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(1)

CDU 627.8 (t69.5)

Aprovei lamentos hid roagrfcolas

Alentejo

ano

JOAQUI

tI FARIA

ERREIRA

Engenheiro Civil

- Director dos Serviços de Aproveitamentos Hidráulicos da Direcção-Geral dos Serviços Hidráulicos -l ..isboa

o

plano de Rega do Alentejo abrange uma área

total de cerca de 170000 hectares, dos quais 161 700

hectare dependentes de grandes aproveitamentos a

executar

pelo Estado e os restantes de

múltipla

obra

de pequena envergadura.

O aproveitamento das águas subterrânea no

Alen-.

.,..

.

tejo pouca importãncia apre enta nos terrenos antigo

e, as im, ó mediante o armazenamento de águas no

período das chuva e torna possível promover a criação

de regadio,

mesmo

de

média

e pequena importância.

São, contudo,

muito

lirnitadas

as possibilidades

ofe-recidas pelo recursos hidráulicos locais, devido ao

baixo valor e irregularidade da precipitações e à

peq uena extensão das bacias hidrográficas.

Por i so, somente as obras de rega do Caia. do 1ira

e do Alto Sado constituem aproveitamentos

indepen-dentes, na acepção de que apenas esses se bastarão com

os recursos hidráulicos das bacias hidrográficas

res-pectivas.

O esquema das restantes obras previstas no Plano

apoia-se na utilização das águas dos dois grandes rios

que correm na periferia do lentejo: o Tejo e o

Guadiana.

O Tejo fornecerá água para a zona orte, que

constitui o sistema do Alto Alentejo.

O Guadiana

é

por sua vez a fonte a que se recorre

para suprir as insuficiências dos cursos de água que

sulcam

o

sistema do Baixo Alentejo.

Além de todas as vantagens económicas e sociais

d irectarnen te ligadas ao regadio. as obras deste Plano

de Rega trarão ainda muitos ou lros benefícios de

interesse geral para o lentejo e até para

outras

regiões.

As albufeiras c os canais de rega constituem um

184 passo decisivo para o ordenamento hidrauhco do

len-E/ ECI R/CIDADE 90

tejo e contribuem também para o das bacias

hidrográ-ficas do lgarve (Guadiana) e do Ribatejo (Tejo),

nomeadamente

nos eus afluentes orraia, Ribeira de

Figueiró e f\ Imansor.

s albufeiras e canais planeados permitirão

abas-tecer muitos núcleo populacionais situados eDl várias

regiões do lentejo onde as disponibilidades de águas

subterrâneas se

mostram

demasiado

escassas para o

efeito.

O

armazenamento

de

lqueva

CODl os seu

3300

milhões de metros cúbicos de capacidade útil

cons-tituirá a principal fonte para a garantia

de

fornecimento

de água às populaçõe e à indústria.

As obras do Plano de Rega darão

também

uma

con-tribuição valiosa para o desenvolvimento da

electri-ficação da região. dado que a centrais hidroeléctricas

dos aproveitamentos do Guadiana contribuirão para o

equilíbrio da rede e a segurança da sua exploração e

permitirão reduzir as perdas nas linhas e na

subesta-ções. O fornecimento de energia à estacõe de

bomba-gem obriga a estabelecer linhas de transporte e

ubes-tações, que erão elementos basilares de electrificação,

podendo er utilizadas para o transporte de energia

destinada a ou tro fins.

O estabelecimento dos novo regadio.... e as outra'

facilidade trazidas pelo Plano de Rega determinarão

a criação de nova indústrias no lentejo,

especial-mente das

mais

ligadas à produção agrícola. pecuária

e flore" tal. além das próprias indústrias pesadas.

o equilíbrio da exploração agrícola é

indi pen sável

o repovoamento florestal em larga

escala,

além do que.

a fim

de prolongar

a

vida

das

albufeiras,

se prex c a

arborização intensiva das respectivas bacias

hid

regra-fica

<;

A.

l.n

fase do Plano de Rega do \Jentcjo foi iniciada

em 1963 c abrange obras que

proporcionam

o

regadio

de cerca de 25 000 hectares

Essas obras la conclurdas. divtribuiram-se pelos

quatro seguintes

aproveitamentos

(mdicados

pela

ordem

(2)

m .... • " ii ."". '-0 •• II ••• O •

.

