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A Administração BALANÇOS PATRIMONIAIS EM. Circulante. Debêntures Dividendos a receber

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Academic year: 2021

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DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO

(Em milhares de reais)

Controladora Consolidado

2011 2010 2011 2010

Reclassificado Reclassificado Fluxo de caixa das atividades operacionais

Lucro antes do imposto de renda

e da contribuição social 230.953 206.638 286.378 260.929

Provisão para créditos de liquidação

duvidosa e perdas líquidas 410 419

Títulos a receber - AVP (255) (235)

Depreciações e amortizações 29.877 18.166 66.576 54.014

Valor residual do ativo imobilizado

e intangível baixados 8 14.037 636

Despesas pagas antecipadamente 21 (36) 867 (861)

Encargos de dívidas e variações monetárias sobre

empréstimos, financiamentos e debêntures 11.558 22.846

Uso do bem público - atualização monetária e AVP 8.204 1.937

Provisão (reversão) e atualização monetária

para contingências cíveis, fiscais e trabalhistas 2.094 1.624

Provisões para licenças ambientais -

atualização monetária e AVP 791 1.033

Ajuste a valor presente 2.972

Participações societárias (59.756) (43.373)

Encargos regulamentares e setoriais -

provisão e atualização monetária 4.596 4.317 4.661 4.377

Outros (4.720)

205.854 185.477 393.837 346.535 (Aumento) diminuição de ativos operacionais

Concessionárias (9.400) (1.580) (9.454) (1.597)

Impostos e contribuições sociais compensáveis (7.601) (17.964) (16.102) (18.194)

Estoques (4.696)

Cauções e depósitos vinculados 566 (573) 908

Despesas pagas antecipadamente (26) (15) (811) 403

Rendas a receber (238) 18.639

Títulos a receber 1.030 775

Outros ativos operacionais (2.954) (1.244) (3.053) (1.274)

(18.951) (20.237) (34.152) (1.115) Aumento (diminuição) de passivos operacionais

Fornecedores 1.247 (9.607) (2.205) (10.848)

Outros tributos e contribuições sociais (16.244) 5.313 (6.359) (7.956)

Benefícios pós-emprego (4)

Obrigações estimadas com pessoal 14 55 566

Encargos regulamentares e setoriais (2.059) (2.086) (32)

Uso do bem público (3.281) (3.797)

Provisões (6.346) (746)

Outros passivos operacionais 1 (4.581) 14 (4.549)

(17.041) (8.875) (20.212) (27.362) Caixa (aplicado nas) proveniente

das atividades operacionais 169.862 156.365 339.473 318.058

Imposto de renda e contribuição social pagos (29.321) (29.114) (60.241) (54.472)

Caixa líquido (aplicado nas) proveniente

das atividades operacionais 140.541 127.251 279.232 263.586 Fluxo de caixa das atividades de investimento

Baixas (adições) ao investimento 150 150

Dividendos recebidos 16.496 18.431

Adições ao imobilizado e intangível 15 (72) (19.534) (11.318)

Partes relacionadas (4.810) 1.036

Caixa líquido proveniente das (aplicado nas)

atividades de investimento 11.701 19.545 (19.534) (11.168) Fluxo de caixa das atividades de financiamento

Partes relacionadas 67 (24.887) 1.232 (18.397)

Aumento (redução) de capital (24.007) (24.007)

Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos (219.223) (93.698) (226.623) (106.014) Captação de empréstimos, financiamentos

e debêntures 10.000 10.000

Amortização de principal de empréstimos, financiamentos, debêntures e encargos

de dívidas, líquida de derivativos (111.819) (112.036)

Caixa líquido proveniente das (aplicado nas)

atividades de financiamento (219.156) (142.592) (327.210) (250.454) (Redução) aumento líquido de caixa e

equivalentes de caixa (66.914) 4.204 (67.512) 1.964

Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 6.820 73.734 10.134 77.646 Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 73.734 69.530 77.646 75.682

(66.914) 4.204 (67.512) 1.964

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS ABRANGENTES

EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO

(Em milhares de reais) Controladora Consolidado

2011 2011

Resultado líquido do exercício 176.485 176.485

Outros resultados abrangentes

Ganhos e perdas atuariais - Benefícios pós-emprego (190) (190)

Imposto de renda e contribuição social diferidos 65 65

Resultado abrangente do exercício 176.360 176.360

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS

EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO

(Em milhares de reais)

Controladora Consolidado

Nota 2011 2010 2011 2010

Reclassificado Reclassificado

Receitas 25 427.329 387.299 485.622 442.740

Custo do serviço de energia elétrica Custo com energia elétrica

Energia elétrica comprada para revenda (38.892) (23.176) (39.021) (23.288) Encargos de uso da rede elétrica (45.491) (41.247) (46.788) (42.447) 26 (84.383) (64.423) (85.809) (65.735) Custo de operação

Pessoal (5.423) (5.015)

Materiais e serviços de terceiros (5.691) (2.913)

Depreciações e amortizações (8) (4) (34.720) (35.653)

Outros custos de operação (142.071) (135.060) (102) (93)

26 (142.079) (135.064) (45.936) (43.674) (226.462) (199.487) (131.745) (109.409)

Lucro bruto 200.867 187.812 353.877 333.331

Despesas e receitas operacionais

Despesas com vendas (410) (273) (494) (577)

Despesas gerais e administrativas (2.562) (1.417) (14.259) (15.786)

Depreciações e amortizações (29.869) (18.162) (30.086) (18.361)

Outras despesas e receitas operacionais (18.382) (16.364) (20.196) (17.991) 26 (51.223) (36.216) (65.035) (52.715) Resultado antes do resultado

financeiro e tributos 149.644 151.596 288.842 280.616 Resultado das participações societárias 12.1 59.756 43.373-

Receitas financeiras 15.201 12.265 15.997 15.290

Despesas financeiras 6.352 (596) (18.461) (34.977)

Resultado financeiro 27 21.553 11.669 (2.464) (19.687) Resultado antes dos tributos

sobre o lucro 230.953 206.638 286.378 260.929

Imposto de renda e contribuição

social correntes (28.713) (26.348) (62.456) (56.844)

Imposto de renda e contribuição

social diferidos 8.1 (6.145) (8.721) (3.279) (7.575)

28 (34.858) (35.069) (65.735) (64.419) Resultado líquido antes da participação

dos acionistas não controladores

e partes beneficiárias 196.095 171.569 220.643 196.510

Participações dos acionistas

não controladores (24.548) (24.941)

Partes beneficiárias 23.2 (19.610) (17.157) (19.610) (17.157)

Resultado líquido do exercício 176.485 154.412 176.485 154.412 Resultado básico e diluído

por lote de mil ações - R$ 867,18 758,72

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM

(Em milhares de reais)

Controladora Consolidado Nota 31/12/2011 31/12/2010 31/12/2011 31/12/2010

Reclassificado Reclassificado Ativo

Circulante

Caixa e equivalentes de caixa 3 6.820 73.734 10.134 77.646

Títulos a receber 5 9.449 8.997 9.113 8.659

Concessionárias 4 58.212 48.946 58.794 49.483

Impostos e contribuições sociais 7 27.374 24.389 49.842 48.590

Partes relacionadas 10 49.233

Dividendos a receber 24 9.074 14.299

Estoques 8 4.696

Despesas pagas antecipadamente 56 51 720 776

Rendas a receber 6 4.825 4.587

Outros créditos 12 7.497 4.819 7.669 4.892

167.715 175.235 145.793 194.633 Não circulante

Títulos a receber 5 25.405 26.632 18.949 20.036

Imposto de renda e contribuição

social diferidos 9 112.897 119.043 121.037 124.228

Partes relacionadas 10 44.423 408

Cauções e depósitos vinculados 11 435 435 1.628 1.055

138.737 190.533 141.614 145.727 Investimentos 13 792.447 745.646 55 55 Imobilizado 14 32 38 1.317.130 1.344.437 Intangível 15 605.646 635.540 632.508 662.877 1.398.125 1.381.224 1.949.693 2.007.369 total do ativo 1.704.577 1.746.992 2.237.100 2.347.729

(Em milhares de reais)

