• Nenhum resultado encontrado

A RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL INTRÍNSECA À FÉ CRISTÃ: UMA PERSPECTIVA MISSIOLÓGICA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "A RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL INTRÍNSECA À FÉ CRISTÃ: UMA PERSPECTIVA MISSIOLÓGICA"

Copied!
13
0
0

Texto

(1)

Marcelo Eduardo da Costa Dias**, Germana Ponce de Leon Ramirez***

Resumo: crise nos âmbitos político, social e cultural levaram à uma crise ambiental. Uma

ênfase importante valoriza o entrelaçamento entre crenças e práticas religiosas que primam pela preservação ambiental. Apesar das marcantes discussões sobre como praticar a fé em diferentes culturas, a missiologia, que é uma das mais re-centes disciplinas teológicas, parece ignorar a interseção com a ecologia. Esta articulação sobre a fé cristã e questões socioambientais enfatiza a tradição Ad-ventista do 7º Dia, por meio de uma revisão de literatura, na busca por propostas e caminhos relevantes para o debate acerca da responsabilidade do ser humano pela criação de Deus.

Palavras-chave: Consciência Ecológica. Questões Socioambientais. Missiologia. Fé

Cris-tã. Adventista.

E

m um contexto histórico da humanidade é percebida uma relação equilibrada com a natureza. Entretanto, no transcorrer do tempo e com as mudanças no âmbito socioeconômico, cultural, político e religioso, as atividades humanas e modos de vida foram alterados, dando origem a necessidades que passaram a modificar essa relação entre o meio e o homem. Por conseguinte, originou-se uma relação de exploração cujo foco é a produção dos bens de consumo. Diante de uma exploração dos recursos naturais pelo homem sob a perspectiva con-sumista, percebe-se a necessidade de proporcionar mais reflexão e debates acerca da responsabilidade que o ser humano precisa ter pela criação de Deus

A RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

INTRÍNSECA À FÉ CRISTÃ: UMA

PERSPECTIVA MISSIOLÓGICA*

–––––––––––––––––

* Recebido em: 01.10.2019. Aprovado em: 15.11.2019.

** Doutor em Religião (World Missions - Andrews University, Michigan, Estados Unidos). Professor de Teologia Aplicada na Faculdade de Teologia do Centro Universitário Adventista de São Paulo- Campus Engenheiro Coelho. E-mail: mecdias@hotmail.com***

*** Doutora em Geografia (UFSC). Professora no Mestrado Profissional em Educação e em Te-ologia (UNASP - Campus Engenheiro Coelho, SP). E-mail: germana.ramirez@unasp.edu.br

(2)

no sentido de respeitar e conservar o meio em que vive. Dessa forma, fica evi-dente a imprescindibilidade de se atentar para o cuidado com a vida humana como um todo, considerando a interseção entre cultura, ecologia e religião, na busca por propostas e caminhos relevantes para o contexto contemporâneo de diálogo inter-religioso e desafios ecológicos.

A missiologia, uma das mais recentes disciplinas teológicas, é definida como o estudo sistemático e interdisciplinar de todos os aspectos da missão. Observa-se que, mesmo sendo uma área dedicada à prática mais geográfica da fé cristã, esse cruzar barreiras para compartilhar a fé, raramente discute o significado do contexto terrestre ou dinâmicas ecológicas. Apesar das marcantes discussões sobre cultura, a missiologia parece ignorar a interseção com a ecologia. Na tensão típica da teologia da missão, que busca o equilíbrio entre a ênfase terrena

e extraterrena, parte do desafio missiológico contemporâneo encontra-se em incorporar e responder às discussões concernentes ao meio ambiente e sua sustentabilidade. Dessa maneira, este trabalho tem como proposta estabelecer uma discussão que articula a fé cristã e as questões socioambientais sob a perspectiva da missiologia contemporânea com ênfase na tradição Adventista do Sétimo Dia, por meio de uma revisão de literatura.

Este trabalho se desdobra em três partes. A primeira traz um panorama sobre os proble-mas no âmbito socioambiental, e sua relação com a cultura e a religião, como sendo fruto da ação do ser humano. A seguir tem-se uma discussão sobre a eco-logia e a missioeco-logia. E, por fim, a conclusão que aponta para a possibilidade de uma missiologia compatível e relevante para as questões socioambientais. NECESSIDADE DE UMA CONSCIÊNCIA DAS QUESTÕES SOCIOAMBIENTAIS Viestel (2011) reflete sobre as questões ambientais no contexto histórico de formação de vários países, inclusive o Brasil. Nesse panorama histórico percebe-se que essa temática sempre esteve presente mesmo que sem aplicar a nomenclatura da atualidade. Um dos pontos a serem considerados é a forma como os colo-nizadores enxergavam suas colônias. Os conquistadores portugueses, ao des-crever o Brasil, por exemplo, demonstravam a preocupação de que a colônia pudesse realmente suprir as expectativas de comerciais.

