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A Utilização do Projecto Técnico de Edifícios Habitacionais em Micro e Pequenas Empresas de Construção, na Sub-Região Dão Lafões

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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

A UTILIZAÇÃO DO PROJECTO TÉCNICO DE EDIFÍCIOS

HABITACIONAIS EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DE

CONSTRUÇÃO, NA SUB-REGIÃO DÃO LAFÕES

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL

João Pedro da Silva Pinto

VILA REAL

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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

ESCOLA DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS – DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS

A UTILIZAÇÃO DO PROJECTO TÉCNICO DE EDIFÍCIOS

HABITACIONAIS EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DE

CONSTRUÇÃO, NA SUB-REGIÃO DÃO LAFÕES

Dissertação apresentada para a obtenção do grau de Mestre em

Engenharia Civil, pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Mestrando:

João Pedro da Silva Pinto

Orientadoras:

Professora Doutora Anabela Gonçalves Correia de Paiva

Professora Doutora Caroline Elisabeth Dominguez

VILA REAL

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ÍNDICE GERAL

AGRADECIMENTOS………i RESUMO………ii ABSTRACT………iii ÍNDICE ………iv ÍNDICE DE GRÁFICOS……….vi ÍNDICES DE TABELAS……….x ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES………....xi

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AGRADECIMENTOS

Para a realização desta dissertação foi essencial a colaboração e participação de diversas entidades e individualidades, sem as quais não teria sido possível a sua concretização. Os meus sinceros agradecimentos,

À Professora Doutora Anabela Gonçalves Correia de Paiva e à Professora Doutora Caroline Elisabeth Dominguez, pelo empenho, pela sabedoria transmitida, pela disponibilidade concedida e, acima de tudo, pela dedicação demonstrada à concretização deste estudo.

Ao Professor António Manuel Trigueiros da Silva Cunha, pelo conhecimento e tempo disponibilizado.

A todas as empresas de construção, pela colaboração fornecida, possibilitando através dos inquéritos realizados, os elementos necessários à concretização desta dissertação.

A todos os meus amigos e colegas, pela colaboração e amizade demonstrada, nos momentos mais difíceis.

A todas as entidades e pessoas que, através da sua maior ou menor contribuição, ajudaram à realização deste estudo.

Pelo apoio prestado, ao Rui e ao Ruben, na materialização da dissertação.

Por último, mas não menos importante, à Inês e à minha família, pelo apoio incondicional e grande incentivo dado.

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RESUMO

Nesta dissertação apresentam-se as principais conclusões de um estudo desenvolvido com o objectivo de compreender a importância e caracterizar a utilização que é dada ao projecto técnico por parte de micro e pequenas empresas de construção, da sub-região Dão Lafões, na fase de execução das obras.

As empresas de construção desta sub-região são maioritariamente micro e pequenas empresas que actuam no segmento residencial, no concelho onde estão sediadas. São dirigidas na grande maioria das vezes por pessoas com o ensino básico de escolaridade e com baixa formação técnica, resultando numa deficiente interpretação do projecto técnico.

Para estas empresas, determinados projectos de especialidade do projecto técnico são considerados fundamentais – projecto de arquitectura, estrutural e comportamento térmico - para o bom desenrolar da obra. Aos projectos de abastecimento de água e drenagem de esgotos, de águas pluviais, de condicionamento acústico e de arranjos exteriores é atribuída pouca ou nenhuma importância.

O engenheiro responsável pela obra é considerado como um elemento fundamental em todo o processo de edificação de um empreendimento, capaz de ajudar a solucionar problemas que possam ocorrer.

Os trabalhos mais específicos, como a aplicação do isolamento térmico e a instalação da rede de abastecimento de água e drenagem de esgotos, são executados por indivíduos com alguma formação.

Ficou expressa também, a consciência que os profissionais do sector demonstram em relação à necessidade dos estudos geotécnicos na construção civil.

PALAVRAS-CHAVE: Sector da Construção Civil e Obras Públicas, Segmento Residencial, Sub-Região Dão Lafões, Projecto Técnico, Projectos de Especialidade.

(6)

ABSTRACT

At this dissertation, the major conclusions of a study developed with the gold of understand the importance and characterize the utilisation that is given to the technical project by the micro and small building enterprises, at the Dão Lafões sub region, on the building execution, are presented.

The building enterprises at this region are mostly micro and small enterprises that act on the residential segment, on the district that are based. Most of the times, the owners of this enterprises are persons with basic school graduation and low technical formation, resulting on a faulty interpretation of the technical project.

For these enterprises, some specialized projects of the technical project are considered fundamental – Architecture project, structures and thermal behaviour – to the good development of the building. On another point, there is a small or none importance to the water supply and drainage of drains, pluvial waters, acoustic conditioning and external arrangements.

The responsible engineer for the work it is considered as a fundamental element in all the edification process of a building, able to help solution problems that can occur.

The most specific jobs, as the application of the thermal isolation and the installation of the water network and drainage of drains, are executed by individuals with some formation.

The conscience that the professionals of the sector demonstrate in relation to the needing of the geotechnical studies on the civil construction was also expressed.

Key-Words: Sector of civil construction and public works, residential segment, Dão Lafões sub region, technical project, speciality projects.

(7)

ÍNDICE

Capitulo1: INTRODUÇÃO ... 1 1.1.Enquadramento ... 2 1.2.Objectivos ... 3 1.3.Metodologia ... 3 1.4.Organização da Dissertação ... 4

Capitulo 2: O SECTOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL E OBRAS PÚBLICAS ... 6

2.1.Breve Caracterização da Situação do Sector da Construção em Portugal ... 7

2.1.1.Características Gerais do Sector ... 8

2.1.2.Análise das Empresas de Construção ... 13

2.2.O Sector da Construção na Sub-Região Dão Lafões ... 23

2.2.1.Breve Caracterização da Sub-Região Dão Lafões ... 23

2.2.2.Breve Caracterização do Sector da Construção na Sub-Região Dão Lafões ... 25

Capitulo 3: IMPORTÂNCIA DO PROJECTO TÉCNICO NAS EMPRESAS DE CONSTRUÇÃO ... 31 3.1.Projecto ... 32 3.1.1.Definição de Projecto ... 32 3.1.2.Objectivos de um Projecto ... 33 3.1.3.Características e Classificação ... 34 3.2.Projecto Técnico ... 35

3.2.1.Intervenientes do projecto técnico ... 36

(8)

3.3.Obstáculos num Empreendimento ... 46

Capitulo 4: A UTILIZAÇÃO DO PROJECTO TÉCNICO EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DE CONSTRUÇÃO ... 50

4.1.Metodologia ... 51

4.2.Análise dos Resultados ... 53

Capitulo 5: CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS ... 89

5.1.Conclusão ... 90

5.2.Propostas para Trabalhos Futuros ... 93

Referências Bibliográficas ... 94 Anexo

(9)

ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1. Desemprego – Operários e Trab. Similares da Ind. Extractiva e