-• •• • " N

..

' o •• 0 cO OU' '"

o

o O o o E o M o o N

-

-ei.e

J'RJCI J) !>E 90

(3)

l86

Rtbcira

do

Divor

RIo

laia Ribeira do

Ro

o

(L"

fase) Rio lira 488 ha

7400 ha

4960

ha

12000 ha

Total 24848 ha

A 2.

n fa

e

de

execução

do Plano de

Rega

com-preendeu os

aproveitamentos

do

lto

Sado (3600 hec-tares) c da ribeira de Odivelas

(3800

ha),

O aproveitamento de Odivelas, (l.n. 2.n e 3.n partes) conta C0l11 o recur o a água bornbadas no Guadiana

e regará

uma

área de

12

000

hecta rcs, toda dominada

por gravidade a partir da tornada de água da albu-feira de Odivela. lão contando com o recur o às águas do Guadiana. ma apenas com o afluxo naturais às

albufeira de Ivito e de Odivela , a área regada será de 7300 hectares, endo a albufeira de Odivelas

alimen-tada conl água armazenada, a montante, na de Ivito. So depoi desta vir a er, por ua vez, alimentada

COOlágua do Guadiana é que se verificará a rega da referida área total de

12 000

hectares.

É aliente a importância dos problema interna-cionais do rio. de ignadarnenre enl casos de países, como Portugal. que ão atravessado por rios que enl território estrangeiro

....

têm bacias hidrográficas.... exce-dendo muito a do seu próprio território.

Portugal e Espanha

acordaram

por Convénio de

2Q

de 1aio de

1968

que fosse reservada para Portugal a utilização de todo o troço do rio Guadiana entre

o

ponto

de confluência deste com os rios Caia e Cunco . incluindo os corre pondente desníveis dos

aflu-entes do mesmo troço.

Esta

di

po ição permitiu a elaboração do e quema do Aproveitamento Hidráulico do rio Guadiana. e do

projecto

da Barragem, Central Hidroeléctrica e Estação Elevatória de Alqueva.

a realidade, após a conelu ão das obras da l,"fase do Plano de Rega do lentejo ( aia,

Divor, Roxo

e Mira) e de alguma das obra da 2.a fase ( Ito ado e

Odivelas),

erá com o

aproveitamento

hidráulico do Guadiana que o Plano virá a atingir a verdadeira expressão da suas

múltiplas

potencialidades.

A albufeira de Alqueva e os seus órgãos de explo-ração - central hidroeléctrica e estação elevatória-constituem a infra-estrutura

ica sobre a qual as enta a possibilidade de expansão do regadio nos

grandes

espaço da

peneplanície

alentejana integrados

no

1-tema do Baixo Alentejo. É. com efeito. sobre esta albu-feira, servindo de reserva e origem das águas. que se articulará o sistema dos grandes canais condutores que

hão-de levar essas águas às várias outras albufeiras e re ervatórios que, interligados e formando um

con-junto interdependente, permitirão o sucessivo lança-mento do regadio em diversos blocos e a exploração. pelo DI0do mais conveniente, das possibilidades hídricas de três grandes bacias hidrográficas. as do Tejo

(Sorraia),

do Guadiana e do Sado, e. ainda. em fase subsequente, a das bacias hidrográficas do

lgarve.

O aproveitamento de Alqucva constitui ainda. corno

se disse, um centro produtor de energia de elevada im-portância pois, com os seus três grupos geradores de 100 MVA, será capaz de produzir, numa central hidro-eléctrica de acumulação. 500 GWh de energia média anual.

ELECTRICIDADE 90

O

escalão

de

Alqucva

disporá de

um prolongamento

de queda suplementar a jusante, o da Rocha da Galé,

liue, UIHa vez

também

con truído, funcionará como

rc-forço da sua valorização energética.

