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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS RIO CLARO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA MOTRICIDADE

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA MOTRICIDADE

(ÁREA DE BIODINÂMICA DA MOTRICIDADE HUMANA)

PERCEPÇÃO DO AMBIENTE COMUNITÁRIO E A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA EM ADULTOS RESIDENTES EM RIO CLARO -

SP

INAIAN PIGNATTI TEIXEIRA

Março - 2012

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA MOTR ICIDADE

(ÁREA DE BIODINÂMICA DA MOTRICIDADE HUMANA)

PERCEPÇÃO DO AMBIENTE COMUNITÁRIO E A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA EM ADULTOS RESIDENTES EM RIO CLARO -

SP

INAIAN PIGNATTI TEIXEIRA

Orientador: EDUARDO KOKUBUN

Dissertação apresentada ao Instituto de Biociências do Câmpus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Ciências da Motricidade.

Março - 2012

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO

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i

(...) os olhos ficam tão acostumados aos textos científicos e aos laboratórios que acabam por se tornar incapazes de ler literatura e de ver o mundo real. ALVES (2003)

(4)

ii

Dedico esse trabalho a todos que passaram, mesmo que de maneira singela, por toda minha trajetória escolar e acadêmica.

(5)

iii

AGRADECIMENTOS

De acordo com o livro Outliers, o sucesso não é definido apenas pelo

puro e simples “trabalho duro”. Também devemos considerar algumas

doses de oportunidade, de mérito individual, cultura, hábitos e até a sorte

têm peso considerável nessa equação. Dessa forma, não posso deixar de

agradecer a todos que passaram em minha vida ao longo desses 26 anos e,

que de alguma forma, me ajudaram chegar onde estou hoje.

Em ordem cronológica, gostaria de agradecer aos meus pais (Izabel e

Marco Antônio), que ao longo de toda minha vida me ensinaram a ter

responsabilidades e a não me contentar com o básico. Com eles também

tive meus primeiros aprendizados e sempre foram, e continuam sendo meus

grandes amigos. Obrigado por serem meu porto seguro sempre e por me

apoiarem em todas e quaisquer opções de caminho de minha vida (por mais

malucos que sejam), isso me deu confiança para alavancar voos cada vez

maiores. A eles também atribuo e agradeço por todo meu processo

educacional, onde nunca mediram esforços para me fornecer o que tinha de

melhor na época. Agradeço também a Eliane, que por inúmeras vezes

tentou colocar na minha cabeça que era importante estudar em doses

homeopáticas (pelo menos 2 “horinhas” por dia). Hoje vejo a importância

disso! Agradeço também à todos os meus irmãos (Tatiana, Isis, Luiz Paulo

e Izabella) que me tem como exemplo nos estudos e mesmo de longe me

deram força para terminar o mestrado.

Gostaria de agradecer também à todos que passaram por minha

trajetória escolar (amigos e professores), realmente grande parte da minha

alegria em ir à escola era por vocês. Gostaria de dar destaque aos meus

professores de Educação Física (Janderson, Chico e Kleber) que me

inspiraram a seguir essa profissão e ao meu multi-professor de português,

(6)

iv

redação, espanhol e literatura e posteriormente colega de trabalho – Luiz

Antônio que me fez ver a alegria que é ser professor.

Além dos professores do ensino fundamental e médio, meus

professores da graduação (UFU) me deram muita força para chegar até

aqui. Principalmente o professor “Montanha” que um dia, no 2º ano de

faculdade, me disse que eu nunca formaria, ou melhor, formaria só quando

ele aposentasse e em virtude disso, me exigia mais que à todos em suas

aulas. Consegui superar a disciplina dele e fui mais além....fiz a

especialização cuja coordenação e maior parte das aulas era com ele e hoje

em dia este mesmo professor me cita como exemplo nas aulas de despedida

das turmas da FAEFI. Tomei juízo professor!

Agradeço também a Iane, que me acompanhou por quase toda minha

graduação e mestrado sendo uma grande incentivadora para que eu viesse

para Rio Claro e continuasse com meus estudos. Já em Rio Claro conheci

pessoas incríveis que me ajudaram muito em toda essa trajetória. Obrigado

a todos os amigos que fiz no time de Hand (onde descontava parte do stress

do mestrado) e ao pessoal do NAFES que me acolheu super bem. Gostaria

de agradecer especialmente a todos meus “irmãos” do Núcleo de Atividade

Física, Esporte e Saúde - NAFES (Paps, Valda, Vivi, Grace, Pilla e Pri) que

por inúmeras vezes nos ajudamos e nos apoiamos em todas as dificuldades

juntos.

Ainda com relação aos irmãos do NAFES, gostaria de agradecer em

especial a Priscila, que me acompanhou e me ajudou com esse trabalho

desde os primeiros rabiscos até o dia dessa versão final. Obrigado também

por estar ao meu lado nesses últimos meses me dando força para encarar

diversos desafios. E como diria o grande “Bruninho” “…You can count on

(7)

v

E não podia ficar de fora o “pai” de todo o NAFES – Prof. Dr.

Eduardo Kokubun. Obrigado por acreditar em mim e me dar todas as

condições para eu me desenvolver como aluno e como pesquisador. Hoje

entendo que mais que uma simples resposta o orientador deve responder

com inúmeras perguntas e, caso necessário, indicar os caminhos das

respostas. Obrigado por confiar em mim e no meu trabalho.

Por fim, gostaria de agradecer ao Ministério da Saúde pelo

financiamento do projeto de pesquisa e também ao Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES), por fornecer

minha bolsa de mestrado por 18 e 6 meses, respectivamente.

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vi

RESUMO

Introdução: Diversos estudos vêm demonstrando que não somente os fatores

intrapessoais afetam a prática de atividade física, mas também os fatores ambientais como características e acesso a locais do ambiente construído, políticas públicas, ambiente da informação, ambiente natural, ambiente social e cultural. Adicionalmente, a forma com a qual o sujeito percebe o ambiente também é importante para modular o comportamento para a atividade física. Objetivo: Analisar a associação da percepção do ambiente comunitário com a prática de atividade física (AF) nos domínios transporte e lazer em adultos residentes na cidade de Rio Claro, SP. Métodos: Participaram deste estudo 470 adultos (45,7±17,8 anos) residentes na cidade de Rio Claro – SP que responderam o Questionário Internacional de Atividades Físicas em sua versão longa e uma versão adaptada da Escala de Mobilidade Ativa no Ambiente Comunitário que foi utilizada para investigar a percepção do ambiente construído e social. Para as análises dos dados, a atividade física total foi divida em: atingir ou não as recomendações de AF, e para os demais desfechos em ativos (≥10 min/sem) e inativos (<10 min/sem). A Regressão logística binária foi realizada através do programa SPSS 17.0 com significância de p<0,05. Resultados: A proporção de sujeitos ativos variou de 20,6% (AF de caminhada no lazer) a 58,9% (caminhada no transporte) sendo que 46,2% atingiam as recomendações de AF. A única variável do ambiente percebido associada como a prática de caminhada no transporte foi a presença de faixas de pedestres. Para a caminhada no lazer foram: passear com cachorro e convite de amigos/vizinhos para a prática de atividade física (PAF). Para o ciclismo no domínio transporte foi somente a sensação de segurança durante o dia. Já no ciclismo no domínio lazer, as variáveis associadas foram: sensação de segurança durante o dia e convite de amigos/vizinhos para a PAF. Para atividade física total no domínio lazer foram: passear com cachorro, presença de campo de futebol e praça próximo de casa (<10min de caminhada). Por fim, atingir a recomendação de atividade física foi associado com passear com cachorro, sensação de segurança durante o dia e convite de amigos/vizinhos para a PAF.

Conclusão: Existe uma associação entre a percepção do ambiente comunitário e a PAF,

porém a relação entre elas ocorre de maneiras distintas dependendo do tipo atividade física avaliada.

(9)

vii

ABSTRACT

Introduction: Several studies have been shown that not only intrapersonal factors

interfere with the practice of Physical Activity (PA), but also environmental factors such as the access to the places and their characteristics, public policies, information environment; natural, social and cultural environments. Furthermore, the way people perceive the environment is also important to explain the motivation for PA. Objective: Evaluate the relation between the perception of neighborhood environment with the practice of different types of PA in the transportation and leisure domains in residents of the city of Rio Claro, São Paulo State. Methodology: 470 adults (aged 45.7±17.8) participated in this study and answered the International Physical Activity Questionnaire and the adapted version of Neighborhood Environment Walkability Scale which were used to assess the perception of neighborhood environment. As for the data analysis, total physical activity was divided into to follow or not PA recommendations; as for the other outcomes, into active (≥10 min/week) and inactive (<10 min/week). The Logistic Regression was carried out using the SPSS 17.0 program with significance of p<0.05. Results: The active people rate ranged from 20,6% (walking as leisure) to 58.9% (walking as a means of transportation) and 46,2% following the recommendation on PA. The only variable associated with walking as transportation was existence of zebras for pedestrians. Related to walking as leisure, the variables were: walking the dog and invitation from friends/neighbors to practice physical activity (PAP). Related to cycling as transportation, the variable was only the feeling of safety during the day. Related to cycling as leisure, the associated variables were: the feeling of safety during the day and invitation from friends /neighbors to PAP. Related to total PA as leisure the variables were: walking the dog, presence of a soccer field, park near home (<10min of walking). Finally, following the recommendation on PA was associated with walking the dog, feeling of safety during the day and invitation from friends/neighbors to PAP.

