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Distribuição de sorotipos de Streptococcus pneumoniae nos períodos pré e pós-introdução das vacinas conjugadas no Brasil: uma revisão de literatura

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Bibliotecário responsável: Sandra Lopes Coelho - CRB7/3389 V614d Viana, Viviane

DISTRIBUIÇÃO DE SOROTIPOSDEStreptococcus pneumoniae NOS PERÍODOS PRÉ E PÓS-INTRODUÇÃO DAS VACINAS CONJUGADAS NO BRASIL: UMA REVISÃO DE LITERATURA / Viviane Viana ; Felipe Neves, orientador ; Nayara Marques, coorientador. Niterói, 2020.

41 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biomedicina)-Universidade Federal Fluminense, Instituto Biomédico, Niterói, 2020.

1. Streptococcus pneumoniae. 2. Vacina antipneumocócica. 3. Brasil. 4. Produção intelectual. I. Neves, Felipe,

orientador. II. Marques, Nayara, coorientador. III. Universidade Federal Fluminense. Instituto Biomédico. IV. Título.

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-UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO BIOMÉDICO

VIVIANE GOMES VIANA

DISTRIBUIÇÃO DE SOROTIPOSDEStreptococcus pneumoniae NOS PERÍODOS PRÉ E PÓS-INTRODUÇÃO DAS VACINAS CONJUGADAS NO

BRASIL: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Orientador: Prof. Dr. Felipe Piedade Gonçalves Neves Coorientadora:Dra. Nayara Torres Cardoso Marques

Niterói, RJ 2020

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VIVIANE GOMES VIANA

DISTRIBUIÇÃO DE SOROTIPOSDEStreptococcus pneumoniae NOS PERÍODOS PRÉ E PÓS-INTRODUÇÃO DAS VACINAS CONJUGADAS NO

BRASIL: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Orientador:Prof. Dr. Felipe Piedade Gonçalves Neves Coorientadora:Dra. Nayara Torres Cardoso Marques

Niterói, RJ 2020

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade Federal Fluminense, como parte das exigências do curso de Biomedicina para obtenção do grau de Bacharel em Biomedicina – Habilitação em Pesquisa Científica; ênfase em Microbiologia.

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VIVIANE GOMES VIANA

DISTRIBUIÇÃO DE SOROTIPOSDEStreptococcus pneumoniae NOS PERÍODOS PRÉ E PÓS-INTRODUÇÃO DAS VACINAS CONJUGADAS NO

BRASIL: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Aprovado em 19 de agosto de 2020.

Prof. Dr. Felipe Piedade Gonçalves Neves - UFF (Orientador)

Prof.ª. Dra. Rachel Ribeiro-UFF (Titular)

Prof.ª Dra. Júlia Peixoto - UFF(Titular)

Prof.ª MSc.Patrícia Alice Knupp Pereira -UFF(Suplente)

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade Federal Fluminense, como parte das exigências do curso de Biomedicina para obtenção do grau de Bacharel em

Biomedicina – Habilitação em Pesquisa Científica; ênfase em Microbiologia.

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AGRADECIMENTOS

Sem dúvidas nenhuma palavra que disser será capaz de agradecer verdadeiramente todos que estiveram comigo nessa caminhada.

A Deus e Nossa Senhora de Aparecida agradeço todos os dias por terem me dado força nos piores dias e sabedoria para lidar com as adversidades. Tudo que sou é graças aos senhores.

À minha família meu bem maior nesse mundo,minha força,minha base,meu porto seguro.

Aos meus pais que sempre estiveram comigo me dando todo carinho e amor possíveis, saibam que sem vocês eu jamais conseguiria, lutei e venci foi por vocês. Meu irmão que do seu jeitinho sempre me manteve para cima e nunca deixou que a tristeza tomasse conta.

Às minhas amigas Anna Carolina e Mylena que estão comigo desde o início dessa jornada e se mantiveram presentes em todos os momentos e tanto me ajudaram.

À minha amiga Andreza que me ouviu, aconselhou e ajudou quando mais precisei.Obrigada por me ensinarem tanto.

Ao meu orientador Felipe e à minha coorientadora Nayara, agradeço tanto pela ajuda como pela imensurável paciência e carinho.Obrigada por dividirem o conhecimento de vocês comigo e por acreditarem em mim quando nem eu mesma acreditava.

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RESUMO

As vacinas antipneumocócicas disponíveis são baseadas na cápsula da bactéria, que é essencial para a sua patogenicidade. Todavia, estas vacinas não previnem contra infecções por todos os tipos capsulares, além de terem ocorrido mudanças na prevalência de sorotipos após a introdução das vacinaspneumocócicas conjugadas (VPCs). O objetivo deste trabalho foi fazer um levantamento de dados publicados ao longo de 20 anos sobre a epidemiologia das infecções por S. pneumoniae no Brasil, compreendendo os períodos de uma década anterior e uma posterior à introdução das VPCs 10-valente (VPC10) e 13-10-valente(VPC13) para imunização infantil de rotina no país.Foi realizada uma pesquisa de artigos científicos publicados em periódicos internacionais indexados no período entre janeiro de 2000 e maio de 2020, além de dados referentes ao Brasil disponibilizados pelo projeto SIREVA II sobre amostras isoladas de doenças entre 2006 e 2016.As análises foram divididas em: i) períodos de isolamento - pré-VPC (2000-2009), VPC inicial(2010-2012) e VPC tardio(2013-2019); e ii) origem de isolamento: SIREVA ll, artigos sobre colonização e artigos sobre doenças.A busca no banco de dados PubMed resultou em 103 artigos científicos no período avaliado. Após a aplicação de critérios de exclusão de artigos baseada na análise dos títulos, resumos e textos completos,17 artigos foram incluídos no estudo. Somando artigos e dados do projeto SIREVA II,10.924 amostras de S.

pneumoniaeforam analisadas e os sorotipos prevalentes foram: 14 (10,6%), 3

(8,2%), 19A (6%), 6B (5,6%), 23F (4,9%), 6A (4,5%), 19F (4,6%), 6C (4,1%), 4 (3,5%) e12F (3,5%).Os sorotipos prevalentespor origem de isolamento foram: a) SIREVA II - 14, 3 e 19A; b) artigos sobre colonização- 6C, 6A e 6B; e c) artigos sobre doenças- 14, 6B e 3.O sorotipo 14, presente na VPC10, foi o prevalenteem doenças nos períodos iniciais e o sorogrupo 6 foi o mais frequente em colonização durante todo o período do estudo, sendo o sorotipo 6B no período pré-VPC e o 6C no período VPC tardio. Os sorotipos 3 e 19A, presentes somente na VPC13, apresentaram os aumentos mais expressivos no período VPCtardio, sobretudo em DPI.

