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MONTES CLAROS, SEXTA-FEIRA, 10 DE DEZEMBRO DE 2021

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ANO XVI - Nº 4.285 MONTES CLAROS, SEXTA-FEIRA, 10 DE DEZEMBRO DE 2021

Cimams cria Selo Sanitário Os aplausos são para eles

Instituição elabora projeto que irá facilitar a ins- talação do Serviço de Inspeção Sanitária (SIM) do Norte de Minas. Iniciativa, em forma de consórcio, é fundamental para fortalecer o agronegócio e a in- dústria de alimentos regional.PÁGINA 3

Nesta sexta-feira se comemora o Dia Universal do Palhaço, personagem que povoa o imaginário das crianças e que arranca gargalhadas de pessoas de todas as idades. Pula-Pula conversa com O NOR- TE e recebe nossa homenagem em nome de todos os outros profissionais da alegria.PÁGINA 5

Mesmo com a pandemia, o Parque Na- cional Cavernas do Peruaçu mantém a média de visitantes. Unidade de conser- vação deve ganhar ainda mais fama co- mo candidata a Patrimônio Mundial.

PÁGINAS 9 E 10

Do tamanho do mundo

Fiocruz divulgou nesta quinta-feira alerta de que o surto registrado na capital fluminense pode ser expor- tadoparaoutrosestados.Pelaproximidadeeintercâm-

biodeviajantes,oriscodechegadadadoençaaMinasé grande. Em Montes Claros, preocupação é real porque alguns grupos – como os idosos, mais vulneráveis –

não bateram a meta de imunização. Situação agrava- da pela falta de doses contra o Influenza na cidade.

Orientação é para que populaçãose previna.PÁGINA 4

Gripe no Rio e falta de

vacina assombram MOC

COLUNA ESPLANADA -Leandro Mazzini ..

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.. página 2

PRETO NO BRANCO -Aldeci Xavier ..

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.. página 3

SOCIAL -Ruth Jabbur

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.. página 6

PILAR LITERÁRIO -Terezinha Campos ..

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.. página 7

STUDIOTHUNDERHORSE/

uCOLUNAS

GLÓRIA E INSEGURANÇA- Pula-Pula conta como é gratificante a arte e sobre as dificuldades

DIVULGAÇÃO

PÁGINA 8 dos games, com tecnologia pixel art

MANOEL FREITAS

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CRISE À VISTA

Se Barroso acolher a ação – como é a tendência –, será deflagrada um nova crise entre os poderes, já que o go- verno Bolsonaro resiste à cobrança de comprovante de vacinaçãoeselimitouaexigirquarentenadecincodias e teste RT-PCR a viajantes não vacinados que queiram entrar no país.

DUPLA FACE

Embora tenha lançado a pré-candidatura de Simo- ne Tebet (MS), o MDB segue como sempre: rachado.

Uma pequena ala aposta na senadora, enquanto a outra – comandada por caciques – mantém conver- sas para apoiar outro candidato da chamada tercei- ra via em 2022. Há até quem defenda ser vice na chapa do ex-presidente Lula.

LISTA VERMELHA

Mais de 47 dias depois de o ministro Alexandre de Mo- raes, do STF, determinar a prisão do bolsonarista Allan dosSantos,onomeeafotodoblogueiroaindanãocons- tamnalistadaDifusãoVermelha daInterpol.OBrasilé representadonaentidadeinternacionalpelaPolíciaFe- deral que teria, por dever, cobrar mais celeridade na inclusão do foragido – investigado por propagação de fake news – na lista de procurados.

INÉRCIA

Allan dos Santos agradece a inércia – tanto da PF brasi- leira quanto da Interpol – e segue perambulando pelos Estados Unidos, participando de lives e gravando ví- deos com ataques ao Supremo Tribunal Federal.

GARIMPO

O procurador-geral da República, Augusto Aras, terá em sua mesa várias representações contra o aval dado pelo general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), para sete projetos de ex- ploraçãodeouro emregiõespreservadasdaAmazônia.

CONDUTA

Uma já chegou, do deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ)

quepedeparaapurara“existênciadeeventualconduta capaz de ensejar responsabilização criminal e/ou civil dogeneral”.Outrasrepresentaçõesestãosendofinaliza- das pelo PT e PDT. “Como têm coragem de ir a eventos sobre o clima e dizer que estão ajudando a preservar a Amazônia?”, indaga o deputado Enio Verri (PT-PR).

OFUSCADO

O União Brasil, partido oriundo da fusão entre o DEM e do PSL, ainda não engrenou. Divergências estaduais e incertezas sobres os rumos em 2022 ofus- cam a pretensão inicial da legenda de se cacifar co- mo terceira via. O ex-ministro da Saúde, Luiz Henri- que Mandetta, perdeu força após a fusão e tem fala- do em apoiar outro candidato.

ACENO

Um aceno claro ao presidenciável Sergio Moro, de quem é amigo e mantém conversas diárias. Mandet- ta sempre recorre à frase dita antes de deixar o go- verno Bolsonaro – “médico não abandona o pacien- te” – para reafirmar que, como candidato ou não, jamais “desistirá” do Brasil.

