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ENTENDA COMO FUNCIONAM AS GARANTIAS NAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO

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ENTENDA COMO FUNCIONAM AS GARANTIAS NAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO

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ACESSO A SERVIÇOS FINANCEIROS

ENTENDA COMO FUNCIONAM AS GARANTIAS NAS

OPERAÇÕES DE CRÉDITO

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© 2019. Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Bahia – Sebrae/BA

Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).

INFORMAÇÕES E CONTATO

Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Bahia – SEBRAE/BA Unidade de Gestão do Portfólio – UGEP

Rua Horácio César, 64 – Bairro Dois de Julho CEP: 40.060-350 – Salvador / BA

Tel.: (71) 3320-4436

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Diretor Superintendente Jorge Khoury

Diretor Técnico

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Diretor Administrativo e Financeiro José Cabral Ferreira

Unidade de Gestão do Portfólio (UGEP) Gerente

Norma Lúcia Oliveira da Silva Gerente Adjunto

Leandro de Oliveira Barreto Analista

Viviane Canna Brasil Sousa Analista

André Gustavo de Araújo Barbosa

Projeto Gráfi co, editoração e revisão ortográfi ca Yayá Comunicação Integrada

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ENTENDA COMO FUNCIONAM AS GARANTIAS NAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO

SUMÁRIO

O que é o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (FAMPE)

e como funciona?

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Conheça os tipos mais comuns de garantia de crédito

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Por que contratar um empréstimo com garantia?

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Como fazer um empréstimo com garantia de imóvel?

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Como fazer um empréstimo com garantia de veículo?

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Como contratar um empréstimo com garantia?

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O que é refinanciamento de dívidas?

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O que é e como funciona a portabilidade de crédito?

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Conclusão

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ENTENDA COMO FUNCIONAM AS GARANTIAS NAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO

CONHEÇA OS ASPECTOS BÁSICOS DAS GARANTIAS DE CRÉDITO

Sem dúvidas, o risco de uma empresa não efetuar em dia o pagamento das prestações é um dos fatores que mais influenciam o custo dos empréstimos. É importante ressaltar que mesmo as relações que não são regidas por um contrato formalizado podem ser protegidas e garantidas no que diz respeito à quitação financeira das obrigações. A forma mais usual de se garantir o pagamento se dá através dos chamados Contratos de Garantia, que são contratos acessórios, portanto, que não atingem diretamente a “troca” comercial, destinados a assegurar ao credor ou fornecedor a satisfação de seu crédito, na hipótese de inadimplência da outra parte.

Como em qualquer negócio em que as partes envolvidas não querem correr riscos maiores do que os necessários, os bancos solicitam garantia em seus financiamentos para cumprir os normativos do Banco Central e como forma de reduzir o risco da operação. Em alguns momentos como em meio a uma crise ou mesmo para que aconteça uma expansão significativa dos negócios, as empresas precisam recorrer a recursos extras. Nesses momentos, entre as possibilidades a serem consideradas, está o empréstimo junto a instituições financeiras. Para conseguir uma boa negociação, no entanto, algumas exigências precisam ser consideradas e entre elas está a garantia de crédito.

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Os bancos classificam os riscos das operações, levando em conta quatro aspectos:

Risco do cliente: indica a capacidade de endividamento atual do cliente;

Risco do projeto: indica a capacidade projetada do cliente;

Risco da proposta: avalia o objetivo, finalidade, valor e prazo do crédito e sua adequação;

Ponderação das garantias: a qualidade (valor e liquidez) que as garantias possuem para efeito de execução.

Em geral, as instituições financeiras solicitam como garantia de crédito algo em torno de 100 a 200% em garantias sobre o valor de um financiamento e a garantia solicitada ao tomador do financiamento é parte do contrato. Caso exista inadimplência parcial ou total e depois de esgotadas todas as alternativas de negociação extrajudicial entre o banco e o cliente devedor, a instituição financeira entra em um processo de execução da dívida junto à justiça.

Essas instituições exigem dois tipos de garantias, Reais e Pessoais, que veremos detalhadamente mais adiante. As garantias reais podem ser subdivididas em hipoteca, penhor e alienação fiduciária, que é um modelo de garantia de propriedades, móveis ou imóveis, baseado na transferência de bens como pagamento de uma dívida. Já as garantias pessoais ou fidejussórias, prestadas por pessoas e não por bens, são aval e fiança.

