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Educação para a saúde na educação pré-escolar

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Academic year: 2021

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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Escola de Ciências Sociais e Humanas

Departamento de Educação e Psicologia

Educação para a Saúde na Educação Pré-Escolar

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Vanessa Raquel Gonçalves Gomes

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II

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Escola de Ciências Sociais e Humanas

Departamento de Educação e Psicologia

Educação para a Saúde na Educação Pré-Escolar

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Vanessa Raquel Gonçalves Gomes

Orientadora: Professora Doutora Isilda Rodrigues

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III

À minha família e namorado que fizeram com que tudo fosse possível.

(4)

IV

Relatório Final, correspondente ao estágio de natureza profissional/prática de ensino supervisionada, elaborado para a obtenção de Grau de Mestre em Ensino de Educação Pré -Escolar, de acordo com os Decretos-Lei nº 74/2006, de 24 de Março e nº 43/2007, de 22 de Fevereiro

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V

AGRADECIMENTOS

Sem a colaboração de diversos intervenientes os objetivos a que nos proponhamos com este trabalhoficariam de alguma forma comprometidos.

Passamos assim a agradecer a disponibilidade, o espírito de iniciativa, o interesse e colaboração de determinadas pessoas e instituições.

Ao magnífico reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (Prof. Cat. Fontainhas Fernandes) por nos permitir o realizar desta formação.

À orientadora deste trabalho, Professora Doutora Isilda Rodrigues, pela disponibilidade e orientação manifestadas.

Para que exista uma boa integração num local de trabalho é necessário um bom acolhimento por parte dos trabalhadores e utentes da instituição e, neste âmbito, queremos agradecer à Educadora Maria João, às assistentes operacionais, aos restantes professores com os quais foi estabelecido contacto, apesar de não ter sido tão direto como com a professora titular da turma, e em especial às crianças.

Aos docentes da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro com que nos cruzamos e possibilitaram a aquisição de diversos conhecimentos, importantes para a nossa formação, futuro, pessoal e profissional.

Agradeço à minha família por todo o esforço, apoio incondicional, amor e encorajamento que me deram durante todo este tempo de formação e de vida.

Ao meu namorado, que apesar da minha falta de disponibilidade mostrou que estava sempre lá para o que precisasse.

A todos os meus colegas de casa, que se tornaram amigos (as) para a vida, pela paciência, apoio e momentos extraordinários que me proporcionaram.

Aos meus amigos da Associação Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, que me fizeram ver no esforço físico e na cooperação o caminho para a realização dos projetos.

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VI

Índice

Agradecimentos………..V Lista de Figuras ………...…VII Resumo………..IX Abstract………..X

Capítulo I – Apresentação do Relatório………...1

1.1 – Introdução ………..….2

1.2 Objetivos do Estudo………....3

1.3 Organização do Relatório………...…4

Capítulo II – Caraterização do Contexto……….5

2.1 – Meio Envolvente……….…..6

2.2 – Caraterização Genérica da Instituição………...8

2.2.1- Reflexão acerca dos espaços onde foi desenvolvida a prática pedagógica………9

2.3 – Caraterização do grupo………10

Capítulo III – Educação para a Saúde na Educação Pré-escolar……….12

Capítulo IV- Projeto de Educação para a Saúde a Educação Pré-Escolar……….………...19

4.1 – Metodologia de Projeto………...………....20

4.2 – Apresentação do Projeto……….21

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VII

4.2.2- Fases do Projeto e Atividades desenvolvidas………...….35

4.3- Reflexão acerca do projeto e das atividades desenvolvidas………....46

Capítulo V – Planificações e Reflexão sobre a prática pedagógica desenvolvida………..…48

5.1- Planificação nº1………...…..…52

5.2- Planificação nº2………...57

Capítulo VI- Conclusões………..65

Referências Bibliográficas………..…...67

Webgrafia………..….…....70

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VIII

Lista de Figuras

Figura 1 - Localização da União de Freguesias de Vila Real (Mapa de Vila Real) ... 7

Figura 2 - Painel de atividades ... 36

Figura 3- Construção da mascote do projeto ... 37

Figura 4- pesquisa em livros e na internet ... 38

Figura 5- Exploração do torso e esqueleto ... 38

Figura 6 - Pintura e legendagem das partes do corpo. ... 39

Figura 7- Construção e conhecimento da roda dos alimentos ... 39

Figura 8- Atividades físicas ... 40

Figura 9- Construção dos fantoches e teatro ... 41

Figura 10- Aula de zumba ... 41

Figura 11- visita ao mercado municipal ... 42

Figura 12- confeção de espetadas de fruta ... 43

Figura 13- registo do que gostamos de fazer ... 43

Figura 14- confeção de gomas saudáveis ... 44

Figura 15. Fichas de trabalho ... 45

Figura 16-cartazes ... 45

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IX

RESUMO

A Educação e a Saúde são dos bens mais preciosos que temos. Neste sentido é importante que desde tenra idade fomentemos nas crianças cuidados relacionadas com a sua saúde física e mental. Esta foi a temática escolhida para desenvolvermos um projeto, com um grupo de 25 crianças do Ensino Pré-escolar, que teve como principal objetivo motivar e fomentar nas crianças escolhas que lhe possibilitam uma vida saudável.

A metodologia utlizada foi a metodologia de projeto, onde nas diversas fases foram trabalhadas diversas atividades, com as crianças.

O grupo mostrou-se bastante motivado, observando-se no decorrer do projeto uma evolução na forma como as crianças iam colaborando nas atividades.

Através da observação e avaliação do projeto concluiu-se que este tipo de metodologia e estratégias escolhidas influenciam as escolhas das crianças bem como foram determinantes para o seu alerta perante os pais.

Este projeto foi implementado durante a prática pedagógica desenvolvida no Jardim de Infância Escola Básica nº2. Este Jardim de Infância, em particular a sala com o grupo que trabalhamos, já apresentava alguns projetos alusivos ao tema de Educação para a Saúde na escola, foi neste sentido que se achou pertinente colocar em prática um projeto que fosse ao encontro das necessidades e principalmente das curiosidades e interesses do grupo.

A prática de ensino supervisionada decorreu durante cerca de 7 meses. O período de observação e cooperação inicial foi fundamental para a prática pedagógica, uma vez que nos ajudou a conhecer o grupo, os seus interesses, bem como as estratégias que poderiam ter um impacto positivo no grupo. E foi isso que aconteceu, começamos por implementar uma estratégia de trabalho englobando todo o grupo, trabalhando com todos em sistemático, mas facilmente percebemos que essa forma de trabalho não seria viável, começando assim a trabalhar em pequenos grupos para alcançar todos os objetivos. Realizámos avaliações sistemáticas para que conseguíssemos, junto das crianças perceber o impacto que os conhecimentos que eram transmitidos, através das atividades, iam tendo no seu dia-a-dia. A avaliação não poderia ter sido mais positiva. Inicialmente o medo de errar era constante, uma vez que o grupo era bastante agitado. Esta avaliação foi positiva não apenas observando as crianças e o seu feedback mas principalmente pelo feedback dos pais.

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X

ABSTRACT

Education and Health are the most precious assets we have. In this sense it is important that from an early age to be encouraged in children care related to their physical and mental health. This was the thematic chosen to develop a project with a group of 25 children in the kindergarten, which had as main objective to motivate and encourage the children choices that enable an a healthy life.

We used the design methodology, where in the different phases were worked many activities with the children.

The group proved to be very motivated, observing the course of the project an evolution in the way the children were cooperating in activities.

Through the observation and evaluation of the project it was concluded that this type of methodology and chosen strategies influence the choices of children and were determinant for its warning to parents.

