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PP_Moura_Cobrimento de armaduras em estruturas de concreto armado análise comparativa entre o valor especificado em projeto e o executado em obras no município

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT

CARLOS DIOGO DE MOURA

COBRIMENTO DE ARMADURAS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO

ARMADO: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE O VALOR

ESPECIFICADO EM PROJETO E O EXECUTADO EM OBRAS NO

MUNICÍPIO DE SINOP

SINOP

2016/1

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT

CARLOS DIOGO DE MOURA

COBRIMENTO DE ARMADURAS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO

ARMADO: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE O VALOR

ESPECIFICADO EM PROJETO E O EXECUTADO EM OBRAS NO

MUNICÍPIO DE SINOP

Projeto de Pesquisa apresentado à Banca

Examinadora do Curso de Engenharia Civil –

UNEMAT, Campus Universitário de Sinop-MT, como pré-requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.

Prof.ª Orientadora: Ma. Karen Wrobel Straub.

SINOP

2016/1

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Representação esquemática das deteriorações induzidas pela corrosão 21 Figura 2 - Diagrama esquemático dos processos electroquímicos que ocorrem durante

a corrosão ... 22

Figura 3 - Espaçador circular ... 25

Figura 4 - Espaçador centopeia ... 25

Figura 5 - Espaçador cadeirinha ... 25

Figura 6 - Espaçador cavalete ... 26

Figura 7 - Localização de Sinop no Brasil ... 29

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Principais mecanismos de deterioração das estruturas de concreto armado ... 15 Quadro 2 - Classes de agressividade ambiental ... 16 Quadro 3 - Correspondência entre a classe de agressiividade e a qualidade do concreto ... 16 Quadro 4 - Causas intrínsecas aos processos de deterioração das estruturas de concreto ... 19 Quadro 5 - Causas extrínsecas aos processos de deterioração das estruturas de concreto ... 20 Quadro 6 - Correspondência entre a classe de agressividade ambiental e o cobrimento nominal para Δc = 10 mm ... 27 Quadro 7 - Classificação do nível de controle ... 32 Quadro 8 - Descrição dos equipamentos e custo ... 34

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1. Título: Cobrimento de armaduras em estruturas de concreto armado: análise comparativa entre o valor especificado em projeto e o executado em obras no município de Sinop.

2. Tema: Engenharia Civil.

3. Delimitação do Tema: 30102014 – Estruturas de concreto.

4. Proponente: Carlos Diogo de Moura.

5. Orientadora: Prof.ª Ma. Karen Wrobel Straub.

6. Estabelecimento de Ensino: UNEMAT – Universidade do estado de Mato

Grosso.

7. Público Alvo: Estudantes, pesquisadores e profissionais da área de Engenharia Civil.

8. Localização: UNEMAT – Avenida dos Ingás, 3001, Jardim Imperial,

Sinop-MT, 78550-000.

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ... I LISTA DE QUADROS ... II DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ... III

1 INTRODUÇÃO ... 6 2 PROBLEMATIZAÇÃO ... 8 3 JUSTIFICATIVA... 9 4 HIPÓTESES ... 10 5 OBJETIVOS ... 11 5.1 OBJETIVO GERAL ... 11 5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 11 6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 12

6.1 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO ... 12

6.2 DURABILIDADE DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO ... 12

6.2.1 Mecanismos de envelhecimento e deterioração ... 14

6.2.2 Ações do meio ambiente ... 15

6.3 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NO CONCRETO ARMADO ... 17

6.3.1 Causas intrínsecas ... 18

6.3.2 Causas extrínsecas ... 19

6.3.3 Corrosão da armadura ... 20

6.3.4 Influência do cobrimento de armadura ... 23

6.4 COBRIMENTO DE ARMADURAS ... 23 6.4.1 Espaçadores ... 24 6.4.2 Cobrimento mínimo ... 26 6.4.3 Estudos correlatos ... 27 7 METODOLOGIA ... 29 7.1 DETERMINAÇÃO DA AMOSTRA ... 29 7.2 LEVANTAMENTO DE DADOS ... 30

7.2.1 Planilha de levantamento de dados em campo ... 30

7.2.1.1 Valores de cobrimento no projeto estrutural ... 30

7.2.1.2 Valores de cobrimento executados ... 31

7.2.1.3 Medição em pilares ... 31

7.2.1.4 Medição em vigas ... 31

7.2.1.5 Medição em lajes ... 31

7.2.1.6 Nível de controle da qualidade de execução ... 31

7.2.2 Equipamentos utilizados ... 32

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7.3 ANÁLISE DE RESULTADOS ... 33

8 RECURSOS MATERIAIS ... 34

9 CRONOGRAMA ... 35

10REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ... 36

11APÊNDICES ... 38

Apêndice A – Planilha de levantamento de dados em campo. ... 38

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1 INTRODUÇÃO

O setor da construção civil no Brasil vem se desenvolvendo em ritmo acelerado nos últimos anos, por esse motivo, é necessário que haja um controle de qualidade na execução das obras que seja capaz de acompanhar essa evolução, além da necessidade de uma melhora no nível de detalhamento dos projetos (LIBERATI et al., 2014).

Conforme Silva (2012), atualmente, seja por falta de mão de obra qualificada, falta de normas específicas ou por falta de fiscalização, o número de manifestações patológicas nas estruturas de concreto é muito grande, ocasionando um altíssimo custo não previsto no orçamento das obras, fazendo com que muitas empresas tenham prejuízo.

No Brasil, o material mais utilizado na execução das estruturas das edificações é o concreto armado. Ele é competente como elemento estrutural, devido ao trabalho conjunto do concreto convencional com a armadura de aço. A junção desses dois materiais se torna muito eficaz, devido às características que cada material tem para resistir a esforços e à boa relação custo-benefício em comparação às demais opções de materiais utilizados para a execução de estruturas (LIBERATI et al., 2014).

A NBR 6118 (ABNT, 2014) afirma que a durabilidade de uma edificação está diretamente relacionada com sua capacidade de resistir às influências do meio e conseguir desempenhar adequadamente a função para qual foi projetada.

A preocupação com a durabilidade dos empreendimentos vem aumentando significativamente, pois, quanto mais duráveis forem as obras, menores serão os custos com reparo e manutenção. Aliado a essa preocupação, nota-se que o grau de exigência do consumidor brasileiro aumentou nos últimos anos, devido à melhora do poder aquisitivo, à rapidez da transmissão de informação e à facilidade de acesso aos meios comunicativos. Essa exigência impacta diretamente no nível de controle da execução e em maior preocupação com a durabilidade (TAKATA, 2009).

