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Academic year: 2021

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E S T U D O L O C A L

O p o r t u n i d a d e s p a r a a s T I C n o N o v o C o n t e x t o E c o n ó m i c o

e S o c i a l e m P o r t u g a l

Novembro de 2011

S U M Á R I O E X E C U T I V O

A economia nacional vive a mais grave crise dos últimos cem anos. O efeito conjugado de um défice público elevado e do crescimento da dívida pública e privada levaram à intervenção do Fundo Monetário Internacional, do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia e ao desenho de um Programa de Assistência Financeira e Económica que impedisse a falência da economia nacional. O conjunto de medidas de austeridade adoptadas e a adoptar precipitou a economia nacional numa espiral recessiva que, em 2012, poderá chegar a uma queda de três pontos percentuais.

Paralelamente, a crise da dívida pública ameaça contaminar as restantes economias europeias. Após a Grécia, Portugal e Irlanda, a subida das taxas de juro da dívida pública ameaça a Itália e a Espanha, levando à intervenção do Banco Central Europeu. O conjunto de medidas de austeridade anunciadas nas diferentes economias integrantes da zona Euro levou a que as estimativas de crescimento económico da zona euro fossem revistas em baixa.

Neste contexto, a IDC Portugal lançou um inquérito às principais organizações empresariais nacionais, assim como à indústria de tecnologias de informação e comunicações (TIC) presente no território nacional, com o objectivo de avaliar o impacto da conjuntura económica na despesa com tecnologias de informação, assim como identificar as prioridades tecnológicas destas instituições. A generalidade das organizações nacionais mostra-se pouco confiante com a evolução da economia nacional e não acredita numa retoma das actividades económicas a curto prazo. Para enfrentar este cenário, as organizações utilizadoras têm vindo a adoptar medidas que contemplam a melhoria da eficiência da organização e a redução de custos de funcionamento, enquanto a indústria TIC privilegia estratégias de atracção e retenção de clientes e de melhoria do desempenho da organização.

Confrontadas com estas prioridades, as organizações utilizadoras estão totalmente alinhadas com estas necessidades, privilegiando tecnologias que possibilitem a redução de custos das tecnologias de informação, assim como a eficiência da despesa com estas tecnologias. Assim, a consolidação da

infra-l: C e n tr o E m p re s a ri a l T o rr e s d e L is b o a , R u a T o m a s d a F o n s e c a , T o rr e G , 1 6 0 0 -2 0 9 L is b o a

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S I T U A Ç Ã O A C T U A L

A m b i e n t e r e c e s s i v o e d e i n c e r t e z a n a e c o n o m i a n a c i o n a l

Ultrapassado o impacto da crise financeira a nível mundial, a economia nacional registou um crescimento de 1,4 pontos percentuais no decorrer de 2010. Com excepção do investimento, que permaneceu negativo (-4,9 pontos percentuais), a generalidade dos indicadores económicos evidenciaram uma recuperação tendo encerrado o ano em terreno positivo. No entanto, e apesar do crescimento registado, o cenário económico alterou-se significativamente no início de 2011, nomeadamente devido ao agravamento do défice (8,6%), ao crescimento da divida do sector público e às dificuldades de financiamento da economia. A assinatura do Memorandum of Understanding (MoU) com o Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia, em resultado do pedido de auxílio do governo português, veio agravar significativamente a evolução da economia no território nacional. As novas condições da economia nacional tiveram um impacto significativo nos diferentes indicadores macroeconómicos que, segundo as previsões do Banco de Portugal, deverão ser negativos até final do ano, com particular destaque para o investimento que deverá registar uma quebra substancial (-11,4 pontos percentuais). Assim, as previsões de Outono do Banco de Portugal apontam para um agravamento das condições económicas, com a economia a registar uma quebra de 1,9 em 2011. Por outro lado, as condições económicas adversas que se fizeram sentir na economia nacional no decorrer deste período tiveram um impacto negativo no mercado de trabalho que foi significativamente afectado pela crise económica, tendo a taxa de desemprego atingido valores historicamente elevados - 11,7%. A necessidade de redução do défice público, consagrada no MoU, veio agravar as condições da actividade económica no próximo ano. Assim, as previsões macroeconómicas incluídas no Orçamento de Estado para 2012 evidenciam uma quebra acentuada da economia nacional no próximo ano (-2,8 pontos percentuais) e que deverá manter-se em 2013. E, com excepção das exportações que deverão manter um comportamento positivo no decorrer do próximo ano, a generalidade dos indicadores irão ter um comportamento negativo. A Tabela 1 resume a realidade descrita acima.