Const. Civil ... 9

Gráfico 2. Edifícios Concluídos ... 10

Gráfico 3. Valor Bruto de Produção do Sector da Construção... 10

Gráfico 4. Fogos Licenciados ... 11

Gráfico 5. Percentagem das Empresas do Sector da Const. Civil e Obras Públicas Segundo a sua Dimensão ... 14

Gráfico 6. Volume de Negócios por Categoria de Empresa no Sector da CCOP ... 15

Gráfico 7. Emprego por Categoria de Empresa no Sector da CCOP... 16

Gráfico 8. Classe de Habilitações de Alvarás ... 19

Gráfico 9. Percentagem de Alvarás e Títulos de Registo ... 20

Gráfico 10. Alvará e Títulos de Registo por Distrito ... 21

Gráfico 11. População Residente por Município ... 24

Gráfico 12. Densidade Populacional por Município ... 25

Gráfico 13. Estimativa do Parque Habitacional – Edifícios de Habitação Familiar Clássica ... 26

Gráfico 14. Fogos Concluídos ... 26

Gráfico 15. Fogos Concluídos em Construções Novas – Entidade Promotora .. 27

Gráfico 16. Percentagem de Alvarás e Títulos de Registo na Sub-Região Dão Lafões ... 28

Gráfico 17. Classes de Habilitações – Sub-Região Dão Lafões ... 28

Gráfico 18. Alvará e Título de Registo por Concelho – Sub-Região Dão Lafões 29 Gráfico 19. Habilitações literárias ... 53

Gráfico 20. Tipo de Empresa ... 54

Gráfico 21. Idade da Empresa ... 55

Gráfico 22. Documento que Atesta a Capacidade Profissional ... 56

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Gráfico 24. “Quantos funcionários permanentes tem a empresa?” ... 57 Gráfico 25. “Quantos funcionários casuais tem a empresa?” ... 57 Gráfico 26. “Nos últimos 5 anos, quais os trabalhos mais frequentes que realizou?” ... 58 Gráfico 27. “Área de actuação da empresa?” ... 58 Gráfico 28. “Quais os projectos de especialidade que considera mais importantes?” ... 59 Gráfico 29.“Participa na elaboração dos projectos de especialidade, na fase de concepção?” ... 60 Gráfico 30.“Se respondeu “sempre” ou “às vezes”, diga quando.” ... 60 Gráfico 31.“Em quais?” ... 61 Gráfico 32.“Em que fase das obras, a presença do Engenheiro\Arquitecto responsável é mais habitual?” ... 61 Gráfico 33.“Em alguma situação as obras são iniciadas, antes da aprovação do projecto, pelas entidades competentes?” ... 62 Gráfico 34.“Se respondeu “sempre” ou “às vezes” na pergunta anterior, diga porquê?” ... 62 Gráfico 35.“É consultado?” ... 63 Gráfico 36.“Se respondeu “sempre” ou “às vezes”, geralmente é analisado conjuntamente com outros projectos de especialidade?” ... 64 Gráfico 37.“Normalmente segue o que está previsto?”... 64 Gráfico 38.“A quem recorre quando se depara com alguma divergência entre o projecto arquitectura e os projectos de especialidades?” ... 65 Gráfico 39.“Geralmente, quando a obra lhe é adjudicada, tem alguma reunião com o projectista, para que este lhe exponha o projecto?” ... 66 Gráfico 40.“No seu entender, para o desenrolar da obra, acha importante a calendarização?” ... 66 Gráfico 41.“No seu entender, para o desenrolar da obra, acha importante o mapa de acabamentos?” ... 66 Gráfico 42. “No seu entender, para o desenrolar da obra, acha importante a estimativa orçamental?”... 67 Gráfico 43. “É consultado?” ... 67 Gráfico 44. “Se respondeu “sempre” ou “às vezes” na pergunta anterior, diga quando?” ... 68

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Gráfico 45. “Normalmente segue o que está previsto?” ... 69 Gráfico 46. “Se respondeu “sempre” ou “às vezes”, em caso de duvida, a quem recorre?” ... 69 Gráfico 47. “Na maior parte das obras que realiza, estas têm estudos geotécnicos?” ... 70 Gráfico 48. “Se “não”, seriam importantes?” ... 71 Gráfico 49. “Se “sim”, porque seriam importantes?” ... 71 Gráfico 50. ”Na realização da obra, é consultado o projecto destas especialidades?” ... 72 Gráfico 51. “Se respondeu “sempre” ou “às vezes” na pergunta anterior, diga quando?” ... 73 Gráfico 52. “Normalmente segue o que está previsto?” ... 73 Gráfico 53. “Se respondeu “sempre” ou “às vezes”, em caso de dúvida, a quem recorre?” ... 74 Gráfico 54. “É hábito verificar se existe conformidade entre estes projectos e os outros projectos de especialidade?” ... 75 Gráfico 55. “Quem executa a instalação da Rede de Abastecimento de Água e Drenagem de Esgotos?” ... 75 Gráfico 56. “É consultado o projecto desta especialidade” ... 76 Gráfico 57. “Se respondeu “sempre” ou “às vezes” na pergunta anterior, diga quando?” ... 76 Gráfico 58.”Normalmente segue o que está previsto” ... 77 Gráfico 59. “Se respondeu “sempre” ou “às vezes”, em caso de dúvida, a quem recorre?” ... 77 Gráfico 60.”É consultado o projecto desta especialidade?” ... 78 Gráfico 61. “Se respondeu “sempre” ou “às vezes” na questão anterior, diga quando?” ... 79 Gráfico 62.”Normalmente segue o que está previsto?” ... 79 Gráfico 63.”Se respondeu “sempre” ou “às vezes”, em caso de dúvida, a quem recorre?” ... 80 Gráfico 64.”A aplicação do isolamento térmico é feita por alguém especializado?” ... 80 Gráfico 65. ”É consultado o projecto destas especialidades?” ... 81

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Gráfico 66. “Se respondeu “sempre” ou “às vezes” na pergunta anterior, diga quando?” ... 82 Gráfico 67. “Normalmente segue o que está previsto” ... 82 Gráfico 68.”Se respondeu “sempre” ou “às vezes”, em caso de dúvida, a quem recorre?” ... 83 Gráfico 69. ”É consultado o projecto destas especialidades?” ... 84 Gráfico 70. “Se respondeu “sempre” ou “às vezes” na pergunta anterior, diga quando” ... 84 Gráfico 71.”Normalmente segue o que está previsto?” ... 85 Gráfico 72.”Se respondeu “sempre” ou “às vezes”, em caso de dúvida, a quem recorre?” ... 85 Gráfico 73.”Na maior parte das situações, verifica se existem incompatibilidades entre o projecto de arranjos exteriores e as condições existentes no terreno?” ... 86 Gráfico 74.”Acha que a rentabilidade da empresa mudaria, se realizasse uma gestão mais cuidada?” (indicadas três hipóteses por empresa) ... 87

(13)

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1. Requisitos de Ingresso na actividade de Construção Civil e Obras

Públicas ... 16 Tabela 2. “1ª Categoria” ... 17 Tabela 3. “2ª Categoria” ... 17 Tabela 4. “3ª Categoria” ... 18 Tabela 5. “4ª Categoria” ... 18 Tabela 6. “5ª Categoria” ... 18

Tabela 7. Classe de Habilitações ... 19

Tabela 8. “Subcategorias” dos Títulos de Registo ... 20

Tabela 9. Principais características dos projectos... 34

Tabela 10. Principais intervenientes e respectivas áreas de actuação ... 36

Tabela 11. Principais causas das imperfeições dos projectos técnicos ... 47

Tabela 12. Principais causas das imperfeições na execução de edifícios ... 48

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ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Ilustração 1. Sub-Região Dão Lafões ... 24 Ilustração 2. Região Centro ... 24

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INTRODUÇÃO

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O sector da indústria da Construção Civil e Obras Públicas (CCOP), assim como todos os outros sectores industriais, atravessa um momento de grande instabilidade e concorrência, devido à constante mutação dos mercados e à velocidade das transformações tecnológicas, políticas, sociais e económicas. Todas estas alterações obrigam as empresas a uma elevada flexibilidade e uma adaptação constante.