Controladora Consolidado Nota 31/12/2011 31/12/2010 31/12/2011 31/12/2010

Reclassificado Reclassificado PAssivo e PAtRimôNio LíquiDo

Circulante

Fornecedores 16 19.698 18.451 10.873 13.077

Impostos e contribuições sociais 7 52.715 50.325 92.276 84.812

Dividendos 24 93.815 112.370 100.752 124.567 Partes relacionadas 10 5.519 Debêntures 17 33.992 Empréstimos, financiamentos e encargos de dívidas 18 60.653 66.153 Benefícios pós-emprego 22 12

Obrigações estimadas com pessoal 78 64 1.443 1.388

Encargos regulamentares e setoriais 19 14.273 11.830 14.431 11.974

Uso do bem público 20 3.634 3.370

Provisões 21 8.519 9.167

Outras contas a pagar 12 702 701 970 956

181.281 193.741 299.082 349.456 Não Circulante

Impostos e contribuições sociais 7 17.105 29.428 17.105 29.428

Empréstimos e financiamentos 18 68.657 117.021

Benefícios pós-emprego 22 243

Partes relacionadas 10 67 199 4.894

Encargos regulamentares e setoriais 19 413 319 454 336

Uso do bem público 20 37.814 33.155

Provisões 21 14.758 14.168

Outras contas a pagar 12 1.281 1.281 1.281 1.281

18.866 31.028 140.511 200.283 Patrimônio líquido

Capital social 23.1 756.868 756.868 756.868 756.868

Reservas de capital 23.3 579.203 579.203 579.203 579.203

Reservas de lucros 23.3 168.484 186.152 168.484 186.152

Outros resultados abrangentes (125) (125)

1.504.430 1.522.223 1.504.430 1.522.223

Participações não controladores 293.077 275.767

total do patrimônio líquido e participa

ções dos acionistas não controladores 1.504.430 1.522.223 1.797.507 1.797.990 total do passivo e patrimônio líquido 1.704.577 1.746.992 2.237.100 2.347.729

www.edpbr.com.br

continua

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

senhores Acionistas:

Em atendimento às obrigações legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Financeiras e Notas Explicativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2011, nos colocando à disposição para

esclarecimentos adicionais. A Administração

Castelo Energética S.A. - CESA

CNPJ nº 03.514.576/0001-65

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2011

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2011

Energest S.A.

CNPJ nº 04.029.601/0001-88

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2011

Bandeirante Energia S.A.

Companhia Aberta - CNPJ nº 02.302.100/0001-06

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2011

Enertrade Comercialização

e Serviços de Energia S.A.

CNPJ nº 04.149.295/0001-13

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2011

Espírito Santo Centrais Elétricas S.A.

ESCELSA

Companhia Aberta - CNPJ nº 28.152.650/0001-71

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2011

Evrecy Participações Ltda.

CNPJ nº 08.543.286/0001-63

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2011

Investco S.A.

Companhia Aberta - CNPJ nº 00.644.907/0001-93

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2011

Lajeado Energia S.A.

CNPJ nº 03.460.864/0001-84

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2011

Pantanal Energética Ltda.

CNPJ nº 03.771.820/0001-75

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2011

Santa Fé Energia S.A.

CNPJ nº 08.944.243/0001-90

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2011

Enerpeixe S.A.

CNPJ nº 04.426.411/0001-02

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2011

EDP - Energias do Brasil S.A.

Companhia Aberta - CNPJ nº 03.983.431/0001-03

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2011

CENAEEL

Central Nacional de Energia Eólica S.A.

CNPJ nº 04.959.392/0001-71

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2011

EDP Renováveis Brasil S.A.

CNPJ nº 09.334.083/0001-20

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2011

Enercouto S.A.

CNPJ nº 04.705.039/0001-65

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2011

ECE Paticipações S.A.

CNPJ nº 09.333.996/0001-21

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2011

ELEBRÁS PROJETOS S.A.

(2)

www.edpbr.com.br

continua

DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO

EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO

(Em milhares de reais)

Controladora Consolidado 2011 2010 2011 2010

Reclas-si-

ficado Reclassi- ficado Geração do valor adicionado 475.184 431.005 553.954 505.920

Receita operacional 475.594 431.279 554.373 506.198 Provisão para créditos de

liquidação duvidosa

e perdas líquidas (410) (274) (419) (278)

(–) insumos adquiridos

de terceiros (87.662) (68.033) 101.983 83.318

Custos da energia comprada (38.892) (23.176) (39.021) (23.288) Encargos de uso da rede elétrica (45.491) (41.247) (46.788) (42.447)

Materiais (745) (720)

Serviços de terceiros (707) (444) (13.224) (10.257) Outros custos operacionais (2.572) (3.166) (2.205) (6.606)

valor adicionado bruto 387.522 362.972 451.971 422.602 Retenções

Depreciações e amortizações (29.877) (18.166) (64.806) (54.014)

valor adicionado líquido

produzido 357.645 344.806 387.165 368.588 valor adicionado recebido

em transferência Receitas financeiras 15.201 12.265 15.997 15.290 Participações dos não controladores (24.548) (24.941) Resultado da equivalência patrimonial 59.756 43.373

valor adicionado total

a distribuir 432.602 400.444 378.614 358.937 Distribuição do valor adicionado Pessoal Remuneração direta 991 253 8.927 6.611 Benefícios 1.100 1.290 FGTS 505 418

Impostos, taxas e contribuições

Federais 99.797 92.966 152.923 143.497 Estaduais 22 189 Municipais 1 1 107 22 Remuneração de capitais de terceiros Juros (6.352) 596 18.462 34.977 Aluguéis 142.070 135.059 473 364

Remuneração de capital próprio

Juros sobre capital próprio 87.300 83.670 87.300 83.670 Dividendos e juros sobre

capital próprio 78.983 106.853 78.982 83.670 Partes beneficiárias 19.609 17.157 19.610 17.157

422.399 436.555 368.411 395.048

Lucros retidos 10.203 (36.111) 10.203 (36.111)

432.602 400.444 378.614 358.937

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

(Em milhares de reais)

Capital

social de capitalReservas Reservas de lucros

outros resultados abrangentes

Lucros acumu-

lados Controladoratotal controladoresNão Consolidadototal saldos em 1º de janeiro de 2010 756.868 579.203 115.469 51.293 1.502.833 265.430 1.768.263

Dividendo adicional aprovado

AGO de 08/04/2010 (51.352) (51.352) (51.352)

Lucro líquido do exercício 154.412 154.412 24.941 179.353

Destinação do lucro

Constituição de reserva legal 10.285 (10.285)

Reserva de retenção de lucros 4.897 (4.897)

Dividendos intermediários (JSCP) (83.670) (83.670) (83.670)

Dividendos propostos (14.604) (14.604)

Dividendo adicional proposto 106.853 (106.853)

saldos em 31 de dezembro de 2010 756.868 579.203 186.152 1.522.223 275.767 1.797.990

Dividendo adicional aprovado -

AGO de 05/04/2011 (106.853) (106.853) (106.853)

Lucro líquido do exercício 176.485 176.485 24.548 201.033

Destinação do lucro

Constituição de reserva legal 8.824 (8.824)

Reserva de retenção de lucros 1.378 (1.378)

Dividendos intermediários (JSCP) (87.300) (87.300) (7.192) (94.492)

Dividendo adicional proposto 78.983 (78.983)

Outros resultados abrangentes Ganhos e perdas atuariais -

Benefícios pós-emprego (190) (190) (70) (260)

Imposto de renda e

contribuição social diferidos 65 65 24 89

saldos em 31 de dezembro de 2011 756.868 579.203 168.484 (125) 1.504.430 293.077 1.797.507

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO àS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

(Em milhares de reais, exceto quando indicado)

1. Contexto operacional

Lajeado Energia S.A. (Companhia ou Lajeado ou Controladora), Sociedade Anônima de capital fechado, com sede em São Paulo controlada da EDP - Energias do Brasil S.A. (EDP - Energias do Brasil), tem como principal objeto social a geração e comercialização de energia elétrica de qualquer origem e natureza, preparação de estudos de viabilidade e projetos, promoção da construção, da operação e da manutenção de usinas de geração. A Companhia poderá, ainda, participar de outras empresas, negócios e empreendimentos voltados à atividade energética.