Os países periféricos (ou ditos no passado como subdesenvolvidos) foram formados sob uma égide calcada nos benefícios lucrativos que esses territórios pode-riam oferecer por meio, principalmente, de seus recursos naturais. Mesmo antes das mudanças ocorridas com a modernidade e a globalização, o modo de o ser humano considerar a natureza e sua relação com ela já refletia um pensamento que viria a ser agravado a posteriori.

Diante das mudanças ocorridas de maneira mais significativa com a primeira revolu-ção industrial, tem-se um panorama mundial que reflete a forma rápida com que as modificações ocorreram direta ou indiretamente nas sociedades huma-nas. Nessa perspectiva tem-se a globalização e suas implicações no processo de transformações no meio natural, na relação do homem com o meio, nas

(3)

re-lações sociais, na maneira de ver e lidar com tudo o que faz parte do cotidiano das pessoas (GIDDENS, 2005).

O tempo e as mudanças no âmbito socioeconômico, cultural, político e religioso, altera-ram as atividades humanas e modos de vida, que modificaaltera-ram a relação entre o meio e o homem. Identifica-se a intensidade de atuação, principalmente no sécu-lo 20 quando o chamado “[...] progresso técnico e o modesécu-lo de desenvolvimento mundial adotaram vias radicalmente distintas de transmissão de energia e transla-ção de materiais na Terra, alterando o equilíbrio natural” (PITTON, 2009, p. 93). Em conformidade com Valera (2017), a temática que envolve a interdisciplinarida-de entre saberes como filosofia, religião e sustentabilidainterdisciplinarida-de tem trazido interdisciplinarida- deba-tes importandeba-tes no âmbito socioeconômico, cultural, religioso e ecológico. E intrínsecas a essas proposições estão as questões éticas entrelaçadas com a consciência de se ter um cuidado com a ‘casa comum’, o planeta Terra. É nessa perspectiva da ética ambiental que o amor a Deus se revela no amor ao que dEle foi criado. Assim, Ramirez (2015, p. 19) assegura que

[...] quando se fala em meio ambiente, não se deve restringir às questões que envolvem o meio natural. Afinal, o ser humano faz parte da criação e se faz intrínseco aos assuntos pertinentes ao seu habitat. Para se reconstruir socialmente o significado de meio ambiente, devido o sagaz desejo dos elementos civilizatórios, como por exemplo, o progresso e o desenvolvimento, que tiveram seu ápice com a modernidade, tem-se em mente que há uma significativa necessidade de mudança, pois, o mundo sofre com o ‘progresso’ poluidor, com o ‘desenvolvimento’ destruidor.

Para Boff (2017), é preciso resgatar o amor pela natureza e a espiritualidade no que concerne à preservação da vida. O cuidado com o outro, com a vida social e com o meio natural deveria fazer parte da essência humana no intuito de desenvolver maior qualidade de convivência entre os seres humanos, como também, o respeito e o cuidado com as criaturas proporcionando nessa convi-vência a paz. Esse cuidado consiste em uma ética social cuja base se dá pelo entendimento da ação de Deus no mundo. Esse autor ainda atesta que:

Há um descuido e um descaso na salvaguarda de nossa casa comum, o planeta Terra. Solos são envenenados, ares são contaminados, águas são poluídas, florestas são dizi-madas, espécies de seres vivos são exterminadas; um manto de injustiça e de violência pesa sobre dois terços da humanidade. um princípio de autodestruição está em ação, capaz de liquidar o equilíbrio físico-químico e ecológico do planeta e devastar a bios-fera, pondo assim em risco a continuidade do experimento da espécie homo sapiens e demens (BOFF, 2017, p. 12).

Diante de uma crise ecológica percebem-se problemas no âmbito social, cultural e re-ligioso. Isso demonstra a necessidade de promover uma religação entre esses

(4)

saberes, já que os pronunciamentos técnicos vindos das ciências da natureza não estão dando conta de reverter o quadro calamitoso que o planeta enfrenta na contemporaneidade. O ser humano é aquele que usa suas forças no sentido contrário a ele mesmo, ou seja, a exploração do homem pelo homem, a má distribuição de renda, o abuso de poder, o mau uso dos recursos naturais, den-tre outros problemas socioambientais (MAHECHA, 2010). Isso é reforçado pela fala de Lemos e Higuchi (2011, p. 123) ao declararem que:

A problemática ambiental, em particular a ocupação desordenada de espaços naturais, a falta de cuidado com recursos hídricos, os desmatamentos e queimadas de florestas nativas que culminam com a perda da biodiversidade, as dificuldades na aplicação de políticas públicas para o saneamento, a vulnerabilidade de fontes de energia nuclear e outros tantos descalabros da sociedade contemporânea expressam acima de tudo uma crise social.

