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COMBATE E PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS E PÂNICOS

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Academic year: 2022

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U N I D A D E 3

ELAINE CHRISTINE PESSOA DELGADO E GISELLY SANTOS MENDES

COMBATE E PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS E PÂNICOS

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Unidade 3| Introdução

Vários fatores influenciam para que o incêndio não se propague, por exemplo o tamanho da edificação, o layout ou até mesmo o tipo de construção. Dessa forma, é imprescindível a implementação de programas preventivos para que se saibam os riscos e quais as ações necessárias para que se evitar os sinistros. É fundamental conhecer como é efetuado o isolamento de risco entre as edificações e como devem ser os sistemas preventivos fixo e móvel.

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Unidade 3| Objetivos

1. Identificar os requisitos funcionais na segurança de um edifício e a central de gases combustíveis.

2. Aplicar os procedimentos de análise preditiva técnica sobre situações de risco.

3. Examinar o isolamento de risco e a carga de incêndio nas edificações.

4. Diferenciar e descrever os sistemas preventivos móveis e fixos.

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Segurança em Edificações e a Central de Gases Combustíveis

Conforme Seito et al (2008), em todos os espaços compreendidos pelo processo produtivo, assim como a utilização do edifício, deve ser levada em consideração a segurança contra incêndio, percorrendo desde o estudo prévio, da concepção do anteprojeto, do projeto executivo até a construção, operação e manutenção.

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Buxton (2017) explica que o propósito das medidas de prevenção contra incêndios dentro de uma edificação se baseia em dificultar a propagação e reduzir a disseminação das chamas. Os fatores que influenciam esse processo são: tamanho da edificação (área, altura, volume), layout e configuração internos da edificação, usos oferecidos e necessidades dos usuários, materiais de construção, revestimentos internos e externos, tipo de construção, instalações, mobiliário.

Para Brentano (2007), devem ser tomadas várias medidas de proteção contra o fogo, com o propósito de proteger as pessoas e o patrimônio, cada vez que for construída uma edificação, pois além de a edificação possuir um projeto de sistema de proteção bem organizado e integrado com todos os elementos arquitetônicos, ele também deve ser cumprido conforme o projetado e conservado permanentemente em condições máximas de uso.

As exigências das medidas de segurança contra incêndio de uma edificação diferem de acordo com as características da construção, devendo-se analisar antecipadamente os riscos envolvidos e em seguida determinar o melhor sistema de segurança a ser projetado, tendo-se em mente que um bom projeto é aquele que compreende a maior segurança possível com o menor custo, ou seja, o projetista deve analisar também a relação custo-benefício do projeto como um todo, tornando-o seguro e economicamente viável, explana o Corpo de Bombeiros de São Paulo, 2006.

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Central de gases combustíveis

Fernandes (2010) define central de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) como a área devidamente demarcada que compreende os recipientes transportáveis ou estacionário(s) e acessórios, indicados para o armazenamento de GLP para consumo da própria instalação.

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A central de gás tem suas instalações fixas (botijões e tubulações) com a finalidade de fornecimento de gás combustível para o consumo de uma edificação, assim como possui as caixas de reguladores de segundo estágio, que são instaladas em cada pavimento para diminuir a pressão do gás que sai do botijão, conforme leciona Liberato e Souza (2015). O proprietário ou responsável pela edificação deverá demonstrar a existência de responsabilidade técnica pelo cumprimento, e de manutenção periódica das instalações de gases combustíveis, de acordo com Fernandes (2010).

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Análise Preditiva Técnica sobre Situações de Risco

Para Seito et al (2008), as medidas de segurança contra incêndio em uma edificação são imprescindíveis e essenciais para a prevenção e diminuição de acontecimentos e seus danos. A edificação que não tem um plano e programa estabelecido para sua manutenção está propensa à situação de sinistros e, por conseguinte, aos riscos à vida, perdas de ativos e bens patrimoniais e impactos negativos ao meio ambiente.

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Almeida (2014) esclarece que o setor de manutenção também deve fornecer todos os recursos indispensáveis para assegurar que máquinas, equipamentos e instalações das edificações estejam em perfeito estado de desempenho. Isso compreende paredes, telhado, tubulações hidráulicas, instalações elétricas e o amplo conjunto de móveis, veículos, máquinas e equipamentos existentes no interior da edificação.

