• Nenhum resultado encontrado

BOLETIM METEOROLÓGICO PARA A AGRICULTURA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "BOLETIM METEOROLÓGICO PARA A AGRICULTURA"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

O estado do tempo no Continente começou por ser influenciado por uma região depressionária com expressão em altitude, localizada a oeste da Península Ibérica, e por um anticiclone localizado a oeste e a sul dos Açores, e que se estendeu em crista em direcção à Europa. A partir de dia 27, verificou-se a aproximação e passagem de sistemas frontais de fraca actividade.

O céu apresentou-se em geral muito nublado a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela e pouco nublado a sul. Ocorreram aguaceiros na primeira metade da década, por vezes fortes, de granizo e acompanhados de trovoada. Nos dias 27, 29 e 30 ocorreu chuva fraca nas regiões do Norte e Centro. Devido à distribuição espacial dos aguaceiros, os valores de precipitação foram superiores aos valores normais em alguns locais e inferiores noutros. O vento foi fraco a moderado, predominando do quadrante oeste, sendo por vezes forte nas terras altas e no litoral oeste durante a tarde. A temperatura apresentou algumas oscilações, tendo os valores sido inferiores aos normais para a década. Ocorreu ainda neblina ou nevoeiro matinal em alguns dias.

MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR

INSTITUTO DE METEOROLOGIA

BOLETIM METEOROLÓGICO PARA A AGRICULTURA

Publicação Trimensal

PRESIDENTE: Dr. Adérito Vicente Serrão Dia 1 de Junho de 2007 — N.º 2005

3.ª década (21-31) de Maio de 2007

Propriedade do Instituto de Meteorologia Rua C ao Aeroporto de Lisboa 1749-077 LISBOA — PORTUGAL

Sai aos dias 1, 11 e 21 de cada mês

Assinatura anual: ¤ 53 (inclui IVA e portes de correio) Avulso: ¤ 2

Depósito Legal n.º 7919/85 — ISSN 0870-4694

INFLUÊNCIA DO TEMPO NAS CULTURAS

INFORMAÇÕES METEOROLÓGICAS

De 21 a 31 de Maio os valores da temperatura média do ar foram inferiores ou próximos dos valores normais (61-90) para a época em todo o território. Os valores médios da temperatura média variaram entre 8.3ºC nas Penhas Douradas e 18.0ºC em Faro. Os desvios em relação aos valores normais (61-90) variaram entre -1.9ºC nas Penhas Douradas e +0.8ºC no Porto/I.G..

Nesta década registou-se precipitação em todo o território e os valores foram próximos ou superiores aos normais (61-90) para a época. Tendo-se verificado o máximo, de 60.2 mm, em Montalegre.

Os valores da precipitação acumulada desde 1 de Setembro de 2006 até 31 de Maio de 2007 variaram entre 524 mm em Faro e 1842 mm nas Penhas Douradas e são superiores aos respectivos valores médios em quase todo o território. A percentagem da quantidade de precipitação acumulada, em relação aos valores médios, variou entre 94% em Vila Real e 135% em Castelo Branco.

Os valores de insolação foram bastante inferiores aos normais (61-90) para a época em todo o território e variaram entre 42 horas em Montalegre e 123 horas em Sagres.

Nesta década os valores de evapotranspiração potencial (calculada pelo método de Penman) apresentaram-se inferiores aos normais (61-90) para a época em quase todo o território. O menor valor de 24.4 l/m² ocorreu em Montalegre e o maior, de 61.3 l/m2, em Faro.

Os valores em percentagem de água no solo, em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas, foram inferiores ou próximos dos normais (61-90) para a época em todo o território, excepto no Nordeste de Trás-os-Montes onde foram superiores, e variaram entre 14% em Sagres e 72% na Guarda.

No inicio da década a percentagem de armazenamento de água nas principais albufeiras situadas a norte do rio Tejo era, em média, de 79%, sendo em igual data do ano passado de 77% (segundo informação retirada dos boletins da REN).

(2)

VALORES NA DÉCADA E DESVIOS DA NORMAL TEMPERATURA DO AR PRECIPITAÇÃO (mm) Média Desvio da normal Total Desvio da normal ESTAÇÃO

Temperatura do ar

(isotérmicas médias) A norte do Tejo: Temperatura média: 14.7 Desvio da normal: -0.8

Precipitação (mm)

(isoietas)

3.ª década, 21-31 de Maio de 2007

Montalegre ... 10.9 -0.4 60.2 +32.2 Mirandela ... 17.1 +0.1 45.2 +29.5 Braga ... 16.2 +0.5 42.1 +9.0 Vila Real ... 14.7 -0.8 15.3 -6.0 Viseu ... 13.0

29.6

Coimbra ... 15.6

59.9

Castelo Branco ... 15.8 -1.4 29.2 +11.3 Santarém/Fonte Boa ... 16.4 -0.9

Lisboa ... 16.6 -1.3 13.0 +2.0 Portalegre ... 14.9 -1.6 7.8 -9.0 Elvas ... 17.6 -0.7 17.3 +4.3 Évora ... 16.4

13.1

Beja ... 16.4 -1.3 16.3 +2.8 Alvalade ... 16.9 -0.8

Faro... 18.0 -0.5 13.1 +9.8 A sul do Tejo: Temperatura média: 16.8 Desvio da normal: -0.9 A norte do Tejo: Precipitação média: 42.0 Desvio da normal: +19.7 A sul do Tejo: Precipitação média: 13.5 Desvio da normal: +2.1

(3)

Evolução provável das condições meteorológicas até 10 de Junho de 2007

O estado do tempo começará por ser condicionado por um anticiclone localizado a oeste do Continente estendendo-se em crista para a Europa Ocidental. A partir de dia 4, haverá a influência de uma depressão em altitude, e posteriormente de uma outra depressão, também com expressão à superfície.

