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Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil da 8ª RF

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Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil da 8ª RF

Solução de Consulta nº 304 - SRRF08/Disit Data 25 de agosto de 2010

Processo *****

Interessado *****

CNPJ/CPF *****

ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE

SOCIAL - COFINS

TRIBUTAÇÃO RECEITA FINANCEIRA. REDUÇÃO PARA ALÍQUOTA ZERO.

A redução a zero da alíquota da Cofins, incidente sobre as receitas financeiras auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não-cumulativo dessa contribuição, aplica-se, também, às pessoas jurídicas que tenham apenas parte de suas receitas submetidas à sistemática da não- cumulatividade.

Dispositivos Legais: Lei n.º 10.865, de 2004, art. 27; e Decreto n.º 5.442, de 2005, art. 1.º, parágrafo único, inciso II.

ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP

TRIBUTAÇÃO RECEITA FINANCEIRA. REDUÇÃO PARA ALÍQUOTA ZERO.

A redução a zero da alíquota da Contribuição para o PIS/Pasep, incidente sobre as receitas financeiras auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não-cumulativo, aplica-se, também, às pessoas jurídicas que tenham apenas parte de suas receitas submetidas à sistemática da não-cumulatividade.

Dispositivos Legais: Lei n.º 10.865, de 2004, art. 27; e Decreto n.º 5.442, de 2005, art. 1.º, parágrafo único, inciso II.

DOCUMENTO FORNECIDO EM CUMPRIMENTO À LEI DE ACESSO A INFORMAÇÃO. REGISTRE-SE QUE A PUBLICAÇÃO, NA IMPRENSA OFICIAL, DE ATO NORMATIVO SUPERVENIENTE MODIFICA AS CONCLUSÕES EM CONTRÁRIO CONSTANTES EM SOLUÇÕES DE CONSULTA OU EM SOLUÇÕES DE DIVERGÊNCIA, INDEPENDENTEMENTE DE COMUNICAÇÃO AO CONSULENTE (arts. 99 e 100 do Decreto nº 7.574, de 29 de setembro de 2011).

(2)

Relatório

1. Em processo protocolizado em *****, a pessoa jurídica acima identificada, por intermédio do seu procurador, formula consulta sobre a aplicação/interpretação da legislação tributária federal referente à contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins.

2. Após citar e transcrever o art. 1º do Decreto nº 5.442, de 2005, questiona se uma empresa do ramo da construção civil, que por força do art. 10, XX, da Lei nº 10.833, de 2003, permanece sujeita ao regime de apuração cumulativa da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins deve excluir as receitas financeiras da base de cálculo destas contribuições.

Fundamentos

3. As Leis nº 10.637 de 30 de dezembro de 2002, e nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, ao instituírem o regime de apuração não-cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, que passou a ser a regra geral de apuração dessas contribuições, criaram duas formas de exceção à regra geral.

4. Atualmente as exceções ao regime de apuração não-cumulativa tanto da Contribuição para o PIS/Pasep como da Cofins, são aquelas dos incisos do art. 8º da Lei nº 10.637, de 2002, e dos incisos do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003. Ressalte-se que, embora o texto do art. 8º seja mais reduzido do que o do art. 10, existe a extensão dos incisos posteriormente incluídos do art. 10 para a contribuição para o PIS/Pasep por força do inciso V do art. 15 da Lei nº 10.833, de 2003. Passa-se ao estudo das duas formas de exceção ao regime da não-cumulatividade.

5. A primeira delas exclui do regime de apuração não-cumulativa determinadas pessoas jurídicas. Assim, em função do objeto social ou de aspectos específicos - por exemplo, ser imunes a impostos ou tributadas pelo Imposto de Renda (IR) com base no lucro presumido- certas pessoas jurídicas permanecem sujeitas às normas da legislação anteriores à instituição da não-cumulatividade, ou seja, ao normativo que passou a ser denominado de regime de apuração cumulativo.

