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Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Ceará. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas

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(1)

Boletim

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos

Fascículos

a IOF - Ouro ativo financeiro ou

instrumento cambial

a ICMS - Antecipação tributária

a ICMS - Substituição tributária -

Quadro prático dos produtos

sujeitos ao regime

ICMS - IPI e Outros

Fascículo N

o

27/2014

Ceará

/

a

Federal

IPI

Crédito fiscal - Estorno . . . . 01

/

a

Estadual

ICMS

Substituição tributária - Regras gerais . . . . 05

/

a

IOB Setorial

Federal

Petroleiro - Incentivos fiscais - Repetro - Aplicabilidade . . . . 11

/

a

IOB Comenta

Estadual

Caracterização de transporte próprio quando da utilização de veículo do estabelecimento matriz para transporte de mercadorias do esta-belecimento filial . . . . 12

/

a

IOB Perguntas e Respostas

IPI

Crédito fiscal - Estorno - Revenda de insumos . . . . 13

Sped - EFD - Crédito fiscal . . . . 13

Sped - EFD - Venda para entrega futura - CST . . . . 13

ICMS/CE

Base de cálculo reduzida - Merluza e pirarucu . . . . 14

CT-e - Prazo de guarda do arquivo digital . . . . 14

(2)

Capa:

Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo) 0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no Brasil

Printed in Brazil Boletim IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : crédito fiscal : estorno.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2191-3

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-05859 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81)

2. Brasil : Imposto sobre Produtos

Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

(3)

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

IPI

Crédito fiscal - Estorno

SUMÁRIO 1. Introdução

2. Hipóteses de estorno 3. Apuração do valor a estornar 4. Escrituração fiscal

5. Produtos não tributados 6. EFD

1. Introdução

O IPI tem como uma das características a não cumulatividade, sendo permitido ao contribuinte abater no valor devido em cada operação o montante cobrado nas operações anteriores.

A não cumulatividade é efetivada pelo sistema de crédito, atribuído ao contribuinte, do imposto relativo a produtos entrados em seu estabele-cimento, para ser abatido do que for devido pelos produtos dele saídos, em um mesmo período de apuração.

Contudo, podem ocorrer situações em

que o crédito deve ser anulado em decorrência de as saídas subsequentes do mesmo produto (ou de outros, resultantes de sua industrialização) do esta-belecimento industrial ou a ele equiparado não serem realizadas com o lançamento do imposto.

Neste texto, veremos as hipóteses em que a legis-lação exige o estorno do crédito fiscal.

(Constituição Federal/1988, art. 153, IV, § 3º, II; RIPI - De-creto nº 7.212/2010, art. 225 e art. 254)

2. HIPótESES dE EStorno

Deverá ser anulado, mediante estorno na escrita fiscal, o crédito do IPI:

a) relativo a insumos (matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem) que tenham sido:

a.1) empregados na industrialização, ainda que para acondicionamento, de produ-tos não tributados, mesmo que se refi-ram a produtos destinados à exportação; a.2) empregados na industrialização, ainda

que para acondicionamento, de produ-tos saídos do estabelecimento industrial com suspensão do imposto, nos seguin-tes casos:

a.2.1) produtos resultantes de indus-trialização (em que o executor da encomenda não tenha utilizado produtos de sua industrialização ou importação), que forem reme-tidos ao estabelecimento de ori-gem e desde que sejam por este destinados a comércio ou a em-prego, como insumo, em nova industrialização que dê origem à saída de produto tributado; a.2.2) bens do Ativo Permanente

(máqui-nas e equipamentos, aparelhos, instrumentos, utensílios, ferramen-tas, gabaritos, moldes, matrizes e semelhantes) remetidos pelo belecimento industrial a outro esta-belecimento da mesma empresa, para serem utilizados no processo industrial do recebedor;

a.2.3) bens do Ativo Permanente reme-tidos pelo estabelecimento in-dustrial a outro estabelecimento, para serem utilizados no proces-so industrial de produtos enco-mendados pelo remetente, desde que devam retornar ao estabele-cimento encomendante, após o

a

Federal

O valor do crédito a ser anulado deverá corresponder àquele lançado por ocasião

da respectiva entrada no estabelecimento do

(4)

prazo fixado para a fabricação dos produtos;

a.2.4) partes e peças destinadas ao re-paro de produtos com defeito de fabricação, quando a operação for executada gratuitamente por concessionários ou representan-tes, em decorrência de garantia dada pelo fabricante;

a.3) empregados na industrialização, ainda que para acondicionamento, de produ-tos saídos de estabelecimento produtor com suspensão do IPI determinada pelo art. 44 do RIPI/2010;

Nota

O art. 44 do RIPI/2010 dispõe:

“Art. 44. As bebidas alcoólicas e demais produtos de produção nacional, classificados nas posições 2204, 2205, 2206 e 2208 da TIPI, acondicionados em recipientes de capacidade superior ao limite máximo permitido para venda a varejo sairão obrigatoriamente com suspensão do imposto dos respectivos estabelecimentos produtores, dos estabelecimentos atacadistas e das coo-perativas de produtores, quando destinados aos seguintes estabelecimentos:

a) industriais que utilizem os produtos mencionados no caput como matéria-prima ou produto intermediário na fabricação de bebidas; b) atacadistas e cooperativas de produtores; e

c) engarrafadores dos mesmos produtos.”

a.4) empregados na industrialização, ainda que para o acondicionamento, de produ-tos saídos do estabelecimento remetente com suspensão do imposto, em hipóte-ses não consideradas nas letras “a.2” e “a.3”, nos casos em que aqueles produtos ou os resultantes de sua industrialização venham a sair de outro estabelecimento industrial ou a ele equiparado, da mesma empresa, ou de terceiros, não tributados;

Nota

O estorno do crédito de que trata a letra “a.4” não se aplica nas saídas de insumos do estabelecimento industrial com suspensão do IPI, destinados a es-tabelecimento que se dedique, preponderantemente, à elaboração de produ-tos classificados nos Capítulos 2, 3, 4, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 23 (exceto códigos 2309.10.00 e 2309.90.30 e Ex 01 no código 2309.90.90), 28, 29, 30, 31 e 64, no código 2209.00.00 e nas posições 21.01 a 21.05.00, da TIPI, inclusive aqueles a que corresponde a notação “NT” (não tributados) (RIPI/2010, art. 46, I, e art. 254, § 4º; Lei nº 10.637/2002, art. 29, caput, § 5º).