This project was implemented during pedagogical practice developed in Jardim de Infância Escola Básica n.º2. This kindergarten, especially the room with the group we work with, already presented some related to the theme of Education for school health projects, was this sense that we found appropriate to implemented a project that would meet the needs and mainly the curiosities and interests of the group.

A supervised teaching practice was held over about seven months. The observation period and initial cooperation was essential to the pedagogical practice, as it helped us to know the group, their interests, as well as strategies that could have a positive impact on the group. And that's what happenedwe started to implement a work strategy covering the entire group, working with all at the same time, but easily realize that this way of working was not viable, beginning therefore to work in small groups so that we could achieve all objectives. We performed systematic reviews for which we could, among children, perceive the impact for the knowledge that was transmitted through the activities were having on their day-to-day. The evaluation could not have been more positive. Initially the fear of failure was constant, since the group was quite busy. This review was positive not only watching the children and their feedback but mainly by feedback from the parents.

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1

Capítulo I– Apresentação do Relatório

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1- APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO

1.1- Introdução

A Educação para a Saúde é um tema em destaque na sociedade Portuguesa.

Neste sentido é relevante a implementação de projetos de prevenção para a saúde nas escolas.

O presente relatório incide essencialmente no trabalho de projeto desenvolvido durante a prática de ensino supervisionada.

Parte da pesquisa deste relatório baseia-se na Educação para a Saúde, nos conceitos relacionados, nas suas fases, bem como nos seus métodos. Consultamos também alguns documentos, como a Lei Bases do Sistema Educativo, as Orientações Curriculares, o Programa Nacional de Saúde Escolar, que nos orientam no cumprimento de algumas leis e direito no domínio da Educação para a Saúde nas escolas.

Segundo as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar inclui a Área do Conhecimento do Mundo referindo que:

“uma sensibilização às ciências, que poderá estar mais ou menos relacionada com o meio próximo, mas que aponta para a introdução de aspectos relativos a diferentes domínios do conhecimento humano: a história, a sociologia, a geografia, a física, a química e a biologia… que, mesmo elementares e adequados a crianças destas idades, deverão corresponder sempre a um grande rigor científico.” (Ministério da Educação, 1997, p.80).

Conscientes da importância das ciências neste nível de ensino e da predisposição das crianças para a descoberta optámos por este tema porque também permite englobar a Educação e a Saúde. Não nos focamos apenas na necessidade de estimular a prática de atividades que englobassem a Educação para a Saúde mas também na necessidade de implementar nas escolas novas metodologias de ensino, como é o caso da metodologia de projeto. Acreditamos nos pressupostos desta metodologia e no impacto que esta tem na aprendizagem das crianças.

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3

Consideramos que as temáticas escolhidas durante a prática de ensino supervisionada, têm de ir ao encontro dos objetivos e planificações das educadoras cooperantes e das crianças envolvidas.

No decorrer de toda a prática de ensino supervisionada, vimo-nos obrigados a selecionar métodos de trabalho. Numa primeira parte sentimos a necessidade de realizar pesquisas constantes para o auxílio na definição de estratégias a adotar. Estas pesquisas basearam-se, na sua maioria, na reflexão feita de depoimentos de profissionais da Educação Pré-Escolar, no sentido em que vemos na experiência um pilar para a eficácia das estratégias utilizadas.

Terminada esta prática, e cientes da necessidade de fundamentar todo o percurso realizado, remetemo-nos para pesquisas em fontes que nos possibilitassem a recolha de dados credíveis. Encontramos uma panóplia de bibliografia, e decidimos selecionar apenas algumas obras, centrando-nos mais no nosso principal objetivo, a reflexão de toda a prática.

1.2- Objetivos do estudo

Constituem objetivos do estudo:

a) Contextualizar a Educação para a saúde, na sua ligação com o ensino, em particular o ensino pré-escolar;

b) Caraterizar a metodologia de projeto;

c) Refletir acerca da prática pedagógica,

d) Promover atividades de Educação para a Saúde durante a prática de ensino supervisionada.

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1.3- Organização do relatório

Para uma fácil consulta, este relatório encontra-se dividido em capítulos. O I capítulo diz respeito à introdução, onde fazemos uma contextualização do estudo, apresentamos os objetivos bem como os métodos de trabalho. O II capítulo diz respeito à caraterização do contexto onde foi realizada a prática de ensino supervisionada. No III capítulo pretendemos de uma forma sucinta refletir acerca da Educação para a Saúde e a sua importância neste nível de ensino. No IV capítulo fundamentamos a metodologia de projeto a apresentamos o projeto implementado com o grupo de estágio. O V capítulo apresenta uma reflexão sobre toda a prática pedagógica desenvolvida bem como alguns exemplares das planificações implementadas, por último apresentamos uma conclusão geral e as referências bibliográficas.

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Capítulo II – Caraterização do Contexto

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2- CARATERIZAÇÃO DO CONTEXTO

Neste capítulo apresentamos uma breve caraterização da Instituição onde foi realizada a prática pedagógica. Caraterizamos o Meio Envolvente, a Intuição e o grupo com o qual trabalhamos.

2.1- Meio Envolvente

“O conhecimento do meio próximo e de outros meios mais distantes, constitui oportunidade de aprendizagens relacionadas com a área do Conhecimento do mundo”( Ministério da Educação, 1997, p.39)

A cidade de Vila Real está situada a cerca de 450 metros de altitude, sobre a margem direita do rio Corgo, um dos afluentes do Douro. Localiza-se num planalto rodeado de altas montanhas, em que avultam as Serras do Marão e do Alvão. Tem uma localização geográfica privilegiada entre o litoral e o interior com ligações a todo o país. É sede de concelho e capital de distrito por ser a cidade com maior peso económico e demográfico da região de Trás-os-Montes e Alto Douro. Vila Real contém vários concelhos rurais, contrastando com o caráter urbano da cidade. O Concelho é constituído por 20 freguesias e tem uma área de cerca de 378 km2, onde residem aproximadamente 51.850 habitantes. O Bairro São Vicente de Paula é constituído por duas partes distintas, usualmente conhecidas por, parte nova e parte velha. A escola está situada na parte nova. A parte velha é formada por sete ruas onde se encontram implantadas as cem primeiras casas.

Segundo os Censos (2011), esta União das Freguesias estende-se por uma área de

7,09 km², com uma população residente de 17 588 pessoas.

Nesta União de Freguesias situam-se algumas das mais importantes instituições públicas e equipamentos sociais do concelho de Vila Real. A sua sede situa-se, desde 1988, no Bairro S. Vicente de Paula.

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Embora o Jardim de Infância Escola Básica Nº 2 se encontre num local que apresenta ótimas condições ao nível das infraestruturas que o rodeia, há um senão: próximo deste existe o Regimento de Infantaria nº 13, o que não deveria acontecer, uma vez que o Despacho Conjunto nº 268/97, de 25 de Agosto, refere “[…] as condições de segurança e salubridade que devem presidir à localização dos estabelecimentos de educação, passam pela não selecção de locais: […] e) na proximidade de […] estabelecimentos militares”.

Além disso, segundo o Despacho Conjunto anteriormente mencionado, o local não deve ter “inclinações muito pronunciadas, desníveis bruscos”, o que não se verifica, uma vez que a Escola se encontra numa zona mais alta e a estrada que dá acesso a esta tem bastante inclinação, levando a que o espaço onde os familiares das crianças estacionavam os seus veículos não seja o mais adequado.

