A pesquisa na UNESP e os 40 anos
UNESP é líder entre as universidades jovens. Essa posição não é por acaso. Todos contribuíram e contribuem para esse sucesso. Em 40 anos tornar‐se uma universidade destacada em ensino, pesquisa / inovação e extensão foi trabalho de pioneiros e de todos que labutam dia a dia nas diferentes unidades, em seus locais de trabalho contribuindo para as atividades fins e meio, propiciando uma ambiência de universidade de excelência. A UNESP tem um histórico ligado aos Institutos Isolados, e esta diversidade faz de nossa universidade com suas diferentes unidades distribuídas em 24 cidades, uma universidade plural, multicampus, responsável por difundir e criar conhecimento nos pontos mais remotos de nosso estado. A Unesp tem‐se destacado pela realização de pesquisas avançadas nas áreas de ciências exatas, biológicas, humanas e artes, respondendo por cerca de 8% de toda a pesquisa brasileira. Ao mesmo tempo, a importância socioeconômica de suas pesquisas nesses diferentes campos e sua maior inserção como polo multiplicador de conhecimentos e inovação tem contribuído para o desenvolvimento da sociedade.
Nos últimos anos temos consolidado indicadores principalmente na pesquisa que reforçam essas importantes posições. Na atualidade, a UNESP é reconhecida nacional e internacionalmente e suas atividades de pesquisa corroboram seu reconhecimento e classificação entre as melhores Universidades do mundo. A evolução das atividades de pesquisa da UNESP está fortemente alicerçada no esforço da comunidade acadêmica na produção e divulgação do conhecimento em diferentes veículos de forma a qualificar a ciência produzida resultando no fortalecimento do impacto social e cultural, e no desenvolvimento econômico. A destacada produção científica tem contribuído para o posicionamento da Unesp em diversos rankings. Considerando o Academic Ranking of World Universities (ARWU), a UNESP ocupa a posição 301o/400o entre as Universidades Internacionais e no Brasil está entre a 2O/5O posição. Entre as Top 50 Under 50 do QS em
países de economias emergentes (BRICS), a UNESP é a 27° colocada, ainda é a terceira da América do Sul e no Brasil lidera o honroso 2o lugar. O ranking da Nature Global Index que analisou as áreas de física, química, ciências biológicas, ciências da terra e meio ambiente, a Unesp ficou como a segunda universidade brasileira e quarta da América do Sul, ficando entre as 500 do mundo. No ranking RUF, ocupa a sexta posição. Estes dados corroboram o seu crescimento e protagonismo, considerando‐se que é uma universidade descentralizada, heterogênea, multi‐campus e bastante jovem.
Produção Cientifica Cultural e Técnica
A evolução da produção técnica, artística/cultural e bibliográfica, incluindo artigos científicos, livros e capítulos de livros (figuras 1‐6), aliada a evolução da publicação científica indexada em base de dados internacionais refletem a posição de destaque da UNESP na ciência brasileira que nos últimos anos. O levantamento na Base Stela Experta (CV Lattes) de artigos publicados em periódicos científicos, livros publicados e capítulos de livros corroboram esses índices e demonstram forte evolução em termos quantitativos e qualitativos.
Figura 1. Dados relativos à produção bibliográfica obtidos da base Stela Experta
Figura 2. Dados relativos à produção em artigos publicados em periódicos científicos obtidos da base Stela Experta
Figura 3. Dados relativos à produção na forma de livros publicados obtidos da base Stela Experta
Figura 4. Dados relativos à produção na forma de capítulos de livros publicados obtidos da base Stela Experta
O total da produção cultural (apresentação de obra artística, arranjo musical, composição musical, curso de curta duração, programa de rádio ou TV, obra de artes visuais, sonoplastia, artes cênicas, música, artes visuais, outra produção artística/cultural) da UNESP, bem como a técnica (software, produto tecnológico, processo ou técnica, trabalhos técnicos, patentes e registros, cartas, mapas ou similares, curso de curta duração ministrado, desenvolvimento de material didático ou instrucional, editoração, manutenção de obra artística, maquete, organização de evento, programa de rádio ou TV, relatório de pesquisa, apresentação de trabalho, mídias sociais, websites, blogs, outra produção técnica) obtidos na Base Stela Experta (CV Lattes), período de 1976‐2015 (Figuras 5‐6), mostra um aumento consubstancial corroborando o fortalecimento da pesquisa acompanhada da qualificação de seus
recursos humanos, da modernização da infraestrutura física e de equipamentos e do aumento da captação de recursos financeiros em agências de fomento. Figura 5. Dados relativos à produção artística/cultural obtidos da base Stela Experta.