\ área a dominar pelo sistema de grandes canais condutores, com origem na albufeira de lqueva, será de

134

500 hectares,

q

ue se d

ist

ri bucm d a forma seguinte:

- 79 200 hectares do Sistema do Baixo lentejo, constituído pelos blocos de Alcaria-Cuba, Cuba--Mornbcja, uba- Vila ova de Baronia, Santa

Victória,

Alfundão.

Colas, Odivelas. Barras e Roxo:

- 26 000 hectares no bloco do rdila;

-

29 300

hectare

de parte do Si tema do Alto leutejo, constituído pelos blocos de Évora, Degebe, Cabido, Pavia, Virnieiro, Alrnadafe e

ou el.

O

isterna

do Iro Alentejo

é

ba eado

na

bombagem do interior da albufeira de

Fratel.

Os

volumes

a bombar

do Tejo ano

a

ano

foram

objecto de estudo, no qual se procurou utilizar pelo melhor a capacidade de armazenamento das albufeiras,

por forma a reduzir a bombagem nos anos seoos e

utilizar ao máximo as afluência ~ própria a e sas albu-feiras (Figueiró, Crato e Freire Joaquim).

e

rploração

das obras que constituem os

sistemas

do lto lentejo e Baixo lenrejo alimentados pelas bombagen do rio Tejo e Guadiana, implica. além dos benefícios directos e indirectos da tran formação de sequeiro

em

regadio.

mais

os

seguintes

benefícios:

- melhora-se bastante a beneficiação hidroagrícola

n"

sistemas de rega

e i tente 00 vale do

,'rraia e no Vale do ado

e .

quer pelo

aumento

das di ponibilidades de água para rega. quer sobretudo pela sub

srancial

redução das cheias

e

dos carrejos sólidos, feita pela albufeiras das cabeceiras da bacia

dr-

-rrnia

e das dos afluentes da margem direita du Sa.lo (Ro '0, Odivelas.

Barras e líundâo):

- melhora-se a

alimentação

da albufeira do Pego do 1tar e do Vale de Gaio. do aproveitamento

hidroagrícola do

Vale

do ado;

- fornece-se água para abastecimento de

vános

aglomerados

populacionais, entre os quais as

cida-des de Évora e de Beja, e para nova ~ indú trias

a

estabelecer;

- garantem-se caudai mínimos de estiagem em todas as linhas de água (que actualmente secam durante longos meses), o que tem grande impor-tância para a vida

e

para

as

actividades

aancolas

...

e pecuárias

das populações

das

regiõe-,

ituadas a

jusante

exploração

destes

isternas foi

estudada

por

forma

a.

simultaneamente.

lhes...

dar grande ela

ucidade

e ve

limitarem ao mÍn1l110 indispensável as ')cc,-õe\ da rede de condutores. Previu-se. a 5101. que, no" me-cs de

C)

As áreas regadas por estes dois istemas são rcspecuva-mente de 15 300 e 9600 hccta res.

(4)

PLANO DE REGA DO APROVEITAMENTO DO RIO

ESQUEMA

DO

CONJUNTO

ALENTEJO GUADIANA c DO XARAMA

--...

