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índices séries estatísticas p. I-3 p. I-7 p. I-11 Nº 402 Março / 2014 FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISAS ECONÔMICAS

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Denise Cyrillo comenta o impacto da lei da Desoneração da Folha de Paga-mentos sobre os índices de Obras Públicas, em São Paulo. Graças à medida, os índices iniciam 2014 em patamares muito baixos. Em 15 anos (desde janeiro de 2000), este é o primeiro ano, por exemplo, em que o índice de Serviços Gerais inicia o ano projetando deflação. O acumulado de 12 meses projeta inflação abaixo da meta do Banco Central, pelo menos para os índices de Edificações e de Serviços Gerais. Não há dúvidas sobre o impacto redutor da inflação da medida, mas é incerto o efeito sobre o aumento do emprego formal e poderá ser muito negativo sobre a rentabilidade de algumas em-presas do setor da Construção.

Com a inflação bem distribuída entre os diversos grupos, a taxa de fevereiro alcança 0,52% e a taxa de inflação acumulada em 12 meses volta a subir. Sinais do impacto da seca sobre o preço dos alimentos sugerem que há de fato uma mudança de tendência na taxa de inflação acumulada.

Nº 402 Março / 2014

Índice de Preços ao Consumidor Índice de Preços de Obras Públicas

FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISAS ECONÔMICAS

issn

1678-6335

índices

séries estatísticas

Lei de Desoneração da Folha de

Pagamentos e os Índices de Obras Públicas em São Paulo

Denise Cavallini Cyrillo

Inflação Acumulada em 12 Meses Reverte a Tendência e Volta a Subir

Rafael Costa Lima

p. I-3

p. I-7

Nesta seção, são apresentadas as séries estatísticas Fipe (IPC e IPOP) de 2013 e 2014.

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Conheça o ICV Fipe

O índice de Preços ao Consumidor do Município de São Paulo é o mais tradicional indicador

da evolução do custo de vida das famílias paulistanas e um dos mais antigos do Brasil.

Começou a ser calculado em janeiro de 1939 pela Divisão de Estatística e

Documen-tação da Prefeitura do Município de São Paulo. Em 1968, a responsabilidade do cálculo

foi transferida para o Instituto de Pesquisas Econômicas da USP e, posteriormente em

1973, com a criação da FIPE, para esta instituição.

Informações sobre assinaturas:

: (11) 3767-1720

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INFORMAÇÕES FIPE É UMA PUBLICAÇÃO MENSAL DE CONJUNTURA ECONÔMICA DA FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISAS ECONÔMICAS – ISSN 1678-6335

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Diretor de Cursos José Carlos de Souza Santos

Pós-Graduação Pedro Garcia Duarte Secretaria Executiva Domingos Pimentel Bortoletto

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I

-Lei de Desoneração da Folha de Pagamentos e os Índices de

Obras Públicas em São Paulo

Denise Cavallini Cyrillo (*)

Em 2013, foi promulgada a Lei Nº 12.844, que determinou a desone-ração da folha de pagamentos ao reduzir os encargos sociais pelo des-locamento da contribuição patronal para o INSS, que era um porcentual sobre o salário base do trabalha-dor, para ser um porcentual sobre o faturamento da empresa. Essa lei não se aplica a todos os setores da Economia, mas incide, em

parti-cular, sobre empresas do setor da Construção Civil.1 Nesse

contex-to, os índices calculados pela FIPE, consideram que os encargos sociais sofreram deflação expressiva, em janeiro, quando a chamada Lei da Desoneração da Folha de Salários passou a vigorar, destoando do pa-tamar de variações observadas em 2013. Como se pode verificar pelo Gráfico 1, os índices que sofreram

o maior impacto foram o Índice de Edificações Gerais (-7,14%) e o Ser-viços Gerais com Predominância de Mão de Obra (-8,87%), tendo em vista o maior peso que os recursos humanos possuem nos orçamentos de tais tipos de obras. Para as obras pesadas o impacto foi mais modesto (TER: -0,86% e PAV: -0,76%).