a.5) empregados nas operações de conser-to, restauração, recondicionamento ou reparo de produtos com defeito de fabri-cação, nas hipóteses em que essas ope-rações não fiquem caracterizadas como de industrialização, descritas no art. 5º,

caput, XI e XII, do RIPI/2010;

Nota

O art. 5º, XI e XII, do RIPI/2010 dispõe: “Art. 5º. Não se considera industrialização: […]

XI - o conserto, a restauração e o recondicionamento de produtos usa-dos, nos casos em que se destinem ao uso da própria empresa executora ou quando essas operações sejam executadas por encomenda de terceiros não estabelecidos com o comércio de tais produtos, bem assim o preparo, pelo consertador, restaurador ou recondicionador, de partes ou peças emprega-das exclusiva e especificamente naquelas operações;

XII - o reparo de produtos com defeito de fabricação, inclusive me-diante substituição de partes e peças, quando a operação for executada gratuitamente, ainda que por concessionários ou representantes, em virtude de garantia dada pelo fabricante;

[…].”

a.6) vendidos a pessoas que não sejam in-dustriais ou revendedores;

b) relativo a bens de produção que os comer-ciantes equiparados a industrial:

b.1) venderem a pessoas que não sejam in-dustriais ou revendedores;

b.2) transferirem para as seções incumbidas de vender às pessoas indicadas na letra “b.1”; ou

b.3) transferirem para outros estabelecimen-tos da mesma empresa, com a destina-ção mencionada nas letras “b.1” e “b.2”; c) relativo a produtos de procedência estrangei-ra remetidos pelo importador, diretamente da repartição que os liberou, a outro estabeleci-mento da mesma empresa;

d) relativo a insumos e quaisquer outros produ-tos que tenham sido furtados ou roubados, inutilizados ou deteriorados, ou, ainda, empre-gados em outros produtos que tenham tido a mesma sorte;

e) relativo a insumos empregados na fabricação de produtos que retornem ao estabelecimento remetente com direito ao crédito, nos casos de devolução ou de retorno, e não devam ser ob-jeto de nova saída tributada; e

f) relativo a produtos devolvidos, na forma do art. 231, caput, I, do RIPI/2010.

(Lei nº 10.637/2002, art. 29, caput, § 5º; TIPI - Decreto nº 7.660/2011; RIPI/2010, art. 5º, caput, XI e XII, art. 43, caput, VII, XI, XII e XIII, art. 44, art. 46, caput, I, art. 231, caput, I, e art. 254,

caput, §§ 2º e 4º)

3. APurAção do vAlor A EStornAr

O valor do crédito a ser anulado deverá corres-ponder àquele lançado por ocasião da respectiva entrada no estabelecimento do contribuinte.

Contudo, nas hipóteses de que tratam as letras “a”, “b”, “d” e “e” do item 2, havendo mais de uma aquisição de produtos e não sendo possível determinar aquela a que corresponde o estorno do imposto, este será calculado com base no preço médio das aquisições.

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4. ESCrIturAção FISCAl

O valor apurado a título de estorno deve ser lan-çado diretamente no livro Registro de Apuração do IPI, modelo 8, no item “010 - Estorno de créditos”, com descrição resumida do fato que deu origem ao estorno.

(RIPI/2010, art. 477, caput)

4.1 Momento do estorno

O lançamento do estorno deve ser feito no pe-ríodo de apuração em que ocorrer ou se verificar o fato determinante da anulação, ou dentro de 20 dias, se o estabelecimento obrigado à anulação não for contribuinte do imposto.

Em caso de estorno de crédito efetuado fora do prazo, isto é, fora do período de apuração do fato determinante da anulação e que resulte em saldo devedor, a ele serão acrescidos os seguintes encar-gos legais provenientes do atraso:

a) juros de mora equivalentes à Taxa Referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), acumulada mensalmente, calculados a partir do 1º dia do mês subsequente ao do ven-cimento até o último dia do mês anterior ao pa-gamento e de 1% no mês do papa-gamento; e b) multa de mora, calculada a partir do 1º dia

subsequente ao do vencimento, à taxa de 0,33% por dia de atraso, limitada a 20%.

(RIPI/2010, art. 254, §§ 5º e 6º, art. 553 e art. 554)

5. ProdutoS não trIButAdoS

Os estabelecimentos recebedores de matérias--primas (MP), produtos intermediários (PI) e materiais de embalagem (ME) que, na hipótese da letra “a.4” do item 2, derem saída a produtos não tributados, deverão comunicar o fato ao remetente, no mesmo período de apuração do imposto para que, no período seguinte, seja por aquele efetuado o estorno.

(RIPI/2010, art. 254, § 3º)

6. EFd

Os contribuintes do IPI devem observar as dispo-sições contidas no Convênio ICMS nº 143/2006 e no Ajuste Sinief nº 2/2009, relativamente à Escrituração Fiscal Digital (EFD), além de outros atos que disci-plinam a matéria, tais como o Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008, que dispõe sobre as especificações técnicas para a geração de arquivos da EFD, e os arts. 453 a 455 do RIPI/2010.

A EFD substitui a escrituração e impressão dos seguintes livros fiscais:

a) Registro de Entradas; b) Registro de Saídas; c) Registro de Inventário; d) Registro de Apuração do IPI; e) Registro de Apuração do ICMS;

f) documento Controle de Crédito de ICMS do Ati-vo Permanente (Ciap), modelos “C” ou “D”; e g) Registro de Controle da Produção e do

Esto-que.

É importante observar que a escrituração do livro referido na letra “g” será obrigatória, apenas, a partir de:

a) 1º.01.2015, para os contribuintes relacionados em protocolo ICMS celebrado entre as admi-nistrações tributárias das Unidades da Fede-ração e a RFB; e

b) 1º.01.2016, para os demais contribuintes. Por outro lado, a cláusula vigésima segunda do Ajuste Sinief nº 2/2009 dispõe que se aplicam à EFD, no que couberem:

a) as normas do Convênio Sinief s/nº de 15.12.1970;

b) a legislação tributária nacional e de cada Uni-dade da Federação, inclusive no que se refere à aplicação de penalidades por infrações; c) as normas do Ajuste Sinief nº 8/1997, o qual

instituiu o documento destinado ao Ciap. Para a apuração do IPI, deverão ser observadas as orientações constantes do Guia Prático da EFD, espe-cialmente quanto à utilização dos seguintes registros:

a) registro E500: período de apuração do IPI. Este registro deve ser apresentado pelos es-tabelecimentos industriais ou equiparados, conforme dispõe o Regulamento do IPI, para identificação do(s) período(s) de apuração. O(s) período(s) informado(s) deve(m) abran-ger todo o período previsto no registro 0000; b) registro E510: consolidação dos valores do