OMISSÕES

Assim como a CPI da Pandemia, a Comissão Temporá- ria do Covid-19 do Senado aponta, em seu parecer final, uma série de omissões e erros do governo Bolsonaro que culminaram na morte de mais de 600 mil pessoas.

“A imunização da população brasileira demorou a co- meçareevoluiuemritmomaislentodoqueodesejável, easaçõeseomissõesdoGovernoFederalforamasgran- des responsáveis por esse atraso”, conclui o relatório.

QUEDA

Os gastos do governo federal em iniciativas de coo- peração internacional apresentaram redução de 46%, em 2020, e foram impactados diretamente pe- la crise da pandemia, revela relatório preliminar de Cooperação Brasileira para o Desenvolvimento In- ternacional (Cobradi) do Instituto de Pesquisa Eco- nômica Aplicada (Ipea).

COLUNA ESPLANADA

Opinião

A terceira dose da vacina contra a Covid-19 no Brasil é, segundo especialistas, fundamental para frear uma possível nova onda da doença. O novo ciclo que teve início com idosos e profissionais da saúde parece ser a arma para evitar que outras va- riantes, quaisquer que sejam, possam promover o caos que se instalou no mundo em 2020, quando o vírus paralisou a humanidade.

Essasignificativamudançamostraque,aocontrário do que se imaginava, o vírus continua se modificando e a guerra ainda não está vencida. A dose extra visa proteger a população contra variantes, como a Delta, que estavam conseguindo

burlar a segurança trazida pela aplicação das duas do- s e s . E a g o r a t e m o s a Ômicron – cujos estudos ainda estão em andamen- to para saber se a vacina nos protege contra ela.

A necessidade de aplica- ção da dose extra traz com ela o alerta: mesmo quem completouoesquemavaci- nal precisa manter todos os cuidados. Segundo cien- tistas, a dose extra é funda- mental para que o organis-

mo,defato,consigaconstruirumadefesaeficazcontra o vírus Covid.

Todos os países que já estão com o esquema de vaci- nas adiantado estarão, como o Brasil, aplicando a ter- ceira dose em sua população, senão por uma questão de saúde, por uma questão econômica, já que novos fechamentos impactam diretamente na economia.

Já os países mais pobres, infelizmente, seguirão no esquema de vacina a conta-gotas, já que dependem da

“esmola” dos países mais ricos.

A conclusão fatal ante o que se tem visto é a de que essa guerra ainda está longe de terminar, porque en- quanto a humanidade não se conscientizarde que só a imunização coletiva será capaz depromover uma pro- teção efetiva, continuará à mercê do vírus e das suas variantes.

Tentaremos ganhar uma guerra que só poderá ser ganha quando todos voltarem a agir como hu- manos que são, quando a solidariedade for uma regra e não uma exceção. Então, cuide-se! O cuida- do precisa ser coletivo para que novas ondas não tenham mais espaço.

EDITORIAL

reportagem@colunaesplanada.com.br LEANDRO MAZZINI

Passaporte

Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste

Ao verbalizar que procura adotar, em suas decisões, os padrões científicos recomendados pelas autorida- des médicas mundiais, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Barroso, sinaliza que vai aco- lher a ação, protocolada pela Rede Sustentabilidade, que pede a obrigatoriedade de comprovação de vacina- ção contra a Covid-19 para quem entra no Brasil. Além de entidades que representam secretários de Saúde, o passaporte da vacina é defendido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A dose extra é fundamental para que o organismo, de fato, consiga construir uma defesa eficaz contra o vírus Covid

Cuidado coletivo

DE MINAS

O NORTE

EXPEDIENTE

O JORNAL QUE ESCREVE O QUE VOCÊ GOSTARIA DE DIZER www.onorte.net

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PRETO NO BRANCO

Cimams se mobiliza por selo sanitário

Prefiro não acreditar que a direção do Consórcio IntermunicipaldeSaúdedaRededeUrgênciadoNor- te de Minas (Cisrun/Samu Macro Norte), em plena pandemia da Covid-19, resolveu fazer festa, convi- dandoaliadosquepermitiramqueoatualpresiden- te,MarceloMeirelles,chegasseàdireção.Afestaestá marcada para esta sexta-feira, em buffet, no início daBR-365,sentidoPirapora.Ainformaçãoquechega àcolunaéadequecentenasdepessoasforamconvi- dadas. O que mais nos deixa indignados é de que a festa será realizada por entidade da área de saúde, certamente com dinheiro público, cujo objetivo de sua utilização é outro.

Exemplo e fiscalização

Como explicar o fato de uma entidade que rece- be recursos do governo federal e das prefeituras para atender o setor de saúde resolve realizar uma festa de confraternização de final de ano, com centenas de pessoas em momento que deve- ria contribuir para o enfrentamento da pandemia da Covid-19. Seria importante que a direção do Cisrun Macro Norte, também conhecido como Sa- mu Regional, viesse a público explicar a gastança fora de hora e em momento impróprio. Aliás, será que a Prefeitura de Montes Claros, que a partir de hoje está impondo à população a comprovação de vacina da Covid para frequentar estes locais, enviará para o local fiscais para saber a situação vacinal das centenas de convidados?

Idene e a eleição

Em coluna anterior comentamos que o bocaiu- vense Nilson Borges, que respondia pelo Idene no Norte de Minas até o meado do ano, vem percor- rendotodooEstadodandomostrasdequeenfren- taria as urnas no pleito eleitoral do próximo ano.

