Demonstrações Contábeis
Intermediárias
31 de março de 2014
IFRS
Arquivado na CVM, SEC e HKEx em
30 de abril de 2014
2
Vale S.A.
Índice das Demonstrações Contábeis Intermediárias
Página
Relatório da firma independente registrada de contadores públicos 3
Balanço Patrimonial Condensado em 31 de março de 2014 e 31 de dezembro de 2013 4
Demonstração Condensada dos Resultados dos períodos de três meses findos em 31 de março de 2014 e 2013 6
Demonstração Condensada dos Resultados Abrangentes dos períodos de três meses findos em 31 de março de 2014 e
2013 7
Demonstração Condensada das Mutações do Patrimônio Líquido dos períodos de três meses findos em 31 de março de
2014 e 2013 8
Demonstração Condensada dos Fluxos de Caixa dos períodos de três meses findos em 31 de março de 2014 e 2013 9
Notas Explicativas Selecionadas às Demonstrações Contábeis Intermediárias 10
3
Relatório da firma independente
registrada de contadores públicos
Aos Diretores e Acionistas Vale S.A.
Revisamos o balanço patrimonial condensado consolidado da Vale S.A. (a "Companhia") e de suas controladas em 31 de março de 2014 e as correspondentes demonstrações condensadas consolidadas do resultado, do resultado abrangente, dos fluxos de caixa e das mutações do patrimônio líquido para os trimestres findos em 31 de março de 2014 e em 31 de março de 2013. Essas informações financeiras intermediárias foram elaboradas sob a responsabilidade da administração da Companhia.
Nossa revisão foi conduzida de acordo com as normas estabelecidas pelo "Public Company Accounting Oversight Board" (Estados Unidos). A revisão de informações financeiras intermediárias consiste principalmente na aplicação de
procedimentos de revisão analítica sobre as informações financeiras e indagações junto aos responsáveis por assuntos financeiros e contábeis. O escopo é substancialmente menor do que o de um exame de auditoria conduzido de acordo com as normas estabelecidas pelo "Public Company Accounting Oversight Board" (Estados Unidos), cujo objetivo é expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis como um todo. Consequentemente, não expressamos tal opinião.
Com base em nossa revisão não tomamos conhecimento de qualquer modificação relevante que deva ser efetuada nas referidas informações financeiras condensadas consolidadas intermediárias para que as mesmas estejam de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB). Rio de Janeiro, 30 de abril de 2014
/S/PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5 "F" RJ
/S/Ivan Michael Clark
4
Balanço Patrimonial Condensado
Em milhões de dólares norte-americanos
Notas 31 de março de 2014 31 de dezembro de 2013
Ativo (não auditado)
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa 7 7.182 5.321
Instrumentos financeiros derivativos 22 186 201
Contas a receber 8 4.103 5.703
Partes relacionadas 29 719 261
Estoques 9 4.754 4.125
Tributos sobre o lucro antecipado 1.594 2.375
Tributos a recuperar 10 1.632 1.579
Adiantamento a fornecedores 126 125
Contas a receber de venda de investimentos 1.197 -
Outros 833 921
22.326 20.611
Ativos não circulantes mantidos para venda e operação descontinuada 6 665 3.766
22.991 24.377
Não circulante
Partes relacionadas 29 115 108
Empréstimos e convênios a receber 261 241
Depósitos judiciais 16 1.552 1.490
Tributos sobre o lucro a recuperar 414 384
Tributos diferidos sobre o lucro 18 4.690 4.523
Tributos a recuperar 10 289 285
Instrumentos financeiros derivativos 22 169 140
Depósito por incentivo e reinvestimento 197 191
Outros 788 738 8.475 8.100 Investimentos 11 5.315 3.584 Intangíveis 12 7.094 6.871 Imobilizados 13 83.762 81.665 104.646 100.220 Total 127.637 124.597
5
Balanço Patrimonial Condensado
Em milhões de dólares norte-americanos (continuação)
Notas 31 de março de 2014 31 de dezembro de 2013
Passivo (não auditado)
Circulante
Contas a pagar a fornecedores e empreiteiros 3.473 3.772
Salários e encargos sociais 800 1.386
Instrumentos financeiros derivativos 22 490 238
Empréstimos e financiamentos 14 1.769 1.775
Partes relacionadas 29 328 205
Tributos sobre o lucro - Programa de refinanciamento 17 499 470
Tributos a recolher 445 327
Tributos sobre o lucro a recolher 267 378
Obrigações com benefícios de aposentadoria 19 96 97
Obrigações para desmobilização de ativos 15 161 96
Outros 634 420
8.962 9.164
Passivos relacionados a ativos não circulantes mantidos para venda e operação descontinuada 6 - 448
8.962 9.612
Não circulante
Instrumentos financeiros derivativos 22 1.122 1.492
Empréstimos e financiamentos 14 28.085 27.670
Partes relacionadas 29 164 5
Obrigações com benefícios de aposentadoria 19 2.086 2.198
Provisões para processos judiciais 16 1.373 1.276
Tributos sobre o lucro - Programa de refinanciamento 17 6.773 6.507
Tributos diferidos sobre o lucro 18 3.210 3.228
Obrigações para desmobilização de ativos 15 2.632 2.548
Debêntures Participativas 28(e) 1.860 1.775
Participação resgatável de acionistas não controladores 276 276
Operação de ouro 27 1.481 1.497
Outros 1.714 1.577
50.776 50.049
Total do passivo 59.738 59.661
Patrimônio líquido 23
Ações preferenciais classe A - 7.200.000.000 ações autorizadas, sem valor nominal e
2.108.579.618 (2.108.579.618 em 2012) emitidas 22.907 22.907
Ações ordinárias - 3.600.000.000 ações autorizadas, sem valor nominal e 3.256.724.482
(3.256.724.482 em 2012) emitidas 37.671 37.671
Ações em tesouraria - 140.857.692 (140.857.692 em 2012) ações preferenciais e 71.071.482
(71.071.482 em 2012) ações ordinárias (4.477) (4.477)
Resultado de operações com acionistas não controladores (400) (400)
Resultado na conversão de ações (152) (152)
Ajustes de avaliação patrimonial (1.219) (1.202)
Ajustes acumulados de conversão (21.154) (20.588)
Lucros acumulados e reservas de lucros 33.217 29.566
Total do patrimônio líquido dos acionistas controladores 66.393 63.325
Participação dos acionistas não controladores 1.506 1.611
Total do patrimônio líquido 67.899 64.936
Total do passivo e patrimônio líquido 127.637 124.597
6
Demonstração Condensada do Resultado
Em milhões de dólares norte-americanos , exceto quando indicado de outra forma
Períodos de três meses findos em (não auditado)
Notas 31 de março de 2014 31 de março de 2013
Operação continuada
Receita de venda, líquida 24 9.503 10.646
Custos dos produtos vendidos e serviços prestados 25 (5.590) (5.404)
Lucro bruto 3.913 5.242
Receitas (despesas) operacionais
Com vendas e administrativas 25 (282) (352)
Pesquisa e desenvolvimento (145) (171)
Pré-operacionais e paradas de operação (248) (375)
Outras despesas operacionais, líquida 25 (217) (135)
(892) (1.033)
Lucro operacional 3.021 4.209
Receitas financeiras 26 1.339 626
Despesas financeiras 26 (1.190) (972)
Resultado de participações joint ventures e coligadas 11 195 172
Lucro antes dos tributos sobre o lucro 3.365 4.035
Tributos sobre o lucro 18
Tributo corrente (928) (1.095)
Tributo diferido (61) 168
(989) (927)
Lucro líquido do período das operações continuadas 2.376 3.108