2.2- Caraterização Genérica da Instituição

O Jardim de Infância Escola Básica Nº2 é uma instituição da Rede Pública do Ministério da Educação, que se encontra situada na União das Freguesias de Vila Real (Nossa Senhora da Conceição, São Pedro e São Dinis), pertencente ao concelho e distrito de Vila Real

Figura 1 - Localização da União de Freguesias de Vila Real (Mapa de Vila Real)

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e está integrada no Agrupamento Vertical de Escolas Diogo Cão (AVEDC), este último foi homologado em 26 de Junho de 2003. Segundo o Projeto Educativo do AVEDC (2009:2), Este agrupamento é constituído por 1 escola do 2º e 3º ciclos, 25 escolas do 1º ciclo e 23 jardins-de-infância.

O Jardim de Infância no qual foi realizada a prática pedagógica possui um regimento interno onde são apresentadas as normas de organização e funcionamento do Jardim-de-infância, de acordo com os documentos legais existentes para a Educação Pré-escolar e em conformidade com o disposto no Regulamento Interno do Agrupamento. Ainda no que concerne a documentos estruturantes do Jardim, em particular da sala onde foi realizada a prática pedagógica, esta possui um projeto curricular de grupo.

A organização do projeto curricular de grupo teve por base o Guião do Projeto Curricular de Grupo – Pré-escolar do Agrupamento Vertical de Escolas Diogo Cão, tendo em conta o Projeto Curricular do Departamento de Educação Pré-escolar e ainda o Plano Anual de Atividades. Importa ainda referir que houve cooperação e negociação relativamente à calendarização das atividades (temas e datas fortes) comuns a todas as salas de atividades.

O Jardim integra-se num espaço composto pelo edifício da Escola do 1º ciclo do Ensino Básico e pelo edifício da biblioteca e do pavilhão gimnodesportivo. O edifício, que suporta o Jardim de Infância, é moderno, apresentando instalações recentes e em ótimas condições. É constituído por quatro salas de atividades, um polivalente, um refeitório, uma copa, duas casas de banho destinadas às crianças e, possui também, uma zona reservada aos intervenientes, adultos, no processo educativo. Esta zona é constituída por um gabinete, uma despensa, casas de banho e vestiários. Apenas três das quatro salas de atividades se destinam às crianças do Jardim de Infância, a quarta sala existente destina-se a uma turma do 1º Ciclo do Ensino Básico.

Dentro do edifico existem espaços comuns, sendo eles: refeitório, WC, copa vestiários e polivalente.

O Horário da Componente Educativa cumpre um total de 5h por dia, sendo 3h no período da manhã - 09h às 12h e 2h no período da tarde - 14h às 16h. O Horário das Assistentes Operacionais (AO) é das 08:45h às 12:15h e das 13.45h às 17.00h. O Horário das Atividades de Animação e Apoio à Família cobre a hora de almoço, das 12h às 14h, e o período de fim de atividades educativas, das 16h às 18h.

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2.2.1-

Reflexão acerca dos espaços onde foi realizada a prática

pedagógica

“Os espaços de educação pré-escolar podem ser diversos, mas o tipo de equipamentos, os materiais existentes e a forma como estão dispostos condicionam em grande medida o que as crianças podem fazer e aprender” (Ministério da Educação, 1997, p.37).

Deve-se proporcionar à criança um ambiente acolhedor, sendo que a organização da sala deve ser pensada em função das crianças e dos seus próprios interesses, neste sentido deve existir, por parte do educador a disponibilidade para executar a mudança dos materiais e mobiliários, sempre que se mostre relevante tal procedimento.

Pelo que conseguimos constatar a sala foi organizada de forma a proporcionar aos alunos experiências enriquecedoras. Na sala existe um espaço central, rodeado por áreas, possibilitando assim a circulação livre e o fácil acesso a todos os materiais, e foi possível observar que as crianças têm acesso aos materiais necessários e que frequentam todo o espaço da sala, por vezes não cumprindo as regras.

É no espaço central que se encontra a mesa e as cadeiras onde as crianças estão reunidas, onde planificam as atividades e onde se sentam para começarem o dia. Ao redor, como já referido, encontram-se as diversas áreas, devidamente sinalizadas e separadas.

Foi possível observar que as condições de higiene eram favoráveis ao bem-estar das crianças, a escola encontrava-se sempre limpa e asseada, bem como aquecida nos dias frios de Inverno.

A luminosidade era bastante favorável à realização das atividades, em todas as divisões existiam janelas bastante grandes que permitiam a entrada da luz natural.

Os materiais com os quais tivemos contacto e observamos encontravam-se em bom estado, as quantidades eram suficientes, tendo em conta o número de crianças; eram diversificados e adequados a todas as áreas, funcionais e estavam ao alcance das crianças e dos adultos.

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Todo o espaço físico da escola possibilitou a realização das atividades planeadas. Para a realização das sessões de psicomotricidade tinham disponível o polivalente bem como o edifício gimnodesportivo da escola, o que possibilitou um maior enriquecimento das sessões.

2.3- Caraterização do grupo

O grupo de crianças que frequentava o Jardim-de-infância onde foi realizada a prática de ensino supervisionada era um grupo heterogéneo, composto por 25 crianças com idades compreendidas entre os 3 e os 5 anos. Das 25 crianças 10 são do sexo feminino e 15 do sexo masculino. Existiam crianças que frequentavam um contexto escolar há mais tempo que as outras, dezasseis das 25 crianças frequentavam pela primeira vez, 7 pela segunda vez, e apenas duas crianças já frequentavam o jardim há 3 anos. Tinham uma postura bastante agitada, eram bastante extrovertidos e tinham alguma dificuldade em compreender as regras da sala de aula e de boa educação. As crianças participavam de forma espontânea nas atividades propostas pela educadora ou pela estagiária, sempre que não tinham predisposição para realizar alguma atividade sentiam-se à vontade para dizer à educadora ou estagiária.

As personalidades eram distintas, o que é normal, existiam crianças que revelavam ter uma personalidade muito forte e uma grande iniciativa, o que as ajuda muitas vezes a superar os problemas mais rapidamente e facilmente. Foi possível observar que uma das crianças do grupo era um pouco mais introvertida, algumas vezes mostrava-se receosa na comunicação, apesar de no final do ano já se revelar mais extrovertida. Algumas das crianças mais velhas auxiliavam as crianças mais novas na realização das atividades. Verificando-se entreajuda entre elas. As crianças mais novas apresentavam algumas dificuldades no manuseamento de alguns materiais, neste sentido foram proporcionados momentos de exploração e manuseamento dos diversos materiais. Algumas crianças, principalmente as mais novas revelavam algumas dificuldades no que concerne à linguagem verbal.

O grupo apresentava preferência por atividades que revelassem bastante movimento e ação, como correr, saltar, passar obstáculos e realizar atividades de psicomotricidade.

Em geral, o grupo apresentava autonomia e responsabilidade, as crianças tentavam sempre aperfeiçoar todos os trabalhos.

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Um dos aspetos que temos de ter em conta, quando fazemos a caraterização de um grupo de crianças, é o local de residência destas, uma vez que todos os aspetos do meio e da família influenciam o bem-estar e as atitudes das crianças. No que concerne a este aspeto as crianças residiam nas proximidades do jardim.

As famílias refletem um apoio fundamental para o ensino das crianças, pelo que nos foi possível observar, em análise ao projeto curricular de grupo apenas duas mães se encontravam desempregadas, as habilitações literárias incidiam na sua maioria no terceiro ciclo por parte dos pais e na licenciatura relativamente às mães, apenas um pai tinha realizado bacharelato e uma mãe mestrado.

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Capítulo III – Educação para a Saúde na

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3- EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE NO ENSINO PRÉ-ESCOLAR

“A saúde de cada pessoa depende do seu próprio projecto de vida, do seu sentido de felicidade e da sua forma específica de estar no mundo.” (Rodrigues et al. s.d, p.11 )

Para uma melhor perceção desta temática, consideramos pertinente a apresentação de alguns conceitos-chave, estruturantes, o conceito de saúde e de educação para a saúde.