A este respeito, ele informou à coluna que este projeto não está no seu planejamento e que as viagens fazem parte do trabalho de consultoria e treinamento para órgãos públicos.

Passaporte sanitário

Ontempelamanhã,duranteaudiênciarealizadana Câmara de Vereadores de Montes Claros,dezenas de manifestantes compareceram com cartazes, conde- nandoasmedidasimpositivasdaprefeituraquepas- souaexigirochamadopassaportesanitárioparaque ocidadãopossafrequentarestabelecimentoscomer- ciais,clubes,academias,restaurantes,barzinhoseou- tros.Comootemadaaudiênciafoiasituaçãodaprevi- dência dos servidores, a discussão da manifestação ficou para outro momento.

Cemitério Miralta

O vereador por Montes Claros Valdecy Conta- dor, atendendo solicitação dos moradores de Mi- ralta, aproveitou pronunciamento da tribuna pa- ra cobrar da prefeitura a construção de um novo cemitério naquele distrito. Ele alegou que o atual não tem mais espaço para receber sepultamen- tos.Nabuscadesoluçãoparaoproblema,overea- dortambémencaminhourequerimentoaoExecu- tivo pedindo providências.

Instituição convoca municípios a aderirem à proposta que irá fortalecer a economia regional

u Cisrun e a Covid

SELO LOCAL- Serviço irá aumentar segurança da produção de alimentos e do agronegócio regionais

Aldeci Xavier aldecixavier@gmail.com

Márcia Vieira

Repórter

O Serviço de Inspe- ção Sanitária (SIM) do Norte de Minas está perto de se tornar reali- dade, se depender do ConsórcioIntermunici- pal Multifinalitário da Área Mineira da Sude- ne (Cimams). A institui- ção convoca os municí- pios para a implanta- ção do SIM Regional, que é regulamentado por leis federal e muni- cipal, mas muitos ain- da resistem.

Um dos motivos que dificultam a adesão dos municípios é o alto cus- to. Para derrubar esse argumento, o Cimams propõe a criação do “se- lo de consórcio”, que re- duz o investimento e oferece segurança aos municípiosparacomer- cializar os produtos de origem vegetal ou ani- mal na área de abran- gência do consórcio.

“Éumcustoaltoman- ter uma equipe com ve- terinários,infraestrutu- ra, veículo para fazer

fiscalização e todo traba- lho de orientação das mi- cro e pequenas empresas.

No caso do consórcio, a gente recebeu incentivo do Fundo Estadual de Pro- moção e Defesa do Direito do Consumidor. São dois projetos,umpara74muni- cípios do Norte de Minas e outro para 13 municípios do Vale do Jequitinho- nha”, afirma Karla Eriely Magalhães, do Departa- mentodeConvêniosePolí- ticas Sociais do Cimams.

Segundoela,comestere- curso, a instituição terá a estruturação mínima dos equipamentos para im- plantação do serviço. Ao invés de o município ter que estruturar um serviço

de inspeção dentro do seu território, ele vai ser aten- dido por um serviço regio- nal, que já vai começar a operar com estrutura mí- nima,comveículo,compu- tador de mesa, notebook, datashow, GPS e equipa- mentos necessários, bem como uma equipe míni- ma, com veterinário e au- xiliar administrativo.

“O Cimams vai ter uma equipe de referência vin- culada ao consórcio e ca- da uma das 11 regionais do Norte de Minas e as do Va- le do Jequitinhonha terão sua equipe de referência.

Este servidor poderá ser cedidodoquadrodomuni- cípio”, explica Karla.

E s t á e m e l a b o r a ç ã o

uma minuta do projeto de lei que estabelece as dire- trizesepermissões.Ovete- rinário Juscélio Cardoso pontua que a adesão é vo- luntária e os municípios nãosãoobrigadosasecon- sorciar ou permanecer consorciados.

Entretanto,todosospro- dutos de origem animal, para serem oferecidos ao consumo, obrigatoria- mente têm que passar pe- la prévia fiscalização in- dustrial e sanitária, execu- tada pelo poder público, conforme definido na Lei nº1.283, de18de dezembro de 1950.

A não adesão implica em prejuízo sanitário pa- ra o comércio do territó- rio e municípios vizi- nhos. “Ou seja, isso oca- siona prejuízos diretos à economia local e, princi- palmente, à saúde da po- pulação, pois um produ- to não inspecionado po- de causar doenças”, afir- ma o profissional.

Ameta do Cimams é que atémarçode2022sejarea- lizada uma reunião com todasasregionaisparaefe- tivar o funcionamento.

Jornalista, articulista, analista político e empresarial

EMATER-MG/DIVULGAÇÃO

“Existem diversas zoonoses transmitidas pelo consumo do alimento processado de forma irregular. Além de prejuízos econômicos e ambientais, pois a deposição de resíduos de forma irregular pode contaminar o solo”

Juscélio Cardoso

Veterinário

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Saúde

u Doença pode romper fronteiras e chegar ao Estado, segundo Fiocruz

A dose contra o Influenza é distribuída pelo Ministério da Saúde apenas durante a campanha, que neste ano aconteceu em junho e julho. Por isso, Montes Claros não tem mais doses disponíveis.