Mahecha (2010) ainda assevera que existe uma necessidade de os problemas no âm-bito sociocultural e ecológico serem lidos pela ciência da religião para que haja mudança no modo de pensar e agir das pessoas e, por conseguinte, se forme uma nova maneira de ver a criação de Deus, com mais reconhecimento, compromisso e cuidado. As pessoas precisam ser chamadas a se interessar por essas questões que lhes são pertinentes, como também a reconhecer e atuar de maneira decisiva em favor da criação de Deus.

Na perspectiva de se ter uma ética social e ambiental; de se fazer um resgate de um sen-timento puro e verdadeiro pela natureza e toda criação de Deus, considerando o ser humano como fazendo parte desse conjunto; de proporcionar uma consciên-cia ecológica; de desenvolver um pensamento compromissado com os recursos naturais e com a coletividade; de se engajar em mudar realidades socioambien-tais são sugestões de amenizar os estragos que o próprio ser humano fez e faz a si mesmo e à casa comum, que é o planeta Terra (VALERA, 2017; BOFF, 2017). Inserida nessa discussão sobre as questões socioambientais está a sustentabilidade que,

mesmo sendo ambígua na discussão conceitual e na prática, acaba por fazer parte do pensamento até aqui desdobrado porque esta tem como preceito um bom uso dos recursos naturais e socioeconômicos que interfere diretamente nas questões do dia a dia das sociedades humanas e em sua relação com esses recursos. O sociólogo britânico Anthony Giddens (1991, p. 16), alerta que o desenvolvimento moderno tem duas facetas ao dizer que:

A modernidade [...] é um fenômeno de dois gumes. O desenvolvimento das instituições sociais modernas e sua difusão em escala mundial criaram oportunidades bem maiores para os seres humanos gozarem de uma existência segura e gratificante que qualquer tipo de sistema pré-moderno. Mas a modernidade tem também um lado sombrio, que se tornou muito aparente no século atual.

(5)

Desse modo, Vieira (2019) assegura que é preciso uma certa combinação de elementos da sociedade que sejam complementares para estabelecer o desenvolvimento sustentável em uma sociedade, dessa maneira, é preciso a “[...] participação dos beneficiários e monitoramento e orientação das agências de governança do setor público a fim de materializá-lo e consolidá-lo [..]”. Porque não somente os setores social, econômico e ambiental são essenciais, mas a liderança gover-namental e suas perspectivas políticas para servir como base no gerenciamento de qualquer proposta de desenvolvimento sustentável (VIEIRA, 2019, p. 46). É significativo que a sociedade atual construa uma consciência ecológica devido à

presente realidade no tocante aos problemas socioambientais. Faz-se como uma emergente necessidade proporcionar e estabelecer compromisso em cui-dar dos recursos naturais de modo individual e coletivo. Precisa-se criar uma consciência que possa refletir em práticas sociais cujo desenrolar das ações revelem uma interdependência entre ser humano e meio ambiente favorecen-do para a manutenção da vida (LEMOS; HIGUCHI, 2011).

Um dos meios de estabelecer compromisso em formar e, por conseguinte, ter uma consciência ecológica que seja visível nas práticas sociais é por meio da edu-cação ambiental que pode ser valorizada nos espaços educacionais formais e informais. Para Ramos (2001), a educação ambiental vem propor a função de uma condição de mundo sob uma perspectiva mais justa e equilibrada. En-tendida como sendo necessária para a sobrevivência da humanidade e da vida no planeta Terra. Essa autora ainda enfatiza que “[...] a educação ambiental, surge como elemento essencial para resolver este impasse. Ou seja, ela deve ser capaz de transformar as relações do homem com o ambiente, entre o indi-víduo e a natureza” (RAMOS, 2001, p. 206).

Um dos meios de a educação ambiental ser difundida e expressiva é através da edu-cação informal que acontece, por exemplo, nos templos de adoração onde há possibilidades de ensino e conscientização ecológica. Já que os líderes reli-giosos, entendendo essa necessidade de consciência ecológica, podem possi-bilitar reflexão e construção de uma consciência ambiental a um corpo inte-grante da comunidade religiosa, isso poderia proporcionar mudanças em uma escala geográfica tanto local quanto nacional, podendo transformar de forma satisfatória o modo de pensar e viver das pessoas, proporcionando ainda auxí-lio no processo de formação de um comprometimento em cuidar e estabelecer relações de compromisso com os seres criados por Deus.

Diante do exposto, questiona-se, como a Igreja adventista do sétimo dia (IASD) pensa sobre as questões socioambientais? Quais as perspectivas ecológicas no con-texto da missão por parte da IASD?