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I

-Gráfico 1 – Índices de Obras Públicas: Variações Mensais e o Impacto da Lei 12.844/2013

Em fevereiro, os índices calculados pela FIPE registra-ram variações inferiores a 0,5% (Tabela 1). As maio-res variações foram observadas para as obras pesa-das. O índice de Terraplenagem registrou aumento de 0,41%, determinado pelo aumento dos equipamentos (0,68%), enquanto a mão de obra e os materiais contri-buíram para segurar os custos desse tipo de obra. As obras de Pavimentação apresentaram um reajuste de 0,30% pressionado pelo movimento do preço médio

dos materiais (0,34%). Os materiais também pressio-naram o Índice de Edificações Gerais (0,18%) e o de Serviços Gerais com Predominância de Mão de Obra (0,15%), com aumentos de 0,31% e 0,30%, respecti-vamente. No mês de referência, a mão de obra ficou praticamente estável, com variações marginais para mais (no IGE e no SGPMO) ou para menos (nas obras pesadas), em função de rotatividade.

Tabela 1 − Índices de Preços de Obras Públicas – Variação Mensal (%) – Fevereiro de 2014 – Considerando-se a Desoneração da Folha de Pagamentos

Índices Geral Materiais Equipamentos Serviços Mão de Obra

IGE 0,18 0,31 0,06 0,04 0,07

TER 0,41 0,21 0,68 - -0,05

PAV 0,30 0,34 0,30 - -0,04

SGPMO 0,15 0,30 - 0,04 0,07

Fonte: Banco de dados SIPOP/FIPE.

Obs.: IGE - Índice Geral de Edificações, TER - Índice de Obras de Terraplenagem, PAV - Índice de Obras de Pavimentação, SGPMO - Índice de Serviços Gerais com Predominância de Mão de Obra.

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I

-Tabela 2 − Índices de Preços de Obras Públicas por Setor – Variação Mensal e Acumulada nos Anos de 2014 e de 2013 (%)

IGE TER PAV

SETORES DE ATIVIDADES fev/14 jan/14 Acum 2014 Acum 2013 fev/14 fev/14

01- Extração Mineral (EM) 0,13 -0,39 -0,26 -0,34 0,19

02- Indústria de Minerais Não Metálicos (IMNM) -0,14 0,26 0,12 7,34 0,96 0,16 03- Indústria Metalúrgica (IMET) 0,96 0,95 1,92 9,12

04- Indústria Mecânica (IMEC) -0,02 3,82 3,79 2,35 0,92 0,45 05- Indústria Material Elétrico/Comunicações (IME/C) 0,87 0,70 1,58 9,05

06- Material de Transporte (MT) 0,09 1,41 1,51 4,44 0,00 0,17 07- Indústria de Madeira (IMAD) -0,39 0,86 0,47 8,04

08- Indústria da Borracha (IBORR) 0,17 1,34 1,51 4,42 0,38 1,00

09- Indústria Química (IQ) 0,29 0,55 0,84 9,45 0,15 0,40

10- Indústria de Produtos Plásticos (IPP) 0,84 0,62 1,46 7,65 11- Serviços da Construção (SC) 0,01 0,46 0,46 9,17

12- Energia Elétrica e Outros serviços Públicos (EE) 0,00

Fonte: Banco de dados SIPOP/FIPE.

A inflação acumulada de acordo com quatro períodos, para os quatro segmentos de obras públicas acompa-nhados pela FIPE, está demonstrada na Tabela 3, onde também se percebe o impacto da Lei de Desoneração da Folha de Pagamentos. No que tange ao longo prazo, a magnitude da inflação segundo tipo de obra mantém a mesma ordem já comentada anteriormente: o índice PAV permanece com a liderança no rank. Pelo acumu-lado desde 2004, o PAV foi deslocado da primeira po-sição para a terceira, registrando agora uma diferença de 13pp, em relação ao SGPMO – o líder desse período – menor do que se vinha observando (30pp em relação a dezembro de 2013).

