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Service Innovation: the state of the art and a proposal of a research agenda

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Academic year: 2021

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(1)RBGN – REVISTA BRASILEIRA DE GESTÃO DE NEGÓCIOS. ISSN 1806-4892. © FECAP. ÁREA TEMÁTICA: ESTRATÉGIA E COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL. Inovação em Serviços: o estado da arte e uma proposta de agenda de pesquisa Service Innovation: the state of the art and a proposal of a research agenda Innovación en Servicios: el estado del arte y una propuesta de programa de estudio Pedro Carlos Resende Junior1 Tomás de Aquino Guimarães2. ’. Recebido em 16 de novembro de 2011 / Aprovado em 28 de setembro de 2012 Editor Responsável: João Maurício Gama Boaventura, Dr. Processo de Avaliação: Double Blind Review. RESUMO. setores de Indústria de Hospitalidade e de Enge-. O  setor  de  serviços  tem  assumido  importância. nharia e Tecnologia, correspondendo, respectiva-. crescente na economia de países em geral, o que. mente, a 24% e 31% dos textos. Os demais 45%. vem impulsionando pesquisas sobre inovação em. dos artigos descrevem pesquisas em setores como. serviços,  que  se  configura  como  um  campo  de. Telecomunicações,  Saúde,  Varejo,  Financeiro  e. estudos na área de administração. Este artigo tem. Seguros  e  Serviços  Públicos.  As  principais  lacu-. como  objetivo  propor  uma  agenda  de  pesquisa. nas identificadas nesses textos referem-se às difi-. para inovação em serviços, com base em uma dis-. culdades de mensuração da inovação em serviços,. cussão articulada de resultados de pesquisas que. além da baixa quantidade de pesquisas no setor. compõem  o  estado  da  arte  sobre  o  conceito.. público. Ao final, é apresentada uma agenda de. Foram  analisados  73  artigos  empíricos,  33%. pesquisa, que inclui o desenvolvimento de escala. deles explorando o tema estratégias de inovação e. de orientação para inovação em serviços e a iden-. tecnologia; 18% abordando desempenho econô-. tificação de fatores determinantes de inovação no. mico  e  produtividade  da  firma;  16%  tratando. ambiente público.. de  antecedentes  e  determinantes  da  inovação  e outros 16% de desenvolvimento de capacidades. Palavras-chave: Serviços. Inovação. Inovação em. em  rede,  alianças  e  colaboração  entre  organiza-. serviços.. ções;  9%  explorando  qualidade  de  serviços, taxonomias de inovação, sistemas flexíveis e sistemas  regionais  de  inovação;  e  8%  abordando. ABSTRACT. temas como conhecimento intensivo, pesquisa e. The  service  sector  has  acquired  a  growing. desenvolvimento. As pesquisas concentram-se nos. importance  in  every  country  economy,  which. 1. Doutor em Administração pela Universidade de Brasília – UnB. [pcrj73@gmail.com] 2. Doutor  em  Sociologia  pela  Universidade  de  São  Paulo.  Professor  da  Universidade  de  Brasília  –  UnB. [tomas.aquino.guimaraes@gmail.com] Endereço dos autores: ICC ala norte, subsolo, módulo 25 – Asa Norte, Brasília – DF  Cep. 70910-900 – Brasil. R. bras. Gest. Neg., São Paulo, v. 14, n. 44, p. 293-313, jul./set. 2012. 293.

(2) Pedro Carlos Resende Junior / Tomás de Aquino Guimarães. has  stimulated  research  in  the  field  of  service. sobre  el  concepto.  Se  analizaron  73  artículos. innovation, a new field in management studies.. empíricos,  de  los  cuales  el  33%  explotan  el. This text aimed to state a research agenda upon. tema  estrategias  de  innovación  y  tecnología,  el. service  innovation,  based  on  an  articulated. 18%  tratan  del  desempeño  económico  y  la. discussion  of  the  results  of  several  articles  that. productividad  de  la  empresa,  el  16%  hablan. compose the state of the art of this concept. 73. de  antecedentes  y  factores  determinantes  de. empirical  articles  were  analyzed,  33%  of  them. la  innovación,  el  16%  del  desarrollo  y  las. exploring the innovation strategies and technology;. capacidades en red, alianzas y colaboración entre. 18% of the articles describe research on economic. organizaciones,  el  9%  de  los  textos  estudian  la. performance and enterprise productivity; 16% are. calidad de los servicios, taxonomías de innovación,. related  to  antecedents  and  determinants  of. sistemas  flexibles  y  sistemas  regionales  de. innovation; another 16% about network capacity. innovación,  y  el  8%  tratan  de  temas  como  el. development, alliances and collaboration among. conocimiento  intensivo,  la  investigación  y  el. organizations; 9% of the articles explore service. desarrollo.  Las  investigaciones  se  centran  en  los. quality, innovation taxonomy, flexible systems and. sectores  de  Ingeniería  y  Tecnología  e  Industria. regional systems of innovation; and another 8%. Hotelera,  correspondiendo,  respectivamente,. are related to themes such as intensive knowledge,. al 31% y al 24% de los textos. El 45% restante. research  and  development. The  researches  were. de  los  artículos  describen  investigaciones  en. concentrated  in  the  Engineering  & Technology. sectores como Telecomunicaciones, Salud, Ventas. and  Hospitality  Industries,  which  accounted. al  por  Menor,  Financiero  y  Seguros,  y  Servicios. for 31% and 24% of the texts, respectively. The. Públicos.  