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Relatório estágio profissional

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Academic year: 2021

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MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA

NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Nova de Lisboa Ano Letivo: 2017/2018

Unidade Curricular: Estágio Profissionalizante Regente da UC: Professor Doutor Rui Maio Orientador: Dr.ª Rita Machado

Cláudia Vanessa Abreu Rocha | Nº 2012153

6ºAno | Turma:1

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1. Introdução ... Pág.3

2. Síntese das Atividades Desenvolvidas... Pág.4

2.1. Estágio Profissionalizante ... Pág.4

2.1.1. Estágio Parcelar de Medicina Interna ... Pág.4

2.1.2. Estágio Parcelar de Cirurgia Geral ... Pág.4

2.1.3. Estágio Parcelar de Pediatria ... Pág.5

2.1.4. Estágio Parcelar de Ginecologia e Obstetrícia ... Pág.6

2.1.5. Estágio Parcelar de Saúde Mental... Pág.6

2.1.6. Estágio Parcelar de Medicina Geral e Familiar ... Pág.6

2.2. Unidade Curricular Opcional: Estágio Clínico ... Pág.7

2.3. Unidade Curricular: Preparação para a Prática Clínica ... Pág.7

2.4. Elementos Valorativos ... Pág.7

3. Reflexão Crítica ... Pág.8

4. Anexos ... Pág.11

4.1. Trabalhos elaborados no âmbito dos estágios parcelares ... Pág.11

4.2. Atividades Extracurriculares... Pág.12

“Listen to your patient; he is telling you the diagnosis“ William Osler

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¹ O Licenciado Médico em Portugal,2005

Nos últimos anos, o Mestrado Integrado em Medicina (MIM) sofreu várias alterações no plano curricular, pelo que o novo currículo pretende que a educação médica tenha como finalidade principal “ajudar o estudante médico a adquirir uma base de conhecimentos sólida e coerente, associada a um

adequado conjunto de valores, atitudes e aptidões” ¹. Assim, o MIM da Faculdade de Ciências Médicas

da Universidade Nova de Lisboa aposta num ensino clínico prático precoce e gradual, que termina com a realização do Estágio Profissionalizante, no 6º ano, sobre a qual incide grande parte deste relatório. O Estágio Profissionalizante, coordenado pelo Professor Doutor Rui Maio, está organizado em 6 estágios parcelares, divididos pelas diversas áreas clínicas, e representa um elo de ligação entre a formação académica e o exercício profissional, com aquisição gradual de autonomia.

O presente relatório tem como intuito descrever de forma sumária as atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo 2017/2018, bem como identificar e avaliar o cumprimento dos objetivos pessoais e específicos, delineados para cada estágio. Deste modo, este relatório é constituído por quatro secções:

Introdução, na qual explicito os elementos do relatório e os objetivos gerais e específicos propostos para

este ano curricular; Atividades Desenvolvidas, onde, por ordem cronológica, descreverei o trabalho desenvolvido nos estágios parcelares e opcional e na Unidade Curricular de Preparação para a Prática Clínica, bem como os elementos valorativos; Reflexão Crítica, onde analiso o cumprimento dos objetivos estipulados e faço uma reflexão global acerca do 6ºano e do MIM. Por fim, os Anexos, onde serão apresentados os trabalhos elaborados no âmbito dos estágios parcelares, bem como os elementos extracurriculares valorativos realizados ao longo do 6ºano, não sujeitos a avaliação.

No início do 6ºano defini como objetivos pessoais: consolidar os conhecimentos, gestos e atitudes que adquiri ao longo do curso, com vista à aquisição de autonomia e crescimento, essenciais nas próximas etapas profissionais; ultrapassar o receio de não corresponder às expetativas do doente por falta de conhecimento ou transparecer insegurança no esclarecimento de dúvidas. Adicionalmente, o Estágio Profissionalizante apresenta como objetivos específicos: consolidar e adquirir competências clínicas, técnicas e sociais; treinar a entrevista clínica, o exame objetivo, a colocação de hipóteses diagnósticas e a proposta de planos terapêuticos; estimular um raciocínio clínico sistematizado e dirigido e aprimorar a comunicação com profissionais de saúde, doentes e familiares.