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T A B E L A 1 - E V O L U Ç Ã O D A E C O N O M I A P O R T U G U E S A ( 2 0 1 0 - 2 0 1 2 )

2010 2011 2012

1 - Despesa e PIB (variação do volume, em %)

Consumo Privado 2,3 -3,5 -4,8 Consumo Público 1,3 -5,2 -6,2 Investimento (FBCF) -4,9 -10,6 -9,5 Exportações 8,8 6,7 4,8 Importações 5,1 -4,5 -4,3 PIB 1,4 -1,9 -2,8

2 - Preços (taxa de variação, em %)

Taxa de Inflação (a) 1,4 3,3 3,1

3 – Desemprego

Taxa de desemprego (%) 10,8 12,5 13,4

Fonte: Banco de Portugal (Boletim Económico de Outono, Outubro de 2011).

Notas: (a) Variação Média Anual do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) ; (P) projecção.

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D í v i d a p ú b l i c a e u r o p e i a c r e s c i m e n t o

Ultrapassada a crise financeira internacional, a recuperação das economias europeias avançou a diferentes ritmos. Enquanto algumas destas economias registaram taxas de crescimento anémicas, em particular devido aos elevados níveis de endividamento, dificuldades de financiamento e perda de competitividades, outras economias, como a Alemanha e a Suéc

desequilíbrios eram inexistentes, aproveitaram as suas vantagens competitivas e lideraram a retoma económica europeia em 2010.

desvanecer-se no primeiro trimestre deste ano. Enquanto países como a Suécia, a Suíça e outras economias do Norte da Europa, lideradas pela Alemanha, mantiveram o ritmo de crescimento, outras economias

Unido - registaram taxas de crescimento mais baixas. Os mais recentes indicadores macroeconómicos evidenciam uma desace

da economia europeia, agravada com o alastrar da crise do Euro nas economias periféricas.

F I G U R A 1 – T A X A D E C R E S C I M E N T O E E U A

Fonte: Eurostat, 2010 – “Real GDP growth rate”.

Notas: As taxas de 2010 e 2011 correspondem a previsões.

p ú b l i c a e u r o p e i a c o n d i c i o n a

Ultrapassada a crise financeira internacional, a recuperação das economias diferentes ritmos. Enquanto algumas destas economias registaram taxas de crescimento anémicas, em particular devido aos elevados níveis de endividamento, dificuldades de financiamento e perda de competitividades, outras economias, como a Alemanha e a Suécia, em que os desequilíbrios eram inexistentes, aproveitaram as suas vantagens competitivas e lideraram a retoma económica europeia em 2010. Esta dicotomia começou a se no primeiro trimestre deste ano. Enquanto países como a Suécia, as economias do Norte da Europa, lideradas pela Alemanha, mantiveram o ritmo de crescimento, outras economias - Espanha, Itália, Reino registaram taxas de crescimento mais baixas. Os mais recentes indicadores macroeconómicos evidenciam uma desaceleração do crescimento da economia europeia, agravada com o alastrar da crise do Euro nas economias

T A X A D E C R E S C I M E N T O D O P I B – P O R T U G A L , E U R O P A

“Real GDP growth rate”.

011 correspondem a previsões.

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A b r a n d a m e n t o d a d e s p e s a c o m T I C

O abrandamento da economia mundial e, em particular das economias dos países que integram o Euro, vai ter impacto na despesa com tecnologias de informação a nível mundial. As mais recentes estimativas da IDC (Novembro de 2011) evidenciam um abrandamento da despesa que, até final do ano, deverá registar um crescimento de 7 pontos percentuais, enquanto no ano passado deverá ter crescido 10,6 pontos percentuais. E este abrandamento é extensível à generalidade das componentes da despesa. A Figura 2 sintetiza as perspectivas de crescimento da despesa com tecnologias de informação a nível mundial.