IPI. Este registro deve ser preenchido com os valores consolidados do IPI, de acordo com o período informado no registro E500, toman-do-se por base as informações prestadas no registro C170 ou, nos casos de Notas Fiscais Eletrônicas de emissão própria, no registro C100. A consolidação se dará pela sumari-zação do valor contábil, da base de cálculo e do imposto relativo a todas as operações,

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conforme a combinação de CFOP e Código da Situação Tributária do IPI (CST_IPI). As in-formações oriundas dos itens dos documentos fiscais - registro C170 ou do documento NF-e de emissão própria - serão consideradas no período de apuração mensal, conforme preen-chimento do campo “IND_APUR. Chave do re-gistro: CFOP e CST_IPI”;

c) registro E520: apuração do IPI. Este registro deve ser preenchido para demonstração da apuração do IPI no período;

d) registro E530: ajustes da apuração do IPI. Este registro deve ser apresentado para discriminar os ajustes lançados nos campos “Outros Débi-tos” e “Outros CrédiDébi-tos” do registro E520; e e) registro E990: encerramento do bloco E. Este

registro destina-se a identificar o encerramen-to do bloco “E” e a informar a quantidade de linhas (registros) existentes no bloco.

(Ajuste Sinief nº 8/1997; Ajuste Sinief nº 2/2009; Ato Cotepe/ ICMS nº 9/2008; Convênio Sinief s/nº de 1970; Convênio ICMS nº 143/2006; RIPI/2010, arts. 453 a 455; Guia Prático da EFD--ICMS/IPI, versão 2.0.14, registro E500)

6.1 Estorno de crédito

O lançamento do estorno de crédito será feito mediante o preenchimento do registro E520 - Apuração do IPI (veja letra “c” do item 6) -, número 05 - “VL _OD_IPI” - IPI - Valor de “Outros Débitos” do IPI (inclusive estornos de créditos), conforme reprodução do quadro a seguir:

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec Obrig 05 VL_OD_IPI Valor de “Outros Débitos” do IPI (inclusive estornos de créditos) N - 02 O

Além do registro E520, deverá ser preenchido também o registro E530 (veja letra “d” do item 6) para a descrição do valor lançado a título de estorno, conforme reprodução do quadro a seguir:

REGISTRO E530: AJUSTES DA APURAÇÃO DO IPI

Este registro deve ser apresentado para discriminar os ajustes lançados nos campos “Outros Débitos” e “Outros Créditos” do registro E520.

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec Obrig 01 REG Texto fixo contendo “E530” C 004 - O 02 IND_AJ Indicador do tipo de ajuste:0 - Ajuste a débito;

1 - Ajuste a crédito. C 001* - O 03 VL_AJ Valor do ajuste N - 02 O 04 COD_AJ Código do ajuste da apuração, conforme a Tabela indicada no item 4.5.4 C 003* O 05 IND_DOC

Indicador da origem do documento vinculado ao ajuste: 0 - Processo judicial;

1 - Processo administrativo; 2 - PER/DCOMP;

9 - Outros.

C 001* - OC 06 NUM_DOC Número do documento/processo/declaração ao qual o ajuste está vinculado, se houver C - - OC 07 DESCR_AJ Descrição detalhada do ajuste, com citação dos documentos fis-cais C - - O

Observações: Nível hierárquico - 4

Ocorrência - 1:N por Período Campo 01 - Valor válido: [E530] Campo 02 - Valores válidos: [0, 1]

Campo 03 - Preenchimento: informar o valor dos ajustes lançados nos campos “Outros Débitos” e “Outros Créditos” que não constam dos documentos fiscais, exceto no caso de transferência de crédito de IPI, conforme o disposto na Instrução Normativa SRF nº 600/2005.

(7)

Campo 04 - Validação: o valor informado no campo deve existir na Tabela de Ajustes da Apuração IPI, publicada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB (Instrução Normativa RFB nº 932, de 14.04.2009, atualizada pela Instrução Normativa RFB nº 1.009/2010).

Código Descrição Natureza (*) Detalhamento 001 Estorno de débito C Valor do débito do IPI estornado

002 Crédito recebido por transferência C Valor do crédito do IPI recebidos por transferência, de outro(s) estabelecimento(s) da mesma empresa 010 Crédito Presumido de IPI - Ressarcimento do PIS/Pasep e da Cofins - Lei nº 9.363/1996 C Valor do crédito presumido de IPI decorrente do ressarcimento do PIS/Pasep e da Cofins nas operações de exportação de produtos

industrializados (Lei nº 9.363/1996, art. 1º) 011 Crédito Presumido de IPI -Ressarcimento do PIS/Pasep e da

Cofins - Lei nº 10.276/2001 C

Valor do crédito presumido de IPI decorrente do ressarcimento do PIS/Pasep e da Cofins nas operações de exportação de produtos industrializados (Lei nº 10.276/2001, art. 1º)

012 Crédito Presumido de IPI -Regiões incentivadas - Lei nº

9.826/1999 C

Valor do crédito presumido relativo ao IPI incidente nas saídas, do estabelecimento industrial, dos produtos classificados nas posições 8702 a 8704 da Tipi (Lei nº 9.826/1999, art. 1º)

013

Crédito Presumido de IPI - Frete- Medida Provi-sória nº 2.158/2001

C

Valor do crédito presumido de IPI relativamente à parcela do fre-te cobrado pela prestação do serviço de transporfre-te dos produtos classificados nos códigos 8433.53.00, 8433.59.1, 8701.10.00, 8701.30.00, 8701.90.00, 8702.10.00 Ex 01, 8702.90.90 Ex 01, 8703, 8704.2, 8704.3 e 87.06.00.20, da TIPI (MP nº 2.158/2001, art. 56) 019 Crédito Presumido do IPI - Outros C Outros valores de crédito presumido do IPI

098 Créditos decorrentes de medida judicial C Valores de crédito do IPI decorrentes de medida judicial 099 Outros créditos D Valor de outros créditos do IPI

101 Estorno de crédito D Valor do crédito do IPI estornado 102 Transferência de crédito D Valor do crédito do IPI estornado

103 Ressarcimento/compensação de créditos do IPI D Valor do crédito do IPI, solicitado junto à RFB/MF 199 Outros débitos D Valor de outros débitos do IPI

(*) Natureza: “C” - Crédito; “D” - Débito

Campo 05 - Valores válidos: [0, 1, 2, 9]

Campo 07 - Preenchimento: informar a descrição resumida do ajuste, incluindo, se for o caso, o período a que se refere o ajuste, especialmente quando se tratar de períodos de apuração anteriores.