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1. Estágio Profissionalizante: O estágio profissionalizante, sob regência do Professor Doutor Rui Maio,

teve início a 11 de Setembro de 2017 e término a 18 de Maio de 2018 e está organizado em 6 estágios parcelares, que abordo por ordem cronológica. De seguida, elaboro uma síntese das atividades realizadas e apresento os objetivos específicos de cada estágio, respetivamente.

1.1. Estágio Parcelar de Medicina Interna (11/09/2017 a 03/11/2017): O estágio parcelar de Medicina

Interna, com a duração de 8 semanas, decorreu no Serviço de Medicina 2.1 do Hospital Santo António dos Capuchos, sob a orientação do Dr. Miguel Valente e regência do Professor Doutor Fernando Nolasco. Dada a abrangência e a integração das diversas valências da Medicina, este estágio apresenta vários objetivos específicos que se prendem com a obtenção de autonomia na observação de doentes, com a capacidade para avaliar, diagnosticar e prescrever medidas terapêuticas para as situações clínicas mais prevalentes e de maior gravidade e com a aquisição de capacidades necessárias ao trabalho em equipa, nomeadamente a comunicação. Este estágio está dividido num componente teórico, através de seminários lecionados semanalmente na FCM, e num componente prático, em meio hospitalar, no qual as minhas atividades dividiram-se pela enfermaria, consulta externa e serviço de urgência (SU). Na enfermaria, onde passei a maior parte do tempo, tinha diariamente a meu cargo cerca de 2-3 doentes. Pude treinar a colheita de história clínica, o exame objetivo, a comunicação com o doente e familiares e algumas técnicas diagnósticas (gasimetrias, punções venosas e colheita de exsudados nasofaríngeos). Além disso, estava responsável por atualizar os diários, elaborar notas de entrada e alta e apresentar, no final da manhã, na reunião do serviço, a evolução clínica dos doentes que me tinham sido atribuídos. Pude ainda participar nas visitas médicas e assistir às sessões clínicas. No final do estágio, discuti com o meu tutor a história clínica que realizei durante o período de estágio, acerca de um caso clínico de pielonefrite aguda, com particular interesse pela dificuldade diagnóstica e evolução clínica.

1.2. Estágio Parcelar de Cirurgia Geral (06/11/2017 a 12/01/2018): O estágio parcelar de Cirurgia

Geral, com duração de 8 semanas, sob regência do Professor Doutor Rui Maio, decorreu no serviço de Cirurgia Geral do Hospital da Luz de Lisboa, sob orientação do Dr. Paulo Roquete. Neste estágio estão delineados como objetivos específicos: conhecer as principais síndromes cirúrgicas, a sua etiopatogenia e semiologia, bem como os fundamentos do seu diagnóstico e tratamento; identificar as principais

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complicações pós-cirúrgicas; dominar as técnicas de assepsia e a execução de gestos cirúrgicos simples e participar nas atividades do bloco. Este estágio está organizado de modo a incluir 1 semana de ensino teórico-prático, abrangendo o curso “TEAM”, e 7 semanas práticas subdivididas em 5 semanas de Cirurgia Geral e 2 semanas numa especialidade opcional - Gastroenterologia no meu caso. No período dedicado à Cirurgia Geral, passei a maior parte do tempo no bloco operatório, onde pude participar em várias cirurgias e adquirir confiança no manuseamento de instrumentos e de algumas técnicas cirúrgicas simples. No restante período de estágio, as minhas atividades contemplaram as atividades de enfermaria, meramente observacionais, que permitiram-me identificar as principais complicações pós-cirúrgicas; e as atividades da consulta, compreendendo a gestão diagnóstica e terapêutica das patologias mais prevalentes. Em Gastroenterologia, assisti às consultas e à realização de técnicas com intuito diagnóstico e terapêutico, nomeadamente colonoscopias, endoscopias digestivas altas e pHmetrias. No final do estágio, decorreu o Mini-Congresso de Cirurgia Geral, momento formal de avaliação, no qual o nosso grupo apresentou o tema “Ciatalgia (in)conveniente”, que descrevia o caso clínico de um tumor fibroso solitário de grandes dimensões, com localização intra e extra-pélvica.