“A Saúde é vital para a Educação. A Educação é vital para a Saúde.” (Ministério da Saúde 2014, p.5)

A Organização Mundial de Saúde (1948), citado em Rodrigues et al. (s.d, p.11) define a saúde como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades".

Ainda Turabián e Franco (2001) citado por Rodrigues et al. (s.d, p.11) afirmam que: “a saúde é a capacidade de apropriação por parte do ser humano do seu próprio corpo e a capacidade de integrá-lo no projecto autónomo de vida que cada um forja”.

Relativamente ao conceito de Educação para a Saúde Green e Iverson (1982), citado por Bennet e Murphi (1999, p.1) definem educação para a saúde como: “ qualquer combinação de experiências de aprendizagem destinadas a facilitar a adopção voluntária de comportamentos conducentes á saúde”

Também Tonnes (1990), citado por Bennet e Murphi, (1999, p.1), define Educação para a Saúde como:

“qualquer actividade planeada que promova a aprendizagem relacionada com a saúde ou a doença; isto é, qualquer alteração relativamente permanente na competência

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Garcia et al. (2003, p.15) defende que:

“La education para la salud compreende las oportunidades de aprendizagem creadas conscientemente destinadas a mejorar la alfabetización sanitária que incluye la mejora del conocimiento de la problación y del desrrollo de habilidades des personales que conduzcan a la mejora de la salud. Es un proceso educativo que tiene como finalidade responsabilizar a los ciudadanos en la defensa de la salud propiá y colectiva”

A educação é a base de qualquer sociedade e deve, por isso, ser uma das maiores preocupações das intuições educativas e dos governantes do nosso país. Mas é também importante que cada indivíduo tome consciência do seu papel, quando se fala da sua própria saúde. Apesar de ser necessário que diferentes agentes se unam para alcançarem os objetivos da Educação para a Saúde, tal como defende Green e Simons (1984), citado por Rodrigues (s.d, p.47)

“(…) o êxito da educação para a saúde está relacionado com a multiplicidade de agentes que se entrecruzam com o objectivo socio-educativo de promover, proteger e potenciar a saúde a qualidade de vida das pessoas, grupos ou comunidades, impulsionando investigações sobre factores sociais, familiares, psicológicos relacionados com a vulnerabilidade das pessoas.”

Considera-se que a implementação da Educação para a Saúde nas escolas remonta a 1986 aquando da aprovação e implementação da Lei de Bases do Sistema Educativo, uma vez que é neste momento que se reconhece na escola a obrigatoriedade de contribuir para a formação pessoal e social dos alunos. (Sousa e Trindade, s.d, p.99). Tal como defendem Fernandes et al. (2013, p.7)“ A escola, enquanto espaço de educação formal, tem sido considerada o contexto privilegiado para o desenvolvimento de ações neste domínio.”

A escola tem de contribuir para a Educação para a Saúde, não só formalmente mas também informalmente, tal como defende Oliveira (2005) citado por Pais et al. (2013, p.31):

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“(…) a dimensão mais importante para a educação para a saúde em contexto escolar é a que acontece de modo informal, isto é, a que remete para aprendizagens que ocorrem nos corredores e nos recreios (…) é a que ocorre de forma espontânea, livre, exploratória a que gera uma atitude reflexiva e partilhada entre as camadas jovens.”

Em idade pré-escolar (3-6 anos) as crianças adquirem conhecimentos essenciais para o seu futuro, começam a desprender-se de alguns elementos que até então faziam parte do seu dia-a-dia. É importante, neste sentido, o olhar atento e carinhoso dos educadores e responsáveis dos jardins-de-infância. Silva (2002, p.111)

“ El educador, por su contacto directo y continuo con el niño , es un agente importante en la prevención y desarrollo de la salud del escolar, puede obsevar ciertos estados, actitudes y comportamentos cuya manifestación externa sea um indicador de salud, pudiendo prevenir algunos trastornos de carácter físico e psíquico y também estabelecer las ayudas oportunas.” Quesada (2009 p. 124)

A Lei de Bases do Sistema Educativo, como já referido acima, foi fundamental no que concerne à Educação para a Saúde nas escolas. Esta lei estabelece o quadro geral do sistema educativo, que é definido como:

“conjunto de meios pelo qual se concretiza o direito à educação, que se exprime pela garantia de uma permanente acção formativa orientada para favorecer o desenvolvimento global da personalidade, o progresso social e a democratização da sociedade” LBSE, (1986, p.1)

Como o nosso estudo se prende com o Ensino Pré-Escolar fazemos uma análise aos objetivos definidos por esta lei no que concerne a este nível de ensino.

Os objetivos consagrados com esta lei são:

“Estimular as capacidades de cada criança e favorecer a sua formação e o desenvolvimento equilibrado de todas as suas potencialidades;

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Contribuir para a estabilidade e segurança afectivas da criança;

Favorecer a observação e a compreensão do meio natural e humano para melhor integração e participação da criança;

Desenvolver a formação moral da criança e o sentido da responsabilidade, associado ao da liberdade;

Fomentar a integração da criança em grupos, complementares da família, tendo em vista o desenvolvimento da sociabilidade;

Desenvolver as capacidades de expressão e comunicação da criança, assim como a imaginação criativa, e estimular a actividade lúdica; Incluir hábitos de higiene e de defesa da saúde pessoal e colectiva;

Proceder à despistagem de inadaptações, deficiências ou precocidades e promover a melhor orientação e encaminhamento da criança” LBSE, (1986, p.2).

Tal como podemos verificar, analisando alguns dos objetivos, estes referem alguns aspetos relacionados com a educação para a saúde, não apenas a saúde física e mental, quando referem a importância da criança estar em grupo, ao estimularem a autonomia proporcionam à criança o enriquecer da autoestima, o que favorece a saúde ao nível mental.

“As experiências de vinculação na infância e a educação que se recebe nos primeiros anos de vida até à adolescência são determinantes na adopção de atitudes e comportamentos relacionados com a saúde.” Loureiro (s.d. p.44).

Os professores assumem neste sentido um papel fundamental nesta vinculação, pois são os primeiros a transmitir os conhecimentos e concelhos de práticas saudáveis, conhecimentos e práticas que as crianças seguem.

Felizmente, hoje em dia, as escolas beneficiam da ajuda de algumas entidades de saúde no auxílio desta temática nas escolas. O Programa Nacional de Saúde Escolar 2014 defende que todas as crianças e todos os jovens devem frequentar uma escola que promova a saúde e o bem-estar Este programa apresenta como finalidades: Contribuir para mais saúde, mais educação, mais equidade e maior participação e responsabilização da comunidade educativa,

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em particular das crianças e dos jovens no seu desenvolvimento saudável e sustentável e no da sua comunidade. (Ministério da Saúde, 2014, p.2)

Os objetivos apresentados no mesmo programa são, na nossa opinião de grande importância.

Melhorar o nível de literacia em saúde e promover a adoção de estilos de vida saudáveis.

Contribuir para a inclusão de crianças e jovens com necessidades de saúde especiais.

Contribuir para um ambiente escolar seguro e saudável.

Durante a nossa prática de ensino supervisionada tivemos oportunidade de assistir a algumas atividades proporcionadas por este programa. Em uma das atividades as crianças receberam os agentes da Escola Segura e tiveram oportunidade de participar em exercícios relacionados com a segurança rodoviária. Outra das atividades foi proporcionada pelas enfermeiras do centro de saúde, que através de um teatro de fantoches sensibilizaram as crianças para a higiene oral.