Conclusion: There is an association between the perception neighborhood environment

and PAP, but this relation occurs in different ways depending on the type of PA surveyed.

(10)

viii

LISTAS DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1- Tradução e adaptação do modelo ecológico dos quatro domínios de

atividade física proposto por SALLIS et al., (2006) ...21

FIGURA 2- Mapa do município de Rio Claro com ilustração dos setores selecionados

para o sorteio das residências...46

FIGURA 3- Modelo da tabela utilizada para o sorteio do sujeito segundo o critério

estabelecido por Kish (1949)...47

FIGURA 4- Descrição dos domicílios abordados, pessoas entrevistadas, não

(11)

ix

LISTAS DE TABELAS

TABELA 1. Risco relativo do efeito da inatividade física na chance de desenvolvimento

de doenças. ... 17

TABELA 2. Síntese de artigos científicos publicados de 1989 a 2012, que avaliaram a

associação entre a percepção do ambiente comunitário e social com a prática de atividade física nos domínios lazer e transporte em adultos. .... 24

TABELA 3. Características sociodemográficas da amostra separada por sexo. ... 57 TABELA 4. Prevalência de adultos que praticam diferentes tipos de atividade física

separado por sexo. ... 58

TABELA 5. Tempo de atividade física em cada um dos oito tipos de atividade física

separados por sexo. ... 59

TABELA 6. regressão logística binária dos desfechos de atividade física tendo como

variável independente idade, sexo e classe econômica ...60

TABELA 7. Análise descritiva das variáveis do ambiente percebido separadas por sexo.

... 62

TABELA 8. Análise descritiva da presença de estruturas nas proximidades dos

domicílios de Rio Claro – SP ... 64

TABELA 9. Análise descritiva dos escores ambientais nas proximidades dos domicílios

de Rio Claro – SP ... 66

TABELA 10. Modelo de regressão logística bruta e ajustada tendo como variável

dependente a prática de pelo menos 10 minutos de ciclismo no domínio transporte... 68

TABELA 11. Modelo de regressão logística bruta e ajustada tendo como variável

dependente a prática de pelo menos 10 minutos de caminhada no domínio transporte... 69

TABELA 12. Modelo de regressão logística bruta e ajustada tendo como variável

dependente a prática de pelo menos 10 minutos de ciclismo no domínio lazer. ... 70

TABELA 13. Modelo de regressão logística bruta e ajustada tendo como variável

dependente a prática de pelo menos 10 minutos de caminhada no domínio lazer. ... 71

TABELA 14. Modelo de regressão logística bruta e ajustada tendo como variável

dependente a prática de pelo menos 10 minutos de atividade no domínio lazer. ... 73

TABELA 15. Modelo de regressão logística bruta e ajustada tendo como variável

dependente a prática de pelo menos 10 minutos de atividade total (lazer + transporte). ... 75

(12)

x LISTA DE QUADROS

QUADRO 1- Síntese dos resultados das relações entre as variáveis do ambiente

(13)

SUMÁRIO

RESUMO ...vi

ABSTRACT ...vii

LISTAS DE ILUSTRAÇÕES ... viii

LISTAS DE TABELAS ...ix

LISTAS DE QUADROS ... x 1. INTRODUÇÃO ... 13 2. OBJETIVOS ... 15 2.1 Geral ... 15 2.2 Específicos ... 15 3. REVISÃO DA LITERATURA ... 16

3.1 Atividade física e saúde ... 16

3.1.1 Doenças cardiovasculares ... 17

3.1.2 Sobrepeso e obesidade ... 17

3.1.3 Diabetes Mellitus ... 18

3.1.4 Câncer ... 19

3.2 O ambiente e sua relação com a prática de atividade física ... 20

3.2.1 Acesso a pontos comerciais, serviços e infraestrutura para prática de atividade física ... 33

3.2.2 Segurança no trânsito e geral e atividade física... 36

3.2.3 Apoio social e atividade física ... 39

3.2.4 Relações entre relevo, áreas verdes, estética e atividade física ... 40

4. MÉTODOS ... 43

4.1 Questões de ética ... 43

4.2 Tipo de estudo ... 43

4.3 População e amostra ... 43

4.4 Cálculo da amostra ... 44

4.5 Critérios de inclusão e exclusão ... 44

4.6 Sorteio dos setores censitários, dos domicílios e dos sujeitos... 45

4.7 Coleta de dados ... 45

4.8 Instrumentos para coleta de dados... 48

4.8.1 Avaliação da atividade física ... 48

4.8.2 Escala de percepção do ambiente ... 48

(14)

4.10 Tratamento dos dados ... 50

4.10.1 Variáveis dependentes ... 50

4.10.2 Variáveis independentes ... 51

4.10.2.1 Questões dicotômicas ... 51

4.10.2.2 Questões politômicas ... 51

4.10.2.3 Escores gerados a partir das questões individuais ... 52

4.11 Análises estatísticas ... 53

4.11.1 Modelos de análises (variáveis independentes) ... 53

4.11.2 Variáveis de controle ... 55 5. RESULTADOS ... 56 6. DISCUSSÃO...77 7. LIMITAÇÕES DO ESTUDO...91 8. CONCLUSÃO...92 9. BIBLIOGRAFIA...93 10. ANEXOS...105

ANEXO I – Protocolo de aprovação do Comitê de Ética...106

ANEXO II- Questionário de avaliação da atividade física, percepção do ambiente, estilo de vida e composição corporal...107

(15)

13

1. INTRODUÇÃO

A atividade física é definida como qualquer movimento corporal produzido pela musculatura esquelética, portanto voluntário, que resulte num gasto energético acima dos níveis de repouso (CASPERSEN et al., 1985). Ela pode se manifestar de diversas maneiras, seja na forma de exercício físico que é uma atividade orientada que segue alguns princípios científicos como volume, duração, intensidade e tipo de exercício ou através das atividades da vida diária como varrer a casa, dançar, andar até um supermercado entre outras atividades.

Atualmente, para a promoção e manutenção da saúde em adultos recomenda-se que se realize pelo menos 150 minutos por semana de atividade física aeróbia de intensidade moderada ou 75 minutos semanais de atividade aeróbia vigorosa ou ainda a combinação equivalente de atividades físicas moderadas e vigorosas. Além disso, recomenda-se que todo adulto realize exercícios de força e alongamento por pelo menos duas vezes semanais. Tais atividades físicas podem ocorrer de forma contínua ou acumulada, assim pequenas atividades realizadas no decorrer do dia podem ser somadas a fim de atingir as recomendações (GARBER et al., 2011).

Dentre os principais benefícios provocados pela prática de atividade física estão a redução do risco de morbidade e mortalidade por doenças cardiovasculares, tromboembólicas, acidente vascular cerebral (AVC), Diabetes Mellitus tipo II, câncer de cólon e de mama, hipertensão arterial, osteoporose, risco de queda, obesidade, depressão, ansiedade e estresse (KESANIEMI et al. 2001; HASKELL et al. 2007).

Considerando que a atividade física pode ser uma ferramenta de promoção à saúde é necessário entender quais fatores influenciam a prática da mesma. Nesse sentido, Sallis e colaboradores (SALLIS et al., 2006) sintetizaram os principais achados e conceitos do campo da saúde, comportamento, transporte e planejamento urbano, estudos de políticas, economia e ciência do lazer e estruturaram o modelo ecológico para a atividade física. Neste modelo os autores propõem que não somente os fatores intrapessoais afetam a prática de atividade física, mas que os fatores ambientais como, acesso e características do ambiente, políticas, ambiente da informação, ambiente natural, ambiente social e cultural e a forma com que o sujeito percebe o ambiente também são importantes para explicar o comportamento para a atividade física. Vale ressaltar que todos esses fatores ambientais citados anteriormente podem se relacionar entre si, ou seja, caraterísticas tanto individuais como do bairro onde o sujeito vive

(16)

14

podem ser determinantes importantes de como o ambiente físico e social é percebido e como isso afeta a atividade física.

Diante desta perspectiva da interação do ambiente com a atividade física, diversas pesquisas têm sido elaboradas no sentido de analisar as relações entre a atividade física com os ambientes, tanto construído quanto percebido. Características como uso do solo, estética, relevo, clima, segurança, acessibilidade, trânsito vem sendo frequentemente avaliadas nesse tipo de estudo e, por ser uma área muito recente, ainda não há um consenso sobre a real influência das mesmas na prática de atividade física. Além disso, a percepção do ambiente pode influenciar de maneiras distintas os diferentes tipos de atividade física (WENDEL-VOS et al., 2007) e ainda ser influenciada por características específicas do local onde essas pessoas vivem, como por exemplo o tamanho da cidade e a cultura local.