Prejuízo atribuído aos acionistas não controladores (139) (57)
Lucro líquido atribuído aos acionistas da controladora 2.515 3.165
Operações Descontinuadas
Prejuízo proveniente das operações descontinuadas - (56)
Prejuízo líquido das operações descontinuadas atribuído aos acionistas da controladora - (56)
Lucro líquido do período 2.376 3.052
Prejuízo atribuído aos acionistas não controladores (139) (57)
Lucro líquido atribuído aos acionistas da controladora 2.515 3.109
Lucro por ação atribuído aos acionistas da controladora: 23
Lucro básico e diluído por ação
Ações ordinárias 0,49 0,60
Ações preferenciais 0,49 0,60
7
Demonstração Condensada do Resultado Abrangente
Em milhões de dólares norte-americanos
Períodos de três meses findos em (não auditado)
31 de março de 2014 31 de março de 2013
Lucro líquido do exercício 2.376 3.052
Outros lucros abrangentes
Itens que não serão reclassificados subsequentemente ao resultado
Ajustes acumulados de conversão 2.311 936
Obrigações com benefícios de aposentadoria
Saldo bruto no período 24 28
Efeito dos impostos (3) (3)
Resultado de participações em joint ventures e coligadas, líquido dos impostos 1 -
22 25
Total dos Itens que não serão reclassificados subsequentemente ao resultado 2.333 961
Itens que serão reclassificados subsequentemente ao resultado
Ajustes acumulados de conversão
Saldo bruto no período (1.765) (1.162)
Resultado não realizado em investimentos disponíveis para venda
Saldo bruto no período - (205)
Hedge de fluxo de caixa
Saldo bruto no período (4) (65)
Efeito dos impostos 3 5
Resultado de participações em joint ventures e coligadas, líquido dos impostos - 3
Transferência de resultados realizados para o lucro líquido, líquido dos impostos (16) 17
(17) (40)
Total dos Itens que serão reclassificados subsequentemente ao resultado (1.782) (1.407)
Total do resultado abrangente do período 2.927 2.606
Resultado abrangente atribuído aos acionistas não controladores (141) (59)
Resultado abrangente atribuído aos acionistas da controladora 3.068 2.665
8
Demonstração Condensada das Mutações do Patrimônio Líquido
Em milhões de dólares norte-americanos
Períodos de três meses findos em
Capital social Resultado na conversão de ações Resultado de operações com acionistas não controladores Reserva de lucro Ações em tesouraria Ajustes de avaliação patrimonial Ajustes acumulados de conversão Lucros Acumulados Patrimônio líquido dos acionistas da controladora Participação dos acionistas não controladores Patrimônio líquido 31 de dezembro de 2012 60.578 (152) (400) 38.389 (4.477) (2.044) (18.663) 8 73.239 1.588 74.827
Lucro líquido do período - - - - - - - 3.109 3.109 (57) 3.052
Outros resultados abrangentes:
Obrigações com benefícios de aposentadoria - - - 25 - - 25 - 25
Hedge de fluxo de caixa - - - (40) - - (40) - (40)
Resultado não realizado de avaliação ao valor justo - - - (205) - - (205) - (205)
Ajustes de conversão do período - - - 474 - (21) (640) (37) (224) (2) (226)
Contribuição e destinação aos acionistas:
Capitalização de adiantamento de acionistas não controladores - - - 4 4
Participação resgatável dos acionistas não controladores - - - (12) (12)
31 de março de 2013 (não auditado) 60.578 (152) (400) 38.863 (4.477) (2.285) (19.303) 3.080 75.904 1.521 77.425
31 de dezembro de 2013 60.578 (152) (400) 29.566 (4.477) (1.202) (20.588) - 63.325 1.611 64.936
Lucro líquido do período - - - - - - - 2.515 2.515 (139) 2.376
Outros resultados abrangentes:
Obrigações com benefícios de aposentadoria - - - 22 - - 22 - 22
Hedge de fluxo de caixa - - - (17) - - (17) - (17)
Ajustes de conversão do período - - - 1.040 - (22) (566) 96 548 (2) 546
Contribuição e destinação aos acionistas:
Capitalização de adiantamento de acionistas não controladores - - - 38 38
Dividendos de acionistas não controladores - - - (2) (2)
31 de março de 2014 (não auditado) 60.578 (152) (400) 30.606 (4.477) (1.219) (21.154) 2.611 66.393 1.506 67.899
9
Demonstração Condensada dos Fluxos de Caixa
Em milhões de dólares
Períodos de três meses findos em (não auditado)
31 de março de 2014 31 de março de 2013
Fluxo de caixa das atividades operacionais continuadas:
Lucro líquido das operações continuadas 2.376 3.109
Ajustes para conciliar o lucro líquido do período ao fluxo de caixa das operações continuadas:
Resultado de participações societárias em coligadas e joint venture (195) (172)
Perda na baixa de bens do imobilizado 127 78
Depreciação, amortização e exaustão 1.026 1.007
Tributos diferidos sobre o lucro 61 (168)
Variações monetárias e cambiais, líquidas (311) (321)
Perdas líquidas não realizadas com derivativos (195) (9)
Debêntures participativas 22 167
Outros 9 (50)
Redução (aumento) nos ativos:
Contas a receber 1.822 421
Estoques (811) (349)
Tributos a recuperar ou compensar 755 34
Outros 63 188
Aumento (redução) nos passivos:
Contas a pagar a fornecedores e empreiteiros 20 (340)
Salários e encargos sociais (594) (642)
Tributos e contribuições (208) (17)
Operações de Ouro - 1.319
Outros 115 (292)
Caixa líquido utilizado nas atividades operacionais das operações continuadas 4.082 3.963
Caixa líquido utilizado nas atividades operacionais das operações descontinuadas - (95)
Caixa líquido utilizado nas atividades operacionais 4.082 3.868
Fluxo de caixa das atividades de investimentos continuadas:
Investimentos a curto prazo 1 (321)
Empréstimos e adiantamentos (97) 24
Depósitos e garantias (32) (24)
Adições em investimentos (121) (182)
Adições ao imobilizado e intangível (2.383) (3.348)
Dividendos e juros sobre o capital próprio recebidos de coligadas e joint venture 11 -
Recursos provenientes da alienação de investimentos mantidos para venda - 95
Produto das operações de ouro - 581
Caixa líquido utilizado nas atividades de investimentos das operações continuadas (2.621) (3.175)
Caixa líquido utilizado nas atividades de investimentos das operações descontinuadas - (199)
Caixa líquido utilizado nas atividades de investimentos (2.621) (3.374)
Fluxo de caixa das atividades de financiamentos continuadas:
Instituições financeiras - Empréstimos e financiamentos
Empréstimos e financiamentos
Adições 651 129
Pagamentos (293) (424)
Caixa líquido utilizado nas atividades de financiamentos das operações continuadas 358 (295)
Caixa líquido utilizado nas atividades de financiamentos 358 (295)
Aumento no caixa e equivalentes de caixa 1.819 199
Caixa e equivalentes de caixas no início do período 5.321 5.832
Efeito de variações da taxa de câmbio no caixa e equivalentes de caixa 42 11
Caixa e equivalentes de caixa no final do período 7.182 6.042
Pagamentos efetuados durante o período por (i):
Juros de empréstimo e financiamentos (453) (434)
Tributos sobre o lucro (159) (824)
Tributos sobre o lucro - Programa de refinanciamento (116) -
Recebimentos durante o período por:
Transações que não envolveram caixa:
Adições ao imobilizado com capitalizações de juros 15 117
(i) Valores pagos são classificados como fluxos de caixa das atividades operacionais.