A coordenadora de Vigilância em Saúde da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros, Agna Menezes, diz que fora da

campanha o ministério não envia essa vacina.

“Ficamos com um estoque para aplicar em crianças que chegam aos seis meses e

gestantes”. Agna afirma que municípios que ainda têm a dose disponível só poderão aplicá-la e lançar a vacinação no sistema nacional até 19 de dezembro. “Depois dessa data, o sistema fecha.

Normalmente, em janeiro, a Anvisa emite uma nota pedindo para que as doses que sobraram não sejam utilizadas porque, com a sazonalidade, o vírus circulante muda e é necessário mudar a composição da vacina”, explica Agna.

*Colaborou Márcia Vieira

Gripe no Rio e falta de vacina ameaçam MOC

Vacina, só na campanha

uSAIBA MAIS

MAIS EXPOSTOS- Em Montes Claros, o grupo de idosos, sempre o mais assíduo à campanha de vacinação contra a gripe, não conseguiu bater a meta de 90% de imunizados neste ano

Janaína Fonseca*

Editora

O surto de gripe no Rio de Janeiro, que já re- gistrou a contaminação de21milpessoasnasúlti- massemanassónacapi- talfluminense,deixaMi- nas em alerta. A preocu- pação está baseada na baixa cobertura vacinal contraoInfluenzaneste ano em várias cidades do Estado, apesar dos alertas feitos pelas auto- ridades de saúde para que a adesão à campa- nha fosse grande em função do quadro peri- goso criado pela pande- mia da Covid-19.

Em Montes Claros, por exemplo, o grupo mais vulnerável – os idosos – não conseguiu atingir a meta estipula- da pelo Ministério da Saúde, que é de 90% de imunizados. Na cida- de, apenas gestantes, puérperas, profissio- nais de saúde e crian- ças conseguiram atin- gir o índice desejado.

E a maior cidade do Norte de Minas tem um agravante: não há mais doses de vacina contra o Influenza. Quem não se protegeuestáexpostoao risco de contaminação, sem chance de buscar a imunização, alerta a se- cretária Municipal de Saúde, Dulce Pimenta.

Sem conseguir levan- tar os dados sobre o nú- mero de casos de gripe

registradosnesteanoeoín- dice detalhado de cobertu- ra vacinal de cada público até o fechamento desta edi- ção,MontesClarossevêex- postaàdoençaquefezaFio- cruzdivulgarumalertanes- ta quinta-feira aos grandes centros urbanos e turísti- cos do país.

A instituição aponta que há o risco de exportação de casos de Influenza A, que foram observados no Rio de Janeiro, tanto em crian- ças quanto na população adulta. O recado é voltado especialmente aos locais com baixa adesão às medi- dasnãofarmacológicaspa-

ra reduzir a transmissão da Covid-19.

Conforme o boletim, o quadro nacional indica al- ta nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em todas as faixas etáriasabaixode60anos.A ocorrência fica mais evi- dente no grupo etário de crianças e jovens adultos nasfaixasaté9anos,de10a 19 anos e de 20 a 29 anos.

O coordenador do Info- Gripe, Marcelo Gomes, res- salta que, embora nas fai- xas etárias entre 30 e 59 anosocrescimentoseja“re- lativamenteleve”,eleécon- sistente, o que reforça a ne-

cessidade de cuidados.

TRANSMISSÃO FÁCIL O infectologista Unaí Tu- pinambás, membro do Co- mitê de Enfrentamento à Covid de Belo Horizonte, não descarta a possibilida- dedeovíruschegaraoEsta- do. “O vírus H1N1 tem uma transmissão muito fácil, as pessoas se deslocam de um Estado para ooutro. Temos o risco de ter um surto de gripe aqui também”, avalia o médico.

De acordo com o espe- cialista, o aumento do nú- mero de doentes já era es- perado por conta do isola-

mento provocado pelo co- ronavírus. “Agora, com a flexibilização, estamos com movimentação urba- n a e m n í v e i s p r é - pandêmicos”, afirma.

Considerando o cenário epidemiológico em Minas, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) afirmou que é preciso manter o alerta e as boas práticas recomenda- das para a prevenção de ví- rus respiratórios, além de seguircomosesforçospara alcançar “altas e homogê- neas coberturas vacinais contra a gripe”.

*Com Agência Brasil e Luiz Augusto Barros, do Hoje em Dia

TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL

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E o palhaço, o que é?

Mensageiro da alegria

Nesta sexta celebra-se o dia dessa figura tão querida e O NORTE conversa com Pula-Pula, um dos representantes desses artistas em Montes Claros

u

Adriana Queiroz

Repórter

“O palhaço é nossa alegria/Qualquer ho- ra de noite ou de dia/O palhaço vira camba- lhota/E sua bengala parece a letra J”. Estes são os versos finais de

“O Palhaço”, composi- ção de Cylene Peluso e Olívio Araújo, cantiga de versos simples e de- licados, interpretada por Rubinho do Vale, violeiro que homena- geia esses preciosos profissionais. Artistas que nos fazem rir e ro- lar de rir com suas ves- tes extravagantes, cal- ças largas, sapatos enormes, cabeleiras coloridas, além, é cla- ro, dos paletós esquisi- tos e nariz vermelho!