Considerando que a questão cultural é importante para entender a relação do ambiente com a atividade física, para a intervenção nesse ambiente é importante embasar-se em estudos realizados com culturas similares. No Brasil, esse tipo de estudo só foi realizado, até o presente momento, em grandes centros urbanos e capitais como Curitiba, Recife, Florianópolis e São Paulo sendo necessário entender se esses achados refletem também a realidade de um município de porte médio como Rio Claro.

Perante a estes fatos, essa pesquisa foi conduzida a fim de verificar como a percepção do ambiente comunitário associa-se com diferentes domínios (lazer e transporte) e tipos (caminhada e uso de bicicleta) de atividades físicas em adultos residentes no município de Rio Claro – SP. Tais informações são essenciais para o desenvolvimento de políticas públicas efetivas e impactantes voltadas para a intervenção nos ambientes físico e social das cidades, visando assim promover a atividade física de uma forma geral ou em domínios específicos como transporte e lazer.

(17)

15

2. OBJETIVOS 2.1 Geral

• Analisar a associação da prática de atividade física nos domínios transporte e lazer com a percepção do ambiente comunitário em adultos residentes na cidade de Rio Claro, SP.

2.2 Específicos

• Analisar a associação da percepção do ambiente com a prática de no mínimo 10 minutos por semana de caminhada, uso de bicicleta e atividade total no domínio lazer em adultos residentes na cidade de Rio Claro, SP;

• Analisar a associação da percepção do ambiente com a prática de no mínimo 10 minutos por semana de caminhada ou uso de bicicleta como forma de transporte/deslocamento em adultos residentes na cidade de Rio Claro, SP.

A partir dos objetivos acima, as seguintes hipóteses serão testadas:

• As pessoas que percebem o ambiente de uma forma mais favorável apresentam maiores chances de atingir as recomendações de atividade física total;

• Diferentes aspectos do ambiente percebido afetam diferentemente os grupos de atividade física, como:

o Caminhada como meio de transporte; o Uso de bicicleta como meio de transporte; o Caminhada no lazer;

o Uso de bicicleta no lazer; o Atividade física total no lazer.

(18)

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3. REVISÃO DA LITERATURA

3.1 Atividade física e saúde

Considerando a atividade física como qualquer movimento corporal que resulte num gasto energético acima dos níveis de repouso, podemos encontra-la sob diferentes formas e/ou manifestações. No entanto, deve-se considerar a influência da frequência, intensidade, duração e do tipo de atividade praticada. É possível encontrar uma gama de modalidades de atividades físicas que vão desde o exercício, que é a forma estruturada e com finalidade definida de atividade física, até aquelas atividades realizadas no cotidiano ou atividades da vida diária. Vale enfatizar que, independente de ser estruturada ou não, a atividade física vem ganhando espaço no campo da saúde e mostrando ser uma boa ferramenta para promoção e manutenção da saúde.

De acordo com o American College of Sports Medicine (GARBER et al., 2011), para promoção e manutenção da saúde em adultos são necessários 150 minutos por semana de atividade física aeróbia de intensidade moderada ou 75 minutos semanais de atividade aeróbia vigorosa ou ainda a combinação equivalente de atividades físicas moderadas e vigorosas. Além disso, recomenda-se que todo adulto realize exercícios de força no mínimo duas vezes semanais. Tais exercícios podem ocorrer de forma contínua ou acumulada, assim pequenas atividades realizadas no decorrer do dia podem ser somadas a fim de atingir as recomendações.

A prática regular de atividade física tem sido reconhecida como um componente importante de um estilo de vida saudável, e consequentemente, sido associado com um aumento na expectativa de vida e diminuição de fatores de risco para um grande número de doenças crônico-degenerativas.

Segundo Kesaniemi et al. (2001) e Haskell et al. (2007), a atividade física reduz o risco de mortalidade e morbidade por doenças cardiovasculares, tromboembólicas, acidente vascular cerebral (AVC), Diabetes Mellitus tipo II, câncer de cólon e de mama, hipertensão arterial, osteoporose, risco de queda, obesidade, depressão, ansiedade e estresse.

Em um estudo de metanálise realizado no Canadá foram estimados os custos diretos e indiretos na área da saúde provocados pela inatividade física. A Tabela 1 apresenta o risco relativo do efeito da inatividade física no risco de desenvolvimento de 7 doenças comuns do século XXI (KATZMARZYK; JANSSEN, 2004).

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17

Tabela 1 - Risco relativo do efeito da inatividade física na chance de desenvolvimento

de doenças.

Doença Risco Relativo Intervalo de Confiança (95%)

Hipertensão Arterial 1,30 1,16 - 1,46 Câncer de mama 1,31 1,23 – 1,38 Câncer de cólon 1,41 1,31 – 1,53 Doença Arterial Coronariana 1,45 1,38 – 1,54 Diabetes Mellitus tipo II 1,50 1,37 – 1,63

Osteoporose 1,59 1,40 – 1,80

Infarto Agudo do Miocárdio 1,60 1,42 – 1,80

Adaptado de Katzmarzyk & Janssen (2004).

3.1.1 Doenças cardiovasculares

Doenças cardiovasculares é o nome dado a um grupo de doenças que afetam o coração e/ou vasos. No Brasil, é a principal causa de morte e representaram 31,9% dos óbitos no ano de 2009 (BRASIL, 2011). Existem fortes evidências indicando grandes benefícios da atividade física na redução do risco de doenças cardiovasculares (BERLIN; COLDITZ, 1990; PHYSICAL ACTIVITY GUIDELINES ADVISORY COMMITTEE, 2008; POWELL et al., 1987). Pessoas inativas têm 1,6 vezes mais chance de desenvolver infarto agudo do miocárdio quando comparado com pessoas ativas. Além de ajudar na prevenção de infarto (WANNAMETHEE; SHAPER, 1999), a atividade física atua no controle de fatores associados como a hipertensão e hipercolesterolemia (HARDMAN; STENSEL, 2003).

No mesmo estudo citado anteriormente, Katzmarzyk & Janssen (2004) os autores atribuíram à inatividade física como principal responsável por 19% das doença arteriais coronarianas e 24% dos infartos.

3.1.2 Sobrepeso e obesidade

A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal a níveis que comprometam a saúde. Também pode ser definida por um acúmulo excessivo de massa corporal em relação à massa magra (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1998). O

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18

índice de massa corporal (IMC) é comumente utilizado para verificar se a pessoa está no peso ideal. Por ser de fácil aplicação e pode ser realizado em um grande número de pessoas em um curto espaço de tempo. De acordo com este índice, a pessoa é classificada como obesa quando apresenta um IMC maior ou igual a 30 kilogramas/metro².

O excesso de peso traz diversos efeitos adversos à saúde, como a resistência à insulina e diabetes mellitus tipo II, o aumento de risco de osteoartrite e o câncer de mama após a menopausa (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1998). Além disso, a obesidade está associada à osteoporose, asma e principalmente com doenças cardiovasculares (DÂMASO, 2003).

A atividade física é tida como uma ferramenta importante para a manutenção e/ou redução do peso corporal a fim de atingir valores saudáveis. De acordo com o U.S. Department of Health and Human Services (2008), para a redução do peso corporal são necessários pelo menos 300 minutos semanais de atividade física moderada podendo ser divididas em blocos de 10 minutos. Além disso, a redução do consumo calórico pode potencializar este processo de emagrecimento. Estratégias para promover um estilo de vida ativo são de grande importância. Atitudes como utilizar escadas ao invés de elevadores e escadas rolantes e o uso de transportes ativos (bicicleta e caminhada) em substituição aos automóveis podem contribuir significativamente com o dispêndio energético total no fim do dia.

3.1.3 Diabetes Mellitus

A Diabetes é caracterizada por uma elevação crônica na glicemia (açúcar no sangue). A hiperglicemia crônica pode causar várias complicações advindas de alterações funcionais, estruturais e metabólicas em diferentes órgãos (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2010). Dentre as principais complicações da diabetes estão: doenças cardiovasculares, retinopatia diabética, nefropatia diabética, neuropatia diabética (incluindo histórico de lesões no pé – pé diabético), doenças cerebrovasculares, problemas psicossociais e dentários (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2010).

As principais formas de diabetes são Diabetes tipo 1 (insulino dependente) que origina-se da destruição das células beta pancreáticas, responsáveis pela produção de insulina, por uma ação auto-imune, e a Diabetes tipo 2 (não insulino dependente) causada por uma resistência das células alvo à insulina. (AIRES, 2008).

