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Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil da 8ª RF

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Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil

da 8ª RF

Solução de Consulta nº 312 - SRRF08/Disit Data 29 de novembro de 2011

Processo *****

Interessado *****

CNPJ/CPF *****

ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL

- COFINS

CRÉDITO. DESPESAS ALFANDEGÁRIAS, FRETE E ARMAZENAGEM NA AQUISIÇÃO DE INSUMOS IMPORTADOS.

O direito ao crédito a que se refere o art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003, aplica-se, exclusivamente, em relação aos bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País e aos custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurídica domiciliada no País.

O desconto de créditos, no caso de importações de bens sujeitas ao pagamento da Cofins-Importação, sujeita-se ao disposto no art. 15, § 3º, da Lei nº 10.865, de 2004, que determina que a base de cálculo para a apuração desses créditos

corresponde ao valor aduaneiro, calculado na forma do art. 7o, I, desta mesma

Lei, acrescido do valor do IPI vinculado à importação, quando integrante do custo de aquisição.

Assim, os gastos com despesas alfandegárias (capatazia, inspeção portuária, taxas etc.), frete e armazenagem relativos a insumos importados não gera direito a crédito da Cofins, em razão de seu valor, por expressa disposição de lei, não fazer parte da base de cálculo de apuração de tal crédito.

Dispositivos Legais: Lei nº 10.833, de 2003, art. 3º; Lei nº 10.865, de 2004, arts.

1º, 7º e 15; Decreto nº 3.000, de 1999, art. 289.

ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP

CRÉDITO. DESPESAS ALFANDEGÁRIAS, FRETE E ARMAZENAGEM NA AQUISIÇÃO DE INSUMOS IMPORTADOS.

O direito ao crédito a que se refere o art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002, aplica-se, exclusivamente, em relação aos bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País e aos custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurídica domiciliada no País.

O desconto de créditos, no caso de importações de bens sujeitas ao pagamento da Contribuição para o PIS-Importação, sujeita-se ao disposto no art 15, § 3º, da Lei nº 10.865, de 2004, que determina que a base de cálculo para a apuração desses

créditos corresponde ao valor aduaneiro, calculado na forma do art. 7o, I, desta

mesma Lei, acrescido do valor do IPI vinculado à importação, quando integrante do custo de aquisição.

(2)

crédito da Contribuição ao PIS/Pasep, em razão de seu valor, por expressa disposição de lei, não fazer parte da base de cálculo de apuração de tal crédito.

Dispositivos Legais: Lei nº 10.637, de 2002, art. 3º; Lei nº 10.865, de 2004, arts

1º, 7º e 15; Decreto nº 3.000, de 1999, art. 289.

DOCUMENTO FORNECIDO EM CUMPRIMENTO À LEI DE ACESSO A INFORMAÇÃO. REGISTRE-SE QUE A PUBLICAÇÃO, NA IMPRENSA OFICIAL, DE ATO NORMATIVO SUPERVENIENTE MODIFICA AS CONCLUSÕES EM CONTRÁRIO CONSTANTES EM

SOLUÇÕES DE CONSULTA OU EM SOLUÇÕES DE DIVERGÊNCIA,

INDEPENDENTEMENTE DE COMUNICAÇÃO AO CONSULENTE (arts. 99 e 100 do Decreto nº 7.574, de 29 de setembro de 2011).

Relatório

Em petição protocolizada na data de 25 de fevereiro de 2010, a pessoa jurídica acima identificada, empresa dedicada ao ramo de atividade de fabricação de resinas termoplásticas, por intermédio de seu procurador, formulou consulta relativa à legislação tributária federal, questionando, em síntese, sobre o aproveitamento de créditos da contribuição ao PIS/Pasep e da Cofins referentes aos dispêndios de despesas alfandegárias (taxas, capatazia, inspeção portuária e sobrestadia de container), frete e armazenagem de insumos importados.