10
Notas Explicativas Selecionadas às Demonstrações Contábeis Intermediárias
Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma
1. Contexto Operacional
A Vale S.A, (“Controladora”) é uma sociedade anônima de capital aberto com sede no centro da cidade do Rio de Janeiro, Av. Graça Aranha nº 26, Rio de Janeiro, Brasil e tem seus títulos negociados nas bolsas de valores de São Paulo (“BM&F BOVESPA”), de Nova York (“NYSE”), de Paris (“NYSE Euronext”) e de Hong Kong (“HKEx”).
A Vale S.A. e suas controladas diretas e indiretas (“Vale”, “Grupo” ou “Companhia”) têm como atividade preponderante a pesquisa, produção e comercialização de minério de ferro e pelotas, níquel, fertilizantes, cobre, carvão, manganês, ferroligas, cobalto, metais do grupo de platina e metais preciosos. A Companhia atua com energia e siderurgia. As informações por segmento de negócio é apresentada na nota 24.
2. Sumário das Principais Práticas e Estimativas Contábeis
a) Base de apresentação
As demonstrações contábeis intermediárias consolidadas condensadas da Companhia (“demonstrações contábeis intermediárias”) foram elaboradas tomando como base o pronunciamento IAS 34 dos padrões internacionais de contabilidade (International Financial Reporting Standards - “IFRS”) emitidos pelo International Accounting Standards Board (“IASB”).
As demonstrações contábeis intermediárias foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor e ajustadas para refletir: (i) o valor justo de instrumentos financeiros mantidos para negociação contra o resultado do período ou ativos financeiros disponíveis para venda contra o resultado abrangente; e (ii) ativos ajustados para refletir eventuais perdas na recuperabilidade de ativos (“impairment”).
As demonstrações contábeis intermediárias foram revisadas, não auditadas. Entretanto os princípios, estimativas e práticas contábeis, métodos de mensuração e normas adotadas são consistentes com os apresentados nas demonstrações contábeis de 31 de dezembro de 2013, exceto quando divulgado. As demonstrações contábeis intermediárias foram preparadas pela Vale para atualizar os usuários sobre as informações relevantes ocorridas no período e devem ser analisadas em conjunto com as demonstrações contábeis completas relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2013.
A Companhia avaliou eventos subsequentes até 28 de abril de 2014, data em que as demonstrações contábeis intermediárias foram aprovadas pela Diretoria Executiva.
b) Moeda funcional e moeda de apresentação
As demonstrações contábeis de cada entidade do Grupo são mensuradas utilizando a moeda do principal ambiente econômico no qual a entidade atua (“moeda funcional”), que no caso da Controladora é o Real (“BRL” ou “R$”). Para fins de apresentação, estas demonstrações contábeis intermediárias estão apresentadas em Dólar Norte-Americano (“USD” ou “US$”), pois entendemos que esta é forma como nossos investidores internacionais utilizam para as demonstrações contábeis, a fim de tomar as suas decisões. As operações em outras moedas são convertidas para a moeda funcional, utilizando a taxa de câmbio vigente na data das transações. Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da conversão pela taxa de câmbio do fim do período são reconhecidos na demonstração do resultado, como despesa ou receita financeira. A exceção são as transações cujos ganhos e perdas são reconhecidos na demonstração do resultado abrangente.
As demonstrações do resultado e os balanços patrimoniais das entidades do Grupo cuja moeda funcional é diferente da moeda de apresentação são convertidos para a moeda de apresentação conforme a seguir: (i) os ativos, passivos e patrimônio líquido (exceto os componentes especificados no item (iii)) são convertidos pela taxa de câmbio de fechamento na data do balanço; (ii) as receitas e despesas são convertidas pela taxa média de câmbio, exceto para operações específicas que, por sua relevância, são convertidas pela taxa da data da operação; e (iii) os componentes do patrimônio líquido capital social, reservas de capital e ações em tesouraria são convertidos pela taxa da data da transação. Todas as diferenças de câmbio são reconhecidas na conta Ajuste Acumulados de Conversão na Demonstração de Resultado Abrangente, sendo transferidas para a Demonstração do Resultado do período quando da realização da operação.
11
As cotações das principais moedas que impactam nossas operações em relação aos Reais (“R$”) são:
Cotações utilizadas para conversões em reais
Taxa final em Taxa média do período de três meses findos em
31 de março de 2014 31 de dezembro de 2013 31 de março de 2014 31 de março de 2013
(não auditado) (não auditado) (não auditado)
Dólar Norte-Americano (“US$”) 2,2630 2,3426 2,3652 2,2734
Dólar Canadense (“CAD”) 2,0472 2,2031 2,1456 2,1660
Dólar Australiano (“AUD”) 2,0989 2,0941 2,1222 2,1077
Euro (“EUR” ou “€”) 3,1175 3,2265 3,2399 3,0958
3. Estimativas e Julgamentos Contábeis Críticos
As estimativas contábeis críticas são as mesmas que aquelas adotadas na elaboração das demonstrações contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de 2013.