Las  principales  lagunas  identificadas. remaining 45% of the articles referred to sectors. en  esos  textos  se  refieren  a  las  dificultades  en. such  as  Telecommunications,  Health,  Retail,. la  medición  de  la  innovación  en  servicios,  más. Financial & Insurance and Public Services. The. allá  de  la  baja  cantidad  de  investigaciones  en  el. main  gaps  identified  in  these  texts  refer  to  the. sector público. Al final se presenta una agenda de. difficulties  on  measuring  service  innovation,. investigación, que incluye el desarrollo de escala. besides  the  small  number  of  researches  on  the. de orientación para innovación y la identificación. public sector. At the end, a research agenda in the. de  los  factores  determinantes  de  innovación. subject is presented, including the development. en el sector público.. of  a  scale  for  orientating  the  innovation  and identifying  the  determining  factors  of  the. Palabras clave: Innovación. Servicios. Innovación. innovation in the public environment.. en servicios.. Key words: Innovation. Services. Service innovation. 1. RESUMEN. 294. INTRODUÇÃO Inovação é um dos temas transversais em. El  sector  de  servicios  viene  asumiendo  una. pesquisas na área de administração e seu conceito. impor tancia  creciente  en  la  economía  de. é plural e multifacetado. Para a OECD (2005),. prácticamente  todos  los  países,  lo  que  ha. inovação pode ser definida como a introdução de. impulsado las investigaciones sobre innovación en. um  bem  ou  serviço  novo  ou  significativamente. servicios,  que  se  configura  como  un  campo  de. melhorado em suas características ou usos previs-. estudios en el área de administración. Este texto. tos, podendo ser de quatro tipos: de produto (bens. tiene  como  objetivo  proponer  un  programa  de. e serviços), de processo (métodos de produção e. investigación para la innovación en servicios, en. de distribuição), organizacional (práticas de negó-. base  a  un  análisis  articulado  de  resultados  de. cios) e de marketing (design, embalagem, promo-. investigaciones que componen el estado del arte. ção,  disponibilização,  precificação).  Este  artigo. R. bras. Gest. Neg., São Paulo, v. 14, n. 44, p. 293-313, jul./set. 2012.

(3) Inovação em Serviços: o estado da arte e uma proposta de agenda de pesquisa. trata de inovação em serviços, aqui delimitada como. Brasileira de Inovação, Revista Eletrônica de Admi-. o processo de busca, descoberta, experimentação,. nistração e Revista de Gestão.. desenvolvimento,  imitação  e  adoção  de  novas. Foram  utilizadas,  na  busca,  as  palavras-. características  de  serviços,  processos  e  técnicas. chave “inovação” e “serviços”, separadamente, de. organizacionais em organizações de serviços.. forma  a  ampliar  o  escopo  da  busca,  bem  como. A inovação em serviços, inicialmente con-. expressões em língua inglesa que correspondessem. siderada na literatura como uma consequência da. a esses termos. Para compor a amostra de artigos,. inovação tecnológica ou da produção (BARRAS,. foram adotados os seguintes critérios: (a) que abor-. 1986), tem recebido espaço na literatura acadê-. dassem o tema inovação em serviços; (b) que cons-. mica nos últimos anos. Isso se deve à construção. tituíssem  relato  de  pesquisa  empírica;  e  (c)  que. de um campo próprio para o tema, decorrente do. tivessem  sido  publicados  no  período  de  janeiro. crescimento da importância do setor de serviços. de 2005 a agosto de 2011. Foram recuperados 73. na economia. Países como Alemanha, França, Itá-. artigos, os quais constituem a base de análise uti-. lia e Reino Unido, pertencentes ao G8, desde o. lizada neste texto. A seguir, discute-se o conceito. final da década de 1990 apresentavam o setor de. de inovação em serviços e, na sequência, o estado. serviços com participação acima de 70% no PIB,. da arte desse tema.. ao  passo  que  no  Brasil  os  serviços  representam. Essa busca tem limitações. O Portal Capes. 67,4%,  contra  26,8%  da  indústria  e  5,8%  da. de Periódicos foi utilizado para acesso às bases de. agropecuária, segundo o IBGE (2010).. dados  estrangeiras  e  há  periódicos  disponíveis. Fitzsimmons e Fitzsimmons (2005) afir-. nessas bases que não disponibilizam textos inte-. mam que serviços são absolutamente indispensá-. grais por intermédio desse Portal. Com isso, perió-. veis  para  que  uma  economia  possa  funcionar  a. dicos com alto fator de impacto na área de Admi-. contento e melhorar a qualidade de vida de uma. nistração não foram consultados. Além disso, há. comunidade, assim como sua multiplicidade pode. periódicos brasileiros que eventualmente tratam. acabar formando múltiplas redes de serviços. Ten-. do tema deste artigo e que podem ter sido excluí-. do em conta esse quadro, é importante discutir a. dos da busca. De qualquer sorte, a revisão permi-. magnitude da pesquisa sobre inovação em servi-. tiu o acesso a um número de textos capaz de repre-. ços, como