Para a inflação de 12 meses, verifica-se uma mudança significativa. O IGE e o SGPMO, que vinham projetan-do níveis mais elevaprojetan-dos projetan-do que o PAV e relativamente próximos ao do TER, ficaram nas terceira e quarta posições, respectivamente, com o SGPMO sinalizando inclusive deflação, evidentemente graças ao impacto da redução dos encargos sociais. Examinando-se esse indicador ao longo de 2013 (Gráfico 2), observa-se que, com exceção do índice de Pavimentação, os demais partiram de patamares elevados (em torno de 7,5%) e finalizaram o ano com mais de 8% de inflação. No cor-rente ano, ao contrário, o acumulado de 12 meses está em patamares bem mais modestos, com uma única exceção, a do índice de Terraplenagem, que projeta, em No que tange ao movimento dos preços de insumos

da construção civil segundo setores de atividades, a Tabela 2 mostra que, no mês de referência, três seto-res enfrentaram deflação entre -0,39% (Indústria de Madeira) e – 0,02% (Indústria Mecânica), em relação aos insumos utilizados nas obras de edificações. Os maiores aumentos foram registrados para a Indústria

Metalúrgica (0,96%), para a Indústria de Materiais Elétricos e de Comunicação (0,87%) e Indústria de Materiais Plásticos (0,84%). Nas obras pesadas, a In-dústria Mecânica pressionou os índices, com 0,92% (para o TER) e 0,45% (para o PAV). Também a Indús-tria de Minerais Não Metálicos pressionou o índice de terraplenagem com aumento de 0,96%.

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-fevereiro de 2014, uma inflação de 7,76%, em desacele-ração, como se visualiza no Gráfico 2.

Os dois primeiros meses de 2014 acumulam deflação, não importando o tipo de obra, ainda que para as de edificações e de serviços gerais a queda seja mais ex-pressiva.

Sem dúvida, a Lei Nº 12.844/2013 terá impacto redu-tor dos níveis de inflação do seredu-tor de obras públicas. O resultado sobre o nível de emprego formal da eco-nomia e competitividade das empresas, todavia, é

in-certo2, haja vista que o deslocamento da contribuição

patronal incidente sobre a folha de pagamentos, para incidir sobre o faturamento, para muitas empresas

será de fato uma penalização e não uma redução de custos. Muitas empresas do setor subcontratam ou-tras, possuindo, assim, uma folha de pagamentos re-lativamente pequena em comparação ao faturamento.

Tabela 3 −Índices de Preços de Obras Públicas – Variações Acumuladas (%)

Meses IGE TER PAV SGPMO

Abr/1994 – Fev /2014 403,95 325,36 536,50 446,44 Abr/2004 – Fev /2014 86,80 53,69 75,50 88,60 Mar/2013 – Fev /2014 0,44 7,76 2,46 -1,05 Jan /2014 – Fev /2014 -6,97 -0,45 -0,46 -8,73

Fonte: Banco de dados SIPOP/FIPE.

Gráfico 2 – Inflação Acumulada de 12 Meses: Índices de Preços de Obras Públicas e Serviços Gerais

1 Cuja atividade principal esteja enquadrada nos grupos: 412, 432, 433 3 439 da CNAE 2.0.

2 Ver as discussões de CINTRA, M. Desoneração da folha e

competi-tividade. Siderurgia Brasil, 2011, e de LUCHESI Jr. Progressividade da tributação e desoneração da folha de pagamentos: elementos para

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-Inflação Acumulada em 12 Meses Reverte a Tendência e Volta a

Subir

Rafael Costa Lima (*)

A inflação medida pelo IPC-FIPE registrou alta de 0,52% em fevereiro de 2014. A taxa foi inferior à re-gistrada em janeiro de 2014 (0,94%), mas foi superior à registrada em fevereiro de 2013 (0,22%). A desacele-ração com relação a janeiro foi observada já na

primei-ra quadrissemana (0,86%), seguida de novas quedas na segunda e terceira quadrissemanas – respectiva-mente 0,73% e 0,58%. A evolução do IPC-FIPE e seus grupos componentes nos últimos 12 meses pode ser observada na Tabela 1 abaixo.