1.3. Estágio Parcelar de Pediatria (22/01/2018 a 16/02/2018): O estágio parcelar de Pediatria teve

lugar na Unidade de Adolescentes do Hospital de Dona Estefânia (HDE), durante um período de 4 semanas, sob regência do Professor Doutor Luís Varandas e orientação da Dr.ª Leonor Sassetti. Este estágio prevê como objetivos específicos: o conhecimento dos princípios gerais de atuação nas doenças mais comuns nesta faixa etária, reconhecendo critérios de gravidade; o treino da colheita de dados anamnésicos e exame físico e a compreensão da importância dos cuidados de saúde e do agregado familiar na promoção do bem-estar físico, mental e social da criança e adolescente. Durante o periodo de estágio, permaneci na enfermaria a maior parte do tempo, local onde colhi histórias clínicas, elaborei diários clínicos, notas de entrada e de alta. Adicionalmente, frequentei o SU e assisti à Consulta Externa de adolescentes. Dado o meu interesse pessoal pela Pedopsiquiatria e pela Ginecologia e Obstetrícia, foi-me dada a possibilidade de participar no SU de Pedopsiquiatria do HDE e na consulta de Ginecologia de adolescentes na MAC. Além das reuniões de serviço, assisti às sessões clínicas hospitalares e aos seminários apresentados pelos alunos de 6º ano, onde o meu grupo apresentou o tema “ Ginecomastia

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na Adolescência – Fisiológico ou Patológico?”. Por fim, pude assistir à sessão teórica “Anafilaxia” e às consultas de Imunoalergologia.

1.4. Estágio Parcelar de Ginecologia e Obstetrícia (19/02/2018 a 16/03/2018): Este estágio teve lugar

no serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital dos Lusíadas de Lisboa, tendo decorrido por um período de 4 semanas, sob orientação da Dr.ª Alexandra Cordeiro e regência da Professora Doutora Teresa Ventura. Este estágio apresenta como principais objetivos específicos: reconhecer as principais patologias ginecológicas e obstétricas e realizar, de forma autónoma, o exame ginecológico/obstétrico. Durante o período de estágio, as minhas atividades englobaram a consulta externa (Ginecologia, Obstetrícia, Infertilidade e Endometriose), as técnicas de procriação medicamente assistida, os exames ginecológicos (histeroscopias e colposcopias), a ecografia ginecológica e obstétrica, o bloco operatório e o SU, sendo que, neste último, assisti a partos eutócicos, distócicos e a cesarianas. Adicionalmente, pude assistir às reuniões científicas e apresentar uma revisão teórica do tema “Cefaleias Hormonais”.

1.5. Estágio Parcelar de Saúde Mental (19/03/2018 a 20/04/2018): O estágio parcelar de Saúde

Mental, sob a regência do Professor Doutor Miguel Talina, com uma duração de 4 semanas, decorreu no serviço de Reabilitação e Residentes do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (CHPL), sob orientação da Dr.ª Safira Hanemann. Como principais objetivos de aprendizagem destaco: a identificação dos principais sintomas de perturbação psiquiátrica; a contextualização do doente numa perspetiva social, laboral e familiar e a identificação de situações de risco. Nos dois primeiros dias de estágio, participei nas sessões teórico-práticas lecionadas pelo Professor Doutor Miguel Talina e pelo Dr. Pedro Mateus, onde discutimos casos clínicos frequentes no SU e debatemos sobre o estigma em Saúde Mental. No restante período do estágio, as minhas atividades contemplaram o internamento, as reuniões do serviço, a consulta externa no CINTRA (Centro Integrado de Tratamento e Reabilitação em Ambulatório de Sintra) e o SU. Destaco a realização de história clínica, a participação nas sessões abertas de psicoterapia de grupo, na terapia ocupacional e na rádio Aurora, locais privilegiados para conhecer os doentes e estabelecer uma relação de confiança com os mesmos.

