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O Pecado e a Lei. William R. Downing

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Academic year: 2021

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O Pecado e a Lei

William R. Downing

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Traduzido do original em Inglês

A Catechism on Bible Doctrine (Version 1.7)

An Introductory study of Bible Doctrine in the Form of a Catechism with Commentary

By W. R. Downing • Copyright © 2008

O presente volume consiste somente em um excerto da obra supracitada

Publicado por P.I.R.S. PUBLICATIONS

Um Ministério da Sovereign Grace Baptist Church (www.sgbcsv.org) Publicações Impressas nos Estados Unidos da América

ISBN 978-1-60725-963-3

Todos os direitos reservados somente ao autor. Nenhuma parte deste livro deve ser reproduzida em qualquer forma que seja sem a permissão prévia do autor.

Tradução por Hiriate Luiz Fontouro

Revisão por Paul Cahoon, Benjamin Gardner, Albano Dalla Pria e Erci Nascimento Edição Inicial por Calvin G. Gardner

Revisão Final por William Teixeira e Camila Rebeca Almeida Edição Final e Capa por William Teixeira

Imagem da Capa: São Paulo perante o Areópago, por Rafael (Domínio Público)

1ª Edição: Fevereiro de 2016

As citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida Corrigida Fiel | ACF Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Publicado em Português como fruto de uma parceria entre os websites oEstandarteDeCristo.com e PalavraPrudente.com.br, com a graciosa permissão do amado autor W. R. Downing (Copyright © 2008) e do amado, saudoso e agora glorificado, Calvin G. Gardner.

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O Pecado e a Lei

Por William R. Downing

[Excerto deUm Catecismo de Doutrina Bíblica, por William R. Downing• Parte V]

A doutrina do pecado é denominada “Hamartiologia”, do Gr. hamartia, o termo Grego geral para “pecado”. O estudo doutrinário da Lei de Deus é denominado “Deontologia”, de dei e

deontos, o termo Grego para “dever” ou “necessário”, referindo-se à obrigação que o

ho-mem tem para com a justiça absoluta da lei moral de Deus. O pecado deve ser definido pela lei. Aparte da Lei de Deus, o pecado torna-se relativo e a doutrina da salvação pode ser correspondentemente alterada. O legalismo; a justiça própria; o antinomianismo, isto é, a oposição entre o princípio da lei e o da fé; o perfeccionismo; a negação da depravação humana inata e o alegado poder de escolha contrária (capacidade humana, livre-arbítrio) todos derivam de uma falta de influência adequada do padrão Divino da lei moral e uma consciência de seu poder de convencimento.

Pergunta 36: De acordo com as Escrituras, o que é pecado?

Resposta: O pecado é qualquer transgressão ou falta de conformidade com a lei moral de

Deus em disposição, pensamento, ato ou estado de ser.

1 João 3:4: “Qualquer que comete pecado, também comete iniquidade; porque o pecado é iniquidade”.

Veja também: Gênesis 39:9; Êxodo 20:1-17; Levítico 4:13; 1 Reis 15:30; Salmos 19:7-14; 39:1; 51:4; 109:7; Provérbios 14:9; 21:4; Isaías 53:10-12; Romanos 3:19-20, 23; 6:1-14, 17-18, 23; 7:7-9; 1 Coríntios 6:18; 2 Coríntios 5:21; Efésios 4:26; Tiago 1:15; 2:9; 1 João 1:8-10; 2:1; 3:3-10.

Comentário

O pecado não se originou com a Queda (apostasia) do homem. O pecado se originou dentro do mundo espiritual ou angelical. Lúcifer (Satanás, o Diabo) apostatou de Deus por orgulho e vontade própria, e levou consigo uma série de seres angelicais (Isaías 14:12-15; Lucas 10:18). Ele estava na forma da serpente que tentou Adão e Eva e através desta provocou a Queda e apostasia da humanidade (Gênesis 3:1-19).

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A entrada do pecado na raça humana veio através da desobediência voluntária de Adão ao mandamento explícito de Deus (Gênesis 2:16-17; 3:1-7; Romanos 5:12). A raça humana apostatou de Deus em Adão como sua cabeça federal ou representante (a imputação da transgressão de Adão ou pecado original). Toda a humanidade caída ficou, assim, sob o poder reinante do pecado (Romanos 6:1-23) e sob a sentença de morte (Romanos 5:12). O pecado é uma violação ou qualquer coisa contrária à lei moral de Deus. A lei moral é a expressão eterna da autoconsistência moral de Deus, a transcrição de Seu justo caráter. Como este universo criado no contexto do caráter moral de Deus, tudo o que existe em vio-lação ou contrariedade a isto é pecado. O pecado assim pressupõe Deus em Sua absoluta perfeição moral. O epítome, ou seja, o resumo da lei moral de Deus em sua forma positiva

está contido em Deuteronômio 6:4-5 e sua versão do Novo Testamento, em Mateus

22:36-40. O epítome desta lei, em sua forma amplamente negativa, é encontrado nos Dez Manda-mentos (Êxodo 20:1-17).

O pecado pode existir como uma imputação, uma concepção, uma inclinação, uma disposição, um pensamento, um ato ou um estado do ser. Como o pecado pressupõe Deus e Sua autoconsistência moral, então todo e qualquer pecado é contra Deus (Salmos 51:4): O pecado é rebelião contra a lei de Deus (1 João 3:4); é um desafio à autoridade de Deus; é a recusa obstinada de submeter-se à Sua vontade revelada (Gênesis 3:9-13; 4:3-14; Romanos 9:14-21); é uma ignorância deliberada da imanência de Deus (Jeremias 23:23-24); é um desafio à vontade revelada de Deus (Mateus 6:10); é uma negação da justiça de Deus que considera levemente o precioso sangue de Cristo, que nos redimiu, e despreza os sofrimentos infinitos de nosso amoroso Salvador (Hebreus 10:26-31; 1 Pedro 18-20); é uma recusa da justiça de Deus (Romanos 3:21-26; Tito 3:5); é um abuso da bondade de Deus (Romanos 2:4). O pecado é um repúdio da graça de Deus (Efésios 2:5, 8-10); é uma rejeição da misericórdia de Deus (Salmos 103:8-18; Salmos 136; Efésios 2:4); é uma traição do amor de Deus (João 3:16; Tiago 4:4; 1 Pedro 1:18-20; 1 João 4:9-10); é presunção sobre a providência de Deus (Salmos 19:13); é uma difamação da santidade de Deus (Levítico 10:1-3; Romanos 6:15-22; 1 Pedro 1:15-16); é um poluente da pureza moral de Deus (Êxodo 20:14; Habacuque 1:13; Hebreus 7:25; 1 João 2:1); é um desprezo da sabedoria de Deus (Romanos 11:33-36); é engano e hipocrisia diante de Deus (Gênesis 4:5-10; Atos 5:3-4; Romanos 6:16-18); é uma perversão da ordem de Deus quanto ao tempo (Êxodo 20:8-11; 2 Coríntios 6:2; Efésios 5:14-15); é um desrespeito à autoridade ordenada por Deus (Êxodo 20:12; Efésios 6:1-4); é uma presunção sobre a justiça e o caráter de Deus (Salmos 19:13; Romanos 6:1-6; Efésios 5:3-4; Apocalipse 20:11-15); é um insulto à inteligência de Deus (Hebreus 12:3-15); é uma provocação da ira de Deus (Hebreus 10:31; 12:3-15). O pecado possui cinco realidades: culpa, penalidade, contaminação, poder e presença. A doutrina bíblica da salvação lida com cada aspecto: a justificação trata da culpa e da

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penalidade do pecado, a santificação da contaminação e poder do pecado, e a glorificação da própria presença do pecado. Qualquer doutrina da salvação que não corrigir comple-tamente estas realidades não é bíblica.

O pecado não é natural para a ordem das coisas, ele é antinatural. É uma intrusão em um universo de outro modo criado e estabelecido por Deus para ser “muito bom” (Gênesis 1:31). O pecado corrompeu o universo e permeou o mundo. Ele trouxe desunião e desarmo-nia espiritual, religiosa, mental, moral, ética, social e física. Em um mundo amaldiçoado pelo pecado nada é como deveria ser. Em um mundo afetado tão grandemente pelo pecado, é normal que as coisas deem errado e que, às vezes, tudo dê errado.

A consequência final do pecado é a morte — morte espiritual, física e eterna (ou seja, a separação eterna de Deus sob julgamento). Veja a Pergunta 165. Quando Adão pecou por sua desobediência e apostasia de Deus, ele morreu espiritualmente — a imagem de Deus dentro dele foi desfigurada. Ele mais tarde morreu fisicamente. Veja a Pergunta 167. Haverá uma ressurreição para o julgamento de todos os que fisicamente morrem apartados da fé salvífica em Jesus Cristo, ou seja, os que estão espiritualmente “mortos”. Este julgamento será eterno. Veja a Pergunta 171.