Tabela 1 – Evolução do IPC-FIPE e Seus Grupos Componentes nos Últimos 12 Meses

Acumulado

IPC - FIPE Mar/13 Abr/13 Mai/13 Jun/13 Jul/13 Ago/13 Set/13 Out/13 Nov/13 Dez/13 Jan/14 Fev/14 Mar/13 a Fev/14 % % % % % % % % % % % % % Índice Geral -0,17 0,28 0,10 0,32 -0,13 0,22 0,25 0,48 0,46 0,65 0,94 0,52 3,97 Habitação -1,05 0,25 -0,01 0,33 0,40 0,44 0,28 0,17 0,44 0,56 0,57 0,49 2,91 Alimentação 0,77 0,20 -0,28 -0,05 -0,40 -0,02 -0,01 1,20 0,80 0,65 0,70 0,51 4,14 Transportes 0,28 0,28 0,04 0,92 -1,30 -0,11 0,12 0,14 -0,02 0,90 0,60 0,49 2,34 Despesas Pessoais -1,02 -0,12 0,30 0,28 0,45 0,63 0,24 0,86 0,74 0,79 1,96 0,83 6,10 Saúde 0,25 1,31 0,94 0,13 0,33 0,83 0,72 0,46 0,49 0,35 0,34 0,68 7,12 Vestuário 0,44 0,19 0,88 0,12 -0,26 -0,60 1,11 -0,19 0,34 0,83 -0,25 -0,02 2,72 Educação 0,13 0,18 0,03 0,11 0,06 0,09 0,09 0,12 0,12 0,07 6,95 0,41 7,39

Fonte: Base de dados do IPC-FIPE.

A Tabela 1 revela que, com exceção de Vestuário, todos os demais grupos contribuíram para a inflação de fevereiro. Em Habitação, pesou bastante a alta do Im-posto Predial, o IPTU, que foi de 6,16% em média. Mas também contribuíram a Energia Elétrica (0,81%), por conta da variação da alíquota do Pis/Cofins, o Serviço Doméstico (2,08%), o Aluguel (0,67%) e o reajuste da Água/Esgoto (0,66%). Por outro lado, Aparelhos de Imagem e Som apresentaram queda de -1,51%, puxa-dos pela queda no preço do Televisor (-1,87%).

Em Alimentação, a pressão esteve concentrada nos Produtos In Natura, que subiram 7,21%. O destaque deste subgrupo são as verduras, com alta de 23,41%,

especialmente pelo Alface (28,43%). Pesou também a alta dos Legumes (9,34%), Frutas (4,98%) e Ovos (3,63%). Nos Legumes, pesaram as fortes altas do Chuchu (48,38%) e Vagem (39,83%). Nas Frutas, os destaques são a Laranja (8,10%), as frutas de época (12,61%) e a Melancia (23,95%). Por outro lado, as quedas dos Semielaborados (-1,89%) e Industrializa-dos (-0,17%) contribuíram para manter a inflação de Alimentos num patamar moderado. Nos Semielabo-rados, pesaram as quedas das Aves (-5,35%), Leites (-3,93%) e Cereais (-0,98%), este último por causa da queda do Feijão, de -4,69%. Nos Industrializados, os destaques são as quedas dos Derivados de Carne (-1,01%) e Adoçantes (-2,95%).

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-Em Transportes, as pressões vieram do Licenciamento (1,62%), do Automóvel Novo (0,72%), do Seguro do Veículo (1,72%) e do Etanol (1,54%). Em Despesas Pes-soais, as maiores pressões foram o Perfume/Colônia (19,19%) e as Passagens Aéreas (4,92%). Em Saúde, os Contratos de Assistência Médica (0,81%) respondem pela maior parte da alta, mas os Remédios (0,54%) já vêm subindo antes mesmo dos reajustes concedidos pela ANS. Em Educação, a pressão foi muito inferior à de janeiro, mas ainda significativa devido aos

reajus-tes dos Outros Cursos (2,32%), que incluem cursos de informática e cursos de idiomas.

Os itens com maior variação no IPC-FIPE em fevereiro são apresentados no Gráfico 1 a seguir. O Imposto Pre-dial (6,16%), o Alface (28,43%) e o Perfume/Colônia (19,19%) são as três maiores altas do mês. Em segui-da, temos Energia Elétrica (0,81%), Frutas de Época (12,61%) e Contratos de Assistência Médica (0,81%), todos estes já comentados acima.

Gráfico 1 – Itens de Maior Impacto Ponderado no IPC-FIPE em Fevereiro de 2014

Fonte: Base de dados do IPC-FIPE.