esse conceito é tratado e como as pes-. sentar  o  estado  da  arte  do  tema  pesquisado  no. quisas sobre o tema são desenvolvidas, visando à. período compreendido na busca.. geração de agendas de pesquisa no tema. Nessa linha, este texto tem como objetivo propor uma agenda de pesquisa para inovação em. 2. INOVAÇÃO EM SERVIÇOS. serviços, com base em uma discussão articulada de resultados de pesquisas que compõem o esta-. Para  Lovelock  e  Wright  (2004),  serviços. do da arte relacionado a esse conceito. Foi reali-. são atividades econômicas que criam valor e for-. zada busca nas seguintes bases de dados: SAGE. necem benefícios para clientes em tempos e luga-. Journal on Line, JSTOR, SpringerLink, Emerald. res específicos, como decorrência da realização de. and Oxford Journals, PROQUEST, ABI/Inform. uma mudança desejada ou em nome do destina-. Global e Scielo. Essas bases cobrem os periódicos. tário do serviço. A literatura dessa área considera. de maior impacto na literatura indexada. Adicio-. que o “produto” do serviço é tido como algo in-. nalmente, foram consultadas as páginas de perió-. tangível e naturalmente instável. Os serviços são. dicos  brasileiros  da  área  de  Administração,  não. interativos,  requerendo,  muitas  vezes,  a  partici-. indexados  nessas  bases,  classificados  no  Qualis/. pação conjunta do prestador e do consumidor e. Capes no nível B2 ou superior e/ou que abordam. podendo variar em cada execução, considerando. o tema inovação em sua política editorial: Orga-. a mudança do consumidor e do prestador. Essas. nizações & Sociedade, Revista de Administração. especificidades indicam que o fenômeno da ino-. e  Inovação,  Revista  de  Administração,  Revista. vação  em  serviços  requer  abordagem  específica,. R. bras. Gest. Neg., São Paulo, v. 14, n. 44, p. 293-313, jul./set. 2012. 295.

(4) Pedro Carlos Resende Junior / Tomás de Aquino Guimarães. 296. distinta daquela utilizada para a inovação na pro-. (materiais ou imateriais), assim como os processos. dução em geral.. utilizados para produzir o produto; um terceiro. Segundo Gallouj (1994), há três aborda-. vetor indica as competências de fornecedores; e o. gens que tratam da inovação  aplicada  aos  servi-. último  define  as  competências  do  cliente-usuá-. ços: tecnicista, orientada a serviços e integradora.. rio.  A  resultante  da  entrega  do  serviço  carrega. A abordagem tecnicista reduz a inovação à intro-. interface entre produtores e usuários, sendo defi-. dução de sistemas técnicos (equipamentos, mate-. nida como a simultaneidade da relação de traba-. riais,  comunicação)  nas  organizações.  Duas. lho,  das  características  técnicas  e  competências,. taxonomias são referenciadas nesta abordagem: a. que geram valor ao usuário final. A inovação pode. de Pavitt (1984), que classifica as organizações em. ser definida de acordo com mudanças que afetam. setores com firmas intensivas em escala (por exem-. um  ou  mais  vetores  de  características  (técnica  e. plo, produção de aço, carro), fornecedores espe-. de serviços) ou de competências.. cializados (engenharia mecânica); firmas baseadas. Na abordagem integradora, a inovação não. em ciência (química, por exemplo), setores domi-. é definida como resultado, mas como processo, e. nados por fornecedores (serviço público, agricul-. permite-se identificar diversos “modelos” de ino-. tura)  e  a  taxonomia  de  Miozzo  e  Soete  (2001),. vação, como resultado da dinâmica de suas carac-. que adicionam à proposta de Pavitt (1984) orga-. terísticas:  a)  inovação  radical,  com  a  criação  de. nizações que compõem redes informacionais (segu-. um  novo  conjunto  de  vetores  de  competências,. ros, comunicações, bancos) e redes de larga escala.. características  técnicas  e  de  serviço,  que,  forne-. A segunda abordagem, denominada abor-. cendo o mesmo vetor de serviço, gera graus supe-. dagem orientada aos serviços, busca identificar a. riores de valor ao usuário; b) inovação de melhoria,. natureza da inovação dos serviços e inclui, con-. quando  o  conjunto  de  vetores  de  características. forme Gallouj (1994), três tipos de inovação em. do serviço permanece inalterado, mas melhora o. serviços: ad hoc (processo de construção de solu-. valor da qualidade de seus elementos individuais;. ção para um problema especifico), antecipatória. c)  inovação  incremental,  quando  uma  nova. (novo campo do conhecimento ou  expertise a ser. característica for adicionada, eliminada ou subs-. explorado) e formalizada (conjunto de mecanis-. tituída, mas deixando o conjunto de vetores inalte-. mos  que  ajudam  a  definir  contornos  do  serviço. rado;  d)  inovação  ad  hoc,  resultando  em  nova. com  certo  grau  de  tangibilidade,  como  regras,. solução  para  um  problema  do  cliente,  seja  de. políticas, modelos).. natureza  jurídica,  estratégica,  organizacional  ou. Também segundo Gallouj (1994), a ter-. técnica;  e)  inovação  por  recombinação:  associa-. ceira abordagem, integradora, propõe uma visão. ção ou dissociação de diferentes serviços e carac-. de produtos e serviços sob uma mesma teoria da. terísticas  técnicas  –  nesse  contexto,  a  inovação. inovação.  