A competição actual sujeita as empresas, entre outros factores, a realizar contenção de custos, a acelerar a produção, mantendo os níveis de qualidade, dando ao mesmo tempo uma atenção especial às questões ambientais. Sem estas preocupações a permanência no mercado é limitada, ficando apenas as entidades mais informadas e pró-activas (Arnaldo, 2007).

Os ciclos de vida dos empreendimentos de construção são relativamente longos e compreendem várias fases. Num projecto participam diversos intervenientes, com diferentes funções e objectivos. Tudo isto torna mais difícil e complexo o processo de concepção e concretização de uma obra.

Todas as fases de um empreendimento - programa base, estudo prévio, projecto de licenciamento, projecto de execução, construção, uso, manutenção e demolição – têm uma enorme importância para o seu sucesso. Contudo, nas fases de projecto de licenciamento e execução, é que se apresentam as maiores oportunidades de intervenção e agregação de valor ao empreendimento procurando, em simultâneo, um equilíbrio entre custos, tempo e adequação da qualidade ao edifício pretendido.

O projecto assume uma especial relevância, devendo ser entendido por todos os intervenientes – dono de obra, projectistas, organismos responsáveis pelo cumprimento legal, empreiteiros, subempreiteiros e fornecedores diversos - como de vital importância, uma vez que a grande maioria dos erros ocorridos nesta fase irá ter repercussões ao longo de toda a vida do empreendimento.

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Perante esta situação, é urgente que todos os elementos que participam na edificação de um empreendimento tenham consciência que a redução de custos e tempo, e a garantia de qualidade, só se obtêm se “caminharem” todos na mesma direcção, começando por uma clara definição do projecto, e posterior interpretação na fase de execução.

No sector da construção e, mais propriamente, no segmento residencial, as micro e pequenas empresas dominam, quer em termos de promotores, gabinetes de arquitectura e engenharia, quer de empresas de construção. Existe pouca informação relativamente ao funcionamento destas empresas e particularmente sobre a “passagem” da fase de projecto à fase de execução neste sector.

Esta dissertação pretende colmatar esta lacuna, contribuindo para o aumento do conhecimento sobre micro e pequenas empresas na sub-região Dão Lafões, na vertente do seu funcionamento relativamente ao uso do projecto técnico em fase de execução das obras.

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O objectivo deste estudo consiste em compreender a importância e caracterizar a utilização que é dada ao projecto técnico por parte de micro e pequenas empresas de construção, da sub-região Dão Lafões, na fase de execução das obras.

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Para a concretização deste trabalho, numa primeira fase, foi efectuado um vasto levantamento da literatura referente ao tema, para assim, melhor se conhecer e compreender a realidade do sector da Construção Civil e Obras Públicas (CCOP), mais precisamente, do segmento residencial. Em paralelo, realizou-se uma revisão bibliográfica sobre a sub-região Dão Lafões, com o intuito de compreender melhor a dinâmica do sector.

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Numa segunda fase, e porque o objecto de estudo envolve a interpretação e utilização de projectos por parte das micro e pequenas empresas, aquando da execução de edifícios residenciais, desenvolveu-se uma análise aprofundada das diversas etapas necessárias para a elaboração de um projecto, mais especificamente às fases referentes ao projecto base e ao de execução.

Para a análise da relevância e utilização dada ao projecto técnico nas micro e pequenas empresas na sub-região Dão Lafões, foram recolhidos dados através de um inquérito aplicado a 30 empresas da sub-região.

O modo de inquirição foi o de entrevista pessoal a profissionais do sector, mais concretamente, às entidades responsáveis pela execução da obra. Depois, procedeu-se ao tratamento e análise dos dados.

Através dessa análise dos resultados obtidos foi possível tirar conclusões sobre a relevância do projecto técnico na execução das obras, pelas pequenas empresas de construção civil.

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A presente dissertação está organizada em cinco capítulos.

No primeiro capítulo enquadra-se o trabalho, define-se os seus objectivos, explica-se a metodologia geral utilizada e, por fim, faz-se a sinopse de todos os capítulos.

A caracterização do sector da construção civil e obras públicas (CCOP), a nível nacional e da sub-região Dão Lafões, é apresentada no segundo capítulo. Também, neste capítulo, sempre que oportuno, é feita referência à legislação em vigor, assim como às entidades coordenadoras ou orientadoras do sector.

No terceiro capítulo são abordados, entre outros elementos, as características e os objectivos de um projecto, segundo a perspectiva da Engenharia de Gestão e da Engenharia Civil. Neste capítulo são ainda apresentados os elementos de um projecto técnico na área da construção civil (programa base, estudo prévio, projecto base e projecto de execução), assim como as causas da ocorrência de problemas na fase de concepção e execução.

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No quarto capítulo é apresentada a metodologia de investigação. Neste capítulo é também, efectuada a reunião dos dados recolhidos nos inquéritos e consequente análise dos mesmos.

No quinto, e último, capítulo são apresentadas as conclusões da dissertação, bem como as sugestões de trabalhos a desenvolver no futuro.

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O SECTOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL E

OBRAS PÚBLICAS

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A nível nacional, a relevância que o sector da Construção Civil e Obras Públicas (CCOP) assume, em termos económicos e sociais é extremamente marcante, uma vez que influencia directamente as outras actividades sectoriais.

O dinamismo do sector depende directamente do grau de desenvolvimento económico e da conjuntura económica. A actividade construtiva é considerada um dos principais barómetros de uma economia. À data do levantamento estatístico (INE – 28/07/2008), o sector da CCOP representava 6% do PIB (Produto Interno Bruto) e cerca de 10% do emprego nacional, com 122.070 empresas, sendo 99.8% delas pequenas e médias empresas.

Tradicionalmente, o sector da construção é subdividido em 4 segmentos: Residencial, Não Residencial, Engenharia Civil e Reabilitação. O estudo de cada um deles possibilita o melhor conhecimento da realidade do ramo.