Figura 6: Dados relativos à produção técnica obtidos da base Stela Experta.
Os dados constantes nas Bases Internacionais SCOPUS e WEB of SCIENCE (WoS), no período de 1980‐2015, corroboram o crescimento exponencial do número de publicações acompanhado de efetiva qualificação (Figuras 7 e 8). A competência da UNESP na publicação de artigos científicos indexados, segundo as bases de dados internacionais, está refletida na evolução do número de publicações, no período de 1976‐2015, analisados a cada cinco anos (Figuras 9 ‐ SCOPUS e 10 ‐ WEB of SCIENCE). Nessa perspectiva nota‐se que nos períodos 2006‐2010 e 2011‐2015 em ambas as bases, o aumento foi substancial, imprimindo maior qualificação à produção da UNESP. O aumento percentual nas respectivas bases no período de 2009‐2014 foi de 26,0% (Figura 9) e 40,2% (Figura 10), relativos a cada uma das bases citadas acima. É importante destacar que a
produção científica de 2015 ainda não está consolidada e não foi computada nesta análise. Mesmo com o aumento dos números no período, a universidade demonstra que não atingiu a saturação do seu potencial de pesquisa, com perspectiva de crescimento da produção científica qualificada. A cada ano, a produção da ciência depende do desenvolvimento de pesquisa inter‐ e transdisciplinar favorecida pela formação de redes, que incrementam a geração do conhecimento.
Figura 7. Dados relativos à produção na forma de artigos publicados obtidos da base Scopus.
Figura 8. Dados relativos à produção na forma de artigos publicados obtidos da base WoS.
Figura 9. Dados apresentados na forma de média de artigos publicados, base Scopus.
conhecimento, as redes de pesquisa com forte agregação de docentes/pesquisadores, alunos de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós‐doutores com parceiros internacionais propiciou um aumento de parcerias nas atividades de pesquisa e consequente aumento da produção científica com co‐autoria internacional (InCites ‐ 1980‐ 2015, Figura 11) que se intensificou nos últimos anos. De 2009 a 2014 (produção científica de 2015 não está consolidada) o aumento foi de 45,5%. Figura 11. Dados de artigos com co‐autoria internacional, base WoS.
É importante destacar que a estratificação da produção científica (artigos publicados) pelas grandes áreas nas bases internacionais (SCOPUS e WEB of SCIENCE) foi realizada no período de 2009‐2015 (período com maior coerência entre as subáreas) com base na somatória dos números dos artigos de subáreas privilegiadas nas respectivas bases (Figuras 12 (biológicas), 13 (exatas), e 14 (humanidades) ‐ SCOPUS e Figuras 15 (exatas), 16 (biológicas) e 17 (humanidades) ‐ WEB of SCIENCE.
Figura 12. Dados relativos a artigos publicados na área de ciências biológicas‐base Scopus.
Figura 14. Dados relativos a artigos publicados na área de humanidades‐base Scopus.
Figura 16. Dados relativos a artigos publicados na área de ciências biológicas‐base WoS.