Fundamentos

2. Da exposição feita pela consulente depreende-se que sua dúvida consiste em saber se poderia apurar créditos a serem descontados no cálculo da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins pelo regime de incidência não-cumulativa, tendo por base o art. 3º, II, da Lei nº 10.637, de 2002, e o art. 3º, II, da Lei nº 10.833, de 2003, respectivamente, relativamente ao valor das despesas alfandegárias decorrentes da importação de insumos, do frete contratado para transportar mercadorias importadas do local do desembaraço aduaneiro até o estabelecimento do adquirente e das despesas de armazenagem incorridas na importação. 3. A Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, em seu artigo 3º, inciso I, após alterações pelo art. 25 da Lei nº 10.684, de 30 de maio de 2003, e pelo art. 37 da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004, ao dispor sobre a não-cumulatividade na cobrança da contribuição para os Programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), assim estabelece:

“Art. 3º Do valor apurado na forma do art. 2º a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em relação a:

I - bens adquiridos para revenda, exceto em relação às mercadorias e aos produtos referidos: (Redação dada pela Lei nº 10.865, de 2004)

(3)

a) nos incisos III e IV do § 3o do art. 1o desta Lei; e (Incluído pela Lei nº 10.865, de 2004)(Vide Medida Provisória nº 413, de 2008) (Vide Lei nº 11.727, de 2008).

b) no § 1o do art. 2o desta Lei; (Incluído pela Lei nº 10.865, de 2004)

b) nos §§ 1o e 1o-A do art. 2o desta Lei; (Redação dada pela lei nº 11.787, de 2008)

II - bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços e na

produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive

combustíveis e lubrificantes, exceto em relação ao pagamento de que trata o art. 2º da Lei no 10.485, de 3 de julho de 2002, devido pelo fabricante ou importador, ao concessionário, pela intermediação ou entrega dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da TIPI;

III - (VETADO)

IV – aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa jurídica, utilizados nas atividades da empresa;

V - valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa jurídica, exceto de optante pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES;

VI - máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros ou para utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços.

VII - edificações e benfeitorias em imóveis de terceiros, quando o custo, inclusive de mão-de-obra, tenha sido suportado pela locatária;

VIII - bens recebidos em devolução, cuja receita de venda tenha integrado faturamento do mês ou de mês anterior, e tributada conforme o disposto nesta Lei.

IX - energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica.

X - vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que explore as atividades de prestação de serviços de limpeza, conservação e manutenção.

§(...)

§ 3o O direito ao crédito aplica-se, exclusivamente, em relação:

I - aos bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País;

II - aos custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurídica domiciliada no País;

III - aos bens e serviços adquiridos e aos custos e despesas incorridos a partir do mês em que se iniciar a aplicação do disposto nesta Lei.(g.n.)

(4)

sobre a não-cumulatividade na cobrança da contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), assim estabeleceu:

“Art. 3º Do valor apurado na forma do art. 2º a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em relação a:

I - bens adquiridos para revenda, exceto em relação às mercadorias e aos produtos referidos: (Redação dada pela Lei nº 10.865, de 2004)

a) nos incisos III e IV do § 3o do art. 1o desta Lei; e (Incluído pela Lei nº 10.865, de 2004)(Vide Medida Provisória nº 413, de 2008) (Vide Lei nº 11.727, de 2008).

b) no § 1o do art. 2o desta Lei; (Incluído pela Lei nº 10.865, de 2004)

b) nos §§ 1o e 1o-A do art. 2o desta Lei; (Redação dada pela lei nº 11.787, de 2008)

II - bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive

combustíveis e lubrificantes, exceto em relação ao pagamento de que trata o art. 2º da Lei no 10.485, de 3 de julho de 2002, devido pelo fabricante ou importador, ao concessionário, pela intermediação ou entrega dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da TIPI;

III - energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica;

IV - aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa jurídica, utilizados nas atividades da empresa;

V - valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa jurídica, exceto de optante pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES;

VI - máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou para utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços;

VII - edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas atividades da empresa;

VIII - bens recebidos em devolução cuja receita de venda tenha integrado faturamento do mês ou de mês anterior, e tributada conforme o disposto nesta Lei;

IX - armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos dos incisos I e II, quando o ônus for suportado pelo vendedor.

X - vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que explore as atividades de prestação de serviços de limpeza, conservação e manutenção.

§ (...)

(5)

I - aos bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País;

II - aos custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurídica domiciliada no País;

III - aos bens e serviços adquiridos e aos custos e despesas incorridos a partir do mês em que se iniciar a aplicação do disposto nesta Lei.(g.n.)

5. Da própria observação das supra transcritas disposições legais, resta nítido que à consulente aplicam-se as disposições do inciso I, do §3º do art.3º das Leis nº 10.637, de 2002, e nº 10.833, de 2003, ou seja, pode a consulente proceder à apuração de créditos de Cofins e de Contribuição para o PIS/Pasep em relação a insumos adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País.

6. Como já mencionado, questiona a consulente, no presente processo, sobre a possibilidade de apuração de créditos em relação a despesas alfandegárias, de frete e de armazenagem de insumos importados.