Helene et al. (2011) aponta que um dos fatores que influenciam diretamente no número de manifestações patológicas e na durabilidade das estruturas de concreto armado é a deficiência na espessura do cobrimento de armadura.

Segundo a NBR 6118 (ABNT, 2014), o cobrimento é a camada de concreto que envolve e protege o aço, sendo exigido uma espessura mínima que irá proteger química e fisicamente as barras de aço frente às influências do meio ambiente. O

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cobrimento insuficiente é a principal causa de corrosão das armaduras, que por sua vez, é uma das principais manifestações patológicas nas estruturas de concreto armado.

Existem muitos motivos que contribuem para a baixa qualidade do controle de execução do cobrimento de armadura. Dentre os quais destacam-se os curtos prazos de execução, a falta de uma norma específica para a disposição de espaçadores, a falta de mão de obra qualificada, a falta de fiscalização da execução e o baixo nível de detalhamento dos projetos. Frequentemente o cobrimento exigido não é verificado, uma vez que não é dada a devida importância por parte das construtoras, esse erro tem aumentado significativamente o número de manifestações patológicas nas estruturas de concreto armado (SILVA, 2012).

Desta forma, a pesquisa visa analisar e comparar a variabilidade dos valores de cobrimento de armadura executados, em relação aos valores de cobrimento especificados nos projetos estruturais em obras no município de Sinop. Observando a correlação com os tipos de elementos estruturais (laje, viga e pilar), com o nível de controle de execução e com a metodologia empregada na disposição de espaçadores. A pesquisa, em conjunto com os estudos já realizados, contribuirá para a formação de um banco de dados relacionado ao tema. Futuramente, esse banco de dados poderá incentivar e contribuir com a elaboração de uma norma brasileira que padronize a disposição de espaçadores, uma vez que os estudos vêm comprovando a falha na obtenção do cobrimento projetado na maioria das obras avaliadas.

(10)

2 PROBLEMATIZAÇÃO

A durabilidade das estruturas de concreto armado está diretamente relacionada à espessura do cobrimento de armadura, por essa razão, o cobrimento deve ser controlado durante a execução para que o valor projetado seja garantido. No entanto, diversos fatores influenciam na espessura do final do cobrimento, fazendo com que fique abaixo do valor especificado em projeto.

Isso vem contribuindo fortemente para o surgimento de manifestações patológicas associadas à corrosão de armadura (as mais frequentes nas estruturas de concreto armado), uma vez que a principal função do cobrimento é proteger química e fisicamente as barras de aço. Essas patologias prejudicam a durabilidade e vida útil das estruturas, além de gerar custos não previstos com obras de reparo ou reforço estrutural.

Diante do exposto, a presente pesquisa busca responder a seguinte questão: Em obras com estrutura de concreto armado no município de Sinop, qual a diferença entre a espessura dos cobrimentos executados e seus respectivos valores especificados nos projetos estruturais?

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3 JUSTIFICATIVA

Sinop é um dos municípios de Mato Grosso que mais vem se desenvolvendo nos últimos anos, esse crescimento econômico está aliado diretamente ao crescimento desenfreado da população (IBGE, 2015). Consequentemente, obras habitacionais e comerciais são necessárias para suprir a demanda populacional, dando início ao processo de verticalização. Por essa razão, dezenas de edifícios de múltiplos pavimentos vêm sendo construídos na região, sendo que a grande maioria, possuí estrutura executada em concreto armado (PRODEURBS, 2016).

Além de economia, facilidade de execução e resistência, uma das características que levaram as estruturas de concreto armado a serem atualmente as mais utilizadas na construção civil é a sua durabilidade. Essa característica está ligada diretamente ao cobrimento, que tem como principal função proteger a armadura contra agentes agressivos externos e possíveis choques físicos (DAL MOLIN et al., 2015).

Estudo realizado por Silva (2012) demonstra que, apesar de ter grande importância para a durabilidade da estrutura, na maioria das obras observa-se que existe um descuido quanto à qualidade desse parâmetro construtivo, principalmente relacionado à utilização incorreta ou até mesmo a não utilização de espaçadores, uma vez que a NBR 14931 (ABNT, 2004) descreve unicamente como obrigatória sua utilização, mas não faz menção quanto à disposição dos mesmos, ficando a critério da execução o método utilizado.

Por esse motivo, a espessura do cobrimento pode não atender ao valor especificado em projeto em algumas regiões dos elementos estruturais, possibilitando o aparecimento de futuras patologias ou até mesmo falhas estruturais, devido à corrosão da armadura desprotegida (HELENE et al., 2011).

Segundo Mehta & Monteiro (2008), em países industrialmente desenvolvidos, estima-se que os custos com reparos em estruturas já existentes consomem 40% dos recursos destinados à construção civil, enquanto apenas 60% são destinados a novas instalações.

Portanto, garantir a qualidade do cobrimento durante a execução da obra pode evitar futuras manifestações patológicas, ajudando a garantir a vida útil para qual a estrutura foi projetada e a evitar obras de recuperação estrutural, resultando em economia a longo prazo.

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4 HIPÓTESES

Levando em consideração a inexistência de uma norma brasileira que regulamente a disposição de espaçadores para armadura (ficando a critério da construtora utilizar ou não uma metodologia para tal), pressupõe-se que a espessura dos cobrimentos executados esteja abaixo dos valores especificados nos projetos estruturais.

Dessa maneira, as armaduras estariam menos protegidas frente as ações do meio ambiente, podendo prejudicar a durabilidade, reduzindo a vida útil e tornando necessárias obras reparo ou reforço estrutural.

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5 OBJETIVOS

5.1 OBJETIVO GERAL

Analisar a variabilidade das espessuras de cobrimento de armadura que estão sendo executados em obras de dois ou mais pavimentos no município de Sinop, com relação aos seus respectivos valores de projeto.

5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Avaliar a existência do controle de execução dos elementos estruturais, no que diz respeito ao cobrimento;

 Verificar a variabilidade dos valores de cobrimento entre os elementos estruturais avaliados, lajes, pilares e vigas;

 Identificar as metodologias empregadas para a disposição dos espaçadores, bem como analisar sua correlação aos valores de cobrimento observados;

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6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

6.1 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

Conforme Pinheiro (2007), estrutura é a parte de uma edificação responsável por resistir aos esforços e os transmitir para o solo. Segundo o autor, os principais elementos estruturais de uma edificação são:

 Lajes: Placas responsáveis por receber as ações de uso e as transmitir para os apoios. Também têm as funções de travar os pilares e distribuir as ações horizontais entre os elementos de contraventamento;

 Vigas: Barras horizontais responsáveis por suportar o peso das paredes e resistir às ações das lajes ou de outras vigas, transmitindo-as para os apoios;  Pilares: Barras verticais responsáveis por resistir às ações das vigas e

elementos superiores, e transmitir essas ações para as fundações ou elementos inferiores;

 Fundações: Elementos responsáveis por transferir os esforços para o solo.

