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Resumo de Penal II - 3º Bimestre

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Academic year: 2021

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Direito Penal II - 3º Bimestre

DOS CRIMES PATRIMONIAIS

Conceito de patrimônio: (Art. 5º caput garante o direito a propriedade, que é sinônimo de patrimônio) conjunto de bens titularizados por uma pessoa (tanto material quanto imaterial), um complexo de relações jurídicas que envolve tanto a propriedade móvel quanto imóvel, pertencentes a alguém, com valor econômico. Para efeitos penais, patrimônio envolve também um bem que embora não tenha valor econômico mas também sentimental.

1. Furto: é subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel, retirar da esfera de vigilância de outrem.

a. Furto Qualificado mediante fraude: a pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido mediante fraude. (Art. Art. 155 e §4º II, segunda parte)

b. Furto qualificado pelo dano: §4º , I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; c. Furto de coisa comum: Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem

legitimamente a detém, a coisa comum

2. Roubo: Subtrair coisa móvel alheia mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de ter reduzido a pessoa à impossibilidade de resistência (Art. 157)

a. Roubo qualificado com privação de liberdade: :§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade.

3. Apropriação indébita: Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção (Art. 168) 4. Dano: Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia (Art. 163)

5. Usurpação: Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro sinal indicativo de linha divisória, para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia (Art.161)

6. Peculato: o funcionário público apropriar-se ou desviar dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo. (Art. 312)

7. Concussão: Exigir vantagem indevida direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela. (Art. 316)

8. Estelionato: Obter vantagem ilícita induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento (Art. 171)

9. Extorsão: Constranger alguém a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem vantagem econômica indevida. (Art.158)

a. Extorsão mediante seqüestro (Art. 159) - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate.

10. Sequestro: Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica. (Art.158,§3º)

DIFERENÇAENTRE:

1. Furto e roubo: em ambos há subtração de bem móvel, porem, no roubo há o emprego de violência ou grave ameaça a pessoa, de forma que a reduza a impossibilidade de resistencia.

2. Furto e apropriação indébita: A diferença está na natureza da posse, no furto a natureza é ilícita desde o inicio, na apropriação indébita a posse ou detenção é licita mas o agente passa a se apropriar dela agindo como se dono fosse, gerando uma propriedade ilícita (não é necessária a subtração).

3. Furto mediante fraude e estelionato: Nos dois casos há fraude:

 Objeto material: em um é coisa móvel, no outro há vantagem indevida, imóvel ou móvel

 Momento da consumação: no furto depende do agente, já no estelionato ele engana (mantendo-a ou fazendo-a incidir em erro de formfazendo-a fazendo-a lhe entregfazendo-a fazendo-a vfazendo-antfazendo-agem indevidfazendo-a, fazendo-a consumfazendo-ação, portfazendo-anto, depende de umfazendo-a to dfazendo-a vitima de atender a vontade do agente.

4. Roubo e extorsão: Ambos tem violência e grave ameaça, o objeto material é diferente (no roubo é coisa móvel, na extorsão é vantagem econômica, tanto bem móvel quanto imóvel), a consumação (roubo emprega violência e subtrai a coisa, a consumação depende só do agente, na extorsão emprega violência é obriga a vitima a fazer ou deixar de fazer algo, atende a vontade do agente).

5. Roubo qualificado com privação da liberdade e sequestro relâmpago: No sequestro relâmpago é necessário a restrição da liberdade da vitima para a consumação.

6. Apropriação indébita e peculato: O peculato é crime próprio, somente é praticado pelo funcionário publico (Art. 327). 7. Extorsão e concussão: Concussão é a extorsão praticado por funcionário publico.

 A origem da palavra concussão significa usar a força para balançar a arvore do vizinho a fim de que os frutos fiquem no quintal do agente.

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8. Furto e furto de coisa comum: O primeiro é coisa de outrem o outro é coisa comum (propriedade do objeto), alem disso a condição do autor é diferente, no furto de coisa comum o agente pode ser somente condômino, co-herdeiro ou sócio. 9. Sequestro relâmpago e extorsão mediante sequestro: Na extorsão mediante sequestro há mais de uma vitima (a pessoa

que é levada e a que tem que pagar), a diferença esta no momento da privação de liberdade (sequestro somente pode ser no período que o sujeito aborda a vitima e permanece com ela até obter a vantagem econômica, se permanecer por período superior passa a ser uma extorsão mediante sequestro)

10. Apropriação indébita e usurpação: Objeto material do crime (usurpação coisa alheia e imóvel, a apropriação indébita só coisa móvel).

11. Furto qualificado pelo dano e dano: Na intenção, no furto se destrói ou rompe o obstaculo (NÂO a coisa que se deseja furtar), em outro se destrói ou inutiliza a coisa alheia.

FURTO: (ART. 155 CP)

Consumação: Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvelTentativa: é possível.

Crime impossível: é possível, não há crime punível se um trombadinha tenta furtar carteira que não estava lá. Energia: (§3) Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico. Energia é considerada coisa alheia móvel e pode ser objeto de furto. Pode ser qualquer energia: Elétrica, Mecânica, Nuclear, Eólica, Reprodutora etc

Diferença do estelionato (energia elétrica): sujeito tem ligação oficial com a prestadora de serviços e para diminuir os custos ele cola os ponteiros, ele engana a companhia energética e recebe a vantagem indevida em casa, comete estelionato.

Aumento de pena (§1) A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.