A Companhia detém, em 31 de dezembro de 2011, 73% do capital votante e 62,39% do capital total da Investco S.A., sociedade de capital aberto que tem como objeto principal estudos, planejamentos, projetos, constituição e exploração dos sistemas de produção, transmissão, transformação, distribuição e comércio de energia elétrica, especialmente a exploração da Usina Hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães e Sistema de Transmissão Associado (UHE Lajeado), localizada nos municípios de Lajeado e Miracema do Tocantins, no Estado do Tocantins, nos termos do Contrato de Concessão de Uso de Bem Público nº 05/97 - Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL (Contrato de Concessão). O valor da participação societária em 73%, decorre da aplicação do CPC 39.

1.1 Concessão

A Companhia detém o direito de exploração dos ativos da referida usina pelo prazo de 35 anos, contados a partir da data de sua publicação no Diário Oficial ocorrida em 15 de janeiro de 1998 com vigência até 15 de janeiro de 2033, podendo ser prorrogado nas condições que forem estabelecidas, mediante requerimento das concessionárias. A referida usina encontra-se em operação com cinco turbinas, cada uma com potência de 180,5 MW, representando uma potência total instalada de 902,5 MW e assegurada de 701,4 MW.

Da potência e energia asseguradas, a Companhia deverá destinar 617,48 MW e 2.877.660 MWh/ano até o prazo final deste contrato para venda às empresas concessionárias de serviços públicos de distribuição. Caso a Companhia não consiga entregar essa quantidade de energia, deverá ressarcir os agentes de mercado com os quais tem compromissos. No advento do termo final do Contrato, todos os bens e instalações vinculados a Usina Hidrelétrica passarão a integrar o patrimônio da União, mediante indenização dos investimentos realizados e ainda não amortizados, desde que autorizados pela ANEEL, e apurados em auditoria da mesma.

A Companhia é titular exclusiva dos ativos que compõem a UHE Lajeado, mas não é titular exclusiva do Contrato de Concessão. A concessão da UHE Lajeado é compartilhada entre CEB Lajeado S.A. titular de 19,80%, Lajeado Energia S.A. titular de 72,27%, Paulista Lajeado Energia S.A. titular de 6,93% e a Investco titular de 1%. Portanto, as referidas empresas, em conjunto com a Investco, são as concessionárias da UHE Lajeado.

A energia elétrica gerada pela UHE Lajeado é utilizada e comercializada, na condição de “Produtor Independente”, nos termos do Contrato de Concessão, pelas citadas concessionárias, na proporção da participação delas no Contrato de Concessão.

Foi celebrado contrato de arrendamento dos ativos da UHE Lajeado com as concessionárias da UHE Lajeado (Nota 5), nos termos do qual o arrendamento é proporcional à participação das concessionárias no Contrato de Concessão. Assim, além da receita auferida pela comercialização da energia elétrica na proporção de sua participação no Contrato de Concessão, a Companhia tem como fonte de receita o próprio arrendamento dos ativos da UHE Lajeado.

Conforme descrito na nota 17, a Companhia arrendou parte dos ativos da Investco, correspondente ao percentual de sua participação na concessão da UHE Lajeado.

uso do bem público

Como pagamento pelo uso do bem público objeto deste Contrato, a Companhia recolherá á UNIÃO, a partir da entrada em operação da primeira unidade geradora e enquanto estiver na exploração do Aproveitamento Hidrelétrico, valores anuais, em parcelas mensais, correspondente a 1/12 (um doze avos) do valor de R$1.351, corrigidos anualmente pela variação do Índice Geral de Preços do Mercado - IGPM. A falta de pagamento de seis parcelas mensais consecutivas implicará, a juízo da ANEEL, a caducidade da concessão.

Pesquisa e Desenvolvimento - P&D

A Companhia aplicará, anualmente, o montante de, no mínimo, um por cento (1%) de sua receita operacional líquida em pesquisa e desenvolvimento no setor elétrico, nos termos da Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, e na forma em que dispuser a regulamentação específica sobre a matéria.

2. Base de preparação e práticas contábeis 2.1 Base de preparação

2.1.1 Declaração de conformidade

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board - IASB e as práticas contábeis adotadas no Brasil.

As demonstrações financeiras individuais da controladora foram preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, em observância às disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações, e incorporam as mudanças introduzidas pelas Leis 11.638/07 e 11.941/09, complementadas pelos novos pronunciamentos, interpretações e orientações do Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC, aprovados por Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade - CFC e legislação específica emanada pela ANEEL, quando esta não for conflitante com as práticas contábeis adotadas no Brasil e/ou com as práticas contábeis internacionais.

As demonstrações financeiras individuais apresentam a avaliação dos investimentos em controlada pelo método da equivalência patrimonial,

de acordo com a legislação brasileira vigente. Desta forma, essas demonstrações financeiras individuais não são consideradas como estando conforme as IFRS, que exigem a avaliação desses investimentos nas demonstrações separadas da controladora pelo seu valor justo ou pelo custo.

Como não existe diferença entre o patrimônio líquido consolidado e o resultado consolidado atribuíveis aos acionistas da controladora, constantes nas demonstrações financeiras consolidadas preparadas de acordo com as IFRS e as práticas contábeis adotadas no Brasil, e o patrimônio líquido e resultado da controladora, constantes nas demonstrações financeiras individuais preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, a Companhia optou por apresentar essas demonstrações financeiras individuais e consolidadas em um único conjunto, lado a lado.

A Administração da Companhia autorizou a conclusão das demonstrações financeiras em 29 de fevereiro de 2012.

A controlada Investco é consolidada desde a data de aquisição, que corresponde à data na qual a Companhia obteve o controle, e continua sendo consolidada até a data que cessa tal controle.

2.1.2 Base de mensuração

As demonstrações financeiras individuais e consolidadas foram elaboradas com base no custo histórico, exceto por determinados instrumentos financeiros derivativos mensurados pelo valor justo e instrumentos não derivativos mensurados pelo valor justo por meio do resultado.

2.1.3 moeda funcional e moeda de apresentação

As demonstrações financeiras são apresentadas em Real, que é a moeda funcional da Companhia e de sua controlada. Todas as informações financeiras apresentadas em Real foram arredondadas para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma.

2.2 Resumo das principais práticas contábeis

As práticas contábeis descritas em detalhes abaixo têm sido aplicadas de maneira consistente pela Controladora e sua investida a todos os exercícios apresentados nessas demonstrações financeiras individuais e consolidadas.

a) Caixa e equivalentes de caixa (Nota 3)

Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários e investimentos de curto prazo com liquidez imediata, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa, com baixo risco de variação no valor de mercado, sendo demonstrados pelo custo acrescido de juros auferidos até a data do balanço.

b) Concessionárias (Nota 4)

Refere-se à venda de energia conforme contrato bilateral de compra e venda de energia elétrica e negociação de venda na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE.

c) Rendas a receber (Nota 6)

Incluem os valores de arrendamento dos ativos da UHE Lajeado com as demais concessionárias da UHE Lajeado, contabilizados de acordo com o regime de competência.

d) estoques (Nota 8)

Os materiais utilizados na operação e manutenção da prestação dos serviços são registrados ao custo médio de aquisição, não excedendo ao valor de mercado.

e) investimentos (Nota 12) • Controladas

Nas demonstrações financeiras da Controladora os investimentos em controladas, controladas em conjunto e coligadas com participação no capital votante superior a 20% ou com influência significativa e, em demais sociedades que fazem parte de uma mesma Companhia ou que estejam sob controle comum, são avaliadas por equivalência patrimonial.

Controladas são todas as entidades (incluindo as entidades de propósito específico) nas quais a Companhia tem o poder de determinar as políticas financeiras e operacionais, geralmente acompanhada de uma participação de mais do que metade dos direitos a voto (capital votante). A existência e o efeito de possíveis direitos a voto prontamente praticáveis ou conversíveis são considerados quando se avalia se a Companhia controla outra entidade. As controladas são totalmente consolidadas a partir da data em que o controle é transferido para a Companhia. A consolidação é interrompida a partir da data em que a Companhia deixa de ter o controle.

f) imobilizado (Nota 14)

São contabilizados pelo custo de aquisição acrescidos de impostos não recuperáveis sobre a compra, quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessárias para o funcionamento pretendida pela Administração, e deduzidos da depreciação acumulada. Também fazem parte do custo do imobilizado os juros relativos aos empréstimos e financiamentos obtidos de terceiros, capitalizados durante a sua fase de construção, deduzidos das receitas financeiras dos recursos de terceiros não aplicados, quando aplicável.