F I G U R A 2 – C R E S C I M E N T O M U N D I A L D O M E R C A D O D E T I Fonte: IDC, 2011 -5,0% 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 2010 2011

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R E S U L T A D O S D O I N Q U É R I T O A O

M E R C A D O N A C I O N A L

C r i s e c o n d i c i o n a o r g a n i z a ç õ e s n a c i o n a i s A conjuntura económica alterou-se substancialmente nos últimos 12 meses. A assinatura do Memorando de entendimento com o FMI, BCE e CE e as consequentes medidas de ajustamento económico e financeiras previstas nesse documento veio agravar ainda mais as condições económicas no território nacional, bem como as perspectivas de evolução nos próximos meses.

Neste sentido, a maioria das organizações inquiridas pela IDC Portugal mostra-se pouco confiante (53%) ou nada confiante (25%) na evolução da economia nacional nos próximos tempos. E este pessimismo é comum aos dois grupos analisados - fornecedores de tecnologias de informação e utilizadores destas tecnologias. A figura 2 ilustra esta realidade.

F I G U R A 2 - G R A U D E C O N F I A N Ç A N A E C O N O M I A N A C I O N A L

Fonte: IDC, 2011 (inquérito ao mercado nacional, ver metodologia)

Por outro lado, e tendo em conta as medidas incluídas no Programa de Ajustamento Económico e Financeiro assinado com a 'troika' e o recente agravamento das condições da actividade económica no território nacional, a maioria das organizações inquiridas acredita que a retoma da economia deverá ocorrer no segundo semestre de 2013 ou mesmo mais tarde, enquanto que uma minoria (20%) acredita que esta poderá ocorrer no primeiro trimestre de 2013 ou no segundo trimestre de 2013 (24%). O pessimismo relativamente à evolução da economia nacional é partilhado igualmente pelos inquiridos na indústria TIC. A figura 3 ilustra esta realidade.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Nada confiante Muito pouco confiante Algo confiante Muito confiante Extremamente confiante

Vendors Users

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F I G U R A 3 - E X P E C T A T I V A S D E R E T O M A D A E C O N O M I A

Fonte: IDC, 2011 (inquérito ao mercado nacional, ver metodologia)

Neste contexto, não será de admirar que a maioria das organizações inquiridas tenha expectativas de que a procura de produtos e serviços da sua organização venha a diminuir, enquanto apenas 9% dos inquiridos acredite que vá aumentar. E estas expectativas são partilhadas igualmente pela indústria TIC. Contudo, a percentagem das empresas que referem que a procura de produtos e serviços da sua organização vai aumentar é superior junto da indústria (18%).

Por outro lado, e ainda segundo os dados compilados pela IDC Portugal, as perspectivas negativas da procura irão ter um impacto no desempenho das organizações no território nacional, nomeadamente no que diz respeito à evolução do seu volume de vendas. Assim, a maioria das organizações utilizadoras inquiridas revelam-se muito pouco confiantes (42%) ou nada confiantes (14%) acerca das perspectivas de evolução do volume de negócios. Somente 6% das organizações inquiridas pela IDC Portugal se mostram muito confiantes enquanto 38% revelam alguma confiança. As respostas da indústria TIC são um pouco mais optimistas relativamente à evolução do volume de negócios nos próximos 12 meses e metade dos inquiridos revela-se algo confiante na evolução deste indicador a figura 4 ilustra esta realidade.

0% 10% 20% 30% 40% 50% No primeiro semestre de 2012 No segundo semestre de 2012 No primeiro trimestre de 2013 No segundo trimestre de 2013 Mais tarde Não sabe / Não responde

Vendors Users

(8)

F I G U R A 4 - G R A U D E C O N F I A N Ç A N A E V O L U Ç Ã O D A S V E N D A S

Fonte: IDC, 2011 (inquérito ao mercado nacional, ver metodologia)

Neste âmbito, e apesar da evolução negativa das condições da actividade económica no território nacional, a maioria das organizações prevê manter o seu actual quadro de colaboradores. No entanto, cerca de 40% das organizações utilizadoras inquiridas tem planos para reduzir a força de trabalho o que evidencia a degradação das condições da actividade. Este número é mais reduzido na indústria TIC e apenas cerca de um quarto das empresas inquiridas tem planos para a redução do número de colaboradores nos próximos 12 meses. De salientar que 24% destas empresas tem planos, inclusive, para aumentar o número de colaboradores.