Outra informação fornecida pelo Gráfico 1 é que, des-considerando o peso dos seis itens de maior alta, os demais itens do IPC-FIPE apresentaram alta de 0,28 p.p. o que sugere que a pressão inflacionária estaria relativamente bem distribuída entre diversos itens.

Entretanto, esta informação não é confirmada pelo índice de difusão, apresentado no Gráfico 2 a seguir. O Gráfico 2 mostra uma significativa redução no índice de difusão, para um patamar inferior ao registrado em fevereiro de 2013.

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-Gráfico 2 – Série do Índice de Difusão do IPC-FIPE

Fonte: Base de dados do IPC-FIPE.

A inflação dos serviços seguiu acima da inflação geral com alta de 0,72% em fevereiro, como pode ser obser-vado da Tabela 2 a seguir. Assim como o IPC-FIPE, o IGS desacelerou com relação a janeiro. A taxa acumu-lada em 12 meses alcançou 3,97%. Os recortes especí-ficos dos IGS apresentaram variação mais próxima do que na tendência recente, com o IGS – Administrados subindo 0,64% e o IGS – Intensivo em Trabalho subin-do 0,74%. Entretanto, no acumulasubin-do em 12 meses, os

dois índices seguem em trajetórias completamente distintas, com os serviços administrados registrando queda de -1,76% e os serviços intensivos em trabalho subindo 8,70%. A tendência é o IGS voltar a acelerar na taxa acumulada em 12 meses no mês de março, dado que este índice apresentou variação negativa de -0,99% em março de 2013, devido a redução da tarifa de energia elétrica nesta ocasião.

Tabela 2 – Evolução do Índice Geral de Serviços e Seus Recortes Específicos nos Últimos 12 Meses

Acumulado Mar/13 Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan/14 Fev 12 meses

Índice Geral - IPC -0,17 0,28 0,10 0,32 -0,13 0,22 0,25 0,48 0,46 0,65 0,94 0,52 3,97

Índice de Serviços (IGS) -0,99 0,15 0,10 0,85 0,00 0,48 0,27 0,32 0,39 0,56 1,06 0,72 3,97 IGS – Administrados -2,42 -0,31 -0,57 1,37 -0,92 0,13 -0,02 -0,13 0,05 0,06 0,40 0,64 -1,76 IGS – Intensivo em trabalho 0,83 0,71 0,55 0,47 0,52 0,48 0,42 0,38 0,58 0,55 2,14 0,74 8,70

Fonte: Base de dados do IPC-FIPE.

Neste mês de fevereiro, completou um ano que a re-dução da tarifa de Energia Elétrica começou a che-gar nas contas dos consumidores. Os impactos no IPC-FIPE foram distribuídos principalmente entre

fevereiro e março de 2013. Por conta disso, a taxa de inflação acumulada em 12 meses voltou a subir, alcançando 3,97%, como pode ser observado no Grá-fico 3 a seguir.

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I

-Assim como o IGS, o IPC-FIPE deve seguir acelerando no próximo mês, especialmente porque em março de 2013 houve deflação de -0,15%, o que não deve se re-petir este ano. Há ainda o problema da estiagem que assola o país neste início de ano. Aparentemente, os impactos nos preços dos Produtos In Natura já teriam relação com este fenômeno, mas a tendência é que afetem outros tipos de alimentos, como carnes, grãos e leites, além do etanol. Se isto se confirmar, teremos uma aceleração na inflação de alimentos no curto

prazo, com impactos fortes sobre o Índice Geral. (E-mail: rafaelcostalima@usp.br).(*) Professor Doutor da FEA-USP.

Gráfico 3 – Série da Taxa de Inflação do IPC-FIPE Acumulada em 12 Meses

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-Índices de Preços de Obras Públicas – Março de 1994 = 100

Edificações Pavimentação Terraplenagem Serv. Gerais

Geral Mat.