Noturno é sinônimo de noite? Não, noite é a ausência de luz natural, repouso noturno não se vincula a condição climática, a vitima não precisa estar dormindo, mas é período em que as pessoas estão mais desatentas, há maior dificuldade de percepção . Repouso vai das 22 horas até as 6 da manha

Furto privilegiado (§2) Pode ser usado como analogia a outras crimes patrimoniais desde que não haja violência e preencha os requisitos.

Requisitos:

1. Réu primário: não reincidente, nunca foi condenado.

2. "res furtiva": coisa furtada é de pequeno valor (não ultrapassar o valor de um salário mínimo). Conseqüência e o porquê:

1. substituir reclusão pela detenção 2. diminuir a pena privativa ou 3. aplicar apenas a multa.

Furto qualificado (§4) A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:

1. Destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; é uma espécie de violência contra coisa, NÃO a que pretende furtar mas sim aquela que impede a progressão do agente. Ex: cadeado, portão, janela, telhado.

 Detalhe:se o sujeito roubar bolsa dentro do carro e quebrar o vidro é furto qualificado, se ele quebrar a janela para roubar o carro é furto simples (nesse caso pode responder junto com dano).

 É necessário uma PERICIA.

2. Emprego de chave falsa: todo o instrumento não autorizado pelo proprietário para abrir porta.Ex: grampo, alicate, cópia da chave, tesoura, desde que não quebre.

 Se esquecer a chave na porta NÃO é furto qualificado pela chave falsa.

3. Mediante concurso de duas ou mais pessoas: em geral, para distrair a vitima, NUNCA para agredir ou intimidar, do contrario seria roubo.

4. Abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; quatro hipóteses diferentes, apenas uma é suficiente. a. Abuso de confiança: agente não desperta suspeita na vítima pois se estabelece uma relação de confiança com o

tempo . Ex: porteiro, funcionário há muitos anos, vizinho que freqüenta a casa.

b. Fraude: agente engana a vitima e leva o objeto. Ex: agente se apresenta como funcionário de uma prestadora de serviços, loja de sapatos em que a pessoa engana o vendedor.

c. Escalada: aqui o agente não destrói o objeto, utiliza algo para auxiliar a chegar no local para furtar. Ex: usar escada, caixote etc.

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Veículos (§5) A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior. De 1996 - não é original do código, o legislador quis aumentar a pena para este furto para inibir o ato. O prejuízo é da seguradora.

FURTODE COISACOMUM - ART. 156 CP

Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum

1. Condomínio: quando existe um domínio de mais de uma pessoa simultaneamente de um determinado bem, ou partes de um bem móvel.

2. Herança: a herança é o conjunto dos bens, dos direitos e das obrigações que, à morte de uma pessoa, são transmitidos aos respectivos herdeiros ou legatários, isto é, pela via da sucessão.

3. Sociedade: união de duas ou mais pessoas para realizar um objetivo.

 Para parte da doutrina os bens pertencem a pessoa jurídica e não aos seus sócios, de modo que quem subtrair bens de pessoa jurídica estará se apropriando de bens de terceiro

Sujeitos:

1. Ativo: crime próprio,que só pode ser cometido por condômino (de bem móvel), co-herdeiro e sócio. 2. Passivo: condômino, co-herdeiro ou sócio, com exceção do agente.

Ação penal (§1º) Somente se procede mediante representação (Ação penal publica mediante representação) Excludente de culpabilidade (§2) Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a que tem direito o agente

 Coisa fungível é aquela que pode ser substituída por outra da mesma espécie, quantidade e qualidade.  Montante subtraído não tenha excedido a quota-parte do agente , pois, nesse caso, não terá causado prejuízo

econômico ao sócio, co-herdeiro ou condômino.

 Exemplo:Suponha-se que o pai tenha morrido e que dois filhos tenham herdado dez mil sacas de café que estavam depositadas na propriedade de um deles. Se o outro, sem o conhecimento do primeiro, retira cinco mil sacas, o fato não constitui crime.

ROUBO (ART. 157 CP)

Conceito: Subtrair coisa móvel alheia mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de ter reduzido a pessoa à impossibilidade de resistência. Ex:O ato de desferir facada ou disparo de arma de fogo contra a vítima; porém, se o agente o fez com intenção de matar a vítima, responde por crime de latrocínio, consumado ou tentado, dependendo do resultado.

 Consumação: Quando o sujeito subtrai o bem mediante violência ou grave ameaça contra pessoa, roubo se consuma no momento em que o agente se apossa do bem da vítima.

 Tentativa: É possível quando o agente emprega a violência ou grave ameaça e não consegue se apoderar dos bens visados.

Vitimas: O proprietário, bem como o possuidor ou detentor do bem, que sofra prejuízo econômico, e também todos aqueles que sofram a violência ou grave ameaça, ainda que não tenham prejuízo patrimonial (Ex: dono do carro e o vendedor de uma loja, respectivamente).

 Pessoa jurídica também podem ser sujeito passivo de roubo na condição de dona dos valores subtraídos.

Roubo próprio emprego de violência antes ou durante a subtração da coisa com o objetivo permitir que a subtração se realize. Roubo Impróprio (§1) quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.

Lapso temporal extenso - gera concurso material com Furto ou Lesão

ROUBO QUALIFICADO (§2)

1. Se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma a. Arma de brinquedo/sem munição:

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b. O emprego de arma sem munição ou arma de brinquedo também constitui meio ameaçadores na medida em que tais condutas têm poder intimidatório, entretanto após o cancelamento da súmula 174 do STJ na hipótese de emprego de a arma de brinquedo aumento tem sido afastado o aumento.

i. Mesmo sendo arma de brinquedo ou arma de verdade sem munição caracteriza o medo.

ii. Embora provoque o medo do ponto de vista concreto não tem a mesma potencialidade, seria roubo simples.

c. mais de um agente/ apenas um armado: se há o concurso de duas ou mais pessoas constitui grave ameaça, pois o maior numero de pessoas ou mesmo de uma mas armada já é suficiente para intimidar a vitima. Se houver um grupo e apenas um estiver armado essa situação se comunica com os demais salvo se não tinham conhecimento da arma.