6. A segunda forma de exceção não tem correlação com qualquer característica das pessoas jurídicas, sendo que a vinculação dá-se em relação à atividade econômica que gerou o auferimento de receita. Verifica-se que o fato gerador, nos dois regimes de apuração, é o auferimento de receita, sendo que receitas específicas foram excluídas do regime de apuração não-cumulativa, devendo, portanto, submeter-se ao regime de apuração pré-existente à instituição do novo regime.

7. Assim, uma vez que a consulente não se enquadra na primeira exceção, visto tratar-se de pessoa jurídica que apura o imposto de renda com base no lucro real, ela é compulsoriamente submetido ao regime de apuração não-cumulativo das referidas contribuições. O fato de auferir alguma receita excluídas do regime de apuração não- cumulativa não a torna pessoa jurídica sujeita ao regime de apuração cumulativa, mesmo que essa seja a única receita por ela auferida em determinado período de apuração.

8. Nesse ponto cabe esclarecer que as receitas financeiras não constam entre as receitas excluídas do regime de apuração não-cumulativa. Logo, tais receitas seguirão a normativa a que estiver submetida a pessoa jurídica; ou seja, se a pessoa jurídica estiver sujeita à não-cumulatividade, às suas receitas aplica-se o regramento deste regime. De forma análoga procede-se se a pessoa jurídica estiver sujeita à cumulatividade.

(3)

9. As Leis nº10.637, de 2002, e nº 10.833, de 2003, definiram a base de cálculo da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins nos seguintes termos:

Lei nº 10.637, de 2002 (PIS/Pasep)

“Art. 1o A contribuição para o PIS/Pasep tem como fato gerador o faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil.

§ 1o Para efeito do disposto neste artigo, o total das receitas compreende a receita bruta da venda de bens e serviços nas operações em conta própria ou alheia e todas as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica.

§ 2o A base de cálculo da contribuição para o PIS/Pasep é o valor do faturamento, conforme definido no caput.

§ 3o Não integram a base de cálculo a que se refere este artigo, as receitas:

I - decorrentes de saídas isentas da contribuição ou sujeitas à alíquota zero;

II - (VETADO)

III - auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de substituta tributária;

IV - de venda dos produtos de que tratam as Leis no 9.990, de 21 de julho de 2000, no 10.147, de 21 de dezembro de 2000, ou quaisquer outras submetidas à incidência monofásica da contribuição;

IV - de venda de álcool para fins carburantes; (Redação dada pela Lei nº 10.865, de 2004)(Vide Medida Provisória n° 413, de 3 de janeiro de 2008)

V - referentes a:

a) vendas canceladas e aos descontos incondicionais concedidos;

b) reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda, que não representem ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição, que tenham sido computados como receita.

VI–não operacionais, decorrentes da venda de ativo imobilizado. (Incluído pela Lei nº 10.684, de 30.5.2003)

Lei nº 10.833, de 2003 (Cofins)

Art. 1o A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, com a incidência não-cumulativa, tem como fato gerador o faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil.

§ 1o Para efeito do disposto neste artigo, o total das receitas compreende a receita bruta da venda de bens e serviços nas operações em conta própria ou alheia e todas as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica.

§ 2o A base de cálculo da contribuição é o valor do faturamento, conforme definido no caput.

§ 3o Não integram a base de cálculo a que se refere este artigo as receitas:

I - isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas à alíquota 0 (zero);

II - não-operacionais, decorrentes da venda de ativo permanente;

(4)

III - auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de substituta tributária;

IV - de venda dos produtos de que tratam as Leis nos 9.990, de 21 de julho de 2000, 10.147, de 21 de dezembro de 2000, 10.485, de 3 de julho de 2002, e 10.560, de 13 de novembro de 2002, ou quaisquer outras submetidas à incidência monofásica da contribuição;

IV - de venda de álcool para fins carburantes; (Redação dada pela Lei nº 10.865, de 2004)(Vide Medida Provisória n° 413, de 3 de janeiro de 2008)

V - referentes a:

a) vendas canceladas e aos descontos incondicionais concedidos;

b) reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda que não representem ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição que tenham sido computados como receita.”

9.1 As receitas financeiras estão inseridas dentre aquelas que compõem o faturamento mensal, sendo por isso mesmo receitas tributadas pelas referidas contribuições.

