• Nenhum resultado encontrado

Lei de Organização da Justiça Militar da União - Lei nº 8.457/92

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Lei de Organização da Justiça Militar da União - Lei nº 8.457/92"

Copied!
9
0
0

Texto

(1)

C A P Í T U L O 8

Lei de Organização da Justiça

Militar da União -

Lei nº 8.457/92

\ LEIA A LEI:

ͳ arts. 1º a 30 da Lei 8.457/92

A Lei nº 8.457 disciplina a Justiça Militar da União. Segundo ela, são órgãos da Justiça Militar:

a) o Superior Tribunal Militar; b) a Auditoria de correição; c) os Conselhos de Justiça;

d) os Juízes-Auditores e os Juízes-Auditores Substitutos.

Para efeito de administração da Justiça Militar em tempo de paz, o território nacional divide-se em doze Circunscrições Judiciárias Milita-res, abrangendo:

a) a 1ª - Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, com sede na cidade do Rio de Janeiro, com 4 auditorias;

b) a 2ª - Estado de São Paulo; com sede na cidade de São Paulo, com 2 auditorias;

c) a 3ª - Estado do Rio Grande do Sul; com sedes na cidade do Porto Alegre, Bagé e Santa Maria, com 3 auditorias

d) a 4ª - Estado de Minas Gerais; com sede na cidade de Juiz de Fora; e) a 5ª - Estados do Paraná e Santa Catarina; com sede na cidade de Curitiba;

f) a 6ª - Estados da Bahia e Sergipe; com sede na cidade de Salvador; g) a 7ª - Estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas; com sede na cidade do Recife;

h) a 8ª - Estados do Pará, Amapá e Maranhão; com sede na cidade de Belém;

(2)

Fabiano Caetano Prestes e Mariana Lucena Nascimento

i) a 9ª - Estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso; com sede na cidade de Campo Grande;

j) a 10ª - Estados do Ceará e Piauí; com sede na cidade de Fortaleza; l) a 11ª - Distrito Federal e Estados de Goiás e Tocantins; com sede na cidade de Brasília, com 2 auditorias;

m) a 12ª - Estados do Amazonas, Acre, Roraima e Rondônia, com sede na cidade de Manaus.

A competência nas circunscrições com mais de uma auditoria se dá por pela distribuição, cabendo ao juiz auditor Diretor do Foro proceder à distribuição.

\ ATENÇÃO

Na 3ª Circunscrição Judiciária Militar, no entanto, a competência se dá em razão do lugar em que foi cometida a infração, já que estão localizadas em cidades diversas (Porto Ale-gre, Bagé e Santa Maria).

8.1 - Do Superior Tribunal Militar

É composto por quinze ministros vitalícios, nomeados pelo Presi-dente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Fe-deral, sendo três dentre oficiais-generais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais do Exército e três dentre oficiais-generais da Aeronáu-tica, todos da ativa e do posto mais elevado da carreira, e cinco dentre civis. Entre os civis, nomeados pelo Presidente da República, três são advogados (com mais de 10 anos de carreira), um do MPM e um da Magistratura militar, todos dentre brasileiros com mais de 35 (trinta e cinco) e menos de 65 (sessenta e cinco) anos de idade.

Os ministros militares permanecem na ativa, em quadros especiais da Marinha, Exército e Aeronáutica.

A lei prevê que o Regimento Interno do Superior Tribunal Militar poderá instituir Turmas e fixar-lhes a competência, bem como instituir Conselho de Administração para decidir sobre matéria administrati-va da Justiça Militar. Não foram instituídas, até o momento, as Turmas mencionadas no artigo 4º desta Lei. Por outro lado, o Conselho de Ad-ministração foi instituído e regulamentado pelo Regimento Interno do STM, nos artigos 15 e 16. Ele é presidido pelo Presidente do Tribunal e integrado pelo vice-presidente e por mais três ministros, dentre os últi-mos preferencialmente na ordem de um civil para dois militares.

(3)

8.2 - Da Auditoria de Correição

A Auditoria de Correição é exercida pelo Juiz-Auditor Corregedor, com jurisdição em todo o território nacional.

A Auditoria de Correição, órgão de fiscalização e orientação judici-ário-administrativa, compõe-se do Juiz-Auditor Corregedor, um Diretor de Secretaria e auxiliares constantes de quadro previsto em lei.