Confrontadas com uma conjuntura recessiva nos próximos dois anos, as organizações nacionais tem vindo a adoptar estratégias com o objectivo de minorar e ultrapassar as condições negativas da economia nacional. Deste modo, as organizações utilizadoras inquiridas privilegiam o desenvolvimento de novos produtos e serviços, assim como o crescimento da quota de mercado nos seus segmentos tradicionais e a expansão para novos mercados. Curiosamente, apenas uma minoria de organizações contempla o desenvolvimento de novas alianças estratégicas ou a realização de processos de fusão e aquisição. Contrariamente ao que sucede no universo dos utilizadores, as estratégias adoptadas pela indústria TIC privilegiam maioritariamente a expansão para novos mercados (cerca de 43% das empresas inquiridas salientam esta opção). A figura 5 permite-nos identificar esta realidade.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Nada confiante Muito pouco confiante Algo confiante Muito confiante Extremamente confiante

Vendors Users

(9)

F I G U R A 5 - E S T R A T É G I A S A D O P T A D A S

Fonte: IDC, 2011 (inquérito ao mercado nacional, ver metodologia)

0% 10% 20% 30% 40% 50%

Crescimento da quota de mercado nos mercados actuais

Fusões e aquisições Desenvolvimento de novos

produtos/serviços Expansão para novos mercados

Novas alianças estratégicas Outra(s), por favor especifique

Vendors Users

(10)

R e d u z i r c u s t o s e m e l h o r a r a e f i c i ê n c i a

O inquérito da IDC Portugal procurou ainda identificar o impacto que a actual conjuntura económica vai ter nas prioridades das organizações nacionais nos próximos 12 meses.

Neste contexto, a redução de custos de funcionamento e a melhoria da eficiência da organização aparecem como as prioridades de negócio da maioria das organizações utilizadoras inquiridas. Com efeito, a esmagadora maioria das organizações inquiridas pela equipa da IDC Portugal evidenciam a importância destes tópicos classificando-os como Muito importantes ou como Importantes. Por outro lado, a generalidade das organizações inquiridas evidencia ainda a necessidade de aproveitar a conjuntura para melhorar o desempenho e optimizar os processos de negócio.

Por oposição, a análise das respostas das empresas TIC evidencia que a atracção e retenção de clientes e a melhoria do desempenho da organização no território nacional são prioridades de negócio classificadas como Muito importantes ou como Importantes pela maioria das organizações inquiridas. Num segundo plano aparecem tópicos como a melhoria da eficiência da organização e a optimização dos processos de negócio. A figura 6 sintetiza esta realidade.

F I G U R A 6 - P R I O R I D A D E S D E N E G Ó C I O

Fonte: IDC, 2011 (inquérito ao mercado nacional, ver metodologia)

A IDC Portugal procurou ainda identificar quais as medidas adoptadas ou a implementar pelas organizações utilizadoras nacionais para fazer face ao actual cenário económico, em particular devido à necessidade de reduzir os custos das tecnologias de informação. Assim, ampliar o ciclo de vida dos activos de TI, aumentar a consolidação e virtualização da infra-estrutura tecnológica e utilizar as TI para reduzir custos noutras áreas da organização são algumas das medidas adoptadas pelas organizações nacionais para absorver o impacto do actual cenário económico. De salientar ainda que medidas como a externalização de serviços

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Melhorar a eficiência da organização Optimizar os processos de negócio Reduzir custos de funcionamento Melhorar o desempenho da organização Atrair e reter clientes Crescimento das receitas Melhorar o serviço a clientes Melhorar a competitividade da … Internacionalização das actividades

Vendors Users

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ou a renegociação de contratos com fornecedores tem uma expressão reduzida nas medidas adoptadas pelas organizações nacionais para enfrentar o actual cenário económico. A figura 7 sintetiza as medidas adoptadas pelas instituições nacionais.