1.6. Estágio Parcelar de Medicina Geral e Familiar (MGF) (23/04/2018 a 18/05/2018): O estágio

Parcelar de MGF, sob a regência da Professora Doutora Isabel Santos, decorreu durante um período de 4 semanas na USF Tejo, sob a tutela da Dr.ª Diana Duarte. Os objetivos específicos definidos para este

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estágio incluem: adotar uma abordagem centrada na pessoa, tendo em conta o seu contexto biopsicossocial; gerir os problemas de saúde frequentemente encontrados na comunidade; usar estratégias de redução de riscos através da educação para a saúde e, como objetivo pessoal, delineei melhorar a minha capacidade de comunicação para poder dirigir consultas de forma autónoma. Durante o estágio assisti à consulta de adultos, de planeamento familiar, de saúde infantil e juvenil, de saúde materna, de intersubstituição e às visitas domiciliares. Após aquisição de autonomia e de raciocínio crítico, pude conduzir as consultas autonomamente, sob supervisão da minha tutora. Esta oportunidade permitiu-me trabalhar a relação médico-doente, praticar o exame objetivo, hierarquizar os problemas e propor planos terapêuticos. No final do estágio, apresentei o trabalho com o tema “Asma na criança e no adulto”, e elaborei o Diário de Exercício Orientado, que constituiu o momento final de avaliação.

2. Unidade Curricular Opcional: Estágio Clínico de Anestesiologia (21/05/2018 a 01/06/2018): A

escolha de Anestesiologia prendeu-se com o facto de esta ser uma especialidade do meu interesse e por considerar insuficientes os conhecimentos transmitidos sobre a mesma ao longo do curso. Este estágio, sob orientação da Dr.ª Cristina Pestana, teve uma duração de 2 semanas e decorreu no Serviço de Anestesiologia do Hospital da Luz de Lisboa. Foi um estágio produtivo, visto que pude realizar a

check-list pré-anestésica, treinar inúmeros procedimentos práticos (posicionamento e monitorização do

doente, entubação orotraqueal, máscara laríngea, colocação de acessos venosos periféricos e centrais e linhas arteriais) e compreender as opções anestésicas, de acordo com a situação clínica inerente.

3. Unidade Curricular: Preparação para a Prática Clínica (1ºSemestre): Nesta UC, sob a regência do

Professor Doutor Roberto Palma dos Reis, assisti quinzenalmente a sessões multidisciplinares, onde eram abordadas situações clínicas comuns. O objetivo primordial desta UC consistia no desenvolvimento de raciocínio clínico e integração de conhecimentos transversais às várias áreas médicas.

4. Elementos Valorativos: Ao longo do MIM procurei complementar a minha formação pessoal e

académica participando em diversas atividades extracurriculares. Durante o 6ºano, assisti a diversas sessões formativas, a maioria fora do período dos estágios parcelares, cuja discriminação e certificados de participação encontram-se nos anexos. Adicionalmente, o meu grupo do Mini-Congresso de Cirurgia Geral foi convidado pelo Dr. Luís Correia, diretor do serviço de Ortopedia do Hospital da Luz, para apresentar o caso clínico “Ciatalgia (In)conveniente”, na reunião de serviço de Ortopedia.

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Terminado o MIM, torna-se fundamental refletir sobre o meu percurso e compreender a importância que o último ano desempenhou no meu crescimento pessoal e profissional. Assim, analisando retrospetivamente, considero que o 6ºano foi o mais desafiante, quer pelo maior grau de responsabilidade e exigência de conhecimentos, quer pela participação mais ativa nos desafios clínicos que nos são propostos. Para além disso, o estudo diário para a Prova Nacional de Seriação, a realidade atual de um recém-licenciado, a competitividade crescente e a diminuição do número de vagas para o acesso à especialidade são uma realidade desmotivadora e diferente daquela que vigorava quando iniciei o MIM. Considero ainda que a formação médica pré-graduada enfrenta um difícil período de adaptação, uma vez que o número crescente de alunos que ingressam no MIM não acompanha o número de hospitais e tutores disponíveis, ficando comprometida a qualidade do ensino.