Figuras tradicionais e sempre presentes em circos e festas in- f a n t i s , e l e s a n d a m meio sumidos. Mas, s e m p r e q u e a p a r e - cem, são a alegria da meninada e dos adul- tos também. Nesta sex- ta-feira (10) é comemo- rado o Dia Universal do Palhaço. O NORTE conversa com um de- les como forma de ho- menagear a todos.

“Pula-Pula” está nos palcos da alegria há m a i s d e 2 0 a n o s . Quem dá abrigo a essa figura é o norte-minei- ro Getúlio Evangelista de Souza, de 48, que,

antes de incorporar o per- sonagem, atuou no tea- tro, com a música, tocan- do percussão em grupos da cidade e depois con- tando piadas para ami- gos e familiares.

O gosto pela arte de ser palhaço Getúlio desco- briu em 2000, quando participou das oficinas circenses no “Grande Cir- co Popular do Brasil”, do ator Marcos Frota. Era um projeto da Secretaria de Turismo, que recebia o nome de “Projeto Piloto – Universidade Livre do Circo”. Durante alguns anos, fez aulas de malaba- rismo, perna de pau, acro- bacias e palhaço.

VIVER DA ARTE Suas maiores inspira- ções são Os Trapalhões (destaque para Renato Aragão), Golias e Costi- nha. Mas viver da arte não é tarefa fácil. Por isso, Ge- túliotevequeaprenderou- tras atividades para ga- nhar o pão de cada dia.

“Comotempo,junteimi- nhasaulas/oficinasdetea-

tro, dei aulas em projetos sociais dos governos esta- dual e municipal, como o Fica Vivo, TimArtEduca- ção, Peti, dentre outros, além de minhas oficinas particulares. No decorrer da carreira me envolvi também com a elétrica (motores elétricos), que se tornou meu ganha-pão, pois na cidade é difícil vi-

ver apenas da arte”, conta.

O artista também ad- quiriu alguns conheci- mentos de sonoplastia e iluminação e, atualmen- te, trabalha pelo municí- pio como técnico da Ca- sa de Cultura.

HISTÓRIAS

As dificuldades em se- guir com Pula-Pula são muitas, conta Getúlio, pe- la desvalorização, princi- palmente a financeira, desse tipo de atuação.

Mas ele guarda muitas histórias de tempos mais fartos e de palcos mais abertos aos palhaços.

“Destaco uma em que uma criança, ainda de co-

lo, só queria tocar com o indicador o nariz do pa- lhaço. Esse momento me marcou muito”, diz.

E o número mais pedi- do pela criançada, qual era? Ah, Pula-Pula tem na ponta da língua: eram aquelas com a participa- ção de outros palhaços, em que um deles sempre se dava mal.

“Eles gostam quando um palhaço ‘engana’ o ou- tro. Mas tem também a parte onde algumas má- gicas são reveladas. Eles amam”, diz.

Outra lembrança queri- da, conta Getúlio, foram as apresentações no Asi- lo São Vicente de Paula.

“Me emocionei muito. Os idosos choraram de ale- gria, e nós, os palhaços, choramos de emoção.

Até hoje, só de lembrar, me emociono”.

NOVO MUNDO

Embora nos dias de ho- je a maioria das brinca- deiras estejam relaciona- das à tecnologia, como computadores, smar- tphones, videogames, o artista diz que os palha- ços ainda fazem sucesso.

Para quem começar, ele dá um conselho: “o difícil é a falta de incentivo e o tanto de animal irracio- nal que leva o nome de palhaço. Mas o palhaço continua sendo sinôni- mo de alegria e felicida- de. Aconselho a quem goste que continue so- nhando, brincando...”.

DIVERSÃO - Há 20 anos, Getúlio dá vida ao palhaço Pula-Pula, que provoca risadas em pessoas de todas as idades

DIVULGAÇÃO

E o que faz o palhaço Pula-Pula sorrir?

“A criança com sua humildade, o velhinho com sua simplicidade, o jovem com sua doçura e o respeito com o palhaço”

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Lançamento do e-book “Bioética e Suas Perspectivas Sociais”, pela Edito- ra Unimontes, em 29 denovembro, emho- menagem ao ex-rei- torprofessorJoséGe- raldo de Freitas Dru- mond.Estiverampre- sentes na solenida- de de lançamento o reitor da Unimontes, professorAntônioAl- vimar Souza; a viúva doprofessorJoséGe- raldo de Freitas Dru- mond, Márcia Quei- roz Gonzaga; os or- ganizadores e auto- res; a diretora do CC- SA, professora Maria Ângela Figueiredo Braga; as professo- ras Orlene Veloso e Joanilva Ribeiro; os professores Jorge Gomes e Marcos Au- rélio Trindade e as acadêmicas Poliana Luís e Luma Froés.

Vivernovedécadaséumadá- diva divina, e a querida Maria Amélia recebeu da vida esse grande presente. Completa- mente lúcida e dona de suas próprias atitudes, a aniversa- riante festejou ao lado dos fi- lhos e netos, em um jantar re- gado de surpresas e homena- gens.Devidoàpandemia,aco- memoração foi restrita ape- nas à família, mas em clima de muita alegria e emoção. Maria Amélia esteve felicíssima por estar cercada de carinho e amor. Receba o abraço e felici- tações desta coluna. Que Deus continue a abençoá-la e protegê-la.