(21)

19

Estudos randomizados demonstraram que a atividade física pode prevenir a progressão anormal da tolerância à glicose prevenindo o acometimento do Diabetes Tipo 2 (IVY; ZDEIC; FOGT, 1999; PHYSICAL ACTIVITY GUIDELINES ADVISORY COMMITTEE, 2008). Além disso, pessoas fisicamente inativas tem 1,5 vezes mais chances de desenvolverem a doença (KATZMARZYK; JANSSEN, 2004). No entanto, quando engajados em uma atividade física regular podem reduzir em 44% as chances, independentes de reduzirem o peso corporal (HAMMAN et al., 2006) e quando praticam atividade física regular aliada com uma redução no peso essa redução no risco sobe para 58% (KNOWLER et al., 2002).

3.1.4 Câncer

O câncer é caracterizado por um crescimento desregulado e acelerado das células. Esse crescimento faz com que as células invadam os tecidos adjacentes podendo espalhar-se (metástase) para outras partes do corpo (CENTER FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 2009).

Em níveis mundiais, a maior incidência de câncer em homens localiza-se na próstata (62,0/100mil), pulmões (47,4/100mil), cólon (37,6), estômago (16,7) e bexiga (16,6). Para as mulheres o tipo mais comum é o câncer de mama (66,4) seguido por cólon (24,2) e pulmão (18,6) (JEMAL et al., 2011). Em 2008 o câncer foi a segunda maior causa de morte por doença no Brasil (18,3%), ficando atrás somente das doenças cardiovasculares (33,0%) (BRASIL, 2010).

A atividade física regular reduz o risco de câncer em ambos os sexos (THUNE; FURBERG, 2001). No cólon, essa redução pode chegar a até 30% (PHYSICAL ACTIVITY GUIDELINES ADVISORY COMMITTEE, 2008). Dentre os mecanismos envolvidos nessa proteção pode-se destacar o efeito da atividade física nos hormônios, fatores de crescimento, peso corporal e função imune (NA; OLIYNYK, 2011). Estudos envolvendo a associação da atividade física com o câncer de mama e cólon já estão bem descritos e suportam o efeito protetor da atividade física, porém a relação entre a atividade física e câncer em outros locais ainda precisam de evidências mais concretas (FRIEDENREICH; ORENSTEIN, 2002).

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3.2 O ambiente e sua relação com a prática de atividade física

Diante da imensa literatura sobre os benefícios da atividade física para a saúde, surge a necessidade de compreender os fatores que influenciam a prática de atividade física (WENDEL-VOS et al, 2004b). Entender esses fatores é importante para o desenvolvimento de estratégias no âmbito da prevenção primária (SALLIS; PATRICK, 1994), com o objetivo de desenvolver políticas públicas relevantes e intervenções eficazes, atuando sobre os fatores de influência do comportamento da atividade física, que são susceptíveis de serem alterados (HUMPEL et al, 2002).

No intuito de verificar e compreender as variáveis mais importantes para a atividade física, diversos modelos teóricos tem sido formulados. Basicamente essas variáveis podem ser agrupadas nas esferas sociais, psicológicas ou ambientais, apresentando um maior ou menor destaque de acordo com o modelo (SALLIS; OWEN; FISHER, 2008). Para Hultsman (1999) existem quatro fatores associados ao envolvimento com a atividade física: demográficos; individuais; interpessoais e ambientais.

A influência do ambiente sobre o comportamento tem sido estudada a partir de modelos ecológicos, que procuram entender tanto a forma com que o ambiente afeta o comportamento como quanto o ambiente é afetado pelo comportamento.

Para criação do modelo ecológico, Sallis e colaboradores (SALLIS et al., 2006) sintetizaram os achados e conceitos do campo da saúde, comportamento, transporte e planejamento urbano, estudos de políticas e economia e ciência do lazer (Figura 1). O modelo é estruturado em forma de camadas para representar os múltiplos níveis de influência sendo estruturado ao redor dos quatro domínios de atividade física (doméstico, trabalho, transporte e lazer). Estudos baseados no modelo ecológico tem aberto um novo campo de pesquisa, que busca entender como os atributos ambientais afetam a saúde e o comportamento.

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21 Fi gur a 1 - T rad u ç ã o e a da pta ç ão do m od el o e c ol ó gi c o d o s q ua tr o do m íni os de ati v idade f ís ic a pr o po s to p o r Sa lli s e t al ., (20 06 )

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A razão de se utilizar os modelos ecológicos para análise do comportamento associado à saúde é apoiada pelo fato de que o comportamento ocorre em locais distintos e com características diferentes. (SALLIS; OWEN; FISHER, 2008).

Esse tipo de modelo conceitual para explicar a influência de fatores ambientais sobre a atividade física é útil para dar suporte à atividade física como estratégia de promoção de saúde no campo da saúde pública. A partir disto pode-se traçar e avaliar diferentes tipos de estratégias para promover a atividade física na população em geral.

Apesar disso, ainda não se sabe ao certo a real influência da arquitetura urbana, crescimento populacional, sistema de transporte, segurança e outras características da cidade sob a prática de atividade física.

Em virtude do ambiente ser um atributo complexo, é necessário que se considere suas diversas dimensões. Segundo Sallis, Owen & Fisher, 2008, o ambiente poder ser classificado como social ou físico. O ambiente físico ainda pode ser divido em natural (clima, relevo, áreas verdes) e construído (espaços e objetos criados ou alterados pelo homem). Outra forma de se classificar o ambiente é quanto a forma como ele é visto, podendo ser de forma objetiva, como ele realmente é, ou percebida, como as pessoas o percebem.

Esses ambientes podem, de forma indireta, atuar sobre a saúde como sendo um agente estressor, um local de risco ou seguro, uma barreira ou facilitador de comportamentos saudáveis (STOKOLS, 1996).

A compreensão da dinâmica entre a existência, a utilização e o interesse da população em determinados espaços para realização de atividades físicas no tempo livre, pode ser o ponto de partida para a formulação de propostas no âmbito das políticas públicas em prol da saúde da população.

Pesquisas publicadas principalmente a partir da década de 90 começaram a estudar variáveis mais relacionadas ao contexto onde as pessoas vivem e mostraram que variáveis associadas ao ambiente também são importantes para explicar a prática de atividades físicas. Fatores como a densidade de comércios próximos às residências, presença de calçadas e ciclovias, bem como o estado de preservação das mesmas, criminalidade, estética, poluição e locais apropriados estão associados com a prática de atividade física.

A Tabela 2 apresenta uma síntese de teses e artigos científicos publicados entre os anos de 1989 a 2012, que avaliaram a associação entre a percepção do ambiente comunitário e social com a prática de atividade física nos domínios lazer e transporte em adultos residentes na área urbana. Tais trabalhos mostraram uma associação substancial entre a percepção do

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ambiente e atividade física e alguns destes serão abordados com mais detalhes nos itens 3.2.1 ao 3.2.4.