Saviotti  e  Metcalfe  (1991)  descrevem. incremental pode ser considerada como um caso. produto  como  uma  combinação  de  característi-. particular  de  inovação  de  recombinação,  pois. cas técnicas e de serviços. Por exemplo, um carro. envolve  a  adição  de  características  típicas  de. dispõe de uma série de características de serviço,. produtos preexistentes –; f ) inovação por forma-. como  velocidade,  conforto,  consumo;  como. lização:  ocorre  quando  uma  ou  mais  caracterís-. características técnicas, a transmissão, suspensão,. ticas  melhoradas  do  serviço  são  formatadas  ou. o sistema elétrico, ou seja, o produto é uma com-. padronizadas.. binação  de  funções  e  tecnologias.  Esses  autores. Portanto, a abordagem integradora pressu-. consideram  que  um  produto  (bem  ou  serviço). põe que inovação, tanto em produto, no sentido. pode ser representado por um conjunto de vetores. físico do termo, como em serviço, tem caracterís-. de características e competências interconectadas.. ticas  similares,  o  que  poderia  tornar  a  inovação. Um  dos  vetores  representa  as  características  do. em serviço apenas mais uma taxonomia. O que. serviço ou valor para os usuários finais; outro vetor. dá suporte à corrente que defende a especificidade. representa as características técnicas do produto. desse tipo de inovação, como é o caso de Gallouj. R. bras. Gest. Neg., São Paulo, v. 14, n. 44, p. 293-313, jul./set. 2012.

(5) Inovação em Serviços: o estado da arte e uma proposta de agenda de pesquisa. (1994), é que a inovação em serviço incorpora a. entre  organizações;  7  pesquisas,  8%  de  temas. relação entre fornecedor e usuário ou cliente. De. como conhecimento intensivo, pesquisa e desen-. qualquer sorte, organizações de serviços também. volvimento, e outros 9% exploraram temas diver-. se valem de inovações em produtos, que alteram. sos, como qualidade de serviços, taxonomias de. os serviços prestados, como inovações em proces-. inovação,  sistemas  flexíveis  e  sistemas  regionais. sos  de  gestão  em  saúde,  que  refletem  em  novos. de  inovação.  Ainda  conforme  o  Quadro  1,  os. padrões  na  prestação  de  serviços  prestados  por. setores  identificados  nas  pesquisas  foram:  enge-. hospitais,  conforme  explorado  por  Isidro-Filho,. nharia  e  tecnologia,  com  22  artigos  (32%  do. Guimarães e Perin (2011).. total);  indústria  multissetorial  de  hospitalidade (cultura,  hotelaria,  alimentos  e  educação),  com. 3. 18 artigos (24%); telecomunicações, com 9 arti-. O ESTADO DA ARTE DAS PESQUISAS SOBRE INOVAÇÃO EM SERVIÇOS. gos (12%); saúde, com 6 artigos (8%); comércio varejista, com 6 artigos (8%); financeiro e seguros,  com  5  artigos  (7%);  administração  pública. Foram identificados 73 artigos empíricos. com  4  artigos  (5%);  e  serviços  públicos,  com  3. sobre inovação em serviços, publicados no perío-. artigos (4%).. do de janeiro de 2005 a agosto de 2011, recupe-. A maioria dos trabalhos foi distribuída em. rados na busca comentada na seção inicial deste. países  da  Europa,  com  35%  dos  artigos;  Brasil,. ensaio. O Quadro 1 indica a distribuição desses. com 26%; Estados Unidos, com 24%; Austrália,. artigos.. China  e  Taiwan  com  3%,  cada  um;  Argélia, Como mostra o Quadro 1, 24 pesquisas. Canadá, Gana, Hong Kong, Japão e Tailândia com. sobre inovação em serviços, representando 33%. 1%, cada um, do total de artigos. Ressalta-se que. do total, exploraram o tema estratégias de inova-. a diferença entre os percentuais de artigos brasi-. ção e tecnologia; 18% referem-se a desempenho. leiros  e  estrangeiros,  denotando  alto  índice  de. econômico e produtividade da firma; 16% trata-. artigos encontrados no Brasil, se deu em função. ram  de  antecedentes  e  determinantes  da  inova-. do critério de busca. As buscas a periódicos estran-. ção; outras 11 pesquisas, equivalentes a 16% do. geiros  limitaram-se  a  periódicos  indexados,  ao. total,  exploraram  temas  como  desenvolvimento. passo  que  a  busca  nacional  considerou  também. de  capacidades  em  rede,  alianças  e  colaboração. periódicos não indexados, porém reconhecidos na. 7HPDV Estratégias de Inovação e Tecnologia Desempenho Econômico e Produtividade da Firma Antecedentes e Determinantes de Inovação Desenvolvimento de Capacidades em Rede e Colaboração entre Organizações Conhecimento Intensivo, Pesquisa e Desenvolvimento. 1. . 6HWRUHV. 1. . 24. 33% 18%. Engenharia e Tecnologia Indústria de Hospitalidade (educação, cultura, hotelaria, alimentos) Telecomunicações. 22. 32%. 18. 24%. 9. 12%. Médios e Grandes Varejistas. 6. 8%. Saúde. 6. 8%. Financeiro e Seguros. 5. 7%. Administração Pública Serviços Públicos (óleo, gás, transporte, água) 7RWDO. 4. 5%. 3. 4%. . . 13 12 11. 16% 16%. 6 8%. Temas diversos: qualidade de serviços, taxonomias de inovação, sistemas flexíveis e sistemas regionais de inovação. 7. 7RWDO. . 9% . Quadro 1–  Artigos  empíricos  sobre  inovação  em  serviços,  publicados  entre  2005  e  2011,  segundo  os temas e setores pesquisados.. Fonte: dos autores com dados da pesquisa. R. bras. Gest. Neg., São Paulo, v. 14, n. 44, p. 293-313, jul./set. 2012. 297.