Palavras-chave: Streptococcus pneumoniae, vacinas pneumocócicas conjugadas,substituição de sorotipo.

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ABSTRACT

All vaccines against Streptococcus pneumoniaeare based on its capsule, which is essential for its pathogenicity.However, these vaccines do not prevent infections by all capsular types. In addition, changes inserotypehave occurred after the introduction of pneumococcal conjugate vaccines (PCV).The aim of this study was to analyze data published over a period of 20 years on the epidemiology of S. pneumoniae infections in Brazil, including the period of a decade before and one after the introduction of the 10-valent (PCV10) and the 13-valent (PCV13)vaccines for routine childhood immunization the country.We conducted a search for scientific articles published in international indexed journals between January 2000 and May 2020. We also retrieveddata made available by the SIREVA II project on isolates recovered from invasive pneumococcal diseases (IPD) in Brazil between 2006 and 2016. Analyses were divided into: i) isolation period -pre-VPC (2000-2009), early VPC (2010-2012) and late VPC (2013-2019); and ii) isolation source - SIREVA II, articles on colonization and articles on diseases. In PubMed database, we found 103 scientific articles. After exclusion criteria based on titles, abstracts and full texts, 17 articles were included in the study.In total, 10,924pneumococcal isolates were analyzed and the prevalent serotypes were: 14 (10.6%), 3 (8.2%), 19A (6%), 6B (5.6%), 23F (4.9%), 6A (4.5%), 19F (4.6%), 6C (4.1%), 4 (3.5%) and 12F (3.5%). The prevalent serotypes by isolation source were: a) SIREVA II – 14, 3 and 19A; b) articles on colonization - 6C, 6A and 6B; and c) articles on diseases- 14, 6B and 3. Serotype 14, included in the VPC10, was the prevalent one in diseases in the pre-PCV and the early-PCV periods.Serogroup 6 was the most common in colonization throughout the study period: serotypes 6B and 6C in the pre-PCV and late-PCV periods, respectively. Frequencies of the serotypes 3 and19A, included only in the PCV13, have substantially increased in the late-PCV period, especially associated with IPD.

Keywords:Streptococcus pneumoniae, pneumococcal conjugate vaccines,

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1...28 Figura 2...29

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LISTA DE QUADROS E TABELAS Quadro 1...20 Tabela 1...21 Tabela 2...22 Tabela 3...23 Tabela 4...24 Tabela 5...26 Tabela 6...27 Tabela 7...27

(10)

SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO...10

1.1Gênero Streptococcus ...10

1.2Streptococcus pneumoniae...10

1.3 Doenças pneumocócicas...11

1.4 Tratamento e resistência a antimicrobianos...13

1.5 Vacinas antipneumocócicas...13

1.5.1Vacinas antipneumocócicas no Brasil...15

1.6Epidemiologia...16 2. OBJETIVO...17 2.1Objetivo geral...17 2.2 Objetivos específicos...17 3. MÉTODOS...18 3.1Pesquisa documental...18

3.2Análise dos dados...18

4.RESULTADOS... 20

5. DISCUSSÃO...30

6. CONCLUSÃO...34

(11)

1. INTRODUÇÃO

1.1Gênero Streptococcus

As bactérias desse gênero possuem formato de cocos arranjadas em cadeias, aos pares ou isoladas, classificadas Gram positivas pela coloração de Gram. São catalase negativas, nutricionalmente exigentes e anaeróbios facultativos.Classificados devido à capacidade de provocar hemólise nos eritrócitos em: alfa-hemolíticos–hemólise parcial,beta-hemolíticos –hemólise total e não-hemolíticos –não lisam hemácias.Fazem parte da microbiota normal do ser humano, principalmente notrato respiratório superior e no trato gastrintestinal(TRABULSI,2005).

1.2Streptococcus pneumoniae

Os micro-organismos dessa espécie são cocos Gram positivos,dispostos geralmente aos pares. São alfa-hemolíticos, pois quando cultivados em meio ágar enriquecido com 5% de sangue de carneiro promovem a hemólise parcial, tornando o meio esverdeado (TRABULSI,2005).

A identificação da espécie, frequentemente referida como pneumococo,é realizada através dos seguintes testes:

 Sensibilidade à optoquina:um disco de optoquina é depositado sobre meio de cultura ágar sangue após a semeadura.A formação de um halo

com diâmetro maior ou igual a 14 mm indica

sensibilidade(JAROVSKY,2018).

 Bile-solubilidade: a sensibilidade aos sais biliares é uma característica marcante da espécie. Detergentes fracos (p. ex., sais biliares como desoxicolato de sódio) têm a capacidade de lisar seletivamente S.

pneumoniae em fase logarítmica de crescimento. Estes sais ativam as

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A cápsula polissacarídica é o principal fator de virulência de pneumococoe consiste na sua camada mais externa; evita a fagocitose e opsonizaçãopor moléculas do sistema complemento. Possui grande variação antigênica, sendo usada para caracterização e definição dos sorotipos. Com base nas variações da composição da cápsula polissacarídica, atualmente são reconhecidos98 tipos capsulares distintos (GONZALES-SILES et al.,2019).

Considerada a técnica “padrão-ouro” para a identificação dos tipos capsularesa reação de Quellung consiste na utilização de antissorosdirecionados ao polissacarídeo capsularem que a reação antígeno-anticorpo gera um intumescimento capsular, que é evidenciado por microscopia ótica em objetiva de imersão.É uma técnica dispendiosa quedemanda profissionais altamente treinados,o que a torna pouco utilizada.Como alternativa, atualmente métodos moleculares genotípicos, como a reação em cadeia da polimerase(PCR)ou o sequenciamento de DNA, têm sido muito utilizados para deduzir o tipo capsular (CAMARGO,2014).