Unimontes lança e-book

Maria Amélia festeja seus 90 anos

Ruth Jabbur

Ruth Jabbur colunistaruthjabbur@gmail.com

As

organizado- rasdo e-book Orlene Veloso, Maria Ângela Figueiredo Bragae Joanilva Ribeiro Lopes, professo- rasda Unimontes A

aniversa- riante esbanjan- do

carisma e elegância!

Maria Amélia ladeada pelos filhos Denise, Ítalo, Mara e Luiz Manna

Com os netos Rogério, Laís, Rafael, Ítalo Neto, Tiago, Ana Júlia, João Victor, Maria Luiza e Talita

Organizadores e autores do e-book

“Bioética e Suas Perspectivas Sociais”:

Orlene Veloso, padre Jorge Gomes, Maria Ângela Figueiredo Braga, Joanilva Ribeiro Lopes e Marcos Aurélio Trindade

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Maria Firmina dos Reis nasceu em São Luiz do Maranhão em março de 1822. A mãe, Leonor Felippe dos Reis, foi uma escrava alforriada. O pai, João Pedro Esteves, um homem de posses, sócio do comendador Caetano José Teixeira, a quem a mãe de Maria Firmina servia.

Aos 5 anos tornou-se órfã e mudou-se para a cidade de Guimarães, no interior do Mara- nhão, para viver na casa da tia materna. Lá, formou-se professora e, aos 25 anos, foi apro- vada em um concurso público para lecionar Primeiras Letras.

Foi professora, poeta, compositora e colabo- radora de jornais no Maranhão, numa época em que a educação feminina era restrita aos cuidados com a casa e com a família.

Como educadora, formou uma escola mista (para meninos e meninas) no Maranhão, a pri- meira do Estado e uma das primeiras no país no início da década de 1880. Escritora negra considerada a primeira romancista brasileira.

Algumas de suas obras são: A Escrava, Úrsula, Cantos à Beira Mar, Conto: Hino de Libertação dos Escravos, Parnaso Mara- nhense: coletânea de poemas junto com ou- tros autores.

O romance Úrsula, principal obra de Maria Firmina, foi publicado em 1859. A história con- ta com protagonistas brancos, mas, pela pri- meira vez na literatura brasileira, persona- gens negros têm voz.

A obra é precursora da temática abolicionista na literatura do país. O romance é considerado, ainda, o primeiro gênero a ser publicado por uma mulher negra em todos os países de língua portuguesa. Romance original brasileiro, foi uma obra esquecida por décadas, recuperada em 1962 pelo historiador paraibano Horácio de Almeida (Revista Cult).

Maria Firmina denunciou a condição crítica e o cenário de desigualdade vivido pelos escraviza- dos e pelas mulheres no século XIX. A condição da mulher na sociedade da época pode ser obser- vada já no prólogo do romance, assinado com o pseudônimo: Uma Maranhense.

“Sei que pouco vale esse romance, porque escri- to por uma mulher, e mulher brasileira de educa- ção acanhada e sem o trato e a conversação dos

homens ilustrados, que aconselham, que discu- tem e que corrigem, mas sem o devido conheci- mento de valores...”.

O Navio Negreiro (1870), de Castro Alves, e a Escrava Isaura (1875), de Bernardo Guimarães, obras amplamente conhecidas no Brasil, foram publicadas anos depois do romance de Firmina.

Morreu aos 95 anos, no município de Guima- rães (MA). Em sua homenagem, no dia 11 de mar- ço, é comemorado o Dia da Mulher Maranhense.

Uma mulher que passou pelo que passou e che- gou onde chegou, quero crer que tenhamos que lutar por uma consciência de gratidão pelo exem- plo deixado para todas nós como sinal de liberda- de, de fé, de ousadia e de igualdade para todos.

Por uma consciência de gratidão

Pilar Literário

terezinhaorquidea@gmail.com

“A nossa escrevivência não pode ser lida como história para “ninar os da casa grande” e, sim, para incomodá-los em seus sonos injustos”

Conceição Evaristo

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Pixel por pixel

Marcelo Jabulas

@mjabulas

A chegada da atual ge- ração de consoles pro- vocou uma corrida em busca do realismo vi- sual. Novas tecnolo- gias como ray tracing, que permitem simular a projeção da luz de acordo com o ângulo de visão do observa- dor, é uma delas.

No entanto, mesmo com luzes, sombras e imagens realistas, o ve- terano pixel art nunca sai de moda e nem per- de o carisma. Uma pro- v a d i s s o é o g a m e

“Flynn: Son of Crim- son”, que chegou em s e t e m b r o p a r a P C , PS4, Xbox One e Nin- tendo Switch.

ProduzidopelaStudio Thunderhorse,com montantedeUS$63mil, arrecadados pelo Kicks- tarter em 2017, trata-se de um título de ação em estilo plataforma 2D. O game é uma ode aos jo- gosdosanos1980e1990.