6.2 DURABILIDADE DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

Muitas são as definições de durabilidade, porém a maioria converge para a resistência dos elementos frente as ações ambientais. A NBR 6118 (ABNT, 2014) define durabilidade como a capacidade de a estrutura resistir às influências ambientais previstas e definidas no início dos trabalhos de elaboração do projeto estrutural.

Conforme Araújo (2010), nas atuais normas de projeto, a durabilidade é um dos aspectos de maior relevância quando se trata de concreto armado. As exigências quanto a esse tema estão tornando cada vez mais rígidas, tanto na fase de projeto, quanto na fase de execução da estrutura. Essas novas exigências são motivadas, em grande parte, pela falta de atenção de projetistas e construtores quando se trata de durabilidade. Esse descuido tem contribuído para a deterioração precoce de diversas estruturas relativamente novas.

Ainda segundo o autor, as exigências relacionadas à durabilidade têm como objetivo garantir a conservação das características das estruturas ao longo de toda sua vida útil, período onde não devem ser necessárias obras de manutenção ou reparo estrutural. Geralmente, as normas de projeto levam em consideração uma vida

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útil mínima de 50 anos, podendo ser necessário estabelecer uma vida útil maior para obras de maior importância.

Devido aos crescentes problemas de degradação precoce observados nas estruturas, das necessidades competitivas e das novas exigências de sustentabilidade no setor da construção civil, observa-se, nos últimos anos, uma tendência global no sentido de privilegiar os aspectos de projeto voltados à durabilidade e à extensão da vida útil das estruturas de concreto armado e protendido (HELENE et al., 2011).

A qualidade e durabilidade são essenciais para que as empresas da construção civil sejam bem-sucedidas, pois os consumidores estão tão preocupados com a qualidade e durabilidade quanto com o preço das edificações (TAKATA, 2009).

A preocupação com a durabilidade dos empreendimentos, tanto por parte dos construtores quanto dos consumidores, pode ser notada pelo fato de que, atualmente, é usualmente aceito que ao se projetar estruturas, as características de durabilidade devam ser avaliadas com o mesmo cuidado que aspectos como propriedades mecânicas e custo inicial. Os custos de reparos e substituições em estruturas devido a falhas nos materiais constituem parte substancial do orçamento total das construções. Em países industrialmente desenvolvidos, estima-se que 40% do total dos recursos da indústria da construção são destinados ao reparo e manutenção das estruturas já existentes e apenas 60% em novas instalações (MEHTA & MONTEIRO, 2008).

Segundo Amorim (2010), apesar do concreto armado ser um material que possui excelente desempenho, é inevitável que com o passar dos anos ocorra a perda de suas características e de desempenho estético e funcional. Sua durabilidade vai depender da maneira que foi elaborado, desde a fase de projeto até o produto final, seguindo as fases de inspeções e manutenções ao longo da vida útil.

Na consideração de durabilidade, devem ser levados em conta os mecanismos mais importantes de deterioração das estruturas de concreto. Além disso, devem-se considerar as ações físicas e químicas relacionadas à agressividade do meio ambiente (ARAÚJO, 2010).

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6.2.1 Mecanismos de envelhecimento e deterioração

Os mais importantes e frequentes mecanismos de envelhecimento e deterioração das estruturas de concreto abordados na NBR 6118 (ABNT, 2014) estão listados a seguir.

Mecanismos preponderantes de deterioração relativos ao concreto:  Lixiviação;

 Expansão por sulfato;  Reação álcali-agregado.

Mecanismos preponderantes de deterioração relativos à armadura:  Despassivação por carbonatação;

 Despassivação por ação de cloretos.

Mecanismos de deterioração da estrutura propriamente dita:  Ações mecânicas;

 Movimentações de origem térmica;  Impactos;

 Ações cíclicas;  Retração;  Fluência;  Relaxação.

No Quadro 1, está representada uma visão geral dos principais mecanismos físico-químicos de deterioração das estruturas de concreto armado, bem como suas consequências sobre as estruturas.

Segundo Helene et al. (2011), em estruturas de concreto armado, o aço é a parte mais sensível em relação as ações do meio ambiente e por essa razão as armaduras devem ser protegidas por uma camada de cobrimento.

Ainda segundo o autor, essa camada de concreto é altamente alcalina (pH de aproximadamente 12,6), entretanto, também é afetada pelo processo de envelhecimento, podendo culminar com a despassivação das armaduras. O cobrimento tem uma contribuição fundamental para a vida útil das estruturas, sendo assim, é imperativo que essa camada seja projetada e executada corretamente.

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Quadro 1 - Principais mecanismos de deterioração das estruturas de concreto armado

Agressividade do ambiente Consequências sobre a estrutura

Natureza do

processo Condições particulares

Alterações iniciais na

superfície do concreto Efeitos a longo prazo

Carbonatação UR 60% a 85% Imperceptível

Redução do pH, corrosão de armaduras, fissuração

superficial

Lixiviação Atmosfera ácida, águas puras Eflorescências,

manchas brancas Redução do pH, corrosão de armaduras, desagregação superficial Retração Umedecimento e secagem, ausência de cura UR baixa (<50%)

Fissuras Fissuração, corrosão de

armaduras

Fuligem Partículas em suspensão na

atmosfera urbana e industrial Manchas escuras

Redução do pH, corrosão de armaduras

Fungos e mofo Temperaturas altas (>20°C e

<50°C) com UR>75% Manchas escuras e esverdeadas Redução do pH, corrosão de armaduras Concentração salina, Cl Atmosfera marinha e industrial Imperceptível Despassivação e corrosão de armaduras

Sulfatos Esgoto e águas servidas Fissuras

Expansão → fissuras

desagregação do concreto corrosão de armaduras

Álcali-agregado Composição do concreto

Umidade, UR>95%

Fissuras, gel ao redor do agregado graúdo

Expansão → fissuras

desagregação do concreto corrosão de armaduras Fonte: Adaptado de Helene et al. (2011)

6.2.2 Ações do meio ambiente

As condições ambientais são importantíssimas para o desenvolvimento dos projetos. A durabilidade sob um conjunto de condições não significa necessariamente a mesma sob outro conjunto, portanto, costuma-se incluir uma referência geral ao ambiente ao definir-se durabilidade (MEHTA & MONTEIRO, 2008). Deve ser levada em conta a proximidade de centros industriais, regiões costeiras ou regiões onde ocorrem abalos sísmicos (TAKATA, 2009).