A salvação é do pecado, não só do juízo eterno. Existe uma libertação presente e necessá-ria do poder reinante do pecado bem como uma libertação futura da pena final do pecado (Romanos 6:11-14, 17-18; 8:29; 2 Coríntios 3:17-18). Sustentar o contrário é negar o caráter essencial de Deus (1 Pedro 1:15-16) e as realidades bíblicas necessárias de regeneração, conversão, justificação, adoção e santificação. As consequências imediatas do pecado, no entanto, devem ser frequentemente suportadas. Não devemos interpretar mal isto. Deus pode não, e geralmente não liberta das consequências imediatas de pecado. A conversão pode não restaurar um casamento fracassado. A saúde do bêbado pode não ser restaura-da. Os frutos da imoralidade podem ter que ser suportados nesta virestaura-da. Os crimes cometidos antes da conversão não são anulados ou perdoados automaticamente pelo sistema judicial. Tais questões devem ser suportadas e santificadas na experiência do crente; a libertação final do pecado é a nossa esperança gloriosa, mesmo que não haja libertação de suas consequências imediatas.

O pecado tem a tal ponto corrompido e permeado, que a sua completa erradicação deve ser a destruição do velho e a recriação do novo, ou seja, “novos céus e uma nova terra onde habita a justiça” (Isaías 65:17; 66:22; 2 Pedro 3:7-13).

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Pergunta 37: Qual foi o pecado de Adão?

Resposta: O pecado de Adão foi uma rebelião intencional contra o conhecido mandamento

de Deus.

Gênesis 2:16-17: “E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, 17 mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não

comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”.

Gênesis 3:1-7: “Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? 2 E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim

comeremos, 3 mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis

dele, nem nele tocareis para que não morrais. 4 Então a serpente disse à mulher:

Certa-mente não morrereis. 5 Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os

vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal. 6 E viu a mulher que aquela

árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar enten-dimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.

7 Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram

folhas de figueira, e fizeram para si aventais”.

Veja também: Romanos 5:12-14; 1 Timóteo 2:12-14.

Comentário

A tentação concentrou-se sobre a veracidade da Palavra de Deus — no próprio ponto de fé na verdade de Deus. Satanás retratou Deus como sendo muito restritivo e irracional, e como negando algo bom para Adão e Eva, ou seja, acusou-O de ser mentiroso. Eva tornou-se a primeira “porta-voz” de si mesma e de tornou-seu marido. Ele falhou em agir sobre e sustentar sua liderança. Ambos, como criaturas de fé, falharam no ponto da fé deles que devia coincidir com e descansar na Palavra de Deus.

A oferta de Satanás em seu engano e sedução era uma suposta autonomia ou independên-cia de Deus. O homem podia ser o seu próprio “deus” e determinar por si mesmo o que era certo ou errado. Ele já não teria de “pensar os pensamentos de Deus e segui-los”, ou definir ele próprio ou qualquer outra coisa nos termos da Palavra de Deus. Ele seria como o próprio Deus — os mesmos pecados que causaram a queda de Lúcifer: orgulho e egocentrismo.

Nesta tentação, tudo que o Diabo fez foi agir sobre as tendências naturais — e ainda

não-pecaminosas — que ele percebeu na natureza humana de Adão e Eva. Eles eram justos,

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possuir conhecimentos à parte de Deus resultou em um conhecimento e experiência peca-minosos. Isso é tudo que o homem pode esperar quando pensa ou age à parte da ou contrário à Palavra revelada de Deus.

Eva foi seduzida pela astúcia da serpente, mas Adão, falhando em agir de forma respon-sável como o cabeça da relação, agiu deliberadamente e como chefe responrespon-sável abaixo de Deus, e foi considerado primariamente como responsável por Deus (Gênesis 3:1-19; 1 Timóteo 2:12-14). A raça humana caiu em Adão, seu cabeça constituído ou federal, não Eva. Veja a Pergunta 34.

Qual é a nossa atitude diante do pecado? Nós entendemos que a tentação vem a nós da mesma forma que veio aos nossos primeiros pais — no mesmo ponto que nossa fé deve ser fundamentada na Palavra de Deus?

Pergunta 38: Quais foram os resultados do pecado de Adão?

Resposta: Adão morreu espiritualmente. Seu ato de pecado foi imputado a toda a sua

posteridade. Todo o ser humano também herdou sua natureza pecaminosa, a qual se expressa constantemente sob o poder reinante do pecado.

Romanos 3:23: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”. Veja também: Gênesis 5:3; Romanos 5:12, 18-19; 1 Coríntios 15:21-22.

Comentário

Adão teve morte espiritual imediatamente após seu ato de desobediência, ou seja, sua relação com Deus, sua personalidade e sua natureza sofreram uma mudança substancial de relacionamento. Sua personalidade estava originalmente sob o controle de uma inteli-gência justa, mas ficou sob a influência da natureza física e de seus apetites. Esta mudança pecaminosa na personalidade só pode começar a ser posta de lado pela graça salvífica (João 3:3, 5; Romanos 6:6; Efésios 4:22-24; Colossenses 3:1-3; 9-10). Veja a Pergunta 164.

Adão ficou como o Homem Representante, e, portanto, quando ele pecou em apostatar de Deus, toda a raça humana caiu nele como seu cabeça federal. Isso é chamado de “pecado original”, ou imputação imediata. Mesmo se uma pessoa pudesse começar de qualquer ponto de sua vida e viver perfeitamente sem pecado — mesmo que isso fosse possível — ele ou ela ainda estariam totalmente condenados por causa do pecado original (a imputação

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da transgressão de Adão). A condenação e culpa do pecado são, portanto, inevitáveis. Veja a Pergunta 66.

Quando Adão e Eva, como pecadores, tiveram filhos, eles também foram pecadores (Gêne-sis 5:3). A desfiguração da imagem Divina no homem foi passada à toda a posteridade de Adão tanto pela imputação quanto pela herança. Assim, todos os seres humanos não têm apenas o pecado original, mas também uma natureza pecaminosa e, por isso, são propensos ao pecado pessoal. A herança da natureza pecaminosa de Adão e à propensão à transgressão é chamada de “imputação mediata” (Romanos 3:9-18). Tanto a imputação imediata quanto à mediata do pecado são realidades terríveis.

Todo ser humano subsequente, de modo consequente, evidencia o seu estado pecaminoso através dos pecados pessoais na disposição, inclinação, motivação, pensamento, palavra e ação, estando sob seu poder reinante porque todos os seres humanos são pecadores, todos necessitam de salvação tanto do poder reinante do pecado quanto de suas conse-quências imediatas e finais.

Não é digno apenas de nota, mas absolutamente vital compreender que, mesmo com a maldição, veio a promessa de um redentor (Gênesis 3:15) — o proto-evangelium, ou primei-ra promessa do Evangelho). Esta revelação Divina paprimei-ra a serpente como um desafio e paprimei-ra o homem como uma promessa demonstra constantemente que Deus é um Deus de propó-sito, que Se deleita na misericórdia e Se gloria na graça (Isaías 45:22; João 3:16-18)!

Pergunta 39: Qualquer ser humano por seu próprio esforço ou mérito pode ganhar

aceitação diante de Deus?

Resposta: Não. Por qualquer tentativa de justificação pelas boas obras ou esforço próprio

o homem apenas se coloca contra a graça de Deus, apegando-se à sua justiça própria que é inevitavelmente pecaminosa.

Isaías 64:6: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam”.

Tito 3:5: “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericór-dia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo”.

Veja também: Lucas 18:9-14; Romanos 1:16-17; 3:9-18; 5:1; 10:1-4; Efésios 1:6-7; 2:8-10; Tito 3:5.

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Comentário

A grande questão a respeito de nossa relação com Deus como seres humanos pecadores é: “Como se justificaria o homem para com Deus?” (Jó 9:2). Ser “justificado” significa ser “justo”, isto é, declarado justo diante de Deus. Deus enviou Seu Filho eterno, o Senhor Jesus Cristo, para viver e morrer pelos pecadores para responder às Suas reivindicações de justiça (as justas exigências de Sua santa lei) contra eles. Pela obediência ativa de Cristo (Sua vida perfeita vivida sob a Lei), Ele cumpriu Suas exigências. Por Sua obediência passiva (sofrimento e morte), Ele pagou a pena exigida por aquela lei quebrada. Assim, por Sua vida e morte Ele satisfez todas as exigências da lei Divina. Tanto a vida impecável do Senhor Jesus quanto Seu sofrimento sacrificial e morte eram necessários, e ambos são imputados aos crentes. A mensagem do Evangelho é uma mensagem de justificação, perdão dos pecados e reconciliação através da imputação da justiça de Cristo (Romanos 1:16-17; 1 Coríntios 15:1-4). Apenas pela fé, o Cristão está diante de Deus justificado por meio da justiça imputada de Jesus Cristo.