2. Concurso de duas ou mais pessoas a. Dificultar a resistência.

3. Se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância: quando a vítima está carregando valores em via pública a trabalho e nunca para fins particulares. Assim, quando alguém saca considerável quantia em dinheiro de um banco para pagar um carro que comprou, não está em serviço de transporte de valores.

a) Valor: dinheiro, titulo etc b) Pertencente a terceiro

c) Conhecimento por parte do agente

4. Veiculo automotor: se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior.

5. Privação da liberdade: se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade: a vítima é mantida em poder do roubador por poucos minutos.

Se permanecer a privação: concurso material com o crime de sequestro do art. 148 do Código Penal. Entende-se que o

concurso é material porque os roubadores permanecem com a vítima após se apossarem do bem. Ex: sujeito tranca no banheiro.  Caracteriza o cárcere privado.

Se da VIOLÊNCIA (não fala grave ameaça) para subtrair a coisa resulta: (§3)

1. Lesão: Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem, grave ou gravíssima (§§1 e 2º (129) 2. Morte (Crime de Latrocínio):

a. Competência para julgar: competência do juiz singular e não do tribunal do Júri

b. Hediondo (L8072/90): consiste em crime hediondo, o mínimo de pena foi majorada de 15 para 20 anos de reclusão, alem da multa. É insuscetível de anistia graça ou indulto, fiança e liberdade provisória etc.

EXTORSÃO: ART. 158 CP

Conduta: constranger (obrigar, forçar , coagir etc) a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem vantagem econômica indevida.

Consumação (ação/omissão) Ocorre em três momentos: 1. Emprego da violência ou da grave ameaça pelo agente 2. Ação ou omissão da vitima. Conduta da vitima:

a. Entregar dinheiro (ação)

b. Não cobrar uma divida (omissão)

c. Distinção de documento (permissão): sofre ameaças e por isso permite que o sujeito adentre o local para destruir documentos, pro exemplo.

3. Obtenção da vantagem econômica indevida (este ultimo NÃO é exigível)  Tentativa: é possível quando a vitima não cede às exigências do agente.

Sujeito 1. Ativo:

a. Qualquer pessoa, crime comum

b. Se cometido por funcionário publico ocorre concussão. 2. Passivo: todo aquele que sofre:

a. constrangimento b. prejuízo econômico

Objeto material (móvel/imóvel) Exige-se vantagem indevida, tanto móvel quanto imóvel.

Exigência de vantagem licita (Art. 345 CP) crime de exercício arbitrário das próprias razões, a existência desse crime, em verdade, não decorre da obtenção da vantagem devida, mas sim do emprego de violência ou grave ameaça para obtê-la,

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 Mais de um agente: cometido por duas ou mais pessoas  Emprego de armas: aplica o mesmo ao roubo.

a. Arma de brinquedo/ sem munição/ mais de um agente, apenas um armado.

(§2) MORTE e LESÃO igual ao §3 do Art. 157 CP: Tal como ocorre no roubo, estas qualificadoras só se aplicam quando a lesão grave ou morte decorrem da violência empregada para a prática da extorsão. Extorsão seguida de morte não é latrocínio (também é crime hediondo, mas não é latrocínio)

(§3) EXTORSÃO QUALIFICADA PELA RESTRIÇÃO DA LIBERDADE: sequestro relâmpago, crime praticado com restrição a liberdade da vitima, sendo essa condição necessária para obter vantagem. Crime consistente em restringir a liberdade da vítima, apossar-se de seu cartão bancário e, em seguida, exigir, mediante grave ameaça, exigir o fornecimento da senha, com a qual os bandidos fazem saques da conta da vítima. Prevalece a interpretação de que se trata de crime de extorsão por ser imprescindível a colaboração da vítima em fornecer a senha.

EXTORSÃOMEDIANTESEQUESTRO (ART. 159 CP)

Conduta: Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate. É crime hediondo: sequestrar

1. Privativa da liberdade: priva alguém de sua liberdade 2. Meio para obter a vantagem: exigindo resgate

Consumação: se dá no exato instante em que a vítima é privada de sua liberdade, ainda que os seqüestradores não consigam receber ou até mesmo pedir o resgate, desde que se prove que havia a intenção. Para a consumação, entretanto, exige-se que a vítima seja tirada do local onde estava por tempo juridicamente relevante (crime formal).

Crime permanente: cuja consumação se prolonga no tempo: 1. Flagrante

2. Concurso de agente posterior. Sujeito ativo: qualquer pessoa, crime comum.

1. Quem seqüestra 2. Leva mensagem 3. Vigia a vitima 4. Busca o resgate

Sujeito passivo: qualquer pessoa (duplo sujeito passivo?) 1. Pessoa com liberdade cerceada

2. Pessoa que sofre prejuízo econômico

Cadáver pode ser sujeito passivo? A exigência de resgate para a libertação de animal de estimação ou de cadáver configura tão somente a extorsão do artigo 158 do CP.

Formas qualificadoras (§1) basta uma delas

1. Mais de 24 horas maior dano a liberdade E maior sofrimento aos familiares 2. Menor de 18 anos E maior de 60 anos gera menor resistência

3. Bando/ quadrilha maior periculosidade e maior temor à vitima (Art. 288)

Morte e Lesão: for provocado na própria pessoa seqüestrada, seja por dolo ou culpa, salvo em caso fortuito.