4. Pronunciamentos Contábeis
a) Pronunciamentos, interpretações ou atualizações emitidos pelo IASB com aplicação em 1º de janeiro de 2014
Novation of Derivatives and Continuation of Hedge Accounting – Em junho de 2013 o IASB emitiu uma atualização ao
pronunciamento IAS 39 – Financial Instruments: Recognition and Measurement, que, dentre outros itens, compreende que um hedge accounting não cessa quando um derivativo instrumento de hedge accounting, por determinação legal ou de regulamento específico, se encerra e é renovado por um novo derivativo. Este pronunciamento não produziu efeito relevante nestas demonstrações contábeis.
IFRIC 21 Levies – Em maio de 2013 o IASB emitiu uma nova interpretação que trata do reconhecimento de obrigações impostas por
agentes governamentais. Este pronunciamento não produziu efeito relevante nestas demonstrações contábeis.
Recoverable Amount Disclosures for Non-Financial Assets – Em maio de 2013 o IASB emitiu uma atualização ao pronunciamento
IAS 36 – Impairment of Assets, que melhor detalha as intenções do comitê sobre os aspectos de divulgação do impairment de ativos não financeiros. Este pronunciamento não produziu efeito relevante nestas demonstrações contábeis.
b) Pronunciamentos, interpretações ou atualizações emitidos pelo IASB com aplicação após 1º de janeiro de 2014
IFRS 14 Regulatory Deferral Accounts – Em janeiro de 2014 o IASB emitiu o pronunciamento IFRS 14 - Regulatory Deferral Accounts
que permite que a empresa que adota o IFRS pela primeira vez, dentro do escopo do pronunciamento, a continuar contabilizando o diferimento de saldos regulatórios na primeira demonstração contábil em IFRS de acordo com a prática contábil anterior. Este pronunciamento se tornará efetivo para períodos anuais iniciados em, ou após, 1º de janeiro de 2016 e a companhia não terá efeitos em suas Demonstrações Contábeis.
5. Gestão de Riscos
No período, não houve mudança significativa em relação às políticas de gestão de risco divulgadas nas demonstrações contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de 2013.
12
6. Ativos e passivos não circulantes mantidos para venda e operação descontinuada
Abaixo demonstramos os valores dos ativos e passivos mantidos para venda e operações descontinuadas reclassificados no período:
31 de março de 2014
(não auditado) 31 de dezembro de 2013
Energia Carga geral Energia Total
Ativo mantidos para venda e operação descontinuada
Contas a receber - 141 - 141
Outros ativos circulantes - 271 - 271
Investimento 89 - 79 79
Intangível - 1.687 - 1.687
Imobilizados 576 1.027 561 1.588
Total do ativo 665 3.126 640 3.766
Passivo associados ativos para venda e operação descontinuada
Contas a pagar a fornecedores e empreiteiros - 85 - 85
Salários e encargos sociais - 61 - 61
Outros passivos circulantes - 112 - 112
Outros passivos não circulantes - 190 - 190
Total do Passivo - 448 - 448
Os ativos e passivos das operações descontinuadas 665 2.678 640 3.318
Em setembro de 2013, a Vale anunciou sua intenção de se desfazer do controle sobre sua subsidiária VLI S.A. (“VLI”), a qual agrega todas as operações do segmento de Carga Geral. Em consequência, o segmento de Carga Geral está sendo tratado como operação em processo de descontinuidade e os ativos e passivos foram reclassificados para ativos / passivos não circulantes mantidos para venda.
Como parte do processo de desinvestimento, a Vale celebrou acordos de transferência de participação de 20% do capital da VLI para Mitsui & Co. pelo valor de US$667 de 15,9% para o Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (“FGTS”) pelo valor de US$530 e de 26,5% para o fundo de investimento gerido pela Brookfield Asset Management pela valor de US$884. A operação está sujeita a revisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (“CADE”) que foi aprovada a primeira etapa da transação em março e 2014. A primeira etapa foi concluída em abril de 2014 (evento subsequente).
Do valor total das transações, aproximadamente US$884 serão aportados diretamente na VLI.
Desde 1º de janeiro de 2014 o investimento na VLI S.A. está sendo tratado como investimento em coligada (nota 11).
Ativos de geração de energia
Em dezembro de 2013 a Companhia celebrou acordos com a CEMIG Geração e Transmissão S.A. (“CEMIG GT”), como segue: (i) para a venda de 49% de sua participação de 9% no capital da Norte Energia S.A. (“Norte Energia”), empresa responsável pela construção, operação e exploração da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (“Belo Monte”) e; (ii) Criação da joint venture Aliança Geração de Energia S/A (“Aliança”) a ser constituída por Vale e CEMIG mediante o aporte de suas participações nos seguintes ativos de geração de energia: Porto Estrela, Igarapava, Funil, Capim Branco I e II, Aimorés e Candonga. Nenhum caixa foi desembolsado como parte desta operação. Vale e CEMIG GT deterão, respectivamente, 55% e 45% do total desta nova empresa e o fornecimento de energia elétrica para operações da Vale, anteriormente garantido pela sua geração própria, será assegurado por contrato de longo prazo. A operação acima, ainda está pendente de aprovação por parte da Agência Nacional de Energia Elétrica (“ANEEL”), portanto os ativos foram transferidos para ativos mantidos para venda, sem o reconhecimento do respectivo ganho no resultado.
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7. Caixa e Equivalentes de Caixa
31 de março de 2014 31 de dezembro de 2013 (não auditado) Caixa e banco 2.062 1.558 Aplicações financeiras 5.120 3.763 7.182 5.321
Caixa e equivalentes de caixa compreendem os valores de caixa, depósitos líquidos e imediatamente resgatáveis, aplicações financeiras em investimento com risco insignificante de alteração de valor, sendo parte em reais indexadas à taxa dos certificados de depósito interbancário (“taxa DI” ou “CDI”) e parte em dólares, em Time Deposits, com prazo de vencimento inferior a três meses.
8. Contas a Receber
31 de março de 2014 31 de dezembro de 2013
(não auditado)
Denominados em reais 891 509
Denominados em outras moedas, principalmente em US$ 3.325 5.283
4.216 5.792
Estimativa de perdas para créditos de liquidação duvidosa (113) (89)
4.103 5.703
As contas a receber de clientes relacionados ao mercado siderúrgico representam 80,73% e 79,70% dos recebíveis em 31 de março de 2014 e 31 de dezembro de 2013, respectivamente.