Ou seja: A garantia de uma maneira geral representa um bem, um ato ou uma palavra com que se assegura o cumprimento de uma obrigação.

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O QUE É O FUNDO DE AVAL ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS (FAMPE) E COMO FUNCIONA?

O Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (FAMPE) é um serviço de garantia de crédito disponibilizado pelo Sebrae aos pequenos negócios, por meio de instituições financeiras conveniadas.

O serviço foi lançado após pesquisa realizada pela própria entidade sobre as principais dificuldades enfrentadas pelos pequenos negócios na busca por financiamento bancário. A pesquisa, divulgada em novembro de 2016, apontou a falta de garantias reais e a falta de avalista/fiador entre os maiores entraves dos entrevistados.

Assim, para ajudar os pequenos negócios a acessar financiamentos, foi criado o FAMPE. O Sebrae atua como prestador da garantia ao banco financiador, isto é, funciona como garantidor da parcela do empréstimo assegurada pelo FAMPE, funcionando como avalista do pequeno negócio.

A solução é exclusiva aos empresários formalizados dos setores comercial, prestação de serviços e indústria, incluindo agronegócios, que tenham faturamento bruto anual de até R$ 4,8 milhões, ou seja: o FAMPE contempla Microempreendedores Individuais (MEI), com faturamento anual bruto de até R$ 81 mil; as Microempresas (ME), com faturamento anual bruto de até R$ 360 mil; e as Empresas de Pequeno Porte (EPP), que se enquadram no limite estipulado pelo Sebrae para a concessão da operação financeira.

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Para acessar o FAMPE, o empresário deve dirigir-se a uma agência do Sebrae para conhecer as condições necessárias para vinculação da garantia e, em segundo momento, ir ao agente financeiro de seu relacionamento, credenciado pelo Sebrae, para análise da sua pretensão.

Na instituição financeira conveniada será solicitada uma análise de requisitos, tais como capacidade de pagamento, conhecimento do mercado de atuação do negócio, não ter restrição cadastral e possuir parte das garantias necessárias para a contratação do crédito.

Entre as instituições financeiras conveniadas ao Sebrae se destacam:

• Banco do Brasil - BB

• Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE

• Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais - BDMG

• Agência de Fomento de São Paulo – Desenvolve SP

• Banco de Brasília – BRB

• Banco Bradesco

• Banco Santander

• Agência de Fomento do Mato Grosso – MT Fomento

• Agência de Fomento do Rio de Janeiro – AGERIO

• Agência de Fomento do Rio Grande do Sul – Badesul

• Agência de Fomento de Alagoas – Desenvolve AL

• Agência de Fomento de Pernambuco – AGEFEPE

• Agência de Fomento da Bahia - Desenbahia

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É recomendável que o empreendedor consulte seu gerente bancário sobre as linhas de crédito mais adequadas da instituição às suas necessidades e, no caso de suas garantias reais e pessoais não serem suficientes para atender aos requisitos da instituição financeira, solicitar a inclusão do FAMPE como aval complementar.

Para isso, será preciso apresentar um plano de negócios ao seu gerente de relacionamento e negociar as taxas, prazos, valor a ser financiado e as garantias, sempre destacando a importância de utilizar o fundo como aval complementar.

Cabe ressaltar que a avaliação sobre a concessão ou não do FAMPE na aprovação da proposta de crédito será feita pela instituição financeira. Se aprovado, o custo será incluído na cédula de crédito do tomador do financiamento.

O Sebrae atua exclusivamente como avalista, cabendo à instituição financeira conveniada realizar todo o processo de concessão de financiamento. Por ser um fundo de aval, a participação no FAMPE exige que o empreendedor esteja sempre em dia com a dívida contraída junto à instituição financeira.

O FAMPE pode garantir de forma complementar até 80% de um financiamento junto a uma instituição financeira conveniada. A análise leva em consideração o porte empresarial - MEI, ME ou EPP - e a modalidade de financiamento - capital de giro puro, investimento fixo e capital de giro associado, exportação - fase pré- embarque e ainda desenvolvimento tecnológico e inovação, com garantias de aval variáveis deR$ 10 mil ao limite de R$ 700 mil.

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Para acessar o FAMPE na modalidade de financiamento de desenvolvimento tecnológico e inovação, é necessário que a proposta contemple a criação de um novo produto ou processo de fabricação, bem como a agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou processo que implique melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade, resultando em maior competitividade no mercado.