._ . -.. 1iIt "OR.T8L '-"'" V

-

_-I ..ef BEJA ~ feRRSIRA DO Al.,eNTEJO '-I ÂLVÂLADS u

-~

-SOBRAL DA AOIÇA ~ ~

..,-.-,-,1

<.~,_,

~~~~~JU~TR~~~L--~~

~",.

-SERPA 4..,; OUR.IQUE ~

--

(5)

-pela ~ ai bu Ici ra

de

elevado

í

nd ice de

regular

ivaçâo

específica, c

reduzidos

em

maior

ou

menor

grau

nas

rcstantc-,

áreas dominadas

por albufeiras

de capacidade

rclauvarnente

pequena.

\ cheia

dos rios

tira e

aia serão ab orvidas

pelas

grande

a

Ibul

ci ra .

A

da

bacia

do

Sorra ia

of rerão

urna

con idcrável

redução

a

cu

ta das

albufeiras

do

istcrna

do

Alto Alentejo

em

conjugação com

a

albu-feiras

do Maranhão

e

lontargil,

o que

terá

reflexos

favoráveis

no curso

inferior

do rio Tejo.

A

cheias

da

bacia

do

ado

também

erão

COIl ideravelrnente

redu-zidas.

pela

acção

da

albufeira

do

Roxo,

Monte

da

Rocha,

Odivelas.

Barra

e Monte

do Seixo. conjugadas

com a

já contidas

no Pego do Altar,

Vale de

laio e

ampilha

(2).

eguir

e relacionam

as principai

caracterí ricas

das

albufeiras

construídas

e cm

f'a e de projecto

na

região

do Alentejo

C)

A área regada pela albufeira de Carnpilha é de 1930 ha.

menos consumo

de

água

na rega. se utilizaria

o

excc-dente da capac idadc dos

canais

condutorc

na" 24 horas

do dia

para

fornecer

0\

volumes

complementares ~\'i

albufeiras.

que

Iu.a

t 1,1111

cheias

cm

f'in-, de Maio.

No

int

li

uo de rcd

U,,}

r

d

ind a m.us

as scc oc

dos

cana

IS

condutores,

e dar mak r ela ticidadc

a

lia

exploraçao,

previu-se

a criação

de

mais

algumas

albufeira

de

peq uenas

d irnensôcs

q uc servem

de

reserva tórios

de

compensação

e permitem

utilizar

a água

J

elas afluída.

\lem

de pcrnut irem

a tran Iorrnaçao

de scq uci ro

ern reuad

...._ la

de 170 000 hectare'.

com tod a a van tagens

económicas

e sociai

derivadas

d irecta mente

da ex

pio-ra ão

....

do~ regadio,

a .

obra

do Plano

de Rega

....

trazem

ainda

muitos

outro

benefícios

de

iniere

se geral

para

o

lcntejo,

para

o Ribatejo

c

lgarve.

As 23 grande

albufeiras

e os canal

de rega e as

73 pequenas

albufeiras

dos pequenos

aproveitamentos,

constituem

o passo decisivo

para o ordenamento

hidráu-lico

do

Alentejo.

i to é da

bacias hidrográfica

dr

ado.

arraia.

Guadiana.

fira e Caia.

Os prejuízo

cau adas actualmente

peja

cheia

erão

praticamente

eliminado

em exten

as área

dominada

'orne Linha de agua Capacidade total da albufeira (103 m3) Obs

Pego do Altar (Salazar)

Vale de Gaio (Trigo de rorais) Campilhas (Pego Longo)

Maranhão Furadouro Montargil Garneiro Divor

Caia (Américo Thomaz) Roxo (Arantes e Oliveira)

Santa Clara (Marcello Caetano) Monte da Rocha Odivelas Alvito Alqueva Fonte Serne Crato Vigia Moinho do Escaravelho Minutos TIpo de b rragem Altura da barragem (m) Bacias

Rib. o anta Catarina

Xarrarna Campilhas Raia Raia Sor Raia Divor Caia Roxo Mira Sado Odivelas Enrocamento Enrocamento e terra Terra Terra Berão/grav idade Terra Betão/gravidade e terra Terra Contrafortes e terra Contrafortes e terra Terra Terra A bóbadas múltiplas Sado ado Sado Tejo Tejo Tejo Tejo Tejo Guadiana Sado ~Iira ado ado ado Guadiana Sado Tejo Guadiana Sado Tejo 63 51 35 55 17 4 20 21 52 49 86 55 55 48,5 6 16 52 30 23 32 94000 63000 27500 205000 350 164 000 1 250 II 900 203000 96300 4 5000 104000 96000 133000 3 300 000 5 150 I ()() 000 17000 11 000 43600 Construída » » » » » » » » » » » » Projectada Projectada Em projecto Projectada Proj ect a da Em projecto Em projecto Odivelas Terra

Guadiana Abóbadas múltiplas

Rib. de Vale Diogo Terra

Seda Terra

Rib, o do V. do Vasco Terra

Rib. o S. Domingos Ríb." dos Minutos Terra Terra 188 ELECT R/C/ DA DE 90

(6)

o

PLANO DE REGA DO ALENTEJO

ESQUEMA GERAL DOS APROVEITAMENTOS

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Referências

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