(Guia Prático da EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.14, registros E520 e E530)

N

a

Estadual

ICMS

Substituição tributária - Regras gerais

SUMÁRIO 1. Introdução 2. Conceito

3. Contribuintes substituto e substituído

4. Responsabilidade pelo recolhimento do imposto 5. Inaplicabilidade

6. Espécies de substituição tributária 7. Base de cálculo do ICMS

8. Apuração do imposto retido 9. Recolhimento do imposto

10. Emissão e escrituração de notas e livros fiscais pelo contribuinte substituto

1. Introdução

Nos termos da Lei Complementar nº 87/1996, arts. 5º e 6º, o Estado, para consecução de seus fins, pode atribuir de modo expresso a terceiros, vinculados e com interesse no fato gerador do imposto, a respon-sabilidade pelo cumprimento da obrigação tributária. Esse mecanismo constitui-se na figura da substituição tributária, excluindo a responsabilidade do contri-buinte ou atribuindo a este um caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.

No Estado do Ceará, as regras gerais da subs-tituição tributária estão previstas nos arts. 431 a

(8)

456 do RICMS-CE/1997, aprovado pelo Decreto nº 24.569/1997, como veremos neste texto.

2. ConCEIto

Podemos definir a substituição tributária como o regime por meio do qual a responsabilidade pelo ICMS devido em relação às operações ou prestações é atribuída a outro contribuinte, que não aquele que praticou o fato gerador, mas que com ele possui vin-culação direta.

3. ContrIBuIntES SuBStItuto E SuBStItuído

O contribuinte substituto é aquele que a legisla-ção determina como responsável pelo recolhimento do imposto.

Cabe ressaltar que, embora o pagamento do imposto seja de responsabilidade do substituto, ele cobra do substituído o imposto retido e destacado na nota fiscal de venda da mercadoria.

O contribuinte substituído é aquele que dá causa ao fato gerador, mas a legislação o dispensa de reco-lhimento, pois atribui ao substituto essa obrigação.

(Código Tributário Nacional, art. 128; Lei Complementar nº 87/1996, art. 6º)

4. rESPonSABIlIdAdE PElo rEColHIMEnto do IMPoSto

A responsabilidade pelo recolhimento do ICMS na condição de substituto tributário poderá ser atribuída:

a) a industrial, comerciante ou outra categoria de contribuinte pelo pagamento do imposto devi-do na operação ou em operações anteriores; b) a produtor, extrator, gerador, inclusive de

ener-gia, industrial, importador, distribuidor ou co-merciante pelo pagamento do imposto devido nas operações posteriores;

c) ao contratante de serviço ou a terceiro que participe da prestação de serviços de trans-porte, interestadual e intermunicipal, e de co-municação;

d) nas prestações de serviço de transporte de carga efetuado por autônomo ou por transpor-tadora de outra Unidade da Federação não inscrita neste Estado, ao:

d.1) remetente da mercadoria, quando contri-buinte do ICMS e contratante do serviço, exceto se produtor rural, microempre-sa (ME) ou empremicroempre-sa de pequeno porte (EPP);

d.2) depositário, a qualquer título, quando contratante do serviço, na saída de mer-cadoria ou bem;

d.3) destinatário da mercadoria, quando con-tribuinte do ICMS e contratante do servi-ço, na prestação interna, exceto produtor rural, ME e EPP;

d.4) estabelecimento transportador, quando este efetuar a subcontratação, exceto no transporte intermodal;

e) ao contribuinte que realizar operação interes-tadual com petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele deriva-dos, em relação às operações subsequentes; f) às empresas geradoras ou distribuidoras de

energia elétrica, nas operações internas e inte-restaduais, na condição de contribuinte ou de substituto tributário, pelo pagamento do ICMS, desde a produção ou importação até a última operação, sendo seu cálculo efetuado sobre o preço praticado na operação final realizada neste Estado, ao qual será assegurado o seu recolhimento.

Nota

Nas hipóteses das letras “d.1” a “d.3”, o transportador autônomo ou a transportadora de outra Unidade da Federação não inscrita no cadastro de contribuintes deste Estado ficam dispensados da emissão do Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, desde que, na nota fiscal que acobertar o transporte da mercadoria, sejam indicados os seguintes dados relativos à prestação do serviço:

a) o valor do frete;

b) a base de cálculo do imposto; c) a alíquota aplicável; d) o valor do imposto;

e) a expressão: “Frete pago por substituição tributária”, com indicação do dispositivo legal correspondente.

Será devido a este Estado e recolhido pelo remetente o imposto inci-dente nas operações interestaduais com as mercadorias descritas nas letras “e” e “f” quando o destinatário for consumidor final domiciliado ou estabele-cido no Estado do Ceará.

(RICMS-CE/1997, art. 432, I a VI, e §§ 1º e 2º)

5. InAPlICABIlIdAdE

A substituição tributária, salvo disposição em contrário, não se aplica às operações:

a) que destinem mercadoria a contribuinte subs-tituto da mesma mercadoria;

b) de transferências para outro estabelecimento, exceto varejista, do sujeito passivo por subs-tituição, hipótese em que a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto recairá sobre o estabelecimento que promover a saída subsequente da mercadoria com des-tino a empresa diversa;

(9)

c) que destinem mercadoria para ser empregada como matéria-prima ou insumo no processo de industrialização, com exceção de açúcar, madeira e álcool para fins não combustíveis; d) de remessa em que a mercadoria deva

retor-nar ao estabelecimento remetente;

e) que destinem mercadoria a consumidor final não contribuinte do ICMS.

A exceção prevista na letra “c” não se aplica às operações destinadas aos estabelecimentos indus-triais cujo produto elaborado tenha recebido tributa-ção anterior com encerramento de fase.

(RICMS-CE/1997, art. 434, I a VI)

6. ESPéCIES dE SuBStItuIção trIButárIA 6.1 Substituição tributária relativa às operações e

prestações antecedentes

Entende-se como substituição tributária relativa às operações ou prestações antecedentes, também denominada “para trás” ou diferimento, o processo pelo qual o recolhimento do ICMS incidente em deter-minada operação ou prestação é transferido para etapas posteriores.