Conforme a NBR 6118 (ABNT, 2014), a agressividade do meio ambiente está relacionada às ações físicas e químicas que atuam sobre as estruturas de concreto, não dependendo das ações mecânicas, variações volumétricas devido à temperatura, retração hidráulica e quaisquer outras perspectivas no dimensionamento das estruturas de concreto armado.

Nos projetos estruturais, a agressividade ambiental deve ser classificada de acordo com o apresentado no Quadro 2, e pode ser avaliada segundo as condições de exposição da estrutura ou de suas partes.

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Quadro 2 - Classes de agressividade ambiental Classe de

agressividade ambiental

Agressividade Classificação geral do tipo de

ambiente para efeito de projeto

Risco de deterioração da

estrutura

I Fraca Rural Insignificante

Submersa

II Moderada Urbana a, b Pequeno

III Forte Marinha

a

Grande

Industrial a, b

IV Muito forte Industrial

a, c

Elevado Respingos de maré

a Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (uma

classe acima) para ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura).

b Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (uma classe acima) em obras

em regiões de clima seco, com umidade média relativa do ar menor ou igual a 65 %, partes da estrutura protegidas de chuva em ambiente predominantemente secos ou regiões onde raramente chove.

c Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento

em indústrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes, indústrias químicas. Fonte: Adaptado (ABNT, 2014)

Ainda segundo a norma, a durabilidade das estruturas é altamente dependente da espessura e qualidade do concreto do cobrimento. Em virtude disso, os projetos devem estabelecer parâmetros mínimos a serem atendidos em função da classe de agressividade, conforme o Quadro 3.

Quadro 3 - Correspondência entre a classe de agressiividade e a qualidade do concreto

Concreto a Tipo

b, c

Classe de agressividade (Quadro 2)

I II III IV Relação água/cimento em massa CA ≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45 CP ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,50 ≤ 0,45 Classe do concreto CA ≥ C20 ≥ C25 ≥ C30 ≥ C40 CP ≥ C25 ≥ C30 ≥ C35 ≥ C40

a O concreto empregado na execução das estruturas deve cumprir com

os requisitos estabelecidos na ABNT NBR 12655.

b CA corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto

armado.

c CP corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto

protendido.

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6.3 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NO CONCRETO ARMADO

Na construção civil o termo patologia é empregado quando o desempenho, na capacidade mecânica, funcional ou estética, de uma estrutura não está conforme planejado (SOUZA & RIPPER, 2009).

As manifestações patológicas nas estruturas de concreto armado são esperadas, pois, com o passar do tempo, o concreto deteriora-se, visto que não é um material inerte ao meio ambiente. O que não deve ocorrer é a perda de durabilidade e funcionalidade das estruturas. Elas devem ser projetadas para desempenhar seu papel ao longo de toda a sua vida útil (HELENE et al., 2011).

Ainda conforme o autor, no Brasil, a deterioração precoce edificações vem sendo observada com frequência, causando prejuízos aos usuários, construtores e poder público.

O problema não é relativo às manifestações patológicas em si, algumas delas ocorrem inevitavelmente com o tempo. O problema está na velocidade com que essas manifestações estão surgindo (AMORIM, 2010).

Segundo Souza e Ripper (2009), os materiais e componentes têm sua qualidade e forma de aplicação normatizados, entretanto, o controle de execução tem se mostrado bastante falho, não sendo aplicada uma metodologia de fiscalização. Falhas humanas durante a execução são frequentes, na maioria dos casos devido à falta de qualificação profissional.

Conforme Takata (2009), a execução, montagem das fôrmas e o posicionamento das armaduras muitas vezes ocorrem sem nenhuma fiscalização, com um baixo nível de controle de qualidade. Esses fatores aliados à baixa qualidade da mão de obra e aos curtos prazos de execução, resultam em situações muito favoráveis à erros.

Ainda segundo o autor, na fase de montagem das fôrmas, armaduras e escoramentos, encontram-se os maiores geradores de manifestações patológicas, devido ao mau posicionamento e ao estado inadequado de conservação das fôrmas, além da não fixação e travamentos adequados. A boa montagem deve ser assegurada garantindo um posicionamento correto, respeitando-se os espalhamentos mínimos, as taxas limites de armadura, os detalhes construtivos e as regiões onde há cruzamento de armadura.

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Segundo Souza e Ripper (2009), existem muitas causas responsáveis pelas manifestações patológicas nas estruturas de concreto. Agrupando essas causas por similaridade são obtidos resultados extremamente confusos, sendo assim, recentemente surgiram duas classificações que interagem si, causas intrínsecas, inerentes às estruturas, e causas extrínsecas, externas ao corpo estrutural.

6.3.1 Causas intrínsecas

Causas intrínsecas são os processos de deterioração das estruturas de concreto as que são inerentes às próprias estruturas, ou seja, todas as que têm sua origem nos materiais e peças estruturais durante as fases de execução e/ou de utilização das obras, conforme o Quadro 4 (SOUZA & RIPPER, 2009).

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Quadro 4 - Causas intrínsecas aos processos de deterioração das estruturas de concreto Caus as i ntríns ec as Falhas humanas durante a construção Deficiências de concretagem Transporte Lançamento Juntas de concretagem Adensamento Cura

Inadequação de escoramentos e fôrmas

Deficiências nas armaduras

Má interpretação dos projetos Insuficiência de armaduras

Mau posicionamento das armaduras Cobrimento de concreto insuficiente Dobramento inadequado das barras Deficiências nas ancoragens Deficiências nas emendas Má utilização de anticorrosivos Utilização incorreta de materiais de construção fck inferior ao especificado

Aço diferente do especificado Solo com características diferentes Utilização de agregados reativos Utilização inadequada de aditivos Dosagem inadequada do concreto Falhas humanas durante a utilização (ausência de manutenção)

Causas naturais

Causas próprias à estrutura porosa do concreto

Causas químicas

Reações internas ao concreto

Expansibilidade de certos constituintes do cimento

Presença de cloretos Presença de ácidos e sais Presença de anidrido carbônico Presença da água

Elevação da temperatura interna do concreto

Causas físicas Variação de temperatura Variação de temperatura Vento Água Causas biológicas

Fonte: Adaptado (SOUZA & RIPPER, 2009)

6.3.2 Causas extrínsecas

Conforme Souza e Ripper (2009), causas extrínsecas são os processos de deterioração das estruturas de concreto que independem do corpo estrutural em si,

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assim como da sua composição, ou de falhas inerentes ao processo de execução. Podem ser vistas como os fatores que atacam a estrutura externamente, durante as fases de concepção ou ao longo da sua vida útil, como visto no Quadro 5.