A base para o cálculo da depreciação é o valor depreciável (custo menos valor residual) do ativo. A depreciação é reconhecida no resultado baseando-se no método linear de acordo com a vida útil estimada de cada parte de um item do imobilizado, já que esse método é o que melhor reflete o padrão de consumo de benefícios econômicos futuros incorporados ao ativo. Atualmente as taxas de depreciação estabelecidas pela ANEEL para os ativos de usinas hidrelétricas (tabelas I e XVI do Manual de Controle Patrimonial do Setor Elétrico - MCPSE aprovadas pela Resolução Normativa n° 367/2009) refletem a vida útil dos ativos e são as utilizadas pela Companhia para a depreciação dos seus ativos imobilizados.

O valor residual é o saldo remanescente do ativo ao final da concessão, pois, conforme estabelecido em contrato assinado entre a Companhia e a União, ao final da concessão os ativos serão revertidos para a União que, por sua vez, indenizará a Companhia pelo ativos ainda não

totalmente depreciados.

Os métodos de depreciação e valores residuais são revistos a cada encerramento de exercício financeiro e eventuais ajustes são reconhecidos como mudança de estimativas contábeis.

g) Ativos de infraestrutura vinculados à concessão

De acordo com os artigos 63 e 64 do Decreto nº 41.019, de 26 de fevereiro de 1957, os ativos de infraestrutura utilizados na geração, são vinculados a esses serviços, não podendo ser retirados, alienados, cedidos ou dados em garantia hipotecária sem a prévia e expressa autorização do Órgão Regulador.

A Resolução ANEEL nº 20, de 3 de fevereiro de 1999, regulamenta a desvinculação de bens das concessões do Serviço Público de Energia Elétrica, concedendo autorização prévia para desvinculação de bens inservíveis à concessão, quando destinados à alienação, determinando que o produto da alienação seja depositado em conta bancária vinculada, para aplicação na concessão.

h) Ativo intangível (Nota 15)

Os ativos intangíveis compreendem os gastos na implementação de softwares, desenvolvimento de projetos e o direito de concessão - uso do bem público. Os seguintes critérios são aplicados:

• Softwares: são mensurados pelo custo total de aquisição, menos as despesas de amortização;

• Desenvolvimento de projetos: são reconhecidos como ativos a partir da fase de desenvolvimento desde que cumpram com os requisitos definidos no CPC 04 (R1);

• Direitos de concessão: são mensurados pelo custo total de aquisição, menos as despesas de amortização.

• Direito de concessão - uso do bem público: o direito de exploração do aproveitamento hidrelétrico e sistema de transmissão associado à UHE Lajeado é constituído pelo valor justo total do direito relacionado com o Uso do Bem Público até o final do contrato de concessão, e amortizado pelo prazo do contrato.

Amortização é calculada sobre o valor do ativo, sendo esta reconhecida no resultado baseando-se no método linear com relação às vidas úteis estimadas de ativos intangíveis, a partir da data em que estes estão disponíveis para uso, já que esse método é o que melhor reflete o padrão de consumo de benefícios econômicos futuros incorporados no ativo.

i) Licenças ambientais (Notas 14 e 21)

As licenças prévias e de instalação, obtidas na fase do planejamento e instalação do empreendimento, consecutivamente, são reconhecidas como custo da usina, mais especificamente como custo das barragens, conforme manual de contabilidade da ANEEL e depreciadas pela vida útil dessas barragens. Já as licenças de operação, obtidas após a entrada em operação dos empreendimentos, caso os custos ambientais associados à obtenção dessas licenças sejam pagos antes da obtenção efetiva da licença, o valor desembolsado é registrado como ativo intangível - licenças de operação e amortizado pelo prazo da vigência da licença. Se a licença for obtida antes dos desembolsos, no momento inicial da vigência da licença o custo estimado desses desembolsos é constituida uma provisão e é registrado um ativo intangível - licenças de operação e amortizado pelo prazo de vigência da licença.

j) Redução ao valor recuperável Ativo financeiro

São avaliados ao final de cada exercício quanto a sua recuperabilidade. São considerados ativos não recuperáveis quando há evidências de que um ou mais eventos tenham ocorrido após o reconhecimento inicial do ativo financeiro e que eventualmente tenha resultado em efeitos negativos no fluxo estimado de caixa futuro do investimento.

Ativo não financeiro

A Administração da Companhia revisa anualmente o valor contábil líquido do imobilizado e ativos intangíveis, para identificar se houve evidências de perdas não recuperáveis ou que ocorreram eventos ou alterações nas circunstâncias que indicassem que o valor contábil pode não ser recuperável.

Quando tais evidências são identificadas e o valor contábil líquido excede o valor recuperável, é constituída provisão ajustando o valor contábil líquido ao valor recuperável.

O ágio e os ativos intangíveis com vida útil indefinida têm a recuperação do seu valor testada anualmente, independentemente de haver indicadores de perda de valor, quando aplicável.

k) Demais ativos circulante e não circulante

São demonstrados aos valores de custo ou realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos auferidos até a data do balanço.

(3)

(Em milhares de reais, exceto quando indicado)

l) Fornecedores (Nota 16)

Inclui o saldo a pagar à Investco relativo a arrendamento da UHE Lajeado, fornecedores de serviços, encargos de uso da rede elétrica e valores a pagar relativos à energia comercializada na CCEE.

m) empréstimos, financiamentos, encargos de dívidas e debêntures (Notas 17 e 18)

Os empréstimos, financiamentos e as debêntures são demonstrados pelo valor líquido dos custos de transação incorridos e são subsequentemente mensurados ao custo amortizado usando o método da taxa de juros efetiva.

n) Provisões (Nota 21)

São reconhecidas no balanço em decorrência de um evento passado, quando é provável que um recurso econômico seja requerido para saldar a obrigação e que possa ser estimada de maneira confiável. As provisões são registradas com base nas melhores estimativas do risco envolvido.

o) Demais passivos circulante e não circulante

São demonstrados pelos valores conhecidos ou exigíveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos, variações monetárias e cambiais incorridos até a data do balanço.

p) imposto de renda e contribuição social (Notas 7, 9 e 28)

O imposto de renda registrado no resultado é calculado com base nos resultados tributáveis (lucro ajustado), às alíquotas aplicáveis segundo a legislação vigente - 15%, acrescida de 10% sobre o resultado tributável que exceder R$240 anuais. A contribuição social registrada no resultado é calculada com base nos resultados tributáveis (lucro ajustado), através da aplicação da alíquota de 9%.

O imposto de renda e contribuição social diferidos ativos foram calculados a partir de diferenças temporárias, considerando as alíquotas vigentes dos citados tributos, e consideram o histórico de rentabilidade e a expectativa de geração de lucros tributáveis futuros fundamentada em estudo técnico de viabilidade.

As despesas com Imposto de Renda e Contribuição Social compreendem os impostos correntes e diferidos quando aplicavél, os mesmos são reconhecidos no resultado a menos que estejam relacionados a itens diretamente reconhecidos no Patrimônio líquido ou em Outros resultados abrangentes.

A Companhia para fins de apuração do lucro tributável e seus efeitos sobre as demonstrações financeiras, considerou a adoção do Regime Tributário de Transição - RTT, conforme determinado na MP nº 449/08 (convertida na Lei nº 11.941/09).

q) Benefícios pós-emprego (Nota 22)

A controlada Investco possui planos de benefícios a empregados dos tipos Contribuição definida e Benefício definido. A descrição dos principais planos de benefícios concedidos aos empregados estão descritas na nota 22.