(RICMS-CE/1997, art. 12)

6.1.1 Hipóteses

Além de outras hipóteses previstas na legislação, fica diferido o pagamento do ICMS nas operações internas relativas a:

a) minerais em estado primário, inclusive em blo-cos, para a operação subsequente a ser reali-zada pelo estabelecimento destinatário; b) mandioca in natura ou seca em forma de

ras-pa, para as operações subsequentes com os produtos resultantes de sua industrialização; c) chapéu de palha acabado ou em elaboração,

por núcleo familiar, para o momento da saída subsequente do estabelecimento encomen-dante ou adquirente;

d) algodão em caroço (rama) e em pluma, para o momento da saída subsequente dos produtos deles resultantes;

e) alga marinha, semente de oiticica, semente de urucu e mamona em baga, para as saídas subsequentes dos produtos resultantes de sua industrialização;

f) óleo vegetal comestível bruto a granel, adqui-rido por estabelecimento industrial como

ma-téria-prima, para as saídas subsequentes dos produtos dele derivados;

g) caranguejo, na saída dos locais de captura para estabelecimento comercial, quando da realização de operação subsequente;

h) mercadoria doada pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA), destinada ao Programa Co-munidade Solidária, para distribuição gratuita ou comercialização pela Companhia Nacional de Abastecimento e Preços (Conab), para o momento da saída subsequente;

i) milho em grão destinado a estabelecimento de produtor, cooperativa de produtores, indústria ou órgão estadual de fomento e desenvolvimen-to agropecuário, para a saída subsequente, dis-pensado do pagamento do ICMS diferido, caso essa saída seja isenta ou não tributada;

j) geração eólica de energia elétrica para a sua saída subsequente;

k) material de embalagem para fins de acondi-cionamento de flores e produtos hortifrutíco-las, quando destinados, exclusivamente, a operações de exportação para o exterior; l) transferência entre estabelecimentos

benefici-ários do Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI);

m) saídas de mel de abelha do produtor para a operação subsequente realizada pelo estabe-lecimento adquirente;

n) saída, a qualquer título, entre empresas inter-dependentes, quando o remetente e o desti-natário forem beneficiários do FDI, exceto a saída do bem do Ativo Permanente;

o) diferença de alíquota relativa a bens destina-dos ao Ativo Fixo ou Imobilizado de estabele-cimento industrial, cuja entrada tenha ocorrido desde 1º.05.2003;

p) sucata e resíduo, ambos de plástico, para as operações subsequentes resultantes de suas industrializações;

q) asinino, para as operações subsequentes re-sultantes de sua industrialização; saída, a qualquer título, entre empresas interdepen-dentes, quando o remetente e o destinatário forem beneficiários do FDI, exceto a saída do bem do Ativo Permanente;

r) óleos vegetais destinados à fabricação de bio-diesel, para a operação subsequente dos pro-dutos resultantes de sua industrialização; s) sucatas de metais, de papel, de papelão, de

(10)

congêneres, realizadas por qualquer estabe-lecimento, para a operação resultante de sua industrialização;

t) mercadoria, a qualquer título, de empresa be-neficiária do FDI para estabelecimento que realize preponderantemente operação:

t.1) de exportação para o exterior;

t.2) interestadual com a mesma mercadoria; u) produto resultante da atividade agropecuária

com gado bufalino, para a operação subse-quente realizada por estabelecimento comer-cial ou industrial;

v) briquetes das posições 2701.20.0000 e 2701.20.00 da NBM/NCM;

w) saída interna de querosene de aviação (QAV/ JET A-1) para as distribuidoras de combustí-veis registradas e autorizadas por órgão fede-ral competente, com o fim específico de abas-tecimento de aeronave com destino ao exte-rior, sem escala no território nacional;

x) saída interna de energia elétrica fornecida por usina eólica para concessionária ou distribui-dora de energia.

Ressalte-se que o diferimento aplica-se também na operação de importação de:

a) petróleo cru;

b) máquinas, equipamentos e estruturas metá-licas de unidades produtivas para compor o Ativo Permanente de estabelecimento agrope-cuário, bem como de estabelecimento impor-tador beneficiário do FDI, desde que não es-teja inscrito no Cadastro de Inadimplentes da Fazenda Pública Estadual (Cadine);

c) máquinas, equipamentos, veículos e estrutu-ras metálicas adquiridos do exterior por em-presas de arrendamento mercantil para utiliza-ção por empresa beneficiária do FDI, não ins-crita no Cadine, formalizada mediante contrato de arrendamento mercantil com prazo prede-terminado, contraprestações mensais, com ou sem opção de compra no final do contrato; d) os produtos referidos na letra “f” do subitem

6.1.2 nas mesmas condições nele estabele-cidas;

e) matéria-prima e insumos para utilização no processo industrial, adquiridos por estabeleci-mento importador beneficiário do FDI, não ins-crito no Cadine;

f) outros bens necessários à implantação de projeto agroindustrial, adquiridos por

estabe-lecimento agrícola importador, beneficiário do FDI, não inscrito no Cadine; e

g) combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo, gás natural e combustíveis dele de-rivados, importado por refinaria de petróleo, para a saída subsequente.

(RICMS-CE/1997, art. 13, I a XXV, § 1º)

6.1.2 responsabilidade

Fica atribuída a condição de contribuinte substi-tuto ao adquirente ou destinatário da mercadoria ou ao tomador do serviço.

(RICMS-CE/1997, art. 12, parágrafo único)

6.1.3 Momento do pagamento do imposto

Salvo disposição em contrário, encerrada a etapa do diferimento, o ICMS será exigido ainda que a operação ou a prestação que encerra essa fase não esteja sujeita ao pagamento do imposto.

Na hipótese de o diferimento encerrar-se por ocasião da saída das mercadorias em operações de exportação para o exterior, não será exigido o recolhi-mento do ICMS diferido.

Ressalte-se que interrompe o diferimento a ocor-rência de qualquer fato que altere o curso da operação ou da prestação subordinada a esse regime, antes de encerrada a etapa do diferimento e, nessa hipótese, a responsabilidade pelo recolhimento do ICMS diferido fica atribuída ao estabelecimento em que ocorra a interrupção.

(RICMS-CE/1997, arts. 14 e 15)

6.2 Substituição tributária “para frente”

Ocorre a substituição tributária “para frente” quando a responsabilidade tributária é atribuída ao alienante ou ao remetente da mercadoria na qualidade de sujeito passivo da obrigação mediante convênios celebrados entre as Unidades da Federação.