Xenos (2014) classifica as manutenções em corretiva, preventiva e preditiva, sendo a manutenção corretiva aquela que sempre é realizada depois que a falha aconteceu. Do ponto de vista de manutenção, apresenta-se como a mais barata, contudo pode gerar grandes perdas. A manutenção preventiva envolve algumas tarefas sistemáticas como inspeções, reformas e trocas de peças. Acaba se tornando mais cara devido à troca das peças e à reforma dos componentes antes de chegarem ao seu limite de vida útil.

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Manutenção e lubrificação periódicas

Os equipamentos e as máquinas devem ter manutenção e lubrificação periódicas, para impedir aquecimento, que põe em risco o ambiente de trabalho, informa o Senai (2017).

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Desse modo, medidas preventivas de manutenção e lubrificação devem integrar a rotina de trabalho nas empresas, devendo ser oferecida atenção especial para máquinas e equipamentos situados em ambientes de difícil acesso, pois é corriqueiro nesses lugares os trabalhos de manutenção, lubrificação e de inspeção serem relaxados, conforme Loser (2013).

É imprescindível observar as várias causas de incêndios e adotar meios preventivos para evitar seus acontecimentos, como no caso de falta de lubrificação preventiva, em rolamentos, mancais, peças giratórias, assim como partes móveis mal lubrificadas e mal ajustadas, que também estão entre as fontes de atrito e calor e são responsáveis por grandes incêndios. Além desses, é necessário manter atenção em problemas elétricos, sobrecargas, curto-circuitos e outros.

É muito importante que todas as instalações sejam examinadas por profissionais especializados na área e bem dimensionadas quanto à carga que irão aguentar por conta de trabalhos efetivados nas empresas que possam provocar ignição. Para isso, a Permissão de Trabalhos a Quente apresenta os procedimentos essenciais para vistoriar os ambientes e maneiras de desempenhar os trabalhos a quente.

Para acesso a espaços confinados recomenda-se um acompanhamento dos níveis de oxigênio e de explosividade para a efetivação dessas atividades. A iluminação deve ser à prova de explosões de baixa voltagem, como também de líquidos inflamáveis, de acúmulo de lixo e de cigarro.

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Isolamento de Risco e Carga de Incêndio nas Edificações

De acordo com Fernandes (2010), as edificações poderão ser classificadas em vários aspectos, quando seguidas Normas Brasileiras e dos Códigos de Prevenção de Incêndios existentes. Contudo, no que se refere à construção e ao risco de incêndio elas podem ser classificadas quanto à construção e quanto ao risco de incêndio.

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Para o dimensionamento da área de risco de uma edificação considera-se área de risco todo ambiente, coberto ou não, onde possa acontecer o incêndio, sendo calculadas como área de risco as áreas cobertas, ainda que edificadas em material incombustível ou resistente ao fogo, e as áreas descobertas, calculadas como área de risco quando empregadas como depósitos de materiais combustíveis, informa Fernandes (2010).

As áreas de risco, segundo Fernandes (2010), são classificadas em: isoladas, compartimentadas e incorporadas.

A área de risco isolada é separada de qualquer outra área de risco por espaços desocupados e pode ser dimensionada em separado e de maneira peculiar a cada agrupamento, conforme descreve Fernandes (2010).

A área de risco compartimentada é aquela que possui compartimentação horizontal ou vertical por meio de elementos construturais, os quais apresentam resistência à propagação do fogo a outras partes do risco ou a outros riscos, e poderão ter seus dimensionamentos efetuados sobre o risco específico de cada área compartimentada, sendo que o sistema preventivo será definido em razão da somatória destas áreas, explicita Fernandes (2010).

Já a área de risco incorporada é aquela que não possui isolamento, tornando possível a propagação do fogo a outras áreas de risco e terão seus dimensionamentos executados sobre o risco específico de cada área, com obediência às exigências mínimas do risco predominante, menciona Fernandes (2010).

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Carga de incêndio nas edificações

A carga de incêndio, conforme Silva (2014), é a totalização dos potenciais caloríficos de todos os materiais nos interiores do compartimento, envolvendo mobiliário, revestimentos e outros materiais combustíveis, e possivelmente até a estrutura (madeira).