O prazo máximo da garantia do FAMPE é o mesmo do financiamento, podendo até ser inferior. No ato da contratação, é cobrada uma Taxa de Concessão de Aval (TCA) que é revertida para o Sebrae. A taxa objetiva contribuir para o aumento do fundo do FAMPE e da oferta de garantias ao maior número de empresas possível que tenham o perfil de contratação do financiamento. O valor da Taxa é calculada multiplicando o percentual de 0,1% sobre o prazo da operação e pelo valor da garantia solicitada.

Entretanto, essa taxa pode ser paga diluída nas prestações do financiamento. Ela é considerada um item financiável pela instituição financeira, portanto, é possível negociar junto ao banco que o pagamento não seja à vista. Vale destacar ainda que a garantia do FAMPE não encarece os juros cobrados pelo agente financeiro.

Ao contrário, é um fator de redução para as taxas de juros cobradas pelo banco na concessão do financiamento.

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CONHEÇA OS TIPOS MAIS COMUNS DE GARANTIA DE CRÉDITO

Os tipos mais comuns de garantias de crédito são as reais, baseadas na transferência de bens, móveis ou imóveis, como pagamentos de uma dívida, e as pessoais ou fidejussórias, prestadas por pessoas e não por um bem físico.

Garantias Reais

Nas Garantias Reais, um bem deverá ser oferecido como garantia em caso de não cumprimento do acordo. Esse bem deverá ser compatível com o valor da operação em questão, podendo ser um automóvel, por exemplo, ao próprio imóvel que é objeto-fim de um contrato de financiamento imobiliário.

Penhor

É um tipo de garantia real que vincula uma coisa móvel, suscetível de alienação, ao pagamento de uma dívida. Esse bem móvel pode ser corpóreo ou incorpóreo e, em alguns casos, bens imóveis como em penhores agrícolas ou industrial. É possível sua extinção em algumas situações, como da extinção da obrigação, do perecimento do bem, renúncia do credor, para citar. Os exemplos mais comuns são de penhor rural, penhor industrial e mercantil, penhor de direitos e de títulos de crédito, penhor de jóias, penhor de veículos e penhor legal quando o mesmo é estabelecido por lei.

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Hipoteca

A hipoteca é um tipo de garantia que tem por objeto bens imóveis que irão assegurar o recebimento de um crédito. O objeto deve pertencer a terceiros ou ao devedor, mas não pode ser do próprio credor. Entre os tipos mais comuns, listam os navios, aeronaves, direito de uso especial para fins de moradia, dentre outros. É possível sua extinção em casos do fim da obrigação principal, pelo perecimento do bem, renúncia do credor, dentre outras situações.

Caução

A empresa coloca duplicatas, notas promissórias, direitos de crédito e direitos de aplicações financeiras como garantia de pagamento da dívida. Caso a dívida não seja paga no prazo acertado, a posse definitiva da caução passa a ser da instituição financeira.

Seguro de Crédito

O empresário faz um seguro com a finalidade de cobrir as garantias exigidas pela instituição financeira. Se a dívida não for paga integralmente ao fim do prazo contratado, a instituição pode exigir o pagamento da seguradora.

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Anticrese

Anticrese é um direito de garantia real onde o credor, ao reter um imóvel do devedor, obtém a posse da coisa visando captar os frutos e imputá-los no pagamento da dívida, juros e capital, sendo ainda permitido estipular que os frutos sejam na totalidade percebidos à conta de juros.

Consiste em direito real sobre imóvel alheio, no qual o credor obtém a posse da coisa visando captar os frutos e imputá-los no pagamento da dívida, juros e capital, sendo ainda permitido estipular que os frutos sejam na totalidade percebidos à conta de juros. Requer escritura pública e inscrição no Registro Imobiliário, requerendo tradição real do imóvel. É possível sua extinção através do pagamento da dívida, término do prazo legal, perecimento do bem anticrético, desapropriação, renúncia do anticretista, entre outras situações.

No caso das Garantias Reais, o bem oferecido em garantia não poderá ser usado ou gozado pelo seu credor, pois apenas foi posto à disposição a fim de garantir uma dívida. Ou seja, se um anel é penhorado, por exemplo, o credor não poderá tomá-lo para si. O credor deve solicitar que a Justiça tome-o e leve-o à leilão.