Nenhum cliente isoladamente representa mais de 10% dos recebíveis ou das receitas.
As estimativas de perdas para crédito de liquidação duvidosa registradas no resultado dos períodos de 31 de março de 2014 e 31 de março de 2013 totalizaram US$23 e US$4, respectivamente. Baixamos em 31 de março de 2014 e 31 de março de 2013, o total de US$2 e US$7, respectivamente.
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9. Estoques
Os estoques estão compostos da seguinte forma:
31 de março de 2014 31 de dezembro de 2013
Estoques de produtos (não auditado)
Bulk Material Minério de ferro 1.061 646 Pelotas 82 88 Manganês e ferroligas 100 75 Carvão 339 318 1.582 1.127 Metais básicos
Níquel e outros produtos 1.469 1.398
Cobre 28 23 1.497 1.421 Fertilizantes Potássio 9 8 Fosfatados 325 313 Nitrogenado 21 19 355 340 Outros produtos 12 8
Total dos estoques de produtos 3.446 2.896
Estoques de materiais de consumo 1.308 1.229
Total dos estoques 4.754 4.125
Em 31 de maço de 2014 e 31 de dezembro de 2013, os estoques incluem provisões para ajuste a valor de realização para o produto níquel, no montante de US$0 e US$14, respectivamente, manganês no montante de US$1 e US$1, respectivamente, e carvão no
montante de US$131 e US$117, respectivamente.
Períodos de três meses findos em (não auditado)
Estoques de produtos 31 de março de 2014 31 de março de 2013
Saldo no início do período 2.896 3.597
Produção/aquisição 5.433 4.803
Transferência do estoque de materiais de consumo 810 949
Baixa por venda (5.590) (5.404)
Provisão/ reversão de baixa por ajuste de inventário (a) (132) (123)
Ajustes de conversão 29 41
Saldo no final do período 3.446 3.863
(a) Inclui provisão para ajuste a valor de mercado
Períodos de três meses findos em (não auditado)
Estoques de materiais de consumo 31 de março de 2014 31 de março de 2013
Saldo no início do período 1.229 1.413
Aquisição 872 987
Transferência para uso (810) (949)
Ajustes acumulados de conversão 17 15
15
10. Tributos a Recuperar
31 de março de 2014 31 de dezembro de 2013
(não auditado)
Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços 1.197 1.129
Contribuições Federais Brasileiras (PIS e COFINS) 674 680
Outras 50 55 Total 1.921 1.864 Circulante 1.632 1.579 Não circulante 289 285 Total 1.921 1.864 11. Investimentos
A movimentação dos investimentos em coligadas e joint ventures estão demonstradas como segue:
Períodos de três meses findos em (não auditado)
31 de março de 2014 31 de março de 2013
Saldo no início do período 3.584 6.384
Adições 121 182
Transferências por aquisição de controle 79 -
Ajuste acumulado de conversão 121 (108)
Resultado de participações societárias 195 172
Ajustes de avaliação patrimonial 2 (201)
Dividendos declarados (42) (27)
Transferências de mantidos para venda (b) 1.255 -
Saldo no fim do período 5.315 6.402
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Investimentos (Continuação)
Investimentos Resultado de participações societárias (não auditado) Dividendos recebidos (não auditado)
Saldo em Períodos de três meses findos em Períodos de três meses findos em
Localização da sede Participação % de participação % de capital
votante 31 de março de 2014 31 de dezembro de 2013 31 de março de 2014 31 de março de 2013 31 de março de 2014 31 de março de 2013 Bulk Material (não auditado)
Minério de ferro e pelotas
Baovale Mineração S.A. - BAOVALE Brasil Joint venture 50.00 50.00 26 24 1 3 - -
Companhia Nipo-Brasileira de Pelotização - NIBRASCO (c) Brasil Joint venture 51.00 51.11 177 159 13 2 - - Companhia Hispano-Brasileira de Pelotização - HISPANOBRÁS (c) Brasil Joint venture 50.89 51.00 79 83 3 (4) 11 - Companhia Coreano-Brasileira de Pelotização - KOBRASCO Brasil Joint venture 50.00 50.00 103 91 8 1 - - Companhia Ítalo-Brasileira de Pelotização - ITABRASCO (c) Brasil Joint venture 50.90 51.00 69 62 4 - - -
MRS Logística S.A. (f) Brasil Joint venture 47.59 46.75 576 564 14 13 - -
Minas da Serra Geral S.A. - MSG Brasil Joint venture 50.00 50.00 24 22 1 1 - -
Samarco Mineração S.A. (d) Brasil Joint venture 50.00 50.00 633 437 174 161 - -
Tecnored Desenvolvimento Tecnológico S.A. (b), (h) Brasil - - - 38 (1) (2) - -
Zhuhai YPM Pellet Co China Coligada 25.00 25.00 24 25 - - -
1.711 1.505 217 175 11 -
Carvão
Henan Longyu Energy Resources CO, LTD. China Coligada 25.00 25.00 368 357 12 9 - -
368 357 12 9 - -
Metais basicos
Cobre
Teal Minerals Incorporated Zambia Coligada 50.00 50.00 223 228 (5) (3) - -
Níquel
Korea Nickel Corp Korea Coligada 25.00 25.00 20 22 (1) (1) - -
Outras
Carga Geral
VLI S.A. (e) Brasil Coligada 37,51 37,51 1.255 - - - - -
Bauxita
Mineração Rio Grande do Norte S.A. - MRN Brasil Coligada 40.00 40.00 114 111 6 2 - -
Siderurgia
California Steel Industries, INC EUA Joint venture 50.00 50.00 184 181 2 6 - -
CSP- Companhia Siderúrgica do PECEM (g) Brasil Joint venture 50.00 50.00 825 686 (3) (1) - - Thyssenkrupp CSA Companhia Siderúrgica do Atlântico Brasil Coligada 26.87 26.87 315 321 (18) (7) - -
1.324 1.188 (19) (2) - -
Outras coligadas e joint ventures
Norte Energia S.A. Brasil Joint venture 4,59 4,59 93 83 - - -
LOG-IN - Logística Intermodal S/A (a) Brasil Coligada - - - 4 - -
Outras 207 90 (15) (12) - -
300 173 (15) (8) - -
5.315 3.584 195 172 11 -
(a) Empresa vendida em Dezembro de 2013;
(b) Saldo de investimento contempla os valores de adiantamento para futuro aumento de capital;
(c) Embora a Vale detenha a maioria dos votos nas investidas contabilizadas pelo método de equivalência patrimonial, a consolidação é impedida em função do direito de veto detido pelos acionistas não controladores; (d) Os principais dados da Samarco em 2014 são: Ativo Total US$6.272, Passivo US$3.976, Resultado Operacional US$334, Resultado Financeiro US$103, Imposto de Renda US$(92);
(e) Considerando o novo percentual de participação após a concretização das transações e respectivos acordos de acionistas conforme Nota 6;
(f) Os principais dados da MRS em 2014 são: Ativo Total US$2.931, Passivo US$1.719, Resultado Operacional US$58, Resultado Financeiro US$(11), Imposto de Renda US$(17); (g) Estágio pré-operacional; e
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12. Ativos Intangíveis
31 de março de 2014 (não auditado) 31 de dezembro de 2013
Vida útil indefinida Custo Amortização Líquido Custo Amortização Líquido
Ágio 4.176 - 4.176 4.140 - 4.140
Vida útil definida
Concessões e subconcessões 3.393 (1.277) 2.116 3.099 (1.192) 1.907
Direito de uso 323 (82) 241 328 (75) 253
Outros 1.344 (783) 561 1.295 (724) 571
5.060 (2.142) 2.918 4.722 (1.991) 2.731
Total 9.236 (2.142) 7.094 8.862 (1.991) 6.871
Os direitos de uso referem‐se basicamente a contrato de usufruto celebrado com acionistas minoritários para uso das ações da Empreendimentos Brasileiros de Mineração S.A. (detentora das ações da MBR) e intangíveis identificados na combinação de negócios da Vale Canadá. A amortização do direito de uso será finalizada em 2037 e dos intangíveis da Vale Canadá finaliza em 2046. As concessões e subconcessões são um acordo com o Governo brasileiro para a exploração e desenvolvimento de portos e ferrovias.