O Estágio Profissionalizante é um período de formação médica pré-graduada que tem como principal objetivo consolidar e aplicar os conhecimentos, gestos e atitudes adquiridos ao longo de todo o curso, através do exercício da prática clínica programada, orientada e tutorada. Neste estágio, é-nos disponibilizado um contacto precoce com o meio hospitalar, um rácio tutor/aluno de 1:1 e a possibilidade de estagiarmos em vários hospitais, públicos ou privados. Estas são condições determinantes na nossa formação médica e pessoal, pela aquisição de uma maior experiência na relação médico-doente, na colheita da anamnese, na realização do exame objetivo e na abordagem diagnóstica e terapêutica.

Analisando cada estágio em particular, considero que o estágio parcelar de Medicina Interna foi um dos que mais contribuiu para a minha formação, autonomia e capacidade de comunicação. Pela primeira vez, senti que fazia parte de uma equipa e que tinha um papel ativo, dentro das minhas capacidades, na observação e seguimento dos doentes. Um dos grandes desafios que me foi incutido passou pelo acompanhamento de 2 doentes em fase terminal, com os quais criei uma relação de proximidade. Neste estágio, pude compreender que, citando William Osler, “ A missão do médico passa

por curar às vezes, aliviar frequentemente e confortar sempre”. A passagem pelo SU foi o segundo ponto

mais vantajoso deste estágio. Sob supervisão, observei doentes triados como verdes, aprendi a gerir o tempo e o espaço, a sintetizar, a selecionar informação clínica relevante e a desenvolver um raciocínio clínico rápido e amplo. Por decisão do meu tutor, não fiz nenhuma apresentação sobre um tema

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científico, uma vez que este considerava a discussão de história clínica mais vantajosa na nossa fase de aprendizagem. Como ponto menos positivo, destaco a discrepância nas classificações finais e na presença semanal obrigatória no SU, que muitos colegas não cumpriam. No meu ponto de vista, o estágio de Cirurgia Geral está bem estruturado e apresenta um período de duração ideal para o cumprimento de todos os objetivos delineados. A minha passagem pelo Hospital da Luz foi gratificante, na medida em que pude participar em várias cirurgias, muitas delas como 1ªajudante, e praticar técnicas cirúrgicas simples. Como aspetos menos positivos, destaco o nosso papel meramente observacional nas atividades da enfermaria e da consulta externa e a ausência de contacto com o SU. Considero que a semana de sessões teórico-práticas é fundamental para a revisão de conteúdos teóricos e práticos importantes para a compreensão do estágio prático, pelo que julgo que a presença nas aulas deveria ser de cariz obrigatório e numa instituição com maior acessibilidade de transportes. O estágio parcelar de

Pediatria, embora muito centrado na saúde do adolescente, foi uma mais-valia por permitir-me contactar

com um vasto leque de patologias, comuns e raras; por fazer-me compreender a importância que a comunicação entre as diversas especialidades pediátricas tem no sucesso terapêutico do adolescente e por alertar-me para a importância que o agregado familiar e o meio social representam nos cuidados de saúde do jovem. Neste estágio, tive a oportunidade de acompanhar autonomamente alguns doentes internados, onde pude praticar a colheita de dados anamnésicos e o exame físico. Considero que um aspeto a melhorar será a participação no SU, uma vez que a presença de muitos alunos e internos dificultou, muitas vezes, a minha integração na equipa médica de urgência. O estágio de Ginecologia e