A análise dos resultados apresentados nas Figuras 12‐13 (SCOPUS) mostra o avanço no número de publicações nas áreas de exatas e biológicas, principalmente a partir de 2012, com destaque para a agricultura e ciências biológicas, bem como a medicina, a física e a química. Outras subáreas demonstram forte equilíbrio com destaque para materiais, ciências ambientais e engenharias. Na mesma base, as subáreas das humanidades (Figura 14) também demonstra forte progressão a partir de 2012, com destaque a produção de artigos das ciências sociais e bastante equilíbrio na produção científica de artes/humanidades e psicologia. Na base WEB of SCIENCE as subáreas não são exatamente as mesmas dispostas pela SCOPUS. Nesta base o equilíbrio na produção de artigos nas grandes áreas no período de 2009‐2012 (exatas, biológicas e humanidades) é mais evidente (Figuras 15‐17). Em resumo, a Figura 18 mostra os resultados de cada subáreas da base WEB of SCIENCE para melhor visualização. É importante destacar que a até momento da produção científica do ano. queda apontada no ano de 2015 é devido a não consolidação nas bases internacionais o
Figura 18. Dados de artigos publicados das subáreas do conhecimento, da base WoS
Em resumo, os dados apresentados confirmam o aumento da pesquisa qualificada desenvolvida pelos 1182 grupos de pesquisa certificados no CNPq e pelos 752 bolsistas de produtividade em pesquisa do CNPq (1A=44, 1B=55, 1C= 68, 1D=136, 2=435, SR=2, DT2=12). Portanto, nos últimos anos avançou‐se enormemente em todos os campos em nossa universidade. Precisa‐se agora avançar em nossa missão de ter‐se pesquisa com maior impacto no desenvolvimento cientifico, tecnológico, econômico, social e cultural de nosso estado e país. Iniciação Científica a de recursos humanos qualificados, em nível de Graduação, pela possibilidade de aprimorar e complementar a formação acadêmica do estudante preparando‐o para o desenvolvimento científico, profissional e sua inserção e contribuição para com a sociedade. O Programa ainda induz a revolução de idéias, responsáveis por mudanças essenciais no mundo, que são traduzidas por trabalhos envolvendo projetos com atuação nos diferentes âmbitos da ciência, incluindo a básica, fundamental, aplicada, exploratória e inovadora, sendo, a ciência básica, o instrumento essencial para o conhecimento e inovação. Uma Universidade contemporânea se apóia em Programas dessa natureza, uma vez que seu papel fundamental é educar e preparar para a sociedade jovens talentosos. Nesse contexto, o Programa institucional de Iniciação Científica da UNESP, incluindo o PIBIC/PIBITI/Ensino Medio/CNPq, se configura na veia condutora dessas idéias e participa ativamente na formulação da consciência científica do estudante, contribuindo para criar uma geração pensante e inovadora. É importante salientar que o esforço dos docentes/pesquisadores da UNESP também contribui sobremaneira para com a formação as de O Programa Institucional de Iniciação Científica da UNESP contribui sobremaneira para formação
Figura 19. Dados referentes a bolsas de iniciação científica obtidas por docentes/pesquisadores da Unesp.
A Pró‐reitoria de Pesquisa ciente da importância de desenvolver o pensamento científico e a criatividade decorrente das ações criadas pelo confronto dos problemas de pesquisa, de estimular os pesquisadores de reconhecida excelência a incorporar estudantes de graduação em seus trabalhos e projetos de pesquisa e incentivar jovens talentos a ingressarem nos cursos de graduação incrementou Programas que visam à outorga de bolsas de iniciação científica.
levantamento demonstrado abaixo corrobora a contribuição do Programa Institucional e dos docentes/pesquisadores na formação científica dos estudantes de Graduação da UNESP. É importante destacar que a UNESP aumentou nos últimos quatro anos em 250% a cota em contrapartida ao Programa de Iniciação Científica do CNPq. Atualmente, a UNESP disponibiliza 500 cotas para os alunos participantes do Programa Institucional PIBIC/PIBITI da UNESP.
ção ientífica (PIBIC/PIBIT/PIBIC ensino médio), outorgado pelo CNPq e contrapartida stitucional, a PROPe implementou os Programas em ações próprias e em ações
e bolsista pesquisador do CNPq, a PROPe instaurou Programas ró‐Talentos/Grupos Emergentes e Primeiros Projetos) que contemplam como outorga,
fica. Com isto, favoreceu a exeqüibilidade das linhas de pesquisa r Para isto, além de gerenciar o Programa Institucional de Bolsas de Inicia C
In
transversais com outras dimensões da UNESP (COPE e PROGRAD) com o intuito de engajar os alunos que ingressam na universidade oriundos da escola pública e contribuir ao desenvolvimento, o pensamento científico, tecnológico e artístico‐cultural.