A indústria da construção caracteriza-se por ser algo diferente das outras, quer em termos produtivos, quer em termos de mercado de trabalho. É uma actividade com algumas especificidades em comparação com outras; os promotores podem ser de tipo e dimensão muito variada (Estado, autarquias, multinacionais e pequenas empresas); os materiais, tanto podem ser utilizados numa moradia unifamiliar tradicional, como em obras mais complexas, por exemplo, grandes edifícios multifamiliares, estradas, barragens, etc; e, por fim, para que todas as obras realizadas neste sector industrial cheguem ao término com sucesso, é necessário que exista uma enorme interacção entre as diferentes especialidades com graus diferenciados de exigência e tecnologia assim como, uma enorme cooperação entre empresas de grande dimensão e empresas de menor dimensão (Baganha, Marques & Góis, 2003).

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Outra característica intrínseca deste sector é a mobilidade da produção. Isto é, contrariamente aos outros sectores em que a produção se realiza num determinado local, na indústria da construção os meios de produção são geralmente deslocados até ao local de consumo. Simultaneamente observa-se uma sazonalidade, devido às condições externas (situações climatéricas adversas), reflectindo-se na descontinuidade no tempo e no espaço das tarefas desenvolvidas (Baganha, Marques & Góis, 2003).

Este sector económico é geralmente uma entrada para a vida activa de muitos jovens trabalhadores e imigrantes (PALOP e países do leste europeu), ou representa um complemento de outras actividades. As exigências por parte dos trabalhadores e dos empregadores não são muito elevadas, e porque a contratação é relativamente fácil, a empregabilidade tem características muito particulares, sendo, por vezes, preenchida por mão-de-obra maioritariamente masculina, bem como juvenil e clandestina. A grande maioria dos operários não dispõe de qualificações formais, o seu conhecimento é adquirido de forma experimental e, em muitos casos, de forma incorrecta. Existe muita instabilidade e rotatividade de emprego, remunerações inferiores à média nacional e, ainda, nos dias de hoje, persiste uma elevada sinistralidade (Baganha, Marques & Góis, 2003).

2.1.1.Características Gerais do Sector

Nas últimas décadas, o sector da construção foi o motor da expansão da economia europeia e mundial. O investimento em infra-estruturas, habitação e as taxas de juro historicamente baixas, estimularam o crescimento económico e contribuíram para a melhoria da qualidade de vida e da coesão social das economias. Recentemente, a insegurança e as mudanças constantes dos mercados financeiros e da economia têm causado grande instabilidade, afectando todos os sectores de actividade (FEPICOP, 2009).

A crise no sector da construção portuguesa não é excepção, já dura há algum tempo e não é fruto apenas da conjuntura internacional. A construção é das áreas da economia mais penalizadas pela situação actual, devido às quebras sucessivas no investimento privado e, também, ao adiamento do

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10419 16227 22590 25379 25115 23220 17937 24901 0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

investimento do Estado em infra-estruturas, assim como à falta de medidas anti-crise importantes que poderiam dinamizar o sector (FEPICOP, 2009).

Não se perspectiva um futuro fácil para o sector como se pode constatar através das opiniões pessimistas dos empresários (FEPICOP, 2009). As estatísticas vêm reforçar essas opiniões, mostrando um aumento dos inscritos nos centros de emprego oriundos deste espaço industrial (gráfico 1), e uma diminuição dos edifícios concluídos (gráfico 2).

Ao realizar uma observação pormenorizada do gráfico 1, constata-se que o desemprego (Operários e Trabalhadores Similares da Indústria Extractiva e Construção Civil), entre 2001 e 2004, aumentou 59%, fixando-se nos 25 379 indivíduos. Nos três anos seguintes, o desemprego diminuiu para os 17 937, cerca de 29%. O ano de 2007 é um ponto de viragem, o valor do desemprego nestes sectores de actividade volta a aumentar significativamente, atingindo as 24 901 pessoas.

Outro indicador, que ajuda a perceber a situação existente é o dos edifícios concluídos. Com a excepção do ano de 2004, em que existiu uma ligeira subida, desde 2001 a 2008 o número tem decrescido. A queda nesse intervalo de tempo foi de 47%, tendo sido concluídos em 2001 cerca de 61 745 edifícios e em 2008 unicamente 32 929 (gráfico 2).

Gráfico 1. Desemprego – Operários e Trab. Similares da Ind. Extractiva e Const.

Civil Fonte: IEFP

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8260 8100 8010 7330 6910 6780 6920 7270 4310 4300 4730 4830 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 2005 2006 2007 2008 milhões de euros Residencial Engenharia Civil Não Residencial 61745 63829 56519 45994 46996 42058 37383 32929 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

O progresso e desenvolvimento no ramo da Construção Civil e Obras Públicas estão directamente condicionados pela evolução dos seus segmentos, exprimindo-se de uma forma mais preocupante no domínio habitacional (gráfico 3).

Gráfico 2. Edifícios Concluídos

Fonte: INE e relatório das Estatísticas da Construção e Habitação 2007

Gráfico 3. Valor Bruto de Produção do Sector da Construção

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118130 106635 91973 87545 83335 88704 76971 0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 140000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

O segmento Residencial é actualmente o elo mais vulnerável, uma vez que apresenta uma perspectiva de crescimento menos favorável.

À data da realização deste trabalho, e segundo as entidades ligadas ao meio, todos os segmentos atravessam uma forte crise (IAPMEI, 2009). A actividade no sector sofreu uma forte redução, o que deixou as empresas mais vulneráveis(FEPICOP, 2009).

Essa elevada desaceleração de actividade no sector afectou, como seria de esperar, o segmento habitacional (gráfico 4). A redução de licenças foi grande, passou de 118 130 em 2001, para 76 971 em 2008.

Conforme enuncia a Federação Portuguesa da Industria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP), a forte redução da procura de habitação resulta, naturalmente, das piores condições financeiras das famílias e do quadro de forte instabilidade e incerteza que caracteriza a actual conjuntura.

Prevê-se que os segmentos populacionais que mostram interesse em adquirir residência permanente (jovens casais e famílias em que houve um aumento do agregado familiar) e residência secundária, sofram uma diminuição na procura (FEPICOP, 2008).

Alguns componentes do mercado Residencial podem vir a atenuar a tendência referida, nomeadamente, o segmento da reabilitação do parque habitacional e a intervenção nas zonas históricas (FEPICOP, 2008).

Gráfico 4. Fogos Licenciados

(27)

A política ainda recente, na qual a construção não andava aliada à qualidade obriga a que, nos dias de hoje, se tenha de corrigir o que, até então, não foi edificado com a devida qualidade (FEPICOP, 2009). A intervenção, muitas das vezes apoiadas pelos municípios, nas zonas históricas degradadas e desertificadas, pode ser também uma via importante para atenuar a crise no sector e, ao mesmo tempo, dar uma “nova vida” a zonas até então “abandonadas”.

O mercado de Edifícios Não Residenciais, na sua globalidade, também deverá sofrer as consequências da forte instabilidade e recessão vivida na economia, porém, apresenta dois comportamentos distintos: no que respeita aos edifícios promovidos por instituições privadas assiste-se a uma contracção na produção, por outro lado, na componente dos edifícios públicos verifica-se uma subida de produção, devido, essencialmente à reabilitação e construção do parque escolar e de outros edifícios públicos (FEPICOP, 2009).