Obstetrícia, uma das minhas áreas de interesse pessoal, revelou-se pouco proveitoso, sendo de

carácter meramente observacional. Embora o rácio tutor/aluno fosse 1:1, não houve interesse para a promoção da minha aprendizagem e autonomia, pelo que não tive a oportunidade de realizar o exame ginecológico/obstétrico, componente prática que considero essencial na minha fase de formação. Para além disso, o contacto com a enfermaria foi insuficiente e igualmente observacional. Penso que seria vantajoso a clarificação dos objetivos do estágio junto dos tutores para minimizar a discrepância de notas e homogeneizar a experiência dos alunos. Como ponto positivo, destaco a oportunidade que me foi dada de contactar com as diversas valências da especialidade. O estágio de Saúde Mental teve um inegável contributo para a minha formação. Foi um dos estágios mais produtivos, onde aprendi a conduzir uma

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entrevista psiquiátrica e a realizar o exame do estado mental. Pude participar nas atividades reabilitativas e perceber que a maioria dos doentes está limitado a viver no Hospital apenas por situações de carácter económico-familiar. Assisti ao modo como as relações/dinâmicas familiares influenciam, positiva ou negativamente, as patologias psiquiátricas e o impacto das últimas nos quotidianos pessoal e familiar. No futuro, acho que seria vantajoso para todos (Psiquiatria e Pedopsiquiatria) a existência de um critério de avaliação obrigatório direcionado à realização de uma história clínica. O estágio de MGF excedeu largamente as minhas expetativas. Pude constatar que os médicos de família praticam uma medicina centrada na pessoa e que são importantes na prevenção e promoção da saúde. Com o apoio da minha tutora, pude desenvolver o meu raciocínio crítico, adquirir autonomia e ultrapassar os meus receios, pelo que pude dirigir consultas autonomamente e trabalhar a relação médico-doente. Considero que a organização deste estágio está muito bem conseguida, essencialmente pelo rácio tutor/aluno e pelo estabelecimento de uma carga horária obrigatória para todos. No futuro, sugiro que este estágio tenha uma duração superior e que a componente prática tenha um peso percentual superior na nota final.

Assim, na globalidade, considero que cumpri todos os objetivos pessoais e específicos propostos inicialmente, tendo sido extremamente enriquecedor a aquisição crescente de autonomia e responsabilidade, assim como a capacidade de atuação perante situações clínicas comuns. No que concerne ao estágio de Ginecologia e Obstetrícia, julgo que foi o único estágio que cumpri apenas parcialmente os objetivos delineados, uma vez que o cumprimento dos mesmos depende, não só do interesse demonstrado pelo aluno, como também das características formativas que lhe são oferecidas.

Não obstante, tendo em conta a síntese dos aspetos positivos e dos aspetos a melhorar em cada estágio, termino este estágio e o MIM, que excedeu as minhas expetativas, globalmente satisfeita, certa de que contribuiu, de forma determinante, para o meu crescimento e para a aquisição de experiência crucial para o exercício profissional futuro. O balanço final é positivo e termino com a sensação de dever cumprido relativamente aos objetivos inicialmente propostos, embora reconheça as minhas lacunas e dificuldades, principalmente farmacológicas, que espero que sejam colmatadas com a experiência clínica. Gostaria de terminar deixando uma palavra de agradecimento à faculdade, aos docentes, profissionais de saúde, funcionários, aos meus colegas, amigos e familiares que me apoiaram ao longo deste percurso.

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I – Trabalhos elaborados no âmbito dos estágios parcelares

Estágio Tema Autor (es)

Cirurgia Geral Ciatalgia (In)conveniente

Beatriz Câmara, Cátia Coelho, Cláudia Rocha e

Sara Silva

Pediatria Ginecomastia na Adolescência - Fisiológico ou Patológico?

Alina Zhepko, Beatriz Câmara, Cláudia Rocha,

Inês Gomes e Fábio Simões Ginecologia e Obstetrícia Cefaleias Hormonais - Revisão teórica Cláudia Rocha Medicina Geral e Familiar Asma na Criança e no Adulto Cláudia Ferreira e Cláudia

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II - Atividades Extracurriculares

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D – Certificado de participação | A Imagiologia e o sistema músculo-esquelético: Do diagnóstico

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F – Certificado de participação | Violência e Maus Tratos a Crianças e Jovens – Da Notificação

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Referências

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