ENREDO

O game conta a histó- ria de Flynn, um jovem que tem como compa- nheiro um cão gigantes- co, chamado Dex. O ani- mal é uma criatura mís- ticaqueéatacadapelovi- lão da história e tem sua energia sugada. Depois disso, cabe a Flynn en- frentaroinimigoeresta- belecer as energias de seu fiel companheiro.

DIÁLOGOS

A história do game é te- cida nos incontáveis diá- logoscomosNPCs(perso-

nagens controlados pelo computador)quesurgempe- lo caminho. Com legendas apenasem inglês, é uma ma- neira de praticar o idioma.

GRÁFICOS

Visualmente, os gráficos em arte de pixel mostram um nível de detalhamento muito sofisticado, com tex- turas,sombras,inclusivefei- xesdeluz muitoelaborados.

Tudo feito em pontinhos.

Elementosmóveis,como

pássaros, folhas caindo e galhos balançando, mos- tram o capricho da produ- ção. O mapa do game tam- bém tem um tom nostálgi- co, que remete a clássicos c o m o “ S u p e r M a r i o World” e “Donkey Kong Country”, em que as fases vão se abrindo e revelando o ambiente da trama.

JOGABILIDADE

“Flynn”éumlegítimoga- me de plataforma. O joga-

dor deve atravessar os ce- nários,enfrentarcriaturas, coletar gemas, como em qualquer jogo do gênero.

O título também conta comquebra-cabeçasedesa- fios que exigem que o joga- dor interaja com o cenário e vença obstáculos. Fun- ções que deixam a aventu- ra mais diversificada, sem focar apenas nos coman- dos de saltar e golpear.

Vale lembrar que, co- mo se trata de uma produ-

ção com foco nos games do passado, o jogador tem pontos de vida limi- tados. E a cada morte, um percentual das gemas é perdido, como uma pena- lização pela falha.

Pelo caminho, Flynn precisa realizar peque- nas tarefas para abrir novas passagens. São desafios simples, que servem para criar imer- são com o jogador e os personagens.

PALAVRA FINAL

“Flynn: Son of Crim- son” é um daqueles títu- los gostosos de jogar. Os gráficos são simpáticos, assim como a trilha sono- ra e a história.

Trata-se de um game in- dependente, que não bus- ca ser um grande meda- lhão, mas que, mesmo as- sim, é uma produção sofis- ticada e que merece aten- ção. Seus preços variam entre R$ 60 e R$ 105.

Jogamos “Flynn: Son of Crimson”, título que remete à velha guarda dos games

FOTOS STUDIO THUNDERHORSE/DIVULGAÇÃO

Games

SIMPÁTICO – Games em Pixel Art nunca saem de moda, mesmo com a chegada de novas tecnologias, pois têm custo acessível de desenvolvimento

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Rumo ao título

Manoel Freitas

Repórter

A pandemia pelo no- vo coronavírus, que se instalou no Brasil há quase dois anos, adiou o sonho de ver o Par- que Nacional Caver- nas do Peruaçu, no Norte de Minas, com o título de patrimônio mundial nas catego- rias natural e cultural.

Mas os trabalhos de preparação do dossiê sobre a unidade de conservação conti- nuam acelerados.

E nem mesmo a pan- demia foi capaz de re- duziravisitaçãoaopar- que. Com tantas bele- zas naturais, riquezas espeleológicasediversi- dade de fauna e flora, o parque continua sendo o mais visitado do Nor- te de Minas.

Apesar das interrup- ções das atividades por conta da pande- mia, o Parque Nacio- nal Cavernas do Pe- ruaçu conseguiu man- ter, em 2021, média su- perior a 450 visitantes por mês. Foram mais de 1.500 visitantes de janeiro a junho, sendo que, nesse período, a unidade ficou fechada por dois meses.

Em 2020, o parque só recebeu turistas nos três primeiros meses do ano, totalizando 1.242 visitantes. Prova de que a área tem total condições de receber o título mundial.

Representante da So- ciedadeBrasileiradeEs-

peleologia no Nortede Mi- nas e um dos coordenado- res e articuladores da can- didatura do Peruaçu a pa- trimônio mundial, Leo- nardo Giunco afirma que onovoprazoparaapresen- tação do dossiê é 2023.

Mas, nem por isso o rit- mo dos trabalhos dimi- nuiu. Segundo Giunco, os estudos e a documenta- ção exigidos pela Organi- zação das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) são complexos.

É preciso mostrar os sí- tios arqueológicos, forma- ções geológicas, químicas e hidrológicas, bem como minucioso estudo de fau- na e flora, explica Giunco.

“Não resta dúvida de que reúne todos os quesi- tos exigidos pelos organis- mos internacionais para receber o Selo das Nações Unidas”, diz, confiante.

O Parque Nacional Ca- vernasdoPeruaçufoicria- do em 1999, com área de 56.449 hectares.

APOIO

No final de novembro, a candidatura do Pe- ruaçu ao título da Unes- co ganhou importante apoio do governo de Mi- nas, por meio das secreta- rias de Estado de Cultura e Turismo.