A ECOLOGIA SOB A PERSPECTIVA DA MISSIOLOGIA ADVENTISTA

A missiologia, uma das mais recentes disciplinas teológicas (BEVANS, 2010, p. 1), é definida como o estudo sistemático e interdisciplinar de todos os aspectos da missão. Observa--se que, mesmo sendo uma área dedicada à prática mais geográfica da fé cristã, esse

(6)

cruzar barreiras para compartilhar a fé, raramente discute o significado do contexto terrestre ou dinâmicas ecológicas. Apesar das marcantes discussões sobre cultura, a missiologia parece ignorar a interseção com a ecologia (JENKINS, 2008, p. 176). Após, em 1991, a Southern African Missionary Society dedicar o seu congresso anual

ao tema Missão e Ecologia, Bosch (1995, p. 55), um dos mais influentes mis-siólogos do fim do século passado, alertou para a necessidade de se incluir uma dimensão ecológica na missiologia. Bevans também enfatiza a necessida-de necessida-de se reconhecer que a preservação da integridanecessida-de da criação necessida-deve receber atenção na missão da igreja. Mais recentemente, a questão das perspectivas ecológicas da missiologia foi eleita um dos temas transversais da importante Conferência Edinburgh 2010 (BEVANS, 2010, p. 9).

Historicamente, a igreja e seus missionários têm tido uma relação inconstante com a natureza.

Frequentemente, cristãos ocidentais têm sido cúmplices (voluntariamente ou não) da colonização da terra de povos indígenas, desmatamento, desapossar seus habitantes e destruir sua cultura. Apesar de convencidos de que trazemos uma fé iluminada, ao roubar a conexão intima deles com a terra, nós, emissários de culturas ‘desenvolvidas’ temos falhado em aprender com as culturas rurais e tribais sobre quão interconectada é a vida (LANGMEAD, 2002, p. 515).

Por outro lado, a história das missões destaca a influência positiva de Francisco de Assis, do botanista William Carey, de Toyohiko Kagawa (missionário que in-fluenciou a reforma agrária japonesa e a reflorestação das montanhas e de Luther Copeland que ensinou as pessoas a se tornarem sacerdotes da criação de Deus (DEWITT; PRANCE, 1992, p. vii).

O caminho para uma compreensão e uma prática ecológica, na ótica da missiologia, passa pela fundamentação na teologia bíblica da criação, caracterizada pelo ato divino que resulta em vida abundante e a sua preservação (COORILOS, 2016, p. 172). Reconhece-se a Deus como o autor e mantenedor de todas as coisas. Sua criação é uma expressão da natureza de Deus. Mantém uma tensão entre a transcendência e a imanência de Deus. Ele não só criou, mas continua se relacionando com sua criação. Ele tem um propósito de restauração para esse relacionamento que tem sido afetado pela realidade do pecado. Essa res-tauração pode ser descrita pelo conceito da bíblia hebraica shalom.

Nos primeiros capítulos da Bíblia, compreende-se que o ser humano tem uma missão derivada da missão de Deus. Através da autoridade delegada, seres humanos devem cuidar e manter a criação (Gn 1,28; 2,15). Assim, “ser humano é ter uma função proposital na criação de Deus” (WRIGHT, 2004, p. 135). Assim, se estabelece a interconectividade e a interdependência da vida em todos os níveis. E essa missão nunca é eliminada dos propósitos humanos.

Igualmente importante é que essas práticas apontem para o ideal da recriação divina bíblica, enquanto seu propósito continua sendo a redenção e a integridade de toda a ordem criada (WRIGHT, 2004, p. 173). Portanto, o propósito divino de

(7)

restauração envolve o relacionamento com Deus (teologia), consigo mesmo (psicologia), entre as pessoas (sociologia) e com o restante da criação (ecolo-gia) (SOGAARD, 2013, p. 32).

Uma necessidade, portanto, é reconectar a dimensão humana e ecológica na antropo-logia teológica. Especificamente, para se compreender como a “degradação ambiental sistemicamente deforma a pessoalidade” (JENKINS, 2008, p. 178) e como a dignidade humana e a restauração da honra pode se dar através do evangelho. “Tais condições pedem não somente respostas adaptadas de [teo-rias de] assistência e desenvolvimento, mas a reconcepção de teologias de reconciliação, justiça e perdão” (JENKINS, 2008, p. 178).

Essa articulação supera a dicotomia que separa as realidades da “terra” e do “céu”. A questão não é somente salvar o universo material da opressão e do colapso ecológico ou inspirar as pessoas em direção à um contexto espiritual. Em vez disso, busca uma reconciliação entre as duas realidades: a realização do plano divino de reconstituição de toda a criação e o estabelecimento do seu reino através da obra divina de Jesus Cristo (SNYDER, 2005, p. 4).