(6) Pedro Carlos Resende Junior / Tomás de Aquino Guimarães. área  de  Administração.  A  seguir,  são  apresenta-. no relacionamento com os assinantes, na conver-. dos  esses  resultados,  agrupados  por  categorias. gência  de  canais  de  relacionamento  interativo  e. pesquisadas, constituídas por análise de conteú-. na política de publicidade para cada público.. do, segundo Bardin (2002). As categorias foram. Edvardsson  e  Enquist  (2011)  estudaram. construídas a posteriori, a partir daquelas com base. estratégias  de  inovação  em  serviços  em  quatro. em frequências de conteúdo dos títulos, resumo,. companhias  estadunidenses,  apontando  como. introdução e resultados dos artigos encontrados.. característica  comum  o  compartilhamento  de valores destas para com os clientes e usuários, con-. 3.1. Estratégias de inovação e tecnologia. siderando  um  aumento  do  nível  de  consciência dos  consumidores  quanto  à  responsabilidade socioambiental  corporativa.  Os  resultados  indi-. 298. Esse  agrupamento  envolve  artigos  que. cam  que  plataformas  de  negócios  que  oferecem. investigam  a  relação  entre  inovação  e  estratégia. experiências de serviços (físicas e virtuais) aos usuá-. em organizações. Paswan, D’Souza e Zolfagharian. rios  –  mesmo  antes  de  comprá-los  –,  exposição. (2009)  dedicam  atenção  às  tipologias  de  inova-. de marca e comunicação de marketing, alinhadas. ção, estudando sete células em empresas de servi-. aos valores da organização e dos clientes, compar-. ços: dimensão externa, orientação para o cliente,. tilhamento  de  valores  internos  entre  lideranças. incerteza  do  ambiente,  incerteza  e  inovação,. e  empregados,  provêm  orientação  de  negócios. orientação estratégica, orientação estratégica e ino-. sustentáveis,  considerando  a  cocriação  de  valor. vação, e orientação de mercado. Os autores sin-. junto a clientes e fornecedores.. tetizam  a  proposta  considerando  as  seguintes. Weber, Haas e Scuka (2011) estudaram o. dimensões:  incerteza  do  ambiente,  orientação. setor de telefonia móvel europeu e apontam que. estratégica e orientação para o mercado. Confor-. as inovações nesse setor são, em sua maioria, ori-. me os autores, embora seja o cliente quem deter-. ginárias dos EUA e do Japão e que as organiza-. mina o valor da inovação do serviço, a empresa. ções  de  telefonia  móvel  europeias  atuam  com. é  responsável  pela  elaboração  de  proposição  de. baixos  níveis  de  competitividade  tecnológica  e. valor e gestão do processo de cocriação das inova-. pouca orientação ao cliente. Schroth (2006), ao. ções. Uma maior percepção de incerteza ambiental. investigar bancos de investimentos, observou que. é associada a riscos mais elevados, mas também a. a estratégia de imitação aparentemente pode ser. mais e novas oportunidades. Isso pode incentivar. eficiente no curto prazo, no que tange à adoção de. empresas de serviços a participar de atividades de. inovações, mas que no longo prazo tal estratégia. inovação radical, ao passo que, quanto menores. torna-se menos atraente por não apresentar van-. forem os níveis de incerteza do ambiente, meno-. tagem competitiva para esses bancos. Já Victorino. res serão os níveis de risco às variações de merca-. et al. (2005) buscam compreender a relação entre. do, e tal estabilidade pode induzir a processos de. estratégias de adoção da inovação em serviços na. inovações incrementais.. indústria hoteleira e de entretenimento e a influên-. Mesak et al. (2011) investigaram serviços. cia de escolha dos clientes. A pesquisa ressalta que. de assinatura de canais a cabo canadense com foco. a estratégia deve ser operacionalizada por nichos,. na política de publicidade. Essa indústria de entre-. uma  vez  que  a  inovação  percebida  apresenta-se. tenimento  apresenta  características  peculiares,. de  forma  diferenciada  segundo  as  categorias  de. uma vez que há grandes receitas geradas por publi-. clientes do setor.. cidade, devendo as organizações buscar o ponto. Carvalho Júnior, Silva e Zawislak (2008),. ótimo  para  esse  investimento,  ou  seja,  o  cresci-. ao estudarem células de serviços de produção no. mento ilimitado desse tipo de receita pode impli-. setor automotivo, relatam que a estratégia de ino-. car percepções negativas de assinantes. Os autores. vação tende a traduzir a combinação do conheci-. comentam que as inovações nesse setor registram-. mento  dos  ambientes  externo  e  interno  e  que  a. se na forma de oferta de novas grades de canais,. constância de inovação fortalece e valoriza a mar-. R. bras. Gest. Neg., São Paulo, v. 14, n. 44, p. 293-313, jul./set. 2012.