O pneumococo é um importante patógeno humano que causa uma elevada taxa de mortalidade e morbidade em todo o mundo, sendo um dos principais causadores de pneumonia adquirida na comunidade(OMS, 2018). Aproximadamente,dois terços das pneumonias adquiridas na comunidade são causadas por pneumococo (BRASIL,2019).

A colonização por S. Pneumoniae ocorre no trato respiratório superior humano.Sua adesão de forma eficaz ao epitélio respiratório é fator crucial para o sucesso na colonização,sendo este o passo inicial na invasão do microrganismo.O pneumococo pode, também, ser aspiradodo trato respiratório superior para o pulmão(O’BRIEN et al., 2009; OMS, 2013; MLACHA et al., 2013).

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O Streptococcus pneumoniae pode causar diferentes doenças,algumas mais comuns como: pneumonia,meningite,otite média aguda e sinusite, além de outras menos comuns como: conjuntivite, osteomielite,artrite séptica, endocardite e abcessos cerebrais(NASCIMENTO-CARVALHOet al.,2003)

Principais doenças restritas à mucosa:

a) Otite média aguda e sinusite aguda:o pneumococo é considerado uma das principais causas de otite média aguda e sinusite aguda na população.Fatores externos como poluição do ar,alérgenos respiratórios e infecções respiratórias virais podem aumentar as chances de infecção bacteriana (NGOet al.,2016; PUMAROLAet al.,2013; O’BRIEN et al.,2009).

b) Pneumonia não-bacterêmica: infecções pulmonares com evolução para pneumonia se dão através da perda de integridade do epitélio respiratório inferior e desajuste do “clearance” bacteriano;isso ocorre pela presença de fatores microbiológicos(infecções pré-existentes ou coinfecções),químicos(uso de álcool)ou mecânicos(aspiração de corpo estranho)(MANDELL et al.,2010).

Principais doenças pneumocócicas invasivas(DPI):

a) Pneumonia bacterêmica: a partir da infecção pulmonar, o pneumococo pode invadir a pleura e/ou a corrente sanguínea, caracterizando uma pneumonia invasiva.

b) Bacteremia: a bacteremia primária ocorre quando S. pneumoniae está presente na corrente sanguínea, porém sem foco infeccioso aparente.

c) Meningite: considerada grande causa de mortalidade em todas as idades. Geralmente, a bactéria alcança o sistema nervoso central por via hematogênica. No entanto, conexões diretas com o sistema nervoso central podem ocorrer e o pneumococo é apontado como principal agente causador de meningite recorrente após traumatismos no crânio,fístula liquórica ou dura-máter não-íntegra(KOEDELetal.,2002).Nos países em desenvolvimento,os índices de morte são bastante elevados e as sequelas neurológicas podem ser vistas em aproximadamente metade dos sobreviventes(GOETGHBUER et

(14)

1.4 Tratamento e resistência a antimicrobianos

Os beta-lactâmicos, incluindo penicilinas e cefalosporinas de terceira geração, constituem ainda hoje os antimicrobianos de primeira escolha para tratamento de doenças pneumocócicas. Contudo, as primeiras cepas com susceptibilidade reduzida ou resistentes à penicilina foram identificadas já no fim da década de 1960.Nas últimas décadas, porém, a proporção de amostras resistentes a diferentes fármacos vem aumentando (TAVARES et al.,2000).

A resistência à penicilina e outros beta-lactâmicos em pneumococo se dá pela modificação das proteínas de ligação à penicilina, gerando assim diminuição da afinidade pela droga.No caso de microrganismos resistentes à penicilina ou de pacientes alérgicos a beta-lactâmicos, constituem fármacos alternativos macrolídeos, fluoroquinolonas e vancomicina, entre outros (MARTINEZet al.,2005).

Em 2017, a OMS publicou uma lista com 12 espécies ou grupos de bactérias consideradas ameaça à saúde humana devido à sua alta resistência aos antimicrobianos existentes. A lista foi dividida, de acordo com a necessidade de novas drogas, em três categorias:prioridade crítica,alta ou média. S. pneumoniae não-susceptível à penicilina foi enquadrado na categoria de prioridade média(OMS, 2017).

Em 2019,por sua vez, S. pneumoniae resistente a drogas foi classificado como ameaça séria pelo Centers for DiseaseControlandPrevention(CDC/EUA) no relatório atualizado sobre as maiores ameaças resistentes a medicamentos nos EUA. Isso ocorreu em função da sua resistência a antimicrobianos e

potencial progressão para uma urgência em saúde

pública(https://www.cdc.gov/drugresistance/biggest-threats.html).

(15)

A principal forma de prevenção contra doenças pneumocócicas é a vacinação.As vacinas antipneumocócicas atualmente disponíveis têm como alvo os polissacarídeos capsulares do microrganismo.Além de prevenir as doenças pneumocócicas, a vacinação é importante em razão da crescente disseminação da resistência antimicrobiana entre os pneumococos. O uso de vacinas conjugadas, além de diminuir a incidência de infecção pneumocócica, pode reduzir o consumo de antimicrobianos devido à consequente redução do número de casos e da circulação de cepas resistentes.

Apesar da taxa decrescente de pneumonia adquirida na comunidade (PAC) causada por pneumococos após a introdução das vacinas pneumocócicas conjugadas (VPCs),S. pneumoniae ainda permanece como um dos patógenos mais comuns da PAC.Entretanto, o fenômeno de substituição de sorotipos, sobretudo daqueles resistentes a antimicrobianos,após o advento das VPCs representa um enorme desafio para o sucesso do tratamento(DOMINGUES,2014).As VPCssão aquelas em que há associação dos polissacarídeos capsulares a algum carreador proteico imunogênico. Isso gera uma potencialização da resposta imunológica, com resposta T-dependente, além de gerar memória imunológica, inclusive em lactentes jovens (SONGet al.,2014).

A primeira VPC foi licenciada em 2000 nos EUA: a vacina conjugada 7-valente (VPC7), que continha sete sorotipos(4, 6B, 9V, 14, 18C, 19F e 23F) e era conjugada ao carreador proteico CRM197, o toxoide diftérico.Estes sorotipos eram responsáveis por mais de 50% dos casos de DPI em todo o mundo, principalmentenos EUA e Europa. Vários países passaram a incluir a VPC7 em seus programas de vacinação. No Brasil, a VPC7 foi incluída no SUSa partir de 2001, embora sua indicação fosse apenas para pacientes com fatores de risco para DPI com idade inferior a 5 anos(BLACKet al.,2000;WHO, 2012;BRASIL, 2019).