Defendemos que:

“Em contexto escolar, a Saúde e a Educação reforçam mutuamente as ações necessárias para encorajar, apoiar e capacitar os alunos a fazerem escolhas saudáveis para si e para a sua família. A promoção de competências assenta na melhoria do nível de literacia em saúde e de comportamentos que conduzem a mais saúde física e mental.” (Ministério da Saúde, 2014, p.10)

Também as Orientações Curriculares e as Metas de aprendizagem auxiliam os Educadores no que diz respeito á Educação para a Saúde. Nas Orientações Curriculares encontramos alguns objetivos e orientações que englobam a temática da Educação para a Saúde, tais como:

“Estimular o desenvolvimento global da criança no respeito pelas suas características individuais (…)” (Orientações Curriculares, 1997, p.15)

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“Proporcionar à criança ocasiões de bem-estar e de segurança, nomeadamente no âmbito da saúde individual e colectiva” (Orientações Curriculares, 1997, p.15)

“O desenvolvimento pessoal e social assenta na constituição de um ambiente relacional securizante, em que a criança é a valorizada e escutada, o que contribui para o seu bem-estar e auto-estima.” (Orientações Curriculares, 1997, p.52)

“Ao entrar para e educação pré-escolar a criança já possui algumas aquisições motoras básicas, tais como andar, transpor obstáculos, manipular objetos, de forma mais ou menos precisa” ” (Orientações Curriculares, 1997, p.58)

“O ritmo, os sons produzidos através do corpo e o acompanhamento da música ligam a expressão motora à expressão musical. Identificar e designar as diferentes partes do corpo, bem como a sua nomeação, ligam a expressão motora à expressão motora à linguagem”. ” (Orientações Curriculares, 1997, p.59).

“A educação para a saúde e higiene fazem parte do dia a dia do jardim de infância, onde a criança terá oportunidade de cuidar da sua higiene e saúde e de compreender as razões porque lava as mãos antes de comer, se agasalha no inverno e usa roupa mais leve quando está calor, porque deve comer a horas certas e porque não deve abusar de determinados alimentos” ” (Orientações Curriculares, 1997, p.84).

Foram estas orientações e objetivos que nos orientaram na escolha do tema da Educação para a Saúde. Estas orientações permitiram-nos definir e implementar estratégias, junto do grupo, que lhes possibilitasse a aquisição de novos conhecimentos e atitudes.

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19

Capítulo IV – Projeto Educação para a Saúde na

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4-

PROJETO EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE NO ENSINO

PRÉ-ESCOLAR

Neste capítulo refletimos acerca da metodologia de projeto e apresentamos o projeto desenvolvido com o grupo de crianças, durante a prática de ensino supervisionada.

4.1 – Metodologia de Projeto

Quando falamos em projeto podemos primeiramente pensar na nossa vida, pois tal como defende Saínz (s.d, p.25) “la vida es un constante proyecto”. Tudo o que fazemos na vida, todos os momentos, desde que nascemos até morrermos, estamos constantemente à procura de soluções para os problemas, tal como acontece na metodologia de projeto.

Para termos uma perspetiva que englobe todos os aspetos da metodologia de projeto é importante que conheçamos a origem deste conceito e a sua abordagem no contexto da educação e das escolas. Em 1943, esta metodologia, foi pela primeira vez divulgada em Portugal pela grande pedagoga Irene Lisboa no seu magistral livrinho Modernas Tendências de Educação. (Vasconcelos et al. s.d, p.9). Segundo Irene Lisboa (1943), citado por Vasconcelos (s.d, p.10) “Cada projecto contém uma ideia sujeita a desenvolvimento. Quanto mais oportuna e interessante ela for, maior será o seu alcance”.

No entanto, segundo Abrantes (1994, p.76) a origem deste conceito é remetido para o ano de 1918, onde um professor universitário chamado William H. Kilpatrick apresenta a definição de projeto e tenta também compreender a sua relevância educativa. Mas como refere Abrantes (1994, p.76) Kilpatrick acreditava não ser ele o primeiro a abordar o conceito de projeto. Um dos pedagogos no qual se diz que Kilpatrick se inspirou foi em Jonh Dewey.

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Abrantes (1994, p. 77) defende que:

“embora o trabalho de projeto fosse usado nos Estados Unidos da América pelo menos duas décadas antes da publicação do trabalho de Kilpatrick, foram as reflexões deste autor que iniciaram a teorização do “método dos projetos”.

Segundo Kilpatrick (1918) citado por Abrantes (1994, p.77) projeto é:

“actividade intencional feita com todo o coração e desenvolvendo-se num contexto social (…) o elemento unitário de tal actividade, o acto intencional feito com o coração.”

Concluímos, neste sentido, que é nesta perspetiva, que nos fala do coração e na intenção de fazer algo, que baseamos a nossa abordagem e acreditamos no sucesso do trabalho de projeto. Acreditamos que é na intenção da descoberta e procura de soluções e respostas que se encontra o sucesso da aprendizagem.

Castro e Ricardo (1992) citado por Abrantes (1994, p.80) definem metodologia de projeto como: “metodologia investigativa centrada na resolução de problemas”. O conhecimento da história deste conceito é bastante relevante, mas o mais importante é termos consciência do impacto desta metodologia nos dias de hoje. Onde as crianças no Ensino Pré-escolar têm necessidades, e que o trabalho de projeto ajuda no colmatar dessas necessidades. Temos de ter consciência da importância dos projetos para o desenvolvimento de determinadas caraterísticas, como é o caso da autonomia e da responsabilidade. Não queremos que sejam as crianças de 3 ou 5 anos a decidir aquilo que querem ou não fazer e aprender, podemos orientá-las para uma aprendizagem através dos seus interesses.

Segundo Castro e Ricardo; citado por Abrantes (1995, p.81-82), existem características fundamentais no trabalho de projeto:

 O envolvimento ativo e empenhado dos alunos;

 A responsabilidade e autonomia dos alunos;

 A autenticidade;

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 O prolongamento e faseamento do projeto.

Estas características levam-nos para uma análise da importância do envolvimento dos alunos nos projetos e da relação que deve ser estabelecida desde o início entre os alunos e o professor. Mostram-nos a importância de conduzirmos os alunos à resposta e não dar-lhe a resposta diretamente. A complexidade das atividades apontadas leva ao desafio individual, ao alcance de novos objetivos, à evolução pessoal. Outra característica é a negociação, pois se não existir negociação o projeto tornasse apenas do professor e não do professor e do grupo.

Como defende Boutinet (1990), citado por Abrantes (1995 p. 83)

“A negociação é a dimensão essencial de uma pedagogia que se apresenta aberta, estimulando a motivação e a imaginação de todos os interessados, permitindo-lhes apropriar-se da situação na qual são actores”

A autonomia, como já referido é fundamental, uma vez que se pretende dar respostas a necessidades individuais. Para o desenvolvimento desta competência, Boud (1989), citado por Abrantes (1995, p.93), defende a implementação de algumas estratégias:

1) Estratégia centrada no individuo que se carateriza pela adoção de planos individuais;

2) Estratégia centrada no grupo, onde as necessidades do grupo são centrais, não se descorando as necessidades individuais

3) Estratégia centrada no projeto, esta caraterística remete apenas para o projeto e o seu produto final.

É importante ao começarmos um projeto estarmos cientes da estratégia de autonomia que queremos adotar, ou planearmos a fusão das três com o objetivo de darmos resposta às necessidades globais.