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Para Fernandes (2010), a carga de incêndio é o material combustível de uma edificação ou de parte dela, manifestado em termos de massa média de materiais combustíveis por unidade de área, sendo calculada a liberação de calor com base no valor calorífico dos materiais, abrangendo móveis e o seu conteúdo, divisórias, acabamento de pisos, paredes e forros, tapetes, cortinas e outros.

Buxton (2019) explica que a maioria da carga de incêndio de uma edificação é formada pelos materiais internos, sobre os quais o projetista talvez não desempenhe qualquer influência.

Alguns tipos de ocupações apresentam controles ligados à possibilidade de ignição do mobiliário (edificações domésticas e onde existe aglomeração de indivíduos, com legislação relativa a licenciamento, hospitais e prisões, segundo as normas governamentais).

A carga de incêndio de um prédio é um elemento que permite analisar, de acordo com a teoria, a intensidade do fogo na casualidade de acontecer um incêndio. Deste modo, é dispensável colocar uma classificação da intensidade provável de incêndios em prédios conforme sua ocupação, lembra Fernandes (2010).

Segundo Silva (2014), o valor da carga de incêndio pode ser determinado ou por medição ou levando em consideração valores padronizados. Determinar por medição significa avaliar a massa (kg) de cada material interno ao compartimento e multiplicar pelo seu respectivo potencial calorífico específico (MJ/kg). Assim, o resultado final será a carga de incêndio.

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Sistema Preventivo Móvel e Fixo na Prevenção de Incêndio e Pânicos

Fernandes (2010) explica que é obrigatório o sistema móvel de proteção contra incêndios por extintores em todas as edificações submetidas ao Código de Prevenção de Incêndios do Corpo de Bombeiros, mesmo nas edificações em que for determinado o uso do sistema fixo de proteção contra incêndios por hidrantes.

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Os extintores deverão estar situados onde tiver menor probabilidade de o fogo dificultar seu acesso, mentendo-se visíveis, para que todos os usuários da edificação fiquem familiarizados com sua localização. Não devem ficar escondidos por pilhas de mercadorias, matérias-primas ou outro material qualquer, além de estarem protegidos contra golpes, conforme explicita Fernandes (2010).

Todos os extintores deverão possuir selos do Inmetro, e este selo deve conter a data de fabricação do extintor. A cada cinco anos esses extintores deverão ser submetidos a teste hidrostático para garantia do casco do aparelho. Nas etiquetas de carga e recarga dos extintores deverá estar incluído o nome do proprietário e o endereço da edificação que os extintores devem proteger, informa Fernandes (2010).

Carvalho Junior (2017) afirma que os extintores devem ser colocados em locais acessíveis e sem impedimentos para a utilização imediata em princípios de incêndio. Não podem ser acomodados em escadas e devem se manter desimpedidos, segundo o estabelecido na Instrução Técnica 20.

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Sistema Preventivo Fixo

Conforme Brentano (2007), os sistemas fixos são formados por redes de canalizações fixadas nas edificações. Possuem como elementos de aspersão a água sobre o fogo, os hidrantes, mangotinhos, chuveiros automáticos e projetores ou bicos nebulizadores.

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O dimensionamento do sistema de mangotinhos é idêntico ao sistema de hidrantes, lembra o Corpo de Bombeiros de São Paulo. Todos os sistemas devem possuir dispositivo de recalque, tratando-se de um prolongamento de mesmo diâmetro da tubulação principal, cujos engates sejam compatíveis com os empregados pelos Corpo de Bombeiros. Esse dispositivo de recalque deve ser preferencialmente do tipo coluna.

Conforme a NBR 10897 (1990), os sistemas de chuveiros automáticos classificam-se em:

sistema de tubo molhado, sistema de tubo seco, sistema de ação prévia, sistema dilúvio e sistema combinado de tubo seco e ação prévia.

A distância máxima aceita entre chuveiros automáticos deve ser fundamentada na distância entre chuveiros automáticos no mesmo ramal ou ramais adjacentes, devendo esta ser medida ao longo da inclinação do telhado, explana Carvalho Junior (2017).

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Obrigada!

Referências

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