A Engenharia Civil é uma forte componente dinamizadora do sector e resulta principalmente do investimento público. De acordo com as instituições e associações do sector (INE e FEPICOP), será certamente o segmento que irá servir de “amortecedor” dos impactos do abrandamento de actividade dos outros segmentos.

A actividade desenvolver-se-á muito à custa da renovação e modernização de infra-estruturas de comunicação e telecomunicação, assim como no investimento nas energias renováveis. Alguns desses investimentos passam por construção de novas vias viárias, ferroviárias (alta velocidade), novo aeroporto, terceira travessia do Tejo, construção de centrais fotovoltaicas e parques eólicos, promoção de projectos na área dos recursos hídricos, entre outros (Tavares 2009 e JDS 2009).

(28)

2.1.2.Análise das Empresas de Construção

a) De acordo com as estatísticas do INE

A Empresa pode ser definida, em sentido lato, como uma unidade económica e humana, cujo objectivo é a produção de bens, com vista à realização da sua transacção no mercado, obtendo lucro (Reis, 2008). Nos termos do Decreto-Lei nº. 372/2007, de 6 de Novembro, entende-se por empresa qualquer entidade que, independentemente da sua forma jurídica, exerça uma actividade económica. São consideradas como tal, as entidades que exercem uma actividade artesanal ou outras actividades, a título individual ou familiar, as sociedades de pessoas ou as associações que exercem regularmente uma actividade económica.

No entender de A. Correia dos Reis, a Empresa de Construção Civil e

Obras Públicas está contida numa definição mais ampla, ou seja, tem como

objectivo a execução de obras para outrem, com materiais subministrados pelo empreiteiro. Para atingir esses objectivos, já referidos anteriormente, segundo o mesmo autor, a empresa necessita de mobilizar recursos e meios de acção adequados, nos quais se inclui um conjunto de pessoas, com diferentes funções, que se complementam, de modo a solucionar os diversos problemas, e que actuam dentro de uma determinada estrutura (Reis, 2008).

Para se realizar uma correcta classificação das diferentes empresas pelas suas dimensões, e adoptando os critérios e conceitos presentes no Decreto-Lei nº. 372/2007, de 6 de Novembro, e, ao mesmo tempo, dando seguimento às recomendações da Comissão Europeia, é necessário ter em atenção o número de efectivos e o volume de negócios.

As grandes empresas, para assim serem consideradas, necessitam de ter um número de efectivos de mais de 250 trabalhadores e um volume de negócios superior a 50 milhões de euros. A par destes requisitos, têm que ter capacidade técnica e capital capaz de produzir bens à escala de uma grande população.

As micro, pequenas e médias empresas são caracterizadas por empregarem menos de 250 efectivos e por não terem um volume de negócios anual superior a 50 milhões de euros. De forma mais detalhada, esta

(29)

92,30% 6,90% 0,70% 0,10% Micro Pequenas Médias Grandes

classificação pode ser subdividida em micro empresas - menos de 10 trabalhadores e um volume de negócio inferior a 2 milhões de euros; em pequenas empresas – número de trabalhadores inferior a 50 e um volume de negócios não superior a 10 milhões de euros; e em médias empresas – número de empregados não superior a 250 e um volume de negócios que não exceda os 50 milhões de euros. A sua área de actuação é inferior à das grandes empresas, não ultrapassando a escala regional. Possuem uma elevada importância para as empresas de maior dimensão, uma vez que estas últimas recorrem frequentemente às PME's para subempreitar determinados trabalhos. Segundo o INE e obedecendo aos seus parâmetros para a classificação das empresas, existem cerca de 122070 empresas no sector da CCOP. Como se pode observar no gráfico 5, a categoria predominante, na área da Construção Civil e Obras Públicas, é a micro empresa. Esta representa cerca de 92,3% deste sector industrial. As restantes categorias apresentam valores muito inferiores.

As micro empresas, apesar da sua dimensão reduzida, superam todas as outras categorias em volume de negócios (VN) com 32,2%, seguidas das pequenas e grandes organizações, com 27,3% e 21,6%, respectivamente. Em último lugar encontram-se as médias empresas com 19% do VN total.

Gráfico 5. Percentagem das Empresas do Sector da Const. Civil e Obras Públicas

Segundo a sua Dimensão

(30)

32,2%

27,3% 19,0%

21,6%

Micro Pequenas Médias Grandes

É de assinalar que as grandes empresas apesar de representarem apenas 0,1% do tecido empresarial da CCOP, o seu volume de negócios é de 21,56%, o que demonstra bem a sua importância para o sector (gráfico 6).

Se se analisar o conjunto das micros, pequenas e medias empresas, a percentagem atinge os 78%, o que representa um pouco mais de ¾ do volume de negócios deste sector de actividade, reflectindo bem toda a importância que detêm na economia (INE – 28/07/2008).

As micros empresas representam cerca de 45% dos efectivos deste ramo de actividade. Sendo as maiores empregadoras com uma percentagem de 45,07%, logo seguidas das pequenas e médias empresas, com 31% e 14,9%, respectivamente. Por último, e apesar da importância das obras que realizam e da amplitude geográfica que possuem, as grandes organizações só empregam 8,9% dos funcionários totais (gráfico 7).

Gráfico 6. Volume de Negócios por Categoria de Empresa no Sector da CCOP

(31)

45,1%

31,0% 14,9%

8,9%

Micro Pequenas Médias Grandes

b) De acordo com os dados do INCI, IP

O Instituto da Construção e do Imobiliário, I.P. (INCI, I.P.) tem como principais funções regular, inspeccionar e fiscalizar o sector da construção e do imobiliário. Este organismo tem competência para atribuir títulos que possibilitam o exercício daquelas actividades: Alvará de Construção, Titulo de Registo, Licença de Mediação Imobiliária e Inscrição de Angariador Imobiliário.

Considera-se que a actividade da construção é aquela que tem por objectivo a realização de obra, englobando um conjunto de actos necessários à sua concretização (Decreto-Lei nº12/2004, de 9 de Janeiro).

Uma empresa para estar habilitada a exercer a actividade da construção deve possuir Título de Registo ou Alvará. Um empresário que pretenda ingressar na actividade da Construção Civil e Obras Públicas (CCOP) deverá cumprir um conjunto de requisitos de ingresso, presentes na tabela 1.

Tabela 1. Requisitos de Ingresso na actividade de Construção Civil e Obras Públicas Requisitos de Ingresso na Actividade de Construção Civil e Obras Públicas

Alvará Título de Registo

Idoneidade Idoneidade

Capacidade Técnica Actividade Adequada às Subcategorias pretendidas Capacidade Económica e Financeira Seguro de Acidentes Pessoais

Fonte: INCI, I.P.