Quadro 5 - Causas extrínsecas aos processos de deterioração das estruturas de concreto

Caus as ex tr íns ec as

Falhas humanas durante o projeto

Modelização inadequada da estrutura Má avaliação das cargas

Detalhamento errado ou insuficiente Inadequação ao ambiente

Incorreção na interação solo-estrutura

Incorreção na consideração de juntas de dilatação Falhas humanas durante a

utilização

Alterações estruturais Sobrecargas exageradas

Alteração das condições do terreno de fundação Ações mecânicas

Choques de veículos Recalque de fundações

Acidentes (ações imprevisíveis) Ações físicas Variação de temperatura Insolação Atuação da agua Ações químicas Ações biológicas

Fonte: Adaptado (SOUZA & RIPPER, 2009)

6.3.3 Corrosão da armadura

Em vários países, estudos têm sido desenvolvidos no sentido de quantificar, identificar ou diagnosticar as manifestações patológicas nas estruturas de concreto. A corrosão de armadura é, na maioria dos casos, a manifestação patológica mais incidente (TINOCO & FIGUEIREDO, 2002).

Ainda segundo os autores, as deficiências de projeto, especificações e características inadequadas do concreto, falhas de execução, falhas de manutenção e as ações do meio ambiente, são apontadas como as principais causas responsáveis pela ocorrência da corrosão de armadura no concreto. É, portanto, uma das patologias mais sérias, custosas e difíceis de serem resolvidas.

A corrosão de armadura, no contexto da engenharia civil, se aplica na deterioração do aço imerso no concreto, provocando perda da aderência do aço com o elemento estrutural, redução da seção transversal da armadura e acúmulo de produtos de corrosão. Esses produtos podem ocupar um volume maior do que o metal

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original do qual foram derivados, gerando tensões internas que podem causar fissuração, descamação e delaminação da camada de cobrimento (NEWMAN & CHOO, 2003).

Figura 1 - Representação esquemática das deteriorações induzidas pela corrosão Fonte: Adaptado (NEVILLE, 2016)

Helene e Cunha (2001) afirmam que, para que a corrosão das armaduras no interior do concreto se desenvolva são necessárias as seguintes condições:

 Deve existir um eletrólito: Meio onde ocorrem pilhas ou células de corrosão eletroquímicas, que irão conduzir os íons, gerando uma corrente de natureza iônica e, também, para dissolver o oxigênio. O eletrólito, no concreto, é constituído basicamente pela solução aquosa (contendo íons em sua composição) presente em seus poros;

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 Deve existir uma diferença de potencial entre dois pontos aleatórios da armadura, podendo ser pela diferença de umidade, concentração salina, tensão, impurezas no metal, heterogeneidades inerentes ao concreto, pela carbonatação ou pela presença de íons (principalmente cloretos);

 Deve existir oxigênio (dissolvido na água presente nos poros do concreto), o qual irá regular todas as reações de corrosão.

 A presença de agentes agressivos (no eletrólito) que podem acelerar a corrosão, como por exemplo os íons sulfetos (S2-), os íons cloretos (Cl-) e o dióxido de carbono (CO2). Essa condição influencia fortemente o início e na velocidade do processo corrosivo, uma vez que os agentes citados atuam diretamente nas reações necessárias ao desenvolvimento do processo, pois acentuam a diferença de potencial e facilitam a dissolução da camada de passivação.

Conforme Newman & Choo (2003), A corrosão pode ser definida como a deterioração de um metal pela reação com compostos presentes no meio. Em temperatura ambiente, é um processo eletroquímico, como ilustrado na Figura 2.

Figura 2 - Diagrama esquemático dos processos electroquímicos que ocorrem durante a corrosão Fonte: Adaptado (NEWMAN & CHOO, 2003)

O metal se dissolve em um local para formar íons positivos, deixando elétrons livres. Uma reação que resulta em um produto mais positivo é denominada oxidação, e o local onde ocorre a oxidação é chamado de ânodo. Por exemplo, o ferro é oxidado para formar íons positivos de ferro. Os elétrons residuais do metal são consumidos por uma reação que produz um produto mais negativo. Tal reação é denominada redução e o local em que ocorre a redução é chamado o cátodo. Por exemplo, o

(25)

oxigênio é reduzido para formar íons negativos de hidroxila (NEWMAN & CHOO, 2003).

6.3.4 Influência do cobrimento de armadura

Conforme Dal Molin et al. (2015), a espessura do cobrimento é fundamental para a proteção da armadura, outro fator que possui grande importância sobre a durabilidade é a qualidade do concreto de cobrimento, devido à sua porosidade.

Ainda segundo os autores, a camada de cobrimento protege a armadura de forma física, através da estanqueidade, e química, através da formação de uma película passivadora devido à alta alcalinidade e ação isolante do concreto. Sendo que o cobrimento insuficiente é o maior fator influente na corrosão prematura de armaduras, que por sua vez é a manifestação patológica mais comum nas estruturas de concreto armado e a mais onerosa em termos de manutenção.

Em locais onde o cobrimento não é executado de maneira correta, a corrosão progressiva gera tensões que causam fissuras no concreto, podendo causar o lascamento da camada de cobrimento. Essas fissuras normalmente acompanham a direção das armaduras, e podem apresentar manchas marrom-avermelhadas no concreto (TAKATA, 2009).

Ainda conforme o autor, é necessário que haja reparo nos elementos estruturais que passam por um processo de corrosão. Para isso, é feita uma análise e limpeza adequada do aço exposto e posteriormente é realizada a reconstrução do cobrimento com concreto bem adensado, com a finalidade de impedir ataques de agentes externos e recompor a seção original do elemento estrutural.

6.4 COBRIMENTO DE ARMADURAS

Conforme Bastos (2006), cobrimento de armadura é camada de concreto responsável pela proteção da armadura num elemento estrutural. Essa camada inicia-se na face mais externa da barra de aço e inicia-se estende até a superfície externa do elemento em contato com o meio ambiente.