O que é justiça própria? É tudo o que podemos fazer em nossa própria força e por nossos próprios esforços para fazer de nós mesmos supostamente aceitáveis a Deus (nossas ações mais fervorosas, santas e religiosas). É uma justiça que tenta deixar de lado ou igno-rar a pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo como Mediador, Redentor e Fiador. Porque nós somos pecadores por imputação (pecado original), por disposição (a natureza pecaminosa), por dominação (poder reinante do pecado) e por comissão (pecado pessoal), não podemos fazer absolutamente nada para adquirirmos merecer (ganhar) a aceitação de Deus ou atingir o padrão de Suas justas absolutas exigências. Qualquer afastamento da graça em princípio ou desempenho é justiça própria (Romanos 11:5-6). A justiça própria (justiça pelas obras, o esforço próprio, autodeterminação ou habilidade humana) pode ser muito sutil. Por exemplo, se a fé e o arrependimento são considerados de alguma forma como aquilo que nos dá merecimento de aceitação diante de Deus, eles, também, são apenas a manifesta-ção de uma mentalidade de obras, um estado enganoso de justiça própria e sem graça. A graça salvífica é a obra redentora de Deus na salvação dos pecadores através da Pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo. Dizer que “a salvação é pela graça”, é dizer que a graça salvífica de Deus é livre e soberana, isto é, não há nada que os homens possam fazer para merecê-la (ganhá-la); é livre graça — ou não seria mais graça, mas sim, obras, capacidade humana, mera autodeterminação. É da mesma maneira que a graça é soberana, ou seja, Deus soberanamente concede esta graça a quem Ele quiser. Se houvesse alguma dose de habilidade humana — obras, mera autodeterminação — seja qual for, então a salvação não seria pela graça somente (Romanos 11:5-6; Efésios 1:3-14; 2:1-10).

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Pergunta 40: De acordo com as Escrituras, o que Deus deu para evitar que o homem tente salvar a si mesmo por seu próprio esforço ou obras?

Resposta: Deus deu sua lei moral para revelar Seu caráter justo, revelar o Seu padrão

para o homem, expor o pecado e levar os pecadores a Cristo para a salvação.

Deuteronômio 6:4-5: “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. 5 Amarás, pois,

o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças”. Gálatas 3:24: “De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados”.

Veja também: Êxodo 20:1-17; Mateus 22:36-40; Romanos 7:7-14; 1 Timóteo 1:5-11.

Comentário

O termo “lei” é usado nas Escrituras de várias maneiras diferentes. Devem-se tomar cuida-dos para fazer as distinções adequadas dentro do contexto. Observe os seguintes usos nas Escrituras: A integridade da Palavra de Deus (1 João 2:3-4; 3:4). Todo o Antigo Testamento (Mateus 5:17-18; Romanos 2:17-20; Hebreus 10:1). Os Cinco Livros de Moisés ou Pentateuco (Lucas 24:44; Romanos 3:21). Toda a legislação Mosaica. A lei humana ou personalizada (Romanos 7:1-3). Vários princípios ou poderes de atuação que existem na ordem espiritual ou moral criada de coisas (Romanos 3:27; 7:21-23; 8:1-3). Os Dez Mandamentos (Êxodo 20:1-17).

A lei moral é sintetizada no Decálogo ou Dez Mandamentos, e responde à lei ontológica-mente embutida na natureza do homem na criação como o portador da imagem de Deus (Romanos 2:11-16). A lei moral não foi formulada nem instituída no Sinai, ao contrário, foi codificada e sintetizada no Sinai no Decálogo. A lei moral expressa a autoconsistência moral ou o caráter justo e absoluto do Deus Triuno. A lei moral foi codificada como parte do propósito redentor progressivamente revelado (Romanos 5:20-21). (Toda revelação Divina pós-Queda é essencialmente redentora em natureza). A lei moral foi revelada a Moisés e dada a Israel em uma forma codificada e sintetizada ou sumarizada. Israel, como o povo da aliança de Deus, formava o repositório da lei moral Divinamente revelada e codificada até que o Evangelho levasse todas as nações da terra a conhecer de fato a Deus e a Sua autoconsistência moral.

Qual é o propósito da lei para o incrédulo?

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uma revelação da natureza e do caráter Divino. É particularmente uma transcrição da perfeita justiça ou autoconsistência moral de Deus e o que Deus requer do homem (Êxodo 20:1-17; Eclesiastes 12:13-14; Mateus 22:35-40);

Segundo, a lei foi feita para trazer uma restrição sobre o pecado (Romanos 2:14-16; 7:7);

Terceiro, a lei também agrava a mente ou o coração não-regenerado e faz com que ele tanto se rebele contra os mandamentos de Deus quanto cobice o que é proibido (Romanos 7:7-13);

Quarto, é um meio de convicção do pecado ordenado por Deus (Romanos 3:19-20; 5:20; 7:7-13; 1 Coríntios 15:56; Gálatas 3:24; 1 Timóteo 1:8-11).

Finalmente, ela é concebida para levar o pecador a Cristo (Gálatas 3:23-24). Note que o tempo perfeito do Grego em Gálatas 3:24 deveria ser traduzido “A lei nos serviu e continua a servir de aio, para nos conduzir a Cristo...”.

Qual é o propósito da lei para o crente?

Primeiro, é a sua regra de vida, e não de forma legalista, mas como o padrão objetivo que é cumprido no contexto da graça (Mateus 22:34-40; Romanos 6:14). Deve ser notado, em Romanos 6:14 que o artigo definido “a” não ocorre antes da palavra “lei” no Grego. Assim, refere-se a um princípio de lei, ou seja, um princípio de mero coman-do exterior, como contrastacoman-do com o princípio interior de graça.

Segundo, é a essência da ética Cristã no contexto do amor (Romanos 13:8-10). Como o amor cumpre a lei, por isso, ele é definido por ela; Veja a Pergunta 163.

Terceiro, a lei é para a humildade do crente (Romanos 7:14-8:4).

Finalmente, a lei faz o crente olhar constantemente para e glorificar a Pessoa e a obra de Cristo no contexto da graça soberana, como Aquele que o libertou de sua condenação (Gálatas 3:13; 4:4-5; 6:14, 16; Filipenses 3:7-9).

Um conceito bíblico consistente da lei moral deve incluir ambas as suas formas negativas e positivas, como claramente ilustrado no ministério e ensino de nosso Senhor Jesus Cristo. O Seu ensino e o dos Apóstolos inspirados não anularam a lei moral, antes a reforçaram (Mateus 5:17-18; 22:36-40; Romanos 3:19-20, 27-31; 7:7-13; 13:8-10; 1 Timóteo 1:5-11). É absolutamente incompreensível que alguém deva colocar a doutrina de nosso Senhor e

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dos Apóstolos inspirados contra a verdade e a realidade da lei moral como dada no Antigo Testamento. Além disso, a lei moral em sua expressão mais completa deve incluir os co-mandos morais de próprio nosso Senhor e de Seus Apóstolos inspirados. É, portanto, inclu-sivo de todos os mandamentos morais da Palavra de Deus. O Decálogo e os “Dois Grandes Mandamento” são apenas o epítome, isto é, resumo da lei moral, e o melhor comentário sobre a lei moral é o restante das Escrituras.

A terminologia “Palavra-Lei” de Deus é usada ao longo desta seção. Por isto se entende a Palavra de Deus que está na natureza do comando ou lei para o homem. Por este uso, nós procuramos manter a natureza e autoridade da Palavra de Deus. No contexto da Palavra de Deus, estamos em obediência ou desobediência.

Pergunta 41: Será que a lei foi destruída pela obra redentora do Senhor Jesus Cristo?

Resposta: A lei de Deus não foi destruída pela obra redentora do Senhor Jesus Cristo. Em

vez disso, o seu conteúdo foi modificado e sua administração foi alterada.

Êxodo 20:1-3: “Então falou Deus todas estas palavras, dizendo: 2 Eu sou o Senhor teu

Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. 3 Não terás outros deuses diante

de mim”.

Romanos 7:12: “E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom”.

Mateus 5:17-19: “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir. 18 Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota

ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido. 19 Qualquer, pois, que violar

um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus”.

Romanos 8:4: “Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito”.

Romanos 10:4: “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê”.

Veja também: Êxodo 20:1-17; Deuteronômio 5:1-22; Mateus 22:36-40; Romanos 7:7-14; 8:1-9; 1 Timóteo 1:5-11.

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Os Antinomianos (Gr. anti, “contra”, e nomos, “lei”) afirmam que a lei moral foi destruída por

meio da obra redentora do Senhor Jesus Cristo. Assim, ela supostamente não tem lugar na vida do crente.

Alguns antinomianos sustentam que “a lei” foi substituída pela “graça”, e que desde a morte sacrificial de nosso Senhor, a lei é irrelevante. Assim, ela não tem qualquer relação com incrédulos ou crentes. Veja a Pergunta 134. Qual dos Dez Mandamentos, como o epítome, isto é, resumo da lei moral, com a possível exceção do Quarto, foi destruído? Nenhum. Cada Mandamento ainda está em vigor e sua violação é considerada pecado. A questão do Sabath, corretamente entendida, também precisa encontrar a sua expressão moderna tanto na devida observância quanto na antecipação da glória eterna. Veja as Perguntas 50-51. A questão não é a destruição dos Dez Mandamentos, mas uma abordagem bíblica à sua perpétua relevância, como todos eles são claramente reiterados no Novo Testamento, com exceção da observância do Sabath, que presume um contexto da Nova Aliança. A lei como uma aliança não foi destruída. Ao invés disso, o seu conteúdo e administração foram modificados: Primeiro, seu conteúdo foi alterado. A lei Cerimonial — o sistema de sacerdotal, sacrificial e os rituais — foi cumprida na Pessoa e na obra redentora de nosso Senhor. A lei Civil com suas restrições sociais e suas leis dietéticas eram em grande parte nacionais e históricas. As distinções do Antigo Testamento sobre o povo da aliança de Deus (Israel nacional) eram essencialmente físicas, dietéticas e cerimoniais; os distintivos do povo (crentes) da aliança de Deus do Novo Testamento são espirituais.