Comisso,tambémfoiin- tensificada a comunica- ção e obtido um maior

apoio do governo federal, atravésdosMinistériosdo Turismo e Meio Ambiente e do Instituto do Patrimô- nio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

“Todo apoio é impor- tante porque apenas 40 sítios no mundo têm essa classificação mista, ou se- ja, dupla candidatura a Patrimônio Natural e Cultural, sem contar que o dossiê é um processo científico demorado, de no mínimo seis meses, e de alto custo – mais de R$

1 milhão –, porque o que se pleiteia é transformar um bem do Brasil em Pa- trimônio Mundial”, res- salta Giunco.

Leia mais na página 10

Entrega de dossiê para candidatura do Peruaçu a patrimônio mundial foi adiada para 2023, mas estudos continuam acelerados e com mais apoio

FOTOS MANOEL FREITAS

NA PONTA – Léo Giunco coordena a candidatura do Peruaçu a Patrimônio Mundial

MIRANTE DO MUNDO INTEIRO - Arco do André é um dos pontos mais altos do parque e reserva imagens do cânion do rio Peruaçu

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Peruaçu tem guias locais e estrutura de padrão

internacional

Porta do turismo no Norte de Minas, unidade fortalece a economia da região

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Manoel Freitas

Repórter

Uma das exigências do Instituto Chico Men- des de Conservação da Biodiversidade (ICM- Bio) para implantação de uma unidade de con- servação no país é a de que os moradores dos municípios que inte- gram a área verde parti- cipem ativamente de suas atividades, seja co- mo funcionários ou co- mo guias turísticos.

Nesse quesito, o Pe- ruaçu é modelo no país:

preparou, desde que foi aberto à visitação, em 2014, mais de cem con- dutores de Januária, São João das Missões e Itacarambi. Para isso, contou com o respaldo do Instituto Ekos Pe- ruaçu, que atua na sede do parque.

OambientalistaAdail- tonSantana,queduran- te 12 anos foi secretário de Meio Ambiente de São João das Missões, que abriga a Terra Indí- gena Xakriabá, foi um dos primeiros guias a ser credenciado.

“O Peruaçu é a porta do turismo de todo o Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha. Ge- rou renda para todas as

comunidades do entorno, para toda a cadeia do turis- mo”, afirma.

E o m o v i m e n t o d e visitação está sendo reto- mado neste ano, com as pessoas se vacinando con- tra a Covid-19.

Paraseadequaraessano- vaetapadoturismodopar- que e à sua candidatura a Selo Mundial da Unesco, o guia criou uma microem- presa. “O parque mudou nossa realidade, porque o turista não gasta apenas nos hotéis e pousadas, mas nos restaurantes, na com- pra de artesanato. Por isso temosquenoscapacitarca- da dia mais, notadamente via turismo de base comu- nitária, para atender a essa clientela atraída notada- mentenosmesesdedezem- bro e janeiro pelo maior conjuntodeatrativosturís- ticosdetodoosertãodeMi- nas”, afirma Santana.

PADRÃO

INTERNACIONAL Observador de aves há maisde20anos,comtraba- lhos publicados em parce- ria com Organizações Não G o v e r n a m e n t a i sq u e atuam,sobretudo,naprote- çãodeespéciesameaçadas, o fotógrafo Gustavo Olivei- ra ficou impressionado com a fauna do Peruaçu e com a estrutura do parque,

bem como os principais atrativos, como a Gruta Janelão e o Arco do André.

“Surpreendeu-me positi- vamenteem todosossenti- dos. Muito bem estrutura- do, sinalizado, você não vê nenhuma sujeira, as árvo- res que caem são imediata- m e n t e r e t i r a d a s p a r a desobstrução das trilhas”, observa Gustavo.

Ele também não poupou elogios ao nível dos guias turísticosebrigadistas.“Co- mo tudo no Peruaçu, de ní- vel internacional, porque é muito difícil encontrar uma unidade de conserva- ção em que tudo funciona perfeitamente”, ressalta.

Uma das coisas que cha- mouaatençãodofotógrafo foiovídeodesegurançaexi- bidonocentrodevisitantes do parque. “É item muito importante que deveria ter em todos os parques”.

Um dos principais cola-

boradores da plataforma Wikiaves, com registros de mais de 70% das aves brasileiras e fotografias de espécies raras e amea- çadas de extinção, como a Saíra-apunhalada (Ne- mosia rourei), Jacu-esta- lo (Neomorphus geo- ffroyi) e Rolinha-do-Pla- nalto (Columbina cyano- pis), Gustavo ficou igual- mente impressionado com a riqueza da avifau- na do parque.

Indagado como foi a

“passarinhada”, dispa- rou: “rapaz, foi bom de- m a i s . U m b a n q u e t e completo”.

No rol de aves clicadas por Gustavo estão as espé- cies de Caatinga, como o

“João-xique-xique (Sy- nallaxis hellmayri), Bico- virado-da-caatinga (Me- gaxenops parnaguae), Arapaçu-do-nordeste (Xi- phocolaptes falcirostris), Pato-de-crista (Sarkidior- nis sylvicola) e Torom-do- n o r d e s t e ( H y l o p e z u s ochroleucus).

FOTOS MANOEL FREITAS

RIQUEZA - Parque possui 140 cavernas e mais de 80 sítios arqueológicos, muitos deles com pinturas rupestres que são uma atração à parte (foto abaixo)

A visitação ao parque pode ser agendada no site cavernas.peruacu@

icmbio.gov.br, onde já está disponível a relação de guias para o turista

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