Lesões Graves (§2). Ex: sequestradores cortarem a orelha da vítima para enviar aos familiares e aumentar a pressão.Morte (§3) Não haverá, porém, a qualificadora quando os sequestradores matarem um segurança para conseguir

sequestrar o patrão, hipótese que caracterizará crimes de homicídio qualificado e extorsão mediante sequestro, em concurso material.

o Maior pena no CP: reclusão, de 24 (vinte e quatro) a 30 (trinta) anos.

Redução de pena (§4) Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida. Quanto maior a colaboração prestada, maior a redução.

Objetivos:

1. Facilitar a elucidação do delito 2. Libertar a vitima

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Programa de proteção a testemunha (no Brasil)? (Lei nº 9.807 e Decreto nº 3.518) requisitos: a) Situação de risco

b) Relação de causalidade

c) Personalidade e conduta compatíveis d) Inexistência de limitações à liberdade e) Anuência do protegido.

Conceito: A “Novatio Legis In Mellius” lei nova que beneficie o acusado de qualquer modo retroagirá. É o que aconteceu com o § 3° ao artigo 158 do Código Penal, que criou a figura típica do sequestro relâmpago, antes enquadrado como: Roubo com restrição da vitima ou Extorsão Mediante Sequestro.

 Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica.

EXTORSÃOINDIRETA: (ART. 160 CP)

Definição: é exploração torpe. Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém, documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra terceiro. Ex: agiota como sujeito ativo.

 Para receber divida ilegal, que não pode ser cobrada de forma legal.  Indireta pois ele pede o documento.

Consumação Exigir OU receber.

1. Exigência (impor, obrigar, constranger etc): Crime formal, consuma-se coma simples exigência do documento como garantia de divida.

 Exigir: iniciativa do sujeito ativo (agente), em que a vitima cede a exigência. o agente impõe a entrega do documento como condição da entrega do dinheiro ou do aperfeiçoamento de um contrato qualquer (compra e venda, locação etc.) 2. Recebimento (aceitar): Crime material,consuma-se com o efetivo recebimento do documento pelo sujeito ativo.

 Receber: iniciativa do sujeito passivo (vitima), em que a vitima oferece o documento. a iniciativa é da vítima, que procura o agente, faz a proposta e a entrega do documento para garantir a concretização do negócio que pretende. Objeto material (documento) - art. 232 CP - É exigido o documento, tudo que é capaz de absorver e transmitir informações.Ex:

 confissão do crime (escrito)  Recibo de deposito inexistente  Documento falso

Abuso por parte do agente: o agente abusa da situação de alguém: Jogos de azar, Dependente de drogas ou Desgraça. ART. 161 CP – DA USURPAÇÃO

Conceito: Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro sinal indicativo de linha divisória, para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia. Apossar-se violentamente ou com fraude (sem direito).

Consumação: suprime ou desloca o marco divisório.

 Exaurimento? Alem de suprimir e deslocar ele se apossa. Conduta: alterar os limites (tapumes, marco, outros sinais):

a. Suprimir: eliminar completamente. b. Deslocar: mover de lugar

Escrituras mais antigas

Consequência: intenção do agente é gerar confusão, se apropriando de uma parte da propriedade alheia. Proteção: A usurpação aqui é de terras ou de águas, portanto de propriedade imóvel (Art. 5º)

Sujeito

1. ativo: geralmente cometido por vizinhos e condôminos 2. passivo: Proprietário e possuidor

Ação Penal (§3º) Se a propriedade é particular, e não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa. Concurso material se usar violência (§2º) Se o agente usa de violência, incorre também na pena a esta cominada.

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“Iter criminis” (§1º)

Exigência legal: somente existe a figura dolosa.

1. Diferença dano (art. 163): não visa destruir mas se apropriar de imóvel e para isso suprime ou destrói algo. 2. Diferença exercício arbitrário (art. 345) : na usurpação não se satisfaz pretensão legitima.

3. Diferença fraude processual (art. 347): a usurpação não se dá com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito Observações

1. Reparação Civil -> Direito Penal

2. Um novo marco? Não constitui crime pois colocou novo marco, não suprimiu ou deslocou o existente. USURPAÇÃO DE ÁGUAS (§1º)

Consumação: desvia ou represa de águas alheias Condutas: 1. Desvio: dar rumo diverso.

2. Represamento: Retenção Sanção Penal - mesma pena do caput. Sujeito

1. Ativo: geralmente vizinho e Condômino (doutrina diz que é crime comum) 2. Passivo: Proprietário, possuidor, arrendatário, locatário etc

Objeto material: águas alheias: lagoa, rios, lagos, nascentes etc.

 Águas alheias (que não pertencem ao agente) águas comuns (não pode represar ou desviar)

 Águas em recipientes? Águas saídas das nascentes, lagoas, lagos e rios e colocada em recipientes o crime passa a ser de furto.

Exigência legal (dolo ESPECIFICO) 1. Diferença dano (art. 163)

2. Diferença alteração de limites (art. 161) 3. Diferença exercício arbitrário (art. 345)

Inundação (art. 254) Se do desvio ou represamento de águas alheias advier inundação, haverá concurso formal entre este e o crime de usurpação de águas.

Fraude (art. 347) Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito

ESBULHO POSSESSÓRIO (§1º, II)

Invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais de duas pessoas, terreno ou edifício alheio, para o fim de esbulho possessório.