6.2.1 responsabilidade

Na substituição tributária “para frente”, a res-ponsabilidade pelo pagamento do imposto devido nas operações posteriores fica atribuída ao produtor, extrator, gerador, inclusive de energia, ao industrial, importador, distribuidor ou comerciante.

(11)

6.2.2 Mercadorias

Sujeitam-se ao regime da substituição tributária as mercadorias referidas no Capítulo II do Livro III do RICMS-CE/1997 (arts. 457 a 494, 527 a 533 e 537 a 563-B), bem como as mercadorias objeto de protoco-los ICMS subscritos pelo Estado.

7. BASE dE CálCulo do ICMS

A base de cálculo do ICMS, para fins de subs-tituição tributária, será, em relação às operações ou prestações:

a) antecedentes ou concomitantes - o valor da operação ou prestação praticado pelo contri-buinte substituído;

b) subsequentes - o valor obtido mediante o so-matório das seguintes parcelas:

b.1) o valor da operação ou prestação própria realizada pelo contribuinte substituto ou pelo substituído intermediário;

b.2) o montante dos valores do IPI, de segu-ro, frete e outros encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou tomado-res de serviço;

b.3) a margem de valor agregado - MVA (veja subitem 3.4), inclusive lucro, rela-tiva a operações ou prestações subse-quentes, fixada em ato do chefe do Po-der Executivo.

(RICMS-CE/1997, art. 435, I e II)

7.1 Mercadorias destinadas ao Ativo Permanente ou ao consumo

Em relação às operações com bens ou mercado-rias destinados ao Ativo Permanente ou ao consumo de contribuinte, a base de cálculo do imposto será o valor da operação e da prestação utilizado para cobrança do imposto na origem, e, na sua ausência, será tomado como parâmetro o valor constante nos respectivos documentos fiscais.

(RICMS-CE/1997, art. 435, IV)

7.2 Mercadorias com preço fixado pelo Fisco ou sugerido pelo fabricante

Quando se tratar de mercadoria ou serviço cujo preço final, único ou máximo, a consumidor ou tomador, seja fixado por órgão competente, a base de cálculo do ICMS, para fins de substituição tributária, será o preço por ele estabelecido.

Caso exista preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador, esse preço poderá ser tomado como base de cálculo.

(RICMS-CE/1997, art. 435, §§ 3º e 4º)

7.3 Critérios para obtenção da margem de agregação

A margem de agregação deverá ser estabelecida com base em preços usualmente praticados no mer-cado considerado, obtidos por levantamento, ainda que por amostragem ou por meio de informações e outros elementos fornecidos por entidades represen-tativas dos respectivos setores, adotando-se a média ponderada dos preços coletados.

Os critérios adotados para a fixação da referida margem serão, entre outros previstos na legislação:

a) o preço à vista;

b) a especificação das características do pro-duto, tais como marca, modelo, tipo, espécie, unidade de medida e rotatividade de estoque; c) o levantamento de preços praticados no co-mércio varejista, exceto aqueles relativos a promoções ou submetidos a qualquer tipo de comercialização privilegiada;

d) o período não superior a 30 dias em relação aos preços referenciais de entradas e saídas utilizados.

(RICMS-CE/1997, art. 435, §§ 5º e 6º)

7.4 Alíquota

Sobre a base de cálculo da retenção serão aplica-das, conforme a mercadoria ou o serviço, as alíquotas previstas no art. 55 do RICMS-CE/1997.

(RICMS-ES/2002, art. 55)

8. APurAção do IMPoSto rEtIdo

O ICMS a ser retido será apurado da seguinte forma:

a) sobre a base de cálculo definida para cada regime específico será aplicada a alíquota vi-gente para as operações ou prestações inter-nas;

b) o valor do ICMS retido será a diferença entre o imposto calculado conforme a letra “a” e o va-lor do ICMS devido pela operação ou presta-ção própria do contribuinte substituto, quando for o caso.

(12)

Na hipótese de entrada interestadual de merca-doria sujeita ao regime, o valor do imposto a recolher será a diferença entre o imposto calculado na forma da letra “a” e o somatório dos impostos destacados na nota fiscal de aquisição e no documento fiscal relativo ao serviço de transporte, quando este for de responsabilidade do adquirente.

(RICMS-CE/1997, art. 435, § 7º)

9. rEColHIMEnto do IMPoSto

O imposto retido pelo contribuinte substituto deverá ser recolhido da seguinte forma:

a) nas operações internas, mediante DAE em agência de banco autorizado neste Estado; b) nas operações interestaduais, por meio da

GNRE, em agência de banco oficial da Uni-dade da Federação destinatária ou, na sua falta, em agência de qualquer banco oficial signatário do convênio patrocinado pela As-sociação Brasileira dos Bancos Comerciais Estaduais (Asbace), localizado na praça do estabelecimento remetente, em conta espe-cial, a crédito do governo em cujo território se encontre estabelecido o adquirente das mer-cadorias, ou, ainda, na falta deste, em agên-cia de banco credenagên-ciado pela Unidade da Federação interessada.

Nota

Na entrada de mercadoria oriunda de outra Unidade da Federação, sem que tenha sido feita a retenção do ICMS pelo estabelecimento remeten-te, caberá ao destinatário o pagamento do imposto devido, por ocasião da passagem no 1º posto fiscal de entrada neste Estado.

Nessa hipótese, mediante requerimento do contribuinte ou responsá-vel, a Secretaria da Fazenda poderá autorizar que o recolhimento do imposto seja feito na rede arrecadadora de seu domicílio, por meio de DAE, até o 10º dia após o mês em que ocorrer a entrada da mercadoria neste Estado.

(RICMS-CE/1997, art. 436, I e II, e art. 437, §§ 1º e 2º)

9.1 operações subsequentes

Nas saídas subsequentes ao pagamento do ICMS por substituição tributária, não mais será exigido pagamento complementar do imposto, cabendo, no entanto, nas operações interesta-duais, a retenção do ICMS devido pelo adquirente nos termos estabelecidos pelos correspondentes convênios e protocolos celebrados com as demais Unidades da Federação.

Salvo disposição em contrário, o regime de subs-tituição tributária aplica-se também nas operações destinadas à Zona Franca de Manaus (ZFM) e às Áreas de Livre Comércio (ALC).

Para efeito de aplicação dos regimes de substi-tuição e antecipação tributárias, não são considerados como industrialização os processos resultantes de:

a) abate de animais e preparação de carnes, desde que não descaracterizem o seu estado natural;

b) resfriamento e congelamento;

c) secagem, esterilização e prensagem de pro-dutos extrativos agropecuários;

d) salga ou secagem de produtos animais; e) acondicionamento, embalagem e

empacota-mento.