Da mesma forma, considerando a dificuldade dos recém‐contratados em concorrer em condições competitivas nos programas institucionais de Iniciação Científica, uma vez que segundo normas do CNPq deve‐se priorizar os docentes/pesquisadores com maior produtividade científica (P bolsas de iniciação cientí propostas no plano trienal dos recém‐contratados a melhorar a qualificação da produção científica e inserção destes em programas de pós‐graduação. PICR O ciclo do conhecimento científico compreende a produção, sua divulgação e transferência de diferentes formas. A repercussão e impacto da publicação como forma de produção de conhecimento em nível nacional e internacional é uma das medidas de qualidade do conhecimento, contribuindo ainda para a visibilidade Institucional e desenvolvimento social, econômico e cultural de uma nação. Para a qualificação desses resultados, a captação de recursos em órgãos de fomento, em nível nacional e internacional, se configura em uma das etapas essenciais. Com vistas a reconhecer e prestigiar docentes/pesquisadores engajados nesse processo de geração criativa de ideias, a Pró‐ Reitoria de Pesquisa os tem apoiado com o Programa PICR (Programa de Incentivo a Captação de Recursos) com a outorga de auxílio financeiro para o inc emento de suas pesquisas, para a divulgação dos resultados e contribuição à formação de recursos humanos. A Figura 20 demonstra a contribuição do Programa PICR em contrapartida a
Figura 20. Demonstrativo dos valores pagos dentro do programa do PICR, oriundo das ações implementadas no plano de desenvolvimento institucional‐PDI.
QS/CNPq
pesquisa do CNPq, assim como aqueles que demonstram perfis equivalentes, são fundamentais para o avanço da ciência, a competitividade da universidade frente a editais de fomento, para a atuação na formação de recursos captação de recursos dos docentes/pesquisadores da UNESP, no período de 2003‐2015, demonstrando picos de captação de recursos no período de 2010‐2013. P
A necessidade de desenvolvimento pelas universidades brasileiras de novas políticas de pesquisa que contribuam para o aumento do impacto da produção científica e consequente melhoria da qualidade da formação dos docentes/pesquisadores brasileiros e seu reconhecimento no cenário internacional, demonstra estreita relação com a qualificação de seus recursos humanos. Nessa perspectiva, os docentes/pesquisadores bolsistas de produtividade em
human na. Figura 21. Dados relativos ao numero de pesquisadores do CNPq na Unesp. Multiusuá pesquisa que amplie os horizontes da Universidade em face da globalização. Para isto tem os e para a geração de produção científica qualificada. Na atualidade, a UNESP tem 752 PQs/CNPq, atuando nas diferentes áreas do saber e contribuindo efetivamente para a qualificação e internacionalização dos grupos de pesquisa (Figura 21). Essa atuação é importante uma vez que favorece a criação de redes interinstitucionais de pesquisa e difusão, essencial ao novo pensar da universidade contemporânea que deve estar voltada para contribuir com as importantes questões que afetam a sociedade moder Laboratórios rios
que voreçam o compartilhamento de equipamentos de médio e grande porte, o esenvolvimento da pesquisa interdisciplinar e conscientização de estudantes de graduação e pós‐graduação a uma realidade de desenvolvimento de pesquisa em redes e intra‐áreas. A UNESP oferece estrutura multiusuária nas diferentes áreas do saber enraizadas nas diferentes Unidades e três grandes facilities, que atuam em áreas de fronteira para o país, incluindo Bioenergia, Ciências do Mar e Biotecnologia. Essas facilities estão localizadas no seio de três Institutos Especiais: Instituto de Pesquisa em Bioenergia IPBEN), Instituto de Estudos Avançados do Mar (IEMar) e Instituto de Biotecnologia (IBTEC) criados nos últimos anos em parceria com os governos do estado e federal (IPBEN e IEMar) com o intuito de desenvolver pesquisas em áreas estratégicas para o estado e país. novos caminhos de cooperação para a implementação dessas ações em médio prazo, com destaque para a possibilidade de criação de laboratórios de pesquisa multiusuários fa