Posse turbada/ esbulhada

1. Turbação: o sujeito tem limitado o exercício da posse ou propriedade mas não perde o domínio 2. Esbulho: efetiva perda da propriedade ou posse.

ART. 162 CP – SUPRESSÃOOUALTERAÇÃODEMARCAEMANIMAIS

Consumação: supressão ou alteração da marca, ainda que se dê apenas em relação a um animal. 1. Suprimir: apagar

2. Alterar: modificar algo existente Conduta: Suprimir ou alterar dolosamente.

 Marca: são feitas por ferro em brasa ou elementos químicos. Ex: Letras, figuras geométricas, desenhos etc  Sinal: distintivos artificiais. Argolas, etc

 Rebanho: em relação a animais de porte menor, como carneiros, cabritos, porcos etc.  Gado: animais de médio ou grande porte.

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Objeto material: aqui não se protegem bens imóveis e sim semoventes, ou seja, animais em gado ou rebanho. Furto/ Apropriação indébita:Se a supressão ou alteração de marca for utilizado como meio para dissimular o furto ou apropriação indébita, não se pune a alteração da marca, só o furto ou apropriação indébita.

ART. 163 CP – DANO

Consumação: dano efetivo ao objeto material, por deixar vestígio, exige-se perícia para comprovar a materialidade. Condutas (leva em conta o aspecto físico e material)

 Destruir? este deixa de existir em sua individualidade, é extinto

 Inutilizar? o bem continua existindo, porém, sem poder ser utilizado para finalidade a que se destina.  Deteriorar? o bem continua existindo e apto para suas funções, contudo, com algum estrago parcial.

Crime comissivo/omissivo: Ex. jogar objeto no chão, indivíduo que tendo o dever de cuidar do maquinário alheio, propositadamente se abstém de retirá-lo da chuva.

Objeto material: Pode ser coisa móvel ou imóvel, desde que tenha dono. Pichação não caracteriza crime de dano. Qualificadoras(§U)

Violência e grave ameaça contra a vítima

Emprego de Substância: Inflamável e explosiva, salvo se ocorrer crime mais grave (art. 250 CP, por exemplo, incêndio)Bens públicos: contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou

sociedade de economia mista.

Motivo egoístico/ prejuízo considerável: por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima.

Exclusão (Estado de Necessidade) no estado de necessidade é possível sacrificar bem alheio para preservar bem de mesma hierarquia (bem material) ou superior (vida).

Reparação (Art. 16) O crime de dano simples (§IV) apura-se mediante ação privada e enquadra-se no conceito de infração de menor potencial ofensivo. Assim, caso haja composição civil quanto aos prejuízos, haverá renúncia ao direito de queixa Dano:

como meio para crime mais grave: fica absorvido, como acontece no furto qualificado por destruição ou rompimento de obstáculo

com analogia benigna é possível aplicar o disposto no art. 156, §2º, em que não é punível o dano de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a que tem direito o agente.

Detento/ recluso  Crime de dano na hipótese em que o preso danifica as grades da cela para fugir? Correntes:

NÃO comete crime de dano: uma vez que o dano serve pra a fuga e não com a intenção da causar dano ao poder publico.Comete crime de dano: Para a corrente que dispensa a intenção exige apenas a vontade de praticar uma das condutas.

ART. 164 CP – INTRODUÇÃOOUABANDONODEANIMAISEMPROPRIEDADEALHEIA Conduta: Introduzir (ação) ou deixar (omissão) animais em propriedade alheia desde que o fato resulte prejuízo

Animais/ animal: embora a lei mencione a palavra “animais”, no plural, entende-se que ela foi usada como gênero, bastando a introdução de um único animal para a configuração do delito, desde que tenha causado algum dano  Exigência de prejuízo, formas de dano: grama, vegetação, plantas, obras, caminhos, anexos, passagens etc. Proteção: Propriedade urbana e rural (Art. 5)

Sujeito:

1. Ativo: proprietário/ possuidor do animal

 Se for proprietário do imóvel alugado aplica-se danos civis + art. 163 CP (dano) a doutrina dominante tem-se entendido que se o proprietário de um imóvel estiver com este na posse legítima de terceiro (aluguel ou arrendamento, por exemplo) e vier a abandonar ou introduzir animais nesse local, não responderá pelo delito previsto no artigo 164, CP, senão somente por eventual crime de dano (artigo 163, CP).

2. Passivo: proprietário, a doutrina majoritária não considera o possuidor em razão do caput tratar de "propriedade alheia"

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Crime culposo: art. 31, Lei das Contravenções se a introdução ou abandono de animais não forem dolosos, mas resultantes de negligência, ressarcível no foro cível e enquadrados no Art. 31 da Lei de contravenções: Deixar em liberdade (...) ou não guardar com a devida cautela animal perigoso

Tipificação curiosa? É um crime meio estranho, partindo do principio de que animais (como vimos no artigo 162) tem valor econômico, porque o agente introduziria ou então deixaria o animal em propriedade alheia?

Alimentar animais? Todavia, se o agente pretende alimentar os animais com as plantações do proprietário cujo imóvel é invadido pelos animais, o delito é o furto.

ART. 165 CP – DANOEM COISADE VALOR ARTÍSTICO, ARQUEOLÓGICOOU HISTÓRICO

Consumação: com o dano efetivo.

Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada pela autoridade competente  Tacitamente revogado pela Lei 9.605

 Outra corrente diz que sendo patrimônio tombado e não estando em área de preservação, então nesse caso aplica-se o código penal.