Neste contexto, a ideia de “lei” na Epístola aos Gálatas, deve ser considerada. O Apóstolo Paulo está se referindo à “lei” em um sentido inclusivo, não à lei moral, como ele define “lei” e “graça” em justaposição. Ele inclui festivais e circuncisão judaicos nesta ideia de “lei”, e assim está se opondo à instituição Mosaica geral como representativo de uma obra-religião em oposição ao Evangelho da graça. A questão é a justificação, não a santificação; obras em oposição ao Evangelho da graça. A lei moral permanece como a revelação e o epítome do caráter santo e justo de Deus.

Segundo, sua administração foi alterada (Ezequiel 36:25-27; Jeremias 31:31-34; Hebreus 8:1-13; Romanos 2:11-16; 6:14; 8:1-9; 2 Coríntios 3:1-3, 6). A lei de Deus não está mais apenas escrita em tábuas de pedra, mas no coração (ser interior) do crente individual na regeneração. A lei foi interiorizada pelo Espírito de Deus no contexto de Sua graça capaci-tadora. Assim, o crente, pela dinâmica da graça Divina por meio do Espírito, é necessária e efetivamente posto em conformidade com a lei moral de Deus, que existe desde o princípio.

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meramente externa, exceto por um remanescente eleito de verdadeiros crentes. Sob a No-va Aliança ou Aliança do ENo-vangelho, o coração ou o ser interior é transformado através da graça regeneradora para agir conforme, em princípio, com a lei moral. Veja a Pergunta 83. Qualquer negação desta realidade é uma negação da graça Divina na regeneração, conver-são e santificação — e isto atinge no próprio coração do antinomianismo prático (a negação da lei). A união do crente com Cristo é necessariamente uma transformação da vida espiri-tual, moral, intelectual e ética. Veja a Pergunta 77.

Se a lei não foi destruída, então qual é a sua relevância? A relevância e a perpetuidade da lei moral podem ser entendidas pelas seguintes considerações:

Primeiro, o prólogo do Decálogo estabelece o contexto histórico, redentor e pactual com a lei: “Então falou Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão” (Êxodo 20:1-2). Deus revela-Se como Deus e Redentor da aliança de Israel. Assim, a lei foi dada a um redimido povo da aliança para que eles pudessem refletir o caráter moral do Senhor seu Deus, e não como um meio de salvação, ou simplesmente como um documento legalista para Israel. A redenção requer revelação, e a revelação contém a legislação, tanto na Antiga quanto na Nova Aliança (Romanos 3:19-20; 1 Timóteo 1:8-10; 1 João 2:3-5). Esta doação histórica da lei nesta maneira codificada deve ser entendida em um contexto mais amplo da aliança Abraâmica (Gênesis 12:1-3; Êxodo 2:24; Deutero-nômio 29:12-13). Os crentes na economia do Evangelho devem também refletir o caráter moral de Deus como seu redimido povo da aliança em Jesus Cristo (Hebreus 12:14; 1 Pedro 1:14-16; 2:9), que é a verdadeira “Semente de Abraão” e o cumpri-mento dessa promessa de aliança (Gálatas 3:6-26). A lei magnifica o Senhor Jesus que com Sua obra redentora cumpriu as exigências da lei quanto a nossa justificação. Nós devemos refletir a justiça da lei como a nossa santificação em obediência a Ele, pela graça e pelo Espírito de Deus (Romanos 8:1-4; 1 João 2:3-5).

Segundo, a natureza, o caráter e a autorrevelação de Deus devem determinar a relevância da lei — não os nossos próprios pensamentos ou sentimentos. Deus é imutável. A lei moral é a transcrição de Sua autoconsistência moral ou caráter justíssimo. É por esta razão que a lei moral e seus princípios permanentes reaparecem no Novo Testamento e têm necessariamente uma afinidade mais próxima com o Evangelho (Mateus 22:37-39; Romanos 7:12, 14; 8:1-4; Gálatas 3:24; 1 Timóteo 1:5-11; 6:14-16; Tiago 2:8; 1 Pedro 1:15-16).

Terceiro, deve haver uma lei moral para os seres morais na ordem e no governo moral criados por Deus. A lei moral é para seres racionais, moralmente responsáveis, que um dia estarão diante de Deus para serem julgados (Romanos 3:19-20). Seria

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impen-sável para um Deus santo e justo ter um povo ímpio e injusto como o resultado glorioso de Sua concessão da graça, ou que o padrão Divino para o povo de Deus deve ser deixado à experiência subjetiva ou à especulação (Romanos 2:14-16; Tito 2:11-14; Hebreus 12:14; 1 Timóteo 1:5-11; 1 Pedro 1:13-16; 2:9).

Quarto, a santificação é a conformidade em princípio, com o caráter moral de Deus — a santidade, que reflete a lei de Deus. A santificação do Evangelho não é legalismo, mas uma conformidade graciosa e intencional à Palavra de Deus pela graça capacita-dora do Espírito Santo (Romanos 8:1-4; 2 Coríntios 3:6, 17-18; 1 João 2:3-5; 3:22). Quinto, não há “graça antinomiana”. A graça leva o crente a um princípio de conformi-dade com a lei de Deus (Romanos 8:1-4; 1 João 2:3-5). Embora a própria lei não possua o poder de santificar (o fracasso dos homens em cumprir a Antiga Aliança: Romanos 6:14; 8:3-4), ela é o nosso padrão para a santificação à medida que ela expressa a autoconsistência moral ou perfeita justiça de Deus (Jeremias 31:31-34; Ezequiel 36:25-27; Romanos 8:3-4; Efésios 2:5, 8-10; Hebreus 8:1-13).

Sexto, o pecado, a justiça e o amor devem ser definidos e compreendidos nos termos da lei (Romanos 8:3-4; 13:8-10; 1 João 3:4). O “Amor” não é o cumprimento da lei no sentido temporal, mas em um sentido interpretativo. Apartado da lei, o amor permane-ce biblicamente indefinido e despojado de seu caráter moral nepermane-cessário. A ausência ou a destruição da lei não é liberdade, mas ilegalidade (Romanos 13:8-10; Gálatas 5:22-23; 1 Timóteo 1:5).

Finalmente, a lei moral de Deus não é apenas reiterada, mas fortalecida no Novo Testamento, que revela sua verdadeira natureza espiritual (Mateus 5:17-19, 27-29; 43-44, 48; Romanos 7:12; 1 Timóteo 1:5-11; 1 João 3:15).

A fé não anula a lei de Deus, antes a estabelece (Romanos 3:21-31). Como crentes, nós “morremos para a lei” como um instrumento de condenação. Em virtude de nossa união com Cristo e fé nEle, a lei é estabelecida, não destruída (Romanos 3:21-31; 7:4; Gálatas 2:16-21). Este “estabelecimento da lei” pela fé é mostrado de duas maneiras:

Primeiro, em Sua obediência ativa (Sua vida santa, sem culpa) e passiva (Seu sofri-mento e morte), nosso Senhor vicariamente tanto guardou a lei por nós quanto, então, pagou sua penalidade. Assim, as reivindicações da lei contra nós foram totalmente respondidas em virtude de nossa união com Cristo.

Segundo, com base na obra redentora de nosso Senhor, o Espírito Santo nos capacita a estar em conformidade com os princípios da lei. Isto não é justificar o

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comporta-mento, mas a obra santificadora do Espírito da graça que nos refaz completamente, dando-nos um novo coração, uma nova mente (Ezequiel 36:25-27; Romanos 6:14; 8:1-4; 2 Coríntios 3:1-6; Gálatas 5:22-23; Hebreus 8:1-13).

A lei é boa, se alguém dela usa legitimamente, ou seja, a maneira como Deus destinou que ela fosse usada (Romanos 7:10, 12, 14; 1 Timóteo 1:8), e não como um assunto de debate, contenda e tradição religiosa legalista. A lei é espiritual na medida em que deriva de Deus e trata não só com a vida exterior, mas o coração ou ser interior do homem (Romanos 7:12, 14). Ela não só proíbe o ato externo, mas qualquer coisa que leva a tal (Mateus 5:17-18; Gálatas 3:19-24; Romanos 3:19-20; 5:20; 7:12-14a; 1 Timóteo 1:8-11; 1 João 3:15). Nenhu-ma mera conformidade externa com estes preceitos é a verdadeira obediência que Deus exige, mas uma conformidade de coração através da graça capacitadora.

A lei Divina é absoluta e original; a lei humana é relativa e derivada. A lei humana deve refletir a lei de Deus. Apartada da lei Divina, a lei humana é necessariamente baseada em costumes sociais ou consenso humano, e assim torna-se estatística, positiva ou inclusiva de uma forma totalitária (a lei negativa é necessariamente limitada e específica, a lei positiva é ilimitada e inclusiva), moralmente relativista, e de modo arbitrário, e, muitas vezes, contraditória e injusta.