Os valores são registrados de acordo com os termos da Deliberação CVM nº 600, de 7 de outubro de 2009. Os custos e o passivo atuarial dos planos do tipo Benefício definido são determinados anualmente com base em avaliação realizada por atuários independentes segundo o Método do Critério Unitário Projetado, sendo a última efetuada para a data-base 31 de dezembro de 2011.

Os ganhos e perdas atuariais gerados por ajustes e alterações nas premissas atuariais dos planos de Benefício definido são reconhecidos no exercício em que ocorrem diretamente no Patrimônio líquido na rubrica Outros resultados abrangentes.

As obrigações dos planos do tipo Contribuição definida são reconhecidas como despesa de pessoal no resultado do exercício em que os serviços são prestados.

r) uso do Bem Público (Nota 20)

É um instrumento financeiro reconhecido inicialmente ao valor presente calculado pela taxa implícita do projeto, e atualizado pelo IGP-M incorrido até a data do balanço.

s) Capital social (Nota 23.1)

Ações ordinárias são classificadas como Capital social, sendo reconhecidos como dedução ao Patrimônio líquido quaisquer custos atribuíveis à emissão de ações e opções de ações, líquido de quaisquer efeitos tributários.

Ações preferenciais são classificadas como Patrimônio líquido caso não sejam resgatáveis, ou somente resgatáveis por opção da Companhia. Não dão direito de voto, possuindo preferência na liquidação da sua parcela do Capital social.

t) Dividendos

A distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio é reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras da Companhia ao final do exercício, com base no estatuto social da Companhia. Qualquer valor acima do mínimo obrigatório somente é provisionado na data em que são aprovados em Assembléia Geral. O benefício fiscal dos juros sobre capital próprio é reconhecido na demonstração de resultado.

u) Apuração do resultado

O resultado é apurado em conformidade com o regime de competência. A receita é reconhecida no resultado quando todos os riscos e benefícios inerentes são transferidos para o comprador. A receita de arrendamento dos ativos da UHE Lajeado e de suprimento de energia é reconhecida no resultado em função da sua realização. Uma receita não é reconhecida se há uma incerteza significativa na sua realização. O faturamento do contrato de arrendamento dos ativos e o de suprimento de energia elétrica para todas as concessionárias é efetuado mensalmente.

As receitas financeiras abrangem receitas de juros auferidos em aplicações financeiras, acréscimos moratórios incidentes sobre a energia vendida, que são reconhecidos no resultado.

As despesas financeiras abrangem despesas com juros, variações monetárias sobre empréstimos e financiamentos, ajustes a valor presente, que estão reconhecidos no resultado.

v) uso de estimativas e julgamentos

Na elaboração das demonstrações financeiras, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e práticas contábeis internacionais, é requerido que a Administração da Companhia se baseie em estimativas para o registro de certas transações que afetam os ativos, passivos, receitas e despesas.

Os resultados finais dessas transações e informações, quando de sua efetiva realização em períodos subsequentes, podem diferir dessas estimativas, devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Companhia revisa as estimativas e premissas pelo menos trimestralmente, exceto quanto ao plano de Benefícios pós-emprego, que é revista semestralmente.

As principais estimativas relacionadas às demonstrações financeiras referem-se ao registro dos efeitos decorrentes de: Provisão para créditos de liquidação duvidosa; Transações realizadas no âmbito da CCEE; Recuperação do imposto de renda e contribuição social diferidos sobre diferenças temporárias; Recuperação dos ativos (impairment); Mensuração de instrumentos financeiros; Provisões fiscais, cíveis e trabalhistas; e Provisões necessárias para custos relacionados a Licenças ambientais e plano de Benefícios pós-emprego.

w) instrumentos financeiros (Nota 30)

Instrumentos financeiros são quaisquer transações que dão origem a um ativo ou passivo financeiro ou, ainda, instrumento de patrimônio de outra companhia. Estes instrumentos financeiros são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido ou deduzido de quaisquer custos de transação diretamente atribuíveis. Posteriormente ao reconhecimento inicial, são mensurados conforme descrito abaixo:

• Instrumentos financeiros ao valor justo por meio do resultado Um instrumento é classificado pelo valor justo por meio do resultado se for mantido para negociação, ou seja, designado como tal quando do reconhecimento inicial. Os instrumentos financeiros são registrados pelo valor justo através do resultado se a Companhia gerencia esses investimentos e toma as decisões de compra e venda com base em seu valor justo de acordo com a estratégia de investimento e gerenciamento de risco documentado por ela. Após reconhecimento inicial, custos de transação atribuíveis são reconhecidos nos resultados quando incorridos.

• Empréstimos e recebíveis

São designados para essa categoria somente os ativos não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis que não estão cotados em um mercado ativo, reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido de quaisquer custo de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, os empréstimos e recebíveis são medidos pelo método do custo amortizado através do método dos juros efetivos, decrescidos de qualquer perda por redução ao valor recuperável.

x) Contratos de arrendamento

Os arrendamentos nos quais uma parcela significativa dos riscos e benefícios da propriedade é retida pelo arrendador são classificados como arrendamentos operacionais. Os pagamentos efetuados para arrendamentos operacionais (líquidos de quaisquer incentivos recebidos do arrendador) são debitados à demonstração do resultado pelo método linear, durante o período do arrendamento.

y) Lucro por ação

O lucro básico por ação é calculado utilizando o resultado do exercício atribuível aos acionistas da Companhia e as ações ordinárias em circulação no respectivo exercício. O lucro por ação diluído é calculado pelos mesmos indicadores, sendo a média das ações em circulação ajustada pelos instrumentos potencialmente conversíveis em ações, com efeito diluidor, conforme CPC 41 - Resultado por Ação, aprovado pela Deliberação CVM nº 636, de 6 de agosto de 2010. Não existe diferença entre o lucro básico por ação e o lucro diluído.

z) Demonstrações do valor adicionado

A Companhia elaborou demonstrações do valor adicionado (DVA) nos termos do pronunciamento técnico CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado, aprovada pela Resolução CFC nº 1.138/08 e alterações posteriores, as quais são apresentadas como informação financeira adicional às demonstrações financeiras conforme práticas contábeis adotadas no Brasil e IFRS.

2.3 Demonstrações Financeiras Consolidadas

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as normas estabelecidas pelo CPC 36 (R2) - Demonstrações Consolidadas e pela Instrução CVM nº 247, de 27 de março de 1996, e alterações posteriores, abrangendo a Companhia e sua controlada. Os critérios contábeis adotados na sua apuração foram aplicados uniformemente entre as diversas empresas do Grupo EDP - Energias do Brasil.

As principais práticas de consolidação adotadas foram as seguintes: • Eliminação do investimento da controladora na sua controlada direta; • Eliminação dos saldos das contas entre a controladora e a sua

controlada direta; e

• Destaque da participação dos acionistas não controladores nos balanços patrimoniais e nas demonstrações dos resultados.

2.4 Novas iFRs e interpretações do iFRiC (Comitê de interpretação de informação Financeira do iAsB)

Algumas normas e emendas das normas e interpretações emitidas pelo IASB ainda não entraram em vigor para o exercício findo em 31 de dezembro de 2011, portanto não foram aplicadas na preparação dessas demonstrações financeiras.

O CPC ainda não editou os respectivos pronunciamentos e modificações correspondentes às IFRS novas e revisadas e à IFRIC apresentadas anteriormente. Em decorrência do compromisso do CPC e da CVM de manter atualizado o conjunto de normas emitido com base nas atualizações feitas pelo IASB, é esperado que esses pronunciamentos e modificações sejam editados pelo CPC e aprovados pela CVM até a data de sua aplicação obrigatória.

A Companhia ainda não concluiu quanto aos efeitos da adoção dessas normas, porém, a Administração da Companhia não prevê que a adoção destes novos pronunciamentos e interpretações terá um impacto material nas demonstrações financeiras da Companhia no período de aplicação inicial, nem pretende fazer uma adoção antecipada dessas normas ou interpretações.