7. Nesse sentido, é de se ressaltar que o direito a crédito estabelecido pelo art.3º tanto da Lei nº 10.637, de 2002, como da Lei nº 10.833, de 2003, aplica-se, exclusivamente,

em relação aos bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País, como estabelecem de forma expressa os mandamentos do §3º daquele artigo.

8. Portanto, tratando-se de mercadoria adquirida de pessoa jurídica não

domiciliada no País, não há como apurar créditos em relação ao seu custo de aquisição,

ou seja, não há como se cogitar da apuração de créditos a partir, por exemplo, de tributos não recuperáveis devidos na importação, de gastos com desembaraço aduaneiro e com transporte e seguro até o estabelecimento do contribuinte, conhecidas as previsões do art. 289 do Regulamento do Imposto de Renda (RIR), Decreto nº 3.000, de 1999

9. Vale notar que é irrelevante o fato de os gastos com despesas alfandegárias, frete e armazenagem da consulente, por exemplo, serem ou não efetuados com a contratação de pessoa jurídica domiciliada no País, dado que, por si, tais gastos não constituem qualquer hipótese prevista de créditos, isto é, não há como tais gastos ensejarem apuração de créditos na forma do art. 3º, II, da Lei nº 10.637, de 2002, e da Lei nº 10.833, de 2003, visto que ainda que possam compor o custo de aquisição de bens adquiridos de pessoa jurídica não domiciliada no País, tal custo de aquisição não gera direito a créditos, por força do § 3º do mesmo art.3º das Leis nº 10.637, de 2002, e nº 10.833, de 2003.

10. Em outras palavras, para fins de apuração de crédito da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins em relação a bens importados para revenda, não tem relevância o custo total do bem importado, uma vez que o art. 15 , § 3º da Lei nº 10.865, de 2004, expressamente determina que a base de cálculo de tais créditos corresponde apenas o valor aduaneiro na forma definida no art. 7º da mesma lei, acrescido do valor do IPI vinculado à importação, quando integrante do custo de aquisição.

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11. Há que se ter claro,ainda, que a inexistência de possibilidade legal de apuração de créditos, na forma do art. 3º das Leis nºs 10.637, de 2002 e 10.833, de 2003, em relação a bens adquiridos de pessoa jurídica não domiciliada no País, em nada obsta a apuração de créditos de Cofins-Importação e da Contribuição ao PIS/Pasep - Importação, na forma do art. 15 da Lei nº 10.865, de 2004, desde que cumpridas as disposições previstas na mesma.

Conclusão

12. Em face dos aspectos legais discutidos e das considerações supra, responde-se à consulente que inexiste na Lei nº 10.637, de 2002 e na Lei nº 10.833, de 2003, fundamento para a apuração de créditos de Cofins e de contribuição para o PIS/Pasep a partir do custo de aquisição de insumos importados.

12.1. O direito a crédito estabelecido pelo art. 3º das Leis nº 10.637, de 2002 e nº 10.833, de 2003, aplica-se, exclusivamente, em relação aos bens e serviços adquiridos de

pessoa jurídica domiciliada no País, como estabelecem de forma expressa os mandamentos

do §3º daquele artigo. Portanto, tratando-se de mercadoria adquirida de pessoa jurídica

não domiciliada no País, não há como apurar créditos em relação ao seu custo de aquisição, ou seja, não há como se cogitar da apuração de créditos a partir, por exemplo, de

tributos não recuperáveis devidos na importação, de gastos com desembaraço aduaneiro e com transporte, armazenagem e seguro até o estabelecimento do contribuinte.

12.2. Note-se que a inexistência de possibilidade legal de apuração de créditos, na forma do art. 3º das Leis nº 10.637, de 2002 e nº 10.833, de 2003, em relação a bens adquiridos de pessoa jurídica não domiciliada no País, em nada obsta a apuração de créditos de Contribuição ao PIS/Pasep – Importação e de Cofins-Importação, na forma do art.15 da Lei nº10.865, de 2004, desde que atendidas todas as condições previstas na mesma.

Ordem de Intimação

Encaminhe-se ao *****, para conhecimento, ciência à interessada e demais providências cabíveis.

(assinado digitalmente)

______________________________________________ EDUARDO NEWMAN DE MATTERA GOMES

Chefe da Divisão de Tributação

Portaria SRRF 0800/P Nº 2.217/2009 (DOU de 18/09/2009)

Competência Delegada pela Portaria SRRF 08/G 86/2009 (DOU de 1º/12/2009)

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