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Se é para vestir, é preciso refletir

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Academic year: 2022

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(1)

Se é para vestir, é preciso refletir

Nível B1

1. Vamos ajudar o Diogo a fazer os trabalhos de casa? Lê a mensagem que ele te enviou e responde a todas as perguntas. Depois de responderes, troca impressões com os teus colegas para compararem os vossos comportamentos em relação à moda.

2. Pelos vistos, o Diogo continua a precisar de ajuda para o trabalho de Inglês. Desta vez, tem de fazer uma breve apresentação sobre a moda portuguesa, mas, como costuma estar mais atento ao que se passa lá fora, pediu ajuda à avó Isabel, que lhe deu alguns nomes importantes.

Com um bocadinho de pesquisa, encontra informação sobre os seguintes nomes e organiza-os na tabela. Assim, ajudas o Diogo e ficas a conhecer um pouco sobre a moda lusa.

Bom dia! Chamo-me Diogo Silva e gostaria que me respondesses a algumas perguntas para um trabalho sobre moda que estou a fazer para a disciplina de Inglês. Tens uns minutos para me ajudar? Então, vamos lá!

a) Costumas estar a par das últimas tendências de moda?

b) As tendências de moda condicionam a tua forma de vestir?

c) Segues algum/a influencer de moda? Como é que se chama?

d) Com que frequência compras roupa nova?

e) Com que frequência compras calçado novo? E acessórios?

f) Costumas usar as redes sociais para mostrar a tua roupa, calçado ou acessórios?

g) Costumas comprar roupa, calçado e acessórios online ou preferes ir à loja para ver e experimentar antes de comprar?

h) Costumas comprar roupa de marcas conhecidas? Porquê?

i) Qual foi a peça de roupa, de calçado ou o acessório mais caro que já compraste ou que já te ofereceram?

j) Costumas pedir roupa nos teus anos e no Natal? Porquê?

k) Quanto dinheiro gastas nos saldos de verão? E nos de inverno?

l) Sabes quantas peças de roupa tens no teu armário? E pares de sapatos, botas ou sapatilhas?

Obrigada pelo teu tempo e pela tua ajuda. Graças às tuas respostas vou poder realizar um bom trabalho!

Diogo

Sharam Diniz Fátima Lopes Porto Fashion Week Daniela Hanganu José António Tenente Miguel Vieira Nuno Gama Patrick de Pádua

Diogo Miranda Ana Baldaque Dino Alves Filipe Faísca Ana Teixeira de Sousa Sara Sampaio Diana Pereira João Cabral

(2)

Estilistas Modelos Eventos de moda

Filipe Faísca Sharam Diniz Porto Fashion Week

Maria Gambina João Cabral

Faixa: Cortiça na moda – Bonecos & Ca. 4 –Nível A1-A2

3. Já está quase tudo pronto para a apresentação do Diogo, falta apenas falar de algo particular que caracterize a moda portuguesa. A avó sugeriu-lhe que falasse sobre o uso da cortiça, matéria-prima muito presente em Portugal, e que é cada vez mais usada na moda. Ouvindo a faixa com atenção, descobre a informação que o Diogo encontrou e que vai usar na sua apresentação.

3.1.Depois de ouvires a faixa duas vezes, responde às perguntas que se seguem.

a) A árvore da qual se extrai a cortiça chama-se:

carvalho sobreiro azinheira

b) Podemos extrair cortiça:

de 9 em 9 anos de 6 em 6 anos de 3 em 3 anos

c) Esta árvore, declarada árvore nacional de Portugal, pode produzir cortiça durante:

50 anos 150 anos 500 anos

d) Qual destas características não se atribui à cortiça:

resistente rígida leve

e) A cortiça pode usar-se em tudo, menos em peças de roupa ou acessórios.

Verdadeiro Falso

f) Refere três objetos nos quais se use a cortiça.

g) A que cantora é que a marca portuguesa TM Collection ofereceu um vestido feito com cortiça?

(3)

4. O Diogo já apresentou o trabalho sobre moda. Lê o diálogo entre ele e a avó e descobre como correu.

– Que cara é essa, Diogo? Estás com os azeites? Correu mal a apresentação sobre a moda portuguesa?

– A apresentação correu bem, mas depois vimos um documentário e... Olha, avó, estou mesmo muito zangado, irritado, furioso, desiludido comigo mesmo!

– Porquê? O que aconteceu para te sentires assim? Deixas-me com o coração nas mãos! O que é que fizeste?