Garantias Pessoais

A garantia pessoal acontece mediante promessa de terceiro em dar cumprimento a obrigação, tendo respaldo em pessoa e não em bens. Também conhecidas como garantias fidejussórias, nestes casos caberá ao garantidor cumprir as obrigações caso o devedor falte com seu compromisso. Assim, os bens pessoais do garantidor são tomados para o cumprimento da dívida do devedor. Por isso, a honradez e a boa fama do garantidor são levadas em consideração nesta modalidade de garantia.

Em geral, destacam-se o aval e a fiança.

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Aval

O aval é um tipo de garantia pessoal de natureza cambial prestada pelo avalista, um terceiro, que se obriga pelo avalizado, ou devedor, assumindo total ou parcialmente, em caráter solidário, obrigação pecuniária contraída por este com base em título de crédito.

Fiança

A fiança é um tipo de garantia pessoal pelo qual uma pessoa, física ou jurídica, se obriga a pagar ao credor o que a este deve um terceiro. O fiador, assegurando o cumprimento da obrigação, torna-se devedor direto e único, se o obrigado alegar sua incapacidade para quitar a dívida. Sendo nula a obrigação principal, a fiança desaparece, exceto se a nulidade resultar apenas de incapacidade pessoal do devedor.

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POR QUE CONTRATAR UM EMPRÉSTIMO COM GARANTIA?

A possibilidade de obter um financiamento bancário com taxas de juros menores às praticadas pelo mercado é uma das principais vantagens do empréstimo com garantia, ou seja, um bem, geralmente imóvel ou automóvel, é vinculado ao contrato como garantia em caso de inadimplência.

O risco da operação é menor para a instituição financeira em função de o cliente redobrar a atenção para não perder seu bem por falta de pagamento. Por esta mesma razão, é possível ainda contratar junto ao banco um maior número de parcelas para o pagamento do financiamento.

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COMO FAZER UM EMPRÉSTIMO COM GARANTIA DE IMÓVEL?

Chamado alienação fiduciária, onde transfere-se a posse indireta de um bem para uma instituição financeira, esse é um tipo de garantia muito atrelado aos contratos de compra da chamada casa própria. O imóvel fica atrelado à instituição até o pagamento total das parcelas financiadas, sendo que o proprietário tem a autonomia para usufruir o bem, seja morando ou alugando. Este tipo de financiamento também vale para automóveis que são oferecidos como garantia.

No caso do proprietário direto ter interesse em vender o bem, é necessário que a dívida seja quitada com a instituição credora. A partir daí, a propriedade poderá ser transferida a terceiros.

A quantia solicitada está relacionada ao valor do imóvel, estipulado pela avaliação de um profissional de uma empresa especializada, e o prazo de pagamento poderá ser longo, em alguns casos superior a 20 anos. Mesmo com a propriedade em garantia, a comprovação de renda é exigida visto que é preciso honrar com o pagamento das parcelas no prazo estabelecido no contrato.

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COMO FAZER UM EMPRÉSTIMO COM GARANTIA DE VEÍCULO?

Para fazer um empréstimo com garantia de veículo, o automóvel deverá estar em nome do empresário, ficando alienado à instituição financeira até a quitação da dívida. vale ressaltar que o veículo, durante o prazo contratual, poderá ser usufruído normalmente pelo usuário. Há possibilidade de venda do bem, seja para reverter o valor para a quitação da dívida, ou ao fim do contrato.

As condições de juros e pagamentos estão relacionadas não só ao perfil do tomador do empréstimo, mas também à situação do automóvel, sendo averiguado na análise contratual o estado de conservação e ano do modelo. Em caso de não pagamento da dívida, a instituição financeira pode tomar o veículo e, então, levá-lo a leilão para quitar o saldo restante da dívida.

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COMO CONTRATAR UM EMPRÉSTIMO COM GARANTIA?

É um caminho que começa na etapa da simulação online nos sites das instituições financeiras, onde são solicitadas informações diversas ao contratante, como o valor do empréstimo e o valor do bem garantido. O sistema vai sugerir uma forma de pagamento, taxa de juros, entre outras informações que serão detalhadas no contrato, inclusive o valor das parcelas do financiamento.

O interessado passará por uma análise documental minuciosa e também será realizada uma análise financeira para ser averiguada sua capacidade de pagamento da dívida a ser contraída.

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O QUE É REFINANCIAMENTO DE DÍVIDAS?

A modalidade de alienação fiduciária também é muito usada para o refinanciamento de dívidas. Neste tipo de operação, troca-se uma dívida com juros e parcelas mais altas por outra operação de crédito com condições mais atraentes e custo menor.