10. Posteriormente, a Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004, permitiu que as alíquotas incidentes sobre as receitas financeiras auferidas pelas pessoas jurídicas submetidas ao regime de apuração não-cumulativa fossem reduzidas, assim dispondo:

“Art. 27. O Poder Executivo poderá autorizar o desconto de crédito nos percentuais que estabelecer e para os fins referidos no art. 3o das Leis nos 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e 10.833, de 29 de dezembro de 2003, relativamente às despesas financeiras decorrentes de empréstimos e financiamentos, inclusive pagos ou creditados a residentes ou domiciliados no exterior.

§ 1o Poderão ser estabelecidos percentuais diferenciados no caso de pagamentos ou créditos a residentes ou domiciliados em país com tributação favorecida ou com sigilo societário.

§ 2o O Poder Executivo poderá, também, reduzir e restabelecer, até os percentuais de que tratam os incisos I e II do caput do art. 8o desta Lei, as alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre as receitas financeiras auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de não- cumulatividade das referidas contribuições, nas hipóteses que fixar.”(grifou-se) 11. Em vista dessa autorização legislativa, foi publicado o Decreto nº 5.164, de 30 de julho de 2004, in verbis:

“Art. 1º Ficam reduzidas a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS incidentes sobre as receitas financeiras auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de incidência não-cumulativa das referidas contribuições.

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica às receitas financeiras oriundas de juros sobre capital próprio e as decorrentes de operações de hedge.

Art. 2º O disposto no art. 1º aplica-se, também, às pessoas jurídicas que tenham apenas parte de suas receitas submetidas ao regime de incidência não- cumulativa.

Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 2 de agosto de 2004”.(grifou-se)

(5)

11.1. Posteriormente o Decreto nº 5.164, de 2004, foi revogado pelo Decreto nº 5.442, de 9 de maio de 2005, com o seguinte teor:

“Art. 1º Ficam reduzidas a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS incidentes sobre as receitas financeiras, inclusive decorrentes de operações realizadas para fins de hedge, auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de incidência não-cumulativa das referidas contribuições.

Parágrafo único. O disposto no caput:

I - não se aplica aos juros sobre o capital próprio;

II - aplica-se às pessoas jurídicas que tenham apenas parte de suas receitas submetidas ao regime de incidência não-cumulativa da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS.

Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de abril de 2005.

Art. 3º Fica revogado o Decreto nº 5.164, de 30 de julho de 2004, a partir de 1º de abril de 2005.”

12. Como se depreende da leitura do citado decreto, a aplicação da alíquota de 0%

(zero por cento) sobre a receita financeira é destinada às pessoas jurídicas que estejam submetidas ao regime de apuração não-cumulativo.

13. Cabe ainda observar que o II do parágrafo único do art. 1º do Decreto nº 5.442 de 2005, determina expressamente que a redução à 0% (zero por cento) das alíquotas da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins aplica-se também sobre as receitas financeiras auferidas pelas pessoas jurídicas que, embora sujeitas ao regime de apuração não-cumulativa, têm parte de suas receitas tributadas pelo regime de apuração cumulativo.

Conclusão

14. Diante do exposto, proponho seja a consulta solucionada, respondendo à interessada que a redução a 0% (zero por cento) da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidente sobre as receitas financeiras auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não-cumulativo dessas contribuições, aplica-se, também, às pessoas jurídicas que tenham apenas parte de suas receitas submetidas à sistemática da não-cumulatividade.

À consideração superior.

São Paulo, ______/_______/ 2010.

_____________________________________

JOAQUINA MENDES DE ALMEIDA AFRB Mat. 64.293

Ordem de Intimação

De acordo.

Soluciono a consulta na forma proposta. Encaminhe-se à *****, para conhecimento, ciência à interessada e demais providências cabíveis.

(6)

São Paulo, ______/______/ 2010.

_________________________________________

CARLOS ALBERTO DE TOLEDO Chefe Substituto da Divisão de Tributação Portaria SRRF 0800/P Nº 2.217/2009 (DOU de 18/09/2009)

Competência Delegada pela Portaria SRRF 08/G 86/2009 (DOU de 1º/12/2009)

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Referências

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