Previsão do estado do Tempo no Continente até 10 de Junho de 2007

Prevê-se uma subida gradual da temperatura no início da década, com possibilidade de ocorrência de precipitação no interior a partir de dia 3. A partir de dia 7, a precipitação deverá passar a ocorrer nas regiões do Norte e Centro e registar-se-á uma descida dos valores da temperatura.

Valores normais na 1.ª década (1-10) de Junho

TEMPERATURA DO AR PRECIPITAÇÃO TOTAL (mm)

Montalegre ... 12.8 26.9 Mirandela ... 18.5 12.8 Braga ... 17.1 26.2 Vila Real ... 17.1 21.0 Viseu ...

Coimbra ...

Castelo Branco ... 18.9 19.0 Santarém/Fonte Boa ... 18.7 12.6 Lisboa ... 19.1 11.0 Portalegre ... 18.1 18.0 Elvas ... 19.0 10.3 Évora ...

Beja ... 19.3 11.0 Alvalade ... 19.2 7.2 Faro... 19.7 3.4 ESTAÇÃO ESTAÇÃO TEMPERATURA-BASE NA DÉCADA DESDE 1 Set 1 Jan

TEMPERATURAS ACUMULADAS

0°C 6°C 10°C 12°C Tb = 0°C Tb = 6°C 156.7 90.7 46.7 25.7 - 630.5 - - - -162.2 96.2 52.2 30.7 3323.9 786.9 172.5 106.5 62.5 40.5 3915.5 1052.2 143.2 77.2 34.1 15.5 3298.3 744.9 171.6 105.6 61.6 39.6 - -169.4 103.4 59.4 37.4 - -173.7 107.7 63.7 41.7 3759.8 959.5 163.6 97.6 53.6 31.6 3774.1 958.6 - - - -181.3 115.3 71.3 49.3 4323.8 1265.7 180.8 114.8 70.8 48.8 - -180.0 114.0 70.0 48.0 4106.9 1115.1 174.0 108.0 64.0 42.0 - -197.7 131.7 87.7 65.7 - -180.4 114.4 70.4 48.4 - -BRAGANÇA... VIANA DO CASTELO ... VILA REAL ... PORTO/PEDRAS RUBRAS ... VISEU/CENTRO ... COIMBRA/CERNACHE... MONTE REAL ... CASTELO BRANCO ... PORTALEGRE... FONTE BOA ... LISBOA/G.COUTINHO ... ÉVORA ... BEJA ... SINES/MONTE CHÃOS... FARO ... SAGRES ...

(4)

LOCAL

Temperatura média do ar (ºC) Precipitação (mm) Evaporação (mm)

Mês Desvio da Normal Média das Máximas Desvio da Normal Média das Mínimas Desvio da Normal Total Desvio da Normal Núm. de Dias Desvio da Normal