Abaixo, demonstramos as movimentações dos ativos intangíveis ocorridas no período:
Ágio
Concessões e
subconcessões Direito de uso Outros Total
Saldo em 31 de Dezembro de 2012 4.603 3.757 302 549 9.211
Adição - 125 - 8 133
Baixa - (2) - - (2)
Amortização - (46) (5) (37) (88)
Ajuste de conversão (3) 44 (3) 7 45
Efeito líquido da operação descontinuada no período - 9 - - 9
Saldo em 31 de Março de 2013 (não auditado) 4.600 3.887 294 527 9.308
Saldo em 31 de Dezembro de 2013 4.140 1.907 253 571 6.871
Adição - 184 - 5 189
Baixa - (3) - - (3)
Amortização - (45) (7) (14) (66)
Ajuste de conversão do período 36 73 (5) (1) 103
Saldo em 31 de Março de 2014 (não auditado) 4.176 2.116 241 561 7.094
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13. Imobilizado
31 de março de 2014 (não auditado) 31 de dezembro de 2013
Custo
Depreciação
acumulada Líquido Custo
Depreciação acumulada Líquido Terrenos 1.103 - 1.103 945 - 945 Edificações 10.422 (2.238) 8.184 9.916 (2.131) 7.785 Instalações 17.523 (5.009) 12.514 15.659 (4.722) 10.937 Equipamentos de informática 680 (443) 237 679 (496) 183 Ativos minerários 21.494 (5.296) 16.198 21.603 (5.327) 16.276 Outros 28.297 (9.008) 19.289 27.149 (8.409) 18.740 Imobilizado em curso 26.237 - 26.237 26.799 - 26.799 105.756 (21.994) 83.762 102.750 (21.085) 81.665
Terrenos Construções Instalações
Equipamentos de informática Ativos minerários Outros Imobilizado em curso Total Saldo em 31 de Dezembro de 2012 676 6.093 11.756 376 18.867 18.178 28.936 84.882 Adição (i) - - - 3.326 3.326 Baixa - - (37) (1) (31) (1) (15) (85) Depreciação e amortização - (61) (216) (20) (244) (614) - (1.155)
Ajuste de conversão no período 6 34 43 2 (578) (4) 167 (330)
Transferências 184 318 208 13 (573) 817 (967) -
Efeito líquido da operação descontinuada no período - - - (1) - 115 (132) (18)
Saldo em 31 de Março de 2013 (não auditado) 866 6.384 11.754 369 17.441 18.491 31.315 86.620
Saldo em 31 de Dezembro de 2013 945 7.785 10.937 183 16.276 18.740 26.799 81.665 Adição (i) - - - 2.209 2.209 Baixa - (10) (3) (2) (58) (32) (19) (124) Depreciação e amortização - (76) (267) (14) (222) (475) - (1.054) Ajuste de conversão 100 192 115 23 (98) 519 215 1.066 Transferências 58 293 1.732 47 300 537 (2.967) -
Saldo em 31 de Março de 2014 (não auditado) 1.103 8.184 12.514 237 16.198 19.289 26.237 83.762
(i) O valor dos investimentos de capital alocados em adições do imobilizado em curso totalizam para os períodos de três meses findos em 31 de março de 2014 e 31 de março de 2013 os montantes de US$1.731 e US$2.725, respectivamente.
Os valores líquidos dos ativos imobilizados dados em garantias de processos judiciais correspondem em 31 de março de 2014, 31 de dezembro de 2013 a US$63 e US$77 no consolidado.
Em 31 de março de 2014, US$1,2 bilhões do ativo imobilizado referem-se ao projeto de minério de ferro na Guiné (Nota 28d).
14. Empréstimos e Financiamentos
a) Total de captação
Passivo circulante Passivo não circulante
31 de março de 2014 31 de dezembro de 2013 31 de março de 2014 31 de dezembro de 2013
Contratos de dívida no exterior (não auditado) (não auditado)
Empréstimos e financiamentos em:
Dólares norte-americanos 346 334 4.531 4.662
Outras moedas 2 2 3 3
Títulos em juros fixos:
Dólares norte-americanos 10 12 13.801 13.808
Euro - - 2.066 2.066
Encargos decorridos 227 350 - -
585 698 20.401 20.539
Contratos de dívida no Brasil
Empréstimos e financiamentos em:
Indexados por TJLP, TR, IGP-M e CDI 802 750 5.104 5.000
Cesta de moedas, LIBOR 178 175 1.342 1.365
Debêntures não conversíveis - - 847 372
Títulos em juros fixos:
Empréstimos em Dólares norte-americanos 6 6 78 80
Empréstimos em Reais 51 47 313 314
Encargos decorridos 147 99 - -
1.184 1.077 7.684 7.131
1.769 1.775 28.085 27.670
Todos os títulos emitidos pela Companhia através de sua controlada financeira Vale Overseas Limited, estão total e incondicionalmente garantidos pela Vale.