F I G U R A 7 - M E D I D A S A D O P T A D A S ( U S E R S )

Fonte: IDC, 2011 (inquérito ao mercado nacional, ver metodologia)

Os dados compilados pela equipa da IDC Portugal evidenciam ainda que, confrontadas com a necessidade de reduzir custos e de melhorar a eficiência da organização, as prioridades tecnológicas estão alinhadas com esta necessidade. Assim, a adopção ou a continuação das estratégias de virtualização da infra-estrutura tecnológica é uma das principais prioridades tecnológicas da maioria das organizações inquiridas. Por outro lado, e ainda relacionado com a necessidade de tornar a instituição mais eficiente, a generalidade dos inquiridos refere a necessidade de prosseguir com os esforços de consolidação da sua infra-estrutura tecnológica. Concluído este esforço de renovação tecnológica, algumas das organizações inquiridas referem que a adopção de serviços de cloud computing é outra das prioridades tecnológicas expressa pela maioria das organizações nacionais.

0% 5% 10% 15% 20% 25%

Ampliar o ciclo de vida dos activos de TI Adiar novos projectos de TI Aumentar o ciclo de aquisição de novos produtos/serviços Aumentar a consolidação e virtualização da infra-estrutura

tecnológica

Utilizar as TI para reduzir custos de noutras áreas do negócio Redução da despesa de TI Renegociação de contratos com fornecedores de TI Congelar a contratação de recursos humanos Recorrer à externalização de serviços Outra(s), por favor especifique

(12)

F I G U R A 8 - P R I O R I D A D E S T E C N O L Ó G I C A S

Fonte: IDC, 2011 (inquérito ao mercado nacional, ver metodologia)

A actual conjuntura económica vai ter um impacto negativo na despesa das organizações utilizadoras nacionais com tecnologias de informação. Esta é uma das conclusões que se pode retirar da análise dos dados compilados pela IDC Portugal. À semelhança do que tinha acontecido em 2011, a maioria das instituições inquiridas vai proceder a reduções no orçamento destinado a estas tecnologias. E a redução abrange igualmente as despesas operacionais (OPEX), como as despesas de capital (CAPEX). Assim, os dados compilados permitem-nos constatar que cerca de 56% das organizações inquiridas vão reduzir a despesa operacional com tecnologias de informação (mais de 34% dos inquiridos vão reduzir mais de 5%, enquanto apenas 22% irão reduzir abaixo de 5%) , enquanto apenas 15% tem intenção de reforçar a sua despesa com estas tecnologias. Por outro lado, cerca de um terço das organizações prevê manter o nível de despesa.

(13)

Situação idêntica pode ser observada nas despesas de capital. Com efeito, os dados compilados permitem-nos observar que apenas 14% das organizações contemplam um reforço da sua despesa com tec

56% estimam uma diminuição da verba disponível para investimento nestas tecnologias - 35% dos inquiridos prevêem uma redução superior a 5%, enquanto 21% contemplam uma diminuição abaixo de 5%.

refere que irão manter as suas despesas de capital.

comparação da despesa com tecnologias de informação em 2011 e 2012.

F I G U R A 9 - O R Ç A M E N T O D E T I

Fonte: IDC, 2011 (inquérito ao mercado nacional, ver metodologia)

Situação idêntica pode ser observada nas despesas de capital. Com efeito, os nos observar que apenas 14% das organizações contemplam um reforço da sua despesa com tecnologias de informação, enquanto 56% estimam uma diminuição da verba disponível para investimento nestas 35% dos inquiridos prevêem uma redução superior a 5%, enquanto 21% contemplam uma diminuição abaixo de 5%.Cerca de um terço dos inquiridos refere que irão manter as suas despesas de capital. A Figura 9 permite a comparação da despesa com tecnologias de informação em 2011 e 2012.

O R Ç A M E N T O D E T I ( U S E R S )

(14)

E esta realidade é extensível a todas as componentes da despesa das organizações com tecnologias de informação. Apesar desta realidade, a despesa com periféricos e com consultoria de TI e de negócio são as componentes da despesa mais afectadas pela conjuntura negativa da economia nacional, enquanto os sistemas de armazenamento e a integração de sistemas são as componentes menos afectadas pela redução da despesa com tecnologias de informação. A Figura 10 sintetiza esta realidade.