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24 Ta b el a 2 . S ín te se d e arti g o s c ien tífi co s p u b li ca d o s d e 1 9 8 9 a 2 0 1 2 , q u e a v al ia ram a as so ci aç ão en tre a p erce p çã o d o a m b ie n te c o m u n itári o e so ci a l co m a p rátic a d e ativ id ad e f ís ic a n o s d o m ín io s laz er e tran sp o rte em a d u lto s . R efe rên ci a n / i dade / n ero Vari áv el am bien ta l Es cal a A tiv ida de fí sica com por tam en tal (pri n ci pal v ari áv el de de sfe ch o) Aj us te estat ís ti co Associ a ção sign ifica ti v a com a pri n ci pal v a ri áv el de de sfe ch o (H O V ELL e t al ., 1989) n= 2053 ≥ 1 8 an o s H+ M E q u ip a m e n to s em cas a, n ú m e ro d e in st alaç õ es p er ceb id as n o b ai rr o . F re q uê nc ia Ca m in h ad a c o m o f o rm a d e ex e rcício I, S , E O a m b ien te d o b a ir ro tev e u m a f raca as so ciaçã o co m ca m inha d a. (J AK IC IC e t al ., 1997) n= 194 27 a 45 A nos H+ M Qua l o ti po d e e qui pa m ent o pa ra e xe rc íc io, e spor te e r e cr eação v o cê te m e m ca sa ? ( 1 4 tip o s) . P res en te o u au se n te Ca m in h ad a / es cad a / a ti vid ad e d e recr eaçã o e es p o rte ( v ig o ro sa / m o d er ad a / le ve / to ta l) I, N N ú m e ro d e e q u ip a m en to s e m cas a f o i as so ciad o co m ativ id ad e v ig o ros a, m o de ra da e to ta l. (C E N T E R F O R DI S E A S E CO N T RO L A N D P R E V EN TI O N , 1999) n= 12 767 ≥ 1 8 an o s H+ M Q u ão s e g u ro d o cr im e é s eu b air ro ? Li k er t 1 -4 Ca m inh ada / ativ idade m o der ada / at ivi d ad e vi gor o sa ( at ivo / i na ti vo) / C a m in h ad a c o m o fo rm a d e ex e rcício E, E T Bair ro s i n se g u ro s s ã o as so ciad o s co m a i n at iv id ad e fí si ca . (B OO T H e t al ., 200 0) n= 2374 ≥ 6 0 an o s H+ M Voc ê t em a lgu m e qui pa m ent o d e e xe rc íc io e m cas a ( b ici cleta er g o m étr ic a, p is cin a, v ídeo de ex er cí ci o s) ? V o cê s e s en te s eg u ro ca m in h an d o d u ran te o d ia? As c al ç ad as s ão se gu ra s pa ra s e c a m inha r? V o cê t em ace ss o às i n st al aç õ es q u e p o d e m ser u ti li zad a s p ar a a ti vid ad e s? ( Á rea d e r ecr ea ção , cic lo v ia, cam p o d e g o lf e, aca d em ia, p ar q u es ) Si m / n ão A ti v id ad e v ig o ro sa: Ca m in h ad a co m o f o rm a d e ex er cíc io , lazer o u recr eaçã o A tiv id ad e m o de ra da I, S Calç ad as s eg u ra s p ar a ca m in h ar e f ac ili d ad e d e aces so a lo ca is ap ro p riad o s s ão as so ci ad o s co m s er ati v o . (K IN G e t al ., 2 000) n= 2912 > 4 0 an o s So me n te m u lh er es C al ça da , tr áf ego i nt ens o, re le vo, il u m ina çã o d a ru a, p re sen ça d e ca ch o rr o e m cas a, p ai sag e m ag ra v áv el, a lto ín d ic e d e c rim in al id ad e , lu g ar se g u ro p ar a s e ex er citar , c lim a, s e g u ra n ça p ar a ca m inha r d u ra nt e o d ia P res en te o u au se n te e Li k er t 1 -5 A ti v id ad e v ig o ro sa e m o d er ad a (a ti vo / s ed e nt ár io ) I, E, EC , L Rele v o , p re sen ça d e cach o rr o e m cas a e p ai sa g e m ag ra d áv el as so ciad o s a s er at iv o . (W IL CO X et al ., 2000) n= 2912 > 4 0 an o s So me n te m u lh er es C al ça da , tr áf ego i nt ens o, re le vo, il u m ina çã o d a ru a, p re sen ça d e cach o rr o e m cas a, p ai sag e m ag ra v áv el , a lt o ín d ice d e cr im in al id ad e, fá ci l aces so à lo cais p ar a cam in h ad a, p is cin a d e n atação , n ece ss id a d e d e lo ca l s eg u ro p ar a p rat icar ex er cí ci o e clim a d es fav o ráv el . Li k er t 1 -5 A ti v id ad e v ig o ro sa e m o d er ad a (a ti vo / s ed e nt ár io ) I, S , E, ET , L F al ta d e p ai sag e m ag ra d áv el as so ciad a co m s er se d en tár ia em m u lh er e s d a z o n a ru ra l.

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25 T a be la 2 . ( C o n ti n u ação ) R efe rên ci a n / i dade / n ero Vari áv el am bien ta l Es cal a A tiv ida de fí sica com por tam en tal (pri n ci pal v ari áv el de de sfe ch o) Aj us te estat ís ti co Associ a ção sign ifica ti v a com a pri n ci pal v a ri áv el de de sfe ch o (S T A H L e t al ., 20 01) n= 3342 ≥ 1 8 an o s H+ M M inha á re a of er ec e m ui ta s op or tu ni d ad es pa ra s er at iv o . C lube s l oc ai s e ou tr os s u pr e m a of er ta d e op or tu ni d ad es pa ra a ti vi d ad e f ís ic a . Li k er t 1 -5 A ti v idad e to ta l ( at iv o / in ativ o ) I, S , E M a is c ie nt e de opor tu ni d ad es pa ra pr át ic a d e at ivi d ade fí si ca é as so ciad o co m s e r m ais ati v o . (T R O P E D e t a l. , 2001) n= 413 Ad ul to s H+ M C al çad a, tr ân si to p es ad o , acl iv es , p a is ag en s agr ad áve is , us o d o s ol o ( b ai rr o r es id enc ia l, co m er ci al ou m is to ), se gur a nç a d ur a nt e o d ia , d is tân ci a e acliv e p ar a ch eg ar a u m a ci cl o v ia, r u as m o v im e n ta d as p ar a ch eg ar a u m a ci cl o v ia. Li k er t 1 -5 e Si m / n ão U so / nã o u so d e c ic lovi a I, S , E G ra n d e d is tân cia as so ci ad a a m en o s u so d e ciclo v ia . A u sê n ci a d e tr ân si to n o ca m in h o as so ci ad a a m ais u so . B ai rr os r es id enc ia is a ss oc ia d o s a n ão us o d e ci cl ovi as . (B AL L e t a l. , 2 001) n= 3392 Ad ul to s H+ M B ai rr o ag ra d áv el, p res en ça d e p ar q u e o u p raia, cic lo v ia a ces sí v el , lo jas p ró x im a s d e cas a. Li k er t 1 -5 Ca m in h ad a c o m o f o rm a d e ex e rcício ( cam in h a / n ã o cam in h a) I, S , E Me n o s es té ti ca e m en o s am b ien tes c o n v en ien tes s ã o as so cia d o a n ão cam in h ar . (R U T TE N e t a l. , 2001) n= 3343 Ad ul to s H+ M Opor tu ni d ad e pa ra s er f is ic a m ent e a ti vo n o ba ir ro, lo cai s p ar a p rát ic a, Li k er t 1 -5 A ti v id ad e f ís ica to ta l I, S A m ai or pr o por çã o d e pe ss oa s qu e re la ta ra m u m a m el hor pe rc epç ã o de opor tuni d ad es fo i c ons id er ad a fi si cam e n te a ti v a. (G IL E S -C O R T I, B ; DO NA VA N , 2002) n= 1803 18 a 59 a n os H+ M P ro x im id ad e d e cam p o s d e g o lf e, acad em ia d e g in ás tica, cen tr o s d e lazer e es p o rt e, p is ci n as , qua d ra s d e tê ni s, es pa ço pú bl ic o a be rt o, pr a ia s e ri o . A lém d is so , av alio u -s e a es té ti ca , s eg u ra n ça n o tr âns it o , s egur a nç a d ur ant e o di a/ noi te e apoi o so cial . Li k er t 1 -5 e O b jetiv o A ti v id ad e fí si ca to ta l, ex er cí ci o vi gor o so, c am in ha d a c o m o tr an sp o rte e cam in h ad a n o lazer I, S A s p e ss o a s q u e p er ceb er a m d e f o rm a m ais a m e n a o tr âns it o i nt ens o e r ua s m ovi m e nt ad as no ba ir ro ond e re si d e m ti v er am m ai o re s c h an ce s d e p raticar ca m in h a d a co m o f o rm a d e tr an sp o rte . (B O U R D E A UD HU IJ et a l. 2 003) n= 521 18 a 65 a n os H+ M D e ns id ad e r es id enc ia l, pr oxi m id ad e de l oj as e co m ér cio , aces so ao p o n to d e ô n ib u s, p re sen ça e es tad o d e c o n ser v aç ão d as cal çad as e c ic lo v ias , equi pa m ent o s e m c a sa , e st éti ca d o ba ir ro, se g u ra n ça n o tr ân si to e cr im e, co n e ctiv id ad e d as ru a s, s a ti sf ação co m o b a ir ro e co m s er v iç o s. Li k er t 1 -4 T e m po s ent ad o, ca m in ha nd o, at iv id ad e f ís ica d e in te n sid ad e m o de ra da e v ig o ros a. I, S , E, EM P , IM C T e m p o d e ca m in h a d a e a tiv id ad e f ís ica m o d er ad a fo i as so cia d o com qu ali d ad e das ca lç adas e f ac ilidade d e ace ss o a lo jas e tr an sp o rt e p ú b li co . A tiv id ad e f ís ica v ig o ro sa fo i as so ciad a à p res en ça d e eq u ip a m e n to s em cas a e n ú m er o d e f ac ilid ad es d e aces so a l o ca is ad eq u ad o s. (HUS T ON e t a l. , 2003) n= 1796 ≥ 18 a n o s H+ M P res en ça d e ca lç ad as , tr ân si to p esad o , ilu m in a ção p ú b lica, c ães d e r u a , p res en ça e u ti lizaç ão d e tr il ha s no s ba ir ro s pa ra c am inha d a, c or ri d a ou b icicle ta , s eg u ra n ça e aces so a lo cai s p ar a a p rá ti c a d e at iv id ad e f ís ica . Si m / n ão A ti v id ad e f ís ica n o laze r. S, I , E T , E A ss o ci ação p o siti v a en tr e p er cep ção d e p res en ça d e p ar q u e p ró x im o d e cas a e at iv id ad e f ís ica . P e ss o as co m aces so a lo cai s p ar a a p rát ica d e at iv id ad e fí si ca (i nc lui nd o os pa rq ue s) t ive ra m m ai or e s c ha nc es d e atin g ir a r e co m en d aç ão p ar a ativ id ad e f ís ica .