Normas e interpretações aplicáveis à Companhia ainda não vigentes

iAs 1 - Apresentação das Demonstrações Contábeis

As alterações a esta norma visam melhorar a forma de apresentação dos componentes dos outros resultados abrangentes. As novas exigências passam a vigorar para os exercícios sociais iniciados a partir de 1º de julho de 2012.

iAs 12 - tributos sobre o lucro

A alteração prevê uma solução prática para determinar se os ativos mensurados usando o modelo do justo valor do IAS 40 - Propriedades de Investimento são recuperados através do uso ou através de venda. A alteração passa a vigorar para os exercícios sociais iniciados a partir de 1º de julho de 2011, com aplicação antecipada permitida.

iAs 19 - Benefícios a empregados

As alterações a esta norma irão melhorar as condições de reconhecimento e divulgação dos planos de benefícios definidos. As novas exigências passam a vigorar para os exercícios sociais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2013, com aplicação antecipada permitida, uma vez que ganhos e perdas atuariais passarão a ser imediatamente reconhecidos em Outros resultados abrangentes.

iAs 28 - investimentos em Coligadas e empreendimentos Controlados em Conjunto (Investments in Associates and Joint

Ventures)

Em maio de 2011 o IASB emitiu uma revisão da norma IAS 28 incorporando os procedimentos de contabilização de empreendimentos controlados em conjunto, uma vez que o método de equivalência patrimonial é aplicável tanto para empreendimentos controlados em conjunto quanto para coligadas. Por outro lado, os requerimentos de divulgação para investimentos em coligadas e empreendimentos controlados em conjunto foram combinados numa única e abrangente norma, o IFRS 12 “Divulgação de Participações em Outras Entidades” (Disclosure of Interests in Other Entities). As alterações do IAS 28 são efetivas para exercícios anuais que se iniciarem em/após 1º de janeiro de 2013.

iAs 32 - Compensação de Ativos e Passivos Financeiros

Em dezembro de 2011, o IASB publicou emendas ao IAS 32 Instrumentos Financeiros - Apresentação para esclarecer a aplicação dos requisitos de compensação. Estas alterações entram em vigor a partir de 1º de janeiro de 2014, com aplicação antecipada permitida.

iFRs 7 - instrumentos Financeiros - Divulgações

As alterações visam melhorar os requisitos de divulgação em relação aos ativos financeiros transferidos. A alteração passa a vigorar para os exercícios sociais iniciados a partir de 1º de julho de 2011, com aplicação antecipada permitida.

iFRs 9 - instrumentos Financeiros - Classificação e mensuração

Esta norma encerra a primeira parte do projeto de substituição da IAS 39 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração. Utiliza uma abordagem simples para determinar se um ativo financeiro é mensurado ao custo amortizado ou valor justo, consubstanciado na forma como uma entidade administra seus instrumentos financeiros e o fluxo de caixa contratual característico dos ativos financeiros. A norma exige ainda a adoção de apenas um método para determinação de perdas no valor recuperável de ativos. Esta norma passa a vigorar para exercícios sociais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2015.

iFRs 10 - Demonstrações Contábeis Consolidadas, iFRs 11 - empreendimentos em Conjunto e iFRs 12 - Divulgação de Participação em outras entidades

A emissão destas novas normas pretende definir com clareza o controle ou compartilhamento sobre uma investida. A IFRS 10 define um modelo de consolidação único que identifica o controle como base para a consolidação de uma entidade. A IFRS 11 estabelece os princípios para a divulgação pelas empresas de empreendimentos em conjunto. A IFRS 12 combina, aumenta e substitui os requisitos de divulgação para subsidiárias, empreendimentos em conjunto, associados e a estrutura de entidades não consolidadas. Como consequência destas novas IFRS, o IASB emitiu, igualmente alterados e revisados, o IAS 27 e o IAS 28. As novas exigências passam a vigorar para os exercícios sociais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2013, com aplicação antecipada permitida.

iFRs 13 - mensuração ao valor Justo

Esta norma agrega em um único standard a estrutura para mensuração do valor justo, assim como as divulgações necessárias. Aplica-se quando outras IFRS exigem ou permitem a mensuração ao valor justo. Esta norma não introduz quaisquer novas exigências para mensurar um ativo ou um passivo pelo justo valor, e passa a vigorar para os exercícios fiscais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2013, com aplicação antecipada permitida.

2.5 Reclassificações do exercício de 2010 2.5.1 Balanço Patrimonial

Para fins de comparabilidade foi feita a seguinte reclassificação nos valores anteriormente apresentados no Balanço Patrimonial de 31 de dezembro de 2010:

Ativo - Títulos a receber: reclassificação no valor de R$1.281 da rubrica de Títulos a receber para Outras contas a receber (Passivo - Não circulante), para melhor comparabilidade dos saldos contábeis.

2.5.2 Demonstração do Resultado

Para fins de comparabilidade, foram feitas as seguintes reclassificações nas demonstrações de resultado da controladora e do consolidado apresentadas nas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2010:

Controladora

Fiança bancária: reclassificação das despesas com fiança bancária da

rubrica Despesas gerais e administrativas para despesas financeiras no montante de R$21.

outros resultados: reclassificação do valor de R$898 para Outras

despesas e receitas operacionais.

Consolidado

Créditos de Pis/CoFiNs: reclassificação dos créditos de PIS/COFINS

anteriormente classificados na rubrica de Despesas gerais e administrativas no montante de R$1.918 para as rubricas de Materiais e serviços de terceiros no montante de R$1.416 e Depreciações e amortizações no montante de R$502.

Fiança bancária: reclassificação das despesas com fiança bancária da

rubrica Despesas gerais e administrativas para despesas financeiras no montante de R$158.

outros resultados: reclassificação do valor de R$898 para Outras

despesas e receitas operacionais.

2.5.3 Demonstração do Fluxo de Caixa

Em 2010 a Demonstração do Fluxo de caixa era apresentada a partir do lucro líquido do exercício e atualmente a sua apresentação é feita com base no Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social para consistência com as práticas contábeis da controladora EDP - Energias do Brasil.

2.5.4 Demonstração do valor Adicionado

Nos valores apresentados de 2010 os seguintes itens foram reclassificados:

Controladora

Créditos de PIS/COFINS no valor de R$6.567 anteriormente apresentado como redução na rubrica de Impostos, Taxas e Contribuições Federais, passou a ser apresentado, retificando os Insumos adquiridos de terceiros em suas respectivas naturezas de gastos de origem.

Fiança bancária no valor de R$21 anteriormente apresentado em Insumos adquiridos de terceiros - Outras despesas operacionais, passou a ser apresentado na rubrica de Remuneração de capitais de terceiros - juros.

Consolidado

Créditos de PIS/COFINS no valor de R$8.618 anteriormente apresentado como redução na rubrica de Impostos, Taxas e Contribuições Federais, passou a ser apresentado, retificando os Insumos adquiridos de terceiros em suas respectivas naturezas de gastos de origem.

Fiança bancária no valor de R$158 anteriormente apresentado em Insumos adquiridos de terceiros - Outras despesas operacionais, passou a ser apresentado na rubrica de Remuneração de capitais de terceiros - juros.

3. Caixa e equivalentes de caixa

Controladora Consolidado 31/12/2011 31/12/2010 31/12/2011 31/12/2010 Bancos conta movimento 6.820 11.477 10.134 15.389 Aplicações financeiras renda fixa 62.257 62.257 total 6.820 73.734 10.134 77.646

Aplicações financeiras em 31 de dezembro de 2010 de curto prazo, de alta liquidez, são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. A Companhia possui a opção de resgate antecipado das referidas aplicações, sem penalidade ou perdas de rentabilidade.

As aplicações financeiras de 2010 referem-se, substancialmente, a Certificados de Depósitos Bancários e Debêntures remunerados a taxas que variam entre 100% e 101% do Certificado de Depósito Interbancário - CDI.

O cálculo do valor justo das aplicações financeiras é baseado nas cotações de mercado do papel ou informações de mercado que possibilitem tal cálculo, levando-se em consideração as taxas futuras de papéis similares.