Diante o fenômeno da substituição de sorotiposcirculantes em decorrênciados efeitos da VPC7,fez-se necessário o desenvolvimento de vacinas conjugadas mais abrangentes.Avacina 10-valente (VPC10) contém os sorotipos 1, 5 e 7F, além daqueles presentes na VPC7. Os carreadores proteicos utilizados são: toxoide tetânico, toxoide diftérico e a proteína D

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deHaemophilusinfluenzaenão-tipifcável. Por sua vez, avacina 13-valente (VPC13) possui os sorotipos presentes na VPC7 mais os sorotipos 1, 3, 5, 6A, 7F e 19A (WHO, 2012).

Embora não seja uma vacina conjugada, a vacina mais antiga ainda disponível contra o pneumococo éa que cobre o maior número de sorotipos. A vacinapneumocócica polissacarídica 23-valente(VPP23)está disponível desde

o início dos anos 1980 e contempla os sorotipos

2,8,9N,10A,11A,12F,15B,17F,20,22F e 33F, além daqueles já presentes nas vacinas conjugadas, exceto o sorotipo 6A. Sua desvantagem reside na sua base polissacarídica, ou seja, antígenos T-independentesque não geram boa memória imunológica, e não pode ser administrada em crianças com idade inferior a 2 anos(JAROVSKY,2018).

1.5.1Vacinas antipneumocócicas no Brasil

O Brasil foi pioneiro na introdução da VPC10 no Programa Nacional de Imunização (PNI), de forma gratuita via Sistema Único de Saúde (SUS) a todas as crianças menores de 2 anos de idade.Inicialmente, a vacinação consistia no esquema 3+1, ou seja, três doses primárias (aos 2, 4 e 6 meses) e uma dose de reforço (aos 12-15 meses). Contudo, em 2016 o esquema passou a ser 2+1.A VPP-23 é recomendada para indivíduosde alto risco para DPI acima de 2 anos de idade, sendo a primeira dose administrada pelo menos seis a oito semanas após a última dose da VPC10 e a segunda dose, cinco anos após a primeira dose da VPP23 (BRASIL, 2019).

Em 2010, a VPC13 passou a ser comercializada no Brasil em clínicas privadas de imunização, substituindo a VPC7. A partir de 2019, contudo, a VPC13 foi incluída no PNI brasileiro gratuitamente pelo SUS apenas para indivíduos com mais de 5 anos de idade considerados de maior risco para DPI, especificamente aqueles com HIV/AIDS, oncológicos etransplantados de medula óssea e de órgãos sólidos. Esses mesmos pacientes podem ter acesso gratuito a VPP23, geralmente com uma dose 2 meses após a dose da VPC13, com reforço após 5 anos (BRASIL, 2019).

(17)

1.6 Epidemiologia

A pneumonia continua sendo a principal manifestação clínica de S.

pneumoniae, causando cerca de 700 mil hospitalizações entre 2005 e 2015 no

Brasil(ANDRADE et al.,2017).Em 2017,mais de 800 mil crianças com idade inferior a 5 anos morreram devido a pneumonia por diferentes etiologias,representando 15% do total de mortes nessa faixa etária no mundo (WHO, 2019; https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/pneumonia).Já a incidência média de meningite pneumocócica no Brasil entre 2010 e 2018 foi em torno de 1.100 casos por ano com cerca de 30% de mortalidade (SINAN,2019).

Os sorotipos encontrados nas VPCs são aqueles originalmente mais associados a doenças,mas muitos também eram frequentes colonizando as vias aéreas superiores,sobretudo de crianças.Com o advento das VPCs, tem se observado um processo chamado substituição de sorotipos,no qualsorotipos vacinais diminuem em prevalência na população enquanto sorotipos não-vacinais têm ganhado espaço na colonização e em doenças (WEINBERGERet

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2. OBJETIVO

2. 1 Objetivo geral

Esse estudo tem como objetivo fazer um levantamento dos dados e artigos publicados no período de 20 anos (2000-2020), com informações sobre os sorotipos de Streptococcus pneumoniaeisolados a partir de janeiro de 2000 para avaliar mudanças na epidemiologia das infecções pneumocócicasno Brasil, compreendendo os períodos de uma década anterior e posterior àintrodução das vacinas conjugadas 10-valente e 13-valente para imunização infantil de rotina no Brasil.

2.2 Objetivos específicos

(i) Determinar os sorotipos prevalentes em todo o período analisado; (ii) Determinar os sorotipos prevalentes por origem de isolamento;

(iii)Descrever os sorotipos prevalentes por período de isolamento, avaliando os períodos pré-VPC, VPC inicial e VPC tardio.

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3. MÉTODOS

3.1 Pesquisa documental

No dia 25 de junho de 2020, foram pesquisados artigos científicos publicados em periódicos internacionais indexados no período compreendido entre janeiro de 2000 e maio de 2020.Aconsultafoi feita na base de dados PubMed (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/) empregando os seguintes unitermospara pesquisa bibliográfica:“Streptococcus pneumoniae”,

“pneumococcal conjugate vaccine” e “Brazil”.

O próximo passo foi a seleção a partir da leitura dos títulos e resumos,seguida da leitura completa dos artigos.Os critérios gerais de exclusão foram:tratar apenas de sorotipos específicos,possuirapenas dados anteriores ao ano 2000 ou não discriminados por ano,tratar apenas de perfis de resistência a antimicrobianos,realizar somente avaliação de anticorpos, estudos realizados somente com dados de fora do Brasil, estudos de avaliação de impacto econômico,revisões, estudos com foco apenas em análises genéticas e estudos com dadosredundantes, ou seja, já presentes em outros artigos ou no projeto SIREVA II, discutido a seguir.