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS NO CONTINENTE

EM ABRIL DE 2007

Monção

15.9

+3.1

22.8

+4.6

9.1

+1.6

95.9

+2.1

13

-1

73.4

-26.6

Viana do Castelo

13.9

18.9

8.9

33.0

12

60.2

Braga

14.7

+2.4

21.4

+3.8

7.9

+1.0

Porto/Pedras Rubras

14.4

+1.8

18.8

+1.6

10.0

+2.0

43.7

-46.6

11

-4

Montalegre

9.8

+2.5

14.8

+3.1

4.8

+1.9

52.3

-66.0

16

+2

Bragança

12.3

+2.3

18.3

+3.1

6.4

+1.7

84.2

+22.5

15

+2

105.4

+2.4

Mirandela

14.1

+1.8

21.9

+3.4

6.4

+0.3

66.8

+21.9

14

+4

Miranda do Douro

Vila Real

13.4

+2.0

18.9

+2.4

7.9

+1.5

33.0

-56.8

14

+1

90.4

-3.0

Chaves

13.3

+1.6

20.5

+2.7

6.0

+0.4

53.0

-19.4

11

0

Viseu

12.7

17.7

7.8

41.6

15

104.3

Guarda

9.8

+2.0

13.6

+2.0

6.0

+1.9

80.6

+1.1

21

+9

Penhas Douradas

7.6

+1.8

11.0

+1.6

3.8

+1.6

86.1

-54.9

21

+6

Coimbra/Cernache

14.8

20.0

9.7

64.0

15

63.1

Anadia

Castelo Branco

13.9

+0.5

19.1

+0.6

8.6

+0.2

65.0

+2.5

13

+4

98.7

-4.8

Alcobaça

13.3

0.0

19.3

+0.9

7.4

-0.8

Santarém/Fonte Boa

15.3

+0.8

21.5

+1.8

9.5

+0.3

Alvega

14.7

+1.0

22.0

+1.4

7.4

+0.6

58.5

-0.4

14

+3

Benavila

14.9

+1.0

21.0

+1.7

8.7

+0.1

Lisboa/G. Coutinho

16.1

+1.6

20.4

+2.1

11.9

+1.2

40.8

-38.8

10

-6

138.3 +35.0

Setúbal

15.0

+0.7

21.4

+1.9

8.8

-0.3

Coruche

15.1

+1.0

23.0

+3.2

7.2

-1.1

27.7

-34.8

14

+1

129.0 +24.6

Lavradio

16.5

+1.6

20.8

+1.6

12.2

+1.6

33.3

-18.9

8

-2

Portalegre

13.7

+1.4

18.4

+1.9

8.9

+0.8

34.2

-47.1

15

+2

99.2

-17.2

Elvas

14.9

+1.1

20.7

+1.1

9.3

+1.4

34.8

-19.9

12

+3

97.3

-34.5

Évora

14.3

20.2

8.3

52.5

14

Alcácer do Sal

15.6

+1.1

22.6

+2.5

8.5

-0.3

Alvalade

14.6

+0.7

21.8

+1.5

7.3

-0.3

37.6

-15.5

11

+2

Beja

14.9

+1.2

20.6

+1.2

9.2

+1.3

49.9

-10.2

10

-2

Amareleja

15.1

+1.6

21.2

+1.4

8.7

+1.5

Mértola

Neves Corvo

14.6

21.1

8.1

32.7

12

Sagres

14.8

+0.2

18.4

+1.1

11.2

-0.7

52.2

+10.7

9

0

Faro

16.3

+1.2

20.6

+0.8

12.1

+1.7

12.3

-26.1

8

-2

INSTITUTO DE METEOROLOGIA LISBOA — PORTUGAL Desvio da Normal Total

(5)
(6)

LEGENDA DOS QUADROS

QUADRO I

CAU...Capacidade de Água Utilizável (mm) T ...Temperatura Média do Ar (ºC) H R ... Humidade Relativa do Ar – Média às 09 UTC (%) V ...Velocidade Média do Vento (km/h) I ...Insolação (h) R ... Precipitação (mm) ETP ... Evapotranspiração Potencial – Penman Original (mm) % AS ... Percentagem de CAU preenchida D ... Desvio de cada elemento em relação ao valor médio

QUADRO II

Notas:

1. O desenvolvimento potencial das culturas é calculado em função da temperatura média na década;

2. A cada espécie e variedade corresponde um zero vegetativo, isto é, uma determinada temperatura a partir da qual a planta se desenvolve.

QUADRO III

TMIN ... Temperatura Mínima do Ar em abrigo (ºC) TMAX ... Temperatura Máxima do Ar em abrigo (ºC) TREL ... Temperatura Mínima do Ar junto à relva (ºC) T10 ... Temperatura do Solo à profundidade de 10 cm T20 ... Temperatura do Solo à profundidade de 20 cm H R ... Humidade Relativa do Ar às 09 UTC MIN ...Valor Mínimo MÁX ... Valor Máximo MED ...Valor Médio

Notas:

• Consideram-se os meses divididos em 3 decêndios ou décadas: 1ª década – 1 a 10; 2ª década – 11 a 20; 3ª década – 21 até ao último dia do mês.

• Os elementos meteorológicos observados nas diferentes estações, que serviram de base aos valores inscritos nos quadros I, II e III chegam ao IM, em tempo real, através de mensagens telegráficas, pelo que se poderão considerar apenas provisórios.

Referências

Documentos relacionados

Nesta década os valores de insolação foram superiores aos normais (61-90) para a época em quase todo o território e variaram entre 48 horas nas Penhas Douradas e 70 horas em Viseu..

A Figura 4 representa os valores em percentagem de água no solo em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas em 15 de Março de 2005; as regiões do Centro e Sul

3.2 Temperaturas acumuladas para a cultura da Vinha 5 Na Figura 7 apresenta-se a distribuição espacial da temperatura acumulada para a vinha entre 01 de abril e 31

Da análise mensal há que referir o mês de Outubro, classificado como um mês muito chuvoso a extremamente chuvoso, em que os valores de precipitação foram muito superiores aos

Hoje o gasto com a saúde equivale a aproximada- mente 8% do Produto Interno Bruto (PIB), sendo que, dessa porcentagem, o setor privado gasta mais que o setor público (Portal

Os valores de evapotranspiração potencial (calculada pelo método de Penman) apresentaram-se inferiores ou próximos dos normais (61-90) para a época em todo o território, com o

Nesta década os valores de precipitação registados foram próximos ou superiores aos normais (61-90) para a época em todo o território, excepto em alguns locais do Norte e Centro

Importante citar aqui movimentos do campo, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), atuando em todo o país nas últimas décadas, com milhares de famílias assentadas