Constr. Mão de Obra Equip. Geral Constr.Mat. Mão de Obra Equip. Geral Constr.Mat. Mão de Obra Equip. Predom. M. O . Fev/13 501.745 437.725 623.131 355.699 621.248 696.973 631.929 337.585 394.743 601.072 659.073 270.724 552.239 Mar 503.565 439.936 624.025 353.790 622.803 698.870 634.194 337.615 397.4113 612.334 661.621 270.367 553.999 Abr 505.991 444.232 624.368 355.266 622.911 699.123 634.471 337.139 397.688 609.504 662.827 271.536 556.136 Maio 530.106 446.911 682.735 355.036 629.556 701.854 695.565 335.863 403.755 609.643 728.711 271.930 588.486 Jun 532,135 448,166 684,222 356,078 630,454 702,415 698,322 337,207 409,520 610,227 730,866 279,617 590,535 Jul 532,132 449,449 682,290 357,750 630,606 702,870 694,971 337,682 413,336 611,314 727,720 285,033 590,169 Ago 534,523 453,052 682,993 357,936 631,441 703,627 696,997 338,305 417,470 613,425 730,723 289,786 592,514 Set 537.622 458.953 683.487 360.663 631.940 704.284 695.818 338.912 416.908 613.932 729.715 288.945 595.405 Out 540.058 463.442 683.028 361.197 634.007 707.260 695.759 338.582 413.065 615.154 730.115 283.025 597.469 Nov 541.252 464.920 682.625 361.139 634.728 708.150 695.226 339.192 416.269 616.319 730.074 287.172 598.502 Dez 541.686 465.704 682.646 361.672 639.422 714.633 695.117 339.365 427.283 649.846 728.899 291.348 598.713 Jan/14 503,028 468,253 579,343 371,651 634,577 717,587 590,431 346,531 423,608 652,239 618,872 298,843 545,622

Índices de Preços ao Consumidor no Município de São Paulo – Julho de 1994 = 100

Alimentação Habitação Transportes

Índice Geral Geral Industr. Semi

Elaborado NaturaIn Geral Aluguel Geral

Veículo

Próprio ColetivoTransp. Despesas Pessoais Vestuário Saúde Educação Mar/13 374.4732 350.6916 267.6149 378.8374 401.1551 443.8486 894.2408 519.0537 403.0303 684.5370 339.0362 136.8582 534.6662 588.9220 Abr 375.5045 351.4014 267.8635 371.8324 414.6416 444.9631 899.6107 520.4940 404.6054 684.5370 338.6225 137.1136 541.6773 589.9785 Maio 375.8703 350.4266 267.2209 370.3078 409.6414 444.9408 906.0096 520.7048 404.8841 684.5370 339.6438 138.3181 546.7929 590.1709 Jun 377.0610 350.2399 267.4443 370.8559 402.7336 446.4220 915.6595 525.4984 402.3459 717.8294 340.7113 138.6375 547.8416 590.2157 Jul 376.5663 348.8221 267.0926 372.6130 386.8510 448.2207 921.1434 518.6754 402.8843 686.0798 342.2408 138.2790 549.6320 590.5687 Ago 377.4396 348.7670 266.8904 372.5998 384.6452 450.3170 926.8867 518.1152 402.6554 686.0798 344.3880 137.4530 554.1758 591.1055 Set 378.3537 348.7373 267.7095 379.3461 365.2845 451.4642 931.9716 518.7230 403.4370 686.0798 345.1994 138.9753 558.1648 591.6499 Out 380.1778 352.9250 270.3226 387.7228 367.1131 452.2140 938.5486 519.4461 404.1369 686.0798 348.1557 138.7168 560.7373 592.3356 Nov 381.9304 355.7420 274.7870 386.7771 366.5642 454.1898 945.3793 519.3214 405.1780 686.0798 350.7184 139.1840 563.4732 593.0607 Dez 384.4068 358.0583 276.6459 384.7268 375.3526 456.7337 950.8389 524.0025 411.9518 686.0798 353.4902 140.3429 565.4515 593.4847 Jan/14 388.0160 360.5783 278.0876 382.7397 390.9823 459.3453 954.6204 527.1549 413.6931 687.4856 360.4331 139.9871 567.3961 634.7058 Fev 390.0352 362.4165 277.6040 375.4910 419.1651 461.6048 961.0201 529.7148 415.6726 687.9304 363.4272 139.9655 571.2816 637.3246

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