Em paralelo, também foi feito um levantamento de todos os dados referentes ao Brasil publicados desde o início do Projeto SIREVA II. Esse projeto, conhecido como Sistema Regional de Vigilância II, é coordenado pela Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) e analisa amostras de S.

pneumoniae isoladas de doenças pneumocócicas invasivas (DPI)presentes em

sangue,líquor e líquido pleural na América Latina desde 2006. A mais recente divulgação de dados do projeto SREVA II foi referente ao ano de 2016.

3.2 Análise dos dados

Os dados referentes aos sorotipos identificados a partir dos artigos consultados no banco de dados do PubMed e do projeto SIREVA II foram

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transferidos para uma planilha em Excel para análise global e separada por período.

Para a análise temporal, a fim de avaliar o impacto da introdução das vacinas conjugadas, os dados foram separados em três períodos: pré-VPC (2000-2009), VPC inicial (2010-2012) e VPC tardio (2013-2019). O período tardio não incluiu o ano de 2020, pois na pesquisa realizada não houve dados de amostras isoladas no ano corrente.

O critério de definição de aumento ou diminuição de prevalência por período foi uma variação maior ou igual a 50% na proporção do sorotipo entre os períodos analisados, o que indicaria um aumento ou diminuição maior ou igual a 1,5 vez.

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4.RESULTADOS

Com a utilização dos unitermos “Streptococcus pneumoniae”, “pneumococcal conjugate vaccine” e “Brazil”, a busca no banco de dados do PubMed resultou em 103 artigos científicos no período avaliado (janeiro de 2000 amaio de 2020).A partir da análise criteriosa dos títulos e resumos, 68 artigos foram inicialmente excluídos. Na sequência, foi feita a leitura dos 35 artigos restantes e, após essasegunda triagem, outros 20 artigos foram excluídos. Assim, 15 artigos foram incluídos no estudo (Quadro 1). Além disso, foram analisados os dados do projeto SIREVA II referentes às amostras de DPI isoladas no Brasil, compreendendo o período entre 2006 e 2016.

Quadro 1: Artigos científicos incluídos no estudo após critérios de exclusão.

Título Autor Ano

Distribution of invasive Streptococcus pneumoniaeserotypesbeforeand 5 years after the introduction of 10-valent pneumococcal conjugate vaccines in Brazil.

Brandileone

et al.

2018

Long-term effect of 10-valent pneumococcal conjugate vaccine on nasopharyngeal carriage ofStreptococcus pneumoniae in children in Brazil.

Brandileone

et al.

2019

Serotypes antimicrobial resistance and genotypes of Streptococcus pneumoniae associated with infections in cancer patients in Brazil.

Cardoso et

al.

2016

Characterisation of Streptococcus pneumoniae isolates from invasive disease in adults following the introduction of PCV in Brazil.

Christophe

et al.

2018

Effect of 10-valent pneumococcal conjugate vaccine on nasopharyngeal carriage of Streptococcus pneumoniae and Haemophilus Influenzae among children in São Paulo,Brazil.

Brandileone

et al.

2016

Genetic profiles and antimicrobial resistance of Streptococcus pneumoniae non-PCV10 serotype isolates recovered from meningitis cases in Salvador-Bahia,Brazil.

Azevedo et al.

2016

Pneumococcal nasopharyngeal carriage in infants of mothers immunized with 23V non-conjugate pneumococcal polysaccharide vaccine.

Lopes et al. 2012

Susceptibility profiles and correlation with pneumococcal serotypessoon after implementation of the 10-valent pneumococcal conjugatevaccine in Brazil.

Mott et al. 2014

Nasopharyngeal carriage ofStreptococcuspneumoniae,Haemophilus influenzae, and Staphylococcusaureus in a Brazilian elderly cohort.

Zanella et

al.

2019

Nasopharyngeal carriage, serotype distributionand antimicrobial resistance of Streptococcuspneumoniae among children from Brazil before theintroduction of the 10-valent conjugate vaccine

Neves et al. 2013

Pneumococcal carriage among children after four years of routine10-valent pneumococcal conjugate vaccine use in Brazil: The emergenceof multidrug resistant serotype 6C

Neves et al. 2017

Direct effect of the 13-valent pneumococcal conjugate vaccine use onpneumococcal colonization among children in Brazil

Neves et al. 2019

Serotype Distribution and Antimicrobial Resistance ofStreptococcus pneumoniae prior to Introduction of the 10-ValentPneumococcal Conjugate Vaccine in Brazil, 2000-2007.

Menezes et

al.

2011

Serotypes and Genotypes of Invasive Streptococcuspneumoniae Before and After PCV10 Implementation inSouthern Brazil

Caierão et

al.

2014

Serotypes of carriage and invasive isolates of Streptococcus pneumoniae inBrazilian children in the era of pneumococcal vaccines

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Considerando todas as fontes consultadas, incluindo artigos e dados do projeto SIREVA II, independente da faixa etária, foram analisadas 10.924amostras de S. pneumoniae e os sorotipos prevalentes foram: 14 (N=1.155; 10,6%), 3 (N=897; 8,2%), 19A (N=655; 6%), 6B (N=603; 5,6%), 23F(N=531; 4,9%), 6A (N=483; 4,5%), 19F(N=498; 4,6%), 6C(N=440; 4,1%), 4 (N=381; 3,5%) e12F(N=377; 3,5%).A tabela 1 ilustra a prevalência de sorotipos detectados no Brasil entre os anos de 2000 e 2020.

Tabela 1. Prevalência de sorotipos de Streptococcus pneumoniae de 10.924

amostras associadas à colonização e doença isoladas no Brasil entre janeiro de 2000 e maio de 2020.

Sorotipo Número de amostras Prevalência (%)

14 1.155 10,6 3 897 8,2 19A 655 6,3 6B 603 5,5 23F 531 4,8 6A 483 4,4 19F 498 4,1 6C 440 4 12F 377 3,5 4 381 3,4 7F 353 3,2 18C 319 3,1 5 283 2,6 8 284 2,6 9V/A 262 2,4 11A/B/C/D 186 1,7 9N 167 1,5 15B/C 145 1,3 10A 137 1,3 1 116 1,1 16F 114 1,1 Outros* 2.538 23,1 *Outros:22A,23A,23B,6D,18A,35B,13,17F,29,24F/A/B,25A,7C,Não-tipificável, 18B, 28A, 34, 10F, 31,35A,38/25F,22F/A,33F,21,7A,12,36,40,35C,47F,42,44,46,12A,12B,19B,33A e 7B.