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26 T a be la 2 . ( C o n ti n u ação ) R efe rên ci a n / i dade / n ero Vari áv el am bien ta l Es cal a A tiv ida de fí sica com por tam en tal (pri n ci pal v ari áv el de de sfe ch o) Aj us te estat ís ti co Associ a ção sign ifica ti v a com a pri n ci pal v a ri áv el de de sfe ch o (E VE NS ON, K. R . et a l. , 20 03) n= 671 20 a 50 a n os So me n te m u lh er es A m b ien te f ís ico , so cia l e p es so al. Categór ic a s e Si m / n ão A ti v idad e f ís ica to ta l. I, P S , N F , NS E Co n h ecer p es so a s q u e p rat icam ex er cíci o , v er p es so as se ex er c it an d o n o b air ro e ex is tê n ci a d e lo cal p ar a a p ráti ca d e at iv id ad e fí si ca fo i as so ciad o c o m a p rát ic a de p elo m e no s 10 m in u tos de a tiv id ad e fí si ca . (H U M P E L et al ., 2004) n = 399 > 40 a n os H+ M E stét ic a, aces si b il id ad e, s eg u ran ça e cl im a. E scala d e 0 a 10 C a m in h ad a ge ra l pe lo ba ir ro , ca m in h a d a co m o fo rm a d e ex e rcício , cam in h ad a c o m o l azer e ca m in h a d a co m o t ran sp o rte. I, E O s h o m e n s q u e t iv er am u m a p er cep ção m ai s p o si ti v a so b a es tética d o b air ro ( p ais a g e m ag ra d áv el , am b ien te a m ig áv e l e a tr ati v o p ar a lo co m o çã o ) f o ra m a ss o ciad o s a m aio re s ch a n ces d e r e al izar em p elo m e n o s 1 5 0 m inu to s se m a na is de c am inh ada s c o m o fo rm a de lo co m o çã o e cam in h ad as n o l azer . (B E N G O E C HE A e t al ., 2 005) n= 12069 ≥ 18 a n o s H+ M C o m ér cio p ró x im o à r es id ên cia , lo ca is p ar a u ti li zaç ão d e b iciclet a, lo ca is p ar a lazer a b ai x o cus to ou gr át is pr ó xi m o à r es id ênc ia , c ri m e, tr âns it o , ve r out ra s pe ss oa s s e e xe rc it and o, e st ét ic a d o b ai rro . Li k er t 1 -4 A ti v id ad e f ís ica n o lazer . S , I , E, N S E, L P ar a o s h o m e n s, p res en ça d e l o jas p ró x im as d e ca sa e fáci l ac es so a lo c ais p a ra p rá tica d e a tiv id a d e f ís ica fo ra m as so ciad o s p o siti v am en te co m a p rática d e ativ id ad e f ís ica . J á p ar a as m u lh er es , a q u elas q u e v ia m v ár ias p es so a s p rati can d o a ti v id ad e f ís ica n o b ai rr o ti v er am m ai o re s ch an ce s d e at in g ir a re co m e n d ação d e ativ id ad e f ís ica . O f ato d e r es id ir em u m b air ro co m coi sa s int er es sa nt es pa ra ol ha r f o i as soc ia d o c o m pe lo m enos 150 m in u tos se m a n al de a tiv id ad e f ís ic a n o lazer . (H O O K E R et al ., 2005) n= 1165 18 a 96 a n os H+ M Vol u m e d o t rá fe go d e ve íc ul os no ba ir ro, q u ali d a d e d e ilu m in ação p ú b lica, p ro b le m a s co m cães d e r u a, s eg u ra n ça em lo cai s p ú b lico s d e lazer e s eg ur a nç a ge ra l no ba ir ro. Li k er t Reco m e n d ação d e at iv id ad e f ís ica C D C 2003 . I, S , E A r ela ção d a se n sação d e s eg u ra n ça n o b a ir ro e re al iz ar 15 0 m inut o s s e m an ai s d e c am inha d a re la ci ona ra m -s e d e m a ne ir a di fe re nt e e nt re br anc o s e af ro -a m er ican o s. P ar a o s b ran co s, r es id ir em b ai rr o s cu ja p er cep ção d e s eg u ra n ç a é tid a co m o p o sit iv a ti v er am m aio re s c h a n ce s de r e al iz ar em 150 m in u tos d e cam in h ad a s e m an ais q u an d o co m p ar ad o s co m aque le s c uj a pe rc e pç ão d o ba ir ro foi d e ins e gur a nç a.

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27 T a be la 2 . ( C o n ti n u ação ) R efe rên ci a n / i dade / n ero Vari áv el am bien ta l Es cal a A tiv ida de fí sica com por tam en tal (pri n ci pal v ari áv el de de sfe ch o) Aj us te estat ís ti co Associ a ção sign if ica ti v a com a pri n ci pal v a ri áv el de de sfe ch o (H O E H N ER e t al ., 2005) n= 1068 1 8 a 9 6 an o s H+ M P res en ça d e p ar q u e s, tr ilh as , l o ca is p ar a ativ id ad e fí si ca , n ú m er o de de stin os n ão r es ide nc ia is n o b air ro , cal ça d as , tr ân si to , l ix o , se g u ra n ça d o cr im e, pi sc ina s pú bl ic as , s egu ra nç a no t râ ns it o, á rvor es n as c alçad as . Li k er t 1 -4 A ti v id ad e fí si c a n o la zer e ativ id ad e f ís ica n o t ran sp o rte. I, S , E O s ad u lt o s q u e r el atar am a ár ea ao red o r d e s u a re sidência ( 4 0 0 m e tr os ) com o ag ra dá v el, liv re d e li xos , a us ê nc ia d e vi d ros que br ad o s e s e m pi cha çõ es ap re se n tar a m m en o re s ch an ce s d e s e to rn ar e m in at iv o s n a ati v id ad e f ís ic a co m o f o rm a d e lo co m o ção qua nd o c o m pa ra d o c o m a q ue le s que r el at ar am u m de st es p rob le m a s. (S UM IN S K I e t a l. , 2005) n= 474 > 18 a n os H+ M P res en ça e es tad o d e co n ser v ação d e ca lça d as e ru a s, s e g u ra n ça n o t rân si to , cr im in ali d ad e, es té ti ca , d es ti nos pr ó xi m os à r es id ênc ia . E scala d e 0 a 10 Ca m in h ad a c o m o f o rm a d e ex e rcício , c am in h ad a co m cã o d e es tim ação e cam in h ad a co m o fo rm a d e t ra n sp o rt e. I, E P ar a as m u lh er e s, u m a m el h o r p e rcep ção d e s eg u ra n ça fo i r elac io n ad a co m m aio re s ch a n ces d e re alizar ca m in h a d a co m o ex er cí cio e p ar a p as sear co m o cão . A lé m dis so , m ai o r qu an ti da de de de stin os fo i as so cia d a co m m aio r ch an ce d e r ealizar cam in h ad a co m o f or m a d e t ra ns p or te . P ar a os ho m e n s, um m elh o r e sta d o d e co n ser v ação d e ca lç ad as e r u as e m elh o r e sco re d e e sté ti ca fo i as so c iad o co m m e n o re s ch a n ces d e realizar cam in h ad a co m o m eio d e tr an sp o rt e. (D U N C A N et al. , 2005) n= 16 tr ab al h o s H+ M P res en ça d e l o ca is p ar a p rátic a d e ativ id ad e f ís ica , p re sen ça d e ca lça d as ad eq u ad as , l ojas , s eg u ran ça, il um ina ç ão pú bl ic a, c ac hor ro s d e rua . Si m / n ão A ti v idad e to ta l ( at iv o / in ativ o ). A, E , N S E P re sen ça d e l o ca is p ar a p rática d e a ti v id ad e f ís ica , p re sen ça d e c alça d as ad eq u ad as , lo jas e tr ân sito ti v er am as so ci ação p o sit iv a co m s er f is ic a m en te ativ o . (L IB R E T T e t a l. , 2006) n= 3717 ≥ 18 a n o s H+ M A p o io s o ci al ( am ig o s) , a ces so à s tr ilh as e p a rq u e s, dis p os iç ão de p ag ar i m p o st os p ar a su st en ta r um a ca m pa nha f ina nc ia d a pe lo gove rn o pa ra p ro m o ve r a al im e n tação s au d áv el e ex er cí ci o , d is p o sição d e pa ga r i m p o st o s pa ra c o n st rui r m ai s pa rq ue s e tr ilh as n a co m u n id ad e. Si m / n ão e cat eg ó ri cas A ti v id ad e f ís ica to tal, cam in h ad a, at ivi d ad e vi gor o sa e m od er ad a. S , I , ET , EC , E, N S E, IM C , E M P A s p e ss o a s q u e co n sid er ar a m co m o im p o rt an te a pr e se nç a d e pa rque s ou t ri lha s pr óx im o d e s ua c as a, ti v er am m aio re s c h a n ce s de r e al iz ar em 150 m in u tos de c am in h ada o u 60 m in u tos de a ti v ida de v ig o ros a no lazer em r elação ao s q u e n ão r e latar am e n ã o u ti li za m es se s lo cai s. A lém d is so , as p es so a s q u e fr eq u e n tav a m es se s lo cai s t iv er a m m aio re s ch a n ces d e se re m at iv as qua nd o c o m pa ra d o s c o m a que le s q ue nã o fr eque nt ava m .