“ A experiência diz-nos que, no tempo, o projecto se distribui por etapas sem fronteiras definidas e que em cada uma delas se desenvolvem as estratégias de abordagem dos problemas.” Leite et al. (2001, p.75)

É no seguimento deste pensamento que passamos a discriminar as etapas/fases do trabalho de projeto: (Leite et al. 2001, p. 75-76)

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1) Identificação / Formulação do problema – Nesta fase o problema é escolhido, pelo grupo, é formulado; revelam-se também os problemas parcelares envolvidos; Existe uma divisão em grupos; cada grupo desencadeia uma dinâmica própria de trabalho que responda à intencionalidade do projeto.

2) Pesquisa / Produção – Esta fase carateriza-se pelo trabalho de campo, Reflexão teórica e produção; o grupo recolhe dados, trata os dados e regista as fases do trabalho. É também nesta fase que surge o produto final ou apenas questões que deem resposta ao problema.

3) Apresentação / Globalização / Avaliação - A terceira e última fase prevê a apresentação do produto final, havendo liberdade para escolha da forma de apresentação. Nesta fase os problemas já terão tido uma solução, proporcionada por cada grupo de trabalho. A avaliação assume-se nesta fase como globalizante, no sentido em que engloba todas as avaliações periódicas feitas durante o projeto, permite ainda a conscientização de novos problemas e questões que levam a compreender que este processo não estagnou, está aberto a novas descobertas. Um dos aspetos que temos de ter bem esclarecido é a questão do tempo, uma vez que este não deve ser definido, deve surgir consoante a avaliação que o educador e as crianças vão fazendo durante cada atividade.

O professor assume nesta metodologia o papel de mediador, mas não se pode esquecer do seu papel na transmissão de conteúdos quando oportuno e essencial.

“ O animador será um recurso para o grupo, na medida em que terá de informar, pontualmente, sobre aspectos teóricos, práticos e técnicos” Leite et al (2001 p. 79)

4.2 – Apresentação do Projeto

O projeto “Educação para a Saúde” surgiu a partir do interesse das crianças, do grupo com o qual realizámos a prática de ensino supervisionada. Surgiu também num primeiro

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momento da necessidade de ir ao encontro dos projetos e temáticas previstas pela Educadora Cooperante.

Um dia as enfermeiras vieram à escola falar às crianças acerca da higiene oral, dos alimentos que prejudicavam os nossos dentes e algumas das regras para mantermos os nossos dentes saudáveis. Após a apresentação desta atividade as crianças ficaram muito agitadas e curiosas sobre este tema. Numa conversa, em grande grupo, acerca desta temática, uma das crianças disse: “ mas essas bactérias e esses alimentos que estamos a falar não fazem mal só aos nossos dentes, também deixam mal todo o nosso corpo”, na sequência deste comentário tentei provocar o questionamento e um pequeno debate, estimulando a curiosidade de todo o grupo. Todas as crianças tinham dúvidas, mas também muitos conhecimentos que queriam partilhar com os colegas

Neste momento tomamos consciência que estavam reunidas todas as condições para iniciar um projeto no qual as crianças tinham mostrado interesse.

De seguida demos início ao nosso projeto através da concretização de todas as fases de um trabalho em projeto.

4.2.1 - Planificação do Projeto

Na grelha seguinte apresentamos a planificação criada para o projeto, onde definimos as metas de aprendizagem que pensamos serem englobadas pelas atividades planificadas, os conteúdos abordados, os objetivos das atividades, as estratégias e os recursos, bem como a avaliação.

O tempo para a realização do projeto e de cada atividade não foi definido, tentámos perceber primeiro o impacto das atividades junto do grupo. Segundo Leite et al. (2001 p. 78):

“(…) a planificação, a distribuição das tarefas, o confronto das participações, o trabalho de campo e na sala, as produções e as solenidades – marcam a dinâmica temporal.”

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Metas aprendizagem

Conteúdos

Objetivos

Estratégias/

Atividades

Recursos

Avaliação

Conhecimento do Mundo

Domínio: Localização no espaço e no tempo

Meta Final 4) “No final da educação pré-escolar, a criança identifica elementos conhecidos numa fotografia e confronta-os com a realidade observada.”

Domínio: Conhecimento do ambiente natural e social

Meta final 12: “No final da educação pré-escolar, a criança formula questões sobre lugares, contextos e acontecimentos que observa (direta ou indirectamente) no seu quotidiano.”

Meta final 18: “No final da educação pré-escolar, a criança identifica, designa e localiza corretamente diferentes partes do corpo, e reconhece a sua identidade sexual.”

 Conceções alternativas  Identificar as conceções alternativas (em função de cada aluno)

Registo por parte da estagiária das conceções alternativas das crianças Esta atividade é realizada em grande grupo, onde as crianças, através de um brainstorming apresentam os conhecimentos, ou seja as conceções alternativas  Folhas de papel;  Caneta Avaliação Diagnóstica  Conceções alternativas;  Atividades a realizar;  Enumerar algumas das conceções alternativas ; Painel de atividades Esta atividade é realizada em  Cartolina;  Lápis:  Canetas;  Marcadore s;  Borracha Avaliação instrumentad a

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Meta final 22: “ No final da educação pré-escolar, a criança identifica permanência e mudança nos processos de crescimento, associando-o a diferentes fases nos seres vivos, incluindo o ser humano (bebé, criança, adolescente, jovem, adulto, idoso)

Meta final 30: “ No final da educação pré-escolar, a criança ordena acontecimentos, momentos de um relato, ou imagens com sequência temporal construindo uma narrativa cronológica, mobilizando linguagem e outras formas de expressão.”

Domínio: Dinamismo das inter-relações Natural-Social

Meta Final 35: “ No final da educação pré-escolar, a criança usa e justifica algumas razões de práticas de higiene corporal, alimentar, saúde e segurança (exemplos: lavar as mãos antes das refeições e sempre que necessário, lavar os dentes, lavar os alimentos que se consomem crus, evitar o consumo excessivo de doces e refrigerantes, ir periodicamente ao médico, caminhar pelo passeio, atravessar nas passadeiras, respeitar semáforos, cuidados a ter com produtos perigosos).

Domínio: Expressão Plástica- Desenvolvimento da

capacidade de expressão e comunicação. Subdomínio: Produção e Criação

 Formas de realizar.  Discriminar as atividades a realizar  Apontar a forma como descobrir as dúvidas; pequenos grupos, após termos estabelecido um diálogo sobre as atividades que iriamos realizar, o que já sabíamos e o que queríamos saber, passamos a escrever e desenhar essas mesmas ideias numa cartolina, já dividida em 3 partes.  Constituição do corpo Humano;  Colaborar na construção da mascote;  Compreender o objetivo da criação da mascote. Criação de uma mascote A criação surge da ideia de termos um “amiguinho”, na nossa sala que ajudasse na motivação das nossas crianças. Foi concebida com pasta de papel e cartão, todo o grupo colaborou.  Jornais;  Cola branca;  Agua;  Caixas cartão:  Tintas;  Lã. Avaliação instrumentad a

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Meta Final 1- No final da Educação Pré-escolar, a criança representa vivências individuais, temas, histórias, paisagens entre outros, através de vários meios de expressão (pintura, desenho, colagem, modelagem, entre outros meios expressivos).

Meta final 2: “No final da educação pré-escolar, a acriança experimenta criar objetos, cenas reais ou imaginadas, em formato tridimensional, utilizando materiais de diferentes texturas, formas e volumes, recorrendo ainda, quando possível, a software educativo.”

Domínio: Expressão Plástica - Desenvolvimento da

criatividade

Subdomínio. Reflexão e Interpretação

Meta Final 8- “No final da Educação Pré-Escolar a criança emite juízos sobre os seus trabalhos e sobre as formas visuais, indicando alguns critérios da sua avaliação.”