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As parcelas de longo prazo em 31 de março de 2014 (não auditado) têm vencimento nos seguintes anos:
(não auditado) 2015 1.007 2016 1.985 2017 2.422 2018 4.075 2019 em diante 18.596 28.085
Em 31 de março de 2014 (não auditado), as taxas de juros anuais sobre as dívidas de longo prazo eram como segue:
(não auditado) Até 3% 3.436 3,1% até 5% (a) 8.798 5,1% até 7% (b) 12.540 7,1% até 9% (b) 1.147 9,1% até 11% (b) 141 Acima de 11% (b) 3.672 Variáveis 120 29.854
(a) Inclui a operação de eurobonds, para a qual foi contratado instrumento financeiro derivativo a um cupom de 4,42% a.a. em dólares norte-americanos.
(b) Inclui empréstimos em reais, cuja remuneração é igual à variação acumulada da taxa do CDI e TJLP mais spread. Para estas operações foram contratados instrumentos financeiros derivativos a fim de proteger a exposição da Companhia as variações da dívida flutuante em reais. O total contratado para estas operações é de US$6.608, dos quais US$6.291 têm taxas de juros originais acima de 5,1% a.a. Após a contratação dos derivativos o custo médio das dívidas não denominadas em dólares norte-americanos é de 2,38% a.a.
31 de março de 2014 (não auditado) Saldos em
Debêntures não conversíveis Emitida Em circulação Vencimento Encargos Anuais
31 de março de 2014
31 de dezembro de 2013
(não auditado)
Tranche "B" - Salobo - - Sem vencimento 6.5% p.a + IGP-DI 401 372
Debentures de infraestrutura 1º serie Fev/14 600 Jan/21 6,46% p.a. + IPCA 270 -
Debentures de infraestrutura 2º serie Fev/14 150 Jan/24 6,57%p.a. + IPCA 67 -
Debentures de infraestrutura 3º serie Fev/14 100 Jan/26 6,71%p.a. + IPCA 45 -
Debentures de infraestrutura 4º serie Fev/14 150 Jan/29 6,78%p.a. + IPCA 67 -
850 372
Parcela de longo prazo 847 372
Juros provisionados 3 -
850 372
b) Captações
Em fevereiro de 2014, a Vale emitiu debêntures de infraestrutura no valor de US$442.
Em abril de 2014 (evento subsequente), o BNDES aprovou um novo financiamento de R$6,2 bilhões (cerca US$2,7 bilhões) para implementar o projeto de minério de ferro S11D e CLN S11D. O desembolso ocorrerá em três anos.
c) Linhas de crédito
Montante utilizado até
Tipo
Moeda de
contrato Data da abertura Prazo
Total disponível para uso 31 de março de 2014 31 de dezembro de 2013
Linhas de crédito rotativas (não auditado)
Linhas de créditos rotativas - Vale/ Vale International/ Vale Canada US$ Abril 2011 5 anos 3.000 - - Linhas de créditos rotativas - Vale/ Vale International/ Vale Canada US$ Julho 2013 5 anos 2.000 - -
Linhas de crédito
Export-Import Bank of China e Bank of China Limited US$ Setembro 2010 (a) 13 anos 1.229 985 985 BNDES R$ Abril 2008 (b) 10 anos 3.226 2.044 1.975
Empréstimos
BNDES - CLN 150 R$ Setembro 2012 (c) 10 anos 1.716 1.361 1.314 BNDES - Programa de Sustentação do Investimento ("PSI") 3,0% R$ Junho 2013 (d) 10 anos 48 39 37 BNDES - Tecnored 3,5% R$ Dezembro 2013 (e) 8 anos 60 - - Agência Canadense de Exportação e Desenvolvimento (“EDC”) US$ Janeiro 2014 (f) 5 e 7 anos 775 - -
(a) Aquisição de doze navios de grande porte para o transporte de minério junto a estaleiro chinês.
(b) Data da assinatura do Memorandum of Understanding ("MOU"), porém o prazo dos financiamentos de projetos é contado a partir da data de assinatura de cada aditivo dos projetos.
(c) Projeto Capacitação Logística Norte 150 (“CLN 150”).
(d) Aquisição de equipamentos nacionais.
(e) Apoio ao plano de investimentos 2013-2015 da Tecnored.
(f) Propósitos corporativos gerais.
O montante total disponível e utilizado, quando diferente da moeda de apresentação, é afetado pela variação cambial entre os períodos.
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d) Garantias
Em 31 de março de 2014 (não auditado), da dívida total da Companhia, US$1.371 do total agregado do saldo de empréstimos e financiamentos estão garantidos por bens e recebíveis.
15. Obrigações para desmobilização de ativos
A Companhia utiliza diversos julgamentos e premissas quando mensura as obrigações referentes à descontinuação de uso de ativos. Do montante provisionado não estão deduzidos os custos potenciais cobertos por seguros ou indenizações, porque sua recuperação é considerada incerta.
As taxas de juros de longo prazo utilizadas para desconto a valor presente e atualização da provisão para 31 de março de 2014 e 31 de dezembro de 2013 foi de 5,03% a.a. O passivo constituído é atualizado periodicamente tendo como base essas taxas de desconto acrescido do índice de inflação (“IGP-M”) do período, em referência.
A variação na provisão para desmobilização de ativos está demonstrada como segue:
31 de março de 2014 31 de dezembro de 2013
(não auditado)
Saldo no início do período 2.644 2.748
Acréscimo de despesas (i) 68 201
Liquidação financeira no período corrente (4) (40)
Revisões estimadas nos fluxos de caixa 52 15
Ajustes de conversão do período 33 (276)
Transferência para mantidos para venda - (4)
Saldo no final do período 2.793 2.644
Circulante 161 96
Não circulante 2.632 2.548
2.793 2.644
(i) US$50 no 1º trimestre de 2013.
16. Provisões para processos judiciais
A Vale e suas controladas são partes envolvidas em ações trabalhistas, cíveis, tributárias e outras em andamento e estão discutindo estas questões tanto na esfera administrativa quanto na judicial, as quais, são amparadas por depósitos judiciais. As provisões para as perdas decorrentes destes processos são estimadas e atualizadas pela Administração, amparada pela opinião da diretoria jurídica da Companhia e de seus consultores legais externos.