(Proteção ao patrimônio cultural): Art. 216 CF Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira

Proteção especial em razão do caráter ideológico (raridade/antiguidade) em virtude de valor artístico, arqueológico ou histórico

Objeto material: possui as mesmas condutas do dano, mas se diferencia pois no dano se trata de coisa comum e neste crime trata-se de coisa tombada (móvel/ imóvel): objeto material será exclusivamente a coisa móvel ou imóvel tombada

1. Móvel: Mobília e Manuscrito 2. Imóvel: Edifícios, Ruínas, Estátuas Vítimas: a certa extensão toda a coletividade.

1. Pessoa Jurídica de Direito Público 2. União, Estados ou Municípios 3. Proprietário

Tombamento: Decreto Lei 25/ 37 e Lei 3.866/41

ART. 166 – ALTERAÇÃODELOCALESPECIALMENTEPROTEGIDO Consumação ocorrer a alteração do local.

Conduta (alterar):Alterar, sem licença da autoridade competente, o aspecto de local especialmente protegido por lei. Proteção estabelecida no Art. 216 V (CF) + Art. 2º, Dec. Lei 25/37

 Art. 216 V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.

 Art. 2º A presente lei se aplica às coisas pertencentes às pessoas naturais, bem como às pessoas jurídicas de direito privado e de direito público interno.

Proteção: valor ecológico,Turístico, Artístico, Histórico, Cultural, Religioso Sujeito

1. Ativo: qualquer pessoa, inclusive o proprietário do local

2. Passivo: É, principalmente, o Estado que determinou o tombamento; em segundo plano, está o proprietário da coisa, que pode ser também o Estado.

Ação Penal: penal publica incondicionada. Objeto material: imóvel tombados

Dano (art. 165 CP) - em caso de dano aplica o Art. 165 CP APROPRIAÇÃOINDÉBITA (ART. 168 CP)

Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção

Abuso de confiança A apropriação indébita é um crime normalmente marcado pela quebra de confiança (embora não seja requisito do delito), uma vez que a vítima espontaneamente entrega um bem ao agente e autoriza que ele deixe o

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local em seu poder, e este, depois de estar na posse ou detenção, inverte seu ânimo em relação ao objeto, passando a se comportar como dono.

Posse: um estado de fato pelo qual uma pessoa tem em seu em seu poder uma coisa. Ex: dinheiro (caixa, cobrador etc)  Características: tradição livre e consciente alem de origem legitima.

o Origem: contratos, sociedade, transporte, locação etc.

Consumação? apropriar-se, o agente dá sinais inequívocos de que passou a se comportar como dono.

Reflexos? Tem relação com o local onde foi cometido o crime, pois o sujeito pode receber em posse ou detenção em um lugar mas consumar o crime em outro.

Competência? Do local onde o crime foi consumado.

 Desconto nos vencimentos? É possível em três hipóteses: determinada pela lei, pelo poder judiciário ou quando autorizado pelo empregado em até 10%.

Sujeito

1. Ativo: que tem a posse ou detenção de coisa alheia.

a. Conduta + 327: se cometido por funcionário publico o crime é de peculato (312 CP)

2. Passivo: sofre o prejuízo. Normalmente é o proprietário, mas também podem sê-lo o possuidor, o usufrutuário etc. Coisa fungível: (Art. 85 CC) podem ser objeto do crime? Em regra é perfeitamente possível a apropriação de coisa fungível. Ex.: dinheiro. Contudo, como o bem fungível pode ser reposto a verificação do crime pressupõe prova da intenção de não efetuar tal reposição imediata. Assim, se o patrão entrega duas notas de cinquenta reais ao empregado para que ele efetue um pagamento no banco e este resolve se locupletar dos valores e retornar ao trabalho mentindo que foi roubado, existe o crime.

Não é crime se ocorre compensação: Quando duas pessoas são ao mesmo tempo credoras e devedoras uma da outra nesse caso extingue-se a obrigação até onde se compensarem.

Formas Qualificadores (§1 e U)

1. Deposito necessário (legal): que se faz em desempenho de obrigação legal em que o agente não é funcionário publico (Art. 647 CC). Existe, ainda, a figura do depósito necessário por equiparação (art. 649 CC), que se refere às bagagens dos viajantes ou hóspedes nas hospedarias onde estiverem. Ex: hotel, hospedagem etc.

a. Depósito miserável,em que uma pessoa recebe a posse ou a detenção de coisas alheias para evitar que elas pereçam porque o dono não tem onde guardá-las. Ex calamidade publica.

2. Qualidade do agente: tutor, curador etc.

3. Oficio, emprego ou profissão: em que se presta um serviço a outrem. Ex: corretor, cobrador etc.

Artigo 168-A - Apropriação Indébita Previdenciária: O objeto material do crime é a contribuição social que já foi descontada do contribuinte, mas não foi repassada ao sistema previdenciário dentro do prazo.

 Sujeito ativo é a pessoa responsável por recolher a contribuição e repassá-la ao sistema previdenciário.  Sujeito passivo é o Estado, representado pelo INSS

§1 Concurso: mesmas penas

§2 Extinção de punibilidade: declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições ANTES da ação fiscal.

§3 Faculdade do juiz. o juiz pode deixar de aplicar a pena (perdão judicial) ou aplicar somente a de multa (figura privilegiada)

se o agente for primário e de bons antecedentes se:

I - tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou

II - o valor da contribuição devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais.

APROPRIAÇÃODE COISA HAVIDAPOR ERRO, CASO FORTUITOOU FORÇADA NATUREZA (ART. 169 CP)

Caput: Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza:  Trata-se de crime de menor gravidade em razão da ausência de abuso de confiança.