(23)

Os dados foram reunidos de acordo com sua origem de isolamento: SIREVAll, artigos sobre colonização e artigos com dados de amostras isoladas de doença.Das 10.924 amostras, 9.229eram provenientes dos dados do projeto SIREVA II,997de artigos que analisaram amostras de doença e 698deamostras de colonização.Os sorotipos prevalentes encontrados em cada origem de isolamento foram:

a) SIREVA II: sorotipos 14, 3 e 19A;

b) Artigos sobre amostras de colonização: sorotipos 6C, 6A e 6B; c) Artigos sobre amostras de doença: sorotipos 14, 6B e 3.

As tabelas 2, 3 e 4 mostram a prevalência dos sorotipos por origemde levantamento de dados.

Tabela 2:Prevalência de sorotipos de 9.229amostras de pneumococo

associados a doenças pneumocócicas invasivas (Projeto SIREVA ll). Sorotipo Número de amostras Prevalência (%)

14 954 10,34 3 802 8,69 19A 589 6,38 6B 458 4,96 23F 415 4,50 19F 370 4,01 6A 355 3,85 6C 349 3,78 12F 337 3,65 4 324 3,51 7F 309 3,35 5 262 2,84 8 261 2,83 18C 254 2,75 9V 221 2,39 11A/B 149 1,6 9N 143 1,55 1 112 1,21 15B/C 108 0,51 10A 104 1,13 22F 102 1,11 16F 100 1,08 15A/F 96 1,03 20 95 1,03 23B 87 0,94

(24)

23A 77 0,83 6D 72 0,78 13 65 0,70 29 65 0,70 35B 63 0,68 18A 61 0,66 17F 58 0,63 24F 53 0,57 25A 50 0,54 35F 47 0,51 7C 46 0,50 NT 29 0,31 18B 27 0,29 28A 25 0,27 31 10 0,11 34 9 0,10 35A 7 0,08 33F 5 0,05 21 4 0,04 10F 4 0,04 7A 3 0,03 36 2 0,02 40 2 0,02 35C 2 0,02 47F 2 0,02 35 1 0,01 19B 1 0,01 33A 1 0,01 7B 1 0,01 Outros 1.082 11,72 TOTAL 9.229 100

Tabela 3: Prevalência de sorotipos de 698amostras de pneumococo

associados a colonização (artigos).

Sorotipo Número de amostras Prevalência (%)

6C 79 11,32 6A 65 9,31 6B 56 8,02 19F 54 7,74 14 50 7,16 23F 41 5,87 11A/B/C/D 37 5,30 15B/C 27 3,87 19A 25 3,58 15A/F 23 3,30

(25)

23A 20 2,87 NT 20 2,87 3 19 2,72 4 19 2,72 20 16 2,29 12F 15 2,15 7F 12 1,72 23B 11 1,58 9V/A 11 1,58 16F 10 1,43 6D 10 1,43 34 9 1,29 24F/A/B 8 1,15 17F 7 1,00 35B 7 1,00 10A 6 0,86 22F/A 6 0,86 38/25F 4 0,57 18C 4 0,57 28A 3 0,43 9N 3 0,43 8 2 0,29 22F 2 0,29 13 1 0,14 42 1 0,14 44 1 0,14 46 1 0,14 12A 1 0,14 12B 1 0,14 18B 1 0,14 Outros* 10 1,72 TOTAL 698 100

*Outros: 6A/B, 15A/B e 23B/F

Tabela 4: Prevalência de sorotipos de 997amostras de pneumococo

associados a doenças (artigos).

Sorotipo Número de amostras Prevalência (%)

14 151 16,69 6B 89 9,83 3 76 8,40 23F 75 8,29 19F 74 8,18 6A 63 6,96 18C 61 6,74 19A 41 4,53 4 38 4,20

(26)

7F 32 3,54 9V 31 3,43 10A 30 3,31 12F 25 2,76 5 21 2,32 8 21 2,32 9N 22 2,43 20 17 1,88 11A 17 1,88 22F 14 1,55 6C 12 1,33 18A 12 1,33 15B 10 1,10 18B 8 0,88 1 8 0,88 16F 8 0,88 24F 5 0,55 7C 4 0,44 23A 3 0,33 23B 4 0,44 17F 3 0,33 29 3 0,33 12 2 0,22 38 9A 15A 35F 2 2 2 2 0,22 0,22 0,22 0,22 35A 2 0,22 13 1 0,11 22A 1 0,11 28A 15C 33F 34 1 1 1 1 0,11 0,11 0,11 0,11 28A 1 0,11 TOTAL 997 100

Após as análises de prevalência de sorotipos, foi realizada uma avaliação daqueles prevalentes de acordo com o período de isolamento. Para tal, os dados foram divididos em três períodos:

a) pré-VPC (2000-2009): anterior à introdução da VPC10 e da VPC13 no Brasil;

(27)

b) VPC inicial (2010-2012): período próximo à introdução da VPC10 e da VPC13 no Brasil;

c) VPCtardio (2013-2019):período após 3 anos da introdução da VPC10 e da VPC13 no Brasil.

O ano de 2020 não entrou no período VPC-tardio, pois não houve amostras isoladas nesse ano.

Nos períodos pré-VPC, VPC-inicial e VPC-tardio foram analisadas, respectivamente, 3.711, 3.292 e 3.921 amostras de S. pneumoniae, independentemente do tipo de levantamento. As tabelas 5, 6 e 7 mostram os 10 sorotipos prevalentes por período de análise, que corresponderam a 68,5%, 57,7% e 54,4% dos sorotipos identificados nos respectivos períodos.

Tabela 5. Prevalência de sorotipos entre as 3.711 amostradas isoladas no

período pré-introdução das vacinas pneumocócicas conjugadas 10 e 13-valente (2000-2009) no Brasil.

Sorotipo Número de amostras Prevalência (%)

14 775 20,9 6B 317 8,5 23F 254 6,8 19F 257 6,9 3 241 6,5 6A 194 5,2 18C 182 4,9 19A 116 3,1 9V 110 3,0 4 98 2,6

(28)

Tabela 6. Prevalência de sorotipos entre as 3.292 amostradas isoladas no

período inicial após a introdução das vacinas pneumocócicas conjugadas 10 e 13-valente (2010-2012) no Brasil.

