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MÓDULO 10 Inovar para competir

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Academic year: 2021

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MÓDULO 10 – Inovar para competir

Nos últimos anos tem-se acompanhado mudanças substanciais na postura de muitas empresas em relação às suas posições competitivas. Empresas e até mesmo países que gozaram de hegemonia econômica por anos, e até mesmo por décadas, viram-se ameaçados por novos competidores mais aguerridos, utilizando estratégias, técnicas e modelos de gestão inovadores.

Foi assim que novos e importantes competidores vêm obtendo parcelas substanciais do mercado mundial, não somente adotando preços baixos, mas pela melhoria de seus processos de produção, o que afeta diretamente a qualidade e confiabilidade de seus produtos, e com isso passaram a obter respostas cada vez mais rápidas e adequadas às demandas e oportunidades de mercado. Foi esse o caso das empresas japonesas e dos tigres asiáticos, e agora vivenciado pelas empresas atuantes nos países emergentes: China, Rússia, Índia e Brasil.

A tentativa de alcançar esses objetivos estratégicos tem provocado diversas reações nas organizações. Diversos e importantes modelos de gestão vêm surgindo, proporcionando às empresas ferramentas e instrumentos gerenciais e inovadores, como: tecnologia de processamento e transmissão de dados, a gestão pela qualidade total, o declínio da produção em massa, o foco no trabalho em equipe, administração participativa, dentre outras.

Diante de todas essas mudanças, as empresas perceberam que para conseguirem um lugar nesse mercado altamente competitivo, é imprescindível investir em qualificação das pessoas e incentivar seu efetivo engajamento nas mudanças, além do conhecimento antecipado das necessidades, expectativas ou desejos dos clientes e normas para possibilitar esse atendimento. Como a criatividade e a inovação das empresas tornaram-se limitadas, o questionamento sobre os processos acabou popularizando a qualidade como uma técnica capaz de renovar o espírito competitivo das organizações. Mas, na prática, a busca pela qualidade requer ações sistemáticas que vão muito além da literatura.

10.1. A qualidade nas organizações

Na administração de organizações, que pretendem diferenciar-se dos concorrentes, são necessários determinar os processos de qualidade e de inovação, cuja responsabilidade de liderança é algo bastante complexo. Liderar esses processos significa dar o exemplo a ser seguido e, consequentemente, ter crédito.

A idéia de rever processos é conseqüência de experiências negativas acumuladas no decorrer do tempo ocasionadas, na grande maioria das vezes, por falhas de implementação. Diante desse fato, as empresas devem acumular mais conhecimento sobre como agir, mas também deve evitar dissabores causados por desperdícios, os quais alimentam a resistência de céticos. O descrédito é o pior que pode ocorrer para a implementação da qualidade.

O nascimento da Qualidade Total trouxe consigo a visão de processo administrativo que antecede e acompanha até o término, tudo o que envolve a qualidade. O processo de qualidade e sua gestão, na prática, existem como resultado de um desafio maior que a necessidade de manter-se atualizado. As mudanças cobram flexibilidade das organizações para atender de forma mais eficaz e eficiente às necessidades dos consumidores finais, cada vez mais exigentes.

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Logo, se faz necessário mudar a mentalidade das pessoas que estão envolvidas no processo, o que acarreta uma renovação de postura de dentro para fora, muito mais rapidamente do que sob o antigo contexto. Os modelos de gestão, hoje, são outros e são modificados regularmente. As organizações passam a se preocupar com: os produtos, os serviços, o desempenho dos setores, a eliminação de desperdícios, a minimização de custos, a redução de prazos, a produtividade e cada vez mais com o atendimento aos clientes.

A concepção da qualidade deve, obrigatoriamente, incluir aspectos comportamentais para conseguir sua implementação com resultados satisfatórios. Um processo de qualidade não se resume ao controle na produção ou de um setor específico, mas realiza outras atividades nas quais estão envolvidos: planejamento, finanças, marketing, sistemas de informação e de comunicação, estilo e postura gerencial em todos os níveis da organização. Se todos esses fatores estiverem em harmonia, a qualidade do produto/serviço será superior.

É importante ressaltar que para possibilitar a transição de um período de crise para o crescimento é essencial o espírito de liderança. À alta direção cabe o papel de fomentador de oportunidades e de estimular o comprometimento com a busca pela qualidade. A colaboração, quando absorvida, deve ser utilizada para mostrar direções, mas à liderança cabe indicar o caminho a ser seguido. Não adianta ter consciência sem ter líderes, pois são eles quem motivam as pessoas para atingirem a qualidade.

10.2. A inovação e a competição

As mudanças fazem parte da natureza, da qual o homem é um dos componentes que adota transformações como essência da sua própria constituição e continuidade.