A exposição da Companhia a riscos de taxas de juros e uma análise de sensibilidade para ativos e passivos financeiros são divulgadas na nota 30. 4. Concessionárias Controladora saldos vincendos total PCLD saldo líquido em 31/12/2011 saldo líquido em 31/12/2010 Circulante Concessionárias Suprimento de energia elétrica 50.333 50.333 50.333 36.878 Energia de curto prazo 1.833 1.833 1.833 3 Encargos de uso da rede elétrica 6.046 6.046 6.046 12.065 total circulante 58.212 58.212 58.212 48.946 Não circulante Concessionárias Energia de curto prazo 584 584 (584) total não circulante 584 584 (584) Consolidado saldos vincendos total PCLD saldo líquido em 31/12/2011 saldo líquido em 31/12/2010 Circulante Concessionárias Suprimento de energia elétrica 50.793 50.793 50.793 37.323 Energia de curto prazo 1.896 1.896 1.896 44 Encargos de uso da rede elétrica 6.105 6.105 6.105 12.116 total circulante 58.794 58.794 58.794 49.483 Não circulante Concessionárias Energia de curto prazo 598 598 (598) total não circulante 598 598 (598)

Os saldos do circulante na data do balanço são compostos por valores a vencer, para os quais não são esperadas perdas na sua realização. A exposição da Companhia a riscos de taxas de juros e uma análise de sensibilidade para ativos e passivos financeiros são divulgadas na nota 30.

(4)

notas explicativas da administração às demonstrações financeiras - exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010

(Em milhares de reais, exceto quando indicado)

5. títulos a receber

Controladora Consolidado

Circulante Não circulante Circulante Não circulante

31/12/2011 31/12/2010 31/12/2011 31/12/2010 31/12/2011 31/12/2010 31/12/2011 31/12/2010

Reclassificado Reclassificado

Cessão de crédito - Tangará Energia S.A. 4.138 3.711 13.832 15.789 4.138 3.711 13.832 15.789

Cessão de crédito - Caiuá Distribuição de Energia S.A. 4.948 4.948 5.117 4.247 4.948 4.948 5.117 4.247

Ações preferenciais das classes “A”, “B” e “C” 336 338 6.456 6.596

Outros 27 27

Total 9.449 8.997 25.405 26.632 9.113 8.659 18.949 20.036

Ações preferenciais das classes “A”, “B” e “C” - montante de R$336 em 2011 (R$338 em 2010) no Ativo

Circulante e de R$6.456 em 2011 (R$6.596 em 2010) no Ativo não circulante refere-se às ações de emissão da controlada Investco, onde de acordo com o artigo 8º do Estatuto Social da referida controlada, os detentores de tais ações gozam, entre outros, do direito de recebimento de um dividendo anual fixo, cumulativo, de 3% sobre o valor de sua respectiva participação no capital social. Devido a esta característica, as ações foram classificadas como um instrumento financeiro recebível por satisfazerem a definição de ativo financeiro, pelo fato da controlada não ter o direito de evitar o envio de caixa ou outro ativo financeiro para outra entidade, conforme determina o parágrafo 19 do CPC 39.

A estimativa de valor justo foi efetuada considerando-se as condições acima descritas para pagamento dos dividendos. O pagamento anual de dividendos foi considerado até 2033 (término da concessão) e trazido a valor presente pela taxa de desconto de 8,70% a.a.

Cessão de crédito - tangará energia s.A. - refere-se, ao saldo da repactuação do contrato de Cessão de

crédito firmado entre a Companhia e a Tangará Energia S.A., em 31 de agosto de 2004, aprovado pela ANEEL através dos Ofícios nºs 467/2000-SFF/ANEEL e 1.706/2004-SFF/ANEEL, com as seguintes condições: Prazo para pagamento de 120 meses, carência de 18 meses, término em 29 de fevereiro de 2016, remuneração de 100% do CDI e valor do contrato de R$18.199. Como garantia foi dada uma nota promissória, no valor do saldo devedor.

Cessão de crédito - Caiuá Distribuição de energia s.A. - refere-se ao saldo da consolidação e repactuação

do contrato de Cessão de crédito firmado entre a Companhia e a Caiuá Distribuição de Energia S.A. em 31 de dezembro de 2006, aprovado pela ANEEL através do Despacho nº 181-SFF/ANEEL de 29 de janeiro de 2007,

com as seguintes condições: Prazo para pagamento de 86 meses, carência de 24 meses, término em 29 de fevereiro de 2016, remuneração de 100% do CDI mais 2% juros a.a. e valor do contrato de R$23.532. Como garantia foi dada uma nota promissória, no valor do saldo devedor.

6. Rendas a receber - Consolidado

O saldo de R$4.285 em 31 de dezembro de 2011 (R$4.587 em 31 de dezembro de 2010), refere-se ao instrumento particular de contrato de arrendamento celebrado em 21 de julho de 2001, no qual a Investco arrendou às demais concessionárias da UHE Lajeado, CEB Lajeado S.A., Paulista Lajeado Energia S.A. e Lajeado Energia S.A. frações ideais dos ativos existentes ou a serem adquiridos pela Companhia, no mesmo percentual de suas participações no Contrato de Concessão.

O contrato de arrendamento foi aditado no ano de 2009, objetivando assegurar à Companhia receita suficiente para garantir o seu funcionamento nas melhores condições até o final da concessão. A remuneração implícita neste contrato é de 8,83% a.a., sobre 99% do ativo imobilizado líquido, atualizado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, acrescido de 99% do valor da depreciação do mesmo período.

Quando da revisão do referido contrato de arrendamento foi publicado fato relevante, em 23 de junho de 2009, para informar ao mercado que a eficácia da revisão encontrava-se condicionada à aprovação da ANEEL. No entanto, a ANEEL, por meio do Ofício nº 6/2010, da Superintendência de Fiscalização Financeira - SFF, datado de 29 de janeiro de 2010, manifestou que a referida operação não exigia prévia anuência daquela agência nas circunstâncias apresentadas.

7. impostos e contribuições sociais

Controladora Consolidado

Circulante Não circulante Circulante Não circulante

31/12/2011 31/12/2010 31/12/2011 31/12/2010 31/12/2011 31/12/2010 31/12/2011 31/12/2010

Ativo - compensáveis

Imposto de renda e contribuição social 21.246 21.978 43.320 43.492

PIS e COFINS 2.537 2.388 2.638 2.480

PIS e COFINS - COSIT 27 2.086

IRRF sobre aplicações financeiras 1.407 1.692 509

Outros 2.184 23 2.192 23

Total 27.374 24.389 49.842 48.590

Passivo - a recolher

Imposto de renda e contribuição social 28.708 26.348 63.542 56.758

ICMS sobre diferencial de alíquota 29 86 19

PIS e COFINS 4.998 4.438 6.704 6.058

ISS 4 65 13

PIS, COFINS e CS - Sobre serviços prestados por terceiros 8 38 33

IRRF sobre serviços prestados por terceiros 4 22 11

IRRF sobre juros s/capital próprio 13.094 12.551 15.694 14.656

Parcelamento de impostos - Lei 11.941/09 5.865 17.105 5.865 17.105

Parcelamento de impostos - PAEX 6.127 29.428 6.127 29.428

Outros 5 861 260 1.137

Total 52.715 50.325 17.105 29.428 92.276 84.812 17.105 29.428

7.1 Parcelamento excepcional - PAeX

A Companhia aderiu, em setembro de 2006, ao Parcelamento Excepcional - PAEX, instituído pela Medida Provisória nº 303, de 29 de junho de 2006, que trata de parcelamento de débitos de pessoas jurídicas junto à Secretaria da Receita Federal - SRF, à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional - PGFN e ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, em 130 parcelas mensais e sucessivas (SRF/PGFN), corrigidas pela TJLP para os débitos com vencimento até 28 de fevereiro de 2003, e em 120 parcelas mensais e sucessivas (IRPJ, CSLL, COFINS, PIS, CPMF, INSS e multa), corrigidas pela SELIC para os débitos com vencimento entre 1º de março de 2003 e 31 de dezembro de 2005, constituídos ou não, inscritos ou não em Dívida Ativa da União ou do INSS, mesmo que discutidos judicialmente em ação proposta pelo sujeito passivo ou em fase de execução fiscal ajuizada, inclusive aos débitos que tenham sido objeto de parcelamento anterior, não integralmente quitado, ainda que cancelado por falta de pagamento.

O débito consolidado em 130 parcelas mensais, de acordo com o disposto no artigo 1º da medida provisória nº 303, de 29 de junho de 2006, está sendo pago desde setembro de 2006. Sobre o saldo devedor incidem juros mensais equivalentes à variação da TJLP.