Gráfico 7. Emprego por Categoria de Empresa no Sector da CCOP

(32)

Tanto o Alvará como o Título de Registo, são intransmissíveis e a actividade da construção civil e obras públicas (CCOP) só poderá ter início após a concessão do respectivo título. O Alvará tem um período de validade de 12 meses e o Título de Registo de 5 anos, ambos renováveis.

Para terem a possibilidade de laborar na área, as organizações, além dos requisitos já referidos, têm que possuir meios humanos com capacidade técnica, adequados à execução de obras de construção.

A Portaria nº. 19/2004, de 10 de Janeiro, aglomerara de uma forma lógica os trabalhos que são executados pelas empresas de construção, detentoras de Alvará. Como se mostra nas Tabelas 2, 3, 4, 5 e 6 os trabalhos são divididos em categorias, sendo estas divididas em subcategorias.

Tabela 2. “1ª Categoria” 1ª Ca tegor ia Edifíci os e P at rimóni o C ons tr do

1ª Estrutura e elementos de betão

2ª Estrutura metálica

3ª Estrutura de madeira

4ª Alvenaria, rebocos e assentamento de cantarias 5ª Estuques, pinturas e outros revestimentos

6ª Carpintarias

7ª Trabalhos em perfis não estruturais 8ª Canalizações e condutas em edifícios 9ª Instalações sem qualificação específica 10ª Restauro de bens imóveis histórico - artísticos

Fonte: INCI, I.P.

Tabela 3. “2ª Categoria” 2ª Ca tegor ia Vias de C o mun icaçã o, O br as de U rba ni zaçã o e Out ras Infr a -es tr ut ur as

1ª Vias de circulação rodoviária e aeródromos 2ª Vias de Circulação ferroviárias 3ª Pontes e viadutos de betão 4ª Pontes e viadutos metálicos 5ª Obras de arte correntes

6ª Saneamento básico

7ª Oleodutos e gasodutos

8ª Calcetamentos

9ª Ajardinamentos

10ª Infra-estruturas de desporto e de lazer

11ª Sinalização não eléctrica e dispositivos de protecção e segurança

(33)

Tabela 4. “3ª Categoria” 3ª Ca tegor ia O br as H id ráu lica

s 1ª Obras fluviais e aproveitamento hidráulico

2ª Obras portuárias

3ª Obras de protecção costeira

4ª Barragens e diques

5ª Dragagens

6ª Emissários

Fonte: INCI, I.P.

Tabela 5. “4ª Categoria” 4ª Ca tegor ia Ins ta la çõe s E léctr icas e M ecâni cas

1ª Instalações eléctricas de utilização de baixa tensão 2ª Redes eléctricas de baixa tensão e postos de transformação 3ª Redes e instalações eléctricas de tensão de serviço até 60 KV 4ª Redes e instalações eléctricas de tensão de serviço superior 60 KV 5ª Instalações de produção de energia eléctrica

6ª Instalações de tracção eléctrica 7ª Infra-estruturas de telecomunicações

8ª Sistemas de extinção de incêndios, segurança e detecção 9ª Ascensores, escadas mecânicas e tapetes rolantes 10ª Aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração 11ª Estações de tratamento ambiental

12ª Redes de distribuição e instalações de gás 13ª Redes de ar comprimido e vácuo

14ª Instalações de apoio e sinalização em sistemas de transportes 15ª Outras instalações mecânicas e electromecânicas

Fonte: INCI, I.P.

Tabela 6. “5ª Categoria” 5ª Ca tegor ia O ut ros Tr ab al hos 1ª Demolições 2ª Movimentação de terras

3ª Túneis e outros trabalhos de geotecnia

4ª Fundações especiais

5ª Reabilitação de elementos estruturais de betão 6ª Paredes de contenção e ancoragens 7ª Drenagens e tratamento de taludes

8ª Reparações e tratamento superficiais em estruturas metálicas

9ª Armaduras para betão

10ª Cofragens

11ª Impermeabilizações e isolamentos 12ª Andaimes e outras estruturas provisórias 13ª Caminhos agrícolas e florestais

(34)

62,2% 13,4% 11,0% 6,9% 4,2% 1,3% 0,5% 0,2% 0,4% 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Fonte: INCI, I.P

Tabela 7. Classe de Habilitações Os trabalhos referentes às várias

categorias e subcategorias são ordenados em classes de habilitações, de acordo com o valor dos serviços que as empresas podem executar (Portaria 1371/2008, de 2 de Janeiro). A subcategoria com a classe de habilitações mais elevada irá definir a classe de habilitações da empresa (tabela 7).

A Classe de Habilitações dos Alvarás (gráfico 8) com maior representatividade a nível nacional é a 1 com 62,2%, seguida da classe número 2 com 13,4%. Com as menores percentagens encontram-se as classes 8 e 9 (0,2% e 0,4%, respectivamente). Esta situação poderá ser explicada pelo facto das empresas necessitarem de experiência, de grande capacidade técnica e económica, devidamente comprovada, para atingirem e permanecerem nas categorias mais elevadas.

Classes das

habilitações Valores das obras (€)

1 Até 166 000 2 Até 332 000 3 Até 664 000 4 Até 1 328 000 5 Até 2 656 000 6 Até 5 312 000 7 Até 10 624 000 8 Até 16 600 000 9 Acima de 16 600 000

Gráfico 8. Classe de Habilitações de Alvarás

(35)

37,66%

62,34%

Alvará

Título de Registo

As organizações que possuam o Título de Registo, de acordo com o diploma que rege a actividade (Decreto-Lei nº12/2004, de 9 de Janeiro), só poderão realizar obras de construção que não ultrapassem os 10% do limite fixado para a classe 1 de Alvará, ou seja, 16 600 euros. Os trabalhos que este título possibilita vêm descritos na tabela 8.

Tabela 8. “Subcategorias” dos Títulos de Registo

Fonte: INCI, I.P.

De acordo com os dados do INCI, I.P. de 12/05/2009, existem 23 046 (37,66%) empresas que possuem Alvará e 38 147 (62,34%) que possuem Título de Registo (gráfico 9) perfazendo um total de 61 193. Dada a maior percentagem de empresas com Título de Registo pode-se concluir que as micro e pequenas empresas são maioritárias no panorama empresarial do sector CCOP. Sub categ or ia s

a) Alvenarias, rebocos e assentamentos de cantarias b) Estuques, pinturas e outros revestimentos

c) Carpintarias

d) Trabalhos em perfis não estruturais e) Canalizações e condutas em edifícios

f) Instalações sem qualificação específica

g) Calcetamentos

h) Ajardinamentos

i) Instalações eléctricas de utilização de baixa tensão j) Infra-estruturas de telecomunicações

l) Sistemas de extinção de incêndios, segurança e detecção

m) Armadura para betão armado

n) Cofragens

o) Impermeabilização e isolamentos

Gráfico 9. Percentagem de Alvarás e Títulos de Registo

(36)

1299 342 1612 301 537 915 412 1687 449 1825 4649 222 2837 1262 1595 583 483 1063 973 2496 511 3384 535 845 2034 555 3053 890 2972 5860 355 5006 2211 2421 1522 507 1658 1332 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000

Alvará Título de Registo

No que diz respeito à localização das empresas, verifica-se uma maior predominância de empresas na região litoral e nos grandes centros urbanos, justificada pela maior actividade económica existente nestas áreas.

