• Nenhum resultado encontrado

ACÓRDÃO lilllillliili V

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ACÓRDÃO lilllillliili V"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

A C 0 RSEGISTRADO(A)SOBN°

A

C

Ó

R

D

Ã

O l i l l l i l l l i i l i

V

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento n° 990.10.409899-8, da Comarca

de São Paulo, em que é agravante COOPERATIVA HABITACIONAL DOS BANCÁRIOS DO ESTADO DE SAO PAULO LTDA sendo agravado ELIAS MIGUEL ELIAS FILHO.

ACORDAM, em 8a Câmara de Direito Privado do

Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO. V. U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão.

O julgamento teve a participação dos Desembargadores CAETANO LAGRASTA (Presidente) e THEODURETO CAMARGO.

São Paulo, 10 de novembro de 2010.

SALLES ROSSI

(2)

Voto n°: 13.827

Agravo de Instrumento n°: 990.10.409899-8 Comarca: São Paulo - 41a Vara

Ia Instância: Processo n°: 155128/2010

Agte.: Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo -BANCOOP

Agdo.: Elias Miguel Elias Filho

VOTO DO RELATOR

EMENTA COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA -AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO C.C. OBRIGAÇÃO DE FAZER -Tutela antecipada deferida para determinar que as rés respeitem o termo de adesão firmado entre o autor e a BANCOOP, não negociando com terceiros a unidade compromissada àquele Admissibilidade - Injustificada a revogação da tutela antecipada, enquanto se discute a quitação do contrato firmado com a cooperativa - Presença dos requisitos do artigo 273 do CPC, em especial a possibilidade de dano irreparável ao autor - Acordo firmado entre a BANCOOP e a OAS, além de posterior à alegada quitação, prevê, em caso de negativa do cooperado em firmar novo contrato com a mesma, eliminação dos quadros da cooperativa (ou seja, há risco de ao autor perder os direitos assegurados no contrato firmado com a cooperativa ré) - Alegação desta última, no sentido de que é parte ilegítima para figurar no pólo passivo, que somente será dirimida no curso do feito (já que entrosada à validade do contrato firmado com a OAS, no que tange ao autor) - Multa fixada que atende ao comando do artigo 461, 6 4o, do CPC

-Descabido seu afastamento - Decisão mantida - Recurso improvido.

Cuida-se de Agravo de Instrumento interposto contra a r. decisão proferida em autos de Ação Declaratória de Inexigibilidade de Débito cumulada com Obrigação de Fazer que deferiu pedido de antecipação de tutela formulado pelo autor para determinar que as rés respeitem imediatamente o Termo de Adesão^

\

ARTES GRÁFICAS-TJ

(3)

Compromisso de Participação firmado entre o autor e a BANCOOP, relativo à unidade ali descrita, impedindo sua negociação com terceiros, sob pena de multa de R$ 145.000,00.

Inconformada, recorre a co-ré BANCOOP, sustentando a necessidade de reforma da r. decisão recorrida, na medida em que não mais possui legitimidade para responder aos termos da presente demanda, já que a legítima proprietária do empreendimento é a OAS, que sucedeu a cooperativa agravante, sendo, por conta disso, impossível o cumprimento da tutela antecipada, de sua parte.

Prossegue a recorrente dizendo que a validade de acordo firmado com a OAS e a associação dos adquirentes do empreendimento no qual se localiza a unidade compromissada ao agravado, em autos de ação coletiva, impede a rediscussão do tema, havendo coisa julgada, além da total ausência de interesse processual, eis que a presente ação não possui qualquer utilidade para o agravado. Insurge-se ainda quanto ao valor da multa, reputando-o excessivo, já que supera e muito o valor da unidade em discussão. Pugnou pela concessão de efeito suspensivo e, ao final, o provimento recursal, com o acolhimento das preliminares e extinção do processo ou, alternativamente, pelo afastamento da multa diária.

O recurso foi recebido pelo despacho de fls. 392, sem a concessão do efeito postulado.

Contraminuta às fls. 398/442, acompanhada dos documentos de fls. 442 e seguintes.

r

E o relatório.

O recurso não comporta provimento.

AGRAVO DE INSTRUMENTO N° 990.10.409899-8 - SÃO PAULO - VOTO N° 13.827

ARTES GRÁFICAS-TJ

(4)

Inicialmente, desnecessária a abertura de vista à agravante sobre a prova documental acrescida em se de contraminuta, já que composta por cópias de sentenças e Acórdãos, envolvendo a mesma Cooperativa.

Insurge-se a recorrente quanto à r. decisão copiada às fls. 339/343, que deferiu a tutela antecipada postulada na exordial, para que as rés respeitem o Termo de Adesão e Compromisso de Participação firmado entre o autor e a ora agravante, relativo à unidade condominial ali descrita, não negociando esta última com terceiros, sob pena de multa.

Alega a agravante que é parte ilegítima para compor o pólo passivo da demanda, além da existência de coisa julgada e ausência de interesse processual. No entanto, razão não lhe assiste.

Ao contrário do que sustenta, encontram-se presentes os requisitos para a concessão parcial da tutela antecipada, previstos no artigo 273 do Código de Processo Civil.