Compete ao Juiz-Auditor Corregedor proceder a correições gerais e especiais nas auditorias, nos processos findos e mandados arquivar; apresentar ao Tribunal, para aprovação, o plano bianual de correição; comunicar ao Presidente do Tribunal fato que exija pronta solução, ve-rificado durante correição, independentemente das providências de sua alçada; baixar provimentos necessários ao bom funcionamento dos serviços que lhe incumbe fiscalizar, entre outros,

A nomeação para cargo de Juiz-Auditor Corregedor é feita mediante escolha do Superior Tribunal Militar, em escrutínio secreto, dentre Juí-zes-Auditores situados no primeiro terço da classe. O cargo é vitalício.

\ IMPORTANTE

O Juiz-Auditor Corregedor não tem poder correicional sobre os demais magistrados e ser-vidores, salvo instaurar procedimento administrativo para apuração de falta cometida por servidor que lhe seja subordinado e aplicar a respectiva pena.

8.3 - Dos Conselhos de Justiça

São duas as espécies de Conselhos de Justiça:

a) Conselho Especial de Justiça, constituído pelo Juiz-Auditor e qua-tro Juízes militares, sob a presidência, dentre estes, de um ofi-cial-general ou oficial superior, de posto mais elevado que o dos demais juízes, ou de maior antiguidade, no caso de igualdade; b) Conselho Permanente de Justiça, constituído pelo Juiz-Auditor,

por um oficial superior, que será o presidente, e três oficiais de posto até capitão-tenente ou capitão.

Os juízes militares dos Conselhos Especial e Permanente são sorte-ados dentre oficiais de carreira, da sede da Auditoria, com vitaliciedade assegurada, recorrendo-se a oficiais no âmbito de jurisdição da Audi-toria se insuficientes os da sede e, se persistir a necessidade, excepcio-nalmente a oficiais que sirvam nas demais localidades abrangidas pela respectiva Circunscrição Judiciária Militar.

(4)

Fabiano Caetano Prestes e Mariana Lucena Nascimento

Para efeito de composição dos conselhos, nas respectivas Circuns-crições, os comandantes de Distrito ou Comando Naval, Região Militar e Comando Aéreo Regional organizarão, trimestralmente, até o quinto dia do último mês do semestre, relação de todos os oficiais em serviço ativo, com respectivos posto, antiguidade e local de serviço, publican-do-a em boletim e remetenpublican-do-a ao Juiz-Auditor competente. Os nomes de novos oficiais em condições de servir serão comunicadas mensal-mente.

Não sendo remetida no prazo a relação de oficiais, serão os Juízes sorteados pela última relação recebida.

A relação não incluirá:

a) os oficiais dos Gabinetes dos Ministros de Estado; b) os oficiais agregados;

c) os comandantes, diretores ou chefes, professores instrutores e alunos de escolas, institutos, academias, centros e cursos de formação, especialização, aperfeiçoamento, Estado-Maior e altos estudos;

d) na Marinha: os Almirantes-de-Esquadra e oficiais que sirvam em seus gabinetes, os Comandantes de Distrito Naval e de Comando Naval, o Vice-Chefe do Estado-Maior da Armada, o Chefe do Estado-Maior do Comando de Operações Navais e os oficiais embarcados ou na tropa, em condições de, efetivamente, participar de atividades operativas progra-madas para o trimestre;

e) no Exército: os Generais-de-Exército, Generais Comandantes de Divisão de Exército e de Região Militar, bem como os respectivos Chefes de Estado-Maior ou de Gabinete e oficiais do Estado-Maior Pessoal;

f) na Aeronáutica: os Tenentes-Brigadeiros, bem como seus Chefes de Estado-Maior ou de Gabinete, Assistente e Ajudantes-de-Ordens, ou Vice-Chefe e o Subchefe do Estado-Maior da Aeronáutica.

O sorteio dos juízes do Conselho Especial de Justiça é feito pelo Jui-z-Auditor, em audiência pública, na presença do Procurador, do Diretor de Secretaria e do acusado, quando preso.