Como se comprova da análise do gráfico 10, nos 18 distritos, existem mais Títulos de Registos do que Alvarás, uma vez que as exigências e os requisitos para a obtenção de Alvará são superiores. Os distritos de Lisboa e Porto sobressaem pelo número de empresas existentes, em relação a todos os outros. Das 61 193 organizações do sector CCOP inscritas no INCI, I.P., à data do levantamento dos dados (12/05/2009), 18 352 estavam sediadas no distrito de Lisboa e Porto, representando cerca de 30% do total das empresas. No lado oposto encontram-se os distritos do interior do país, provavelmente, devido à baixa densidade populacional e actividade económica. Beja e Portalegre são as zonas do país com menor número de empresas, possuindo no conjunto apenas 1430 do total (2,3%).

c) Conclusão

A divergência de valores obtidos na recolha de dados referentes ao número de empresas do sector, no INCI, I.P. (61193), e no INE (112070), surge devido aos diferentes critérios utilizados por cada um dos institutos.

O INCI, I.P. apenas engloba as empresas de construção, ou seja, aquelas que participam na realização directa das obras, contendo, por exemplo, empresas de construção, de jardinagem, calcetamento, restauro de

Gráfico 10. Alvará e Títulos de Registo por Distrito

(37)

imóveis e instalações eléctricas. O INE tem um critério mais abrangente, incluindo as mesmas empresas que o INCI, I.P. e as empresas de promoção imobiliária, gabinetes de arquitectura, engenharia e topografia, entre outras. Não são contabilizadas, por exemplo, as empresas ligadas à fabricação de materiais de construção, montagem ou instalação de equipamentos industriais.

Em suma, poderá afirmar-se que as empresas presentes no sector da CCOP são, na grande maioria, micro e pequenas empresas, justificado pelo número de empresas que possuem título de registo e alvará com classe de habilitações 1, sendo que a sua localização predominante é na região litoral e nos centros urbanos.

(38)

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2.2.1.Breve Caracterização da Sub-Região Dão Lafões

A sub-região estatística Dão Lafões pertence à região Centro e tem uma área total de 3 489 km2. É limitada a norte pelos rios Tâmega e Douro, a

leste pela Beira Interior Norte e Serra da Estrela, a sul pelo Pinhal Interior Norte e Baixo Mondego e a oeste pelo Baixo Vouga e o Entre Douro e Vouga (região Norte).

Compreende catorze concelhos do Distrito de Viseu e um do Distrito da Guarda: Aguiar da Beira, Carregal do Sal, Castro Daire, Mangualde, Mortágua, Nelas, Oliveira de Frades, Penalva do Castelo, Santa Comba Dão, São Pedro do Sul, Sátão, Tondela, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela.

Este território, como se verifica nas ilustrações 1 e 2, é considerado a fronteira entre o litoral e as altas terras do interior. É a sub-região que faz a ligação entre as zonas mais desenvolvidas do litoral e as menos desenvolvidas do interior, razão pela qual apresenta características destas duas zonas (Almeida, 2001).

Os grandes centros urbanos são zonas desenvolvidas, densamente povoadas e com boas infra-estruturas que possibilitam o bem-estar da população aí residente. No outro extremo podemos encontrar zonas rurais com um grau de desenvolvimento muito reduzido, com escassez de população e com poucas infra-estruturas.

Segundo os dados presentes no Anuário Estatístico da Região Centro (2007), a sub-região Dão Lafões possuía 291 516 residentes. A distribuição desses residentes não se encontra feita uniformemente. O concelho de Viseu aglomera dentro das suas “fronteiras” cerca de 1\3 da população total (98 619 residentes) desta sub-região, no lado oposto, encontramos o concelho de Aguiar da Beira com apenas 6 225 moradores (gráfico 11). Este desfasamento decorre do fenómeno conhecido como êxodo rural. Os principais motivos

(39)

6225 10633 16618 21220 10217 14719 10630 8571 12310 19224 13556 30852 6399 98619 11723 0 20000 40000 60000 80000 100000 120000

dessa migração são a busca de melhores empregos com remunerações mais altas e melhores infra-estruturas (escolas, hospitais, etc.)(INE, 2007).

A densidade populacional é um indicador estatístico, que relaciona a população existente num determinado território e a área desse mesmo território. Neste aspecto, como seria de esperar, o município de Viseu destaca-se mais uma vez com 194.5 Hab./Km2, seguido, em segundo plano, pelos

Sub-Região DÃO LAFÕES Região

CENTRO

Gráfico 11. População Residente por Município

Fonte: INE – Anuário Estatístico da Região Centro 2007

(40)

30,1 91 43,8 96,8 40,7 117,1 73,2 63,8 110 55,1 67,1 83,1 36,5 194,5 60,5 0 50 100 150 200 250 Hab\Km2

concelhos de Nelas e Santa Comba Dão (117.1 Hab./Km2 e 110 Hab./Km2,

respectivamente).

Mais uma vez, os concelhos de Aguiar da Beira e Vila Nova de Paiva encontram-se no fundo tabela com 30.1 Hab./Km2 e 36.5 Hab./Km2,

respectivamente (gráfico 12).

2.2.2.Breve Caracterização do Sector da Construção na

Sub-Região Dão Lafões

O sector da Construção Civil e Obras Públicas na Região Centro e, mais concretamente, na Sub-Região Estatística Dão Lafões, à imagem do que acontece no resto do país atravessa uma grave crise.

O parque habitacional de edifícios de habitação familiar clássica, como evidencia o gráfico 13, numa perspectiva geral, tem-se mantido praticamente constante, quer a nível nacional, quer a nível da região centro e da sub-região Dão Lafões. Não se verificaram grandes oscilações, comprovando a estagnação do sector em geral, e do segmento residencial em particular. A sub-região Dão Lafões, nos últimos cinco anos, apenas teve um crescimento de 6321 unidades, o que poderá ser explicado pela crescente “fuga” para o litoral e para o estrangeiro da população, assim como pela

Gráfico 12. Densidade Populacional por Município

(41)

2002 2003 2004 2005 2006 2007 Portugal 3237875 3276789 3307963 3340094 3367998 3392548 Centro 1014792 1026213 1035558 1044747 1052648 1059683 Dão-Lafões 132200 133743 135019 136349 137528 138521 0 500000 1000000 1500000 2000000 2500000 3000000 3500000 4000000 N º. d e Edifícios 23571 27731 22329 19605 19858 16367 14910 2698 3146 2356 2236 2344 2125 1727 0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Centro Dão-Lafões

preferência pelo arrendamento de habitação em detrimento da construção\reconstrução.

O número de fogos concluídos, também vem confirmar a fase menos positiva que atravessa o sector na região centro. O número de fogos concluídos, na zona em estudo, e tomando como base o ano de 2001, caiu cerca de 36%, passando de 23.571 em 2001, para 14.910 em 2007. A sub-região Dão Lafões seguiu a tendência da região onde está inserida, ou seja, o número de fogos concluídos caiu os mesmos 36% (gráfico 14) passando de 2.698 para 1.727 fogos.