Às vezes as mudanças têm acelerado o comportamento humano, principalmente, as relações entre grupos e organizações, modificando as variáveis desse novo ambiente, considerando questões econômicas, ecológicas, políticas, sociais, legais, físicas e tecnológicas.

Logo, as informações passaram a ser um recurso estratégico essencial para o sucesso da adaptação a um ambiente altamente concorrido. Isso quando são passíveis de serem transformadas em conhecimento.

Portanto, as organizações são grupos de pessoas que, organizadas, passam a buscar, trabalhar e relacionar as informações adquiridas de tal forma que, somadas, transformam-se em um grande arquivo. Logo, existem organizações capazes de somar informações às experiências e ao conhecimento adquiridos e convertê-los em pról de um bem-estar comum numa espécie de ciclo. Por outro lado essa busca pela informação implica em uma motivação pela competição.

O fato de manter-se competitiva gera nas organizações uma necessidade de reestruturação através do uso de tecnologia, de produtos e serviços novos, de negociação e de distribuição de poder. Para obter vantagem competitiva, a organização se vê obrigada a encontrar meios de ensinar às pessoas que dela fazem parte a gerarem informações e conhecimentos.

Drucker (1989) afirma que inovar é um dos grandes e importantes objetivos de qualquer organização. Tem-se a inovação como mantenedora da empresa viva, competitiva e que, em alguns casos, lhe permite dar saltos, ganhando

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a liderança, estabelecendo novos rumos para toda a concorrência, clientela e fornecedores.

A inovação lastreada pelo conhecimento implica em menores riscos para a organização, pois basear-se em conhecimento significa possuir o “saber” da duração, taxa de perdas, oportunidades e desafios que se apresentam. As ocorrências irregulares e as oportunidades fugazes fazem com que qualquer possibilidade necessite de atenção redobrada.

Os grupos e as organizações são compostos por pessoas e cada uma delas representa uma possibilidade infinita de conhecimento e de idéias. Sendo assim, forma-se um emaranhado de conflitos constantes ocasionados por discordância de ações e opiniões. Portanto, cabe à alta gerência coordenar essas idéias para evitar resistências à implementação da Qualidade Total.

10.3. Qualidade, liderança, estratégia e cultura

São grandes os esforços necessários para equacionar de forma eficiente as necessidades das organizações com as transformações impostas pelo ambiente. As empresas devem estar atentas às novas tecnologias, pois a conscientização dos consumidores por produtos melhores ocorre de forma imprevisível e eles devem estar dispostos nas vitrines e prateleiras nas empresas com suas respectivas informações. Logo, o serviço passa a ser enaltecido, porque todos possuem os mesmos produtos e o diferencial será o nível de serviço. Então, a qualidade passa a ser composta por produto e serviço, o que implica em produtividade não somente quantitativa, mas também qualitativa.

Portanto, cabe à administração perseguir essa qualidade e passá-la a seus colaboradores e estar longe do que o mercado demanda implica em correr risco de “fechar as portas”. Para evitar prejuízos as empresas buscam a excelência em seus processos, o que para muitos significa conviver com a necessidade de atingir a perfeição. Logo, a excelência se torna um objetivo, mesmo intangível, da empresa, que deve preparar a todos para absorverem a nova cultura de busca incessante pela melhoria.

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Em seu livro Choque do futuro, Alvin Tofler (1970) afirma que para administrar a mudança é necessário um esforço para converter certos “possíveis” em “prováveis”, combinando preferências. Determiná-los requer uma visão de futuro: aos “prováveis”, uma ciência, enquanto aos “possíveis” uma arte. Mas para definir o possível é necessária uma política futurista.

O costume de analisar relatórios cruzando dados atuais com dados do passado acaba restringindo a visão de futuro das empresas. É possível que ao praticar a visão de futuro ocorra uma superestimação dos objetivos, mas isso não importa, pois as correções ocorrerão à medida que os fatos ocorrerem. O que realmente importa é uso dessa habilidade. É necessário que se consiga ir além da previsão de futuros prováveis e ampliar o conceito de futuros possíveis, o que exige o uso da imaginação.

À procura pela inovação é vista como possível, a partir da elaboração de um plano, que trata de direcionar todos os esforços, decidindo quais ações e em que ordem deverão ser executadas. Contudo, um plano só poderá ser implementado se houver um desafio, pois são eles que impulsionam a vontade dos indivíduos. Caso os desafios não sejam aparentes a organização deve criá-los, muitas vezes, através de problemas, para a partir da sua exposição, estabelecer objetivos e se forem bem direcionados, serão convertidos em resultados.

Segundo Tom Peters (1998), as empresas para sobreviverem nos anos que estão por vir, devem empreender esforços, em meio ao caos, na busca pela inovação.

A inovação é possível com idéias e ciência, mesmo enfrentando pressões e resistências. Contudo, é um processo lento e doloroso que requer muito envolvimento, resignação e competência.

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