A administração da Lei de Deus está nas mãos de Seu ressurreto, glorificado e assunto Filho, o Senhor Jesus Cristo, que agora Se assenta com todo o poder e autoridade como “Rei dos reis” e “Senhor dos senhores” sobre o universo criado e como o juiz final de todos os homens (Salmos 2:1-12; Mateus 5:18; 28:18; João 5:22; Atos 2:36; 1 Coríntios 15:25-26; Filipenses 2:9-11; Colossenses 1:13-17; Hebreus 1:1-3; Apocalipse 11:15; 19:11-16). Assim, o Senhorio de Jesus Cristo se estende a todas as esferas da vida: individual, civil, familiar, espiritual, eclesiástica, moral, ética, social, política e educacional; científico, econô-mico e ambiental. A neutralidade é um mito. Não pode haver qualquer autonomia para o homem, nenhuma área de realidade onde Jesus Cristo não é o Senhor. A autonomia huma-na leva à ahuma-narquia política e moral ou ao totalitarismo e à escravidão. Submissão ao Senhorio de Cristo significa a verdadeira liberdade sob a Palavra de Deus.

Nós amamos a Lei de Deus?

Pergunta 42: Qual é a relação entre a lei e o Evangelho?

Resposta: A lei e o Evangelho não são contraditórios, mas complementares. A lei deve ser

pregada de forma evangélica e o Evangelho não deve ser pregado de forma legalista. Romanos 3:20: “Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado”.

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Gálatas 3:23-24: “Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar. 24 De maneira que a lei nos serviu

de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados”.

1 Timóteo 1:8: “Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela usa legitimamente”.

Comentário

O legalismo e o antinomianismo representam os dois extremos a respeito da lei. O legalismo em sua forma mais extrema é simplesmente a salvação pelas obras. Em sua forma mais comum, é uma abordagem legalista para questões espirituais. O legalismo não é a verda-deira espiritualidade. É antes, um sistema “faça” e “não faça” feito pelo homem que substitui os comandos bíblicos. O Antinomianismo é um tipo de ilegalidade, visto que a ausência da lei não é liberdade, mas anarquia. O Antinomianismo, no entanto, geralmente leva ao legalismo, porque o homem, supostamente libertando-se da lei de Deus, inevitavelmente a substitui por uma “lei” (sistema legalista) própria — inevitavelmente um sistema sem graça. A pregação da lei não é necessariamente uma “pregação legalista”. Como existe uma forma legalista de pregar o Evangelho, assim existe uma forma evangélica de pregar a lei. O Evangelho é pregado de forma legalista quando é pervertido em um sistema de obras ou habilidade natural para a salvação. Se alguém olhar para o seu próprio arrependimento ou fé para a salvação, em vez de Cristo, ele é um legalista inconsciente. O Evangelho também é pregado de uma forma legalista quando é expresso em termos de regras e regulamentos que não sejam bíblicos, mas, sim, humanistas.

A lei é pregada de uma forma evangélica quando está em sua devida conexão com o Evangelho. A lei é pregada evangelicamente quando não contradiz o Evangelho, nem se opõe a ele, nem fica como um substituto para o Evangelho. Nem ainda, a lei deve ser pregada à parte do Evangelho, ou deve se tornar mera pregação legalista. Bíblica, lógica, e evangelisticamente, a lei prepara o pecador para o Evangelho expondo o pecado por aquilo que ele é no contexto de Deus e Sua justiça (Gálatas 3:24; Romanos 3:19-20; 5:20; 7:7-13).

A menos que alguém observe tanto o uso explícito quanto o implícito da lei, ele poderia bem não compreender o lugar dela no ministério evangelístico de nosso Senhor e dos Apóstolos inspirados:

Primeiro, o uso explícito da lei é bastante evidente na pregação do nosso Senhor, como foi notado nos casos do “jovem rico” (Mateus 19:16-26; Marcos 10:17-27; Lucas

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18:18-27), e o “doutor da lei” (Lucas 10:25-37). Este uso explícito da lei também parece ser evidente no ministério de Estêvão e a consequente conversão do Apóstolo Paulo (Atos 6:8-15; 7:58-60; Atos 9:1-8; Romanos 7:7-13; Filipenses 3:1-9).

Segundo, existem muito mais exemplos do uso implícito da lei tanto na pregação de nosso Senhor e dos Apóstolos. Em nossos exemplos do ministério do Senhor pode ser tirado de Sua entrevista com a mulher samaritana no poço (João 4:1-29), e a mulher achada em adultério (João 8:1-11). Ambos estão preocupados com o Sétimo Mandamento. Uma nota deve-se tomar da pregação inspirada de Pedro (Atos 2:23-24; 3:13-15; 4:10; 5:26-33), Estêvão (Atos 7:51-54) e Paulo (Atos 13:26-30), acusando os judeus de assassinato do Filho de Deus — uma violação clara do Sexto Mandamento. A pregação implícita da lei também é evidente na defesa do Apóstolo Paulo diante do Areópago de Atenas (Atos 17:22-31, e a declaração contra a idolatria e do justo juízo futuro) e em seu discurso perante Felix e Drusila, quando “ele tratou da justiça, da temperança e do juízo vindouro” (Atos 24:24-25).

Pergunta 43: Qual é a soma dos Dez Mandamentos?

Resposta: A soma dos Dez Mandamentos é amar a Deus com a totalidade do nosso ser e

amar o nosso próximo como a nós mesmos.

Deuteronômio 6:4-5. “Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR. 5 Amarás,

pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças”.

Mateus 22:37-39: “E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. 38 Este é o primeiro e grande mandamento. 39 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Desses dois

mandamentos dependem toda a lei os profetas”.

Tiago 2:10: “Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos”.

Veja também: Êxodo 20:1-17; Deuteronômio 6:4-5; 1 Timóteo 1:5-11; Tiago 2:10-11.

Comentário

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uma exposição de cada Mandamento separadamente, a fim de obter uma compreensão adequada da natureza e do caráter da lei de Deus.

O Decálogo pode parecer extremamente simples, já que cada mandamento é dado em termos muito específicos, ou seja, como um exemplo de jurisprudência. A jurisprudência é representante de princípios muito amplos e inclusivos — como demonstrado por outros exemplos de jurisprudência em todo o restante das Escrituras. Estes princípios derivam da autoconsistência moral de Deus, e assim cada Mandamento necessariamente condena qualquer e todos os pensamentos e inclinações que levam a qualquer ato evidente de trans-gressão, e do mesmo modo recomenda a consciência a todos os pensamentos e inclina-ções que conduzem à obediência. Por exemplo, aquele que olha para uma mulher com desejo já cometeu adultério em seu coração diante de Deus (Mateus 5:27-28). Aquele que odeia a seu irmão é assassino (1 João 3:15). Isto significa que a lei moral de Deus codifi-cada no Decálogo é capaz de expansão infinita e inclusiva.

Em cada Mandamento, o negativo implica o positivo, e o positivo implica o negativo. A lei em sua declaração positiva exige obediência total e inabalável, fidelidade e devoção (amor) a Deus; e o devido respeito, relações equitativas e um amor por todos os homens (Deutero-nômio 6:4-5; Mateus 22:36-40). A lei negativa é necessariamente específica e restrita; a lei positiva é necessariamente totalitária e assim a lei positiva é o domínio de Deus apenas. A lei de Deus é uma unidade. Quebrar um dos mandamentos de Deus é quebrar todos eles (Romanos 3:19-20; Gálatas 3:10; Tiago 2:10). Veja a Pergunta 63. Todo pecado é contra Deus. Todo pecador é um fraudulento, infrator, transgressor da lei, um “fora da lei”, um adúl-tero diante de Deus, independentemente se um ou todos os mandamentos são quebrados, e a punição para a quebra de um ou de todos os mandamentos é a morte, morte eterna, porque todo e cada pecado é contra o próprio Deus — um Deus infinito, eterno, santo e justo. Deus legislou a moralidade no Decálogo. Estes Mandamentos não podem ser melho-rados, e, em princípio, subjazem a base social, religiosa, moral, filosófica e legal de todas as tentativas históricas na lei humana equitativa e consistente. Nós simplesmente não devemos casualmente pôr de lado ou ignorar a lei moral de Deus!

O melhor comentário sobre a lei moral são as próprias Escrituras. O princípio vastamente conhecido como a “analogia da fé”, tanto a clareza das “Escrituras” ou “Escrituras inter-pretam as Escrituras” demonstram o verdadeiro significado e implicações da lei moral. O Novo Testamento é o grande inspirado comentário evangélico sobre a natureza relevante e inclusiva da lei moral.

No Decálogo, oito Mandamentos estão enquadrados na negativa, cada um definitiva e fortemente aplica uma proibição perpétua no Hebraico. Dois estão enquadrados na positiva,

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e também são muito rigorosos na força deles, usando a mais forte construção gramatical possível.

Pergunta 44: Qual é o Primeiro Mandamento?