Mais especificamente, a teologia adventista tem uma orientação enfaticamente cria-cionista (não panteísta, nem panenteísta) e, ao mesmo tempo, escatológica. O próprio nome da denominação evidencia essa ênfase no advento de Je-sus para executar a parte final do seu plano de redenção. A compreensão adventista de que a humanidade vive no tempo do fim e de que a volta de Jesus acontecerá muito em breve é caracterizada pela previsão de um cená-rio de catástrofe natural, decadência moral e intolerância religiosa, enfrenta respostas pouco ecológicas dos seguidores. Essa compreensão, no entanto, também contempla a recriação divina de “Novos Céus” e “Nova Terra” após o juízo final, inclusive com uma mensagem muito particularmente baseada no livro do Apocalipse.

A compreensão adventista pode ser resumida da seguinte maneira: (1) Deus criou o mundo e continua cuidando dele; (2) Deus criou o cosmos e a vida na Terra como um sistema integrado e dinâmico; (3) Deus nos deu livre-arbítrio; (4) Deus confiou ao ser humano a administração do planeta; (5) A desobediência humana resultou em prejuízo para a ecosfera; (6) Jesus Cristo veio ao mundo para redimir, educar e curar; (7) Deus nos deu capacidade para estudar, uti-lizar e beneficiar a criação; (8) Deus estabeleceu princípios de bem-estar em um mundo imperfeito; (9) Deus estabeleceu um dia semanal de repouso, res-tauração e memorial; (10) Deus restaurará o mundo (RASI, 2013, p. 24-26). “A fé cristã autêntica precisa incluir a preocupação ecológica. [...] Se fomos criados à imagem de Deus, devemos refletir a sua preocupação amorosa com este mundo. Devemos nos educar a valorizar a criação de Deus como Ele o faz” (DAVIDSON, 2003, p. 52).

Tanto missão como ecologia estão relacionadas com a vida. A missão como salva-ção, portanto, têm dimensões ecológicas. A polaridade entre criação e fim do mundo pode ser resolvida com uma abordagem que reconheça tanto a criação como a recriação (NIEMANDT, 2015, p. 8).

(8)

A prática da missão, dentro da compreensão do cuidado com a criação, promove o bem comum e a justiça tanto para pessoas como para a natureza, desenvolve práticas sustentáveis, adota a solidariedade em relação àqueles que estão mar-ginalizados e em perigo de extinção e oferece cura, justiça e esperança a todos (HILL, 2016, p. 178).

Se comunidades experimentam a realidade do pecado através de solos empobrecidos, produtos químicos perigosos, água desaparecendo e ar poluído, então as práticas da missão precisam de alguma forma confrontar e responder aos problemas ambientais. A missiologia precisa encontrar maneiras de nomear e condenar o uso errado do ambien-te, prometer saúde ambiental, oferecer restauração ecológica e convidar o mundo para uma geografia da graça (JENKINS, 2008, p. 178).

Portanto, poderia se resumir essa discussão nas seguintes afirmações: (1) A missão começa com o ato de Deus da criação e continua na recriação; (2) a missão do Espírito de Deus é renovar toda a criação; (3) a missão envolve denunciar a economia da ambição e participar e praticar a economia divina do amor, do compartilhamento e da justiça; (4) a prática missiyonária deve demonstrar solidariedade para com os que sofrem e harmonia para com a natureza; (5) a prática missionária deve demonstrar solidariedade para com os que sofrem e harmonia para com a natureza; (6) a missão tem a criação no seu centro (KEUM, 2013, p. 37-40).

Assim, Langmead (2002, p. 505) sugeriu o termo ecomissiologia para uma abordagem à missão cristã que “vê a missão de Deus em termos de reconciliação em todos os níveis numa realidade caracterizada pelo relacionamento e interde-pendência completa”. A prática da ecomissão, portanto, estaria relacionada ao cuidado missionário da Terra com o objetivo da plenitude, integridade e renovação das pessoas, da criação e seus relacionamentos uns com os outros e com o criador - a reconciliação de todas as coisas (1Co 15,20-22; 1Co 1, 15-20; Rm 5) (LANGMEAD, 2002, p. 505).

Langmead (2002) ainda articula que uma ecomissiologia seria holística (reconhecendo as várias dimensões da criação), interdisciplinar (buscando integrar estudos e compreensões de várias áreas), cooperativa (dispondo-se a trabalhar juntamen-te com outras iniciativas), artística (explorando as dimensões da criatividade), contextualizada (reconhecendo as dimensões geográficas e suas influências na compreensão do evangelho). Essas práticas incluem a “disposição pública ao contínuo arrependimento, a um engajamento humilde e reflexivo dentro da comunidade cristã, a um engajamento ativo com a crise ecológica mundial, a proclamação pública da história do significado da criação de Deus, e um chamado a se voltar para uma ação pela integridade da criação” (FENSHAM, 2015, p. 17).