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28 T a be la 2 . ( C o n ti n u ação ) R efe rên ci a n / i dade / n ero Vari áv el am bien ta l Es cal a A tiv ida de fí sica com por tam en tal (pri n ci pal v ari áv el de de sfe ch o) Aj us te estat ís ti co Associ a ção sign ifica ti v a com a pri n ci pal v a ri áv el de de sfe ch o (G R A N N ER e t a l. , 2007) n= 2025 > 1 8 a nos H+ M L oc a is e op or tuni d ad es pa ra pr á ti ca de a ti vi d ad e fí si ca, p a rceir o p ar a ex er cí ci o , aces so a lo cais co b er to s p ar a ca m in h ad a, v ar ied ad e d e ro tas , nú m er o d e pa rq ue s, c a m inh o s co n he ci d os e se g u ro s, p res en ça d e lo cais s e g u ro s p ar a c am in h ar , ilu m in aç ão p ú b lica, co n ser v açã o d as cal ça d as , b ar re ir as p ar a s er f is icam e n te at iv o . Li k er t 1 -3 e Si m / n ão Ca m in h ad a n o l aze r, ex er cí ci o , tr ans p or te e no t ra ba lho. I, S , ET, E, EM P T er u m p ar cei ro p ar a e x er cíc io e fac il id ad e n o aces so a lo cai s p ar a p rát ic a d e a tiv id a d e f ís ic a f o ra m as soc ia d os c o m u m c o m p or ta m ent o d e c am in ha d a re gul ar . (R HO DE S e t al ., 2007) n= 358 > 18 a n os H+ M D e ns id ad e r es id enc ia l, pr oxi m id ad e de l oj as e co m ér cio , p er c ep ção d o aces so ao co m ér cio , car acter ís ti cas d a s r u a s, facili d a d es p ar a ca m in h ar e an d ar d e bi ci cl eta, ar re d o re s d o b air ro , se g u ra n ç a e m r elaç ão ao tr áf eg o e cr im e s e s atis fação co m o ba ir ro. Li k er t 1 -4 Ca m in h ad a n o l az er . - P ro x im id ad e d e zo n a co m er cial, in fr aes tr u tu ra e es tética t iv er am as so ciaçã o co m cam in h ad a n o lazer . (B AL L e t a l. , 2 007) n= 1282 18 a 65 a n os Só m u lh er e s B ai rr o à b eir a m ar , es té ti c a, s eg u ran ça, ap o io so cial , c lu b e e v ar iá v ei s p es so ais . Li k er t 1 -5 e Si m / n ão Ca m in h ad a c o m o f o rm a d e lazer e tr an sp o rt e. E, L, A S , C , SC , V A A lt o s n ív ei s de se gu ra n ça f o ra m a ss o c ia dos c om m ai or t em po d e c am in ha d a no la ze r. (H AR R IS O N e t a l. , 2007) n= 15461 Id ad e = 4 9 ,8 ± 17, 6 H+ M F a cilid ad es e s en sação d e s eg u ran ç a n o b air ro . Categór ic a s e Si m / n ão A ti v idad e f ís ica to ta l. I, S e ET L o cai s d e lazer c las si fi ca d o s co m o r u in s p ar a o laze r, in se gu ra n ça du ra n te o dia e in se gu ra n ça du ra n te a n o ite t iv er a m u m a as so c iação in v er sa co m a at iv id ad e fí si ca. (B AM AN A e t a l. , 2008) n= 4231 > 18 a n os H+ M Mo ti v ação p e ss o al , es cal a s o cial e es cala d e a m bi en te f ís ic o e pol ít ic o Li k er t 1 -5 e Li k er t 1 -3 A ti v idad e f ís ica to ta l. S ,I , O S ,P ,M E Motiv aç ão p es so al, a lto s u po rt e so ci al n o tr a b al h o ou es co la, o p o rt u n id ad es p er ceb id as p ar a a p rática d e ativ id ad e f ís ica ti v er am m aio re s ch an ce s d e atin g ir a reco m e n d a ção d e sa ú d e p ú b li ca p a ra at iv id ad e fí si ca . (C UT T e t a l. , 2 008) n= 1813 de 19 a 78 an o s H+ M U so do s o lo , e stética , lo ca is p ar a cam inh ada, pa rq ue s, c one ct ivi da d e d as r ua s, s egur anç a no tr ân sito , s eg u ra n ça g er al e p o ss e d e ca ch o rr o d e es ti m açã o . Li k er t 1 -4 A ti v id ad e f ís ica to ta l e cam in h ad a. S , I, E, ET, EM P , N F Os in di v ídu os qu e ti n h a m c ac h o rr o de e sti m aç ã o ti ve ra m de 5 7 % a 77 % m ai s cha nc e s d e s er em a ti vos (> 150 m inu tos de a ti v id ad e f ís ic a p o r s e m a n a) .

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29 T a be la 2 . ( C o n ti n u ação ) R efe rên ci a n / i dade / n ero Vari áv el am bien ta l Es cal a A tiv ida de fí sica com por tam en tal (pri n ci pal v ari áv el de de sfe ch o) Aj us te estat ís ti co Associ a ção sign ifica ti v a com a pri n ci pal v a ri áv el de de sfe ch o (M C G IN N e t a l. , 2008) n = 1659 > 1 8 a nos H+ M Il u m ina çã o pú bl ic a, ve r out ra s pe ss oa s ca m inha nd o e a nd and o d e bi ci cl et as , ve r e co n v er sar co m o u tr as p es so a s en q u an to ca m in h a, ín d ice d e cr im in al id ad e n o b air ro , s eg u ra n ça p ar a ca m inha r d ur ant e o d ia e a noi te , m ed o o u in se g u ra n ça co m o u m a b ar re ir a p ar a v o cê n ão p rati car a ti v id ad e f ís ic a. Li k er t 1 -4 A ti v id ad e f ís ica n o tr ab alh o , la ze r, ca m in h a d a, tr an sp o rte e em lo ca l ab e rto . I, S , ET A p er cep çã o d e cr im e n o b air ro f o i as so cia d a a ativ id ad e f ís ica n o l azer . (F L O R IN D O , 2009) n= 1055 > 18 a n os H+ M P res en ça e q u ali d ad e d as ca lçad a s, ár eas v e rd es , ru a s p lan as , lix o n as r u a s, es g o to a céu ab er to , tr ân sito , f aix a d e se g u ran ç a, p o lu ição d o ar , il um ina ç ão pú bl ic a, s egur a nç a, c onvi te d e a m igo s e p ar en tes , ev en to s es p o rt iv o s, cl im a, cac h o rr o d e es ti m açã o e es tr u tu ras a m b ien ta is p res en te s n o b air ro ( p a rq u e, p raça, acad em ia s, clu b es , q u a d ra s, ca m pos de f u te b o l, p o n to de ôn ib us , e sta çã o de tr em , p o st o s d e s aú d e, f ar m ácia, ig re ja , p ad ar ia , ba nc o, ba r, f ei ra , m er c ad inho e s up er m er ca d o s) . Si m / n ão A ti v id ad e f ís ic a to ta l, n o lazer e ca m in h a d a co m o t ran sp o rte. S, I , E ,T A p rát ica d e ativ id ad e v ig o ro sa e/o u m o d er ad a f o i as so cia d as co m p er cep çã o d e s e g u ra n ça, a m b ien tes m en o s p o lu íd o s e r eceb e r co n v ite d e am ig o s. A p rát ic a d e at iv id ad e n o la zer f o i as so cia d a co m p re se n ça d e cl ube s pr ó xi m o à r es id ênc ia , d is tâ nc ia de ba re s e receb er c onvi te d e a m ig o s. A pe rc epç ão d e se g ur a nç a as so cio u -s e co m a p rática d e cam in h ad a n o t ran sp o rte. (FL O R IND O e t a l. , 2009) n= 54369 ≥ 18 a n o s H+ M E x is tê n cia d e lo cai s p a ra fa zer ca m in h ad a s e p rati car ex er cí ci o s f ís ic o s p ró x im o s às r es id ên cias co m o : clu b e s, acad em ias , p raças , r u as , p ar q u es o u es col a s, pú bl ic os o u pa rt ic ul ar es . Si m / n ão A ti v id ad e f ís ica n o la ze r ( ati v o / in at iv o ). I, S , E P es soa s que r es id e m pr ó xi m o a l oc al pr opí ci o p ar a a p ráti ca d e ativ id ad e f ís ica, in d ep en d en te d e s er l o ca l p ú b lico o u p ri v ad o , tiv er am u m a m ai o r ch an ce d e se re m at iv o s n o l azer . (S A L L IS e t a l. , 200 9) n= 11541 18 a 65 a n os H+ M D e n sid ad e r es id en cia l, d is tân c ia d a r es id ên ci a ao co m ér cio , tr ân sito , p res en ça d e ca lça d as , l o ca is p ar a b ic ic leta , lo ca is p ar a p rat ic a d e ex er cí cio s fí si cos gr at ui tos o u d e ba ixo c us to pr ó xi m o s à s re si d ên cias e cr im in alid ad e. Li k er t 1 -4 F req u ên cia e d u ração d e ca m in h a d a, a tiv id ad e f ís ic a d e int ens id ad e m o de ra d a e vi gor o sa n o laze r, tr an sp o rt e e tr ab alh o . I, S , E P ro x im id ad e d o co m ér ci o , tr ân si to , calç ad as , l o ca is p ar a b ici cl et as e p ar a p rát ica d e ex er c íc io s f ís ico s fo ra m a ss o ciad o s co m u m a m ai o r p re v al ên ci a d e at iv id ad e f ís ic a. (S AL VA DO R e t a l. , 2010) n= 385 > 60 an os H+ M S e n sação d e se g u ra n ça d u ra n te a n o ite, te m p o d e ca m in h ad a at é u m p o n to d e ô n ib u s, receb er co n v ite d e p ar en tes e am ig o s p ar a p rat icar at iv id ad e f ís ica, p res en ça d e cam p o d e f u te b o l, es g o to a céu ab er to , p re sen ça d e q u ad ras , p raças , il um ina ç ão pú bl ic a e tr âns it o. Si m / n ão Ca m in h ad a co m o m ei o d e tr an sp o rt e. A, E Bo a p er cep ção d e s e g u ra n ça d u ra n te a n o ite , r eceb er co n v it e d e p ar en tes p ar a f aze r at iv id ad es f ís ic as , p re sen ça d e cam p o s d e f u teb o l, ter ca ch o rr o d e es tim ação , au sê n cia d e es g o to a céu a b er to e p res en ça d e p raça s ti v er am as so ci ação p o sit iv a p ar a o s h o m en s. C a m inh ar a o m e n o s 10 m inu to s a té um a ig re ja o u te m pl o r el igi os o, ba r e c am po d e f ut ebol , t râ ns it o d e v eí cu lo s, p res e n ça d e i lu m in ação p ú b li ca tiv er am as so cia ção p o siti v a en tr e as m u lh er e s.