(RICMS-CE/1997, arts. 451, 453 e 456)

9.2 Contribuintes enquadrados no Simples nacional

O contribuinte enquadrado como ME ou EPP, optante pelo Simples Nacional, deve reter e recolher o ICMS devido por substituição tributária, que corres-ponderá à diferença entre:

a) o valor resultante da aplicação da alíquota in-terna sobre o preço máximo de venda a varejo fixado pela autoridade competente ou sugeri-do pelo fabricante, ou sobre o preço a consu-midor usualmente praticado;

b) o valor resultante da aplicação da alíquota in-terna ou interestadual sobre o valor da opera-ção ou prestaopera-ção de que decorreu a entrada da mercadoria.

(RICMS-CE/1997, art. 436-A)

10. EMISSão E ESCrIturAção dE notAS E lIvroS FISCAIS PElo ContrIBuIntE SuBStItuto 10.1 nota fiscal

A nota fiscal emitida pelo contribuinte substituto conterá, além das indicações exigidas pela legislação, o valor que serviu de base de cálculo para a retenção e o valor do ICMS retido, inclusive na operação de importação.

(RICMS-CE/1997, art. 443)

10.2 Escrituração fiscal no livro registro de Saídas

O contribuinte substituto responsável pela reten-ção e pelo recolhimento do imposto lançará no livro Registro de Saídas:

a) o valor referente a sua própria operação e o respectivo débito do imposto, segundo as

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nor-mas comuns para escrituração dos documen-tos fiscais;

b) o valor do imposto retido e apurado na forma referida no item 8, no espaço destinado a “Ob-servações”, na mesma linha do lançamento da letra “a” anterior.

Para uniformidade do lançamento, deverão ser abertas, no espaço destinado a “Observações”, sob o título “Substituição Tributária”, duas colunas com os subtítulos “Base de Cálculo” e “Imposto Retido”.

Convém esclarecer que o valor do imposto retido que resultar da apuração mensal na coluna “Subs-tituição Tributária” será lançado no livro Registro de Apuração do ICMS, no mês da apuração, no espaço “Observações” com a expressão “Imposto Retido” e a identificação do ato normativo instituidor do respec-tivo regime da substituição tributária.

(RICMS-CE/1997, art. 445)

10.3 Procedimento do substituto na devolução de mercadorias

Ocorrendo devolução, o contribuinte substituto deverá:

a) lançar a nota fiscal referente à devolução no livro Registro de Entradas, creditando-se do imposto nela destacado;

b) lançar, na mesma linha, na coluna “Observa-ções”, o valor do imposto retido, proporcional-mente, àquela operação de remessa;

c) apurar, no final do mês, o total do valor do im-posto a que se refere a letra “b”, para dedu-zi-lo do total dos valores do imposto retido, devido a este Estado, constante na coluna “Observações” do livro Registro de Saídas de mercadorias.

(RICMS-CE/1997, art. 440)

N

a

IOB Setorial

FEdERal

Petroleiro - Incentivos fiscais - Repetro -

Aplicabilidade

O setor petroleiro prevê um investimento de R$ 30 bilhões em pesquisa científica para o desenvolvi-mento nos próximos 10 anos, anunciou recentemente a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O setor é legalmente obrigado a investir 1% de todo o seu faturamento em projetos de pesquisa e desenvolvimento. O valor previsto se baseia nos resultados do cálculo de produção informado pelas petrolíferas à agência reguladora.

A ANP afirmou que em 2020 será registrada a maior obrigação de investimentos destinados a pes-quisa científica, estimados em R$ 4 bilhões.

Segundo a ANP, o crescimento pode ser explicado pelo início da produção nos campos do pré-sal.

Na esfera tributária, o Governo federal disciplina o Regime Aduaneiro Especial de Exportação e de Importação de Bens Destinados às Atividades de Pesquisa e de Lavra das Jazidas de Petróleo e de Gás Natural (Repetro) definido pelo art. 6º da Lei nº 9.478/1997, em conformidade com a legislação aduaneira e, em especial, nos termos da Instrução Normativa RFB nº 1.415/2013.

(14)

O Repetro aplica-se também na exportação e na importação de bens destinados às atividades de pesquisa e lavra, de que trata a Lei nº 12.276/2010, e às atividades de exploração, avaliação, desenvolvi-mento e produção, de que trata a Lei nº 12.351/2010. Esse regime admite a possibilidade, conforme o caso, de utilização dos seguintes tratamentos adua-neiros:

a) exportação, sem que tenha ocorrido a saída do bem do território aduaneiro e posterior aplicação do regime aduaneiro especial de admissão temporária, no caso de bens de fa-bricação nacional, vendidos a pessoa jurídica domiciliada no exterior;

b) exportação, sem que tenha ocorrido a saída do bem do território aduaneiro, no caso de par-tes e peças de reposição destinadas a bens já admitidos no regime de admissão temporária; c) importação, sob o regime de drawback, na

modalidade de suspensão, de matérias-pri-mas, de produtos semielaborados ou acaba-dos e de partes ou peças para utilização na fabricação de bens a serem exportados; e d) importação, sob o regime de admissão

tempo-rária, de bens desnacionalizados procedentes do exterior ou estrangeiros, com suspensão total do pagamento de tributos.

A aplicação do Repetro abrange somente:

a) os bens relacionados no Anexo I à Instrução Normativa RFB nº 1.415/2013; e

b) as máquinas e os equipamentos, inclusive so-bressalentes, as ferramentas e os aparelhos e outras partes e peças, inclusive os destina-dos a proteção do meio ambiente, salvamento,

prevenção de acidentes e combate a incên-dios, desde que utilizados para garantir a ope-racionalidade dos bens referidos na letra “a” anterior, ou necessários ao cumprimento de outras exigências normativas para as ativida-des alcançadas pelo regime em referência. Na hipótese da letra “b”, é vedada a aplicação do regime aos bens:

a) de valor aduaneiro unitário inferior a US$ 25.000,00 (vinte e cinco mil dólares dos Esta-dos UniEsta-dos da América);

b) cuja função principal seja o transporte de pes-soas, transporte de petróleo, gás ou outros hi-drocarbonetos fluidos; ou

c) de uso pessoal.

Para efeito de aplicação da regra citada na letra “b” anterior, considera-se transporte de petróleo, gás e outros hidrocarbonetos fluidos a sua movimentação em meio ou percurso considerado de interesse geral, conforme disposto no inciso VII do art. 6º da Lei nº 9.478/1997.