F I G U R A 1 0 - D E S P E S A T I ( U S E R S )

Fonte: IDC, 2011 (inquérito ao mercado nacional, ver metodologia)

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Sistemas servidores Armazenamento PC, estações de trabalho, portáteis Equipamento de redes Periféricos Aplicações de negócio Software de infra-estrutura Software de desenvolvimento Consultoria de negócio Consultoria de TI Integração de sistemas Serviços de desenvolvimento de aplicações Outsourcing de TI Business Process Outsourcing (BPO) Suporte Formação Aumentar significativamente Aumentar Manter-se idêntico Diminuir Diminuir significativamente

(15)

O estudo da IDC procurou ainda identificar qual o impacto que o novo cenário económico irá ter na actividade da indústria TIC no território nacional. A análise dos dados compilados permite-nos constatar que, com excepção do segmento de hardware que tem um saldo negativo, as empresas inquiridas acreditam que o mercado irá crescer em 2012. A figura 11 sintetiza as expectativas da indústria TIC.

F I G U R A 1 1 – E V O L U Ç Ã O P R E V I S T A P E L O S F O R N E C E D O R E S D E T I E M R E L A Ç Ã O V O L U M E D E N E G Ó C I O S

Fonte: IDC, 2011 (inquérito ao mercado nacional, ver metodologia)

-0,1 -0,1 0,0 0,1 0,1 0,2 0,2 0,3 Total Hardware Software Serviços Outros

(16)

A análise mais detalhada permite-nos ainda constatar que as empresas inquiridas acreditam que a generalidade dos sectores de actividade irão diminuir a sua despesa com tecnologias de informação e comunicações. Assim, e com excepção dos sectores da energia, dos serviços, das telecomunicações e das utilities que deverão ter um comportamento positivo, a generalidade dos sectores de actividade deverão registar um comportamento negativo no decorrer dos próximos 12 meses.

F I G U R A 1 2 - E V O L U Ç Ã O P R E V I S T A P A R A O C R E S C I M E N T O D O O R Ç A M E N T O E M T I P O R S E C T O R E C O N Ó M I C O ( % )

Fonte: IDC, 2011 (inquérito ao mercado nacional, ver metodologia)

-0,8 -0,7 -0,6 -0,5 -0,4 -0,3 -0,2 -0,1 0,0 0,1 0,2

Administração pública central Administração pública local Bancos Construção civil Distribuição e retalho Educação Energia Famílias Indústria Media Saúde Seguros Serviços Serviços financeiros (excluindo bancos e …

Telecomunicações Transportes Utilities

(17)

Situação idêntica pode ser observada nas expectativas da indústria TIC relativamente aos diferentes segmentos da despesa com tecnologias de informação e comunicações. A figura 13 ilustra estas expectativas.

F I G U R A 1 3 - E V O L U Ç Ã O P R E V I S T A P A R A O C R E S C I M E N T O D O O R Ç A M E N T O E M T I ( % )

Fonte: IDC, 2011 (inquérito ao mercado nacional, ver metodologia)

-0,4 -0,3 -0,2 -0,1 0 0,1 0,2

Sistemas servidores Armazenamento PC, estações de trabalho, portáteis Equipamento redes Periféricos Aplicações de negócio Sw infra-estrutura Desenvolvimento Consultoria de negócio Consultoria de TI Integração de sistemas Serviços de desenvolvimento de aplicações Formação Outsourcing de TI Business Process Outsourcing (BPO) Suporte Formação

(18)

D I M E N S Ã O D E M E R C A D O E P R E V I S Õ E S

O gráfico abaixo apresenta as estimativas e previsões da IDC para o crescimento do mercado nacional de TIC.

F I G U R A 1 4 – C R E S C I M E N T O D O S G A S T O S E M T I C E M P O R T U G A L

(19)

C O N C L U S Õ E S

A indústria de tecnologias de informação tem enfrentado uma mudança de paradigma com intervalos de 20 anos.

sistemas centralizados, as tecnologias de informação suportavam alguns milhões de utilizadores e alguns milhares de aplicações estavam disponíveis a nível mundial, numa segunda fase de desenvolvimento desta indústria

de arquitecturas cliente/servidor

centenas de milhões de utilizadores e dezenas de milhar de aplicações proliferaram no mercado mundial, Presentemente, e com o advento da computação Web, as tecnologias de informaç

milhões de utilizadores, assim como o número de aplicações disponíveis a nível mundial ultrapassou os milhões. A esta nova realidade ainda podemos adicionar biliões de outros sistemas inteligentes conectados a esta nova infr

comunicação e de partilha de informação.