Resposta: O Primeiro Mandamento é: “Eu sou o SENHOR teu Deus, que te tirei da terra

do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo 20:1-3).

Pergunta 45: Qual é o significado do Primeiro Mandamento?

Resposta: O Primeiro Mandamento exige que o homem conheça e adore a Deus, e o

reconheça como o único Deus verdadeiro em todas as esferas da vida.

Veja também: Gênesis 1:1-3; 39:8-9; Deuteronômio 4:28; 5:6-7; 6:4-5; 26:17-18; 32:15-21; Josué 24:14-15; 2 Samuel 22:32; 1 Reis 18:21; 2 Reis 19:15; 1 Crônicas 28:9; Salmos 14:1; 66:18; 81:8-16; 96:4-10; 139; Isaías 40:15-31; Mateus 4:10; 6:24; Romanos 1:18-22; 11:33-36; 1 Coríntios 8:4-6; Filipenses 2:9-11; Hebreus 1:2-12; Apocalipse 1:10-18; 4:8-11.

Comentário

O Primeiro Mandamento faz uma introdução ao restante do Decálogo através da autorreve-lação de Deus, e está dividido em três partes: uma reveautorreve-lação do Senhor Deus, uma declaração de libertação com poder e uma proibição perpétua contra todo e quaisquer falsos “deuses”.

Deus é absoluto e, assim os Seus direitos sobre o homem em Sua Palavra são absolutos. Porque Deus é absoluto, e cada fato é criado e definido por Ele, todo o reino da realidade e da humanidade criada é sagrado, ou seja, não pode ser dividido em “secular” e “sagrado”. Todas as coisas sem exceção existem por e para Deus, e existem para glorificá-lO. Ele deve ser absolutamente soberano sobre todas as esferas da vida e atividade. Assim, o reconhecimento, a submissão e obediência a Deus em todas as esferas da vida é a própria essência da adoração.

Este Mandamento proíbe qualquer desvio ou perversão da autorrevelação do Senhor Deus das Escrituras, incluindo: o ateísmo (sem Deus), politeísmo (muitos deuses), dualismo (prin-cípios bons e maus iguais disputando o controle do universo), panteísmo (Deus sinônimo inseparável da criação), panenteísmo (uma mistura de teísmo e panteísmo sustentando que Deus é o universo e ainda mais do que o universo, um ser complexo que está por si mesmo em processo de mudança), idolatria, e também a ignorância religiosa, neutralidade

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e hipocrisia. Tudo o que está em primeiro na vida de alguém é o seu “deus”, exigindo seu tempo, seus pensamentos, seus recursos e as suas energias. Nem todos os ídolos são feitos de madeira ou pedras, ou de ouro ou prata. Alguns são mentais ou constituídos em um coração-idólatra. Qualquer pessoa ou coisa que se torna um fim em si mesma torna-se um ídolo (1 Coríntios 10:31; Colossenses 3:5). Deus legitimamente exige que Ele seja a nossa única grande prioridade.

Embora este Mandamento esteja enquadrado no negativo, ele ordena certos deveres positivos:

Primeiro, Deus deve ter prioridade absoluta nos pensamentos, ações e adoração de todos os homens em todas as esferas da vida e da atividade. Esse é o Seu direito soberano como Criador e Regente do universo (Romanos 11:36; 1 Coríntios 10:31). Segundo, o homem deve conhecer a Deus. Posto que Ele é infinito e o homem é finito, este só pode conhecer a Deus ao passo que Ele tenha o prazer de revelar-Se tanto na natureza quanto nas Escrituras (Romanos 1:18-25; 2 Timóteo 3:16-17).

Terceiro, o homem deve temer a Deus e conhecê-lO corretamente por meio de Sua autorrevelação. Este medo é um temor reverencial que é consistente com um amor reverente e admiração. Temê-lO, leva o homem a adorá-lO (Êxodo 20:20; Deuteronô-mio 6:2; 4-5; 13:4; Salmos 86:11; Eclesiastes 12:13-14; Mateus 22:36-40). Os israelitas foram ensinados a temer a Deus por Ele ter julgado os “deuses” do Egito por meio das pragas e os haver livrado com mão forte (Êxodo 3:19-20; 6:6; 9:13-14; 11:9; 12:12; Romanos 9:17). Os crentes são ensinados a temer a Deus lendo Sua Palavra, reconhecendo Seu poder, Seu ódio ao pecado, Sua absoluta santidade e justiça e experimentando Sua mão de correção (Hebreus 12:3-12).

Quarto, o único e verdadeiro Deus deve ser o único e verdadeiro objeto de adoração do homem. Isto exige necessariamente adoração de coração e não mera religião ex-terior, visto que a verdadeira adoração começa no coração e na mente (Deuteronômio 4:29; 10:16; 6:4-5; Salmos 19:8, 14; 37:13; Mateus 22:37; Romanos 2:28-29).

Quinto, para adorar a Deus biblicamente o homem caído e pecador deve aproximar-se dEle por meio do Senhor Jesus Cristo como Mediador, Redentor, Salvador, Penhor e Grande Sumo Sacerdote. A verdade do Evangelho é uma parte essencial da Palavra-Lei de Deus (João 14:6; Atos 4:12; 1 Timóteo 2:5).

Sexto, adoração implica serviço. Nosso Senhor sabia disso na tentação no deserto (Mateus 4:8-10). A verdadeira adoração não pode permanecer teórica, abstrata ou

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separada do restante da vida, mas deve ser expressa na totalidade da vida (Êxodo 20:5; Deuteronômio 11:13; Romanos 12:1-2).

Será que Deus tem a prioridade em nossas vidas? Nossa adoração é teórica ou expressa em serviço?

Pergunta 46: Qual é o Segundo Mandamento?

Resposta: O Segundo Mandamento é: “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma

semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. 5 Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou

Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. 6 E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que

guardam os meus mandamentos” (Êxodo 20:4-6).

Pergunta 47: Qual é o significado do Segundo Mandamento?

Resposta: O Segundo Mandamento exige que o homem receba, observe e mantenha

puros e em sua totalidade todos os cultos e ordenanças religiosas tal como Deus nos prescreveu em Sua Palavra.

Veja também: Gênesis 4:1-8 (1 João 3:11-12); Êxodo 20:25-26; 32:1-8; 34:12-17, 23; Levítico 10:1-3; 19:4; 26:1; Deuteronômio 4:15-20; 11:16-17; 12:28-32; 16:21-22; 27:15; Juízes 17:1-13; 1 Reis 11:1-11; 12:28; Salmos 106:34-39; Isaías 40:18-20; 42:8; 44:8-20; Jeremias 10:14-15; Ezequiel 8:1-18; 36:25-27; Habacuque 2:18-20; João 1:1, 14, 18; 4:24; Atos 17:16, 22-31; Romanos 1:21-25; 1 Coríntios 10:7; Efésios 5:5; Colossenses 2:18, 3:5; 2 Timóteo 3:5; Apocalipse 2:14; 21:8.

Comentário

O Segundo Mandamento pode ser resumido em quatro partes: a proibição perpétua de fazer qualquer objeto ou representação com a intenção de usá-lo em adoração idólatra, uma revelação do caráter de Yahwéh Deus, a retribuição contra os pecadores e os descen-dentes deles até a quarta geração e uma expectativa de misericórdia estendida para aqueles que são obedientes.

Ambos, o Catolicismo e o Luteranismo mesclam este Segundo Mandamento com o Pri-meiro, então dividem o Último Mandamento em dois para preservar o número total. Isto foi feito em ambos os casos para evitar o problema do uso de imagens e figuras na adoração,

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ou seja, com o mesmo recurso chegamos à conclusão de que não se dever adorar imagens em hipótese alguma, justamente ao contrário do que eles acreditam.

O homem como o portador da imagem de Deus possui um instinto religioso, e assim não precisa de ordem para adoração; ele ao contrário precisa ser orientado sobre como deve ser sua adoração por causa de sua natureza pecaminosa decaída. O Primeiro Mandamento revela o Objeto de nossa adoração que se revela como único e verdadeiro Deus, o Segundo: O modo de nossa adoração. Deus revela Sua natureza e como Ele deve ser adorado, e aponta-nos para a única religião verdadeira. O Primeiro se opõe a todos os falsos deuses; o Segundo se opõe a toda a adoração obstinada e idólatra.

Deus é espiritual e deve ser adorado em espírito e em verdade (João 4:24; 1 Timóteo 6:15-16). Qualquer tipo de idolatria, representação material ou física perverte e limita o conceito de alguém acerca de Deus. Nem toda idolatria, no entanto, é física ou material. Há uma idolatria mental não-bíblica que limita a concepção de alguém acerca de Deus. A idolatria mental distorce a verdade de Deus no pensamento de alguém em tais realidades como a Sua natureza, caráter (Êxodo 5:2; Salmos 50:21-22; Isaías 29:15; 36:2-20), autoconsis-tência moral (Salmo 73:9-11; Sofonias 1:12) ou poder (Gênesis 20:9-11; 1 Reis 20:23, 28-29; 2 Reis 5:1ss). Assim, alguém — mesmo sem um ídolo material — ainda pode adorar o “deus” de sua própria imaginação.