O sorteio dos juízes do Conselho Permanente de Justiça é feito pelo Juiz-Auditor, em audiência pública, entre os dias cinco e dez do último mês do trimestre anterior, na presença do Procurador e do Diretor de Secretaria.

(5)

C A P Í T U L O 1 9

Execução

\ LEIA A LEI:

ͳ arts. 588 a 658 do CPPM

A fase de conhecimento do processo passa à execução com o trân-sito em julgado da sentença. Na execução a sentença será cumprida, ou seja, a pena privativa de liberdade, a medida de segurança ou o sursis serão executados.

Em razão do princípio da presunção de inocência inadmite-se a execução provisória em processo penal, conforme entendimento já mencionado do STF. A prisão antes de transitar em julgado a sentença condenatória deve ser a cautelar, tendo como fundamento os requisitos dos artigos 254 e 255 do CPPM.

Na Justiça Militar compete ao Juiz da Auditoria em que correu o processo a sua execução.

No tocante à execução da pena, algumas hipóteses podem ocorrer, tratando-se de civil, militar ou ex-militar, com reflexos na competência jurisdicional para execução da pena.

A lei veda o recolhimento de civil a estabelecimento militar, razão pela qual a execução deve ser efetuada pelo Juízo das Execuções, apli-cando-se a Lei nº 7.210/84, o que é extensível aos ex-militares (art. 62, CPM). Se o condenado é originariamente militar, e adquire a condição de civil, a possibilidade de suspensão condicional da pena por ocasião da sentença é o que separa as duas jurisdições. Se a pena for suspensa, na esteira do STM e do STJ, a fiscalização do cumprimento das condições do sursis corre por conta do Juiz-Auditor. Não sendo suspensa a repri-menda, transitada em julgado a sentença que cominou pena privativa de liberdade, o condenado civil (ex-militar) terá contra si expedida a Carta de Guia para recolhimento ao estabelecimento prisional civil, e a execu-ção corre por conta do Juiz da Vara de Execuções Penais do Estado.

\ POSIÇÃO DO STM

EXECUÇÃO DE SENTENÇA. SENTENCIADO BENEFICIÁRIO DE SURSIS. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DE CONHECIMENTO (MILITAR) PARA OS INCIDENTES DA EXECUÇÃO. Por tradição do direito processual pátrio, cabe ao juiz da ação a competência para a execução da sentença nela pro-ferida. A execução das sentenças proferidas pela Justiça Militar a ela própria compete, salvo

(6)

Fabiano Caetano Prestes e Mariana Lucena Nascimento

quando o sentenciado for recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição ordinária, con-soante exceção ao tradicional princípio introduzido pela Lei nº 7.210/84. No caso concreto, trata-se de sentenciado pela Justiça Militar - com trânsito em julgado - beneficiário da sus-pensão condicional da execução da pena, que em momento algum foi recolhido a estabe-lecimento prisional sujeito à jurisdição ordinária, persistindo, logicamente, a regra geral de competência, vale dizer, do juízo prolator da sentença. Recurso improvido. Decisão unâni-me. (STM. RSE n. 2005.01.007290-5/PR. Rel. Min. Sergio Ernesto Alves Conforto. Julg. em 20.09.2005. Publ. em 18.10.2005).

\ POSIÇÃO DO STJ

CRIME MILITAR. PROCESSUAL PENAL. COMPETÊNCIA. SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA. FISCALIZAÇÃO. SURSIS. COMPETÊNCIA. -Réu condenado pela Justiça Castrense, beneficiário da suspensão condicional da execução da pena, que não foi recolhido em estabelecimento sujeitos à administração estadual, compete a Justiça Militar acompanhá-lo durante o perí-odo de prova. -Conflito conhecido. Competência da Justiça Militar, o Suscitante. (STJ. CC n. 20313/MG. 3ª Seção. Rel. Min. Vicente Leal. Julgado em 11.11.1998.

Aos militares é deferida em lei a prerrogativa de cumprir pena em organização militar da respectiva Força (art. 73, Lei nº 6.880/80). Se o sentenciado é militar e permanece o tempo todo nesta situação, a execução da pena que lhe foi imposta, e todo e qualquer incidente da execução é resolvido pelo Juiz-Auditor, inclusive a suspensão condicio-nal da pena. Uma vez excluído das Forças Armadas e transferido para estabelecimento prisional do Estado se sujeita à lei civil.