Os bens submetidos à admissão temporária em Repetro deverão ter utilização econômica exclusiva-mente nos locais indicados nos contratos de conces-são, autorização, cessão ou partilha de produção.

O Repetro não se aplica à entrada no território aduaneiro de bens objeto de contrato de arrenda-mento mercantil financeiro, conforme normas do Banco Central do Brasil (Bacen).

(Lei nº 9.478/1997, art. 6º; Lei nº 12.276/2010; Lei nº 12.351/2010; Instrução Normativa RFB nº 1.415/2013, arts. 1º a 3º, Anexo I)

N

a

IOB Comenta

EStadual

Caracterização de transporte próprio

quando da utilização de veículo do

estabelecimento matriz para transporte

de mercadorias do estabelecimento filial

O ICMS incide sobre as prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qual-quer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores.

Relativamente à prestação de serviço de trans-porte, o contribuinte é o prestador, e o momento da ocorrência do fato gerador é o início da prestação.

Entretanto, convém esclarecer que transportar é conduzir. Quem transporta leva pessoas ou coisas de um lugar a outro e, em se tratando de serviço, deve haver sempre a obrigação de alguém fazer, para outrem, o transporte dessas pessoas ou coisas, mediante pagamento.

(15)

Tendo em vista a mencionada assertiva, o trans-porte vem a ser o contrato pelo qual uma das partes (denominada transportador), mediante remuneração, se obriga a receber pessoas ou coisas para deslocá--las de um ponto a outro, até o lugar de destino.

É oportuno ressaltar que, para o Fisco estadual, pouco importa se houve ou não remuneração pela prestação de serviço de transporte; para sua caracte-rização, como regra, basta que alguém leve pessoas ou bens de um lugar a outro.

Em face do exposto, nota-se que o objeto essen-cial do contrato deve ser o transporte para terceiros.

Nenhuma pessoa presta serviço de transporte para si mesma. O comerciante que faz a entrega de suas mercadorias em veículo próprio não a realiza mediante contrato de prestação de serviço de trans-porte. Seguindo o mesmo raciocínio, podemos afirmar

que o uso, pela filial, de veículo registrado na matriz, ou vice-versa, não configura a prestação de serviço de transporte que enseja a incidência do ICMS, tendo em vista que, nesse caso, o transporte será conside-rado como aquele realizado com veículo próprio.

Nota

O RICMS-CE/1997, art. 253, considera veículo próprio, além do que estiver registrado em nome da pessoa, aquele por ela operado em regime de locação ou a qualquer título.

Considera-se regime de locação ou forma similar as hipóteses em que o contrato respectivo assegure a posse contínua do veículo ao locatário e que este possa utilizá-lo como próprio, durante todo o tempo de duração do contrato, nunca inferior a 30 dias, no qual deverão constar, no mínimo:

a) a qualificação dos contratantes; b) a identificação do veículo; c) o prazo de duração; e d) as condições de pagamento.

(RICMS-CE/1997, art. 2º, VI, art. 3º, X, arts. 25 e 253)

N

a

IOB Perguntas e Respostas

IPI

Crédito fiscal - Estorno - Revenda de insumos

1) Na revenda de insumos a usuários finais não contribuintes, o estabelecimento industrial deve estor-nar o crédito do IPI?

Sim. O estabelecimento industrial que revender insumos (matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagens) a pessoas que não sejam industriais ou revendedores deve estornar o crédito do IPI escriturado por ocasião da entrada desses insumos no estabelecimento.

Se houver mais de uma aquisição e for impossível identificar a nota fiscal relativa aos insumos, o contri-buinte deve calcular o valor a estornar com base no preço médio das aquisições.

(RIPI/2010, art. 254, caput, I, “f”, § 1º)

Sped - EFD - Crédito fiscal

2) Como registrar crédito do IPI na aquisição de insumos, fornecidos por comerciante atacadista não contribuinte, calculado pelo adquirente mediante a aplicação da alíquota a que estiver sujeito o produto sobre 50% do seu valor?

A nota fiscal, sem destaque do IPI, deve ser lançada no registro C100 e filhos, normalmente, e o crédito deve ser apropriado por meio de ajuste no registro E530.

(Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008, Anexo Único; Guia Prático da EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.14, registros C100 e E530)

Sped - EFD - Venda para entrega futura - CST

3) Quais os Códigos de Situação Tributária (CST) do IPI a serem utilizados nas operações de venda para en-trega futura quando da emissão das notas fiscais de “sim-ples faturamento” e de “remessa”, considerando que hou-ve destaque do IPI na nota fiscal de simples faturamento?

(16)

Deverá ser indicado o CST do IPI na nota fiscal de “simples faturamento” como 50 (Saída Tributada) e na nota fiscal de “remessa” como 99 (Outras Saídas).

(Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008, Anexo Único; Instrução Nor-mativa RFB nº 1.009/2010, Anexo Único, Tabela I)

ICMS/CE

Artesanato - Produtos confeccionados em casas residenciais

4) As saídas, interna e para outros Estados do Nordeste, de produtos confeccionados em casas resi-denciais são tributadas pelo ICMS?

Não. São isentas do ICMS as operações de saída interna e para Estados das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste de produtos confeccionados em casas residenciais sem a utilização de trabalho assalariado, por encomenda direta do consumidor ou usuário.

(RICMS-CE/1997, art. 6º, VII)

Base de cálculo reduzida - Merluza e pirarucu

5) Há redução na base de cálculo do ICMS nas ope-rações internas e de importação com merluza e pirarucu de forma que a carga tributária seja equivalente a 7%?

Sim. Foi alterada a Lei nº 12.670/1996, art. 43, I, que estabelece a carga líquida de 7% do ICMS nas operações internas e de importação com pescados, com a inclusão da merluza e do pirarucu, que estavam excluídos da concessão da base de cálculo reduzida, nos termos do texto original da Lei anteriormente descrita. Observa-se que, nas referidas operações, aplica-se a alíquota de 17% sobre a base de cálculo reduzida em 58,82%.

(Lei nº 15.155/2012, art. 1º)

CT-e - Prazo de guarda do arquivo digital

6) Qual é o prazo de guarda do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e)?

O transportador e o tomador do serviço de transporte devem manter em arquivo digital os CT-e pelo prazo estabelecido na legislação tributária para a guarda dos documentos fiscais, ou seja, 5 anos, devendo estes ser apresentados ao Fisco quando solicitados.

(Ajuste Sinief nº 9/2007, cláusula décima segunda)

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