Meta Final 9- “No final da Educação Pré-Escolar a criança utiliza, de forma autónoma, diferentes matérias e meios de expressão

 Constituição do corpo humano;  Alimentação Saudável;  Prática de atividade física;  Higiene oral;  Explorar algumas imagens da constituição do corpo humano;  Selecionar alimentos saudáveis;  Identificar diferentes atividades físicas;  Selecionar forma de manter uma boa higiene oral. Pesquisa em livros e na internet A pesquisa em livros e na interne divide-se em duas fases, numa primeira fase

as crianças procuram através de imagens dúvidas e respostas às suas perguntas, esta parte realizada individualmente. Numa segunda fase, já em pequenos grupos e com o acompanhamento direto da estagiária as crianças pesquisam na internet.  Computador;

 Livros. Formativa Avaliação

 Ossos do corpo Humano;  Explorar o esqueleto;  Esqueleto ;  Torso. Avaliação Formativa

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28 (pintura, colagem, desenho, entre outros) para recrear vivências

individuais, temas, historias, entre outros.”

Domínio: Expressão Musical. Apropriação da linguagem elementar da música

Subdomínio: perceção sonora e musical

Meta Final 37- “No final da Educação Pré-Escolar a

criança reconhece auditivamente sons vocais e corporais, sons do meio ambiente próximo, sons da natureza e sons instrumentais. “

Domínio: Identidade / Auto-estima

Meta Final 1) “No final da educação pré-escolar, a criança identifica as suas características individuais, manifestando um sentimento positivo de identidade e tendo consciência de algumas das suas capacidades e dificuldades.”

 Órgãos do Corpo;  Apontar alguns órgãos do corpo;  Relacion ar cada órgão com a sua função Exploração de um esqueleto e de um torso

Esta atividade será realizada em grande grupo, as crianças poderão observar e manipular a constituição do corpo humano e de um torso, onde paralelemente são definidas algumas funções dos órgãos

 Partes do corpo (feminino/ masculino)  Identificar o local onde fica cada parte do corpo;  Escrever o nome de cada parte do corpo;  Pintar a imagem Pintura e legendagem das partes do corpo

Esta atividade será realizada em pequenos grupos, em simultâneo. As crianças fazem a legenda do corpo humano através da cópia dos nomes

 Folhas de papel;  Lápis carvão  Lápis de cor Avaliação instrumentad a

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29

Meta Final 2) “No final da educação pré-escolar, a criança reconhece laços de pertença a diferentes grupos (família, escola, comunidade entre outros) que constituem elementos da sua identidade cultural e social. “

Meta Final 4) “No final da educação pré-escolar, a criança

demonstra confiança em experimentar actividades novas, propor ideias e falar num grupo que lhe é familiar.”

Domínio: Independência/autonomia

Meta Final 9) “No final da educação pré-escolar, a criança demonstra empenho nas actividades que realiza (por iniciativa própria ou propostas pelo educador), concluindo o que foi decidido fazer e procurando fazê-lo com cuidado.”

 Alimentos saudáveis;  Percentagem de alimentos a consumir diariamente.  Conhecer a roda dos alimentos;  Identificar os alimentos;  Organizar os alimentos na roda;  Ordenar, por percentagem, cada grupo da roda dos alimentos. Elaboração de uma roda dos alimentos Inicialmente é mantido um diálogo com as crianças para compreender, mais aprofundadamente o que conhecem acerca do corpo humano, depois, através da colagem de imagens anteriormente recortadas constrói-se uma roda dos alimentos  Roda em cartão;  Revistas;  Panfletos;  Tesouras Avaliação instrumentada  Exercício físico  Correr  Equilibrar-se  Percorrer  Saltar Atividades físicas Durante todo o período de estágio serão realizadas atividades físicas, diversas. Estas  Arcos;  Balões;  Bolas;  Caixas;  Tuneis  Paus de estafeta;  Colchoes.  … Aval iação Formativa

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Meta Final 10) “No final da educação pré-escolar, a criança manifesta curiosidade pelo mundo que a rodeia, formulando questões sobre o que observa.”

Meta Final 11) “No final da educação pré-escolar, a criança revela interesse e gosto por aprender, usando no quotidiano as novas aprendizagens que vai realizando.”

Meta Final 13) “No final da educação pré-escolar, a criança manifesta as suas opiniões, preferências e apreciações críticas, indicando alguns critérios ou razões que as justificam.”

Meta Final 15) “No final da educação pré-escolar, a criança aceita algumas frustrações e insucessos (perder ao jogo, dificuldades de realizar actividades e tarefas) sem desanimar, procurando formas de as ultrapassar e de melhorar.”

 Rastejar  Encestar atividades são realizadas em grande grupo  Higiene oral  Conhecer hábitos saudáveis;  Dramatizar, usando os conheciment os adquiridos; Teatro de fantoches Na Atividade dos fantoches cada criança criará o seu próprio fantoche, que posteriormente usa para apresentar um teatro de fantoches com os colegas  Desen hos em papel;  Lápis de cor;  Fita-cola;  Biombo;  Paus de espetada. Aval iação Formativa  Diferentes formas de praticar exercício físico;  Dançar  Correr  Saltar Aula de Zumba A aula de Zumba será praticada pelas crianças com instruções de uma professora convidada, externa à instituição  Radio  Flor de plástico Avaliação Formativa

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Domínio: Cooperação

Meta Final 17) “No final da educação pré-escolar, a criança dá oportunidade aos outros de intervirem nas conversas e jogos e espera a sua vez para intervir.”

Meta Final 18) “No final da educação pré-escolar, a criança demonstra comportamentos de apoio e entreajuda, por iniciativa própria ou quando solicitado.”

Meta Final 21) “No final da educação pré-escolar, a criança colabora em actividades de pequeno e grande grupo, cooperando no desenrolar da actividade e/ou na elaboração do produto final.”

Meta Final 22) “No final da educação pré-escolar, a criança avalia, apreciando criticamente, os seus comportamentos, acções e trabalhos e os dos colegas, dando e pedindo sugestões para melhorar.”

 Frutas das diferentes épocas;  Locais de compra dos alimentos;  Local de origem dos alimentos (fruta/ legumes)  Identificar frutas da época;  Escolher frutas;  Saber a origem dos alimentos; Visita ao Mercado Municipal Esta atividade será realizada em grande grupo e com a participação das crianças de uma outra sala da

instituição. Deslocam-se a pé até ao mercado municipal e lá farão uma seleção de frutas e legumes  Dinheiro Avaliação Formativa  Consumo de fruta  Compreender a importância do consumo de fruta. Confeção de espetadas de fruta As espetadas serão confecionadas pelas crianças das duas salas que participaram na visita ao mercado municipal. As crianças terão ao  Fruta  Paus de espetadas Avaliação Formativa

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Domínio: Convivência Democrática / Cidadania

Meta Final 23) “No final da educação pré-escolar, a criança contribui para a elaboração das regras de vida em grupo, reconhece a sua razão e necessidade e procura cumpri-las.”

Meta Final 27) “No final da educação pré-escolar, a criança manifesta atitudes e comportamentos de conservação da natureza e de respeito pelo ambiente.”