Aliás, a respeito desses requisitos, LUIZ FUX, na Obra "Tutela Antecipada", comenta às págs. 105 que:

"O artigo 273, com sua nova redação, permite a tutela antecipada toda vez que a prova inequívoca convença o Juízo da verossimilhança (aproximação da verdade) da alegação de que o direito objeto do 'judicium' submete-se a risco de dano irreparável ou de difícil reparação. Ambos os conceitos devem ser analisados à luz da pretensão de direito material e do princípio da especificidade, segundo o qual o ordenamento deve dar ao credor aquilo que ele obteria se a conduta devida fosse voluntariamente cumprida pelo devedor. Em prol do prestígio do Judiciário, como atuant

AGRAVO DE INSTRUMENTO N° 990.10.409899-8 - SÃO PAULO - VOTO N° 13.827

(5)

substitutivo do comportamento devido pelas partes, deve mesmo evitar que o credor sinta os efeitos do inadimplemento, aqui considerado como 'lesão' ingênere do direito do autor."

Ao se falar dos requisitos que o artigo 273 prevê, o Professor KAZUO WATANABE, participando do Seminário do CPC e Suas Recentes Alterações - Tutela Antecipada Específica e Obrigações de Fazer e Não Fazer, ensina que:

"O juízo da verossimilhança é um juízo de probabilidade. O Juiz pode chegar a vários graus de probabilidade, mais intenso, menos intenso, médio, etc. MALATESTA, na classificação que apresenta à probabilidade mínima, chama de verossímil; à probabilidade média, de provável e à probabilidade máxima, de probabilíssima...

A expressão 'prova inequívoca' sabemos nós, não é muito feliz; mas ela foi adotada para substituir uma outra expressão que estava no texto primitivo, que era 'prova documental'...

Mas o que importa é constar que, ao se utilizar de expressões 'prova inequívoca' e 'juízo de verossimilhança', o legislador quis deixar claro que não se trata de 'fumus boni júris' do processo cautelar...".

É dentro dessa compreensão do instituto que se pode dizer, aqui, presente a verossimilhança e o fundado receio de dano irreparável.

Assim é que, a possibilidade de dano irreparável ao agravado encontra-se presente, caso revogada a tutela antecipada. Ao que se infere da exordial, sustenta que houve quitação do termo de

AGRAVO DE INSTRUMENTO N° 990.10.409899-8 - SÃO PAULO - VOTO N° 13.827 / 4

(6)

adesão firmado com a BANCOOP no ano de 2004 . Daí se extrai, de plano, que o contrato firmado entre esta última e a O AS é posterior a alegada quitação (que, por seu turno, depende de prova, assim como a exigibilidade do débito reclamado após tal circunstância).

Se tal não bastasse, bem observa a d. Magistrada a

quo que, caso o autor e aqui agravado não venha firmar novo contrato,

agora com a OAS, será eliminado dos quadros da cooperativa, havendo o risco de perder os direitos assegurados no contrato originário e cuja quitação sustenta haver ocorrido no ano de 2004 - tudo, evidentemente, a demandar regular dilação probatória.

Também por este motivo, a alegada ilegitimidade passiva sustentada pela agravante (assim como a existência de coisa julgada, diante de acordo firmado em ação coletiva e, ainda, a argüição

de ausência de interesse processual) somente serão dirimidas no curso do feito (já que entrosadas à validade do contrato firmado com a OAS, no que tange ao autor, além da alegada quitação).

Por derradeiro, a cominação de multa decorre da correta aplicação do disposto no artigo 461, § 4o do CPC, sendo

descabido seu afastamento.

A vista do exposto, correta a antecipação da tutela, tal qual deferida pela d. Magistrada de primeiro grau.

Isto posto, pelo meu voto, nego provimento ao recurso.

SALLES ROSSI

' Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO N° 990.10.409899-8-SÃO PAULO- VOTO N° 13.827 5

ARTES GRÁFICAS - T J

Referências

Documentos relacionados

De seguida, vamos adaptar a nossa demonstrac¸ ˜ao da f ´ormula de M ¨untz, partindo de outras transformadas aritm ´eticas diferentes da transformada de M ¨obius, para dedu-

Promovido pelo Sindifisco Nacio- nal em parceria com o Mosap (Mo- vimento Nacional de Aposentados e Pensionistas), o Encontro ocorreu no dia 20 de março, data em que também

No entanto, maiores lucros com publicidade e um crescimento no uso da plataforma em smartphones e tablets não serão suficientes para o mercado se a maior rede social do mundo

esta espécie foi encontrada em borda de mata ciliar, savana graminosa, savana parque e área de transição mata ciliar e savana.. Observações: Esta espécie ocorre

O valor da reputação dos pseudônimos é igual a 0,8 devido aos fal- sos positivos do mecanismo auxiliar, que acabam por fazer com que a reputação mesmo dos usuários que enviam

O enfermeiro, como integrante da equipe multidisciplinar em saúde, possui respaldo ético legal e técnico cientifico para atuar junto ao paciente portador de feridas, da avaliação

QUANDO TIVER BANHEIRA LIGADA À CAIXA SIFONADA É CONVENIENTE ADOTAR A SAÍDA DA CAIXA SIFONADA COM DIÂMTRO DE 75 mm, PARA EVITAR O TRANSBORDAMENTO DA ESPUMA FORMADA DENTRO DA

Por fim, uma sugestão que se mostra viável ao mercado de seguros, no intuito de aclarar a situação dos corretores é que o segurador estipule na primeira parcela do