O concreto do cobrimento de armadura tem a função de dar proteção mecânica, química e física ao concreto armado, impedindo a formação de células eletroquímicas que promoveriam a corrosão. A barreira formada entre o meio ambiente externo e a armadura de aço é essencial para a garantia do funcionamento adequado da estrutura (MARAN, 2015).

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Ainda segundo a autora, a proteção física se dá por impermeabilidade e existirá quando o concreto possuir boa compacidade, boa homogeneidade e elementos internos adequados. Quimicamente, a armadura é protegida quando é conferido ao concreto de cobrimento um caráter alcalino.

6.4.1 Espaçadores

Os espaçadores têm como função principal garantir a espessura de cobrimento especificada em projeto. São utilizados durante a fase de execução e são posicionados entre as armaduras e a fôrmas, fazendo com que as barras permaneçam fixas durante a concretagem (MARAN, 2015).

Esses espaçadores podem ser confeccionados na própria obra ou podem ser comprados da indústria (TAKATA, 2009).

De acordo com o item 8.1.5.5 da NBR 14931 (ABNT, 2004, p. 13):

O cobrimento especificado para a armadura no projeto deve ser mantido por dispositivos adequados ou espaçadores e sempre se refere à armadura mais exposta. É permitido o uso de espaçadores de concreto ou argamassa, desde que apresente relação água/cimento menor ou igual a 0,5, e espaçadores plásticos, ou metálicos com as partes em contato com a fôrma revestidas com material plástico ou outro material similar. Não devem ser utilizados calços de aço cujo cobrimento, depois de lançado o concreto, tenha espessura menor do que o especificado no projeto.

Os dois tipos de espaçadores mais utilizados atualmente nas obras são os de argamassa e os de plástico. Os de argamassa possuem a vantagem de poderem ser confeccionados na própria obra e serem econômicos. Espaçadores de plástico proporcionam grande aderência ao concreto, pois possuem formato específico para isso, porém, o custo, quando comparados aos de argamassa, é maior (SILVA, 2012). Conforme Barreto (2014), por serem de baixo custo e de fácil colocação, os espaçadores de plástico estão bem difundidos no mercado. Seus modelos e formas variam dependendo do elemento estrutural a ser concretado. Os quatro modelos mais utilizados atualmente no mercado são os tipos: circular, centopeia, cadeirinha e cavalete (ou garra). Esses modelos podem ser observados nas figuras 3, 4, 5 e 6.

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Figura 3 - Espaçador circular Fonte: Adaptado (EPLAS, 2016)

Figura 4 - Espaçador centopeia Fonte: Adaptado (EPLAS, 2016)

Figura 5 - Espaçador cadeirinha Fonte: Adaptado (EPLAS, 2016)

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Figura 6 - Espaçador cavalete Fonte: Adaptado (EPLAS, 2016)

6.4.2 Cobrimento mínimo

O valor do cobrimento mínimo de armadura vem evidenciado no projeto estrutural. Seu cálculo leva em conta a classe de agressividade ambiental, conforme Quadro 6. Muitas vezes, é interessante que se tenha um cobrimento de armadura maior que o mínimo requisitado, fazendo com que se busque a garantia de durabilidade, contanto que isso não afete significativamente o custo nem o desempenho estrutural do elemento.

O projeto e deve considerar o cobrimento nominal estabelecido na NBR 6118:2014, que consiste em um cobrimento mínimo acrescido de uma tolerância de execução de 10 mm. Entretanto, quando houver um adequado controle de qualidade e limites rígidos de tolerância da variabilidade das medidas durante a execução, permite-se reduzir a tolerância de execução em 5 mm.

Conforme a NBR 6118 (ABNT, 2014), A espessura do cobrimento está sempre referida à superfície da armadura externa, em geral à face externa do estribo. O cobrimento nominal de uma determinada barra deve ser sempre maior que o diâmetro da própria barra, ou metade do diâmetro da bainha no caso de concreto protendido.

Por se tratar de um dos pontos críticos relativos à funcionalidade do cobrimento de armadura, a qualidade do concreto de cobrimento deve ser controlada rigidamente. São requisitadas especificações sobre o tipo de material que será utilizado no concreto de cobrimento. A NBR 6118 (ABNT, 2014) limita a dimensão máxima característica do agregado utilizado no concreto, o agregado graúdo deve ser menor ou igual a espessura do cobrimento acrescida de 20%.

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Quadro 6 - Correspondência entre a classe de agressividade ambiental e o cobrimento nominal para Δc = 10 mm Tipo de estrutura Componente ou elemento

Classe de agressividade ambiental (Quadro 2)

I II III IV c Cobrimento nominal (mm) Concreto armado Laje b 20 25 35 45 Viga/pilar 25 30 40 50 Elementos estruturais

em contato com o solo d 30 40 50

Concreto

protendido a

Laje 25 30 40 50

Viga/pilar 30 35 45 55

a Cobrimento nominal da bainha ou dos fios, cabos e cordoalhas. O cobrimento da

armadura passiva deve respeitar os cobrimentos para concreto armado.

b Para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de

contrapiso, com revestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de revestimento e acabamento, como pisos de elevado desempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos e outros, as exigências desta Tabela podem ser substituídas pelas de 7.4.7.5, respeitado um cobrimento nominal ≥ 15 mm.

c Nas superfícies expostas a ambientes agressivos, como reservatórios, estações de

tratamento de água e esgoto, condutos de esgoto, canaletas de efluentes e outras obras em ambientes química e intensamente agressivos, devem ser atendidos os cobrimentos da classe de agressividade IV.

d No trecho dos pilares em contato com o solo junto aos elementos de fundação, a

armadura deve ter cobrimento nominal ≥ 45 mm.

Fonte: Adaptado (ABNT, 2014)

6.4.3 Estudos correlatos

Recentemente, estudos foram realizados com o objetivo de analisar a influência de alguns fatores na espessura final do cobrimento. Tais como, diâmetro da armadura, disposição de espaçadores, distância entre pontos de amarração e nível de controle da execução.

Segundo Dal Molin et al. (2014), o diâmetro da armadura influencia no cobrimento final de lajes, sendo que, sob as mesmas condições, quanto maior o diâmetro da armadura, maior a probabilidade de se atender ao cobrimento mínimo de projeto. A necessidade de espaçadores durante uma concretagem não é fixa, ela varia, entre outras coisas, com o tipo de armadura. De forma indireta, armaduras menos rígidas, com menor diâmetro, necessitam de mais espaçadores, menos espaçados, para garantir um mesmo cobrimento atingido por armaduras mais rígidas, com maior diâmetro.