Deus determina como, quando e com o que Ele deve ser adorado. Não há lugar para a vontade própria humana na adoração Divina (Colossenses 2:23). Este foi o pecado de Caim. Ele estava determinado que Deus deveria aceitá-lo e sua “oferta” em seus próprios termos humanos, e não da maneira que Deus havia revelado (Gênesis 4:1-12; 1 João 3:11-12). Deus é gracioso em Suas exigências, e não aceitará os enfeites ou adições da inova-ção humana (Êxodo 20:25-26), uma abordagem pragmática (1Samuel 15:17-24) ou ado-ração que Ele não ordenou (Levítico 10:1-3).

A verdadeira adoração a Deus é simplesmente a adoração que Ele mesmo ordena — sem quaisquer adições (Levítico 10:1-3) ou exclusões (Mateus 28:20). Isto é conhecido como “o princípio regulador”. Adoração deve ser bíblica, e aquilo que não é bíblico (contrário ao ensino explícito ou implícito das Escrituras, inovador, pragmático ou meramente tradicional ou “contemporâneo”) deve ser evitado.

O desejo inerente do homem em ver ou visualizar o Deus invisível encontra sua resposta no Senhor Jesus Cristo, que é Deus manifestado em carne (Isaías 9:6; João 1-3, 14, 18; João 17:1-5; Colossenses 1:12-19; 2:9; 1 Timóteo 3:16; Hebreus 1:3). Adorar o Senhor Jesus não é idolatria, antes é adoração verdadeira e bíblica.

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Nós já renunciamos e derrubamos todos os nossos ídolos? Existe alguma coisa em nossas vidas que seja um fim em si mesma e não um meio pelo qual devamos glorificar a Deus (1 Coríntios 10:31; Colossenses 3:5)?

Pergunta 48: Qual é o Terceiro Mandamento?

Resposta: O Terceiro Mandamento é: “Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em

vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êxodo 20:7).

Pergunta 49: Qual é o significado do Terceiro Mandamento?

Resposta: O Terceiro Mandamento requer o santo e reverente uso dos nomes de Deus,

bem como Seus títulos, atributos, ordenanças, Palavra e obras, e proíbe a profanação deles de qualquer forma.

Veja também: Levítico 19:12; 24:10-14; Deuteronômio 6:13; 23:21; 28:58; Salmos 8:1; 20:1; 29:2; 68:4; 109:17-18; 138:2; Provérbios 30:8-9; Eclesiastes 5:1-6; Isaías 48:1-2; 65:16; Jeremias 23:10-11; Ezequiel 36:23; Mateus 5:37; 6:9; 7:21-23; 12:36-37; Lucas 6:46; João 17:6; Atos 1:8; 4:12; 9:15-16; Romanos 2:24; 3:13-14; 2 Coríntios 5:20; Filipenses 2:9-11; Colossenses 3:17; 2 Timóteo 2:19; Tito 2:5; Apocalipse 13:5-6; 15:4.

Comentário

Este Mandamento é duplo em sua análise: primeiro, uma proibição perpétua declarada. O nome de Deus não deve ser tomado de alguma forma inferior do que aquela que apropriada e reverentemente reflita Sua verdadeira natureza, valor, honra, glória e majestade. Segun-do, um aviso emitido: o julgamento ou castigo Divino é uma certeza para o profanador. O Primeiro Mandamento revela o Objeto de nossa adoração: o único verdadeiro Deus, o Segundo, o modo de nossa adoração: espiritualidade verdadeira; o Terceiro, nossa atitude interior diante de Deus em adoração: reverência verdadeira, ou um modo de espírito apropriado.

Existem muitas maneiras pelas quais o nome de Deus pode ser tomado em vão: em pensa-mento, palavra ou ação. Blasfêmia, profanação, juramentos e maldições são os quatro prin-cipais meios explícitos de violação deste Mandamento. Futilidade ou frivolidade a respeito do nome de Deus também é proibido, como é a hipocrisia na profissão religiosa.

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Rebaixar a Palavra de Deus também está necessariamente incluído nesta proibição, como está invocar o Seu nome em oração quando a oração é a partir da vontade própria ou de forma incompatível com a Sua natureza e caráter (Mateus 6:9). Veja a Pergunta 101. Existem várias maneiras comuns nas quais o nome de Deus é tomado em vão:

Primeiro, quando há blasfêmia, maledicência, injúria intencional ou discurso injurioso contra a majestade de Deus (Mateus 12:24-32; Romanos 2:21-24).

Segundo, em caso de profanação, que pressupõe o nome de Deus. Profanação se refere especificamente ao uso irreverente do nome de Deus ou objetos religiosos. O termo deriva de pro, “antes”, e fanum, “templo, relicário, santuário”, e assim diante do

(ou fora) templo (morada de “deus”) e, portanto, “comum, secular, fora do reino de Deus”. Deus, porém, é o Deus de toda a realidade criada, onipresente, imenso e ima-nente. Não existe nada além dEle, nada secular, comum ou profano. Assim, profanar qualquer coisa associada com Deus é tomar o Seu nome em vão (Mateus 5:33-37). Terceiro, quando se profere um juramento. Juramento pode se referir à linguagem vulgar em geral, mas refere-se especificamente a um juramento que invoca ou se refere ao nome de Deus ou algum objeto religioso como um meio de impor a veraci-dade ou determinação de alguém. Proferir um juramento pode ser justo e legítimo ou pecaminoso, ou seja, tomar o nome de Deus em vão (1Samuel 14:44; 1 Reis 17:1; Mateus 5:33-37). Um Cristão deve ser tomado por sua palavra, e, portanto, não deve jurar por algo ou alguém (Mateus 5:33-37).

Quarto, quando se amaldiçoa, isto pode se referir à linguagem vulgar em geral, mas tecnicamente se refere a chamar a ira ou o julgamento de Deus sobre um inimigo ou malfeitor. Amaldiçoar pode ser legítimo ou pecaminoso (Levítico 24:11; Números 23:8; Deuteronômio 27:15-25; Josué 6:26; 1 Samuel 17:43; 2 Reis 2:23-24; 2 Timóteo 4:14). Amaldiçoar é o mais inútil e sem sentido dos pecados. Ao contrário da idolatria, é transpa-rentemente irreligioso e imediatamente revela o hipócrita. Ao contrário do assassinato, não existe nem mesmo a possível satisfação momentânea de vingança. Ao contrário da mentira ou do roubo, não traz nem mesmo vantagem temporária. Ao contrário de imoralidade, não traz qualquer prazer momentâneo que seja, nem satisfaz qualquer desejo. Ao contrário da cobiça, que é necessariamente previdente, é irracional e impensado. Por que, então, a maldição é tão predominante? A humanidade, criada à imagem de Deus, tem o dom da palavra para louvar a Deus e comunicar-se entre si. A blasfêmia, maldição ou juramento são terríveis expressões de pecadores depravados que são espiritualmente impotentes para criar, e só podem articular a frustração de seu pervertido “complexo de deus” por

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vocalizar seu ódio e desprezo tanto por Deus quanto pelo homem em termos perversos e destrutivos. As palavras se tornam armas, os juramentos se tornam encantamentos frus-trados e a maldição se torna uma teologia pervertida de autodestruição. O próprio dom da palavra, dado com o propósito de declarar a verdade de Deus e tornar a sociedade coeren-te, ao invés disto, profana o nome de Deus, perverte a verdade e fragmenta a sociedade (Romanos 3:13-14).

Um juramento civil ou religioso é um reconhecimento de que Deus é o todo-envolvente, realidade viva, que Ele é moralmente autoconsistente, imanente e infalivelmente trará os homens ao juízo. Tal juramento reconhece ainda Seu senhorio e domínio sobre todo o governo humano e religioso, e a validade e prioridade de Sua lei. Assim, juramentos devem ser levados a sério e perjúrio é uma ofensa grave para ambos, Deus e homem. Um juramento civil sem a lei-ordem de Deus é, no entanto, sem sentido, como testemunhado diariamente nos tribunais civis modernos.

É lícito fazer um juramento civil ou religioso? Alguns sustentam que todos os juramentos — um juramento de ofício político, para testemunho sob juramento em assuntos jurídicos, juramentos religiosos ou votos — são proibidos por nosso Senhor (Mateus 5:33-37). Os juramentos proibidos pelo Senhor eram juramentos pessoais desnecessários ou distorci-dos. Algo religioso era chamado para dar-lhes força. O crente, nosso Senhor ensinou, deve ser tomado por sua palavra (“Sim” ou “Não”) sem tais juramentos. Além disso, deve-se notar que a Escritura registra juramentos apropriados em uma forma positiva. Um voto ou juramento é um assunto sério e não deve ser tomado de ânimo leve (Eclesiastes 5:1-6). Deus abençoa a pessoa que faz um juramento e se mantém fiel à sua palavra, apesar da perda pessoal (Salmos 15:4). Muitas personalidades bíblicas fizeram seus juramentos em circunstâncias adequadas: por exemplo: Abraão e Eliezer (Gênesis 24:2-9), Jacó (Gênesis 28:18-22; 31:44-55) e Rute (Rute 1:17). Paulo clamou a Deus para ser sua testemunha (Romanos 1:9; 9:1; 2 Coríntios 1:23; Gálatas 1:20; Filipenses 1:8), um anjo faz um juramen-to (Apocalipse 10:5-6), nosso Senhor mesmo testemunhou sob juramenjuramen-to (Mateus 26:59-64) e o próprio Deus fez o Seu juramento para fortalecer Sua promessa (Isaías 45:22-23; Hebreus 6:13-18).