– Comprar roupa, avó. Comprar muita roupa de marcas que não se preocupam minimamente com o meio ambiente, que usam substâncias tóxicas e que as despejam diretamente nos rios ou no mar.

E, como se isto fosse pouco, não querem saber nem das condições de trabalho nem da vida dos empregados. Tu sabias que há milhões de crianças na Ásia que trabalham na indústria têxtil em vez de irem à escola? Trabalham 10, 12 e até 14 horas por dia, avó. Sabias que, em 2013, um prédio, que era na verdade uma fábrica de roupa, caiu no Bangladesh e morreram mais de mil pessoas e mais de duas mil ficaram feridas? E, enquanto isso, eu nas compras, avó.

– Não sejas tão duro contigo, em 2013, tinhas 6 anos. Mas, sim, tens razão, essa realidade é tristíssima. O que acontece é que as pessoas seguem o ritmo da fast fashion como fazem com a fast food. Seguem as tendências, o que veem nos anúncios, nas séries, nas redes sociais e querem sentir- se assim, bonitas e bem vestidas, não interessa se a roupa ainda está em bom estado e se lhes fica bem, querem estar na moda e, para isso, é preciso estarem sempre a comprar roupa nova. Quem compra a roupa não vê as pessoas que fazem a roupa e, por isso, nunca associa algo tão bonito e cómodo à exploração de mão de obra infantil ou à contaminação do ar e da água ou ainda à pobreza extrema. Já sabes: olhos que não veem, coração que não sente.

– E ninguém faz nada para mudar isto?

– Sim, há muita gente a protestar e até de forma curiosa. Olha, há uns anos, uns trabalhadores decidiram denunciar as suas condições de trabalho precárias usando as etiquetas das roupas.

– As etiquetas das roupas? Como?

– Coseram mensagens de denúncia que foram lidas mais tarde pelos clientes que compraram a roupa nas lojas.

– A sério? E alguém leu essas mensagens?

– Sim, sim. E já que falaste no que aconteceu no Rana Plaza, em 2013, logo nesse ano criou-se um movimento cívico chamado "Fashion Revolution Week" que procura chamar a atenção dos consumidores para a necessidade de se questionarem sobre o que há por trás da indústria da moda. Chega aqui! Vês? Até têm um hastag #whomademyclothes e várias figuras conhecidas uniram-se a esta iniciativa.

– Não fazia ideia! Claro, só estou preocupado em seguir sempre os mesmos influencers e em comprar o que eles vestem para pôr uma foto e ter muitos likes no Instagram... Sinto-me mesmo envergonhado e culpado.

– Culpado? Que disparate! Não sabias o que estava por trás desta indústria. É difícil imaginar algo que nunca viste ao vivo, não achas? Se visses as crianças a fazerem roupa, ias comprá-la na mesma?

– Claro que não!

(4)

4.1.Depois de leres o diálogo anterior, ordena as imagens de acordo com o que o Diogo e a avó vão conversando e procura no texto uma expressão que sirva de legenda.

a) ________________________ b)________________________ c)________________________

d) ____________________ e)____________________ f)_____________ g)_____________

4.2.Associa as expressões do texto à sua explicação:

a) Estás com os azeites? Estar preocupada, angustiada com algo.

b) Deixas-me com o coração nas mãos! Estar irritado, mal-humorado, arreliado, zan- gado, furioso, irado.

c) Olhos que não veem, coração que não sente.

Ser incapaz de encontrar a saída num conjunto de dificuldades.

d) Meter as mãos na massa. Iniciar um trabalho, concretizar uma tarefa.

e) Andar às aranhas. Aquilo que desconhecemos não pode fazer-nos sofrer.

4.3.Quais seriam as expressões equivalentes na tua língua?

4.4.Já agora, sabes o que significa fast fashion? Coloca as palavras na ordem correta e descobre qual é a definição desta expressão.

4.5.E tu, sabias que a indústria têxtil esconde um lado negro? Conhecias algum dos dados relatados? Procura mais informação sobre a iniciativa Fashion Revolution Week e outras semelhantes e partilha o que descobrires como os teus/tuas colegas da turma.

rapidamente.  de produção  Esta  há um padrão  consumidos  no qual significa que  e descartados.  os produtos  expressão  e consumo  são fabricados,

A A A

A A A A

(5)

5. A conversa entre o Diogo e a avó não terminou e manteve-se muito interessante. Lê mais um bocadinho do diálogo entre os dois.