Provisões
tributárias Provisões cíveis
Provisões trabalhistas Provisões ambientais Total de passivos provisionados Saldo em 31 de dezembro de 2012 996 287 748 34 2.065 Adições 14 6 54 3 77 Reversões (22) (20) (25) - (67) Pagamentos (223) (23) (27) - (273) Atualizações monetárias (52) 3 10 1 (38)
Ajustes acumulados de conversão 10 3 9 - 22
Transferência da operação descontinuada - 1 (2) - (1)
Saldo em 31 de março de 2013 (não auditado) 723 257 767 38 1.785
Saldo em 31 de dezembro de 2013 330 209 709 28 1.276
Adições 40 9 53 18 120
Reversões (27) (9) (24) (4) (64)
Pagamentos (1) (3) (6) - (10)
Atualizações monetárias / Ajuste acumulado de conversão (4) 2 6 (3) 1
Ajustes acumulados de conversão 10 8 29 3 50
Saldo em 31 de março de 2014 (não auditado) 348 216 767 42 1.373
Provisões para processos tributários - As naturezas das causas tributárias referem-se substancialmente a discussões sobre a base de cálculo da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (“CFEM”) e indeferimentos de pedidos de compensação de créditos na liquidação de tributos federais no Brasil, e impostos sobre atividades minerárias no exterior. As demais se referem a cobranças de Adicional de Indenização do Trabalhador Portuário (“AITP”) e questionamentos sobre a localidade de incidência para fins de Imposto sobre Serviços (“ISS”).
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Provisões para processos cíveis - As ações cíveis estão relacionadas às reclamações de Companhias contratadas por perdas que supostamente teriam ocorrido como resultado de vários planos econômicos e outras demandas relacionadas a acidentes, ações indenizatórias e outras, ainda relacionadas à indenização pecuniária em ação reivindicatória.
Provisões para processos trabalhistas - Contingências trabalhistas consistem principalmente de horas “intinere”, adicional de periculosidade e insalubridade e reclamações vinculadas a disputas sobre o montante de compensação pago sobre demissões e ao terço constitucional de férias. Inseridas nesse contexto estão às contingências previdenciárias, porque decorrem de parcelas com natureza trabalhista, tratando-se de discussões judiciais e administrativas entre o Instituto Nacional de Seguridade Social (“INSS”) e a Vale, cujo cerne é a incidência, ou não, dos encargos previdenciários.
Correlacionados às contingências, existem depósitos judiciais. Os depósitos judiciais são garantias exigidas judicialmente, atualizados monetariamente e registrados no ativo não circulante da Companhia até que aconteça a decisão judicial de resgate destes depósitos pelo reclamante, a menos que ocorra desfecho favorável da questão para a entidade.
Os depósitos judiciais estão assim representados:
31 de março de 2014 31 de dezembro de 2013 (não auditado) Processos tributários 384 433 Processos cíveis 220 176 Processos trabalhistas 936 870 Processos ambientais 12 11 Total 1.552 1.490
A Companhia discute nas esferas administrativa e judicial, ações para as quais existe expectativa de perdas possíveis, e entende que para estas não cabe provisão, visto que existe um forte embasamento jurídico para o posicionamento da Companhia. Estes passivos contingentes estão assim representados:
31 de março de 2014 31 de dezembro de 2013 (não auditado) Processos tributários 3.091 3.789 Processos cíveis 1.108 1.219 Processos trabalhistas 1.537 2.271 Processos ambientais 1.270 1.343 Total 7.006 8.622
A dedutibilidade dos pagamentos de contribuição social sobre as bases do Imposto de Renda são os mais relevantes entre os litígios tributários classificados como perda possível pela Companhia.
17. Tributos Sobre o Lucro – Programa de refinanciamento (“REFIS”)
Em novembro de 2013, a Companhia decidiu aderir ao programa de refinanciamento de tributos sobre o lucro (“REFIS”), para o pagamento dos valores relativos aos tributos incidentes sobre o lucro de suas subsidiárias e afiliadas estrangeiras de 2003 a 2012. Em 31 de março de 2014, o montante de US$7.272 será pago em 175 parcelas, com juros à taxa Selic.
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18. Tributos Diferidos Sobre o Lucro
A Companhia analisou o potencial impacto fiscal associado aos lucros não distribuídos de cada uma de nossas subsidiárias. Para aquelas em que os lucros não distribuídos são destinados a ser reinvestido indefinidamente, o imposto diferido não é reconhecido. Os lucros não distribuídos das subsidiárias consolidadas nos quais nenhum imposto de renda diferido foi reconhecido por possíveis remessas futuras à Controladora, totalizaram aproximadamente US$24.150 em 31 de março de 2014. Conforme descrito na nota 17, em 2013, aderimos ao REFIS de pagar os valores relativos à cobrança de tributos sobre o lucro sobre o ganho de capital próprio em empresas controladas e coligadas no exterior 2003-2012 e, portanto, o repatriamento de tais ganhos não teria consequências fiscais Brasileiras.
O lucro da Companhia está sujeito ao regime comum de tributação aplicável às Companhias em geral. Os saldos diferidos líquidos apresentam-se como segue:
Ativo Passivo Total
Saldo em 31 de dezembro de 2012 4.058 3.386 672
Efeitos no resultado 156 (12) 168
Ajustes acumulados de conversão 13 110 (97)
Outros resultados abrangentes 23 21 2
Efeito líquido da operação descontinuada do período - (1) 1
Saldo em 31 de março de 2013 (não auditado) 4.250 3.504 746
Saldo em 31 de dezembro de 2013 4.523 3.228 1.295
Efeitos no resultado (28) 33 (61)
Ajustes acumulados de conversão 186 (60) 246
Outros resultados abrangentes 9 9 -
Saldo em 31 de março de 2014 (não auditado) 4.690 3.210 1.480
Os ativos diferidos decorrentes de prejuízos fiscais, bases negativas de contribuição social e diferenças temporárias são reconhecidos contabilmente, levando-se em consideração a análise dos resultados futuros, fundamentada por projeções econômico-financeiras, elaboradas com base em premissas internas e em cenários macroeconômicos, comerciais e tributários que podem sofrer alterações no futuro.
Os tributos sobre o lucro no Brasil compreende o imposto sobre a renda e contribuição social sobre o lucro. A alíquota estatutária aplicável nos períodos apresentados é de 34%. Em outros países onde temos operações, estamos sujeitos a várias taxas dependendo da jurisdição.
O total de tributos sobre o lucro demonstrado no resultado do período está reconciliado com as alíquotas estabelecidas pela legislação, como segue:
Períodos de três meses findos em (não auditado)
31 de março de 2014 31 de março de 2013
Lucro antes dos tributos sobre o lucro 3.365 4.035
Tributos sobre o lucro às alíquotas da legislação - 34% (1.144) (1.372)
Ajustes que afetaram o cálculo dos tributos:
Tributos sobre o lucro de juros sobre o capital próprio 279 314
Incentivos fiscais 133 130
Resultados de empresas no exterior tributadas a alíquotas diferentes às da controladora (282) 80
Resultado de participações societárias 66 58
Constituição/ reversão para prejuízos fiscais 7 (32)
Outros (48) (105)
Tributos sobre o lucro no resultado do período (989) (927)