00) 0,00% (00) 16 3. Organização da Unidade de Prática Profissional 81,25% (13) 0,00% (00) 18,75% (03) 0,00% (00) 16 Conceito Final 93,75% (15) 0,00% (00) 6,25% (01) 0,00% (00) 16

Os dados registrados nos campos abertos encontram-se em fase de análise e serão encaminhadas juntamente com as considerações finais à Coordenação da 4ª série assim que concluídas, esperando contribuir para o planejamento de 2016.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Constatou-se que a proposta da Unidade Educacional é diferente das demais séries e a pertinência para a formação está em sua contribuição para a construção do perfil generalista e a maneira como se insere no cenário de prática faz com que o estudante possa atuar de forma como um profissional, favorecendo segurança, autonomia e a aprendizagem significativa.

A UPP4 permite ainda a prática dos conhecimentos até então apreendidos e a aquisição de novos conhecimentos, no cuidado individual de saúde, cuidado coletivo, planejamento em saúde e modelos de gestão. Em contrapartida, na visão de alguns

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professores/preceptores, os estudantes apresentaram dificuldades na exploração dos conhecimentos em função da defasagem construída até o momento e, de desenvolver autonomia e domínio.

Foi identificado que o sucesso na realização das tarefas propostas da UPP4, não depende somente da inserção do estudante na equipe de saúde da USF, mas também do vínculo efetivo da mesma com a comunidade e de sua aproximação com os usuários.

Observou-se que o desenvolvimento do processo pedagógico depende de como os professores/preceptores e estudantes estão capacitados para desenvolvê-lo.

A UPP4, apesar de algumas fragilidades, foi avaliada como uma unidade educacional organizada, que as equipes de saúde das respectivas unidades acolheram os estudantes, que existe a articulação de todos os cenários envolvidos, como também que o portfólio permite observar como o conhecimento do estudante é construído mediante ao que ele acompanha e vivencia. Para que houvesse melhor aproveitamento os estudantes acreditam que deveriam passar mais tempo em cada cenário de aprendizagem e que poderiam ser abertas mais vagas na área hospitalar, em especial no Hospital Materno Infantil.

Identificou-se que a proposta da UPP4 é realizada por um grupo gestor e o trabalho da Unidade de Saúde está voltado para a demanda desta e, por isso não se tem conseguido seguir o proposto.

Os recursos educacionais contribuíram com a aprendizagem do estudante e foram considerados complementares e essenciais para a sua formação, mesmo com algumas fragilidades apontadas.

A Unidade Educacional mesmo sendo bem avaliada, foi apontada a necessidade de capacitação dos professores para a uniformização da compreensão sobre o processo pedagógico e a implementação da Educação permanente e continuada.

R

EFERÊNCIAS

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2012.

FACULDADE DE MEDICINA DE MARÍLIA. Unidade de Prática Profissional – UPP4: Curso de enfermagem. Faculdade de Medicina de Marília. Marília, 2015. 18 f.

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GOMES, R. A análise de dados em pesquisa qualitativa. In: MINAYO, M.C.S. (org.).

Pesquisa Social: Teoria, Método e Criatividade. 32ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.

MINAYO, M.C.S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 13ª ed. São Paulo: HUCITEC – ABRASCO, 2013.

Referências

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