Gráfico 13. Estimativa do Parque Habitacional – Edifícios de Habitação Familiar

Clássica

Fonte: Anuário Estatístico da Região Centro 2007

Gráfico 14. Fogos Concluídos

(42)

Pessoa Singular Administração Pública Empresa Privada Outras Entidades Centro 7314 102 5852 12 Dão-Lafões 1012 19 453 12 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 N º. de Fo go s

Segundo a classificação do INE, a pessoa singular é a entidade promotora que mais contribuiu para a construção de fogos novos na região centro, com 55% do total (7314 fogos), seguida da empresa privada com 44%, o que representa cerca de 5852 fogos. Por último, encontram-se a administração pública e outras entidades com apenas 1%.

Na sub-região Dão Lafões a pessoa singular e as empresas privadas são os principais dinamizadores, representando em conjunto de 97% do total dos fogos concluídos. As restantes entidades promotoras apenas concluíram, no ano de 2007, 31 fogos (gráfico 15).

Seguindo a tendência daquilo que acontece no resto do país, também na sub-região Dão Lafões, as empresas com o Título de Registo representam o maior número, cerca de 1406 empresas (64,11%). O Alvará apenas é detido por 787 empresas (35,89%) (gráfico 16).

Gráfico 15. Fogos Concluídos em Construções Novas – Entidade Promotora

(43)

35,89% 64,11% Alvará Título de Registo 74,59% 11,50% 7,21% 3,03% 2,40% 0,63% 0,38% 0,00% 0,25% 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Ao observar o gráfico 17, verifica-se que as empresas com a classe de habilitações 1 são as que mais figuram no panorama do sector na sub-região em estudo com 74,59%, seguida da 2 com 11,50%. As menos representadas são as classes 8 e 9 (0% e 0,25%, respectivamente), à semelhança do que sucede no país. A baixa percentagem das classes superiores pode ser explicada devido à reduzida actividade económica e à reduzida quantidade de obras de grandes dimensões nesta sub-região.

Gráfico 16. Percentagem de Alvarás e Títulos de Registo na Sub-Região Dão Lafões

Fonte: INCI, I.P.

Gráfico 17. Classes de Habilitações – Sub-Região Dão Lafões

(44)

25 23 45 49 18 40 37 27 36 37 53 75 10 280 32 23 29 79 82 86 32 62 67 43 90 100 127 30 480 76 0 100 200 300 400 500 600

Alvará Título de Registo

Por conseguinte, nesta sub-região, assim como para todo o país, as micro e pequenas empresas são as representantes maioritárias no sector da construção.

Realizando uma análise mais pormenorizada dos 15 concelhos, a única excepção é o município de Nelas, em que a regra da prevalência de Títulos de Registos em relação ao Alvará, não se cumpre. Existem outros dois concelhos em que a diferença entre ambos não é muito relevante, Aguiar da Beira e Carregal do Sal.

Em relação ao número de empresas, o concelho de Viseu “lidera”. Segundo o INCI, I.P., das 2193 organizações da CCOP presentes na sub-região Dão Lafões, 760 estão sedeadas no concelho de Viseu. Seguido dos municípios de Tondela e Sátão com 202 e 153 empresas, respectivamente.

Os concelhos de Aguiar da Beira e Vila Nova de Paiva são aqueles em que as empresas de construção se encontram em menor número. Esse valor poderá ser explicado pela baixa densidade populacional e reduzida perspectiva de desenvolvimento. Em conjunto, estes dois concelhos perfazem apenas 4% da totalidade das empresas de construção da zona em estudo (48 empresas) (gráfico 18).

Gráfico 18. Alvará e Título de Registo por Concelho – Sub-Região Dão Lafões

(45)

Num sector onde micro e pequenas empresas dominam, nomeadamente no sector residencial (gabinetes de engenharia e arquitectura, empresas de construção, promotores, etc.) é fundamental compreender a importância e a utilização que as empresas de construção dão do projecto técnico.

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IMPORTÂNCIA DO PROJECTO TÉCNICO

NAS EMPRESAS DE CONSTRUÇÃO

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3.1.1.Definição de Projecto

Projecto segundo Gonçalves, Brito e Branco “é um conjunto de

operações de complexidade e dinâmica notáveis, destinadas a materializar uma ideia criadora, com objectivos precisos” (Gonçalves, Brito & Branco,

2008).

Para os anglo-saxónicos e para a engenharia de gestão, a definição de projecto não se enquadra da mesma forma a que se está habituado na área da Engenharia Civil. O seu significado é mais amplo, encerrando o conceito de empreendimento. Segundo Brown Boveri citado por Matín, projecto é “um

trabalho não repetitivo, planificado e realizado de acordo com especificações técnicas determinadas e com objectivos de custo, investimento e prazos pré-fixados. Também se define como um trabalho de volume e complexidade consideráveis, que se realiza com a participação de vários departamentos de uma empresa e eventualmente com a colaboração de terceiros” (Martín, 2008).

Segundo Roldão, “projecto é uma organização designada para

cumprimento de um objectivo, criada com esse objectivo e dissolvida após a sua conclusão” (Roldão, 2000).

Contudo, o sentido mais corrente dado à palavra projecto na área da Engenharia Civil refere-se a um conjunto de documentos técnicos na área da Arquitectura e Engenharia Civil, necessários ao licenciamento e à execução de uma obra. Será esta a definição que irá ser usada ao longo deste trabalho e será designado por projecto técnico.

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3.1.2.Objectivos de um Projecto

Para que um projecto possa ser desenvolvido, é imprescindível que sejam definidos, com a máxima clareza, alguns aspectos primordiais.

Antes de qualquer outra questão, é necessário entender quais as intenções do cliente, ou seja, qual o propósito da realização do empreendimento.

Posteriormente à definição do âmbito, é de vital importância definir três aspectos, que deverão ser analisados conjuntamente, tentando ao máximo complementá-los:

 Tempo – está presente na consciência dos profissionais do sector, que os prazos são um factor importante para qualquer entidade se manter competitiva, num mercado cada vez mais agressivo.

As exigências do mercado, as solicitações dos clientes, as evoluções tecnológicas e as pressões económicas, dificultam o trabalho e diminuem o tempo de resposta que as entidades possuem (Martín, 2008) (Carvalho, 2004).

 Custo – é um factor de extrema importância, uma vez que pode limitar e condicionar a realização do empreendimento (Carvalho, 2004).

 Qualidade – em paralelo com os outros dois factores, este também possui um lugar de destaque no empreendimento. Para que no final um projecto seja considerado de qualidade, terá de estar em conformidade com os objectivos iniciais, ou seja, de acordo com os parâmetros definidos pelo cliente (Carvalho, 2004).

“A condição sine qua non para que um projecto tenha sucesso ou possa sequer ser desenvolvido, é a de que sejam definidos os seus objectivos com a maior precisão possível” (Martín, 2008).

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