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30 T a be la 2 . ( C o n ti n u ação ) R efe rên ci a n / i dade / n ero Vari áv el am bien ta l Es cal a Ati v ida de fí sica com por tam en tal (p rin c ipal v ari áv el d e de sfe ch o) A ju ste est atís tico Associ a ção sign ifi c at iv a com a pri n ci pal v a ri áv el d e de sfe ch o (G ÓM E Z e t a l. , 2010 a) n= 1966 > 60 a n os H+ M S e g u ra n ça e m r el ação ao tr áf eg o , es tad o d e co n ser v aç ão d as calç ad as , p res en ça d e cic lo v ia, co n ecti v id ad e d as r u as , d en si d ad e co m er ci al , co n ecti v id ad e d as r u as e p res en ça d e p ar q u es . Li k er t 1 -5 C a m inh ad a to ta l de p elo m enos 60 m inu to s po r s e m a n a e 150 o u m ai s por s e m a na . I, E , NSE P re sen ças d e p ar q u e, c o n ect iv id ad e d as r u as e se g u ra n ça n o tr â n si to fo ra m a ss o ci ad as co m p elo m enos 60 m in u tos de c a m inh ada n a se m a n a. P re se n ça de c ic lo v ia f o i a ss o ci a da c om p el o m e nos 150 m in u tos d e c am in ha d a por s e m a na . (A M O RI M e t al ., 2010) n= 972 2 0 a 69 a nos H+ M P res en ça e q u ali d ad e d as ca lçad a s, ár eas v e rd es , ru a s p lan as , lix o n as r u a s, es g o to a céu ab er to , tr ân sito , f aix a d e se g u ran ç a, p o lu ição d o ar , il um ina ç ão pú bl ic a, s egur a nç a, c onvi te d e a m igo s e p ar en tes , ev en to s es p o rt iv o s, cl im a, cac h o rr o d e es ti m açã o e es tr u tu ras a m b ien ta is p res en te s n o b air ro ( p a rq u e, p raça, acad em ia s, clu b es , q u a d ra s, ca m pos de f u te b o l, p o n to de ôn ib us , e sta çã o de tr em , p o st o s d e s aú d e, f ar m ácia, ig re ja , p ad ar ia , ba nc o, ba r, f ei ra , m er ca d inho e s up er m e rc ad o s) . Si m / n ão A ti v id ad e f ís ica n o t ran sp o rte e lazer ET, S ,N S E, I N a s at iv id ad es n o lazer a ex is tê n cia d e ár eas v er d es f o i as so ciad a co m p elo m e n o s 1 5 0 m in u to s p o r se m an a. J á no t ra ns por te a pr es e nç a d e ac ú m ul o d e li xo e nã o en fr en tar d if icu ld ad e em ca m in h ar e an d ar d e b ic ic le ta d ev id o ao tr â n si to f o ra m a ss o ciad as co m p el o m en o s 150 m inu tos p o r s e m a n a. (H E R AZ O -B E L T R ÁN; DO M ÍN GU E Z -AN AY A , 2010) n= 350 18 a 65 a n os H+ M In fr ae st ru tu ra d o b ai rro (c al ça d as , c ic lo v ia s, p ar ad a d e ô n ib u s) , es té tica , am b ien te so ci al , cone xã o d as r ua s e s egur a nç a. Li k er t 1 -4 A ti v id ad e f ís ica to ta l I, S P ont o d e ô ni bu s pr ó xi m o d e c as a ( at é 15 m inut o s d e ca m inha d a) , m ui tos l u g ar es pa ra i r ca m in ha nd o o u d e b ic ic le ta p ró x im o d e cas a e m u ito tr áf eg o p ar a an d ar d e b ic ic le ta f o ra m a ss o ci ad o s c o m s er f is icam en te at iv o . (HAL L ; MA C A U L E Y , 201 0) n= 128 Idos a s M D e n sid ad e r es id en cial , u so d o s o lo , aces so a se rv iç o s, co n ect iv id ad e d as r u as , ár eas d e cic lis m o e c am in h ad a, es tética , s eg u ra n ça n o t rân si to , se g u ra n ça co n tr a o cr im e e sa ti sf aç ão p el o b ai rr o Li k er t 1 -4 10. 000 p as sos - A s pe ss oa s q ue a ti ng ia m pe lo m e no s 1 0m il pa ss o s por d ia o b ti v er am m aio re s e sco re s p ar a p er c ep ção d e co n ect iv id ad e d as r u as e s eg u ra n ça n o tr ân si to . (I N O U E e t a l. , 201 0) n= 1461 H+ M > 18 a n os D e n sid ad e r es id en cial , u so d o s o lo , aces so a se rv iç o s, co n ect iv id ad e d as r u as , ár eas d e cic lis m o e c am in h ad a, es tética , s eg u ra n ça n o t rân si to , se g u ra n ça co n tr a o cr im e e sa ti sf aç ão p el o b ai rr o Li k er t 1 -4 Ca m in h ad a I, S , E, L, IM C ,P S A s p e ss o a s q u e p er ceb ia m o b air ro co m al ta d en sid ad e re si de n ci al, u so m is to do s o lo , bo ns lo ca is p ar a ci cl is m o e cam in h a d a e es té ti ca a tr at iv a f o ra m as so cia d o s co m m aio re s ch an c es d e p raticar em c am in h ad a. (S JÖ G R E N et a l., 2011) n= 432 H+ M > 18 a n os Med o d e v io lên ci a, cu st o , l im itaçã o d ev id o à si tu ação f am ili ar , d o e n ça, f alta d e ár eas ap ro p ri ad as p ar a p ráti ca d e at iv id ad e f ís ica , equi pa m ent o s, t e m p o, i nt er es se ou f al ta d e co n h eci m en to p ar a a p rát ica . Si m / n ão A ti v id ad es f ís ic as ao ar l iv re p o r razõ es f ís icas , s o c iais , d e ave nt ur a ou be m e st ar - A s pe ss o a s que ti nh a m c ac hor ro s o u c av al os ti nha m m aio re s ch an ce s d e p ar tic ip ar d e a ti v id ad e s f ís ic as a o ar li v re n o l azer d o q u e as p es so a s q u e n ão tin h a m .

Referências

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