(9)

Uma ecomissiologia, portanto, deveria ter as seguintes características (ver Quadro1):

Quadro 1: Requisitos para uma Ecomissiologia

Incluir tanto o processo de criação, como o de redenção (recriação); Reconhecer a dimensão cósmica da redenção;

Posicionar a reconciliação no centro da missão (devido à centralidade da compreen-são relacional);

Ter a criação bíblica como pano de fundo;

Compreender a missão como pertencendo a Deus; Ensinar o papel da natureza na espiritualidade;

Promover o conceito de justiça inclusivo da dimensão ecológica; Denunciar profeticamente os abusos na dimensão ecológica; Desenvolver práticas missiológicas ecológicas.

Fonte: Langmead (2002). Nota: Elaborado pelos autores.

Dessa maneira, é importante estabelecer uma consciência ecológica sob uma perspec-tiva cultural e religiosa para que a relação de interdependência, entre as pes-soas e outros seres criados por Deus, favoreça uma boa relação se instalando como adequada para uma harmonia e vivência saudável. Cabe à igreja instigar e proporcionar espaços que favoreçam essa consciência ecológica de modo mais eficaz para que a sociedade compreenda sua responsabilidade em cuidar do meio natural para que as gerações futuras também usufruam consciente-mente (SILVA; NASCIMENTO, 2015).

Van Moere (1988, p. 5) considera a ecologia a “comissão bíblica longamente negligen-ciada”. Os problemas ambientais em contextos primariamente cristãos não são resultado de seguirem os ensinamentos bíblicos, mas ignorarem-nos. Pelo contrá-rio, “certas práticas bíblicas podem prover bons princípios que poderiam ajudar a resolver alguns dos problemas ecológicos de hoje” (VAN MOERE, 1988, p. 12).

Apesar de a prática cristã ter contribuído para muitos dos desastres ambientais atuais, a mensagem bíblica é absolutamente inocente. O texto bíblico em si, quando correta-mente compreendido, acusa com fervor todos aqueles que tomam parte no maquinário destrutivo que acionamos pelo nosso incrível egoísmo e egocentrismo (VAN MOERE, 1988, p. 7).

Se a missão está relacionada com o despertar das pessoas para a realidade do reino universal de Deus, o propósito dos cristãos é definido a partir do engajamento

(10)

no ministério divino de reconciliação, paz e justiça na terra (BOSCH, 1995, p. 33-34). Busca-se a cura, espiritual e física, de todas as pessoas e de toda a criação. Como se sugeriu: “Não é possível ter pessoas saudáveis em um pla-neta doente. [...] Se você ama Rembrandt, você não destruirá os seus quadros” (SNYDER, 2007, p. 23).

A teologia e as práticas de cuidado da criação têm influência direta sobre o nosso teste-munho perante um mundo mutante. Nossas sociedades e comunidades examinam nosso engajamento com questões humanas e ecológicas. Cristãos têm preocupação, teologia e resposta para as questões ambientais? ... O que isso fala sobre o Cristo que eles se-guem? O que isso revela sobre Sua relação com seres humanos e o planeta? (HILL, 2016, p. 172).

Há urgente necessidade de se engajar nas preocupadas discussões contemporâneas sobre a ecologia. A missiologia pode ser um agente relevante nessa articulação inter-cultural e inter-religiosa, se amadurecer a sua compreensão e práticas e incluir a dimensão ecológica. Missões mundiais precisam se tornar verdadeiramente missões mundiais (THOMAS, 1992, p. 1). Iniciativas missionárias não somente devem acontecer ao redor do mundo, mas, acima de tudo, pelo bem dele. CONCLUSÃO

Em função de uma relação de exploração cujo foco é a produção dos bens de consumo e diante de uma exploração dos recursos naturais pelo homem sob a perspec-tiva consumista, percebe-se a necessidade de proporcionar mais reflexão e debates acerca da responsabilidade que o ser humano precisa ter pela criação de Deus no sentido de respeitar e conservar o meio em que se vive.

Percebe-se que a consciência ecológica é uma necessidade negligenciada e que os pro-blemas ambientais em contextos primariamente cristãos não são resultado de seguirem os ensinamentos bíblicos, mas pelo contrário, serem desprezados. Já que seguir as recomendações da bíblia podem gerar bons princípios para auxiliar no processo de resolução dos problemas ecológicos.

Na tensão típica da teologia da missão, que busca o equilíbrio entre a ênfase terrena e extraterrena, parte do desafio missionário contemporâneo que se encontra em incorporar e responder às discussões concernentes ao meio ambiente e sua sustentabilidade. Dessa maneira, a missiologia, que tem no seu cerne uma atenção com a cultura e suas relações com os seres humanos, deveria incluir nessa relação as questões no âmbito da ecologia, o cuidado com os recursos da natureza e as implicações culturais nesse contexto. Dessa feita, o termo ecomissiologia traz à tona a ideia de uma missão pautada na interdependência completa no relacionamento do ser humano e meio natural.