Em 2009, foi formalizada junto à Receita Federal do Brasil - RFB a adesão do PAEX ao programa de redução e parcelamento de tributos conforme a Lei nº 11.941/09 - “REFIS IV”. Em 30 de junho de 2011, a Companhia procedeu à consolidação dos débitos incluídos no parcelamento.

A Composição do parcelamento de impostos - Lei 11.941/09, segue conforme demonstrado abaixo:

31/12/2011 Principal 14.474 Multa 5.041 Juros acumulados 13.922 Amortização acumulada (10.467) Total 22.970

A variação do exercício no valor de R$12.585 decorre da redução dos encargos financeiros no valor de R$7.239 (Nota 28) decorrentes da opção da Companhia em transferir os débitos incluídos no PAES/PAEX para o REFIS e a amortização no valor de R$10.468 pagos desde a data da adesão ao programa. A Companhia optou pela alteração na quantidade de parcelas (de 30 para 73 parcelas) restando 47 parcelas de R$489 atualizáveis mensalmente pela SELIC.

7.2 iRRF - Juros sobre capital próprio

Refere-se ao Imposto de Renda Retido na Fonte, à alíquota de 15%, incidente sobre os valores propostos no exercício de 2011 aos acionistas a título de Juros sobre o capital próprio, conforme legislação (Nota 23.2) liquidado em janeiro de 2012. Neste exercício foi retido o montante de R$13.094.

8. estoques

O valor de R$4.696, refere-se a itens de peças e materiais de manutenção inventariados e valorizados a valor de mercado no qual a controlada Investco, através de Reunião de Diretoria em 19 de julho de 2011, deliberou a implementação de controle através de estoque, com o objetivo de criar controles análiticos adequados que permitam otimizar o sistema de controle interno.

9. imposto de renda e contribuição social diferidos

Os créditos fiscais a seguir detalhados, incidentes sobre os valores que constituem diferenças temporárias, foram reconhecidos tomando por base o histórico de rentabilidade da Companhia e as expectativas de geração de lucros tributáveis nos próximos períodos, no prazo máximo de 10 anos.

9.1 Ativo

Controladora

Resultado 31/12/2011 31/12/2010 2011 2010 Natureza dos créditos Base de cálculo iRPJ CsLL total total CsLLiRPJ/ CsLLiRPJ/ Diferenças temporárias

Provisão para créditos de liquidação

duvidosa 860 215 77 292 153 139 93

Provisão para riscos tributários,

cíveis e trabalhistas 5.833 1.458 525 1.983 1.983

total diferenças temporárias 1.673 602 2.275 153 2.122 93

Controladora

Resultado 31/12/2011 31/12/2010 2011 2010 Natureza dos créditos Base de cálculo iRPJ CsLL total total CsLLiRPJ/ CsLLiRPJ/ Ágio incorporado 319.944 79.986 28.795 108.781 116.963 (8.182) (8.734)

Diferenças temporárias - Rtt

Instrumentos financeiros - CPC 39 5.414 1.355 486 1.841 1.927 (85) (80)

total diferenças temporárias - Rtt 1.355 486 1.841 1.927 (85) (80) total Ativos/Passivos Diferidos 83.014 29.883 112.897 119.043 (6.145) (8.721)

A mutação no Imposto de renda e contribuição social diferido foi registrada em contrapartida do resultado do exercício em R$6.145.

Consolidado

Resultado 31/12/2011 31/12/2010 2011 2010 Natureza dos créditos Base de cálculo iRPJ CsLL total total CsLLiRPJ/ CsLLiRPJ/ Diferenças temporárias

Provisão para créditos de liquidação

duvidosa 874 219 78 297 153 144 93

Benefício pós-emprego 260 65 24 89

Provisão para riscos tributários,

cíveis e trabalhistas 8.323 2.080 749 2.829 2.829

total diferenças temporárias 2.364 851 3.215 153 2.973 93 Ágio incorporado 319.944 79.986 28.795 108.781 116.963 (8.182) (8.734)

Diferenças temporárias - Rtt

Licenças ambientais - CPC 25 (1.077) (270) (97) (367) 1 (369) Uso do bem público - CPC 25 27.843 6.960 2.505 9.465 1.346 8.119 (6.529) Instrumentos financeiros - CPC 39 (165) (40) (17) (57) 5.765 (5.820) 7.595

total diferenças temporárias - Rtt 6.650 2.391 9.041 7.112 1.930 1.066 total Ativos/Passivos Diferidos 89.000 32.037 121.037 124.228 (3.279) (7.575)

A mutação no Imposto de renda e contribuição social diferido foi registrada em contrapartida a crédito do resultado do exercício em R$3.279, a crédito de Patrimônio Líquido em R$89.

O crédito fiscal do ágio é proveniente da incorporação da EDP Lajeado Energia S.A. e da Tocantins Energia S.A., ocorrida em novembro de 2009, representada pelo benefício fiscal proveniente da dedutibilidade do ágio pago pela controladora EDP - Energias do Brasil, o qual foi contabilizado de acordo com as instruções CVM nºs 319/99 e 349/99 e conforme determinação da ANEEL está sendo amortizado pela curva entre a expectativa de resultados futuros e o prazo da concessão da Companhia, que resulta em realização anual média do crédito fiscal de R$5.180 até o ano de 2032 (Nota 15.1).

Para atendimento à Instrução CVM nº 371/02, a Administração elaborou, em 31 de dezembro de 2011, projeção de resultados tributáveis futuros, inclusive considerando seus descontos a valor presente, demonstrando a capacidade de realização desses créditos tributários nos períodos indicados, a qual foi aprovada pelo Conselho de Administração em 24 de fevereiro de 2012. Baseada no estudo técnico das projeções de resultados tributáveis computados de acordo com a Instrução CVM nº 371/02, a Companhia estima recuperar o crédito tributário nos seguintes exercícios:

Controladora total 2012 2013 2014 2015 Não circulante 12.297 27.143 29.906 43.551 112.897 Consolidado total 2012 2013 2014 2015 2016 2017 a 2019 2020 a 2021 Não circulante 13.562 27.472 30.235 43.880 329 987 4.572 121.037

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continua 10. Partes relacionadas

Além dos valores de dividendos a pagar para a sua controladora e a receber de sua controlada direta Investco, os demais saldos de ativos e passivos, bem como as transações da Companhia com sua controladora, profissionais chave da Administração e outras partes relacionadas, que influenciaram o resultado do período, e estão apresentados como segue:

Controladora

Ativo Passivo Receitas (despesas) no exercício objeto do contrato Contraparte transaçãoData da Período de duração

Preço praticado R$/mWh em

31/12/2011 31/12/2011 31/12/2010 31/12/2011 31/12/2010 2011 2010 Concessionárias

Venda de energia elétrica Bandeirante 09/11/2001 12/12/2001 a 31/11/2013 126,84 1.246 9.785 4.628 14.159

Bandeirante 01/03/2006 01/01/2008 a 31/12/2037 152,14 1 2 14 15 Bandeirante 01/03/2006 01/01/2009 a 31/12/2038 153,47 6 9 64 67 Bandeirante 01/03/2006 01/01/2009 a 31/12/2038 142,91 25 29 209 219 Enertrade 01/11/2001 01/01/2003 a 16/12/2032 10.350 14.145 109.207 115.038 Enertrade 01/07/2010 01/07/2010 a 31/12/2010 1.637 6.659 Enertrade 01/04/2011 01/04/2011 a 31/12/2011 852 13.524 Enertrade 01/07/2011 01/07/2011 a 31/12/2011 2.481 13.935 Enertrade 01/01/2011 01/01/2010 a 31/10/2011 1.307 Escelsa 01/03/2006 01/01/2008 a 31/12/2037 150,78 3 4 30 30 Escelsa 01/03/2006 01/01/2009 a 31/12/2038 152,09 6 7 53 53 Escelsa 01/03/2006 01/01/2009 a 31/12/2038 141,63 24 21 172 173 outros Créditos

Uso do sistema de transmissão Enertrade 01/11/2001 01/01/2003 a 16/12/2032 1.890 14.396

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