Consumação: demonstra não haver intenção de devolver (venda, troca, doação etc)

Estelionato? O sujeito ativo ao receber o bem, esteja de boa-fé (não perceba o erro da vítima), pois, caso contrário,

o crime seria o de estelionato;

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1. Caso fortuito (participação humana Ex.: bois que ingressam em propriedade alheia porque alguém esqueceu a porteira aberta) ou Força de natureza (não há participação humana, por exemplo chuva, vento etc): pressupondo um acontecimento acidental e inevitável.

2. Erro: na apropriação indébita, a vítima entrega o bem sem estar em erro, enquanto no delito em estudo é necessário que a

vítima, por algum motivo, esteja em situação de erro. exemplos:

3. Saque bancário 4. Homônimo 5. Pagamento maior

6. Concurso no estelionato: quando a pessoa recebe de boa-fé mas após receber percebe que tem procedência ilícita.

Não há crime: homônimo/ doação

 Também não há crime se o agente, ao perceber o erro, não tem como devolver o bem ou valores ao proprietário, por não saber de quem se trata e não possuir meios para identificá-lo.

§U, I - TESOURO deposito de moedas, coisas preciosas (enterradas/ ocultas) Sujeito:

1. Ativo: É o inventor, ou seja, aquele que achou casualmente o tesouro em prédio alheio

2. Passivo: É o proprietário do prédio em que foi encontrado o tesouro.

Sem autorização do proprietário (furto) quem se apodera do tesouro comete crime de furto, pois o tesouro pertencerá por

inteiro ao proprietário do prédio se for achado por terceiro não autorizado.

Com autorização (direito a metade) O delito de apropriação de tesouro somente se aplica àquele que casualmente o encontrou em propriedade alheia e, tendo de dividi-lo pela metade com o dono do imóvel, acaba apropriando-se, no todo ou em parte, da quota do proprietário, por ter sido autorizado o terceiro tem direito a metade.

Pesquisador (empregado) - art. 1.265 do CC diz que “o tesouro pertencerá por inteiro ao proprietário do prédio, se for achado em pesquisa que ordenou.

§U, II - COISAACHADA

Coisa perdida? aquela que se extraviou de seu proprietário ou possuidor em local público Agente: É aquele que acha a coisa perdida e deixa de devolver ao proprietário ou

 desconhece o proprietário e deixa de restituir a autoridade competente (15 dias)

Prisão em flagrante: pode, mas somente depois de 15 dias.

Encarregado pelo proprietário: O objeto esquecido em local público ou aberto ao público é considerado coisa perdida, mas, se o

esquecimento ocorreu em local privado/determinado (no balcão de uma loja, por exemplo), o apoderamento constitui furto.

Pressuposto (invenção): Encontrar uma coisa, por si só, não é crime mas não for devolvida, caracteriza-se o crime de apropriação

de coisa achada.

APROPRIAÇÃO PRIVILEGIADA: Está prevista no art. 170 igual aoo art. 155, § 2º. “Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa”.

ESTELIONATO (ART. 171 CP)

Origem: "Stellio" vem de lagarto no latim, em especial o camaleão. Proteção:

1. Patrimônio

2. Boa-fé

3. Segurança

4. Veracidade Negocio Jurídico

Consumação Trata-se de crime material. Consuma-se com a obtenção da vantagem ilícita indevida, em prejuízo alheio.

Meio utilizado: Fraude

Artifício: fraude no sentido material, um aparato que modifica o aspecto material da coisa.  Ardil: é fraude no sentido imaterial, intelectualizada, dirigindo-se à inteligência da vítima

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Sujeitos

1. Ativos: aplica a fraude e recebe vantagem indevida

2. Passivo: enganado e terceiro que sofre o prejuízo. Vantagem de terceiros:

1. Má-fé (concurso) Se terceiro de má fé tinha consciência da procedência ilícita desde o inicio.

2. Boa-fé (receptação Art. 180 CP) não concorre com o crime mas antes de receber toma conhecimento da procedência ilícita

3. Boa-fé (apropriação Art. 169 CP) quando recebeu não tinha conhecimento do crime e da procedência ilícita mas passa a ter

conhecimento depois de receber e não devolve. Diferença com o furto com fraude

 Objeto material: em um é coisa móvel, no outro há vantagem indevida, imóvel ou móvel

 Momento da consumação: no furto depende do agente, já no estelionato ele engana (mantendo-a ou fazendo-a incidir em erro de forma a lhe entrega a vantagem indevida, a consumação, portanto, depende de uma to da vitima de atender a vontade do agente.

Estelionato privilegiado (§1) Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no art. 155, § 2º exige-se que seja pequeno o valor do prejuízo, o qual deve ser aferido no momento da consumação do crime.

FORMAS DE ESTELIONATO (§2)

1. Disposição de coisa alheia como própria: Fraude (coisa alheia como sua), o agente se passa por dono de certo bem e o negocia com terceiro de boa-fé sem possuir autorização do dono. Ex: penhora, condomínio etc

2. Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria:Agente é o proprietário, o objeto pertence ao agente, contudo, está gravado de cláusula de inalienabilidade ou de ônus, ou cuida-se de coisa litigiosa ou de imóvel que o agente prometeu vender parceladamente a outrem. Ex: doação, testamento com clausula condicional

a. Coisa gravada de ônus. é aquela sobre a qual pesa um direito real por lei ou contrato Ex: hipoteca e penhor. a. Coisa litigiosa: dependente de decisão judicial.