Autores na perspectiva da IASD dialogam com as escrituras sagradas no tocante à pre-servação e cuidado com os recursos naturais, criaturas de Deus, entendendo a

(11)

necessária interlocução da relação do ser humano com o meio natural. Perce-be-se que a compreensão adventista, no que tange as questões socioambien-tais, são desdobradas em entender Deus como criador e mantenedor do que Ele fez e ainda da existência de uma integração entre os elementos da natureza e o ser humano. Nesse processo, Deus confia ao ser humano o cuidado e a ad-ministração do planeta Terra. E que devido a uma desobediência humana tem--se como consequência um prejuízo que interfere no meio natural. Mas, como responsabilidade dada ao ser humano, este precisa se redimir, educar e curar. Fica evidente a imprescindibilidade de se atentar para o cuidado com a vida da humani-dade como um todo, considerando a interseção entre cultura, ecologia e religião. Isso, no sentido de buscar propostas e caminhos relevantes para o contexto con-temporâneo de diálogo inter-religioso e desafios ecológicos.

THE ENVIRONMENTAL RESPONSIBILITY INTRINSIC TO THE CHRISTIAN FAITH: A MISSIOLOGICAL PERSPECTIVE

Abstract: crisis in the political, social and cultural spheres led to an environmental crisis.

An important emphasis values the intertwining of religious beliefs and practices that prize environmental preservation. Despite striking discussions about how to practice faith in different cultures, missiology, which is one of the latest theological disciplines, newest seems to ignore the intersection with ecology. This articulation of Christian faith and environmental issues emphasizes the Seventh-day Adventist tradition, through a literature review, in search of relevant proposals and paths for the debate about human responsibility for God’s creation.

Keywords: Ecological Awareness. Socioenvironmental Issues. Missiology. Christian Faith.

Adventist.

Referências

BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano-compaixão pela Terra. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.

BEVANS, Stephen. From Edinburgh to Edinburgh: toward a missiology for a world church. In: KALU, Ogbu U.; VETHANAYAGAMONY, Peter; CHIA, Edmund Kee-Fook (eds.). Mission after Christendom: Emergent themes in

contemporary mission. Louisville, KY: Westminster John Knox Press, 2010. BEVANS, Stephen. Themes and questions in missiology today. Disponível em: https://www.cppsmissionaries.org/download/mission/THEMES_AND_ QUESTIONS_IN_MISSIOLOGY_TODAYBevans.pdf. Acesso em: 17 set. 2019, 14:30.

BOSCH, David Jacob. Believing in the future: toward a missiology of Western culture. Valley Forge, PA: Trinity Press, 1995.

(12)

COORILOS, Geevarghese Mor. Toward a Missiology that Begins with Creation. International Review of Mission, Edinburgo/Irlanda, v. 100, n. 2, 2011, p. 310-315.

DAVIDSON, Jo Ann. The “E” Word. Perspective Digest, v. 8, n. 3, August 2003, p. 48-52. Disponível em: https://www.andrews.edu/sem/faculty_staff/faculty/jo-ann-davidson/the_e_word_pd_8-3_2003.pdf. Acesso em: 17 set. 2019, 15:30. DEWITT, Calvin B.; PRANCE, Ghillean T. Missionary Earthkeeping. Macon, Georgia: Mercer University Press, 1992.

FENSHAM, Charles. Faith Matters: towards a public missiology in the midst of the ecological crisis. Toronto Journal of Theology, Toronto/Canadá, v. 30, n. 1, Janeiro, p. 17-28, 2015.

GIDDENS, Anthony. Mundo em descontrole: o que a globalização está fazendo de nós. 4. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: editora Record, 2005.

GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. São Paulo: Ed.da UNESP, 1991.

HILL, Graham. GlobalChurch: reshaping our conversations, renewing our mission, revitalizing our churches. Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 2016. JENKINS, Willis. Ecologies of Grace: environmental ethics and Christian theology. Oxford: Oxford University Press, 2008.

KEUM, J. (ed.). Together towards life: mission and evangelism in changing

landscapes. Geneva: World Council of Churches Publications, 2013. LANGMEAD, Ross. Ecomissiology, Missiology: An International Review, v. 30, n. 4, p. 505-518, Outubro 2002. Disponível em: http:// rosslangmead.50webs.com/rl/Downloads/Articles/Ecomissiology2002.pdf. Acesso em: 19 set. 2019, 8:00.

LEMOS, Sônia Maria; HIGUCHI, Maria Inês Gasparetto. Compromisso socioambiental e vulnerabilidade, Ambiente & Sociedade, Campinas, v. XIV, n. 2, p. 123-138, jul.-dez. 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1414-753X2011000200009 Acesso em: 24 set. 2019, 22:15

MAHECHA, Germán Roberto. Aproximación a los rasgos de una

espiritualidad ecológica. Theologica Xaveriana, Bogotá/Colombia, v. 60, n. 169, p. 105-132 Jan.-jun. 2010.