\ POSIÇÃO DO STJ

PROCESSO PENAL. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. CRIME MILITAR. EXECUÇÃO DA PENA. MILITAR EXCLUÍDO DA CORPORAÇÃO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM. 1. Com-pete à Justiça Comum a execução da pena imposta pela Justiça Castrense, quando o con-denado foi excluído da Corporação Militar. 2. Conflito conhecido para julgar competente o Juízo de Direito da Vara das Execuções Penais do Rio de Janeiro-RJ. (STJ. CC n. 109355/RJ. 3ª Seção. Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura. Julgado em 27.04.2011).

19.1 - Incidentes

19.1.1 - Suspensão condicional da pena

Também conhecida pelo nome de sursis, tem como objetivo princi-pal permitir que o condenado não se sujeite à execução de pena privati-va de liberdade de pequena duração.

(7)

Enquanto na Justiça Comum está praticamente extinta, em virtude das penas alternativas, é bastante usual na Justiça Castrense, uma vez que o CPM e o CPPM não acompanharam as evoluções legislativas.

O Conselho de Justiça ou o Tribunal poderá suspender, por tempo não inferior a 2 (dois) anos nem superior a 6 (seis) anos, a execução da pena privativa da liberdade que não exceda a 2 (dois) anos, desde que:

a) não tenha o sentenciado sofrido, no País ou no estrangeiro, con-denação irrecorrível por outro crime a pena privativa da liberda-de, salvo se já decorreu 5 (cinco) anos do cumprimento da con-denação ou extinção da pena;

b) os antecedentes e a personalidade do sentenciado, os motivos e as circunstâncias do crime, bem como sua conduta posterior, autorizem a presunção de que não tornará a delinquir.

A suspensão não se estende às penas de reforma, suspensão do exercício do posto, graduação ou função, ou à pena acessória.

A decisão que concede ou denega a suspensão condicional deve ser sempre motivada. Nada impede que, em caso de coautoria, possa ser deferida a suspensão em favor de um condenado e negada aos demais, desde que as circunstâncias pessoais sejam diferentes.

No caso de concessão do benefício, a sentença estabelecerá as con-dições e regras a que ficar sujeito o condenado durante o prazo fixado, começando este a correr da audiência em que for dado conhecimento da sentença ao beneficiário. As condições devem ser adequadas ao de-lito, ao meio social e à personalidade do condenado.

Podem ser impostas as seguintes condições:

a) tomar ocupação, dentro de prazo razoável, se for apto para o tra-balho;

b) não se ausentar do território da jurisdição do juiz, sem prévia autorização;

c) não portar armas ofensivas ou instrumentos capazes de ofender; d) não frequentar casas de bebidas alcoólicas ou de tavolagem; e) não mudar de endereço, sem aviso prévio à autoridade compe-tente;

(8)

Fabiano Caetano Prestes e Mariana Lucena Nascimento

f) frequentar curso de habilitação profissional ou de instrução es-colar;

g) prestar serviços em favor da comunidade; h) atender aos encargos de família;

i) submeter-se a tratamento médico.

O Conselho de Justiça poderá fixar, a qualquer tempo, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, outras condições além das especi-ficadas na sentença, desde que as circunstâncias o aconselhem.

O auditor lerá ao réu a sentença que concedeu a suspensão da pena, advertindo-o das consequências de nova infração penal e da transgres-são das obrigações impostas. A suspentransgres-são condicional da pena poderá ser recusada pelo sentenciado.

Quando for concedida a suspensão pela superior instância, a esta ca-berá estabelecer-lhe as condições, podendo a audiência ser presidida por qualquer membro do Tribunal ou por Auditor designado no acórdão.

A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário: a) for condenado, na justiça militar ou na comum, por sentençairre-corrível, a pena privativa da liberdade;

b) não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano; c) sendo militar, for punido por crime próprio ou por transgressão disciplinar considerada grave.

A suspensão poderá ser revogada, se o beneficiário:

a) deixar de cumprir qualquer das obrigações constantes da sen-tença;

b) deixar de observar obrigações inerentes à pena acessória; c) for irrecorrivelmente condenado a pena que não seja privativa da liberdade.