Outro estudo realizado por Dal Molin et al. (2015), aponta que a distância entre os espaçadores e a distância entre os pontos de amarração influenciam no cobrimento final do elemento estrutural, porém não existe interação entre estes fatores, de forma

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que, ambos trabalham independentemente. Os dois fatores são inversamente proporcionais ao cobrimento, ou seja, quanto menor as distâncias, maiores os cobrimentos alcançados.

Conforme Weber (2014), o nível de controle da qualidade de execução também apresenta influência significativa sobre a espessura final do cobrimento, quanto melhor o nível de controle, menor será a chance de se obter valores de cobrimento abaixo dos valores de projeto. Entretanto, um nível de controle da qualidade de execução classificado como excelente não é o suficiente para se obter valores de cobrimento considerados satisfatórios, para isso, é necessário também o uso de uma metodologia na disposição de espaçadores.

Outros estudos confirmam a contribuição do cobrimento de armaduras para a durabilidade e segurança das estruturas de concreto. Segundo Helene et al. (2011), uma diminuição de meio centímetro na espessura do cobrimento pode resultar em uma redução da vida útil da ordem de 10 a 15 anos.

Awoyera et al. (2014), afirmam que além de ser fundamental para a durabilidade da estrutura, a espessura do cobrimento também é importante em situações de incêndio. Em vigas submetidas a temperatura de 700º C, com cobrimentos de 10 mm, 15 mm, 20 mm e 25 mm, resultaram em reduções de resistência à tração das armaduras de 62%, 54%, 49% e 47%, respectivamente .

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7 METODOLOGIA

A avaliação será realizada em obras de edifícios de múltiplos pavimentos no município de Sinop, considerado polo regional do norte de Mato Grosso. Sendo a quarta maior cidade do estado e também uma das que mais crescem nos últimos anos, com uma população estimada em 129.916 mil habitantes (IBGE, 2015).

Figura 7 - Localização de Sinop no Brasil Fonte: Adaptado (IBGE, 2015)

A metodologia da pesquisa foi elaborada com intenção de analisar a variabilidade da espessura do cobrimento de armaduras, comparando com seus respectivos valores indicados no projeto estrutural. Para atingir os resultados serão coletados dados nas obras com o auxílio de um pacômetro digital, e posteriormente a realização da análise dos resultados através de um programa de planilha eletrônica.

7.1 DETERMINAÇÃO DA AMOSTRA

O objeto da pesquisa são obras a partir de dois pavimentos, executadas em concreto armado no município de Sinop. Em consulta aos alvarás de construção disponibilizados pelo núcleo de projetos e desenvolvimento urbano de Sinop, estimou-se a emissão de 60 alvarás de obras de dois ou mais pavimentos nos últimos 6 meestimou-ses.

Para a obtenção de dados relevantes sobre o objeto de estudo, é necessário haver certa variedade de casos, portanto, optou-se por realizar as medições em ao menos 9 obras, ou seja, 15% do total estimado. Essa amostra é semelhante as

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amostras analisadas nos trabalhos realizados por Silva em Porto Alegre/RS (2012), Weber em Lajeado/RS (2014), Barreto em Porto Alegre/RS e Cuiabá/MT (2014) e Maran em Porto Alegre/RS e Cuiabá/MT (2015).

A determinação das obras a serem estudadas será baseada na diversidade de porte (pequeno, médio e grande), assim como na disponibilidade dos engenheiros responsáveis em colaborar com a pesquisa.

7.2 LEVANTAMENTO DE DADOS

Os métodos empregados no desenvolvimento da pesquisa serão semelhantes aos dos trabalhos realizados por Silva (2012) e Weber (2014), com o propósito de obter resultados que possam servir à um banco de dados e que os mesmos possam ser comparados devido a padronização do levantamento e parâmetros observados.

A análise será limitada a obras de edifícios de múltiplos pavimentos no munícipio de Sinop, onde serão coletados valores da espessura de cobrimento após a desforma. Sendo 30 diferentes pontos de medição para cada tipo de elemento estrutural (laje, viga e pilar) de um pavimento qualquer. Será determinado também o nível de controle da obra, observando aspectos relacionados a qualidade da execução. Para facilitar a anotação, organização e verificação dos dados, será utilizada uma planilha de campo, conforme descrito abaixo.

7.2.1 Planilha de levantamento de dados em campo

A planilha de levantamento de dados em campo foi elaborada baseando-se na planilha elaborada por Silva (2012). Nela serão anotadas informações como dados da obra, valores de cobrimento nos projetos estruturais, tipos de espaçadores empregados, nível de controle da execução e valores de cobrimento medidos após a desforma.

7.2.1.1 Valores de cobrimento no projeto estrutural

Os valores de projeto serão obtidos através da consulta aos projetos estruturais, observando-se a espessura da camada de cobrimento para cada elemento estrutural que será analisado na prática.

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7.2.1.2 Valores de cobrimento executados

Os valores de cobrimento executados serão obtidos através de um pacômetro digital, da marca Bosch, modelo D-tect 150. As medições serão feitas após a desforma do concreto, em diferentes pontos escolhidos de forma aleatória e distribuída para cada elemento estrutural.

7.2.1.3 Medição em pilares

Serão analisados 3 pilares em cada obra, onde serão coletados 10 valores de cobrimento em pontos distribuídos em todos os lados do elemento estrutural (devido a possibilidade de deslocamento da armadura), totalizando assim 30 medições.

7.2.1.4 Medição em vigas

Por questões de segurança e para facilitar a coleta dos dados, serão analisadas 3 vigas dentre aquelas que possuem todas as faces localizadas dentro do pavimento, sendo descartadas as vigas baldrame. Serão coletadas 10 medidas de cobrimento em pontos aleatoriamente distribuídos, sendo 3 em cada lateral e 4 no fundo de cada viga, totalizando 30 medições.

7.2.1.5 Medição em lajes

As medições nas lajes serão realizadas no cobrimento da armadura positiva. Serão analisados 3 elementos para cada obra, coletando dados em 10 pontos distribuídos no vão de cada laje, totalizando 30 medições.

7.2.1.6 Nível de controle da qualidade de execução

A determinação do nível de controle será feita subjetivamente, analisando critérios relevantes relacionados ao controle da qualidade de execução, especificamente:

 Presença do Engenheiro Civil responsável;  Organização do canteiro de obra;

 Utilização de EPI pelos funcionários;

 Condições de limpeza no pavimento analisado;  Certificação de qualidade da empresa;

(34)

Estes critérios de avaliação, permitem quantificar e qualificar as obras em uma escala de qualidade variando de 0 a 6 pontos, conforme Quadro 7.