Domínio: Conhecimento das Convenções Gráficas

Meta Final 16) “No final da educação pré-escolar, a criança sabe que a escrita e os desenhos transmitem informação.”

seu dispor um pau de espetadas e algumas frutas cortadas, terão de espetar as frutas segundo uma sequência ou padrão  Todos os conteúdos acima referidos (revisão)  Desenhar  Escrever  Pintar Registos Gráficos Esta atividade consiste no desenho de algum pensamento ou aprendizagem relacionada com o projeto de educação para a saúde  Folhas de papel;  Lápis de cor Avaliação instrumentada  Alimentação Saudável  Saber que que existem formas de comermos alimentos de que gostamos, mas mais saudáveis. Confeção gomas saudáveis

Esta atividade será realizada em grande grupo, ou seja, todos vão estar a assistir à confeção das gomas, mas individualmente cada criança participa, mexendo  Gelatina sem açúcar  Água  Colher  1 Recipiente  Formas variadas Avaliação Formativa

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Domínio: Compreensão de Discursos Orais e

Interacção Verbal

Meta Final 26) “No final da educação pré-escolar, a criança faz perguntas e responde, demonstrando que compreendeu a informação transmitida oralmente.”

Meta Final 27) “No final da educação pré-escolar, a criança questiona para obter informação sobre algo que lhe interessa.”

Meta Final 35) “No final da educação pré-escolar, a criança usa nos diálogos palavras que aprendeu recentemente.”

o preparado, deitando os ingredientes.  Abordagem à escrita  Escrever diferentes palavras;  Fazer contagens Fichas de trabalho Esta atividade é constituída por três fichas, uma ficha de abordagem à escrita onde as crianças copiam o nome de frutas e legumes, e duas fichas de colagem, onde numa colam alimentos não saudáveis, que vão recortando das revistas, e noutra alimentos saudáveis  Fichas  Lápis  Borrac ha Avaliação Instrumentada  Atividades realizadas  Ajudar na construção dos cartazes; Elaboração de cartazes / Apresentação às famílias  Fotografias  Folhas A3 brancas  Marcadore s Avaliação Instrumentada

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34  Colaborar na apresentação do projeto aos pais Nesta atividade as crianças, através de fotografias, criam cartazes, com as diferentes atividades realizadas. Posteriormente apresentam esses cartazes, onde refletem acerca das aprendizagens.

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4.2.2 – Fases do projeto e Atividades desenvolvidas

Neste ponto apresentamos as atividades realizadas incorporadas em cada fase do projeto. Começamos por conversar com as crianças sobre o trabalho de projeto explicando-lhes em que consistia o trabalho de projeto e como iriamos trabalhar.

Fases do projeto

Fase I – Identificação / Formulação do problema

Nesta fase tentamos não só compreender o problema que tínhamos encontrado, mas também elucidar as crianças sobre algumas regras que seriam necessários para chegarmos a um bom resultado.

 Relembrar às crianças as regras da sala;

A consciência das regras na sala de aula são extremamente importantes, uma vez que se as regras não forem cumpridas não se consegue dar resposta aos objetivos

 Levantamento das ideias prévias das crianças;

Para o educador torna-se fundamental, trabalhando em projeto, conhecer as ideias prévias, uma vez que são estas ideias que vão conduzir o pensamento da criança e a aquisição do novo conhecimento

 Conversa acerca de como se trabalha em projeto;

Nesta fase foi abordada a metodologia de projeto, não na íntegra, pois não era esse o objetivo que tínhamos, mas sim para que as crianças tivessem consciência da importância de trabalhar a partir dos conhecimentos e dos interesses que temos.

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 Definição dos temas a trabalhar;

Ao ouvir as crianças, questionarmo-nos sobre as suas dúvidas e interesses definimos os temas a trabalhar.

 Definição das atividades a realizar;

A negociação é sem dúvida um dos aspetos a ter em conta quando falamos em trabalho de projeto, pois é através desta negociação que a criança intervém, explicitando a sua opinião. As atividades têm mais sucesso quando este planeamento é realizado.

 Elaboração de um painel de atividades.

O painel de atividades assume o papel de diário de grupo neste projeto, uma vez que é no painel de atividades que colocamos os saberes, o que queremos saber e como queremos saber. É também onde podemos, consoante realizamos as atividades, fazer o registo gráfico destas.

Figura 2 - Painel de atividades Fonte: Vanessa Gomes

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Fase II - Fase de pesquisa/produção (desenvolvimento)

 Criação de uma mascote para o projeto;

A ideia de criação da mascote surge na necessidade de criar, em algumas crianças, uma motivação superior. As crianças deram o nome de Frutinhas à mascote, influenciados pelo trabalho realizado no projeto dos “heróis da fruta”.

 Pesquisa em livros e na internet;

A fase de pesquisa, na nossa opinião é de extrema importância, uma vez que as crianças conduzem todo o processo e, apesar de ainda não saberem ler, chegam a conclusões através das imagens. A atividade foi realizada em pequenos grupos para que pudesse haver um maior acompanhamento por parte da estagiária.

Figura 3- Construção da mascote do projeto Fonte: Vanessa Gomes

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 Exploração de um esqueleto e de um torso;

Na nossa opinião antes de fomentarmos nas crianças hábitos saudáveis, é importante que estas conheçam a constituição do corpo e a necessidade de comer alimentos saudáveis para se sentirem bem.

Figura 4- pesquisa em livros e na internet Fonte: Vanessa Gomes

Figura 5- Exploração do torso e esqueleto Fonte: Vanessa Gomes

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 Pintura e legendagem das partes do corpo (menina/ menino);

A pintura e legendagem das partes surgem como avaliação da atividade de exploração do corpo humano.

Nesta atividade, como em muitas outras abordámos as diferentes áreas de conteúdo.

 Elaboração de uma roda dos alimentos;

Por vezes as crianças são compensadas pelos pais, pela falta de tempo que lhe conseguem disponibilizar, com alimentos nada saudáveis. Foi neste sentido, e com o intuito de que as crianças percebessem, que existem alimentos que devemos comer diariamente, em quantidades mais elevadas, em detrimento de outros.

Figura 6 - Pintura e legendagem das partes do corpo. Fonte: Vanessa Gomes

Figura 7- Construção e conhecimento da roda dos alimentos Fonte: Vanessa Gomes

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 Realização de atividades físicas;

Segundo Papalia (2001, p.287):

“durante o período pré-escolar as áreas sensoriais e motoras do córtex estão mais desenvolvidas do que anteriormente, permitindo à criança fazer mais aquilo que pretende. Os seus ossos e músculos estão mais fortes, a capacidade da sua caixa pulmonar é maior, tornando possível correr, saltar e trepar mais longe, mais rápido e melhor.”

As atividades físicas foram, as que mais motivaram as crianças. O movimento e o sentimento de liberdade despertaram nas crianças muita motivação, talvez porque conseguiam alcançar determinados objetivos que anteriormente não conseguiam. Estas atividades foram importantes não só para a promoção da atividade física mas também para a negociação, uma vez que como foram as atividades preferidas das crianças se negociássemos com elas cumpriam as regras.

Figura 8- Atividades físicas Fonte: Vanessa Gomes

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 Teatro de fantoches alusivo ao tema da higiene oral;

Foi o tema da higiene oral que desencadeou todo este projeto. As crianças estavam muito entusiasmadas e era dos temas que mais conhecimentos tinham.

 Aula de zumba;

Em algumas sessões de psicomotricidade as crianças optaram por escolher a dança como atividade física. Foi neste sentido, na observação deste entusiasmo que convidámos uma professora de dança para uma sessão diferente. As crianças ficaram muito motivadas e felizes.

Figura 9- Construção dos fantoches e teatro Fonte: Vanessa Gomes

Figura 10- Aula de zumba Fonte: Vanessa Gomes

Imagem

Figura 1 - Localização da União de Freguesias de Vila Real (Mapa de Vila Real)
Figura 2 - Painel de atividades   Fonte: Vanessa Gomes
Figura 3- Construção da mascote do projeto  Fonte: Vanessa Gomes
Figura 4-  pesquisa em livros e na internet  Fonte: Vanessa Gomes
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