Tabela 7. Prevalência de sorotipos entre as 3.921 amostras isoladas período

tardio após a introdução das vacinas pneumocócicas conjugadas 10 e 13-valente (2013-2019) no Brasil.

Sorotipo Número de amostras Prevalência (%)

14 324 9,8 3 263 8,0 6B 227 6,9 23F 201 6,1 12F 176 5,3 6A 167 5,1 19F 163 5,0 7F 129 3,9 19A 126 3,8 4 122 3,7

Sorotipo Número de amostras Prevalência (%)

19A 413 10,5 3 393 10,0 6C 268 6,8 12F 191 4,9 8 195 5,0 7F 143 3,6 4 161 4,1 5 150 3,8 6A 122 3,1 22F 98 2,5

(29)

Considerando os 10 sorotipos mais frequentes em cada um dos três períodos, no total 16 sorotipos se mostraram mais frequentes ao longo de todo o período analisado. A prevalência desses 16 sorotipos foi, então, comparada entre os três períodos:pré-VPC, VPC inicial e VPC tardio.

A partirda introdução das VPCs no Brasil,foi observada uma tendência de queda em 50% ou mais na prevalência dos sorotipos 14, 6B, 19F, 23F, 6A, 18C e 9V. Por outro lado, foi observada uma tendência de alta em 50% ou mais na prevalência dos sorotipos 19A, 3, 6C, 8, 12F, 4, 5, 7F e 22F. As Figuras 1 e 2 mostram, respectivamente, os nove e sete sorotipos que registraram queda ou aumento na prevalência após a introdução da imunização de rotina com as VPCs no Brasil.

Figura 1: Sorotipos com prevalência aumentada em pelo menos 50% em

comparação ao período anterior à introdução das vacinas pneumocócicas conjugadas no Brasil. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Período pré-VPC (2000-2009) Período VPC-inicial (2010-2012)

Período VPC- tardio (2013-2020)

(30)

Figura 2: Sorotipos com prevalência diminuída em pelo menos 50% em

comparação ao período anterior à introdução das vacinas pneumocócicas conjugadas no Brasil. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22

Período pré-VPC (2000-2009) Período VPC-inicial (2010-2012)

Período VPC- tardio (2013-2020)

(31)

5. DISCUSSÃO

Desde a introdução das vacinas pneumocócicas conjugadas no mundo inteiro, principalmente para imunização infantil de rotina, importantes modificações epidemiológicas ocorreram. Se, por um lado, importantes sorotipos associados àcolonização e principalmente a doenças invasivas na era pré-VPCforam virtualmente eliminados, sorotipos não-vacinais emergiram, muitos dos quais associados a resistência a antimicrobianos, representando o fenômeno conhecido como substituição de sorotipos (WEINBERGERet

al.,2011; SILVA et al., 2020).

Dessa forma, esse estudo objetivou avaliar o impacto da introdução da VPC10 e da VPC13 para imunização infantil de rotina, o que ocorreu gradativamente no Brasil a partir de 2010. Entretanto, apenas a VPC10 alcançou uma cobertura elevada na população elegível para vacinação contra doenças pneumocócicas. Em um estudo de colonização realizado por nosso grupo em Niterói, em 2010, com aproximadamente 500 crianças com idade inferior a 6 anos, a cobertura da VPC10 foi de 86%. Por sua vez, cerca de 8% da população elegível recebeu alguma dose da VPC13. A VPC7, que foi gradativamente substituída pela VPC13 nas clínicas privadas de imunização não atingiu nem 2% da população avaliada em 2010 (NEVESet al., 2017).

Devido à baixa adesão da VPC13, diretamente influenciada por seu alto custo, seu impacto atual esperado na população brasileira é baixo. No entanto, com grande cobertura da VPC10 no território nacional, já se esperava grande influência dessa vacina no cenário epidemiológico das infecções pneumocócicas em nosso país. No Brasil, dados demonstraram proteção de 83,8% contra sorotipos vacinais quando pelo menos três doses da VPC10 foram administradas.Por sua vez, a dose única da VPC10 resultou em proteção de 68% desde que administrada no segundo ano de vida(DOMINGUES,2014).

Especificamente no ano de 2010, quando a VPC10 começou a ser implementada no Brasil, os sorotipos prevalentes causando doenças invasivas em crianças menores de 5 anos no Brasil eram: 14 (29,8%), 6B (15,3%), 6A, 23F (7,9% cada), 19A (6%) (OPAS,2012). Em 2014,modificações importantes

(32)

já eram observadas, como os sorotipos mais frequentes sendo 19A (28,2%),3(7,6%),5,12F(6,1% cada) e6C(4,6%) (OPAS,2017).

Após realização das análises, foi possível constatar que os sorotipos mais frequentes antes da implementação da VPC10 e presentes em sua formulação, como o 14, 18C,19F, 23F, 6B e 9V,sofreram queda considerável.

No período pré-VPC10, sorotipos como o 14,6B,23F,19F e 18C eram os mais frequentemente isolados também em colonização, o que poderia justificar sua maior probabilidade em causar doenças.O sorotipo 14 apresentou uma queda brusca, de 20,9% no período pré-VPC para 1,4% noperíodo VPC tardio, representando uma diminuição de quase 15 vezes.No sorotipo 6B, a queda foi um pouco menor, porém ainda bastante considerável indo de 8,5% na era pré-VPCpara 1,5% no pós-VPC, ou seja, uma prevalência 5 vezes menor.Já os sorotipos 23F e 19F saíram de 6,8% e 6,9% no período pré-VPC para 1,9% e 2% após a introdução das VPCs, respectivamente.O sorotipo 18C também diminuiu consideravelmente em prevalência entre os períodos, caindo de 4,9% para 1,2%.Estes achados corroboram a eficácia da VPC10 no Brasil e contribuem para validar a necessidade da vacinação massiva da população.

O sorogrupo 6, representado aqui pelos sorotipos 6A, 6B e 6C, foram os prevalentes em colonização. Na era pré-VPC, o sorotipo 6B era um dos mais frequentes em colonização e doença. Por sua vez, o sorotipo 6C se tornou o mais frequente em colonização na era pós-VPC, aumentando consideravelmente em prevalência também em doenças invasivas.