Quadro 7 - Classificação do nível de controle

Critérios atendidos Nível de controle

0 a 2 Ruim

3 ou 4 Bom

5 ou 6 Excelente

Fonte: Elaborado pelo autor

7.2.2 Equipamentos utilizados

7.2.2.1 Pacômetro digital

Para realização das medições, será necessário o uso de um aparelho denominado pacômetro digital (Figura 8), cujo o princípio de funcionamento é a tecnologia magnética de indução de pulso. A medição é obtida através do campo magnético criado sobre uma superfície condutora, gerando uma corrente parasita, que por sua vez induz um campo magnético na direção oposta, sendo então este campo utilizado pelo pacômetro para detectar as barras. Esse método não é afetado por materiais não condutivos como o concreto (PROCEQ, 2008).

Figura 8 - Pacômetro digital Fonte: (BOSCH, 2016)

(35)

Segundo Barnes & Zheng (2008), o sistema de processamento de dados do pacômetro permite detectar localização exata da barra, estimar o seu diâmetro e a espessura de cobrimento. A precisão para a medição da espessura da camada de cobrimento é de ± 3 mm em uma faixa de profundidade de até 60 mm. Entretanto, quando se insere no aparelho o valor do diâmetro real da armadura, a precisão aumenta para ± 1 mm. Desta forma, buscando maior precisão nos resultados, as medições serão realizadas com o aparelho ajustado para o diâmetro especificado nos projetos estruturais.

7.3 ANÁLISE DE RESULTADOS

Os dados levantados serão analisados estatisticamente, com o auxílio de um programa de planilha eletrônica. Será organizado um banco de dados capaz de proporcionar a elaboração de histogramas, demonstrando a frequência dos erros percentuais dos valores de cobrimento de armadura medidos em relação aos valores de projeto.

Esses erros percentuais serão calculados pelos valores de cobrimento medidos divididos pelos valores de cobrimento em projeto subtraídos de uma unidade, conforme a Equação 1:

Erro = (cmedido

cprojeto − 1) × 100%

Equação 1

A partir dos histogramas, poderão ser realizadas análises e interpretações, com o propósito de entender como a variável “cobrimento de armadura” está sendo controlada nas obras.

A elaboração dos histogramas será realizada em diferentes agrupamentos de dados, devido à busca por correlações em função da qualidade do controle da execução, do tipo de elemento estrutural (lajes, pilares e vigas) e da metodologia utilizada na disposição de espaçadores.

(36)

8 RECURSOS MATERIAIS

Para o desenvolvimento do projeto, na fase de levantamento de dados, será necessário o uso de um equipamento denominado pacômetro digital, que tem como função principal determinar a profundidade das barras de aço envolvidas pelo concreto, ou seja, a espessura do cobrimento.

Será adquirido com recursos próprios um pacômetro digital da marca Bosch, modelo D-tect 150, conforme orçamento apresentado no Quadro 8.

Quadro 8 - Descrição dos equipamentos e custo

Descrição Custo (R$)

Pacômetro digital BOSCH

modelo D-tect 150 2783,10

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9 CRONOGRAMA

ATIVIDADES FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV

Escolha do tema e do orientador

Encontros com o orientador Pesquisa bibliográfica preliminar Leituras e elaboração de resumos Elaboração do projeto Entrega do projeto de pesquisa Revisão bibliográfica complementar

Levantamento de dados nas obras

Análise dos resultados Redação da monografia Revisão e entrega oficial do trabalho

Apresentação do trabalho em banca

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10 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

AKINWUMI, I. I.; ARUM, C.; AWOYERA, P. O. Significance concrete cover to reinforcement in structural element at varying temperatures. In: International Journal of Scientific & Engineering Research, v.5, 2014.

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11 APÊNDICES

Apêndice A – Planilha de levantamento de dados em campo.

Em p re s a : D a ta d a s m e d içõ e s : _ _ _ _ _ /_ _ _ _ _ /_ _ _ _ _ Em p re e n d im e n to : N ú m e ro d e p a vi m e n to s : Pa vi m e n to : Á re a co n s tru íd a (m ²): 1 Si m ( ) N ã o ( ) 2 Si m ( ) N ã o ( ) 3 Si m ( ) N ã o ( ) 4 Si m ( ) N ã o ( ) 5 Si m ( ) N ã o ( ) 6 Si m ( ) N ã o ( ) 7 8 Pi la re s (m m ): 9 V ig a s (m m ): 10 L a je s (m m ): 11 12 Pi la re s : 13 V ig a s : 14 L a je s : 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 L A : L a d o A L B: L a d o B 29 F D : F u n d o 30 V ig a V a lo re s d o co b ri m e n to e m o b ra (m m ) Legenda # U s o d e EP I: C o n d içõ e s d e l im p e za n o p a vi m e n to m e d id o : C e rt if ica çã o d e q u a li d a d e : M e to d o lo g ia n a d is p o s içã o d e e s p a ça d o re s : Ti p o s d e e sp a ça d o re s V a lo re s d o co b ri m e n to n o s p ro je to s e s tru tu ra is N ív e l d e co n tro le Pre s e n ça d o En g e n h e iro C iv il re s p o n s á ve l: FD Pi la r O rg a n iz a çã o d o ca n te iro d e o b ra : Ob se rv a çõ e s co m p le m e n ta re s: L a je LA LB

(41)

Apêndice B – Carta solicitando participação à pesquisa.

Ilmo. Sr. (a) XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Prezado Sr. (a),

Através do presente instrumento, solicito de V. S.ª a verificação da possibilidade da autorização para a realização da pesquisa integrante do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do acadêmico Carlos Diogo de Moura, da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), a fim de tratar de assunto referente à variabilidade do cobrimento de armadura em execução em obras de concreto armado na cidade de Sinop, comparando com os valores de projeto.

O referido estudo, coordenado pela Prof.ª Ma. Karen Wrobel Straub, requer uma coleta de dados em obra, com o auxílio de um pacômetro digital, nos dias das desformas de pilares, lajes e vigas. Além disso, será necessário consultar os valores de cobrimento explicitados nos projetos estruturais, assim como algumas fotos da obra visitada.

Desta forma, solicito a colaboração de V. S.ª no sentido de autorizar a realização da pesquisa em questão. É assegurada a confidencialidade dos dados e fotos a serem obtidos, com o compromisso de utilizá-los unicamente dentro dos objetivos propostos no referido estudo. Ao término da pesquisa, os resultados estarão disponíveis para a sua apreciação e consulta.

Atenciosamente,

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