5.1.E tu, sabes descodificar as mensagens transmitidas por estes símbolos? Observa bem os símbolos e associa-os às respetivas explicações.

______ Lavagem à máquina ou normal ______ Temperatura máxima de 30 graus ______ Temperatura máxima de 40 graus ______ Lavar à mão

______ Não lavar

______ Não passar a ferro ______ Não se pode lavar a seco ______ Não secar na máquina de secar ______ Não usar lixívia

______ Passar a ferro a alta temperatura ______ Passar a ferro a baixa temperatura ______ Pode usar-se percloroetileno ______ Secar a temperatura normal – Ora bem, agora que já sabes que um preço bom para o teu bolso não é necessariamente bom para os bolsos de quem faz a roupa, podes continuar a informar-te sobre o assunto e passar a palavra aos teus colegas e até usar a tua conta de Instagram. Tens muitos seguidores, podes influenciá-los muito positivamente.

– Boa ideia, avó!

– Também há aplicações que nos ajudam a escolher a roupa de maneira mais consciente. Ah, e podes ainda consultar as etiquetas para saber qual a composição dos tecidos e a origem dos produtos.

– Ui, eu acho que só olho para as etiquetas para ver o tamanho e a marca.

– Então vamos já tratar disso. Espera um momento. Hum, deixa-me só procurar aqui umas etiquetas na Internet. Vês estas etiquetas? O que achas que significam estes símbolos?

– Não faço a menor ideia!

a) b) c)

d) e) f)

g) h) i)

j) k) l)

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6. A conversa continua. Lê a última parte do diálogo entre o Diogo e a avó.

6.1. E tu, costumas comprar roupa em segunda mão? Conheces lojas de roupa em segunda mão na cidade onde vives? E, na Internet, conheces aplicações que promovam este tipo de comércio?

Ah, e sabes costurar? O que achas da ideia de isso ser ensinado na escola a todos os alunos e alunas?

6.2. Quanto a marcas de roupa ou calçado sustentáveis, conheces algumas? Sabes o que significa greenwashing? Explica esta expressão por palavras tuas.

7. Vamos ajudar o Diogo a organizar esta boa iniciativa: um mercado de troca de roupa usada e ainda um workshop de costura criativa. No nosso caso, vamos responsabilizar-nos por escrever um email que se vai enviar a toda a comunidade escolar. Em grupo, decidam: o dia, as horas, o local, os objetivos, o nome da iniciativa, a(s) forma(s) de participação e o conteúdo do programa.

Depois, escrevam uma mensagem que consiga atrair a atenção de todos para a importância de participarem num evento destes.

– Incrível tudo o que podemos aprender num bocadinho tão pequenino de tecido.

– Pois é, e também podes passar a reconhecer muito melhor as marcas que só fazem greenwashing e as que são, de facto, sustentáveis.

– Sustentáveis?

– Sim, por cá, há cada vez mais marcas que respeitam o ambiente, que tratam bem os trabalhadores, que se preocupam com o uso de técnicas tradicionais, que escolhem matérias- primas locais, recicladas e recicláveis. Sabias que 95% da roupa que se deita fora podia ser reciclada ou reutilizada e que acaba, infelizmente, queimada?

– E ainda dizes tu para não me sentir culpado?! Nunca pensei que a roupa se podia reciclar.

Para mim, quando algo deixa de estar na moda, ponho logo de lado e ponto!

– Bom, agora já tens outras soluções. E ainda te dou mais umas quantas. Por exemplo, podes comprar mais roupa em segunda mão, podes trocar roupa com os teus amigos e até podes aprender a costurar comigo para poderes personalizar as tuas t-shirts, calças de ganga e sweaters.

– Hum, estou aqui a pensar numa coisa...

– Que misterioso. Conta lá que coisa é essa que te deixou com esse sorriso?

– Vê lá o que achas desta ideia, avó: vou propor à diretora de turma organizar um mercado de troca de roupa usada com workshop de costura criativa incluído. Assim, damos outra vida à roupa que já não usamos ou de que já não gostamos tanto sem comprarmos mais.

– Parece-me uma excelente ideia!

– Podias dar-me uma ajudinha para organizar isto, avó?

– Claro que sim, mas antes vamos lanchar que estas ideias vão fluir muito melhor com um sumo de laranja fresquinho e um croissant torrado.

Referências

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