O sorotipo 6A também apresentou diminuição em sua prevalência de 57,4%, caindo de 4,7% na era pré-VPC para 2,7% no períodoVPC tardio. Essa queda de prevalência poderia ser explicadapela indução de imunidade cruzada a partir da VPC10,mais especificamente pela presença do sorotipo 6B em sua formulação.Esta imunogenicidade chega a ser até 50% maior na VPC7, porém não é possível confirmar se há realmente proteção cruzada pela VPC10 contra o sorotipo 6A (AZEVEDOet al.,2016).Apesar disso, o sorotipo 6A ainda é um importante agente de DPI no período VPCtardio, com prevalência de 2,2% em DPI no ano de 2016, último ano disponibilizado até o momento pelo projeto SIREVA II (OPAS,2019).

(33)

O sorotipo 5,presente na VPC10, teve um aumento de prevalência, indo de 2,5% no período pré-VPC para 1,7% e 4,3% nos períodos VPC inicial e tardio, respectivamente. Esse aumento, porém, se deu principalmente na população não-elegível para vacinação de rotina com a VPC10 na rede pública, ou seja, aquela com idade superior a 5 anos.Em crianças menores de 5 anos de idade, a proporção de amostras do sorotipo 5 isoladas no período pré-VPC10foi de 2,4% (26/1.096)e caiu para 1,2% (17/861)no período após a introdução da VPC10.Já em indivíduos maiores de 5 anos de idade, a proporção de amostras do sorotipo 5 isoladas no período pré-VPC era de 2,7% (54/2.037)e subiu para 4,9% (149/3.030)no período após a introdução da VPC10. Esses achados sugerem que não houve o chamado efeito rebanho para esse sorotipo, reforçando a importância da vacinação em diferentes faixas etárias.

Os achados referentes ao sorogrupo 6, frequente em colonização e doenças, e do sorotipo 5, frequente apenas em doenças invasivas, sugerem um paradoxo entre sorotipos com alto potencial de causar doenças, porém com baixa prevalência de colonização, o que insufla a ideia de uma ação invasiva mais efetiva do sorotipo 5 com pouco tempo de colonização no epitélio do trato respiratório superior (BRANDILEONE et al.,2016).

Era esperado que sorotipos não-VPC10 tivessem um grande aumento devido ao fenômeno de substituição de sorotipos.Entre os que apresentaram maior aumento de prevalência, estão os sorotipos 19A,3 e 6C. Um dos motivos que podem ajudar a explicar a elevação considerável na proporção dos sorotipos 19A e 6C após a imunização de rotina com a VPC10 no Brasil éa resistência antimicrobiana frequentemente associada a esses dois sorotipos, muitas vezes se apresentando como multirresistentes (BRANDILEONE et al., 2019; CARDOSO et al.,2016; CHRISTOPHE et al.,2018; BRANDILEONE et

al.,2016;AZEVEDO et. al., 2016; MOTT et al.,2014; NEVES et al.,2013; NEVES et al.,2017; CAIERÃO et al.,2014).Além disso, outro fator que pode estar

contribuindo para alta mais especificamente do sorotipo 19A é a presença do pilus tipo 2, comum a linhagens genéticas do sorogrupo19 isoladas em Niterói (KNUPP-PEREIRA et al.,2020).

(34)

Três dos cinco principais sorotipos(3,5 e 19A)que emergiram após a vacinação universal com a VPC10 são encontrados na VPC13, embora o sorotipo 5 já estivesse presente na VPC10.Outro fato extremamente relevante é que a VPC13 inclui o sorotipo 6A, que tem,comprovadamente, potencial para reagir de forma cruzada com o sorotipo 6C(COOPER et al., 2011).

A VPC 13 foi inserida inicialmente apenas na rede privada de saúde com um elevado custo e, portanto, baixa cobertura vacinal na população brasileira. Contudo, a partir de 2019, a VPC13 foi incluída no PNI brasileiro via SUS para indivíduos maiores de 5 anos que apresentavam risco muito elevado para desenvolvimento de DPI (BRASIL,2019). Essa introdução representa um avanço na proteção de tais pacientes, que já se encontram em condições de alta vulnerabilidade para o desenvolvimento de doenças infeciosas em geral.

No entanto, a introdução da VPC13 de maneira universal no Brasil para indivíduos de todas as faixas etárias, independente de fatores de risco, teria um grande impacto na população, pois teria potencial para eliminar quase um quarto (N=928;23,7%)das amostras isoladas no período VPCtardio, quepertencem aos sorotipos presentes em sua formulação.

(35)

6. CONCLUSÃO

Entre 2000 e 2019, os sorotipos de Streptococcus pneumoniae mais frequentes no Brasil, em ordem de prevalência, foram:14,3,19A ,6B, 23F, 6A, 19F, 6C, 12F e 4, correspondendo a 55% das amostras analisadas.

Os três sorotipos mais frequentes em cada tipo de levantamento ou origem de isolamento foram: 14, 3 e 19A (doenças pneumocócicas invasivas via SIREVA II);6C,6A e 6B (artigos sobre colonização) e 14, 6B e 3 (artigos sobre doenças).

Os sorotipos prevalentes por período de isolamento foram: o Pré-VPC (2000 a 2009): 14,6B e 23F;

o VPC inicial (2010 a 2012): 14, 3 e 6B; o VPC tardio (2013-2019): 19A, 3 e 6C.

O sorotipo 14 foi o mais frequentemente associado a doenças nos períodos pré-VPCeVPC inicial, tendo diminuído drasticamente em prevalência no período VPC tardio.

O sorogrupo 6 foi o mais frequente em colonização durante todo o período do estudo, sendo o sorotipo 6B o prevalente na era pré-VPC e o sorotipo 6C no período VPCtardio. Já o sorotipo 6A apresentou queda no período VPCtardio, mas ainda apresenta considerável prevalência em doenças invasivas.

O sorotipo5, presente na VPC10, teve aumento de prevalência no geral, guiado por um aumento na população com idade superior a 5 anos.

Os sorotipos 3 e 19A, presentes somente na VPC13, apresentaram os aumentos mais expressivos no período VPCtardio, sobretudo em doenças pneumocócicas invasivas.

(36)

7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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