(7) Inovação em Serviços: o estado da arte e uma proposta de agenda de pesquisa. ca de serviços da organização. Gavira et al. (2007). vação. Souza e Bastos (2009) analisaram a adoção. analisaram  ferramentas  de  operacionalização  de. de padrões de inovação e a política de gestão de. estratégias  de  inovação,  concluindo  que  o  funil. pessoas de organizações brasileiras, concluindo que. de inovação mostrou-se adequado na subsidiária. empresas consideradas muito inovadoras tendem. da multinacional estudada, desde que se conside-. a adotar políticas específicas de gestão de pessoas. rem pequenos ajustes, como a adequação a dife-. nas áreas de saúde e desenvolvimento profissional.. rentes  culturas  e  rotinas  empresariais,  a  adoção. Tingvall e Karpaty (2011) investigaram a. de ferramentas de apoio e atividades de incentivo. relação entre a inovação e a concorrência em fir-. e a motivação dos funcionários.. mas de serviços suecas. Os resultados indicam que,. Judice e Baêta (2005) estudaram a relação. quando  a  concorrência  aumenta,  as  pequenas. entre  gestão  da  inovação,  modelos  empresariais. empresas  tendem  a  buscar  alianças  estratégicas. e  investimentos  em  empresas  brasileiras  de  bio-. com  os  concorrentes,  ao  passo  que  as  grandes. tecnologia. Os resultados obtidos indicam escas-. empresas  tendem  a  reduzir  essa  colaboração.  O. sez  de  inovações  e  investimentos  nas  empresas. comportamento  de  grandes  empresas  pode  ser. pesquisadas, e que, embora haja forte dedicação à. parcialmente  explicado  em  razão  de  sua  capaci-. pesquisa e ao desenvolvimento, registra-se baixa. dade de lidar com projetos de inovação interna-. intensidade de inovação, conforme indicado por. mente. As alianças estratégicas tendem a ser vis-. obtenção  de  propriedade  intelectual.  Mussi  e. tas como uma ferramenta para gestão de riscos,. Canuto (2008), ao investigarem a interpretação. como  redução  de  custos  e  complementaridades. de  usuários  sobre  a  adoção  de  inovações  tecno-. de recursos.. lógicas em sistema de transporte e frota, consta-. Martin et al. (2011) pesquisaram em qua-. tam  que  os  usuários  percebem  como  presente  a. tro hospitais os desafios da introdução de novas. maioria dos atributos referenciados nessa revisão. formas de trabalho no sistema de saúde na Ingla-. de  literatura.  A  pesquisa  de  Nascimento,  Yu  e. terra,  com  foco  na  distância  entre  a  geração  da. Sobral  (2008)  identificou  orientações  estratégi-. ideia e a dificuldade de implantá-la ou de colher. cas da inovação para o mercado de varejo popular. resultados  em  um  sistema  complexo,  identifi-. no Brasil. Entre os resultados mais significativos. cando um efeito “evaporação de melhorias”. Os. estão a padronização de produtos/serviços baratos,. resultados apontam que a estratégia de inovação. aumento do conteúdo de autosserviço, oferta por. só é eficaz se as mudanças organizacionais pude-. canais de distribuição alternativos e extensão de. rem ser sustentadas por gestores, médicos e pro-. financiamento com prestações baixas.. fissionais da linha de frente. Do contrário, a mais. Santa  et  al.  (2011)  investigaram  o  valor. valia do serviço não será percebida pelo usuário.. efetivo gerado por inovações tecnológicas, como. Ting et al. (2011) estudaram impactos da. Enterprise Resource Planning (ERP) nos resulta-. implantação de um prontuário eletrônico à base. dos organizacionais de longo prazo. Observou-se. de radiofrequência no sistema de saúde de Hong. uma lacuna na mensuração dos benefícios da ino-. Kong.  Essa  inovação  permitiu  uma  nova  forma. vação para o sistema organizacional, enfraquecen-. de  acesso  aos  diagnósticos  e  tratamentos  dos. do a relação entre a eficácia dos sistemas imple-. pacientes com o uso de sistemas compartilhados. mentados com a eficácia operacional organizacio-. de  informação.  Os  resultados  mostraram  a  per-. nal.  Perin,  Sampaio  e  Faleiro  (2005)  buscaram. cepção  positiva  dos  usuários  e  pacientes  diante. compreender, em organizações de serviços, a rela-. da inovação, em razão dos fatores acessibilidade,. ção entre orientação para o mercado e orientação. velocidade e segurança das informações disponi-. para  aprendizagem  e  inovação.  Os  resultados. bilizadas,  impactando  a  relação  de  serviço  exis-. demonstraram uma influência positiva e signifi-. tente. Sutthijakra (2011) investigou a adoção de. cativa da orientação para o mercado sobre a ino-. padrões  operacionais  por  subsidiárias  de  hotéis. vação  de  produtos  e  serviços,  além  do  impacto. multinacionais na Inglaterra e em Taiwan. A ado-. indireto da orientação para aprendizagem na ino-. ção  de  inovações  por  meio  da  transferência  de. R. bras. Gest. Neg., São Paulo, v. 14, n. 44, p. 293-313, jul./set. 2012. 299.