Quando, em caso de revogação facultativa, o juiz não revogar a sus-pensão, deverá:

a) advertir o beneficiário ou; b) exacerbar as condições ou, ainda;

(9)

c) prorrogar o período de suspensão até o máximo, se esse limite não foi o fixado.

Se o beneficiário estiver respondendo a processo, que, no caso de condenação, poderá acarretar a revogação, o juiz declarará, por des-pacho, a prorrogação do prazo da suspensão até sentença passada em julgado, fazendo as comunicações necessárias nesse sentido.

Expirado o prazo da suspensão, ou da prorrogação, sem que tenha havido motivo de revogação, a pena privativa da liberdade será decla-rada extinta.

Nos termos do CPPM , a suspensão condicional da pena não se aplica: a) em tempo de guerra;

b) em tempo de paz:

b.1) por crime contra a segurança nacional, de aliciação e incita-mento, de violência contra superior, oficial de serviço, sentinela, vigia ou plantão, de desrespeito a superior e desacato, de insu-bordinação, insubmissão ou de deserção;

b.2) pelos crimes de desrespeito a superior, desrespeito à símbolo nacional, despojamento desprezível, pederastia e receita ilegal, tipos previstos nos artigos 160, 161, 162, 235, 291 e parágrafo único, I a IV, do Código Penal Militar.

\ POSIÇÃO DO STF

Justiça militar: deserção em tempo de paz e “sursis” - Ante o empate na votação, o Ple-nário, em conclusão de julgamento, deferiu habeas corpus para permitir a suspensão condicional da pena a militar condenado pela prática do crime de deserção — v. Infor-mativo 712. Por não alcançar o quórum de seis votos, o Tribunal assentou a impossibi-lidade de pronunciamento quanto a recepção ou não, pela Constituição, da alínea a do inciso II do art. 88 do CPM e da alínea a do inciso II do art. 617 do CPPM, na parte em que excluiriam, em tempo de paz, a suspensão condicional da pena aos condenados por delito de deserção. O Colegiado implementou, por ser a decisão mais favorável ao pacien-te (RISTF, art. 146, parágrafo único), o benefício do sursis pelo prazo de dois anos (CPM, art. 84), devendo este cumprir as condições previstas no art. 626 do CPPM, excetuada a da alínea a (“tomar ocupação, dentro de prazo razoável, se for apto para o trabalho”), na hipótese de estar ativo no serviço. Ademais, determinou ao paciente a obrigação de comparecer trimestralmente perante o juízo da execução e designou o juiz-auditor que o sentenciara para presidir a audiência admonitória (CPPM, art. 611). Salientou que o preceito em questão ofenderia mais diretamente a equidade, pela qual se esperaria har-monia na aplicação dos princípios constitucionais e das normas infraconstitucionais.

Referências

Documentos relacionados

RESULTADOS DOS TRÊS PROJETOS MUNICIPAIS APOIADOS PELO PROGRAMA LIFE: PIGS – Projeto Integrado para Gestão de. Suiniculturas (2000-2003), REAGIR – reciclagem de Entulho no Âmbito

CONSIDERANDO que o médico que utilizar a telemedicina sem examinar presencialmente o paciente deve decidir com livre arbítrio e responsabilidade legal se as informações recebidas

A utilização dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade – em especial, (i) a instituição de ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social, inclusive em áreas vazias; (ii)

Diante desse quadro, o Instituto de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) desenvolveu o presente estudo sobre os custos de produção do café das montanhas do

Το αν αυτό είναι αποτέλεσμα περσικής χοντροκεφαλιάς και της έπαρσης του Μιθραδάτη, που επεχείρησε να το πράξει με ένα γεωγραφικό εμπόδιο (γέφυρα σε φαράγγι) πίσω

koji prihvatiše Put Života, prebivaju u Svetlosti Elohima.. Oni, koji prihvatiše Put Života, prebivaju u Svetlosti

Na edição seguinte das Paralimpíadas, em Londres (2012), obteve mais três medalhas de ouro, nas provas individual, estilo livre e por equipe.. Atualmente, afirma a

paranaensis (IGO), porcentagem de plantas resistentes (% Res) e graus de resistência (GR) de 63 progênies da cultivar IPR 100 (Coffea arabica) e da testemunha suscetível ‘Mundo Novo