É possível ainda trocar de instituição financeira por meio da portabilidade do crédito. O objetivo é oferecer condições mais justas ao consumidor, em função do risco da operação ser menor ao credor, em função do bem dado como garantia ao pagamento da dívida.

É chamado de refinanciamento porque o empreendedor precisará financiar novamente aquele bem, ou seja, apresentá-lo em garantia de uma nova operação.

No entanto, não é permitido deixar o mesmo bem alienado em duas instituições ao mesmo tempo. Por isso, o contrato anterior deve ser finalizado. O restante da dívida poderá ser quitada pela nova empresa para, então, um outro empréstimo ser contrato. Mas, o saldo a ser quitado pela nova instituição poderá ser pago pelo tomador, diluído no valor final do novo empréstimo.

As condições de pagamento em contratos refinanciados poderão ser negociadas, a exemplo de taxas e juros. A instituição tem liberdade para cobrar suas próprias tarifas, como um novo Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Por isso é importante avaliar se o valor do novo contrato será menor que o da dívida renegociada.

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O QUE É E COMO FUNCIONA A PORTABILIDADE DE CRÉDITO?

A portabilidade de crédito funciona de forma parecida ao refinanciamento de dívidas.

É um procedimento que permite ao contratante fazer transferência da operação de crédito de um banco para outro, com taxas menores, desde que a operação seja aceita pela instituição à qual se pretende migrar. É preciso atenção, pois está condicionada ao encerramento do contrato com a instituição anterior.

Assim, uma nova negociação será iniciada com a segunda empresa. Por isso também é conhecida como portabilidade bancária. No empréstimo com garantia, a matrícula do bem é registrada no cartório para ser novamente alienado.

Se houver a decisão pela portabilidade de crédito, o banco de onde você quer sair não pode negar sua solicitação. Mas, será preciso explicar a razão da portabilidade por meio de preenchimento de um documento padrão, conforme norma em vigor.

Neste tipo de operação, o valor e o prazo da operação na instituição não devem ser superiores ao saldo devedor e ao prazo de pagamento da operação de crédito que será transferida. Ou seja: na portabilidade as condições são as mesmas referentes ao valor da dívida e ao prazo de pagamento do contrato anterior. Significa dizer ainda que o interessado não poderá solicitar uma quantia a mais de empréstimo complementar. Neste caso, a instituição financeira também não poderá cobrar um novo IOF nem atrelar a contratação de outros serviços como condição para a aprovação do empréstimo.

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CONCLUSÃO

Como vimos, uma garantia de crédito é uma proteção contratual que pode ser exigida pelo credor como forma de possível ressarcimento em caso de eventuais inadimplências no pagamento de um financiamento. Antes de assinar o contrato, verifique se a garantia vinculada é a melhor que se aplica à sua realidade. Caso não seja, busque negociar com o agente financeiro caso haja essa possibilidade de diálogo e adequação do contrato.

Para embasar sua decisão sobre o tipo de garantia de crédito que melhor se aplica às suas condições de pagamento e necessidades, convém considerar seu saldo devedor total - incluindo juros e multas cabíveis, sua capacidade de pagamento e de honrar o crédito a ser tomado. Da mesma forma, avalie o risco de inadimplência pois, no caso de contratação deste tipo de financiamento, há risco de o bem ser liquidado pela justiça para o pagamento da dívida junto à instituição financeira.

Na comparação entre as diversas opções de empréstimo com garantia que o mercado oferece, verifique se sua escolha está sendo feita pela operação mais barata, mais segura para o seu perfil e com menos riscos de inadimplência em função das condições contratuais.

Organize seu orçamento! Aproveite a situação para analisar o seu ganho real mensal e a redução de despesas supérfluas. Quais custos podem ser cortados de seu orçamento doméstico? É hora de equacionar as receitas com as despesas, correto?

Lembre-se que a parcela do financiamento vai impactar no comprometimento de sua renda mensal. Então, é muito importante que suas despesas extras sejam ainda mais planejadas daí para frente. Assim, questione se aquele gasto extra, além de seu custo fixo mensal, é fundamental ou pode ser remanejado quando o orçamento estiver um pouco mais folgado.

Comece hoje a colocar em prática tudo o que aprendeu e lembre sempre de contar com o Sebrae quando precisar.

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Quer saber mais?

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