(8) Pedro Carlos Resende Junior / Tomás de Aquino Guimarães. melhores práticas, considerando o contexto, mini-. e  menos  frequentemente  orçada.  E,  como  lacu-. miza as tensões entre a definição de padrões glo-. na, os autores reforçaram a necessidade de cria-. bais e a adaptação local, promovendo um contí-. ção de medições mais precisas para serviços.. nuo  processo  de  negociação.  Concluiu-se  que  a. Cainelli, Evangelista e Savona (2006) explo-. necessidade de um controle rígido pela matriz deve. raram a relação entre inovação e desempenho econô-. ser mediada pelas adaptações locais.. mico em organizações de serviços, utilizando dados. Li (2011) estudou a inovação em sistemas. longitudinais, oriundos da Community Innovation. inteligentes nos serviços de governo eletrônico em. Survey (1993-95) e de variáveis econômicas pre-. instituições  educacionais  chinesas,  comparando. vistas pelo Sistema de Contabilidade Empresarial. os  resultados  com  países  como  a  Austrália  e  o. (1993-98). Os autores demonstram que a inovação. Canadá. Foram avaliadas, em relação aos serviços. é positivamente impactada pelo desempenho eco-. de informação ofertados, a transparência e a qua-. nômico pretérito e que as atividades de inovação. lidade da decisão, a satisfação com a decisão, bem. têm um impacto positivo sobre o crescimento e. como o sentimento de controle, a percepção de. produtividade da firma, agindo como um meca-. poder  na  relação  com  o  usuário  e  a  imagem  do. nismo de autorreforço da economia. De igual for-. governo.  Concluiu-se  que  a  transparência  na. ma, Canepa e Stonemany (2007), ao realizarem. tomada de decisões e a satisfação com a tomada. análise dos dados da Community Innovation Survey. de decisão são fatores-chave na produção de um. para os anos 1998-2000, verificaram que fatores. maior senso de autoridade, incluindo uma maior. financeiros geram impacto sobre a atividade inova-. percepção na relação de poder com a agência do. dora, sendo mais percebido nos setores de tecnolo-. governo com a sensação de estar no controle. Essa. gia e em pequenas empresas, e que o desempenho. abordagem  melhorou  a  percepção  dos  usuários. das empresas pode ser afetado por restrições finan-. das agências públicas prestadoras de serviços. Tsou. ceiras  ou  de  liquidez,  impactando  as  atividades. e Hsu (2011) estudaram a inovação em serviços. de P&D.. eletrônicos e sua relação com o desempenho da. Masso e Vahter (2011) investigaram liga-. firma. O estudo mostra que a inovação nos ser-. ções entre inovação e produtividade em diversos. viços  eletrônicos  tem  uma  relação  positiva  com. ramos  do  setor  de  serviços  na  Estônia,  conside-. os valores globais da empresa, não necessariamente. rando gastos com inovação, resultados, produti-. financeiros, principalmente por meio de práticas. vidade  e  exportações.  Foi  demonstrada  associa-. de cocriação de valores com clientes e com outras. ção positiva entre inovação e produtividade, sen-. redes de inovação.. do  mais  forte  em  serviços  menos  intensivos  em conhecimento. A variável exportação apresentou-. 3.2. Desempenho econômico e produtividade da firma. se  com  um  impulso  nas  atividades  inovadoras das  firmas  de  serviços.  Nos  KIBs  (Knowledge Intensive  Business  Services)  embora  os  investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). 300. Essa categoria trata da relação entre ino-. sejam mais elevados e haja mais indicadores, houve. vação,  desempenho  econômico  e  produtividade. baixo índice de transformação dos resultados dos. das organizações. Hertog, Gallouj e Segers (2012). processos de inovação.. pesquisaram  a  adoção  de  inovação  em  firmas. Eisingerich, Rubera e Seifert (2009) pes-. holandesas  ligadas  à  indústria  de  hospitalidade.. quisaram como o relacionamento interorganiza-. Os  resultados  apontam  que  a  inovação  nesse. cional influencia a inovação e o desempenho da. setor é maior e mais variada do que a regularmente. firma, com base no pressuposto de que a rede de. publicada e mostram que a maior intensidade de. organizações funciona como um conjunto forma-. inovação  está  associada  ao  melhor  desempenho. lizado de relações de cooperação entre concorren-. da empresa. O setor apresentou a inovação de modo. tes e colaboradores ao longo do tempo, a fim de. menos formal, menos explicitamente gerenciada. transmitir informações e transferir conhecimento.. R. bras. Gest. Neg., São Paulo, v. 14, n. 44, p. 293-313, jul./set. 2012.