A IDC designa este novo paradigma como Economia Inteligente e terá um impacto profundo na generalidade dos sectores de actividade. A Figura

este novo paradigma criado com a massificação da F I G U R A 1 5 – N O V O P A R A D I G M A D A E C

A indústria de tecnologias de informação tem enfrentado uma mudança de paradigma com intervalos de 20 anos. Enquanto numa primeira fase, a dos sistemas centralizados, as tecnologias de informação suportavam alguns milhões de utilizadores e alguns milhares de aplicações estavam disponíveis a nível mundial, numa segunda fase de desenvolvimento desta indústria - aparecimento de arquitecturas cliente/servidor - estas tecnologias passaram a suportar centenas de milhões de utilizadores e dezenas de milhar de aplicações proliferaram no mercado mundial, Presentemente, e com o advento da computação Web, as tecnologias de informação tem que suportar milhares de milhões de utilizadores, assim como o número de aplicações disponíveis a nível mundial ultrapassou os milhões. A esta nova realidade ainda podemos adicionar biliões de outros sistemas inteligentes conectados a esta nova infra-estrutura de comunicação e de partilha de informação.

A IDC designa este novo paradigma como Economia Inteligente e terá um impacto profundo na generalidade dos sectores de actividade. A Figura 13 ilustra este novo paradigma criado com a massificação da utilização da Web.

(20)

A N E X O

M e t o d o l o g i a

Este estudo teve por objectivo avaliar o impacto da actual conjuntura económica junto das organizações empresariais nacionais, assim como identificar as suas prioridades para os próximos 12 meses. Através deste estudo a equipa da IDC procurou ainda caracterizar o impacto do actual cenário económico na actividade das organizações nacionais e, em particular, na despesa com tecnologias de informação e comunicações. A análise teve ainda como objectivo identificar as estratégias e as medidas adoptadas por estas instituições para enfrentarem uma realidade adversa nos próximos 12 meses.

Para tal, a IDC procedeu ao envio de um questionário enviado aos responsáveis de sistemas de informação das organizações em Portugal (indicado abaixo e ao longo do estudo como users). Foram obtidas 224 respostas validas. As Figuras 11 e 12 sintetizam o perfil dos inquiridos.

Por outro lado, e com o mesmo objectivo, a IDC Portugal procedeu ao envio de um questionário para a indústria de tecnologias de informação e comunicações (indicado abaixo e ao longo do estudo como vendors) presente no território nacional.

Abaixo resumimos os detalhes dos dois inquéritos: Amostra

1. Vendors – 181 empresas fornecedoras de TIC

2. Users – 224 médias e grandes organizações utilizadoras de TIC Perfil dos inquiridos

1. Vendors – Directores gerais e de marketing 2. Users – Directores de TIC

Método

1. Sondagem por quotas Meio de administração

1. Inquérito online com follow-up telefónico Período de respostas

(21)

F I G U R A 1 1 - S E C T O R E S D E A C T I V I D A D E

Fonte: IDC, 2011 (N = 224 Users)

F I G U R A 1 2 – V E N D A S 17,00% 10,00% 4,00% 8,00% 3,00% 17,00% 4,00% 4,00% 4,00% 8,00% 7,00% 14,00% Administração pública Banca

Construção Civil e Obras Públicas Distribuição e Retalho Utilities Indústria Media Saúde Seguros Serviços Telecomunicações Transportes Outro 31% 30% 10%

Menos de 1 milhão de euros 10 - 50 milhões de euros 50 - 500 milhões de euros Mais de 500 milhões de euros

(22)

I n f o r m a ç ã o s o b r e d i r e i t o s d e a u t o r

Divulgação Pública de Informação e Dados da IDC — Qualquer informação da IDC a ser utilizada em publicidade, notas de imprensa ou materiais promocionais requer a aprovação prévia por escrito do respectivo Vice-presidente ou Director-Geral Nacional da IDC. Um rascunho do documento proposto deve acompanhar tal pedido. A IDC reserva-se, por qualquer razão, o direito de negar a aprovação de utilização externa.

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