NIEMANDT, Cornelius J. P. Ecodomy in mission: The ecological crisis in the light of recent ecumenical statements. Verbum et Ecclesia, v. 36, n. 3, 2015. Disponível em: http://dx.doi. org/10.4102/ve.v36i3.1437. Acesso em: 18 set. 2019, 20:10.

PITTON, Sandra Elisa Contri. Prejuízos ambientais do consumo sob a perspectiva geográfica. In: CORTEZ, Ana Tereza C.; ORTIGOZA, Silvia Aparecida Guarnieri (orgs.) Da produção ao consumo: impactos

(13)

socioambientais no espaço urbano [online]. São Paulo: Edunesp; Cultura Acadêmica, 2009. Disponível em: SciELO Books http://books.scielo.org. RAMIREZ, Germana Ponce de Leon. Consciência ambiental, educação e ludicidade. In: UNGLAUB, Eliel; CARDOSO, Afonso Ligório; COSTA, Francisca. Sustentabilidade na universidade: um diálogo transdisciplinar. Engenheiro Coelho/SP: UNASPRESS, 2015.

RAMOS, Elisabeth Christmann. Educação ambiental: origem e perspectivas.

Educar, Curitiba, n.18, p. 201-218, 2001.

RASI, Humberto. A Bíblia, a ecosfera e nós. Ministério, p. 24-26, Nov-Dez, 2013. SILVA, Cassiano Augusto Oliveira; NASCIMENTO, Kelly Thaysy Lopes.

Teologia e ecologia: uma ética para a preservação ambiental. Diversidade

Religiosa, v. 1, n. 2, 2015.

SNYDER, Howard. A. Salvation Means Creation Healed: Creation, Cross, Kingdom, and Mission. The Asbury Journal, v. 62, n. 1. Spring 2007. Disponível em: https://www.academia.edu/6830037/Salvation_Means_Creation_Healed_ Creation_Cross_Kingdom_and_Mission. Acesso em: 18 set. 2019, 20:15. SOGAARD, Viggo. Research in Church and Mission. Pasadena, CA: William Carey Library, 1996.

THOMAS, J. Mark. Introduction. In: DEWITT, Calvin. B.; PRANCE, Ghillean. T. Missionary Earthkeeping. Macon/Georgia: Mercer University Press, 1992. VALERA, Luca. La dimensión religiosa de la ecologia: La Ecología Profunda como paradigma. Teología y Vida, v. 58, n. 4, p. 399-419, 2017.

VAN MOERE, R. Ecology: the long-neglected commission. Signs, p. 5-7, 1988. VAN MOERE, R. The Bible’s answer to the ecology problem. Signs, p. 10-12, 1988.

VIEIRA, Ima Célia Guimarães. Abordagens e desafios no uso de indicadores de sustentabilidade no contexto amazônico. Cienc. Cult. , São Paulo, v. 71, n. 1, p. 46-50, Jan.-Mar., 2019. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/ scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252019000100013. Acesso em: 24 set. 2019, 22:20.

WRIGHT, Christopher J. H. Mission as a Matrix for Hermeneutics and Biblical Theology. In: BARTHOLOMEW, Craig, Healy, Mary, Moller, Karl; PARRY, Robin (eds.). Out of Egypt: Biblical theology and biblical interpretation. Grand Rapids, MI: Zondervan, 2004.

Referências

Documentos relacionados

Este desafio nos exige uma nova postura frente às questões ambientais, significa tomar o meio ambiente como problema pedagógico, como práxis unificadora que favoreça

Por fim, cumpre ressaltar que o Projeto de Lei 5080/2009 privilegia de forma cabal o incremento do devido processo legal, que se faz presente na desnecessidade de garantia do

Foram desenvolvidas duas formulações, uma utilizando um adoçante natural (stévia) e outra utilizando um adoçante artificial (sucralose) e foram realizadas análises

DATA: 17/out PERÍODO: MATUTINO ( ) VESPERTINO ( X ) NOTURNO ( ) LOCAL: Bloco XXIB - sala 11. Horário Nº Trabalho Título do trabalho

Após a implantação consistente da metodologia inicial do TPM que consiste em eliminar a condição básica dos equipamentos, a empresa conseguiu construir de forma

O pressuposto teórico à desconstrução da paisagem, no caso da cidade de Altinópolis, define que os exemplares para essa análise, quer sejam eles materiais e/ou imateriais,

Diante das consequências provocadas pelas intempé- ries climáticas sobre a oferta de cana-de-açúcar para a indústria, a tendência natural é que a produção seja inferior

Os roedores (Rattus norvergicus, Rattus rattus e Mus musculus) são os principais responsáveis pela contaminação do ambiente por leptospiras, pois são portadores