(9) Inovação em Serviços: o estado da arte e uma proposta de agenda de pesquisa. Concluíram  que  a  extensão  da  heterogeneidade. capacidade  de  conexão  com  clientes,  ativos  de. entre parceiros favorece a aquisição e o emprego. recursos  humanos  e  capacidade  de  inovação.. de diferentes capacidades competitivas e, conse-. Os resultados indicam que além desses recursos,. quentemente, influencia a capacidade de inova-. ativos  e  habilidades  empresariais  influenciam  o. ção  e  desempenho  da  firma.  Kleijnen,  Ruyter  e. desempenho da inovação em organizações.. Andreassen (2005) alinharam o desempenho da firma ao conceito de congruência de imagem (justaposição entre imagem da organização percebi-. 3.3. Antecedentes e determinantes de inovação. da por consumidores e a inovação) e concluíram que essa congruência tem um impacto na atitude. Nessa categoria encontram-se artigos a res-. de clientes e na intenção de uso de novos serviços.. peito de organizações que dispõem de um ambien-. Ordanini  e  Rubera  (2010)  defendem  que  com-. te inovador, considerando características e fatores. preender  os  efeitos  das  inovações  relacionadas. determinantes  da  inovação.  Forsman  (2011). com desempenho é crucial para a sustentabilidade. investigou a capacidade de inovação de pequenas. das empresas.. manufaturas  e  empresas  de  serviços,  conside-. Petratos (2005), ao analisar o setor de saúde. rando o investimento em Pesquisa e Desenvolvi-. da Inglaterra, observa que, por meio da inovação,. mento (P&D), as capacidades e a participação em. tem-se aumentado a eficácia do sistema de saúde. redes  como  forma  de  alimentar  processos  ino-. e das respectivas organizações. Situação similar foi. vadores.  Foram  avaliadas  as  inovações  surgidas. observada  por  Prieger  (2009),  ao  analisar  a. nos últimos quatro anos e os respectivos graus de. regulação, a inovação e a oferta de novos serviços. radicalidade e de abrangência na organização. Os. para  o  setor  de  telecomunicações.  Quatraro. padrões de desenvolvimento de inovação são tão. (2009)  associou  o  crescimento  econômico  em. diversificados  nos  setores  dos  serviços  como  na. indústrias italianas à inovação e à mudança estru-. manufatura.  Essa  rica  diversidade  sugere  a  cria-. tural. Ferigotti (2007), ao analisar a influência da. ção de políticas destinadas a apoiar o desenvolvi-. aprendizagem  no  desempenho  das  inovações,. mento da inovação no respectivo contexto, uma. registra que o acúmulo de competências tecnológi-. vez  que  tanto  a  indústria  transformadora  como. cas inovadoras resulta de fluxos de conhecimento. os serviços não são internamente homogêneos.. para inovação. Enquanto Segatto-Mendes e Lemos. Já Chen, Tsou e Huang (2009) pesquisaram. (2007) relacionam a adoção de inovações ao desem-. três  fatores  antecedentes  da  inovação  na  presta-. penho organizacional, medido por meio de resul-. ção de serviços: colaboração com parceiros exter-. tados  financeiros  e  ambientais,  em  organização. nos,  orientação  para  inovação  e  capacidade  de. do setor público que atua na área de saneamento.. tecnologia  da  informação  –  este  último,  tendo. Já Prajogo (2006) explorou a relação entre. como suporte infraestrutura, recursos humanos e. inovação (produto e processo) e desempenho do. ativos  intangíveis  de  Tecnologia  da  Informação. negócio  (crescimento  de  vendas,  market  share  e. (TI).  Os  resultados  indicaram  relação  entre  tais. rentabilidade), comparando os setores industriais. antecedentes e o desempenho da empresa, a aber-. e de serviços, buscando analisar se a inovação ocor-. tura organizacional a novas ideias e a propensão. re em níveis diferentes em empresas de serviços e. para  a  mudança  por  meio  da  adoção  de  novas. em serviços, o que torna mais difícil identificar a. ideias,  tecnologias,  recursos,  habilidades  e  siste-. existência de inovação, não significando dizer que. mas administrativos e à capacidade de introduzir. as empresas de serviços estão atrasadas em maté-. algum novo processo, produto ou ideia. Especifi-. ria de inovação em relação às indústrias. O traba-. camente o fator “colaboração com parceiros” foi. lho de Perin, Sampaio e Hooley (2007) avalia a. entendido  como  um  processo  de  interação,  por. relação de recursos da empresa com desempenho. meio  do  qual  ativos  complementares  são  troca-. de inovação, com ênfase em recursos, como orien-. dos com parceiros externos, em que as organiza-. tação  para  o  mercado,  capacidades  gerenciais,. ções  tendem  a  cooperar  quando  seus  recursos  e. R. bras. Gest. Neg., São Paulo, v. 14, n. 44, p. 293-313, jul./set. 2012. 301.

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