Você toma o nome de Deus em vão em seus lábios ou em sua vida?

Pergunta 50: Qual é o Quarto Mandamento?

Resposta: O Quarto Mandamento é: “Lembra-te do dia do sábado, para santificá-lo. Seis

dias trabalharás, e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque

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em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou” (Êxodo 20:8-11).

Pergunta 51: Qual é o significado do Quarto Mandamento?

Resposta: O Quarto Mandamento revela que Deus é soberano ao longo do tempo, e requer

que o homem se mantenha santo para Deus nesses momentos que Ele destinou em Sua Palavra.

Veja também: Gênesis 2:2-3; Êxodo 16:25-30; 23:10-12; 31:13-17; Levítico 19:30; 23:3; 26:2; Números 15:32-36; Deuteronômio 5:12-15; 2 Reis 4:22-23; Neemias 13:15-22; Isaías 58:13-14; Ezequiel 23:38; Amós 8:4-5; Mateus 12:1-13; 28:1; Marcos 2:23-28; Lucas 4:16; 23:56; 24:1; João 7:22-23; 20:1, 19; Atos 13:14-41; 17:3; 20:7; Romanos 14:5-6; 1 Coríntios 16:2; Gálatas 4:10-11; Colossenses 2:16-17; 2 Tessalonicenses 3:10-12; Hebreus 4:1-11; 10:25; Apocalipse 1:10; 10:5-6.

Comentário

O Quarto Mandamento revela a soberania absoluta de Deus sobre o homem no que diz respeito ao uso de seu tempo de trabalho, descanso, adoração e recreação. O Sabath, refletindo o descanso de Deus ao terminar a obra da criação, vem ao homem como uma bênção Divina e dom, não uma restrição ou carga (Isaías 58:13-14). A divisão deste Manda-mento é em quatro partes: primeiro, a admoestação mais forte tanto para lembrar o Sabath quanto para o santificar (separar). Segundo, o reconhecimento do trabalho, Terceiro, des-canso do trabalho. Quarto, a razão para o Sabath. Ele reflete o desdes-canso Divino após a obra da criação, um descanso de prazer e satisfação.

O Primeiro Mandamento revela a soberania absoluta de Deus sobre nossa adoração; o Segundo, a espiritualidade de nossa adoração; e Terceiro, a nossa atitude interior na adoração. O Quarto Mandamento revela a soberania absoluta de Deus sobre o nosso tempo de trabalho e de descanso, adoração e vocação, ocupação e recreação.

Alguém deve trabalhar antes de poder descansar. Seis dias são os dados por Deus para o trabalho. Note que seis dias de trabalho não estão necessariamente ordenados, mas sim que todo o trabalho do homem deve ser feito em seis dias para que ele pudesse descansar no sétimo: As palavras de abertura “Seis dias, trabalharás...” não devem ser arbitrariamente separadas do restante da declaração: “...e farás toda a tua obra”, implicando um prazo de

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seis dias para o trabalho para que o Sabath pudesse permanecer separado como um dia de descanso.

O Sabath semanal não foi o único “Sabath” que Deus ordenou a Israel para observar. Havia semanais (Êxodo 20:8-11; Deuteronômio 5:12-15), mensais (Números 28:11-15; Romanos 14:5-6) e Sabaths anuais (Êxodo 12:1-20, 43-50; Levítico 23:15-44; Números 28:16-25; 29:1-40), um observado a cada sete anos (Êxodo 23:10-11; Levítico 25:1-7, 18-22; 2 Crônicas 36:20-21) e um observado a cada cinquenta anos (Levítico 25:8-18). Alguns eram puramente dias de descanso, alguns eram dias de festa e alguns eram dias de adoração coletiva. Para entender corretamente o significado completo do sábado semanal, alguém deve entender todo o princípio do sábado ordenado por Deus. O que se segue é um breve estudo sobre os vários “Sabaths”:

O princípio do Sabath de Israel era o de repouso para o homem, os animais e a terra, insti-tuído por Deus. Este princípio olhou para trás, para a criação e libertação de Israel do Egito, olhou para Deus em um relacionamento de aliança e olhou para frente profeticamente para a redenção de toda a criação. Este princípio também foi um princípio de celebração. Ambos tipicamente anteciparam a redenção-repouso no Senhor Jesus Cristo e na glória futura (Deuteronômio 5:12-15; Romanos 8:18-23; Hebreus 4:1-11; 2 Pedro 3:7-18).

Para ser bíblico e consistente, alguém deve fazer uma distinção entre o provisório (cerimo-nial, civil) e o perpétuo: O princípio do Sabath (descanso e adoração) é perpétuo, como está refletido em ambos, na criação e repouso de Deus (Gênesis 2:2-3; Êxodo 20:11) e na necessidade do homem descansar, ou seja, “o sábado foi feito para o homem, não o homem para o sábado” (Marcos 2:27). O princípio do Sabath aponta para frente para o descanso redentor no Senhor Jesus Cristo (Deuteronômio 5:12-15; Hebreus 4:1-11. Observe que em Hebreus 4:9 se lê literalmente “um repouso sabático” no grego), e por isso tem um significado típico que encontrará cumprimento completo na redenção final do homem e da terra, quando o descanso sabático de Deus e do homem encontrará sua realização final (Romanos 8:18-23; 2 Pedro 3:13).

Qual, então, em essência, é o significado perpétuo e final do Sabath? O Sabath é descrito como “o sábado do Senhor Deus”, isto é, Seu Sabath e é rastreado até Seu descanso primi-tivo de celebração, realização, satisfação (“tudo era muito bom”) e antecipação (Gênesis 2:1-3). O significado nacional ou aliança de Israel era tanto temporário quanto tipológico (Êxodo 16:25-30; 23:10-12; 31:13-17; Deuteronômio 5:12-15), aguardando a sua verdadei-ra e plena significação entre os crentes dentro da Nova ou Aliança do Evangelho (Hebreus 4:1-11).

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reden-tora consumada e espiritualmente “descansam” pela fé nEle. Celebramos nossa gloriosa salvação. Observe a antecipação desse “repouso (sabático) que resta para o povo de Deus” (Hebreus 4:9). Aguardamos a nossa futura glorificação (Romanos 8:14-23) e a restauração de toda a criação que, mais uma vez, tornará todas as coisas puras e muito boas” na criação de “novos céus e uma nova terra em que habita a justiça” (2 Pedro 3:7-13). Com a criação final e infalivelmente restaurada, e os eleitos de Deus final e completamente redimidos, o descanso completo e final de Deus será cumprido. O Sabath, então, deveria ser uma cele-bração da nossa redenção, um deleite, um descanso, tanto físico como espiritual e uma antecipação daquela glória que está por vir. Tais pensamentos devem santificar e tornar o Dia do Senhor um deleite.

Embora seja verdade que nem no Antigo ou no Novo Testamento Deus explicitamente mudou o Sabath semanal do sétimo para o primeiro dia, contudo, desde a ressurreição de nosso Senhor, os Cristãos se reuniram no primeiro dia da semana (Mateus 28:1; Atos 2:1ss; 20:7; 1 Coríntios 16:2; Apocalipse 1:10). Foi no dia da ressurreição de nosso Senhor, o dia de Pentecostes, que marcou a igreja do Novo Testamento como instituição ordenada por Deus para esta economia do Evangelho, pelo poder do Espírito; e antecipa a restauração total e definitiva de todas as coisas, das quais a Sua ressurreição foi apenas a primeira declaração. O primeiro dia (tradicionalmente “Domingo”) distingue, assim, o culto Cristão do culto Judaico. Esta foi a prática apostólica inspirada em todo o Novo Testamento. Assim, observar o primeiro dia da semana como o Dia do Senhor não é meramente tradicional, é implícita e explicitamente bíblico (Atos 20:7; 1 Coríntios 16.2).

Você já encontrou essa promessa de repouso no Senhor Jesus? Você encontra prazer no Dia do Senhor? Você tira algum tempo para antecipar e se alegrar com a vinda do Sabath da criação?

Pergunta 52: Qual é o Quinto Mandamento?

Resposta: O Quinto Mandamento é: “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem

os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá” (Êxodo 20:12).

Pergunta 53: Qual é o significado do Quinto Mandamento?

Resposta: O Quinto Mandamento requer que o homem preserve a honra, e execute os

deveres que pertencem a todos em suas posições e relações como legítimos superiores, inferiores ou iguais.

Veja também: Levítico 19:32; Deuteronômio 5:16; 6:6-15; 21:18-21; 1 Reis 2:19; Provérbios 6:20-24; 22:6, 15; 13:24; 23:13, 22; 30:17; Jeremias 35:18-19; Mateus 10:37-38; 15:3-6;

Referências

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