3. Defraudação do penhor: Devedor se desfaz da garantia, causa prejuízo

4. Fraude na entrega de coisa:Defraudar (adulterar ou forçar): substancia, qualidade, quantidade. Uma tem o dever de entregar objeto, móvel ou imóvel a outra; porém, de alguma forma o modifica fraudulentamente, de modo que possa prejudicar a outra parte.

b. Exigência legal: obrigação de entregar coisa certa

5. Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro: Comete o crime, por exemplo, quem, por não querer mais um veículo ou precisar de dinheiro, nele ateia fogo ou o esconde. Nessa modalidade, o agente se autolesiona, mas faz parecer à seguradora que foi vítima de agressão ou de acidente.

a. Exigência legal: contrato valido e vigente de seguro

b. Previdência social: S. 24 STJ = aplica-se ao crime de estelionato, em que figure como vítima entidade autárquica da Previdência Social

6. Fraude no pagamento por meio de cheque:emitir (vinculação) cheque sem fundo ou frustrar o pagamento (antes de a vítima conseguir descontar o valor na agência, saca a quantia)

Consumação: emissão - circulação - recusa do pagamento: se consuma no momento e local em que o agente obteve vantagem

ilícita em prejuízo alheio, o que ocorre quando o sacado recusa o pagamento do cheque por insuficiência de fundos

Competência: local da recusa. sob a modalidade da emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do local onde se deu

a recusa do pagamento pelo sacado.STF Súmula nº 521

Estelionato qualificado: Além da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, são entidades de direito público as autarquias e as entidades paraestatais.

RECEPTAÇÃO (ART. 180 CP)

crime acessório porque sua existência pressupõe a ocorrência de um crime anterior. Ex: compra um carro roubado, uma bicicleta furtada, um relógio objeto de estelionato etc.

Objeto jurídico: patrimônio.

Objeto material: É o objeto produto de crime, aquele que é obtido em decorrência da ação delituosa, Bens imóveis não podem ser objeto de receptação (Entendimento do STF) Ex: estelionato (receber ou adquirir)

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Consumação direta e indireta?

Art. 180 dif. 334, §1, d, §2? Se refere a comercio exteriorArt. 180 dif. 349 CP? Praticado por funcionário publico. Não há exigência

1. Inquérito policial 2. Processo penal 3. Sentença penal

Exigência legal: prova do crime anterior. Classificação: receptação própria e imprópria

1. Própria: adquirir, receber, transporte, conduzir ou ocultar produto de crime 2. Imprópria: influir produto de crime

Há receptação:

1. Quando o agente anterior for inimputável? Não. 2. No Art. 181 CP? Sim.

3. Objeto produto de contravenção? Como o tipo penal exige que o objeto seja produto de crime, o objeto produto de contravenção não configura receptação.

4. Quando autoria anterior for desconhecida? É possível várias receptações em relação ao mesmo objeto material, cometidas por pessoas distintas: é possível receptação de receptação. É necessário que os sucessivos adquirentes tenham ciência da origem criminosa do bem.

Crime permanente: algumas condutas tem consumação que se prolonga no tempo: transportar, conduzir, ocultar  Admite flagrante e concurso de agentes posterior.

Única receptação ou Crime continuado:

 única compra (uma só vez) e vários objetos  diversas aquisições de um ou vários crimes.

Dolo (direto/ genérico) O tipo penal exige expressamente o dolo direto, o agente deve saber que a coisa provém de prática criminosa anterior.Na hipótese em que o agente recebe o objeto e depois toma conhecimento de que se trata de produto de crime, não há a configuração do delito em estudo

Omissão = receptação? (Art. 342?)

Receptação qualificada: natureza do agente (§1) A figura qualificada constitui crime próprio, pois só pode ser cometida por comerciantes e industriais, no desempenho dessas atividades. A razão do agravamento da pena é o forte estímulo dessas pessoas à criminalidade. Ademais, elas encontram grande facilidade em vender o produto da receptação a terceiros de boa-fé.

Exigência (continuidade): Para a existência da qualificadora, exige-se que fique demonstrado que o agente exerce com habitualidade as atividades comerciais ou industriais, ainda que tenha cometido a receptação uma única vez

Informal, clandestina etc. (§2) equipara “à atividade comercial, para efeito do parágrafo anterior, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em residência”. Trata-se de norma penal explicativa: qualquer outro comerciante que não tenha sua situação regularizada junto aos órgãos competentes.

Receptação CULPOSA (adquirir/receber) importância (§3) estão descritas apenas as condutas “adquirir” e “receber”, o verbo “ocultar” não foi inserido nesse tipo penal porque quem espontaneamente o faz sabe da procedência ilícita do bem.

Mantém a punição (§4) O receptador pode ser punido ainda que não se saiba quem foi o autor do crime antecedente. Perdão judicial / receptação privilegiada (§5) O privilégio só é aplicável à receptação dolosa (própria ou imprópria), o perdão judicial só é aplicável à receptação culposa (presentes os requisitos legais, a concessão do perdão pelo juiz é obrigatória) Receptação qualificada: natureza do objeto (§6) Tratando-se de bens e instalações do patrimônio da União, Estado, Município, concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista, a pena do caput deste artigo aplica-se em dobro.

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DISPOSIÇÕESCOMUNS

1. Imunidades absolutas - isenção da pena se comete crime em prejuízo a certas pessoas (Art. 181 CP, I e II)

2. Imunidades relativas - por ação penal publica condicionada a representação se cometido por certas pessoas. (Art. 182 CP) 3. Exceções - exclusão dos benefícios (Art. 183 CP) Pois tais hipóteses acabam por gerar qualificadoras, violência contra pessoa

Referências

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